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CASCAVEL
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ
CASCAVEL
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO
ASSIS GURGACZ
BANCA EXAMINADORA
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Orientadora Profª Adriana Boeira
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Banca avaliadora
CASCAVEL
2018
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1..............................................................................................................................5
1.1 ASSUNTO / TEMA..............................................................................................................5
1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................5
1.3 PROBLEMA.........................................................................................................................5
1.4 HIPÓTESE............................................................................................................................6
1.5 OBJETIVOS DA PESQUISA..............................................................................................6
1.5.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................6
CAPÍTULO 2..............................................................................................................................8
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................8
CAPÍTULO 3............................................................................................................................18
3.1 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.....................................................................18
3.2 CRONOGRAMA................................................................................................................18
3.3 ORÇAMENTO...................................................................................................................19
REFERÊNCIAS........................................................................................................................20
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CAPÍTULO 1
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 PROBLEMA
1.4 HIPÓTESE
CAPÍTULO 2
2.1.1 Conceito de família, com ênfase nos princípios da afetividade e dignidade da pessoa
humana
Observa-se que o conceito de família vem sofrendo modificações com o decorrer dos
anos, assumindo múltiplas concepções. A legislação, por seu turno, adapta-se à realidade
social existente.
A ideia de família formada a partir do matrimônio, com ideais eternos de felicidade
deixou de ser o padrão e calhou a ser somente mais uma das formas de arranjo familiar. A
visão mais próxima do que seria a família tradicional era a formação da família romana.
Arnaldo Rizzardo(2011) ensina que a família tradicional romana era fundamentada na
autoridade paterna, de modo que, os membros da família conviviam sob essa única
autoridade, devendo à figura do pai subordinação e respeito.
Neste sentido, as normas constitucionais promulgadas até o ano de 1969 não
trouxeram muitas novidades em referência à sociedade familiar, focando-se apenas num ponto
inicial da modernização da família brasileira, a inclusão da entidade do divórcio ao direito
positivo no ano de 1977.
Antes da entrada em vigência da Constituição Federal Brasileira de 1988 a legislação
concernente à filiação tinha sua base no direito romano, no qual se trazia a ideia de que eram
legítimos os filhos gerados dentro de uma união já estabelecida entre um homem e uma
mulher. Por sua vez, filhos ilegítimos eram os filhos gerados fora de uma união matrimonial
previamente estabelecida, ou era gerado por uma mãe solteira.
Por conta das múltiplas transformações acontecidas no campo do Direito de Família,
especialmente nos anos de 1960 e 1970, a Constituição Federal começou a instituir maior
atenção e importância ao Direito de Família. Com a evolução da sociedade, evidenciada com
a nova Carta Magna, há uma desconstrução de padrões discriminatórios e o incremento de
uma pluralidade de arranjos familiares em nosso ordenamento.
Com o passar do tempo, e com a ampliação da denominação família, foi assumida uma
concepção plural do instituto, podendo o mesmo dizer respeito a um ou mais indivíduos,
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A filiação que até então decorria somente da origem biológica, ou da adoção, passou
a ser entendida como um instituto para manifestação da afetividade através do
carinho, cuidado, amor, do trato e do nome que lhe é dado, transbordando, assim,
para o afeto, deixando estampado para a sociedade a relação parental. A verdade real
que se busca agora não será desvendada pelo exame de DNA, tão festejado e
inovador à sua época, que atualmente não teria efeito algum, posto que a
combinação que se busca não é a genômica, mas sim a do coração, feita através da
manifestação das atitudes e sentimentos que torna inquestionável a relação
socioafetiva (2011, p.21).
Com base no entendimento anterior, pode-se perceber, claramente, que não basta a
vinculação biológica para constituir a relação entre pai e filho, pois isso é, em parte,
insuficiente. Para que se estabeleça essa relação é necessário o afeto, o cuidado, entre outros
fatores que somente o amor estabelece.
O art. 1.593 do Código Civil Brasileiro de 2002 quanto definiu a consanguinidade
como sendo natural ou civil, ao analisar a consanguinidade ou outra origem, permitiu uma
inovação na interpretação da entidade da parentalidade.
Insta salientar que, mesmo que a legislação não tenha consagrado à proteção a filiação
socioafetiva, os Tribunais de Justiça, com base no princípio da dignidade da pessoa humana,
têm ofertado respaldo a tal situação. Por sua vez, a expressão “outra origem”, expressa no
artigo retro mencionado, abre margem para variadas interpretações.
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Tida por alguns doutrinadores como a ação mais adequada para suscitar o vínculo
afetivo entre pais e filhos. Esse modelo de ação visa o reconhecimento do vínculo de
filiação socioafetiva, e esse vínculo pode ser reconhecido a alguém que pode ser
registrado ou não, com o nome de ambos os genitores, pode ter ou não genitor
biológico, sendo registrado em nome deste ou de outrem. Desde que constituído este
vínculo, a filiação por ser reconhecida, terá prevalência sobre as demais
modalidades. E, desde o entendimento da afetividade como um valor jurídico, a
filiação socioafetiva tomou a dianteira entre os vínculos parentais. Na sociedade, um
exemplo recorrente são as famílias sucessivas ou reconstituídas, formadas por
pessoas em uma nova estruturação familiar, que levam filhos de relações anteriores
para essas novas famílias. O cuidado, o carinho e atenção desses filhos com os
novos companheiros de seus pais ao longo da convivência continua constrói laços
afetivos, que muitas vezes acabam por gerar vínculos de filiação socioafetivos mais
sólidos que os biológicos. Então os personagens envolvidos nesse novo vínculo
construído podem requerer o reconhecimento da filiação, podendo inclusive
coexistirem dois pais, acontecendo o que chamamos de multiparentalidade, o que
vem sendo admitido pela jurisprudência atual (DIAS, 2017, p.316).
Foi com a Constituição Federal de 1988, influenciada pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos, que veio o grande avanço na proteção aos filhos ilegítimos e as uniões
extraconjugais, pois possibilitou o reconhecimento da família constituída pela união de
pessoas ligadas não por laços religiosos e jurídicos, mas pelo amor e o afeto que une umas as
outras, reconhecendo a união estável e a monoparentalidade como entidade familiar.
Para Paulo Lôbo (2011), a partir do princípio da afetividade, “a família recuperou a
função que, por certo, esteve nas suas origens mais remotas: a de grupo unido por desejos e
laços afetivos, em comunhão de vida”.
Renato Maia (2008) acrescenta que:
herdeiro legítimo, para fins sucessórios, quando constatada a existência de posse de estado de
filho.
Válido destacar a disposição dos artigos 1.609 e 1.610 do Código Civil de 2002 e 1º da
Lei 8560/92, que dispõe que o reconhecimento voluntário da paternidade é ato irrevogável,
mesmo que feito por testamento, e apenas pode ser desfeito em exceções, principalmente
quando provado vício de consentimento. Isto quer dizer que, para que possua probabilidade de
invalidação do assentamento do menor, em que a paternidade já foi estabelecida, é imperativo
que exista prova potente de que o pai que registrou tenha sido induzido em erro ou tenha sido
coagido.
Mesmo não sendo de imprescindibilidade ter feito o registro para ser caracterizada
uma relação socioafetiva, é imposta a demonstração da afinidade paterno-filial empregada
entre as partes. Até mesmo a sentença que estabeleça que exista a paternidade socioafetiva
meramente declaratória, pois serve somente para declarar uma circunstância preexistente,
tendo efeito ex tunc.
É de relevante importância trazer a baila o conceito de posse de estado de filho,
essencial para o entendimento do reconhecimento “pós mortem” da filiação, vejamos:
Maria Berenice Dias (2007) afirma que a noção de posse de estado de filho não se
estabelece com o nascimento, mas num ato de vontade, que se sedimenta no terreno da
afetividade, colocando em xeque tanto a verdade jurídica, quanto à certeza científica no
estabelecimento da filiação.
Deste modo, pode-se inferir que o reconhecimento da paternidade socioafetiva “pós
mortem” tem como parâmetro a posse do estado de filho, que demonstra que o pai em vida,
reconhecia determinada pessoa de forma afetiva como sendo seu filho. A prevalência da posse
do estado de filho é importante para que, assim, o filho possa ser herdeiro legítimo nos efeitos
sucessórios.
Reconhecendo a posição de estado de filho, proveniente da relação socioafetiva, não
possuiria outra vez a probabilidade de anulação ou revogação do reconhecimento da
paternidade.
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O Direito das Sucessões não é um campo aberto a inovações de grande porte, mas,
tendo estrita conexão com duas instituições básicas do ordenamento jurídico de
qualquer povo, como são a família e a propriedade, é compreensível que receba
influências das transformações por que estas passam. Não chegando, contudo, a
provocar mudanças radicais no regime hereditário, que continua orientado por três
grandes conceitos gerais: 1) o do respeito à vontade do finado; 2) o de que a
sucessão legítima é supletiva de sua vontade; 3) o da igualdade das legítimas
(GOMES, 2007, p.207).
Diante disso, o Poder Judiciário, cumprindo o seu papel de aplicar a justiça, deve
impedir que a relação de família seja vista, apenas, como meios de resoluções exclusivamente
para fins patrimoniais, evitando assim um retrocesso nas relações humanas.
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CAPÍTULO 3
3.2 CRONOGRAMA
Apresentação em
X
banca
3.3 ORÇAMENTO
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4.REFERÊNCIAS
em:<http://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/20662448/embargos-infringentes-ei-
2018.
DIAS, Maria Berenice. Filhos do afeto – 2.ed.rev. e atual. – São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais 2017
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias – 11.ed. rev., atual. e ampl. – São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016
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DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4.ed.,ver., atual e ampl. São Paulo:
Ed. Revistas dos Tribunais, 2007.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: famílias.
8. ed. rev. e atual. Salvador: JusPodvim, 2016.
GOMES, Orlando. Sucessões. – 14ed. rev., atual. e aumentada de acordo com o Código
Civil de 2002/ por Maria Roberto Carvalho de Faria. – Rio de Janeiro: Forense, 2007.
MAIA, Renato. Filiação Parental e Seus Efeitos. São Paulo: SRS Editora, 2008.
MUNIZ, Francisco José Ferreira. In: Teixeira, 1993:77. Apud. VENOSA, Sílvio de Salvo.
Direito civil: direito de família. Coleção direito civil; volume 6. 7ª ed. São Paulo: Atlas,
2007.
TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito Civil: Direito de Família. v. 5. 7 ed.,
rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Método, 2012.
VENOSA. Sílvio de Salvo. Direito civil. Direito de família. 5 ed. São Paulo: Ed. Atlas,
2005.