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ENTRANDO EM AÇÃO

O primordial foi alcançado. A descoberta almejada foi conseguida para


conscientizar que a maneira de beber era destrutiva e avassaladora. Encontrar
alcoólicos anônimos para estagnar a compulsão e buscar uma nova maneira de viver
era iminente. Seria a última oportunidade naquele momento.
A conscientização, que o alcoolismo vivido até aquele momento era doença
com terminação fatal em todos os sentidos; físico, psíquico, emocional e espiritual
havia consumado. E agora? Através dessa descoberta chegando ao grupo, foi lhe
apresentado os Doze Passos para recuperação. Um modelo de reformulação de vida
proposta através das experiências dos cofundadores de Alcoólicos Anônimos Bill e
Bob e a experiência de tantos outros era uma saída.
A admissão de impotência perante o álcool. A conclusão que chegou
endoidecido e que sua sanidade poderia ser-lhe devolvida era fato, se assim a
quisesse. A convicção que um ser maior denominado de um Poder Superior, um “Deus
amantíssimo” poderia lhe oferecer garantias, garantia de uma sobriedade plena e vida
de qualidade era real. Que sem dúvida alguma, e convicto que poderia entregar suas
dificuldades a Ele quando não mais suportasse.
Logo mais o exercício do inventário. Um inventário minucioso e destemido,
inventário moral de si mesmo, um mergulho no fundo na alma em busca dos
fantasmas que proporcionaram a distorção dos instintos naturais. As coisas já não
ficavam mais tão fáceis. O preparo para entrar em ação, entrar em ação consigo
mesmo, com as premissas de remover esses defeitos de caráter adquirido na vida
adicta, na vida alcoólica afunilava cada vez mais a ponto causar calafrios.
O Capítulo seis ENTRANDO EM AÇÃO DO LIVRO ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
traz a proposta de seguir adiante com o programa de recuperação, com muita
seriedade e honestidade. Ao concluir esse inventário proposto no quarto passo, esse
mergulho profundo em si mesmo foi proporcionado muitas descobertas. E agora? O
que deve ser feito a respeito? Determinados defeitos de caráter já foram admitidos.
Resta eliminá-los, uma ação que deve ser executada com muito esmero (JUNAAB,
2013).
Discutir esses defeitos com outras pessoas? As vezes pode-se concluir que já
foi feito muito admitindo essas falhas para si mesmo. O programa nos apadrinha. “Se
pularmos esse passo vital talvez não superemos o problema com a bebida.” Na prática
descobrimos que uma autoavaliação não é o suficiente. O medo, a prepotência e o
orgulho podem barrar a importância da verbalização em terapia de grupo e em casos
especiais com o psicólogo. Nesse caso o problema com a bebida poderá não ser
superado.
Um outro viés perigoso é de se tentar evitar esse exercício visto como
“humilhante”, humilhante por vir de um alcoólico ainda molhado, com o ego ferido e
uma certa arrogância. Pode ser tentado a evitar essa experiência a qualquer custo,
recorrendo a medidas mais fáceis. “Já conscientizei do meu erro e não vejo
necessidade de contar isso a alguém”. A grande maioria dos que tentaram guardar
para si determinados fatos de suas vidas quase todos beberam. Em seguida
perguntavam; porque tinham recaído? Na verdade, acreditavam ter sido por que
nunca haviam terminado a faxina, o inventário havia sido feito, mas a verbalização
não foi concretizada como deveria ser. Ficaram presos a alguns dos piores defeitos
de caráter em estoque, aqueles de estimação, os quais poderiam ainda ter alguma
utilidade no futuro. Mesmo detectado.
Muitos de nós encorajados em procurar um psicólogo, seguramos a verdade
em ser dita. Às vezes gastamos dezenas de reais para esse fim, mas em raras
ocasiões damos a estes médicos uma oportunidade de nos ajudar, justamente por
ficarmos tentando cobrir o sol com a peneira, ainda com medo da verdade. Justamente
por isso não é passado a limpo o resultado encontrado no inventário do quarto passo.
Nesse momento contamos meias-verdades, deixando resquícios, os quais
proporcionam praticar os mesmos atos, consequentemente voltar a beber.
Se a condição financeira não permitir procurar um profissional, procure entre
nós, os conhecidos, um amigo discreto e compreensivo. Talvez o médico ou psicólogo
possa ser essa a pessoa certa pois sua ética profissional lhe garante sigilo absoluto,
talvez alguém da própria família, lembrando sempre que as limitações e os laços
familiares podem impedir que algo seja falado. Temos de ter a sensatez que o
programa de A.A. é de 24h. Ao ser revelado a um companheiro aquilo muito secreto
e posteriormente ele voltar a beber..., pronto, pode ficar tudo perdido. Os resultados
obtidos através dessa conversa a respeito do quarto passo são imensuráveis. Para
tanto se houver a necessidade de ser adiado, que não seja por muito tempo. A
ansiedade em pôr para fora aquilo que o incomoda poderá proporcioná-lo voltar beber.
Pronto, decisão tomada. Coloque o orgulho no bolso e segue em frente.
Observe todas as deformações de caráter, todos os cantinhos escuros encontrados
na alma, ciente que foi vasculhada sem deixar um único rastro para trás. Ao voltar à
realidade sente-se grande prazer em observar a luz que nos irradia, o mundo pode
ser enfrentado de frente, a paz toma conta de si, os medos serão abandonados e a
proximidade de Deus torna-se real. É hora de seguir em frente e começar a olhar para
o sexto passo. Estamos prontos para deixar que Deus remova todos esses defeitos
de caráter? Todos eles? Se ainda estiver apegado a alguns, pedimos a Ele que nos
ajude a desprender destes que insistem tanto em ficar.
Pode ser falado com Deus assim; "Meu Criador, agora desejo que me aceites
como sou, por inteiro, bom e mau. Peço que removas de mim todo e qualquer defeito
de caráter que me impeça de ser útil, a Ti e a meus semelhantes. Concede-me força
para que, ao sair daqui eu cumpra a Tua vontade. Amém.'' Nesse instante o Sétimo
Passo se torna real e se faz por completo.
Mais ação torna-se necessário, pois o aprendizado é contínuo, é hora de
construir uma lista, relacionar pessoas que foram prejudicadas, para que no nono
passo fazer-se a execução da lista, lembrar sempre que não devo tirar o peso de
minhas costas e colocar nos ombros dos outros. Torna-se necessário que as
reparações sejam diretas, outras indiretas. As indiretas, algumas posso resolver com
meu psicoterapeuta. Preciso escutar-me junto com outra pessoa, fazer a limpeza da
alma. Se não há vontade para fazer isso, peçamos à Deus para ter. O entulho deve
ser removido e varrido até última partícula.
Jamais deve ser esquecido que o alcoólatra é um furacão que abre caminhos
através da vida dos outros. Na opinião dos Alcoólicos recuperados quando alguém diz
que sobriedade é o suficiente está falando sem pensar. Nesse caso a pessoa não está
sóbria, está abstêmia. Há um longo caminho por vir a ser construído.
As meditações matinais são de suma importância. Que seja feito um projeto
para o dia, pedindo à Deus paciência, tolerância, generosidade, amor, compreensão
e ao findar o dia inventariar-se como o apreendido no quarto passo. O que foi feito
certo e o que foi feito errado, o que pode ser consertado o que pode ser arquivado. É
importante salientar que aquilo que será guardado, terá que ser guardado com a
convicção que não vai causar incômodo. Consciente que a vida espiritual não é uma
teoria, a vida espiritual precisa ser vivida a cada momento. O alcoólatra que passou
por essas etapas deve usar a sensatez, a diplomacia a atenção, a humildade para
seguir em frente.
Ao passo desses acontecimentos, faz-se acontecer as promessas, as Doze
promessas de A.A. em nossas vidas.
1. Se formos cuidadosos, nesta fase de nosso desenvolvimento, ficaremos surpresos
antes de chegar à metade do caminho.
2. Estamos a ponto de conhecer uma nova liberdade e uma nova felicidade.
3. Não lamentaremos o passado, nem nos recusaremos a enxergá-lo.
4. Compreenderemos o significado da palavra serenidade e conheceremos a paz.
5. Não importa até que ponto descemos, veremos como nossa experiência pode
ajudar outras pessoas.
6. Aquele sentimento de inutilidade e autopiedade irá desaparecer.
7. Perderemos o interesse em coisas egoístas e passaremos a nos interessar pelos
nossos semelhantes.
8. O egoísmo deixará de existir.
9. Todos os nossos pontos de vista e atitudes perante a vida irão se modificar.
10. O medo das pessoas e da insegurança econômica nos abandonará.
11. Saberemos, intuitivamente, como lidar com situações que costumavam nos
desconcertar.
12. Perceberemos, de repente, que Deus está fazendo por nós o que não
conseguimos fazer sozinhos.
Serão estas promessas extravagantes? Achamos que não. Estão sendo
cumpridas entre os membros de alcoólicos Anônimos que passaram por esta etapa,
as vezes depressa, outras devagar. Sempre se tornarão realidade, se for trabalhada
em uma recuperação com seriedade e responsabilidade.

Dalmir Vieira (Unaí M-G); Acadêmico de psicologia

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