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Caros Senhores,
A presente nota aborda todas as informações relevantes sobre o Decreto Executivo n.º
217 / 17 (DE n.º 217/17), publicado em 10 de abril de 2017, que estabeleceu as regras
técnicas e processuais aplicáveis à concepção, construção, operação e manutenção de
refinarias, e espera-se que represente um passo importante no contexto da Estratégia
para a Liberalização do Sector de Combustíveis angolano, conforme Resolução nº
105/09, de 19 de Novembro - Aprovou a Estratégia de Liberalização do Sector dos
Combustíveis, e ainda não totalmente implementada, incluindo as principais questões
regulatórias. A referida Resolução aprovou não só a estratégia, incluindo até a criação
do orgão regulador hoje conhecido IRDP.
De resto, as acções levadas a cabo nesta zona têm-lhe permitido, com sucesso,
injectar poder no heartland do Sul para se firmar. A afirmação envolve,
necessariamente, investimento em sectores internos e que contribuem para cimentar a
projecção de poder, elemento fulcral no posicionamento externo de um Estado para ser
reconhecido como potência regional.
A Sonangol tem por objecto gerir em seu nome os activos detidos pelo Estado
Angolano, tendo por base as normas aplicadas às empresas comerciais. A Sonangol
actua no mercado sob padrões de desempenho rígidos, de modo a assegurar total
1
Site do BNA
2
Site Corporativo da Sonangol: http://www.sonangol.co.ao/Portugu%C3%AAs/Paginas/In%C3%ADcio.aspx
eficiência, competitividade e lucratividade, visando sempre agregar valor para o
accionista.
O Ano 2017 trouxe notáveis novidades para a indústria petrolífera angolana. No ainda
dominante sector a montante, a ultrapassagem da Nigéria como o maior produtor de
petróleo da África subsariana durante o primeiro semestre esteve na linha da frente das
notícias, enchendo o país de orgulho. De uma perspectiva a jusante, a nova
regulamentação das actividades de refinação, muito antecipada desde a
aprovação do marco legal de refinação de petróleo pelo Decreto Presidencial n.º
132 / 13, de 5 de setembro de 2013 (DP 132/13), foi finalmente promulgada.
O Decreto Executivo n.º 217 / 17 (DE n.º 217/17), publicado em 10 de abril de 2017,
estabeleceu as regras técnicas e processuais aplicáveis à concepção, construção,
operação e manutenção de refinarias, e espera-se que represente um passo
importante no contexto da Estratégia para a Liberalização do Sector de Combustíveis
angolano promulgada em 2019, e ainda não totalmente implementada.
A única refinaria a operar em Angola até à data - a refinaria de Luanda satisfaz apenas
20% da procura interna de combustíveis médios e pesados, como fuelóleo, óleo
lubrificante, diesel e asfalto, e embora seja um grande exportador de crude,
paradoxalmente, um enorme importador de produtos refinados, o que teve um impacto
extremamente negativo em sua balança comercial e nas reservas cambiais, Estimadas
no corrente ano 2018 que reduziram de cerca de USD 15.000.000.000 para cerca de
USD 13.000.000.000 em menos de um ano. 3
Tanto o DP n.º 132/13 quanto a Lei n.º 28/11 de 1 de setembro de 2011 (lei sobre a
refinação de petróleo bruto e armazenamento, transporte, distribuição e
comercialização de produtos petrolíferos) estabeleceram que as atividades de
refinação estavam sujeitas apenas a um procedimento de licenciamento simples.
4.1 Procedimentos:
Dito isto, o novo quadro mantém certas restrições em alguns dos segmentos do
mercado a jusante (decretos promulgados com vista a promover e apoiar a indústria
local e a força de trabalho), nomeadamente a necessidade de investidores estrangeiros
que pretendam realizar atividades de refinação de petróleo bruto e / ou transporte de
produtos petrolíferos para incorporar uma empresa local com um parceiro angolano,
detendo este último pelo menos 51% do capital partilhado, metade dos direitos de voto,
o direito de nomear mais de metade dos membros dos órgãos de administração, e o
poder de definir as políticas operacionais e estratégicas da empresa. No entanto, a
maioria dessas restrições pode ser adequadamente tratada pelos veículos de
investimento e pela estratégia, protegendo assim suas posições acionistas com
robustos mecanismos legais e contratuais.
A primeira tentativa do governo angolano para superar a falta de capacidade interna foi
a construção projetada de uma refinaria na cidade portuária de Lobito, concebida para
ter uma capacidade final de 200.000 bpd e uma produção de cerca de 10.000.000
toneladas por ano de gasolina sem chumbo, querosene e gás liquefeito de petróleo. O
projeto de 8 bilhões de dólares sofreu atrasos significativos devido a negociações
malsucedidas com vários empreiteiros e suspenso em meados de 2016 devido à forte
queda nos preços do petróleo e à crise orçamentária correspondente.
Texto retirado
4
Site da Internet: https://observador.pt/2018/06/13/sonangol-diz-que-projeto-da-refinaria-do-lobito-vai-em-alta-
velocidade/
projecção de poder, elemento fulcral no posicionamento externo de um Estado para ser
reconhecido como potência regional.
Em outubro de 2017, foi criada uma força-tarefa incluíndo Membros das Multinacionais
Operadoras de Petróleo em Angola, e as partes interessadas em conformidade com o
Decreto Presidencial n.º 290/17, de 13 de Outubro.
A força-tarefa foi coordenada pelo Ministério de Recursos Minerais e Petróleo, e incluiu
as seguintes entidades: Ministério das Finanças, Sonangol, International Oil e
Empresas (BP, Chevron, ENI, Esso, Statoil e Total) e do Gabinete Executivo da
Presidencia da República, e de onde resultaram os seguintes deveres:
✓ Apresentar propostas para melhorar o desempenho do sector de petróleo e gás,
considerando seus desafios atuais, a saber:
✓ Otimização do processo de aprovação de investimentos, orçamentos e demais
documentos;
✓ Propor uma estrutura de colaboração entre os órgãos do Governo e empresas Oil &
gás;
Contratos com valor superior a USD 1 Milhão e até USD 5 Milhões (ou equivalente em
Kwanza), o operador deve proceder a concurso público sem a aprovação da
Concessionária Nacional. O diploma esclarece que este regime aplica-se a contratos
com uma duração máxima de 5 anos.
Contratos com valor superior a USD 5 Milhões (ou equivalente em Kwanza), o operador
deve proceder a concurso público e envolver formalmente a Concessionária Nacional
no procedimento, devendo obter a respectiva aprovação da Concessionária Nacional.
O objetivo deste decreto é criar um regime legal e fiscal de base que enquadre e
fomente a exploração do gás natural, ao mesmo tempo que se assegura da necessária
flexibilidade e adaptabilidade que permita a viabilização económica de projetos futuros.
Este Decreto para além de fazer referência aos direitos sobre o gás natural e à
possibilidade de serem previstos períodos e prazos mais alargados do que
habitualmente fixados para a exploração do petróleo bruto, estabelece o regime fiscal
aplicável às actividades desenvolvidas no âmbito desta legislação.
▪ Priorizar o uso de gás natural como fonte de geração de energia para substituir as
fontes de energia intensivas em carbono.
▪ Priorizar a produção de petróleo para satisfazer as necessidades energéticas,
essencialmente para fins comerciais.
✓ Oportunidades de exploração;
✓ Navios de perfuração;
✓ Refinação
3. Liberar recursos (dinheiro) que podem ser usados para reforçar investimento em
outras áreas (defesa, saúde, educação, etc);
BREVES CONCLUSÕES
Concluímos deste modo, que Angola está a empreender, necessariamente,
investimento em sectores internos e que contribuem para cimentar a projecção de
poder, elemento fulcral no posicionamento externo de um Estado para ser reconhecido
como potência regional o que leva a economia angolana a recuperar gradualmente,
com uma perspectiva positiva;
O Decreto Executivo n.º 217 / 17 (DE n.º 217/17), publicado em 10 de abril de 2017,
estabeleceu as regras técnicas e processuais aplicáveis à concepção, construção,
operação e manutenção de refinarias, e espera-se que represente um passo
importante no contexto da Estratégia para a Liberalização do Sector de Combustíveis
angolano conforme Resolução nº 105/09, de 19 de Novembro - Aprovou a Estratégia
de Liberalização do Sector dos Combustíveis.
A autora
Ana Martins
21.11.2018
i
Apresentação Sonangol em Houston OTC “Offshore Technology Conference 2018” Maio de 2018
ii
Site da Ordem dos Advogados de Angola: http://www.oaang.org/content/diario-republica-base-dados
iii
Site Corporativo da Sonangol: http://www.sonangol.co.ao/Portugu%C3%AAs/Paginas/In%C3%ADcio.aspx