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2016/2017
My
SISTEMA N ERVOSO
AUTÓNOMO
can’t be this cute!
Catarina C Duarte
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Índice
Generalidades ............................................................................................................................... 3
Porção cervical do sistema nervoso simpático ............................................................................. 4
Porção cefálica do sistema nervoso simpático ............................................................................. 7
Sistema nervoso parassimpático craniano.................................................................................. 10
Porção torácica do sistema nervoso simpático ........................................................................... 12
Porção abdominal do sistema nervoso simpático ...................................................................... 15
Porção pélvica do sistema nervoso simpático ............................................................................ 18
Sistema nervoso parassimpático pélvico ou sagrado ................................................................. 20
Sistema nervoso entérico ............................................................................................................ 20
Agradecimentos
Aos meus pais, por me terem feito.
À minha gata, por me aquecer o colo e tirar nacos de carne, mas eu também não preciso deles.
À anatomia, sem a qual eu nunca teria tido a motivação para fazer este resumo.
Ao paint, por me deixar fazer obras de arte diariamente.
Ao word, apesar de ter andado a encravar o tempo todo.
Ao Netter, por fazer imagens bonitas de coisas que na vida real são todas da mesma cor.
Agradecia ao Rouvière mas fica para outro dia (continua).
Ao ASS, por ainda falar comigo vai-se lá saber porquê.
Devia estar a estudar em vez de fazer isto que nunca ninguém vai ver (idem).
Ao meu almoço, por me dar a glucose que necessito para não entrar em hipoglicémia.
Ao meu sutien, por me dar sempre o suporte que eu preciso.
Ao meu cão, por não me acordar para o ir passear.
Aos meus phones, por me salvarem de dar explicações.
E, finalmente, à minha cama, tu sabes.
Ano novo, nómina nova, nova edição: 3ª edição versão 3.14 ©. Featuring: terminologia
anatómica entre parenteses.
Este trabalho é baseado no Rouvière. Como tal, é essencialmente descritivo e poderão encontrar
diferenças funcionais quando comparado com obras mais recentes.
Para me contactarem, em caso de erros ou dúvidas, basta sacrificarem sangue virgem no centro
de um pentágono à meia-noite e eu apareço quando a minha agenda estiver livre.
(Ou usem o meu mail: catarina.duarte1@campus.ul.pt)
GENERALIDADES
O sistema nervoso vegetativo ou visceral controla as funções viscerais de uma forma
independente da vontade. Este inclui vias aferentes, que ligam as vísceras ao SNC e vias
eferentes, que ligam o SNC às vísceras. A estas vias eferentes dá-se o nome de sistema nervoso
autónomo.
O SNS é composto por duas cadeias de gânglios simpáticos vertebrais (ou látero-vertebrais ou
para-vertebrais), ligados por um cordão intermediário, de cada lado da linha média. Os
neurónios centrais do SNS estão localizados nos centros vegetativos medulares da medula
dorsal, lombar superior e cervical.
Compartimentos víscero-nervosos
Existem quatro compartimentos víscero-nervosos que correspondem a centros ganglionares
látero-vertebrais:
Mediastínico anterior (centro formado pelos gânglios cervicais)
Mediastínico posterior (centro formado pelos cinco primeiros gânglios torácicos)
Tóraco-lombar (centro formado pelos seis últimos gânglios torácicos)
Lombo-pélvico (centro formado pelos gânglios lombares e sagrados)
Distinguem-se assim:
Gânglios cervicais
Gânglio cervical superior – volumoso e fusiforme (4 cm). Relaciona-se posteriormente
com o músculo recto anterior e anteriormente com o feixo vásculo-nervoso retro-
estiloideu.
Cordão intermediário
Une os três gânglios do cordão simpático cervical e continua-se com o cordão simpático torácico.
Ao nível do gânglio médio pode dividir-se para dar passagem à artéria tiroideia inferior. Depois
divide-se em dois cordões secundários:
Ansa de Vieussens
Gânglio cervical inferior ou estrelado
Fornece o nervo carotídeo, que sobe posteriormente à artéria carótida interna e penetra no
canal carotídeo. Forma em redor da artéria o plexo carotídeo e depois, no seio cavernoso, o
plexo cavernoso.
Gânglio esfeno-palatino
Gânglio oftálmico
Gânglio de Gasser
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Nervos que percorrem a parede do seio cavernoso (Motor ocular comum, patético ou
troclear e nervo oftálmico do trigémeo)
Anastomosa-se através do plexo cavernoso com o gânglio de Gasser (do trigémeo) – a
anastomose cervico-gasseriana de François Franck (transmissão dos impulsos irido-
dilatadores).
Gânglio oftálmico
Gânglio de Gasser
Gânglio esfeno-palatino
Nervo carotídeo
O gânglio cervical médio une-se por ramos comunicantes aos ramos anteriores dos nervos
C5 e C6.
Nervo cardíaco médio – termina no plexo cardíaco posterior. Quando este gânglio não
existe, o nervo destaca-se do cordão intermediário.
Nervo vertebral – um ramo satélite da artéria vertebral. Nasce por raízes anteriores à
artéria e duas raízes posteriores que se unem para formar o nervo. Ascende até à
vertebra C4, situando-se à frente do interstício que separa a artéria da veia (mais
externa).
Dá ramos vasculares para o tronco basilar e fornece as raízes simpáticas dos nervos sino-
vertebrais (para as meninges).
Gânglio oftálmico
Situa-se na face externa do nervo óptico, anteriormente ao canal óptico.
Ramos aferentes
Recebe pela extremidade posterior:
1. Raiz motora – do nervo do músculo pequeno oblíquo (ramo do motor ocular comum).
Também chamada raiz parassimpática.
Ramos eferentes
Nervo de Tiedman – destaca-se dos nervos ciliares curtos e penetra no nervo óptico com
a artéria central da retina.
Raiz sensitiva
Gânglio Raiz simpática
oftálmico
Gânglio esfeno-palatino
Espessamento na extremidade anterior do nervo vidiano. Situa-se na parede posterior do
transfundo da fossa ptérigo-maxilar.
Ramos eferentes
Incorporam-se no nervo esfeno-palatino e terminam na mucosa buco-naso-faríngea.
Fibras eferentes incorporam-se no ramo orbitário do nervo maxilar superior e dirigem-
se à glândula lacrimal (através da anastomose com o nervo lacrimal.
Glândula lacrimal
Ramo simpático
do plexo carotídeo
Gânglio esfeno-palatino
Nervo vidiano
no canal vidiano
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Gânglio ótico
Situa-se inferiormente ao buraco oval, sobre a face interna do nervo maxilar inferior.
Neste gânglio termina o nervo formado pela união do nervo pequeno petroso superficial (facial),
nervo pequeno petroso profundo (glossofaríngeo) e um ramo simpático do plexo da artéria
meníngea média.
Ramos eferentes
Gânglio
Nervo aurículo-
ótico
temporal
Nervo
Gânglio ótico pequeno
petroso
Gânglio
cervical
Artéria superior
meníngea
média
Recebem filetes do nervo lingual (nervo maxilar inferior do trigémeo), corda do tímpano (facial)
e do plexo simpático da artéria facial. Emitem ramos para as glândulas submaxilar e sublingual.
Gânglio
submaxilar
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Dirigem-se até ao gânglio oftálmico através da sua raiz motora ou raiz parassimpática.
Núcleo motor
principal
2. Têm origem no núcleo salivar superior e vão até às glândulas submaxilar e sublingual
através da anastomose da corda do tímpano com o nervo lingual.
Glândula lacrimal Nervo vidiano
Núcleo lacrimo-muco-nasal
(não representado)
Gânglio Nervo
esfeno- facial
Núcleo motor principal palatino
Nervo facial
Corda do
Nervo lingual tímpano
Núcleo salivar
superior
Gânglio submaxilar
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Nervo glossofaríngeo
A porção parassimpática do nervo compreende dois núcleos:
Núcleo salivar inferior (secretor) cujas fibras constituem o nervo pequeno petroso
profundo (a partir do nervo timpânico de Jacobson). Este nervo termina no gânglio
ótico. Daí partem fibras que alcançam a parótida através do nervo aurículo-temporal do
trigémeo.
Núcleo redondo (víscero-sensitivo).
Nervo aurículo-temporal
Gânglio
Núcleo salivar inferior ótico
Nervo pneumogástrico
A porção parassimpática do pneumogástrico compreende dois núcleos:
Núcleo dorsal do vago (víscero-motor)
Núcleo cardio-pneumo-gastro-entérico (víscero-sensitivo)
Estes núcleos emitem fibras que que se dirigem ao coração e quase totalidade do aparelho
respiratório (exceto fossas nasais) e aparelho digestivo (exceto boca, colón esquerdo e recto).
Estas fibras são fibras nervosas pré-ganglionares que terminam nos gânglios e plexos viscerais
dos órgãos que inervam:
Plexo cardíaco
Plexo pulmonar
Plexo solhar/celíaco (e plexo mesentérico superior)
Plexos submucoso de Meissner e mioentérico de
Auerbach (sistema nervoso entérico)
Plexo solhar
Plexos de
Meissner e
Auerbach
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Ramos comunicantes
Cada gânglio está único aos nervos intercostais vizinhos por:
Ramos comunicantes
cinzentos
Gânglio estrelado
Ramos periféricos
Os gânglios torácicos formam de cada lado o centro mediastínico posterior e o centro de
origem macroscópica dos nervos esplâncnicos abdominais.
Ramos superiores
Nascem dos quatro ou cinco primeiros gânglios e dirigem-se para os órgãos intra-torácicos.
Ramos pulmonares
Podem distinguir-se dois plexos pulmonares, cada um formado por ramos pulmonares do
pneumogástrico e do tronco simpático, anastomosados posteriormente à bifurcação traqueal:
Anterior – anteriormente aos pedículos pulmonares
Posterior – posteriormente a estes.
Estes dois plexos podem ser divididos do ponto de vista anátomo-funcional em:
Plexo funcional – compreende o plexo pulmonar anterior e maior parte do posterior.
Os ramos provêm em parte do plexo cardíaco.
Plexo nutridor – formado por ramos provenientes do centro mediastínico posterior do
simpático.
Ramos inferiores
Provêm dos seis ou sete últimos gânglios torácicos e distribuem-se pelos órgãos intra-
abdominais. Formam os nervos grande e pequeno esplâncnico (nervos esplâncnicos maior e
menor).
Quando a raiz proveniente do 12º gânglio torácico é independente, forma o nervo esplâncnico
inferior, que se une ao plexo renal.
Plexo solhar
Gânglios semilunares
Gânglios renais
Gânglio
mesentérico superior
Nervo grande
esplâncnico
Cordão simpático
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Plexo cardíaco
O plexo cardíaco é formado pelas anastomoses entre os ramos cardíacos do pneumogástrico
(vago) e do tronco simpático.
Os ramos simpáticos provêm dos gânglios cervicais, sendo que os nervos cardíacos superior,
médio e inferior nascem dos gânglios cervicais superior, médio e inferior, respetivamente.
Estes plexos unem-se por anastomoses inferiormente à crossa da aorta. Estas formam na sua
espessura o gânglio cardíaco de Wrisberg, que se situa entre a crossa da aorta, superiormente,
a artéria pulmonar, inferiormente, e o ligamento arterial, externamente.
Gânglio de Wrisberg
Plexos coronários
direito e esquerdo
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Ramos comunicantes
Ramos periféricos
Filetes para a coluna lombar, filetes satélites das artérias lombares e filetes musculares
para o músculo psoas (pouca importância).
Maioria dos ramos eferentes dirigirem-se anteriormente, rodeando a aorta:
o Terminam no plexo intermesentérico
o Constituem os nervos esplâncnicos pélvicos
Constituição
Gânglios
Ramos aferentes
Do plexo solhar ou celíaco nascem plexos secundários para todos os órgãos do abdómen.
Acompanham os ramos da aorta.
Plexo
hepático
Plexo
esplénico
Plexo celíaco
prop. dito
Cada nervo esplâncnico pélvico é constituído pela raiz lateral do mesmo lado e por filetes
nervosos da raiz mediana.
Raiz lateral – resulta da união de quatro ramos provenientes dos quatro gânglios
lombares.
Raiz mediana – nascem do plexo mesentérico inferior e descem anteriormente à aorta,
anastomosando-se entre elas e com as raízes laterais.
Ao nível de L5 os dois nervos esplâncnicos pélvicos confundem-se, por vezes, num só tronco – o
nervo pré-sagrado.
Na parte inferior de L5 estes podem anastomosar-se entre si, adquirindo uma conformação
plexiforme chamada de plexo hipogástrico superior (nomenclatura anglo-saxónica), ou podem
isolar-se e dirigir-se ao plexo hipogástrico.
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Ramos comunicantes
Unem-se aos ramos anteriores dos nervos sagrados por dois ramos comunicantes por gânglio.
Ramos periféricos
Plexo mesentérico
inferior
Gânglios lombares
Plexo hipogástrico
superior
Nervos esplâncnicos
Gânglios sagrados
pélvicos
Plexo hipogástrico
Constituição, situação e relações
Situa-se:
Inferiormente ao peritoneu
Superiormente ao pavimento pélvico
Internamente aos vasos do espaço pelvi-rectal superior
Externamente ao recto e vesiculas seminais (homem) ou parte póstero-superior da
vagina (mulher)
Está contido na bainha hipogástrica ou ilíaca interna
Ramos aferentes
Plexo vaginal – substitui o plexo prostático na mulher. Une-se ao plexo vesical e ao plexo
hemorroidário médio.
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Plexo uterino
Plexo vesical
Plexo prostático
Plexo vésico-deferencial
Nervo cavernoso
de Muller
Plexo de Meissner