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Atividades Clínicas do
Farmacêutico
Hospitalar

“A missão da prática farmacêutica é


fornecer medicamentos e outros
produtos e serviços de saúde e ajudar
a sociedade a fazer o melhor uso
delas”

(Good Pharmacy Practice, Declaração de Tóquio)

História
Profissão Farmacêutica:
panorama do séc. XX

Witzel, 2008

Etapa Tradicional, Etapa de Transição e Etapa


de Cuidado ao Paciente

Hepler (1987); Angonese e Sevalho (2008)

Era do Empirismo, Era da Ciência e Era da


Informação (educação em saúde)

História
Witzel; Porta e Storpirtis, 2008
Etapa de Transição
O “desenvolvimento da Farmácia Clínica*

(Indústria = disponibilidade de formulações sintéticas e


aumento da frequência de problemas relacionados ao uso
de medicamentos)

1957 – ASHP:inclusão de atividades clínicas nas


responsabilidades dos farmacêuticos;
1960 – desenvolvimento da Farmácia Clínica:
acompanhamento de Pacientes em hospitais como forma
de redução destes problemas.

*1920 (Krantz – capacitação de farmacêuticos para “serviços clínicos”)

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História
Século XX:

 Transformações no sistema de assistência sanitária e


exame crítico dos valores, necessidade e expectativas
dos profissionais e beneficiários.
 Tratamento farmacológico constitui a forma mais
freqüente de intervenção médica.

REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO FARMACÊUTICO

Na década de 60 os farmacêuticos optavam por três áreas


de atuação assistencial: farmácia comunitária, farmácia
hospitalar e docência. Em 1990, as escolhas possíveis se
ampliaram, incluindo atendimento domiciliar, cuidados
geriátricos, gerenciamento, especialidades clínicas
diversas, pesquisa, entre outras (Witzel, 2008).

Port. 4283 de 2010 – Diretrizes e


estratégias para organização de serviços
de farmácia em hospitais

1. Gestão;
2. Desenvolvimento de ações inseridas na atenção integral à saúde;
Gerenciamento de tecnologias: distribuição, dispensação e controle
de medicamentos e de outros produtos para a saúde; manipulação
magistral e oficinal; preparo de doses unitárias e unitarização de doses
de medicamentos; manipulação de NP, QT e radiofármacos;
Cuidado ao paciente;
3. Infraestrutura física, tecnológica e gestão da informação;
4. Recursos humanos;
5. Informação sobre medicamentos e outras tecnologias em saúde; e
6. Ensino, pesquisa e educação permanente em saúde

Atividades do Farmacêutico

Administrativas Clínicas
Planejamento
Aquisição
Armazenamento
Seleção
Distribuição
Informação sobre
medicamentos
Acompanhamento

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Causas de problemas na
farmacoterapia

1. Sistemas deficientes de distribuição e administração de


medicamentos;
2. Aplicação inadequada da informação do produto;
3. Informação inadequada ao prescritor;
4. Falta de conhecimento sobre as características
farmacocinéticas;
5. Falta de interesse e preocupação sobre o conhecimento
e notificação de RAM

(McCarron, 1975)

Consequências

 Alta incidência de:


1. Erros de medicação (prescrição, preparo,
administração, incompatibilidades)
2. RAM e iatrogenias
3. IM (medicamento – alimento – exame laboratorial –
medicamento)

 Subutilização de RH

 Desperdício de medicamentos → aumento dos custos


(Porta e Storpirtis, 2008)

 Planejamento, isolamento e
síntese de novos fármacos

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 Pesquisa e Desenvolvimento de
Medicamentos (ECC - fase I a III)

 Planejamento, Programação, Aquisição,


Armazenamento e Preparo

Uso Adequado ?

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Adequação de Via de
Administração

2012/1 Profa. Elisangela Dellamora

Serviços Clínicos

Conciliação de medicamentos Revisão da farmacoterapia

Acompanhamento Monitorização terapêutica de


farmacoterapêutico medicamentos

Manejo de problema de saúde


Gestão da condição de saúde autolimitado

Dispensação Rastreamento em saúde

Educação em saúde

Serviços Clínicos: exemplo


IPPMG
 Histórico, alergias motivo da internação
 Prescrição: Medicamentos, dose, posologia e via de administração
Revisão da  Interações medicamentosas
Farmacoterapia  Diluição e incompatibilidades IV
 Análise do risco e definição da conduta: TDM? Intervenção?

Educação em  Comunicação regular com paciente, cuidador e equipe


Saúde

 Suspeita de RAM?
 Análise (aplicação de ferramentas)
Acompanhamento
e monitoramento  Discussão do plano de manejo
terapêutico

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NÃO Foi prescrito SIM


vancomicina
ao paciente?

SIM Coletar amostra de


NÃO O paciente
sangue venoso até 30
está na UTI
minutos antes da
pediátrica?
administração da 4ª dose
Avaliar com a equipe
médica se há
necessidade de
monitoramento Realizar TDM
da vancomicina

NÃO A concentração SIM


Ajustar a dose sérica está entre
15-20mg/L?

Ajustar com base na SIM Paciente


função apresente
NÃO Ajustar com base Não é
nos níveis séricos necessário
renal[GFR(mL/min/1.7 insuficiência
de vancomicina ajustar a dose
3m2)] Renal?

Realizar o
monitoramento
Concentração sérica (mg/L):
semanalmente
<5: aumentar a dose em 50%
GFR 50-30: 15mg/kg/dose q12h
6-8: aumentar a dose em 30%
GFR 29-10: 15mg/kg/dose q24h
8-10: aumentar a dose em 10%
GFR<10 10-20:
Repetir a dose commanter a dose
base nos
HD
Não é níveis séricos (em diminuir
21-25: geral, a a dose em 20%
DP 25-30: diminuir a dose em 30% Fim do
necessário cada 4-7dias)
30-40: diminuir a dose em 50% monitoramento
monitorar
>40: Reter uma dose e minuir as doses subsequentes em 50%

Pré requisitos

PRIMÁRIOS OU ESSENCIAIS

 Visão gerencial do farmacêutico responsável:


clareza quanto ao (i) risco no uso dos
medicamentos e (ii) responsabilidades da
farmácia;

 SDM que reduza a incidência de erros e formação


de pessoal técnico qualificado e capacitado para
otimização do tempo do farmacêutico;

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Pré requisitos

PRIMÁRIOS OU ESSENCIAIS

 Tempo para a prática clínica farmacêutica:


previsão de CH do farmacêutico para o conjunto
de atividades clínicas;

 Bom relacionamento interprofissional – postura


colaborativa e respeitosa com a equipe de saúde;

Pré requisitos

SECUNDÁRIOS

 Centro de informação sobre medicamentos para


obtenção de dados da literatura médica e
farmacêutica especializada de forma eficiente;

 Serviço de farmacocinética clinica para


monitorização terapêutica de medicamentos com
cooperação do laboratório de análises clínicas;

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Atendimento
Dispensação Farmacêutico

Acompanhamento
Farmacoterapêutico
Adaptado de Cassyano J. Correr M.Sc .

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O que é necessário ao
farmacêutico clínico hospitalar?

 Técnica?
 Experiência? Treinamento?
 Conhecimento em Farmacologia?
 Habilidades de comunicação?
 Segurança?
 Empatia

Semiologia
Farmacêutica

 Propedêutica e semiogênese

Consiste em conhecer e buscar os sintomas e sinais,


compreender sua gênese, aprender a coletar os dados da
anamnese e do exame físico para avaliação das
necessidades de saúde do paciente (JESUS, 2008).

Semiologia
Farmacêutica
 Semiologia:

Termo criado por Ferdinand Saussure (1857-1913) para indicar a ciência geral
dos signos que exprimem idéias e, por isso, semelhantes à escrita, ao
alfabeto dos surdos-mudos, aos ritos simbólicos, às formas de cortesia.
Saussure estabeleceu a distinção entre “língua” e “fala”.

Roland Barthes (1915-1980) definiu como tendo por objeto qualquer sistema
de signos (significado), sejam quais forem a sua substância ou os seus
limites: as imagens, os gestos, os sons melódicos, os objetos e os
complexos destas substâncias que encontramos nos ritos, protocolos,
constituindo, se não ‘linguagens’, pelo menos sistemas de significação.

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Semiologia
Farmacêutica
Semiologia:

“Estudo dos sintomas (informações subjetivas) e


sinais (alterações objetivas) das doenças que
permite ao profissional de saúde identificar
alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos
observados, formular diagnósticos e empreender
terapêuticas. A semiologia ou semiótica em um
sentido geral é a ciência dos signos, não se
restrigindo, portando, à medicina.”
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais – Paulo
Dalgalarrongo 1ª. Edição. Ed. Artmed

Pressão arterial Dor


Erupção cutânea Fadiga
Vômito Indisposição
Frequência cardiáca Agitação
Glicemia Medo

Semiologia
Farmacêutica

 Objetivo da semiologia médica: diagnóstico


de patologias

 Objetivo da semiologia farmacêutica:


prevenção e diagnóstico de problemas
relacionados a medicamentos (PRMs)

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Hepler e Strand

 Além da filosofia do cuidado voltado ao


paciente que orientada a prática
farmacêutica, estes autores defendem que
só deve existir um único processo de
cuidado, com um processo de solução de
problemas lógico, sistemático e global.

Perspectivas diferentes das atividades de assistência


farmacêutica e atenção farmacêutica (prática única
e diferente das demais atividades).
(Angonesi e Sevalho, 2010)

ETAPAS DO RACIOCÍNIO CLÍNICO

Estabelecimento de uma relação terapêutica

Análise da Seguimento Avaliação


situação

Adaptado de: “O Exercício do Cuidado Farmacêutico”


Robert J. Copolle, Linda M. Strand, Peter C Morley

CFF, 2015

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CFF, 2015

CFF, 2015

CFF, 2015

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CFF, 2015

A Gestão Clínica do Paciente


na Assistência Farmacêutica

Marin, 2003. Assistência Farmacêutica para Gerentes Municipais

Conhecimento e
Competências
Além de um conhecimento atual da farmacoterapia, os
farmacêuticos precisam ter o conhecimento e habilidades
para prestar eficiente e precisa educação e
aconselhamento do paciente.

 Devem saber sobre as culturas dos seus pacientes,


especialmente saúde e doença crenças, atitudes e práticas.
 Devem estar conscientes:
• dos sentimentos dos pacientes em relação a sua saúde,
• do ponto de vista do sistema de saúde e
• de seus próprios papéis e responsabilidades na
tomada de decisão e na gestão.
ASHP Guidelines on Pharmacist-Conducted Patient Education and Counseling, 2006

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Conhecimento e
Competências
Os programas se empenham em melhorar os
resultados em saúde da população. No
momento do atendimento farmacêutico, de
posse desses conhecimentos globais, o
farmacêutico deve considerar a necessidade
individual do sujeito.

Como tratar alguém que não quer ser


tratado ou que se trata pela imposição de
alguém?

Conhecimento e
Competências
Fazer o que alguém quer não é fazer o que
alguém precisa!

Na relação terapêutica, quando há


CONFIANÇA (que só vem com o tempo), o
profissional exerce um tipo de “autoridade”,
“soberania” sobre o paciente que pode
contribuir para a adesão.

Estabelecendo uma relação


terapêutica
 Questionamentos abertos e escuta ativa são habilidades
essenciais para obtenção e compartilhamento de informações com
o paciente.

 Devem avaliar as habilidades cognitivas do paciente, o estilo de


aprendizagem, status físico e sensorial para que seja adaptado a
informação e os métodos de ensino Um paciente pode aprender
melhor por ouvir falar instruções, por ver um diagrama, imagem ou
modelo, ou pelo lidando diretamente com medicamentos e
dispositivos de administração.
Exemplo: supositório

ASHP Guidelines on Pharmacist-Conducted Patient Education and Counseling, 2006

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Estabelecendo uma relação


terapêutica

 Os farmacêuticos também precisam observar e


interpretar as mensagens não verbais (por exemplo, o
contato visual, expressões faciais, movimentos corporais,
características vocais).

 Além de avaliar se os pacientes sabem usar os


medicamentos, o farmacêutico deve se o paciente
pretende utilizá-lo.

ASHP Guidelines on Pharmacist-Conducted Patient Education and Counseling, 2006

Estabelecendo uma relação


terapêutica
 Situações que não podemos perder de vista:

Alguns usuários prefere colocar na mão do


outro a resolução de um problema
(medicalização).
Deixando de ficar doente, o usuário deixa de
ganhar atenção.
Que sensações o farmacêutico provoca no
paciente?

“Tipos” de pacientes

1.PACIENTE ANSIOSO

Apresenta inquietude, voz embargada, mãos frias e sudorentas,


taquicardia, boca seca.

Método: a conversa deve ser baseada em fatos sem importância, para


diminuir a tensão.

*Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica


Marcelo Polacow Bisson

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“Tipos” de pacientes

2. PACIENTE SUGESTIONÁVEL

Muito impressionável. Quando a doença é divulgada, ele começa a


sentir os sintomas.

Método: a conversa deve ser cuidadosa para não desencadear idéias


erradas, principalmente em relação terapia (p. ex. RAMs) Deve-se
provocar sentimentos positivos e favoráveis.

“Tipos” de pacientes

3. PACIENTE HIPOCONDRÍACO

Queixa-se de diferentes sintomas. Não acredita nos resultados


normais dos exames feitos, nos diagnósticos e nem que seus
sintomas não sejam graves.

Método: o profissional deve conhecer bem os aspectos psicossociais,


deve esclarecer com calma os objetivos da consulta e se colocar a
disposição em quaisquer intercorrências. Deve investigar a
possibilidade de uso de quaisquer outros medicamentos sem
prescrição.

“Tipos” de pacientes

4. PACIENTE DEPRIMIDO

Desinteressado de si mesmo e pelo o que está a sua volta, tem


tendência a isolar-se, é cabisbaixo, olhos sem brilho e face
exprimindo tristeza. Chora facilmente, está desmotivado, tem
redução da capacidade de trabalho e perda da vontade de viver.

Método: a anamnese ocorre em ritmo lento, solicitar ajuda ao cuidador


(acompanhante), quando possível. Demonstrar carinho, cuidado e
interesse. Havendo a possibilidade, encaminhá-lo a psicologia e
manter o relacionamento interdisciplinar com o outro profissional.

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“Tipos” de pacientes

5. PACIENTE EUFÓRICO

Tem humor exaltado, fala e movimenta-se demasiadamente. Sente-se


forte, sadio, tem pensamentos rápidos, muda de assunto
inesperadamente.

Método: tentar manter o foco na questão durante a anamnese, uma


vez que ele começa a responder e logo desvia o assunto

“Tipos” de pacientes

6. PACIENTE HOSTIL

Apresenta-se sério, pouco colaborativo, monossilábido e com


insinuações mal disfasçadas, situação esta sendo determinada às
vezes por doenças incuráveis, cirurgias malsucedidas,
complicações terapêuticas, etilismo crônico ou uso de drogas
ilícitas.

Método: o profissional não deve adotar uma posição agressiva e não


insistir se observado pouca cooperação.

“Tipos” de pacientes

7. PACIENTE INIBIDO OU TÍMIDO

Não encara o profissional, senta-se na beirada da cadeira, fala baixo e


é fácil notar que não se sente à vontade. Podem ser pouco
instruídos e/ou de zonas rurais.

Método: o cuidado com o ambiente é imprescindível, mantendo ainda o


mínimo de pessoas possíveis. O profissional deve-se mostrar-se
disponível, manter a linguagem bem acessível, falar em tom mais
baixo, objetivando aproximar-se do entrevistado.
Geralmente estes pacientes tendem a dar respostas afirmativas.

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“Tipos” de pacientes

8. PACIENTE EM ESTADO GRAVE

Não deseja ser pertubado por ninguém. Pode apresentar problemas


psicológicos e estão, em sua maioria, extremamente ansiosos.

Método: A entrevista deve ser com perguntas simples, diretas e


objetivas. Sempre que possível, conhecer o prognóstico, a partir da
análise do prontuário. Deve haver a preocupação de não se agravar
o estado do paciente.

“Tipos” de pacientes

9. PACIENTE SURDO-MUDO

Geralmente é acompanhado por um familiar ou se comunica pela


escrita.

Método: A anamnese deve ser resumida em dados essenciais. Deve-


se evitar que o paciente fique nervoso por tentar se expressar sem
sucesso. Prioritariamente entrevistar junto ao acompanhante.

“Tipos” de pacientes

10. PACIENTE PEDIÁTRICO, ADOLESCENTE E IDOSO

Método: deve-se conquistar a confiança, respeitando-se a


personalidade e a idade, podendo-se introduzir na relação um
comportamento afetivo, porém, ainda profissional. No caso de
crianças e pacientes muito idosos, obrigatoriamente o cuidador
deve acompanhar.

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Antes de tudo...

Dispensação Farmacêutica
Aconselhamento baseado na prescrição médica

 Não existe, na maioria das vezes, por parte dos


dispensadores, a preocupação de coletar
informações sobre os pacientes;
 A participação dos pacientes no processo de
dispensação é quase nula.
(Galato et al., 2008)

Dispensação Farmacêutica
Requer:

• Acolhimento,
• Privacidade,
• Apresentação do profissional,
• Empatia (sempre que puder, chame o
paciente pelo nome).

(Galato et al., 2008)

Dispensação Farmacêutica

Avaliação da prescrição

• Usuário (O sr. é o fulano? Este medicamento é para


você?)
• Legalidade (boas práticas de prescrição e
dispositivos legais brasileiros) e legibilidade (nunca
tente deduzir qual é o medicamento prescrito)
• Data
• Informações adicionais sobre o medicamento (O sr .
tem alguns minutos para que possamos conversar?)
(Galato et al., 2008)

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Dispensação Farmacêutica
Na primeira vez que for usar o medicamento:

• Informações sobre o uso correto (incluindo horário


da administração) e possibilidade de uso junto com
alimentos.
• Dose (mg/kg/dia)
(Gordo, magro, velho, novo, metabolismo hepático,
indução enzimática, ou toma dois no lugar de um,
etc).
(Galato et al., 2008)

Dispensação Farmacêutica
Atenção para Medicamentos Com Índice Terapêutico Estreito
Fenitoína
Ácido valpróico
Isotretinoína
Aminofilina
Lítio
Amiodarona Minoxidil
Aminoglicosídeos Oxcarbazepina
Carbidopa/Levodopa Prazosina
Carbamazepina Primidona
Ciclosporina Procainamida
Clindamicina Quinidina
Clonidina Tacrolimus
Clozapina Teofilina
Digoxina Vancomicina
Disopiramida Verapamil
Fenobarbital Varfarina
Vitamina A

Critérios de Beers

Medicamentos Potencialmente Inapropriados


para Idosos

 Evidências de poucos benefícios e alto risco


de EA

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Critérios de Beers

Luccheti et al,
2011

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Critérios de Beers

AIM: autorização de introdução no mercado (Portugal

Critérios de Beers

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Medicamentos de “alta vigilância” ou


“potencialmente perigosos”

61

Dispensação Farmacêutica

Na primeira vez que for usar o medicamento:

• Efeito esperado e duração do tratamento.

• As informações sobre eventos adversos devem ser


repassadas com cautela, indicando as mais
relevantes e o procedimento no caso delas
ocorrerem.
(Galato et al., 2008)

Dispensação Farmacêutica
Quando o paciente já é usuário contínuo do
medicamento:

• Manifestação de eventos não esperados pelo


paciente.
• Percepção dos efeitos do medicamento pelo
paciente

Segurança e Efetividade?
(Galato et al., 2008

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Dispensação Farmacêutica
Equipe qualificada: o papel
do farmacêutico no
treinamento do técnico
de farmácia

Imprescindível na dispensação de medicamentos por


qualquer profissional

Conferência da identidade do medicamento


(princípio ativo, apresentação, quantidade)

(Galato et al., 2008

Estabelecendo uma relação


terapêutica

 A anamnese farmacêutica;
Metodologias descritas na literatura;

 Abordagem (“tipos” de paciente);


 O registro dos achados.

Elementos da Anamnese

Fonte: CFF, 2015

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Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

 Método:

1. Estar sinceramente motivado a ouvir;


2. Apresentar-se ao paciente e explicar o objetivo da consulta;
3. Realizar em local restrito, silencioso e evitar interrupções;
4. Dispor de tempo suficiente;
5. Observar o comportamento do paciente;
6. Somente intervir na narrativa do paciente quando extremamente
necessário;
7. Não fazer julgamentos precipitados admitindo questões como
irrelevantes;
8. Saber interrogar o paciente, auxiliando a recordar fatos que
tenham importância farmacêutica,
9. Não discutir com o paciente as opiniões que este emite,
10. Possuir conhecimentos teóricos básicos sobre a fisiopatologia e
as manifestações da doença.

Fonte: CFF, 2015

Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

Roteiro de questões:

 Dados pessoais
 Queixa principal
 História pregressa
 Histórico familiar
 História psicossocial
 Doenças concomitantes
 Medicamentos em uso atual
 Histórico medicamentoso
 Compliance
 Hábitos (fumo, etilismo, uso de drogas ilícitas)
 Outras queixas

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Método Dader

Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

Hospital Municipal Dr. XYZ


Serviço de Farmácia
Anamnese Farmacêutica

1. Dados Pessoais
1.1 Nome:

1.2 Endereço / Mat

1.3 Ocupação:

1.4 Contato:

1.5 Médico Contato com o médico:


Assistente
1.6 Diagnóstico:

Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

2. Queixa Principal:

3. Histórico :

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Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

4. Doenças Concomitantes:

5. Histórico Medicamentoso:

Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

6. Medicamentos em uso atual:


Medicamento Dose Posologia Observações
(uso e prescrição)
1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

7. Compliance (Adesão):
7.1 Você costuma esquecer de tomar o seu medicamento?

7.2 Você pára de tomar o medicamento quando se sente melhor ?

7.3 Você deixa de tomar o medicamento em ocasiões festivas ?

7.4 Se o medicamento tem algum efeito incômodo, o que você faz?

8. Hábitos:
8.1 Etilismo ( ) sim ( ) não

8.2 Dieta
( ) não ( ) hipossódica ( ) hipocalórica ( ) outras: ______________________
8.3 Exercícios Físicos: ( ) não ( ) esporadicamente ( ) sim regularidade: ______________
Qual (is): _____________________

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Semiologia
Farmacêutica
ANAMNESE

9. Outras Queixas:

9.1 Trato Gastrointestinal:


( ) náuseas ( ) vômito ( ) diarréia ( ) constipação

9.2 Sistema Nervoso


( ) insônia ( ) sonolência ( ) cefaléias

9.3 Sistema Cardio-vascular


( ) hipertensão ( ) hipotensão ( ) taquicardia ( ) arritmias

9.4 Pele
( ) erupções cutâneas ( ) prurido ( ) vermelhidão

9.4 Outros sistemas:


( ) febre ( ) edema ( ) alopécia ( ) anorexia

F Feeding Alimentação

A Analgesia Analgesia

S Sedation Sedação

T Thromboprophylaxis Tromboprofilaxia

H Hyperactive or hypoactive delirium Delirium hiperativo ou hipoativo

U Stress ulcer prophylaxis Profilaxia de úlcera de estresse

G Glucose control Controle glicêmico

M Medication reconciliation Reconciliação medicamentosa

A Antibiotics or anti-infectives Antibíoticos ou antiinfecciosos

I Indications for medications Indicação para medicamentos

D Drug dosing Dose dos medicamentos

E Electrolytes, hematology, and other Eletrólitos, hemogramas e outros


laboratory results resultados de laboratório

N No drug interactions, allergies, Interações medicamentosas, alérgicas,


duplications, side effects duplicidade e efeitos adversos

S Stop dates Datas de paradas

Interações medicamentosas

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TERAPIA NUTRICIONAL DO PACIENTE CRÍTICO

I Indication Indicação
A Alergies Alergia
M Macro/micronutrients Macro/micronutrientes
F Fluid Fluido
U Underlying Comorbidade
comorbidities adjacentes
L Laboratory values Valores laboratoriais
L Line acess Linha de acesso

BOHL, Chris J.; PARKS, Ann. A Mnemonic for Pharmacists to Ensure Optimal Monitoring and Safety of
Total Parenteral Nutrition: I AM FULL. Annals Of Pharmacotherapy, [s.l.], v. 51, n. 7, p.603-613, mar.
2017. SAGE Publications. http://dx.doi.org/10.1177/1060028017697425.

Exemplos de Metodologias de
Acompanhamento

As metodologias são modelos de questionários para o


farmacêutico (que, historicamente, não possui
formação clínica) utilizar quando estiver frente ao
paciente:

SOAP TOM
PWDT FARM
DADER

Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO

MÉTODO S.O.A.P.

1. Subjective – informação subjetiva (p.ex: refere


doença, sintomas, dificuldades)
2. Objective – informação medida ou observada
(p.ex: prescrição médica, resultados laboratoriais)
3. Assessment – analisar e avaliar os PRM’s.
4. Plan – objetivos terapêuticos definidos e
implementados com o paciente. Resultados
medidos através de indicadores.

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Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO

MÉTODO F.A.R.M.

1. Find – localizar PRM’s.


2. Analysis – analisar possíveis intervenções para
resolver e evitar novos.
3. Recommendations – prover informações ao
paciente ou ao médico.
4. Monitoring – desenvolver plano de
monitoramento.

Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO

MÉTODO PWDT Pharmacist Work-up Drug Therapy

PWDT1: Estabelecer relação farmacêutico – paciente


(entrevista).
- Farmacêutico se apresenta
- Identifica o paciente ou familiar/cuidador
- Pergunta se paciente tem tempo para conversar
- Explica propósito/importância da consulta

Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO
Método PWDT

PWDT2: Coletar, sintetizar e interpretar a informação


relevante.
- Nome, endereço, telefone p/ contato, email
- Informação referida sobre sua saúde/doença
- História dos medicamentos
- Expectativas do paciente

Perguntar se o médico informou sobre os medicamentos e


a doença. Se tem alguma dúvida. Escutar com
empatia e atenção.

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Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO
Método PWDT

PWDT3: definir os PRM’s, priorizar e determinar qual problema é


suscetível de farmacoterapia ou causado por ela.

PWDT4: estabelecer o resultado farmacoterapêutico desejado


para cada PRM.
- Cura da enfermidade (p.ex.infecções bacterianas);
- Supressão ou redução dos sintomas (p.ex. Dor oncológica);
- Deter ou retardar a progressão da enfermidade (p.ex. Artrite
reumatóide);
- Prevenir enfermidade ou simtoma;
- Não complicar ou agravar co-morbidades existentes;
- Evitar ou minimizar as reações adversas do tratamento;
- Prover terapia custo-efetiva;
- Manter ou melhorar a qualidade de vida do paciente.

Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO
Método PWDT

PWDT5: criar listas de alternativas farmacoterapêuticas


capazes de produzir os resultados desejados.

PWDT6: selecionar melhor alternativa e individualizar dose e


regime posológico:

- adaptar aos hábitos de vida do paciente.


- atender diferenciadamente os desiguais (analfabetos, analfabetos funcionais,
necessidades especiais).
- enfatizar os benefícios ANTES de falar sobre os efeitos colaterais.
- informar precauções, interações.
- confirmar se paciente entendeu as orientações.
- usar linguagem apropriada.

Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO
Método PWDT

PWDT7: desenhar plano de monitoramento para


verificar cumprimento da alternativa.

PWDT8: implemetar o plano/parâmetros (clínicos ou


laboratoriais) de monitoramento.

PWDT9: medir obtenção dos resultados.

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Semiologia
Farmacêutica
METODOLOGIAS DE ACOMPANHAMENTO

MÉTODO DADER
Conceitos de seguimento farmacoterapêutico e intervenção
farmacêutica;

(Escola de Granada (Faus Dáder e Martinez Romero) - Espanha, 1999)

 Fases:
• Oferta do serviço;
• Primeira entrevista;
• Estado de situação e Fase de estudo;
• Fase de avaliação;
• Fase de intervenção;
• Resultado da intervenção;
• Novo estado de situação;
• Entrevistas sucessivas;

Semiotécnica

Consiste na técnica de coleta dos sinais e/ou


sintomas para avaliação da(s) necessidade(s)
de saúde do paciente (PORTO, 2009).

O exame clínico

 Compreende a anamnese e o exame físico para


avaliação da(s) necessidade(s) de saúde do paciente
(PORTO, 2009).

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26/11/2019

Semiotécnica

O exame físico

• O exame físico deve ser tratado com muito cuidado


dentro da profissão farmacêutica, pois os objetivos desta
prática devem estar inseridos dentro do espírito da
atenção farmacêutica. O uso errado destes princípios
pode levar o farmacêutico a ser acusado do exercício
ilegal da medicina.
• Todos os exames físicos devem ter um explicação
farmacoterapêutica e esta deve estar clara para o
paciente.
(Polacow)

Semiotécnica
O exame físico

(cada técnica deve ser utilizada com objetivos claros pelo


farmacêutico – explicar e pedir autorização antes!)

 Inspeção – análise visual

 Palpação – executada com a palma das mãos

 Percussão – baseada na emissão de sons de uma


determinada região, posta a vibrar através de batimentos sobre
ela

 Ausculta – executada através do estetoscópio para estudo dos


sistemas respiratório, cardiovascular e gastrointestinal
(Polacow)

Consulta Farmacêutica
O exame físico

 Sinais vitais – medidas quantitativas: temperatura, pulso,


frequência respiratória, pressão arterial.

 Dados antropométricos – medidas de peso, altura, índice de


massa corporal.

REGISTRO DOS ACHADOS:


devem ser feitos com precisão e clareza, sem abreviações,
obviamente observando-se a data do exame.

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Semiotécnica

Inspeção: principais aspectos a serem avaliados

 Aparência: postura e posição; movimentos corporais;


vestuário; asseio e higiene.
 Comportamento: nível de consciência; expressão facial;
fala; humor/afeto.
 Cognição: orientação – tempo, lugar, espaço; atenção;
memória remota; julgamento.
 Processos de pensamento: conteúdo do pensamento;
percepções.

Semiotécnica
Inspeção - Níveis de consciência

 Alerta: acordado (facilmente despertado), orientado,


completamente consciente (estímulos externos e internos) e
responsivo; capaz de conduzir interações interpessoais
significativas.
 Letárgico/sonolento: não totalmente alerta, dorme se não
estimulado, responde adequadamente às perguntas ou
comandos, mas o pensamento parece lento e confuso,
desatento, perde a linha de pensamento, movimentos
espontâneos são reduzidos.
 Estupor ou Semicoma: inconsciente, responde apenas à
agitação vigorosa ou à dor, tem resposta motora adequada
(retira o membro para evitar a dor) e mantém atividade reflexa.
 Coma: completamente inconsciente, não responsivo à dor ou
a qualquer estímulo interno ou externo.

Semiotécnica
Exemplo:

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Semiotécnica
Percepção de órgãos e sentidos

 Avaliação de queixas, sintomas e reações adversas

 Escalas

Semiotécnica

Semiotécnica

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26/11/2019

Conciliação
medicamentosa

Conciliação medicamentosa

 Solução para prevenir erros de medicação na


transição de cuidado do paciente para a
Organização Mundial de Saúde (OMS);

Ambulatório
(especialidades
médicas)

Internação
Alta hospitalar
(domicílio) (Cirurgia,
enfermaria)

Internação
(enfermaria,
UTI)

Conciliação medicamentosa

 Conciliar um tratamento medicamentoso


significa obter uma lista completa e precisa
de medicamentos em uso pelos pacientes –
incluindo o nome, a dose, a frequência de
uso e a via de administração – e usar a lista
para corrigir os medicamentos durante as
transições de cuidado.

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Conciliação medicamentosa

 Conciliar um tratamento medicamentoso


significa obter uma lista completa e precisa
de medicamentos em uso pelos pacientes –
incluindo o nome, a dose, a frequência de
uso e a via de administração – e usar a lista
para corrigir os medicamentos durante as
transições de cuidado.

5 etapas da conciliação
medicamentosa

 Coletar a lista completa dos medicamentos que o


paciente está usando incluindo o nome, a dose, a
frequência de uso e a via de administração;

 Comparar a lista de medicamentos obtida com a


prescrição do paciente seja na admissão, numa
transferência ou na alta hospitalar, identificando e
resolvendo as discrepâncias medicamentosas;

5 etapas da conciliação
medicamentosa

 Registrar a informação da conciliação


medicamentosa no prontuário, atualizando a
informação sempre que for prescrito um novo
medicamento de uso contínuo;

 Comunicar a lista de medicamentos que o paciente


está usando em casos de transferências aos
profissionais dos vários setores e níveis de cuidado;

 Fornecer ao paciente uma lista atualizada de


medicamentos e as orientações necessárias na alta.

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Processo de identificação e
classificação de discrepâncias
Transição de
Cuidado

Sem discrepâncias Com discrepâncias

Intencionais Intencionais não doc

Não Intencionais

Erro por omissão/troca de


medicamento, dose,
frequência, via, etc.

História Medicamentosa

 A melhor história possível de medicamentos


(MHPM) é um termo utilizado
internacionalmente nos trabalhos relacionados à
conciliação medicamentosa. As informações são
obtidas por meio de entrevista da anamnese do
paciente/familiar, confirmada com ao menos
uma fonte de informação confiável (ex.:
prontuário do paciente, registros da farmácia, a
opinião do médico e os rótulos dos frascos de
medicamentos).

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Adesão

Vrijens et al, 2012

110

111

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Lembrando que a adesão é apenas um dos aspectos de


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variação → Cabe considerar a PK e PD

Adesão: Métodos e Instrumentos de


análise

Diretos Identificação de metabólitos ou de


(analíticos) marcadores do medicamento no plasma

Indiretos Entrevistas
Contagem de unidades
MEMs

Fontes de Informação

 Questionários
 Registros de Dispensação

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Adesão: Métodos e Instrumentos de


análise

Coletam e permitem a analise de


Escalas dados sobre o comportamento (e
(Qualitativo) as barreiras) de busca e tomada
de medicamentos

Indicadores
Quantificam a “posse” de
logísticos /registros
medicamentos
(quantitativos)

115

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