Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
São Cristóvão/SE
2018
EDISHARDSON NOMEQUEL RODRIGUES DE MACEDO
São Cristóvão/SE
2018
EDISHARDSON NOMEQUEL RODRIGUES DE MACEDO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 16
CAPÍTULO 1 – O EMPREENDEDORISMO .................................................................................. 21
1.1. FUNDAMENTOS DO EMPREENDEDORISMO ........................................................... 21
1.2. O PERFIL DO EMPREENDEDOR .................................................................................. 25
1.2.1. Características dos empreendedores ................................................................. 26
1.2.2. Tipos de empreendedores ..................................................................................... 29
1.2.3. Motivos para empreender ...................................................................................... 31
1.3. EMPREENDEDORISMO FEMININO .............................................................................. 33
1.3.1. Dificuldades das empreendedoras ...................................................................... 35
1.3.2. Perfil da mulher empreendedora .......................................................................... 36
1.4. EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ............................................................................ 39
1.4.1. Aspectos recentes ................................................................................................... 42
1.5. EMPREENDEDORISMO EM ARACAJU/SE ................................................................. 44
CAPÍTULO 2 – O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL ....................................................... 48
2.1. INDÍCIOS DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL .................................................. 48
2.2. A CONFIGURAÇÃO DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL................................ 50
2.3. O PROCESSO DE FORMALIZAÇÃO ................................................................................. 51
2.4. OBRIGAÇÕES ........................................................................................................................ 52
2.5. BENEFÍCIOS ........................................................................................................................... 53
2.6. O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL NO BRASIL ................................................. 54
CAPÍTULO 3 – RESULTADOS E ANÁLISES .............................................................................. 57
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ................................................................................... 57
3.2. CARACTERÍSTICAS PESSOAIS ........................................................................................ 58
3.3. FORMALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO ....................................................................................... 60
3.4. ASPECTOS ECONÔMICOS ................................................................................................ 65
3.5. PERSPECTIVAS .................................................................................................................... 69
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 75
ANEXOS .............................................................................................................................................. 80
16
INTRODUÇÃO
Esses dados mostram que cada vez mais o público feminino vem se
empoderando e conquistando espaços no empreendedorismo. Contudo, ainda
encontram empecilhos em seus negócios. Dessa forma, frente ao enredo apresentado
surgem indagações sobre qual o perfil do Microempreendedor Individual e, se existe
ou não a predominância das mulheres neste formato de empresa, em Aracaju/SE.
Questionamentos estes que o presente trabalho reúne esforços para responder.
Isto posto, a pesquisa possui como objetivo geral descrever os aspectos dos
Microempreendedores Individuais e apurar se existe uma maioria do sexo feminino
em Aracaju/SE. Dessa forma, para alcança-lo, compreende os seguintes objetivos
específicos:
18
CAPÍTULO 1 – O EMPREENDEDORISMO
Por outro lado, na Idade Média, o termo empreendedor sofrera uma alteração
em seu significado, sendo utilizado para designar um indivíduo que era “tanto um
participante quanto um administrador de grandes projetos de produção. Em tais
projetos, esse indivíduo não corria riscos: simplesmente administrava o projeto
usando os recursos fornecidos, geralmente pelo governo do país” (HISRICH;
PETERS; SHEPHERD, 2009, p. 28).
que “sempre está buscando a mudança, reage a ela e explora como sendo uma
oportunidade”.
Além disso, juntamente com a escolha do termo que caracteriza uma pessoa
que é capaz de “fazer as coisas acontecerem, pois são dotados de sensibilidade para
os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades”
(CHIAVENATO, 2007, p.7), a busca por um perfil que o configure também fez parte
dos objetivos dos estudiosos já apresentados. Porque, tomando como base um
conjunto de características, habilidades e atitudes, pode-se identificar causas que
garantem formar um empreendedor de sucesso.
Sob essa assertiva, sabe-se que os seres humanos são diferentes um dos
outros, por possuírem objetivos, desejos, habilidades, talentos, e outras coisas mais,
discrepantes. O empreendedor, por seu turno, difere-se ainda mais por possuir, além
dos aspectos apresentados, uma motivação única, paixão pelo que faz, luta por
resultados além do esperado e objetiva deixar um legado.
Por isso, tendo em vista que as pessoas são diferentes e que podem aprender
a empreender, o tópico atual ramifica-se em três subitens por motivos didáticos: as
características, os tipos de empreendedores e os motivos que os levam a empreender,
divulgados pela literatura. Pontos estes, que fazem parte do perfil do empreendedor.
Dutra (2002), por sua vez, com base em sua sondagem acerca das
características empreendedoras apontadas por alguns pesquisadores dessa área,
como Schumpeter, Timmons e McClelland, apontou características associadas ao
perfil empreendedor, algumas delas são: aceita dinheiro como medida de
desempenho; realiza previsões e julgamentos com base em sua experiência; busca
atividades que forneçam feedback de seu próprio desempenho; supera a oposição ou
obstáculos do ambiente socioeconômico reagente; possui habilidades empresariais
(planejar, organizar, dirigir e controlar); conhece bem o ramo em que atua; tem alta
tolerância à ambiguidade; desenvolve conhecimento acurado para as decisões e
regras de conduta; tem forte intuição, dando mais importância para o que faz e não
para o que sabe; tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia, dentre outros.
É fato que não existe uma unanimidade entre os diversos autores a respeito de
um único perfil de empreendedor, como também existem pessoas que possuem
características pertinentes àqueles, mas não empreendem. A existência dessas
variáveis dificulta a criação de um rótulo, de um estereótipo universal. Todavia,
conclui-se que qualquer um pode tornar-se empreendedor (BAGGIO; BAGGIO, 2014;
DORNELAS, 2007).
A GEM (2017) prega em sua pesquisa que só há dois motivos: por necessidade
ou oportunidade. No entanto, Chiavenato (2007) apresenta as seguintes razões que
levam as pessoas a se engajarem na abertura de negócios:
(i) Forte desejo de ser seu próprio patrão, de ter independência e não receber
ordens dos outros, fundamentando-se apenas em seu talento pessoal. A
isso se dá o nome de espírito empreendedor;
(ii) Oportunidade de trabalhar naquilo que gosta, em vez de trabalhar como
subalterno apenas para ter segurança de um salário mensal e férias a cada
ano;
(iii) Sentimento de que pode desenvolver a sua própria iniciativa sem o guarda-
chuva do patrão;
(iv) Desejo pessoal de reconhecimento e prestígio;
(v) Impulso para acumular riqueza e oportunidade de ganhar mais que quando
era simples empregado;
(vi) Descoberta de uma oportunidade que outros ignoraram ou subestimaram;
(vii) Desafio de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais em um
ambiente desconhecido.
Bernardi (2003, apud FILHO 2012), por sua vez, destaca os seguintes motivos
para abertura de um negócio:
32
1
Since World War II, there has been a growing influx of women into western labor markets, motivated
in part by the need they feel for financial independence and self-sufficiency. Other factors include the
inadequacy of one paycheck today to meet the financial needs of many middle-class families, a growing
divorce rate, and an increasing number of women as heads of households. Moreover, changing values
and attitudes toward paid work also encourage some financially secure women to seek self-realization
outside the home.
34
2 the history of women’s social role has always been full of constraints, but it could now be translated
into opportunities – which is precisely what many women are doing.
35
3a particularly innovative impulse is coming from women. In the past, industrialization has brought more
women into the job market, but in the present economic environment a new role for women is emerging.
40
realizações (TEMÁTICA BARSA, 2006, v. 1). Dentre algumas destas, Torres e Born
(2015, p. 127-128) apontam:
(i) Irineu reuniu acionistas e criou um banco que, a pedido do governo, foi
nomeado de Banco do Brasil, em 1851;
(ii) Desenvolveu a Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas;
(iii) Em 1852, fundou a Companhia de Navegação e Estrada de Ferro de
Petrópolis, sendo a primeira ferrovia brasileira; e
(iv) Deu início a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro.
Ainda segundo o autor, foi durante a década de 1980 que se deu importância
ao segmento das MPEs, pois diante da conjuntura econômica da época em que havia
redução do ritmo de crescimento econômico e aumento do nível de desemprego,
muitos indivíduos passaram a considerar a abertura de pequenos negócios como
alternativa para a ocupação de mão de obra, o que acarretou em várias iniciativas de
estímulo à abertura das mesmas na economia (GRANDO, 2012). Diante disso, o
Quadro 4 mostra os principais marcos históricos de estímulo ao empreendedorismo a
partir da década de 1980 no Brasil.
Destarte, como dito anteriormente, instituições foram criadas para dar suporte
aos empreendedores brasileiros a fim de muni-los de informações e conceder
oportunidades em seus negócios. O SEBRAE, como exemplo, atua com foco no
fortalecimento do empreendedorismo e na aceleração do processo de formalização
da economia através de parcerias com os setores públicos e privados, programas de
capacitação, acesso ao crédito coadjuvante às instituições financeiras, estímulo ao
associativismo, feiras, rodadas de negócios, palestras, dentre outras ações.
41
Quadro 4 - Principais marcos históricos de estímulo ao empreendedorismo a partir da década de
1980
Implantação do primeiro Estatuto da Microempresa (Lei n. 7.256, de 27 de novembro de
1984
1984).
Inclusão das micro e pequenas empresas na Constituição Federal de 1988, que proporcionou
1988
a garantia do tratamento diferenciado.
Criação de diversos programas especiais nos anos 1990, como o Programa de Geração de
1990 Emprego e Renda – PROGER, coordenado pelo Ministério do Trabalho e do Emprego e
financiado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, que integra aspectos de
capacitação gerencial, assistência técnica, participação social e apoio creditício, fortalecendo
as micro e pequenas empresas formais e informais.
A SOFTEX, por sua vez, iniciou suas atividades visando portar empresas
brasileiras de software ao mercado externo por meio de ações que proporcionavam
ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia. Ademais, foi
através de seus programas que apoiam e estimulam o ensino do empreendedorismo
e criação de empresas, juntamente com incubadoras empresariais e universidades,
mais especificamente do curso de ciências da computação/informática, fomentando a
42
Gráfico 1 - Taxas (%) de empreendedorismo segundo estágio do empreendimento TEA, TEE, TTE
– Brasil – 2002:2016
45
39
PERCENTUAL DA POPULAÇÃO ADULTA
40 36
34
35 32 32
30
30 26 27 27
(18 A 64 ANOS)
23 23 22
25 21 20 21 21 20
18 17 18
20 15 15 15 15
14 13 14 13
15 11 12 19
17 17
10 15 15 15
12 12 12 12
5 10 10 10
8 8
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
4
Do inglês Total Early-Stage Entrepreneurial Activity.
44
resultados foi a mudança no cenário da economia brasileira, que teve início em 2014
e permaneceu em 2015. Pois, com o arrefecimento da economia do país nesses três
anos, houve o engendramento de um período recessivo que começou com a crise nos
mercados internacionais e tornou-se mais grave com a continuada queda do preço
das commodities e, especialmente, com a crise (GEM, 2017).
Além dessa atividade econômica, a cidade possui uma economia voltada aos
setores primário e terciário, sendo que este corresponde a 55% do seu PIB, e 40% do
PIB estadual. Ademais, com uma população estimada em 2017 de 650.106 pessoas
pelo IBGE, Aracaju detém 54% dos empregos formais e 48% dos estabelecimentos
empresariais de Sergipe (PREFEITURA DE ARACAJU; 2018a; 2018b).
5
Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Blumenau, Brasília, Campinas, Campo Grande, Caxias do Sul, Cuiabá, Curitiba,
Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Joinville, Londrina, Maceió, Manaus, Maringá, Natal, Porto
Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos, São Luís, São Paulo, Sorocaba,
Teresina, Uberlândia e Vitória.
46
Ambiente Regulatório 6º
Infraestrutura 23º
Mercado 26º
Inovação 18º
Cultura 8º
Fonte: adaptado de Endeavor Brasil (2017, p. 79).
Entretanto, as empresas não são iguais e existem alguns critérios que auxiliam
na classificação das mesmas dentre três grandes grupos, como Dutra (2002, p. 63-
64) expõe:
49
Ainda segundo Dutra (2002, p. 64), os critérios acima elencados “são muito
importantes para as políticas governamentais, as pesquisas e a prática empresarial”.
Isto posto, o MEI é uma modalidade de microempresa, por isso passa a ter um
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Consequentemente, obtém
possibilidades e facilidades que outras empresas possuem, como na abertura de
conta bancária, concessões de crédito, contratos com órgão públicos e emissão de
notas fiscais.
Com essas informações, cabe aqui ressaltar, que em caso do não atendimento
dessas exigências, o microempresário já formalizado será desenquadrado do MEI. Ou
seja, caso ele exceda o valor permitido anual, abra uma filial, mude de natureza
jurídica ou passe a atuar numa atividade econômica não permitida pelo CGSN, o
mesmo ou deixará de ser MEI ou será enquadrado em outra categoria de empresa.
6
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
52
V – deverá ser simples e rápido, de forma que o MEI possa efetuar seu
registro, alteração, baixa e legalização por meio do Portal do Empreendedor,
dispensando-se completamente o uso de formulários em papel e a oposição
de assinaturas autógrafas.
2.4. OBRIGAÇÕES
Ao longo dessa explanação acerca das exigências que um MEI possui, fica
evidente que é um programa bastante simplificado, sem muita burocracia e fornece o
suporte adequado para que uma pessoa se formalize e tenha amparo legal. Ademais,
além dessas obrigações que são favoráveis para o desenvolvimento de um negócio,
o MEI garante benefícios.
2.5. BENEFÍCIOS
Devido portar um CNPJ o MEI poderá ter acesso aos serviços bancários com
maiores vantagens, seja numa abertura de conta, seja em um financiamento.
Possibilitará também, participar de licitações públicas, emitir notas fiscais, trabalhar
com máquinas de cartão de crédito, maior acesso a mercadorias e participar de cursos
ofertados pelo SEBRAE, os quais são constantemente procurados pelos MEIs.
completo; outros 9,4% com médio ou técnico incompleto; os com ensino superior
incompleto correspondem a 9%; já 20% são os que têm ensino superior completo e
4% tem pós-graduação (SEBRAE, 2017b).
Embora com esse recorte seletivo da análise do perfil do MEI, percebe-se que
essa figura jurídica abriu caminhos para um empreendedor crescer e se desenvolver.
Tanto é que ao serem questionados sobre perspectivas de crescimento, no sentido
de expandir o seu negócio ou migrar para outra classificação de empresa, o Sebrae
(2017b) apurou 52% “sim” e 48% “não”.
57
35%
29%
30%
26%
25%
19% 18%
20%
15%
10% 7%
5%
0%
De 18 a 25 anos De 26 a 35 anos De 36 a 45 anos De 46 a 50 anos Acima de 50 anos
O Gráfico 2 exibe a distribuição por faixa etária dos entrevistados. Nota-se que
há um público que reflete à pesquisa desenvolvida pelo Sebrae (2017b),
demonstrando uma tendência ao envelhecimento, pois 73% está acima de 35 anos.
Desses, 29% estão acima dos 50 anos de idade; 18% se situa entre 46 e 50 anos;
outros 26% representam os de 36 a 45 anos. Já 19% corresponde aos de 26 a 35
anos e 7% estão entre 18 e 25 anos.
2,45%
0,61%
26,99% Branco
Negro
Pardo
Indígena
60,12% 9,82%
Amarelo
Pós-Graduação 4%
Superior Incompleto 8%
Analfabeto 0%
A segunda alternativa evidente, como o Gráfico 5 mostra, foi “outro” com 30%.
Neste ponto, deixou-se um espaço para que o participante especificasse qual tinha
sido sua fonte de informação, e obteve-se, com as devidas proporções dentro dessa
categoria, as seguintes: contador 12,3%; amigos 8,7%; familiares 3,6%; propaganda
no comércio e universidade, ambas com 1,8%; associação de moradores, banco e por
um microempreendedor, 0,6% cada.
60%
50% 48%
40%
30%
30%
20%
15%
10%
5%
2%
0%
Através de Jornais Através da Através da Através do Outro
Televisão Internet SEBRAE
Outra evidência foi que 25% das pessoas eram empregadas com carteira
assinada, e aquelas que trabalhavam sem carteira assinada correspondiam a 5%. As
62
7% Autorrealização
16%
Desejo de independência
15%
Ganhar dinheiro
11% Oportunidade
36% Falta de
alternativa/Necessidade
15%
Outro
Seguindo na pesquisa, foi indagado aos participantes qual tinha sido a razão
para formalizarem-se como MEI. E nas respostas prevaleceram “direitos
previdenciários (INSS)” com 40% e “ter uma empresa formal” com 30%. Contudo,
mesmo os benefícios pessoais assegurados pelo INSS terem se mostrado como o
maior impulsionador para a formalização, quando somados os outros fatores, verifica-
se que os aspectos de ter um negócio legalizado são mais expressivos (60%), como
mostra as distribuições no Gráfico 7.
Gráfico 7 - Motivo para formalização no MEI (em %)
Outro 7%
0% 0%
12%
Comércio
17% Serviços
Indústria
Construção Civil
Agropecuária
71%
Ao apurar as respostas, 55% disse que “sim” e 45% indicou que “não”. Os que
responderam assertivamente alegaram o que foi exposto nos exemplos anteriores:
conseguiram maiores possibilidades de compra de mercadoria e em grandes
quantidades. Outro fator viável foi a aquisição de máquinas de cartão de crédito e
débito para não perderem suas vendas. Por outro lado, os que apontaram
negativamente, explicaram que não houve mudanças significativas em seu comércio.
40,0%
34,4%
35,0%
30,1%
30,0%
25,0%
19,6%
20,0%
14,7%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
Até R$ 1.500,00 De R$ 1.501,00 a R$ De R$ 2.501,00 a R$ Mais de R$ 3.500,00
2.500,00 3.500,00
o limite poderão ser desenquadrados nessa categoria e ir para outra, além de pagarem
multas por violarem a legislação. Embora sabendo dessa informação, os MEIs
permaneceram tranquilos sobre sua receita anual e alegaram que não excedia ou que
não haveria problema em migrar a categoria de sua empresa.
Além do seu faturamento, foi questionado aos MEIs se possuíam outras fontes
de renda. O Gráfico 10 elenca os resultados. Nele fica evidente que a maioria dos
participantes tem como principal fonte de renda o seu próprio negócio, onde 76,1%
afirmaram não possuir nenhuma outra. Seguindo a classificação, tem-se: 6,1%
recebem aposentadoria/pensão; 5,5% possui outro negócio por conta própria; 4,9%
têm imóveis alugados; 4,3% ganha assistência financeira de parentes/amigos; 2,5%
são empregados informais; outros 0,6% detém um emprego formal; e nenhum dos
entrevistados recebe Bolsa-Família.
Por outro lado, 24,5% declarou que não possuiu dificuldade alguma em
empregar alguém, sendo que muitos deles precisam de um trabalhador apenas em
dias de muita movimentação e em épocas de sazonalidade, como por exemplo o
carnaval. No entanto, 4,9% admitiu ter encontrado empecilhos na contratação de
funcionário. Neste ponto dois casos se destacaram. O primeiro foi devido à legalização
daquele, pois seria bastante custoso para o MEI mantê-lo. Já o segundo, é pela razão
da mão de obra não ser qualificada a fim de auxiliar o ofício do microempresário.
3.5. PERSPECTIVAS
A partir disso, foi questionado ao MEI se ele possuiu alguma dificuldade em seu
negócio. No Gráfico 11, que expõe o que foi apurado, observa-se que a alternativa
mais expressiva corresponde aos que não sentiram dificuldade alguma, com 31%.
Entretanto, se somarmos as proporções das demais, percebe-se que 69% dos
entrevistados possuem obstáculos.
(5%), inovar (5%) e planejar (4%). As outras alternativas podem ser vistas como um
reflexo daqueles problemas que não são resolvidos, como conseguir crédito/dinheiro
(5%), conquistar clientes/vender (5%), concorrência (9%), entender/cumprir as
obrigações legais (4%), dificuldades com o ponto comercial (2%) e comprar
bem/barato (3%).
Esses dados refletem que os empreendedores atuam sob um grande risco por
apresentarem dificuldades em aspectos imprescindíveis à sobrevivência de uma
empresa, como administrar o negócio (7%), controlar o dinheiro da empresa (5%),
inovar (5%) e planejar (4%). As outras alternativas podem ser vistas como um reflexo
daqueles problemas que não são resolvidos, como conseguir crédito/dinheiro (5%),
conquistar clientes/vender (5%), concorrência (9%), entender/cumprir as obrigações
legais (4%), dificuldades com o ponto comercial (2%) e comprar bem/barato (3%).
À vista disso, quando questionados sobre a satisfação que os MEIs têm em seu
negócio, 46% estavam muito satisfeitos e 42% apenas satisfeitos. Isso mostra um bom
sinal sobre o vigor dos participantes. Por outro lado, 12% dos entrevistados disseram
que estavam pouco satisfeitos, pois estavam um tanto desanimados com a situação
em que se encontravam. Nenhum dos participantes alegaram estar insatisfeitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
possuíam seu próprio negócio, contudo sem CNPJ, isto é, informais. E poucos eram
servidores públicos (1%) ou aposentados (1%).
Ter os direitos previdenciários pelo INSS (40%), mesmo sendo o mais evidente
ao observar o Gráfico 7, não foi a razão mais expressiva da amostra, como motivo
para formalizar-se no programa MEI. Visto que, ao somar as proporções das outras
opções, como “ter uma empresa formal” e “redução dos impostos e redução nas
obrigações acessórias exigidas”, fica evidente que possuir um negócio legalizado é
mais importante. Onde a maioria dos entrevistados (70%) já são formalizados como
MEI a mais de 2 anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
ANEXOS
Assinatura Pesquisador
81
Continua...
84
Continua...
85
Continua...
86
PRESTADOR(A) DE SERVIÇOS DE Q
ROÇAGEM, DESTOCAMENTO,
LAVRAÇÃO, GRADAGEM E
SULCAMENTO, SOB CONTRATO DE QUEIJEIRO(A)/
EMPREITADA, INDEPENDENTE MANTEIGUEIRO(A) INDEPENDENTE
PRESTADOR(A) DE SERVIÇOS DE QUITANDEIRO(A) INDEPENDENTE
SEMEADURA, SOB CONTRATO DE QUITANDEIRO(A)
EMPREITADA, INDEPENDENTE AMBULANTE INDEPENDENTE
PRODUTOR DE PEDRAS PARA R
CONSTRUÇÃO, NÃO ASSOCIADA À
EXTRAÇÃO INDEPENDENTE
PROFESSOR(A) RECARREGADOR(A) DE CARTUCHOS
PARTICULAR INDEPENDENTE PARA EQUIPAMENTOS DE
INFORMÁTICA INDEPENDENTE
PROMOTOR(A) DE
EVENTOS INDEPENDENTE RECICLADOR(A) DE BORRACHA,
MADEIRA, PAPEL E
PROMOTOR(A) DE TURISMO
VIDRO INDEPENDENTE
LOCAL INDEPENDENTE
RECICLADOR(A) DE MATERIAIS
PROMOTOR(A) DE
METÁLICOS, EXCETO
VENDAS INDEPENDENTE
ALUMÍNIO INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE ALBERGUE NÃO
RECICLADOR(A) DE MATERIAIS
ASSISTENCIAL INDEPENDENTE
PLÁSTICOS INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE BAR E
RECICLADOR(A) DE SUCATAS DE
CONGÊNERES INDEPENDENTE
ALUMÍNIO INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE
CAMPING INDEPENDENTE REDEIRO(A) INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE RELOJOEIRO(A) INDEPENDENTE
CANTINAS INDEPENDENTE
REMOVEDOR E EXUMADOR DE
PROPRIETÁRIO(A) DE CARRO DE SOM CADÁVER INDEPENDENTE
PARA FINS
PUBLICITÁRIOS INDEPENDENTE RENDEIRO(A) INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE CASA DE REPARADOR(A) DE APARELHOS E
CHÁ INDEPENDENTE EQUIPAMENTOS PARA DISTRIBUIÇÃO E
PROPRIETÁRIO(A) DE CASA DE CONTROLE DE ENERGIA
SUCOS INDEPENDENTE ELÉTRICA INDEPENDENTE
REPARADOR(A) DE ARTIGOS E
PROPRIETÁRIO(A) DE CASAS DE FESTAS
ACESSÓRIOS DO
E EVENTOS INDEPENDENTE
VESTUÁRIO INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE REPARADOR(A) DE BALANÇAS
ESTACIONAMENTO DE INDUSTRIAIS E
VEÍCULOS INDEPENDENTE COMERCIAIS INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE
REPARADOR(A) DE BATERIAS E
FLIPERAMA INDEPENDENTE
ACUMULADORES ELÉTRICOS, EXCETO
PROPRIETÁRIO(A) DE
PARA VEÍCULOS INDEPENDENTE
HOSPEDARIA INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE REPARADOR(A) DE
LANCHONETE INDEPENDENTE BICICLETA INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE REPARADOR(A) DE
PENSÃO INDEPENDENTE BRINQUEDOS INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE REPARADOR(A) DE CORDAS, VELAMES E
RESTAURANTE INDEPENDENTE LONAS INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE SALA DE ACESSO REPARADOR(A) DE EMBARCAÇÕES
À INTERNET INDEPENDENTE PARA ESPORTE E
LAZER INDEPENDENTE
PROPRIETÁRIO(A) DE SALÃO DE JOGOS
DE SINUCA E BILHAR INDEPENDENTE REPARADOR(A) DE EQUIPAMENTOS
ESPORTIVOS INDEPENDENTE
REPARADOR(A) DE EQUIPAMENTOS
HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS, EXCETO
VÁLVULAS INDEPENDENTE
Continua...
91
7
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/temas/quero-ser/formalize-se/atividades-permitidas
93
Quadro 1 – Total de empresas optantes no SIMEI do Município de Aracaju/ - por Código CNAE,
descrição CNAE e sexo
Código Descrição TOTAL HOMENS MULHERES
159802 Criação de animais de estimação 4 2 2
161001 Serviço de pulverização e controle de pragas
3 3 0
agrícolas
1012101 Abate de aves 6 4 2
1013901 Fabricação de produtos de carne 3 1 2
1031700 Fabricação de conservas de frutas 3 1 2
1033301 Fabricação de sucos concentrados de frutas,
hortaliças e legumes 2 0 2
1033302 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e
legumes, exceto concentrados 3 0 3
1052000 Fabricação de laticínios 2 0 2
1065101 Fabricação de amidos e féculas de vegetais 2 0 2
1092900 Fabricação de biscoitos e bolachas 9 3 6
1093701 Fabricação de produtos derivados do cacau e de
24 5 19
chocolates
1093702 Fabricação de frutas cristalizadas, balas e
4 3 1
semelhantes
1094500 Fabricação de massas alimentícias 13 8 5
1095300 Fabricação de especiarias, molhos, temperos e
4 2 2
condimentos
1096100 Fabricação de alimentos e pratos prontos 16 9 7
1099601 Fabricação de vinagres 1 0 1
1099604 Fabricação de gelo comum 1 0 1
1122403 Fabricação de refrescos, xaropes e pós para
refrescos, exceto refrescos de frutas 1 1 0
1322700 Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais, exceto
1 1 0
algodão
1340501 Estamparia e texturização em fios, tecidos,
artefatos têxteis e peças do vestuário 18 10 8
1340599 Outros serviços de acabamento em fios, tecidos,
artefatos têxteis e peças do vestuário 26 3 23
1351100 Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico 10 3 7
1352900 Fabricação de artefatos de tapeçaria 5 5 0
1359600 Fabricação de outros produtos têxteis não
especificados anteriormente 32 2 30
1411801 Confecção de roupas íntimas 8 0 8
1411802 Facção de roupas íntimas 3 0 3
1412601 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas
íntimas e as confeccionadas sob medida 120 11 109
1412602 Confecção, sob medida, de peças do vestuário,
exceto roupas íntimas 254 14 240
1412603 Facção de peças do vestuário, exceto roupas
10 2 8
íntimas
1413403 Facção de roupas profissionais 7 4 3
Continua...
94
Continua...
95
Continua...
100
Continua...
101
Continua...
102