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A partir dos anos 450-430 a. C., sob a governação de Péricles, Atenas passa a ser
“o foco intelectual e artístico da Grécia” (Jean CARPENTIER e François LEBRUN
(dir.), História da Europa, Lisboa, Editorial Estampa, 2002, 3ª ed., p. 73). Ainda hoje é
possível admirar as belezas arquitectónicas desse período e que atestam o
desenvolvimento económico e cultural de Atenas. É também neste período que
assistimos ao nascimento do teatro trágico com Ésquilo, Sófocles e Eurípides, bem
como é no século V a. C. que são levadas a cena as comédias de Aristófanes. Os
filósofos atenienses, nomeadamente os sofistas, fundam as suas escolas onde se
encarregam da educação política dos jovens atenienses, futuros dirigentes políticos na
democracia de Atenas, onde são chamados a intervir nas assembleias e nos tribunais e
onde, portanto, serão fundamentais os dotes oratórios. Também a nível religioso se nota
o «século de Péricles», o século de oiro, com a edificação de templos e santuários,
patrocinando a realização regular de jogos e concursos, momentos de afirmação do
helenismo.
A rivalidade entre Atenas e Esparta conduzirá estas cidades a uma guerra que
resultará na derrota de Atenas em 401 a. C., mergulhando a cidade em profunda crise. É
nesta altura que ocorre o julgamento sumário com condenação à morte de Sócrates,
acusado de corromper a juventude e de adorar outros deuses, acontecimento que
assinala, de certo modo, o fim dessa época de grandes criações artísticas e culturais.
Durante o século IV a. C., surge nos Balcãs uma potência em ascensão: o reino
da Macedónia que, com Filipe II, inicia um período de expansão. Contra este perigo do
norte de pouco valerá a oposição do orador ateniense Demóstenes e dos seus discursos
patrióticos. Os Gregos serão derrotados em Queroneia no ano de 338 a. C., consumando
a perda de independência das cidades gregas.
O fim da Grécia
Os Gregos não tinham em muito boa conta os povos do Norte, que habitavam as
montanhas setentrionais da Grécia e a planície do actual Golfo da Salónica; por isso,
consideravam-nos bárbaros. Estes atribuíram o nome de Macedónia ao território que
habitavam. A partir do século VII a.C. constituíram um reino hereditário. A partir do
século V a.C. os reis macedónios iniciaram contactos e relações culturais e económicas
Filipe II, que governou de 359 a 336 a.C., levou a Macedónia a assumir um
papel de líder do mundo grego, conquistando terrenos ao Norte até atingir a Tessália.
Perante esta situação, as cidades gregas uniram-se numa Liga para enfrentar o projecto
dominador de Filipe. Em 338 a.C., o exército das cidades gregas foi vencido em
Queroneia (Beócia). Filipe obrigou as cidades a estabelecer uma aliança com a
Macedónia, garantindo ao mesmo tempo a sua autonomia. Quando se preparava para,
com o apoio das cidades gregas [?], libertar as cidades gregas da Ásia Menor que se
encontravam sob o jugo persa, foi assassinado (336 a.C.).
Seu filho, Alexandre III, o Grande, (que governa de 336 a 323 a.C.) irá liderar a
campanha pan-helénica iniciada pelo seu pai. Na Primavera de 334 a.C., Alexandre e
quarenta mil soldados entra na Ásia Menor, chegando às cidades da costa asiática, que
as liberta do domínio persa. Alexandre, manterá a independência dessas cidades que
passarão a ter assento na Liga Helénica, mas assumirá o estatuto de «rei da Ásia».