Вы находитесь на странице: 1из 5

Escola Secundária Nuno Álvares

Ano lectivo 2010/2011

Pesquisa História – 12ºE

Dadaísmo - A destruição também é criação

Sandra Marques nº24

O dadaísmo foi um movimento artístico, com manifestações ao nível da


literatura, pintura, escultura e demais artes da década de 20,séc.XX,
quando o mundo se encontrava assolado pela I Guerra Mundial.

Foi criado em Zurique, Suíça – espaço neutro relativamente à guerra - por


jovens descontentes com a guerra que se passa nos seus países – são por
isso apelidados de desertores.

O grande objectivo do dadaísmo é ruir com todos os valores e


princípios pré-estabelecidos, instituições veneradas e eliminar o
culto de ícones.

A descrença e pessimismo são também sentimentos presentes no


dadaísmo, que se afirmou como uma forte veia crítica ao absurdo e
grotesco que foi a I Guerra Mundial, palpitando assim uma forte aversão à
sociedade.
Munidos com o absurdo, o irracional, espontaneidade, ironia,
experimentalismo, confusão e gratuidade, o dadaísmo pretendia ser o
reflexo crítico de uma realidade incómoda, apresentando crenças
completamente anti-arte :

‘A arte é uma tontice’ – Jacques Vache

‘A arte é um produto farmacêutico para imbecis’ – Francis Picabia

O dadaísmo apresenta-nos assim uma base anárquica e niilista. Resume-


se como a redução ao NADA, com a negação de todos os princípios
artísticos:

‘Quando um artista cospe é arte’ -Kurt Schwitters

Esta corrente artística é também indissociável de polémica e provocação,


assumindo como máxima o ESCÂNDALO e mostrando uma forte
componente activista,ilustrada pelos seus diversos manifestos e
manifestações.

Está assente na libertação da imaginação com a destruição de


convenções artísticas (irelação título-obra intencional ou não, com
objectivo de chocar), procura novas experiências e formas expressivas
mais apropriadas para expor o homem moderno e a sua vida.

Para a alastração desta corrente contribuíram as atitudes provocantes e os


inúmeros manifestos, que apostava numa actuação interdisciplinar como
forma de renovar permanentemente a linguagem artística. Surgiram
com esta corrente as fotomontagens, as colagens e o conceito de Ready-
Made - este conceito consiste na apropriação de um instrumento já
fabricado, qualificado depois como arte, após algumas alterações:

‘Será arte tudo o que eu disser que é arte’

Marcel Duchamp

O acaso é também uma das variáveis desta corrente, e nada melhor


que a história do surgimento do nome desta para o justificar:

Dadá não significa nada em específico, foi escolhido ao acaso num


dicionário por Tristan Tzara.

O dadaísmo apela ao inconsciente e à bondade intrínseca do


homem, quando não corrompido pela sociedade (algo difícil de
encontrar, justificando-se assim crenças pessimistas inerentes a este
movimento).

Uma das críticas do dadaísmo às restantes correntes é o problema


que é explicar o ser humano, apostando assim na irracionalidade
absurda, característica do período de guerra e do resultado desta na
sociedade, factor contrastante relativamente às correntes anteriores.
É curioso ver que na literatura dadaísta se apostava no non-sense,
entendido como a supressão da relação entre o pensamento e a
expressão.

Assim a arte é vista como um resultado da psique humana -


heranças a que o surrealismo vem buscar inspiração.

Apesar da originalidade e inovação que este movimento trouxe,


teve um curto período de vida, sendo criticada a sua ausência
de utilidade, mas, não deixando ainda assim de ter grande
importância para a arte do seu século.

A arte e os seus artistas: alguns artistas relevantes desta corrente

Francis Picabia- Pintor e poeta de origem francesa


publicou uma revista dadaísta ‘391’ em Barcelona,tendo
recebido também influência de outras correntes
características da época e colaborado com importantes
figuras da época.

Fig.1 - Hera

Fig.2- Man Ray- fotógrafo, pintor e anarquista americano


foi responsável por grandes inovações na fotografia,
elevando-a à categoria artística.Fundou o grupo dadaísra
nova-iorquino.

‘Pinto o que não pode ser fotografado, algo surgido da


imaginação, ou um sonho, ou um impulso do subconsciente.
Fotografo as coisas que não quero pintar, coisas que já
existem.’

Marcel Duchamp- Pintor, poeta e escultor francês, mais


tarde nacionalizado americano.
Fig.3-A fonte- exemplo perfeito do conceito ready-made, que este iniciou e
que se tornou marca dadaísta.

Hugo Ball- poeta, escritor e filósofo alemão, distingui-se no


movimento dadaísta por ter escrito o Manifesto Dadaísta. Utilizou
poemas sonoros - sem palavras - como metáfora para a
insignificância do homem perante a barbaridade.

Fig.4-Na foto encontra-se no Café Voltaire – ponto de encontro


dadaísta

Hans Arp- pintor,poeta e escultor alemão naturalizado francês. Entre


muitas outras actividades foi fundador do grupo de artistas suíços
Der Moderne Bund.

Fig.5-Pastor de Nuvens

Tristan Tzara- poeta romeno nacionalizado


francês.Participou na fundação do movimento
dadaísta. Em tradução livre o seu pseudónimo
significa triste terra.Tinha como vontade
destruir a sociedade,os seus valores e para isso
apoiava-se na arte. Arte com a qual traduz as
suas preocupações sociais e defesa do homem
contra todas as formas de escravidão.

Fig.6- “L’Antitête. Le Désespérant

Max Ernst – Pintor alemão responsável pela criação do


grupo Dadá na sua terra natal, tentando uma reacção
contra uma sociedade falida e moralmente destroçada.
Na Alemanha, o Dadaísmo assumiu uma forte veia de protesto social,
devido ao desastroso fim desta nação na guerra.

Fig.7 – ‘The Virgin spanking the Christ child’

George Grosz – pintor alemão destacado inicialmente como uma das


figures mais destacadas do movimento dadaísta. Mais tarde naturalizado
americano.

Fig.8- ‘Amalie’

Os Movimentos surgidos na década de 20 serviram de fonte de


inspiração para o surgimento da arte conceptual, expressionismo
abstracto e Pop Art americana (Andy Wharnol), mostrando assim a
sua importância futura, ainda que no caso particular do dadaísmo,
envolta em polémica no presente.

Вам также может понравиться