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CURSO PROFISSIONAL TÉ CNICO DE COMÉ RCIO

Mó dulo 7- Fernando
Pessoa
[Escreva o subtítulo do documento]

Professora: Rosa Arezes


Disciplina: Português
Índice
Introdução.................................................................................................................. 2
Biografia de Alberto Caeiro........................................................................................3
Alberto Caeiro............................................................................................................ 3
Temas........................................................................................................................ 4
Estilo.......................................................................................................................... 4
Poema “O guardador de rebanhos”............................................................................5
Análise do Poema:.....................................................................................................6
Conclusão.................................................................................................................. 7
Webgrafia................................................................................................................... 7
Introdução
Este trabalho foca-se sobre Alberto Caeiro, o poeta da natureza.

Pessoa criou uma breve biografia para cada um dos seus heterónimos, como
comprova a carta dirigida a Adolfo Casais Monteiro.

A partir da carta dirigida a Adolfo Casais Monteiro, Fernando Pessoa explica como
criou o heterónimo, na sequência de uma partida a Sá-Carneiro e num momento de
inspiração escreveu cerca de trinta poemas a fio, e logo sentiu o aparecimento em si
de uma nova personalidade, de uma nova identidade: Alberto Caeiro. Que em seguida
descreve como um homem cuja vida foi vivida toda no campo e não na cidade. Não
tem profissão, apenas fez a sua instrução primária, fica órfão de pais muito jovem e
vive com uma velha tia-avó, de pequenos rendimentos.
Biografia de Alberto Caeiro
Alberto Caeiro foi criado por Fernando Pessoa no dia 8 de março de 1914. Através da
carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro é possível construir uma pequena
biografia de Alberto Caeiro. Segundo Pessoa Caeiro nasceu a 16 de abril de 1889 “em
Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no Ribatejo, na quinta da sua tia-avó, pois os
seus pais cedo faleceram. Foi no Ribatejo que escreveu numa única noite e a fio, um
conjunto de poemas aos quais deu o titulo de “O Guardador de Rebanhos”, também
“O pastor amoroso” foi escrito no Ribatejo.
Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária, vivia de
pequenos rendimentos. De regresso a Lisboa escreveu poemas inconjuntos. Foi na
capital que, em 1915, com apenas 26 anos, morreu tuberculoso.
Fisicamente Caeiro era de estatura média, cara rapada, loiro quase sem cor e de
olhos azuis, é descrito como uma pessoa frágil apesar de não o aparentar.
Caeiro faz uma poesia da natureza, uma poesia dos sentidos, das sensações puras e
simples. Foi por isso que procurou, na serra, sentir as coisas simples da vida com
maior intensidade.

Sendo o mais intelectualizado entre as personalidades pessoanas, Caeiro foi o que


menos se preocupou com o trabalho formal do poema.

Alberto Caeiro

 Vê a realidade de forma objetiva e natural


 Aceita a realidade tal como é, de forma tranquila; vê um mundo sem
necessidade de explicações, sem princípio nem fim; existir é um facto
maravilhoso.
 Recusa o pensamento metafísico (“pensar é estar doente dos olhos”), o
misticismo e o sentimentalismo social e individual.
 Poeta da Natureza
 Personifica o sonho da reconciliação do Universo, com a harmonia pagã e
primitiva da Natureza
 Simples “guardador de rebanhos”
 Inexistência de tempo (unificação do tempo)
 Poeta sensacionista (sensações): especial importância do ato de ver
 Inocência e constante novidade das coisas
 Mestre de Pessoa e dos outros heterónimos
 Relação com Pessoa Ortónimo – elimina a dor de pensar
 Relação com Pessoa Ortónimo, Campos e Reis – regresso às origens, ao
paganismo primitivo, à sinceridade plena
Temas
Os seguintes temas são os mais abordados ao longo da sua poesia e os seus respetivos
chavões de identificação.
Objetivismo:

 atitude antilírica;
 atenção à eterna novidade do mundo;
 poeta da Natureza;

Sensacionismo:

 poeta das sensações verdadeiras;


 poeta do olhar;
 predomínio das sensações visuais e auditivas;

Antimetafísico:

 recusa do pensamento e da compreensão (pensar é estar doente dos olhos)


 recusa do mistério e do misticismo;

Painteísmo naturalista:

 Deus está na simplicidade e em todas as coisas.

Estilo
 Estilo discursivo.
 Pendor argumentativo.
 Transformação do abstrato no concreto, frequentemente através da
comparação.
 Predomínio do substantivo concreto sobre o adjetivo.
 Linguagem simples e familiar.
 Liberdade estrófica e métrica e ausência de rima.
 Predomínio do Presente do Indicativo.
 Raro uso de metáforas.
Poema “O guardador de rebanhos”
O que nós vemos das cousas são as cousas. 
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra? 
Por que é que ver e ouvir seriam iludirmo-nos 
Se ver e ouvir são ver e ouvir? 
.
O essencial é saber ver, 
Saber ver sem estar a pensar, 
Saber ver quando se vê, 
E nem pensar quando se vê 
Nem ver quando se pensa. 
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!), 
Isso exige um estudo profundo, 
Uma aprendizagem de desaprender 
E uma sequestração na liberdade daquele convento 
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas 
E as flores as penitentes convictas de um só dia, 
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas 
Nem as flores senão flores, 
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores. 
Análise do Poema:
“o que nós vemos das cousas são as cousas” assim se inicia o poema, desta forma
Caeiro explica que as coisas são como as vemos e nada mais para além disso, pois
segundo a filosofia do “Mestre” querer ver para além das coisas, raciocinando, é iludir-
se.
Este poema procura ensinar o leitor a “pensar em a pensar” o real.
Nos versos 5 e 6 “O essencial é saber ver, Saber ver sem estar a pensar”, o poeta diz-
nos que o essencial é ter consciência de sentir(saber) sem raciocinar(pensar).
No 10º verso o poeta anti metafórico contempla-nos com a metáfora “…Alma vestida”
em que o eu poético lamenta o peso dos nossos ensinamentos e convicções que, tal
como uma roupa vestida, protegem a nossa alma e impossibilitam a visão das coisas
tal como elas o são. Caeiro dá ênfase à naturalidade e espontaneidade excluindo o
excesso de reflexão e pensamento. A roupa e tudo o que nos cobre os olhos e os
sentidos, são imposições culturais, filosóficas e religiosas que nos impossibilitam de
ver a realidade
como ela é.
Nos três
últimos versos, as
estrelas e as flores
são como que
uma expressão
de fuga para a
simplicidade da Natureza, aqui mais uma vez está implícito a simplicidade das coisas
elas são o que os olhos veem, são apenas elas mesmas
O paradoxo: “uma aprendizagem de desaprender” diz respeito à libertação peso da
metafísica em que foi tradicionalmente formado. Trata-se de um novo processo de
aprendizagem que pressupõe a libertação de todas as convicções e pensamentos
adquiridos. Paradoxalmente, para aprender é preciso abandonar as formas e
conteúdos pré-impostos e pré-concebidos, pensando menos para libertar-se de tudo o
que possa alterar a captação da realidade.

Conclusão
Falar sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos é se referir ao poeta que soube
cantar na poesia a insustentável leveza do ser diante de algo que, ainda hoje, é
inexplicável, mas que o maior poeta português de todos os tempos, na minha opinião,
passou a vida toda tentando nos mostrar com seus poemas e sua prosa poética, uma
obra nunca acaba, embora sempre pronta para receber novas gerações de espíritos
apaixonados pelo fazer poético.

Alberto Caeiro tinha como principal característica o sensorial: o mundo dava-se pela
experiência dos sentidos, por isso recusava-se a pensar. Era os mais filosofo entre os
personagens de Fernando Pessoa. Olhar sereno e primitivo, cultivava também o carpe
diem. Explora antíteses, a desconstrução racional e verso e destaca-se pelo conteúdo
complexo (filosófico).
Webgrafia

 https://notapositiva.com/alberto-caeiro-2/#

 https://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/biografias/alberto_caeiro

 https://brainly.com.br/tarefa/14104391

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