Вы находитесь на странице: 1из 14

Realismo

FALAR SOBRE O PERÍODO DO REALISMO NOS ESTADOS UNIDOS; MENCIONAR ALGUNS DADOS SOBRE

AUTORES IMPORTANTES DO PERÍODO, COMO MARK TWAIN E HENRY JAMES E SUAS OBRAS PRINCIPAIS.

AUTOR(A): PROF. ELTON LUIZ ALIANDRO FURLANETTO

O contexto histórico
O período que se convencionou chamar de Realismo aconteceu entre 1860 e 1914. Seu início é marcado pela

Guerra Civil Norte-Americana (1861-1865). Ela foi um momento crucial para a história e para a cultura
daquele país. O otimismo político e ufanista anterior ao conflito diminuiu e deu lugar a certa exaustão e os
autores se tornaram mais críticos ao observarem o seu país.
Legenda: COLEçãO DE IMAGENS E FOTOS DA GUERRA CIVIL AMERICANA.

O vencedor do conflito foi o norte, industrial, e como tal, vemos uma nova fase começar, mais voltada para

o comércio e os negócios. Os primeiros trens intercontinentais aparecem, há um influxo de imigrantes que


chegam para ser mão de obra barata e a população, que em sua maioria vivia em cidades pequenas ou

rurais, vai para os centros urbanos. Com isso os problemas associadas com a industrialização e a

urbanização descontrolada começam a aparecer: baixos salários, casas superlotadas, pobreza generalizada,

condições sanitárias ruins. Os bancos começam a ganhar poder, assim como os trabalhadores que se

organizam em sindicatos e realizam greves para lutar por direitos, quase inexistentes.

O milionário que veio do nada é uma das figuras mais exploradas da época: a ideologia do self made man se
fortalece e vira um lugar comum da arte de então.

Os temas principais da literatura da época serão:

O rio Mississipi , o sul e o oeste americanos (Twain);


A guerra civil (1861-1865);
A escravidão ou o período de transição e o racismo;
O processo de urbanização das cidades;
A industrialização dos E.U.A.;
A vida nas grandes cidades americanas;
As relações humanas;
Problemas diários e comuns;
Observação de cenas cotidianas;
O casamento;
Um diferente olhar para o mundo de emoção e intuição;
Exaltação moderada ao próprio americano e ao país;
Reação ao movimento romântico;
Linguagem mais simples e comum;
Uso da forma livre na poesia;
Estilo preciso e direto;
Uso de gírias, humor e sátira;
Ausência de heroínas com paixões desenfreadas;
 

Os autores
Mark Twain

Segundo Maria Sílvia Betti (2003, p. 9), em Patriotas e Traidores: antiimperialismo, política e crítica social , 

Não há muitos outros escritores na literatura norte-americana a terem alcançado a

popularidade de Mark Twain, seja entre a crítica em geral, seja no setor editorial e na
indústria cultural. Homem de múltiplos talentos, Twain foi humorista, ficcionista,

jornalista, conferencista, empreendedor comercial, contista e, acima de tudo, crítico das

mudanças sociais registradas nos Estados Unidos no período compreendido entre o final

da Guerra de Secessão, em 1865, e o início do século XX. 

BETTI, 2003, P. 9

Escritor norte-americano, autor dos livros como Aventuras de Tom Sawyer e As Aventuras de Huckleberry

Finn, entre outros, nasceu em 1835, no Estado de Missouri, nos Estados Unidos, no dia 30 de novembro. Seu
nome de registro era Samuel Langhorne Clemens, e somente mais tarde, ficou conhecido como Mark Twain,

nome que escolheu a partir da sua profissão. Ficou órfão de pai aos 12 anos, e aos 13 deixou a escola para se

tornar aprendiz de tipógrafo.


Legenda: FOTO RETRATO DE MARK TWAIN, POR MATTHEW BRADY, 1871.

Começou a trabalhar no jornal do seu irmão Orion, em 1850, como impressor e assistente editorial. E foi

então que descobriu que gostava muito de escrever. Herdou do pai o espírito aventureiro. Dois anos depois,

deixou sua cidade para trabalhar em uma tipografia da cidade de St. Louis. Tornou-se piloto fluvial em 1856,

e nessa época começou a escrever e adotou o pseudônimo de Mark Twain, expressão usada pelos barqueiros

que significava “marca segura para se navegar”.

Conquistou o público e ganhou fama com o conto “A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras” em
1865.

Em 1867, viajou para a França, Itália e Palestina, em busca de material para seu primeiro livro Os Inocentes

no Estrangeiro, publicado em 1869, que estabeleceu sua reputação humorística. Em 1870, Mark se fixa em
Hartford Connecticut e casa-se com Olívia Langdon. Juntos tiveram quatro filhos.

Seus livros de estilos populares e cheios de humor, ou com descrições históricas, destacam-se Aventuras de

Tom Sawyer (1876), O Príncipe e o Mendigo (1880), A Vida no Mississipi (1883), As Aventuras de
Huckleberry Finn (1885), Um Ianque na Corte do Rei Artur (1889), Joana D’Arc (1896).
Os anos de 1890 da sua vida foram marcados por dificuldades financeiras e desgraças pessoais, com o

falecimento de sua esposa e de uma de suas filhas. Seu humor se transformou em amargura e pessimismo,

retratados em suas obras desse período.

Mark Twain faleceu em Redding, em Connecticut, Estados Unidos, no dia 21 de abril de 1910.

Vamos falar sobre um dos seus romances populares: The Adventures of Huckleberry Finn.
A narrativa de Huckleberry começa localizada em uma pequena cidade provinciana do sul dos Estados

Unidos, Saint Petersburg, em meados do século 19, embora Twain escreva a história bem depois desse

período. Ele retrata os problemas vividos por seu país anteriores à guerra de Secessão, entre os estados do

sul – pró-escravidão e os do norte – pró-abolição da escravatura. O enredo se desenvolve com as aventuras

de Huck e Jim pelas cidades ribeirinhas ao longo do rio Mississipi.

Legenda: O PERSONAGEM HUCKLEBERRY FINN, ILUSTRADO POR E. W. KEMBLE PARA A EDIçãO


ORIGINAL DO LIVRO DE 1884.

O livro é, como diversas obras de Twain, marcado por um humor que serve como crítica social. No entanto,

esse traço cômico acompanhado de denúncia torna a obra uma grande fonte de temas polêmicos. Segundo

Ramos (2008), “para alguns leitores esse livro é um manifesto contra o racismo, para outros, um livro com

indícios racistas.”

O garoto Huck foge de casa porque sofre abusos do pai, então decide conhecer o mundo. Logo no começo

das suas aventuras, ele fica na dúvida sobre ajudar ou não um escravo a buscar a liberdade, indo para um

estado onde a escravidão já havia sido abolida. Vejamos um trecho (com sua tradução) de um trecho em que

o protagonista fica na dúvida sobre ajudar Jim ou não:

In my schoolboy days I had no aversion to slavery. I was not aware that there was

anything wrong about it.  No one arraigned it in my hearing; the local papers said

nothing against it; the local pulpit taught us that God approved it, that it was a holy
thing and that the doubter need only look in the Bible if he wished to settle his mind –

and then the texts were read aloud to us to make the matter sure; if the slaves themselves

had an aversion to slavery they were wise and said nothing. 

“Na época em que eu era garoto e frequentava a escola, eu não tinha aversão à escravidão.

Eu não tinha consciência de que havia algo de errado nisso. Eu nunca tinha ouvido que

alguém a considerasse errada; os jornais locais não diziam nada sobre ela; o púlpito local

ensinava-nos que Deus a aprovava, que a escravidão era sagrada e que a pessoa que

duvidasse disso teria apenas de ler a Bíblia para ficar com a mente em paz – e, neste caso,
os textos eram lidos em voz alta para que todos tivessem clareza sobre o assunto; se os

escravos tinham aversão à escravidão, eles eram sábios em não dizer nada.”

TWAIN, 1990, P. 6 E TRADUçãO DE RAMOS (2008)

Além das questões raciais e, por meio delas, o romance comenta os preconceitos, expondo uma visão

religiosa deturpada e põe em xeque os valores e moral da sociedade do século XIX. Por mais que a

libertação dos escravos tenha sido decretada ao final da guerra civil, o sentimento de superioridade da raça

branca sobre a negra não acaba aí, muito pelo contrário, é acirrado no âmbito social (já que não pode existir

no político). Por esse motivo, por exemplo, o livro foi banido de muitas bibliotecas e escolas do sul, sendo

acusado de ser antirreligioso.

Legenda: NESTA CENA ILUSTRADA POR E. W. KIMBLE, JIM ACREDITAVA QUE HUCK ESTAVA MORTO E

QUANDO ELE REAPARECE PENSA QUE ELE é UM FANTASMA


Um dos pontos mais interessantes do livro tem a ver com seu uso da linguagem. Twain coloca na obra um

“Explanatório”: trata-se de uma nota do autor antes do capítulo 1. Nela, ele especifica os 7 dialetos

empregados pelas personagens, a saber: Missouri Negro; Backwoods Sothwestern; ordinary PikeCounty e

quarto variedades modificadas do último. É com essa preocupação que devemos ler o romance, na tentativa

do autor de ser preciso na caracterização das personagens, e nas suas formas de falar podemos enxergar a

diversidade presente na sociedade americana da época. Vejamos alguns exemplos:

O personagem e narrador, Huck, falando:

“The Widow Douglas, she took me for her son, and allowed she would sivilize me; (...)” (p.11)

‘Well, I did. I said I wouldn’t, and I’ll stick to it. Honest injun I will. People would call me a low-down

Abolitionist and despise me for keeping mum – but that don’t make no difference. I ain’t agoing to  tell,
and I ain’t agoing back there anyways. So now, le’s know all about it. (p. 50)

Jim falando:

‘Say – who is you? What is you? Dog my cats ef I didn’t hear sumf’n. Well, I knows what I’s gwyne to do. I’s

gwyne to set down here and listen tell I hears it agin.’ (p. 14)

Outros personagens, como o amigo de Huck, Tom:

‘Because it ain’t in the books so – that’s why. Now, Ben Rogers, do you want to do things regular, or don’t

you? – that’s the idea. Don’t you reckon that the people that made the books knows what’s the correct thing

to do? (p. 18)

O uso dos dialetos é uma das grandes questões atuais dos tradutores e estudiosos da tradução. A

estudiosa de Twain, Vera Lucia Ramos, em cujos trabalhos baseamos nossas explicações, vai falar

exatamente sobre a dificuldade dos tradutores em traduzir os dialetos do autor. Segundo seu

levantamento, nenhum tradutor até o momento conseguiu encontrar soluções satisfatórias para

lidar com todos os dialetos que ele apresenta. Vejamos um exemplo:

Mark Twain
Monteiro Lobato Sergio Flaksman Rosaura Eichenberg
1884
1934 (2005) 1997 2011
[Jim]

- Quem está aí? –


‘Say – who is you? “Quem é que está aí?
repetiu ele. – É
What is you? Dog my Onde é que está? - Fala, quem é ocê?
alguém, bem sei. Meus
cats ef I didn’t hear Macacos me mordam Droga, se num ouvi
ouvidos não me
sumf’n. Well, I se eu não escutei um uma coisa. Bem, sei o
enganam e tenho a
knows what I’s barulho. E já sei o que que eu vô fazê: vô me
certeza de ter ouvido
gwyne to do. I’s é que eu vou fazer. sentá aqui e escutá até
ruído de gente. Não
gwyne to set down Vou ficar sentado bem ouvi essa coisa de
responde? Pois vou
here and listen tell I aqui, até escutar de novo. (p. 15)
ficar aqui até o fim, e
hears it agin.’ (p. 14) novo.” (p. 21)
quero ver... (p. 13)
 

Para mais informações a esse respeito, recomenda-se a leitura da dissertação de mestrado de

Ramos, cujo link se encontra disponível nas referências.

Henry James

Outro lado do realismo foi a exploração das cidades, e principalmente, das relações entre os Estados Unidos

e a Europa. Se Twain olhava para os Estados Unidos nos seus conflitos internos, James concentra seu olhar

na forma como a Europa via os Estados Unidos, e a ação de seus romances e novelas vai configurar um tipo

de gênero diferente, o romance internacional. Trata-se de uma história que reúne pessoas de diversas

nacionalidades que representam certa característica de seus países. Os europeus, para o autor, são mais

aculturados, mais preocupados com a arte e com as regras sociais do que seus personagens americanos.

Estes estão, por outro lado, ligados a uma moralidade e inocência que não se vê mais nos europeus. Ele
valoriza, então, a sofisticação europeia e o idealismo americano.

Henry James foi um escritor norte-americano, naturalizado britânico em 1915. Foi autor de romances,

contos e críticas literárias que estão entre as mais importantes da literatura de língua inglesa.

Filho do teólogo Henry James Senior e irmão do médico, filósofo e psicólogo William James. Nasceu em

Nova York, em 15 de abril de 1843. Viajou com a família para a Europa, em 1855, quando tinha 12 anos, e

durante três anos percorreram Inglaterra, Suíça, França, visitando museus, bibliotecas e teatros. Tudo isso

porque o pai queria que os filhos recebessem uma boa educação.

Legenda: PORTRAIT OF HENRY JAMES, POR JOHN SINGER SARGENT, 1913


Voltaram a Newport em 1860, onde Henry e seu irmão mais velho, William, estudaram com o pintor William

Morris Hunt.

James começou o curso de direito em Harvard em 1862, mas pouco tempo depois, interessado em outras

leituras, abandonou o direito para se dedicar à literatura. Seus primeiros textos e críticas apareceram em

alguns jornais.
Foi à Inglaterra, Suíça, Itália e França em 1869, onde encontrou grande quantidade de material para suas

obras. E mais tarde, em 1876, fixou-se em Londres onde escreveu sua maior parte de obras.

Sua carreira literária teve três etapas. A primeira foi com Roderick Hudson em 1876, The American, em

1877, e Daisy Miller, em 1879, e concluiu com a publicação de Retrato de uma Senhora, em 1881. Nela, ele se

preocupou com o conflito entre duas culturas diferentes e os problemas emocionais dos europeus na

América e dos norte-americanos na Europa.

Legenda: CAPA PARA THE PORTRAIT OF A LADY, 1881

A segunda etapa foi de experimentos em diversos temas e formas. De 1885 até 1890, escreveu três novelas

de conteúdo político e social, The Bostonians em 1886, The Princess Casamassima, também em 1886, e

The Tragic Muse , em 1889.


A terceira começa a partir de 1890. Nos cinco primeiros anos, até 1895, chamados “os anos dramáticos”,

Henry escreveu diversas obras de teatros. Além delas, temos as antologias de contos e novelas A Morte do

Leão em 1894, The Coxon Fund em 1894, The Next Time em 1895, What Maisie Knew, em 1897 e A Volta do
Parafuso, em 1898.
What Maisie Knew, por exemplo, é uma das histórias que ele escreve sobre crianças ou adolescents: ela
apresenta a narrative pelos olhos de uma criança que acaba sendo manipulada pelos adultos num jogo de

conflitos de interesses.

Legenda: CARTAZ DA ADAPTAçãO PARA O CINEMA DE WHAT MAISIE KNEW, MILLLENIUM

ENTERTEINMENT, 2012.

Consideradas por muitos críticos como as mais importantes de suas obras, The Beast in the Jungle em 1903,

The Great Good Place, em 1900, e The Jolly Corner, em 1909, fazem parte da última etapa do seu trabalho,
que abordam o complexo funcionamento da consciência humana.

O autor também deixou inúmeros ensaios sobre viagens, críticas literárias, cartas, e três obras

autobiográficas. Seus últimos anos de vida foram isolados em sua casa.

Com a Primeira Guerra Mundial, em 1915, Henry adotou a cidadania britânica. Faleceu aos 72 anos de idade

pouco tempo depois de receber a Ordem do Mérito britânica.

Algumas de suas obras e as respectivas traduções:

Romances e Novelas:
·         Roderick Hudson (1876)

·         Os europeus - no original The Europeans (1878)

·         Retrato de uma Senhora (1881) - no original  Portrait of a Lady

·         Os bostonianos (1886) - no original  The Bostonians

·         Pelos olhos de Maisie (1897) - no original  What Maisie Knew

·                A volta do parafuso ou Calafrio, também conhecida como  A outra volta do parafuso  (1898) - no

original The Turn of the Screw

·         As asas da pomba (1902) - no original  The Wings of the Dove


·         Os Embaixadores (1903)

·         A taça de ouro (1904) - no original  The Golden Bowl

Contos e novelas:
·         Uma Tragédia de Enganos  - no original A Tragedy of Error  (1864)

·         The Story of a Year (1865)

·         A Passionate Pilgrim (1871)

·         Madame de Mauves (1874)

·         Daisy Miller (1878)

·         Os manuscritos de Jeffrey Asper - no original The Aspern Papers (1888)

·         The Lesson of the Master (1888)

·         O Desenho no Tapete  - no original The Figure in the Carpet (1896)

·         A fera na selva - no original The Beast in the Jungle (1903)

Adaptação de Obras para o Cinema:


·         Taça de Ouro

·         Os Inocentes - adaptação de Turn of the screw em português Calafrio.

·                As Asas da Pomba - No Brasil conhecido como  As Asas do Amor. Um triângulo romântico que se

inicia quando a herdeira de uma fortuna se muda dos Estados Unidos para Londres à procura de ajuda

médica. Cai, então, em uma armadilha, na qual Kate Kroy planeja que ela se apaixone por seu amante,

deixando sua fortuna para ele, com a chegada da sua morte.


Sua obra:

O autor é lembrado por ter feito uma ponte entre os séculos XIX e XX e por ter ligado também os Estados
Unidos e a Europa. Além disso, seu estilo é bastante particular:

·         Uma prosa complexa e refinda;


·         Uma grande preocupação com a psicologia dos personagens;

·         O desenvolvimento da consciência é mais importante do que a realidade social;


·         Sua linguagem é polida, refinada e seus períodos são longos, tornando seus parágrafos densos.

 
James é considerado o precursor do “fluxo de consciência”, e fundador do realismo psicológico. Ele

acreditava que o autor não devia apenas apresentar a vida social, mas fazer um mergulho nas profundezas
da natureza moral e psicológica dos seres humanos. Ele foi chamado de um dos primeiros “romancistas

moderno psicologizante” e “um realista da vida interior”.


Ele evita a onisciência do narrador e seus personagens vão se revelando com uma intervenção mínima do

narrador. Nós captamos a história por meio dos próprios personagens, ao compartilhar suas perspectivas e
sondar suas mentes.

Vejamos um exemplo do estilo de James, com o parágrafo de abertura de The Pupil:

The poor young man hesitated and procrastinated: it cost him such an effort to broach
the subject of terms, to speak of money to a person who spoke only of feelings and, as it

were, of the aristocracy (1). Yet he was unwilling to take leave, treating his engagement as
settled, without some more conventional glance in that direction than he could find an
opening for in the manner of the large, affable lady who sat there drawing a pair of soiled

gants de Suède through a fat, jewelled hand and, at once pressing and gliding, repeated
over and over everything but the thing he would have liked to hear (2). He would have
liked to hear the figure of his salary; but just as he was nervously about to sound that
note the little boy came back – the little boy Mrs Moreen had sent out of the room to

fetch her fan (3). He came back without the fan, only with the casual observation that he
couldn’t find it (4). As he dropped this cynical confession he looked straight and hard at

the candidate for the honour of taking his education in hand (5). This personage
reflected, somewhat grimly, that the first thing he should have to teach his little charge

would be to appear to address himself to his mother when he spoke to her – especially
not to make her such an improper answer as that (6).

When Mrs Moreen bethought herself of this pretext for getting rid of their companion,
Pemberton supposed it was precisely to approach the delicate subject of his remuneration

(7). But it had been only to say some things about her son which it was better that a boy
of eleven shouldn’t catch (8). They were extravagantly to his advantage, save when she

lowered her voice to sigh, tapping her left side familiarly: ‘And all overclouded by this,
you know – all at the mercy of a weakness – !’ (9) Pemberton gathered that the weakness

was in the region of the heart (10). He had known the poor child was not robust: this was
the basis on which he had been invited to treat, through an English lady, an Oxford

acquaintance, then at Nice, who happened to know both his needs and those of the
amiable American family looking out for something really superior in the way of a

resident tutor (11).

Objeto disponível na plataforma


Informação:
Capa para o livro The Pupil, 1891. Smart Book Worms.
Capa para o livro The Pupil, 1891. Smart Book Worms.

CAPA PARA O LIVRO THE PUPIL, 1891. SMART BOOK WORMS.


Os números que marcam o texto são as contagens dos períodos. Vemos que são longos, cheios de palavras

latinizadas (mais formais) e abstratas. Há uma abundância de verbos, mas pouca ação. Sua sintaxe é
carregada de inversões, de frases subordinadas e variação elegante (formas diferentes de se referir ao
mesmo objeto ou pessoa). Para mais detalhes sobre o estilo de James, referimos a obra de Leech e Short

(1981), de onde tiramos essas reflexões mais específicas, e para uma interpretação atual dele o texto de
Charles Adam Foster Simard, no site: http://www.themillions.com/2011/03/henry-james-and-the-joys-of-

binge-reading.html
 

Além deles, outros autores de destaque na época foram: Bret Harte, Mary Wilkins Freeman, Harriet Stowe,
William Dean Howells, Kate Chopin e George Washington Cable, entre muitos outros.

ATIVIDADE

Qual é a informação correta sobre o realismo?

A. Foi um período marcado pelo misticismo e religiosidade extrema


B. Os autores do período não se importavam com a linguagem, focando
suas análises nas ações dos personagens.

C. só permitia que os autores falassem de histórias baseadas em fatos


reais, nada poderia ser ficção.

D. Todos os autores escreviam utilizando os dialetos locais dos seus


personagens, para dar mais credibilidade para a história.
E. Foi um período plural, com autores preocupados com questões locais e

internacionais, principalmente com a forma que os Estados Unidos


tomou depois da Guerra de Secessão.

REFERÊNCIA
BETTI, Maria Sílvia (Org.); TWAIN, M. (Org.). Patriotas e Traidores. Antiimperialismo e escritos políticos e
sociais de Mark Twain. 1a. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003. v. 1.
JAMES, Henry. The Pupil. London: M. Secker, 1916. Disponível em: http://www.gutenberg.org/ebooks/1032

(http://www.gutenberg.org/ebooks/1032)
LEECH, Geoffrey N.; SHORT, Mick.  Style in Fiction: A Linguistic Introduction to English Fictional Prose.

London: Longman, 1981.


RAMOS, Vera Lúcia. A sivilização-civilização de Huckleberry Finn: uma proposta de tradução. (Dissertação)

USP. São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-27082009-


165932/pt-br.php (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-27082009-165932/pt-br.php)

TWAIN, Mark. The Adventures of Huckleberry Finn. London: Penguin Popular Classics, 1994.
________. As aventuras de Huckleberry Finn/ Mark Twain; tradução de Monteiro Lobato. São Paulo:

Companhia Editora Nacional, 2005


________. As aventuras de Huckleberry Finn/ Mark Twain; tradução de Sergio Flaksman. São Paulo: Ática,

1997
________. As aventuras de Huckleberry Finn/ Mark Twain; tradução de Rosaura Eichenberg. Porto Alegre:

L&PM Pocket, 2011


www.e-biografias.net (http://www.e-biografias.net/)
http://www.themillions.com/2011/03/henry-james-and-the-joys-of-binge-reading.html
(http://www.themillions.com/2011/03/henry-james-and-the-joys-of-binge-reading.html)

Вам также может понравиться