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Você alinha a aeronave na cabeceira, e a torre autoriza sua decolagem. Correndo ao longo da pista, seu monomotor
com propulsão a hélice apresenta uma certa tendência em guinar para a esquerda. A tendência se torna mais
proeminente em um ângulo mais acentuado durante a subida, e principalmente, caso você faça uma manobra de
perda, onde o ângulo de arfagem pode chegar aos 60 graus. Ao seu lado, o instrutor explica que a tendência se deve
ao torque do motor, e que para corrigi-la, você deve aplicar pedal para o lado contrário. Em pleno voo, isso é tudo
que você precisa saber para corrigir a atitude da aeronave.
A verdade é que essa tendência da aeronave em guinar para a esquerda, observada inclusive no solo, deve-se a uma
série de fatores, geralmente abordados durante a instrução teórica. Além do torque do motor, a precessão
giroscópica e o espiralamento do ar impulsionado pelas hélices contribuem para essa tendência. Mas existe um
quarto fator, comentado por poucos e ignorado por muitos, que contribui para essa tendência durante os ângulos de
ataque mais elevados. Estamos falando do P-Factor, também conhecido como Fator P ou Potência Assimétrica.
No fim das contas, basta ao piloto saber em quais atitudes a guinada se manifesta, e como compensá-la com os
comandos de leme corretos. Porém, sempre convém saber que não se trata de uma simples questão de torque.
Conforme aprendemos, em aviação todo conhecimento contribui para um voo mais seguro.