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Por uma ferramenta para formação profissional na extensão via o projeto infoinclusão da UFCG

enviado!

Janeide Albuquerque Cavalcanti - Professora da UFCG


Alick Sulliman Santos de Farias - Discente-bolsista-UFCG
Édson de Sousa Albuquerque - Discente-voluntário-UFCG
Luisa Albuquerque Cavalcanti - Professora da Comunidade

Área temática: Juventude e cidadania


Palavras-Chave: Infoinclusão. Exclusão informacional. Capacitação para o primeiro emprego.

Referencial Teórico

A informação tornou-se artigo determinante de qualidade de vida na modernidade, a exclusão


social é um retrocesso no desenvolvimento de um país que luta para ser igualitário. A luta para a
inclusão digital é ​que o move o Projeto Infoinclusão na cidade de Sousa/PB, pois entende-se a
inclusão digital como uma base estrutural para a era do conhecimento.

Essa luta para não ocorrer o Apartheid digital foi através do projeto acima citado é preciso
investir para que tão logo alunos possam ter acesso as novas tecnologias, pois quem está a
margem dessa (r)evolução sofre a exclusão social. A chama da esperança é acesa através da
educação, e com ela a mudança de paradigmas e de realidades é certa.

De acordo com Rogers (In Dupas, 1999), a exclusão, em sua essência, é multidimensional,
manifesta-se de várias maneiras e atinge as sociedades de formas diferentes, sendo os países
pobres afetados com maior profundidade. Os principais aspectos em que a exclusão se apresenta
dizem respeito à falta de acesso ao emprego, a bens e serviços, e também à falta de segurança,
justiça e cidadania. Assim, observa-se que a exclusão se manifesta no mercado de trabalho, e é
necessário que nossos governantes aprovem políticas públicas de crescimento social, para que a
exclusão digital seja apenas um pesadelo do passado.

A globalização encurtou espaços e trouxe à tona problemas nacionais. Com a finalidade de


competir com os países de primeiro mundo o Brasil precisa melhorar vertiginosamente sua forma
de lidar com a tecnologia e como aplicá-la a capacitação profissional, já que a disparidade entre
ricos e pobres é gritante e o único meio de mudar essa realidade continua sendo através do
conhecimento.

Segundo Brandão e Crema (1991) apud CAVALCANTI (2011), a capacitação profissional numa
perspectiva não-assistencialista é entendida não apenas como meio de geração de renda e

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emprego, mas também como fator de incremento às economias locais, sobretudo em áreas
deprimidas.

Ao disponibilizar os meios necessários para a profissionalização, as pessoas atingidas tem a


possibilidade de se tornarem agentes modificadores de sua realidade, os protagonistas,
escrevendo assim uma nova história e se libertando das correntes que ​os ​impedem de
desenvolver o seu próprio ser.

A capacitação profissional vai além de uma simples preparação para o mercado do trabalho ou
um meio de ter acesso ao emprego, é principalmente a formação do cidadão capaz da interação
cívica e social, uma mudança no eixo da sua vida.

A Universidade Federal de Campina Grande, como fomentador da educação tecnológica


no sertão Paraíbano

A UFCG foi criada pela Lei 10.419 de 09 de abril de 2002, através do desmembramento da
Universidade Federal da Paraíba. Após sua criação, passou a ser sediada na cidade de Campina
Grande, abrangia quatro campi universitários: o campus de Campina Grande, sede da Reitoria, os
campi de Patos, Sousa e Cajazeiras, depois foram criados os campi de Cuité e de Sumé. No
Centro de Ciências Jurídicas e Sociais (CCJS) funcionam os cursos de Administração, Ciências
Contábeis, Direito e Serviço Social, possuindo duas unidades acadêmicas: a de Direito e Serviço
Social (UAD) e a de Ciências Contábeis e Administração (UACC) à qual o projeto Infoinclusão
na cidade de Sousa/PB está vinculado, desde 2005. A UFCG desenvolve vários projetos e
programas de extensão através de seus onze centros.

Infoinclusão na cidade de Sousa/PB: Projeto de Extensão

A exclusão socioeconômica é um dos maiores males da atualidade, principalmente no nordeste


brasileiro. Um dos tipos de exclusão que tem se colocado na contemporaneidade e resulta do
advento das diversas formas de tecnologia é a exclusão informacional. Para combatê-la, faz-se
necessário uma iniciativa de inclusão eficaz que possa capacitar as pessoas a lidarem
corretamente com os saberes e que possibilite seu ingresso no mercado de trabalho. Esse
mercado vem se modificando profundamente nos últimos anos, ocasionando a diminuição dos
postos de trabalho e o aumento das exigências de qualificação profissional, fatos que, somados
ao aumento da população contribuem diretamente para o crescimento do desemprego
(CAVALCANTI, 2011).

O projeto Infoinclusão na cidade de Sousa/PB realiza suas atividades desde 2005 na busca de
minimizar a problemática da exclusão informacional, oferecendo formas de capacitação

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profissional, gratuitas, direcionadas aos jovens da comunidade sousense, promovendo, assim, o
desenvolvimento educacional e econômico para a comunidade.

A forma mais funcional e dinâmica de se promover a infoinclusão é formatar vários cursos a


serem ministrados pelos extensionistas voluntários do projeto, supervisionados, capacitados e
orientados pelos professores dos cursos de graduação de Ciências Contábeis e Administração do
CCJS/UFCG. Entre outros, são oferecidos cursos de Informática básica, Introdução à
Administração, Contabilidade para não contadores, Noções de Administração,
Empreendedorismo, Gestão de Marketing, Oficinas de Direitos humanos, Noções de Economia
doméstica com ênfase na gestão do orçamento familiar e Gestão de Marketing pessoal. A ​
capacitação dos instrutores acontece no primeiro período letivo. Além disso, realizam-se
reuniões semanais de caráter didático-pedagógico com o intuito de discutir com a equipe sobre as
atividades a serem desenvolvidas e planejamento da semana subsequente, neste sentido,
corrobora-se com as ideias de Romão (2001) ao afirmar que o planejamento é uma atividade
“intrínseca à educação por suas características básicas de evitar o improviso, prever o futuro, de
estabelecer caminhos que podem nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, a
socialização do ato de planejar, o acompanhamento e a avaliação da própria ação”. Nessa etapa,
utilizou-se métodos didático-pedagógicos no processo de ensino-aprendizagem, inclusive a
confecção de textos e listas de exercícios (ANDRE, 1999; CANDAU, 1997; CARLINI, 2004;
DEMO, 2004; ETIEVAN, 1996; FREIRE, 1992; GIROUX, 1993; MORALES, 2004;
PINHEIRO, 2002) apud CAVALCANTI (2011).

O Curso de Informática básica

O curso de capacitação oferecido à comunidade da cidade de Sousa, na Paraíba, ao longo de anos


vem auxiliando jovens e adultos na área de Informática básica, deixando-os aptos a concorrer no
mercado de trabalho, tendo em vista que profissionais bem treinados tem uma melhor aceitação
ao buscar uma vaga de emprego. Ao utilizar as ferramentas básicas, o novo profissional adquire
autonomia e confiança que poderão ser aplicadas em seu pleno desenvolvimento do sujeito como
acessar uma página de uma agência de emprego, enviar um email solicitando informações.

Metodologia

A opção metodológica utilizada no projeto foi de capacitar os graduandos que atuam como
professores para o ensino de Informática durante o primeiro período letivo, nessa capacitação
foram elaborados os planejamentos, a produção de textos e listas de exercícios. Ao final da
execução desse curso foram aplicados os questionários de avaliação do curso respondidos por
parte dos alunos que participaram na vigência de 2011. Para coleta de dados aplicou-se um
questionário aos alunos de uma turma para fazer a estatística descritiva.

3
Resultados da pesquisa

A avaliação feita em uma turma com 12 alunos de informática básica em 2011, segundo a tabela
1, foi satisfatória, mais de 90% dos alunos avaliaram o curso entre bom e excelente como sendo
atualizado e útil para sua vida profissional. Outro dado importante refere-se ao conhecimento
sobre informática, antes e depois do curso oferecido pelo projeto infoinclusão, cerca de 58% dos
alunos consideravam o seu conhecimento em informática entre ruim e regular, ao término do
curso esse número foi alterado, ficando 100% dos alunos com conhecimento entre bom e
excelente, dessa forma conseguiu-se uma transformação. A frequência com que os alunos
utilizavam o computador antes e depois do curso também foi modificada, passou de 41,5 % de
ruim a regular para mais de 91% de bom a excelente.

Participar em um projeto desses contribui para a formação acadêmica do extensionista agente


multiplicador que atua como professor ao desenvolver o senso crítico oportuniza a vivência do
fazer pedagógico, além disso, medida em que nos colocamos na posição de professor, pudemos
perceber as falhas como aluno e ver também em que os meus professores da Universidade
estavam falhando. As relações de amizade desencadeadas entre graduandos extensionistas e
alunos da comunidade foram de grande importância no aprendizado. Quanto ao aluno pode-se
contribuir para diminuir a exclusão tecnológica e perceber o seu desenvolvimento.

Tabela 1

Perguntas Respost Quantidade de %


as respondentes

Classifico o curso atualizado >

Ruim 0 0%

Bom 1 8,3
%

Regula 1 8,3
r %

Excele 10 83
nte %

Contribui para minha formação profissional

Ruim 0 0%

4
Bom 4 33,
2%

Regula 0 0%
r

Excele 8 66,
nte 4%

Meu conhecimento de informática antes do curso

Ruim 2 16,
6%

Bom 4 33,
2%

Regula 5 41,
r 5%

Excele 1 8,3
nte %

Meu conhecimento de informática depois do curso

Ruim 0 0%

Bom 3 24,
9%

Regula 0 0%
r

Excele 9 74,
nte 7%

A frequência com que utilizava o computador antes do


curso

Ruim 2 16,
6%

Bom 5 41,
5%

Regula 5 41,
r 5%

Excele 0 0%

5
nte

A frequência com que uso o computador após a


realização do curso

Ruim 0 0%

Bom 1 8,3
%

Regula 1 8,3
r %

Excele 10 83
nte %

Considerações Finais

Ao longo de anos o mundo vem tomando moldes tecnológicos e com isso há a necessidade das
pessoas se adaptarem a essa inovação. Algumas ações são essenciais para a efetividade da
inclusão digital, como parcerias entre empresas públicas e privadas, ONGs, voluntários e
sociedade organizada, visando promover a capacitação profissional e a inclusão social através da
tecnologia. É com esse escopo que o projeto infoinclusão se desdobra para capacitar alunos da
cidade de Sousa, mostrando-os o caminho do sucesso, através do primeiro passo, o
conhecimento.
No que se refere ao relacionamento professor-aluno e aluno-aluno observou-se uma interação
entre os aprendentes, tendo um desenvolvimento substancial em alguns graduandos professores,
partir da experiência que tiveram em sala de aula, tanto com relação a sua postura perante os
alunos como ao seu desempenho acadêmico.

As respostas aos questionários, juntamente com os depoimentos orais de alunos, possibilitaram


inferir que a avaliação que eles fizeram das ações do projeto para seu futuro foi satisfatória.

Referências

ANDRÉ, Marli ​et al​. ​Pedagogias das diferenças na sala de aula.​ 7. ed. Campinas: Papirus,
1999.
BRANDÃO, Denis M. S.; CREMA, Roberto. Visão holística em psicologia e educação. São
Paulo, Summus, 1991.
CANDAU, V.M. ​Magistério​: construção cotidiana. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
CARLINI, Alda Luiza ​et al. ​Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. 2​ .ed. São
6
Paulo- SP: Avercamp, 2004, SCARPATO, Marta (org).
CAVALCANTI, Janeide Albuquerque. ​Relatório geral do Projeto Infoinclusão na cidade de
​ 011.
Sousa/PB. 2
DEMO, Pedro. ​Ser professor é cuidar que o aluno aprenda.​ Porto Alegre-RS: Mediação, 2004.
ETIEVAN, Nathalie de Salzmann. ​Não saber é formidável! A educação para o despertar da
consciência e o desenvolvimento do sentimento. São Paulo: Horus, 1996.
FREIRE, Paulo. ​Pedagogia da esperança​. 10.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
FREIRE, Paulo. ​Pedagogia do oprimido.​ Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
GIROUX, H. ​Os professores como intelectuais​: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1973
MORALES, Pedro. ​A relação professor-aluno - o que é, como se faz.​ 5.ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2004.
OLINDA, Ercília Maria Braga de, ​et al​. ​Práticas e aprendizagens docentes.​ Fortaleza, 2007.
ROGERS, Garry; Gore, C. & Figueiredo, J. (Eds.) (1995). Social exclusion: rethoric, reality,
responses. Genebra: International Institute for Labor Studies
ROMÃO, J. E. ​Planejamento dialógico:​ como construir o projeto político-pedagógico da escola.
São Paulo: Cortez/ Instituto Paulo Freire, 2001.

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