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RESISTÊNCIA
ÔHMICA DE
CONTATO
Disjuntores de BT
Disjuntores de MT
Disjuntores de AT
Chaves seccionadoras
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 2
DISJUNTORES........................................................................................................................................................................ 3
MANUTENÇÃO ............................................................................................................................................................19
BIBLIOGRAFIA: ............................................................................................................................................................. 24
INTRODUÇÃO
Todo serviço de manutenção tem por objetivo, corrigir defeitos de menor influência no desempenho
funcional do disjuntor, e que possa ser postergado com o objetivo de ser inserido em programa de
manutenção para restabelecimento das condições normais de operação.
Ensaios
São medições elétricas realizadas com o objetivo de efetuar avaliação funcional dos equipamentos,
o principal ensaio a ser realizado em disjuntores é o de Resistência ôhmica dos contatos que é
aplicado a todas as classes de tensão, este ensaio é destinado a constatar a real condição dos
contatos principais do disjuntor, esta resistência é definida pelo fabricante.
Conforme norma ABNT NBR 14039 – Instalações de media tensão, define que ensaios de
resistência de contatos elétricos é aplicáveis a disjuntores, seccionadores e barramentos ou
outras conexões de alta capacidade de corrente. Ele tem o objetivo de garantir, pela aplicação
de uma corrente elétrica e a leitura do valor da queda de tensão local, a resistência existente nos
contatos de um equipamento de chaveamento ou barramento de energia. Essa queda de tensão,
normalmente ocasionada por fontes de corrente contínua, estabelece por meio da aplicação
direta da lei de Ω o valor da qualidade do contato elétrico das partes envolvidas. Os
fabricantes dos diversos equipamentos apresentam seus valores típicos de fábrica e
normalmente são enquadrados dentro de valores limites definidos por normas específicas de
equipamentos.
Cita na norma ABNT NBR 14039 – 7.3.6 Ensaios recomentados pelos fabricantes dos
equipamentos, sendo todo equipamento que possuírem condições especiais de instalação
devem sofrer a inspeção de sua montagem com base nas informações fornecidas pelo
fabricante, assim como necessidade de ensaios.
Este treinamento usara como referencia a norma ABNT NBR 14039:2005 Instalações elétricas de
média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV e os principais fabricantes de disjuntores, onde o foco será a
resistência ôhmica de contato em disjuntores sendo esta definida pelos fabricantes (anexa tabela1)
Assuntos serão dividido em tipos de equipamentos com sua principais características e
procedimentos de manutenção.
1) Tensão nominal
A norma ABNT NBR 7118:1994, substituída pela ABNT NBR IEC 62271-100:2006, atualmente
cancelada classificava disjuntores com tensão nominal até 1.000 Volts = Baixa Tensão e acima de
1.000 Volts = Alta Tensão.
Antigamente existiam outras faixas de classificação para tensão nominal, as quais são utilizadas
até hoje por facilitarem a identificação de equipamentos que atualmente estão generalizados
como:. até 1.000 Volts = Baixa Tensão, de 1.000V até 38KV = Média Tensão, de 38KV até 138KV
= Alta Tensão
2) Tipo de execução
Os disjuntores podem ser de: a) execução fixa ou b) extraível.
a) Os disjuntores fixos têm os terminais de entrada e saída fixados com parafusos diretamente
aos barramentos do painel.
b) Os disjuntores extraíveis são inseridos em celas ou gavetas, e estas são fixadas aos
barramentos.
A cela possui buchas de passagem para os contatos de conexão e o disjuntor é dotado de pinças
(garras) que se acoplam aos contatos de conexão da cela quando inserido.
A decisão sobre qual tipo de execução o disjuntor deverá ter, levará em conta não apenas seu
custo, mas, sua aplicabilidade, o tipo de programa de manutenção a ser adotado e sua
periodicidade e, até mesmo, a seletividade do circuito.
3) Mecanismo de operação
Podemos definir mecanismo de operação como sendo um subconjunto que possibilita o
armazenamento da energia necessária à operação mecânica do disjuntor, bem como a liberação
desta energia através de mecanismos apropriados, quando do comando de abertura ou
fechamento do mesmo.
Dentro de cada categoria, existe uma variação imensa de detalhes construtivos, característicos de
cada fabricante.
As normas vigentes para disjuntores de baixa tensão são extensas para estudo e entendimento,
sendo estas: ABNT NBR 5410 Instalação elétrica de baixa tensão.
ABNT NBR IEC 60947-2 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão - Disjuntores
ABNT NBR IEC 60898 Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e
similares. Segundo NBR5410/, o disjuntor deve assegurar as seguintes funções:
a) proteção contra sobrecarga
b) proteção contra curto circuito
c) comando funcional
d) seccionamento
e) proteção contra contatos indiretos
f) proteção contra quedas e faltas de tensão
A ABNT NBR IEC 60898 não se aplica aos disjuntores destinados à proteção de motores e àqueles
cuja regulagem de corrente seja acessível ao usuário.
As prescrições relativas aos disjuntores para equipamentos constam da IEC 60934, enquanto os
disjuntores utilizados como dispositivos de partida de motores são tratados, pelo menos
parcialmente, pela IEC 60947-4.
Abaixo tabela resumida com categorias dos disjuntores e características conforme normas:
Os disjuntores mais tradicionais, para uso geral, são equipados com disparadores térmicos, que
atuam na ocorrência de sobrecorrentes moderadas (tipicamente correntes de sobrecarga), e
disparadores magnéticos, para sobrecorentes elevadas (tipicamente correntes de curto-circuito).
Daí o nome disjuntores termomagnéticos
Correntes Nominais
a) ABNT NBR IEC 60947-2: a corrente nominal (In) de um disjuntor é a corrente ininterrupta
nominal (Iu) e tem o mesmo valor da corrente térmica convencional ao ar livre (Ith),
isto é, In = Iu = Ith;
b) A IEC 60898: (In) é a corrente que o disjuntor pode suportar em regime ininterrupto, a uma
temperatura de referência especificada (30°C) temperatura ambiente de referência
In: 6, 10, 13, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 125 A.
Disparo Instantâneo:
A IEC 60898 define, para o disparo instantâneo, em geral magnético, as faixas de atuação B, C e D
onde:
a) B: de 3 In a 5 In;
b) C: de 5 In a 10 In;
c) D: de 10 In a 20 In.
Curvas de ruptura
Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e essas curvas foram
separadas em categorias. A curva de ruptura do disjuntor é o tempo em que o disjuntor suporta
uma corrente acima da corrente nominal por determinado tempo.
a) A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve
operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50ª
b) A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve
operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A.
c) A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva
deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A.
Os disjuntores de curva D são usado onde se espera uma curto circuito de intensidade alta e onde
a corrente de partida é muito acentuada, sendo muito utilizados em grande motores e grandes
transformadores.
Existem ainda disjuntores cuja a faixa ruptura da corrente pode ser selecionada dentro de uma
faixa, por exemplo os disjuntores motores que possuem faixa se seletividade, como por exemplo 6
a 10 vezes a corrente nominal neste caso a faixa é selecionada de acordo com a necessidade o
que possibilita uma flexibilidade na proteção de equipamentos, neste caso normalmente motores.
Exemplo:
Calibre Corrente convencional de não Corrente convencional de Poder de corte
(In) funcionamento (Inf) funcionamento (Pdc)
16 A 18 A (1,13 x In) 23 A (1,45 x In) 6 KA
Conforme norma ABNT NBR 14039:2005 Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2
kV , as SUBESTAÇÃO FORNECIMENTO ACIMA DE 300 KVA, a proteção geral de media tensão
deve ser exclusivamente de disjuntor MT com rele secundário com no mínimo as funções 50 e 51
de fase e neutro quando fornecido.
TIPOS DE DISJUNTORES
Mecanismo de operação com fechamento e abertura a molas
Neste tipo de acionamento, a energia para o fechamento é acumulada em uma mola, que pode ser
carregada manualmente ou através de um motor.
Quando o mecanismo de disparo é acionado, a mola é destravada, acionando os contatos do
disjuntor fechando-o, acontecendo nesta operação o carregamento simultâneo da mola de
abertura. Cada fabricante tem o seu próprio arranjo para esse tipo de acionamento, porém, o que
acabamos de descrever é o princípio de funcionamento comum a todos eles.
A grande maioria dos disjuntores de baixa e média tensão utilizam estes modelos de mecanismo
de operação.
Acessórios
O disjuntor é conceitualmente uma chave elétrica. Para que possa caracterizar-se como dispositivo
automático para proteção à sobre corrente, faz-se necessária a utilização de acessórios como:
bobina de abertura, bobina de fechamento, bobina de mínima tensão, motor de carregamento de
molas, relé anti-religamento, relé de proteção contra sobre correntes, dentre outros.
A decisão sobre os acessórios que o disjuntor deverá possuir deve ser determinada em função do
projeto elétrico do circuito, em razão da aplicação do disjuntor e da seletividade das instalações.
Disjuntor a seco
A extinção do arco elétrico durante a abertura rápida dos contatos é, em geral, obtida através de
lâminas radiadoras montadas em câmaras de extinção. Este sistema provoca o resfriamento do
arco elétrico e sua consequente extinção que, por intermédio das referidas lâminas, seccionam o
percurso do mesmo em pequenos segmentos.
Disjuntores a óleo
GVO
Este é o tipo mais antigo de disjuntores a óleo. No passado, consistia apenas de um recipiente
metálico com os contatos simplesmente imersos no óleo sem nenhuma câmara de extinção.
Hoje os disjuntores GVO possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de óleo sobre o arco.
Em Média Tensão, normalmente as três fases estão imersas em um único recipiente que contém
de 50 a 100 litros de óleo isolante. No caso de Alta Tensão, o encapsulamento é monofásico e
cada tanque contém acima de 2.000 litros de óleo isolante.
Os disjuntores GVO são usados em média e alta tensão até 230kV. A característica principal dos
disjuntores GVO é a sua grande capacidade de ruptura em curto – circuito
PVO
Estes disjuntores representam o desenvolvimento natural dos antigos disjuntores GVO, na medida
em que se procura projetar uma câmara de extinção com fluxo forçado de óleo sobre o arco
aumentando-se a eficiência do processo de interrupção da corrente e diminuindo-se drasticamente
o volume de óleo no disjuntor.
Quando utilizado em Média Tensão, contém em média, de 2 a 5 litros de óleo isolante por polo.
Para Alta Tensão, contém em média, de 50 a 100 litros de óleo isolante por polo.
PVO - Aplicações em 13,8kV, bem como em 69kV, estão ainda predominantemente na faixa dos
disjuntores PVO, principalmente por razões de preço
Disjuntor a ar comprimido
Embora possam ser usados em toda a gama de tensões, os disjuntores de ar comprimido
encontram a sua gama de aplicação na alta e na muito alta tensão, ou seja, acima de 245kV.
UMA DAS DESVANTAGNES é no caso de operação junto a áreas residenciais onde existem
limitações de nível de ruído, é obrigatório o uso de silenciadores para estes disjuntores.
Disjuntores a Vácuo
Nos disjuntores a vácuo, ao contrário, o arco não é resfriado. O plasma de vapor metálico tem alta
condutibilidade e, por esse motivo, temos como resultado, uma tensão de arco extremamente
pequena, que varia de 20 a 200V.
Por esta razão e pelo pequeno tempo de arco, a energia entre contatos é muito pequena. A câmara
de extinção é, devido a esta pequena solicitação, livre de manutenção.
Os disjuntores a sopro magnético são usados em média tensão até 24kV, principalmente montados
em cubículos. O facto de não possuírem meio extintor inflamável como o óleo, torna-os seguros e
aptos para certos tipos de aplicações específicas.
As forças que induzem o arco para dentro das fendas da câmara são produzidas pelo campo
magnético da própria corrente, passando por uma ou mais bobinas (daí o nome de sopro
magnético) e, eventualmente, por um sopro pneumático auxiliar produzido pelo mecanismo de
acionamento.
Este sopro pneumático, é muito importante no caso de interrupção de pequenas correntes, cujo
campo magnético é insuficiente para induzir o arco para dentro da câmara, o que ocasionaria
tempos de arcos muito longos. Existem vários tipos e formatos de câmaras de extinção para
disjuntores a sopro magnético.
As placas que formam a câmara podem ser de material isolante e refratário ou de aço, ou ainda de
uma combinação dos dois. Em cada uma destas alternativas, encontramos vários tipos de
configuração de câmara, específicos de cada fabricante.
O SF6 é um isolador eléctrico muito bom e pode efetivamente extinguir arcos eléctricos nos
aparelhos de alta e media tensão enchidos com SF6.
O SF6 puro não é venenoso. O gás não é perigoso ao inalar, uma vez que o conteúdo de oxigénio
é bastante alto. Em princípio pode-se inalar sem perigo uma mistura de 80% de oxigénio e 20% de
SF6.
O SF6 é aproximadamente 6 vezes mais pesado do que o ar.
1) No disjuntor a dupla pressão, em uma operação de abertura, quando o contato móvel inicia
o seu afastamento do contato fixo, a válvula de sopro é aberta e um forte sopro de gás é
dirigido contra o arco, esfriando-o, desionizando-o e acabando por extinguí-lo.
A válvula de sopro é, em seguida, fechada e o compressor transfere o excesso de gás da
câmara para o reservatório de alta pressão, através de filtros de alumina (Al2 O3 ), que
retiram do gás os produtos de sua decomposição e os resíduos formados pela ação do arco
sobre os contatos.
Para as redes com tensões nominais de 420kV e acima, é de extrema Importância obter-se
tempos de interrupção bastante curtos para grandes correntes de curto – circuito,
tendo-se em vista a estabilidade da rede e a carga dos geradores, que estão alimentando o
curto – circuito.
Para isto especificam-se, geralmente, os chamados disjuntores de 2ciclos (“Two – cycle
breakers), ou seja, disjuntores, que manobram com a rapidez e eficiência suficientes
para cortar correntes de curto – circuito em apenas 2ciclos, o que significa 40ms para redes
de 50Hz e 33,33ms para redes de 60Hz
Nestes disjuntores o gás está num sistema fechado com pressão única de 6 a 8bar,
conforme o tipo.
O diferencial de pressão, sempre necessário nos disjuntores de meio gasoso para criar um
fluxo de gás sobre o arco.
Ou seja:
Para realizar os ensaios deve desconsiderar os barramentos, elementos de fixação, pois
esta resistência pode-se somar a resistência do contato sendo medido podendo levar a
valores acima do máximo aceitável.
Portanto a garra do instrumento utilizado deve estar mais próximo possível do contato ou conjunto
que forma ao contato a ser ensaiado.
Atuação dos disjuntores de AT, MT e BT podem acorrer pela atuação das proteções físicas e/ou
por inter-travamentos elétricos de chaves seccionadoras (micro switch) embora sua principal
função seja atuar com as correntes de carga e curto circuito.
ENSAIOS DE ROTINA
Ensaios de rotina Disjuntores BT
a) Confirmar se dispositivo esta desenergizado e executar a limpeza interna (retirando a tampa
frotal), externa e dos contatos.
b) Após concluído limpeza, com a abertura da tampa frontal efetuar a lubrificação do
mecanismo, cuidado lubrificação excessiva nas bobinas e possíveis embreagens.
c) Efetuar fechamento e abertura do dispositivo manualmente e com inspeção visual.
d) Ensaio de resistência ôhmica de contato com disjuntor fechado.
e) Máximo aceitável é de 300μΩ – todos os modelos.
Equipamento alvo
Em uma subestação existem disjuntores com diferentes níveis de manobra. Há uma tendência
natural das equipes técnicas em identificar como alvo da manutenção os disjuntores
frequentemente manobrados, pois, tendem a apresentar maior desgaste mecânico e dos contatos,
deixando os disjuntores de menor atividade, relegados a segundo plano.
Conclui-se, assim, que devem ser alvo de manutenções programadas tanto os disjuntores
frequentemente manobrados como os que repousam ligados ou não (e os reservas).
Inspeções Básica
São itens básicos a serem observados durante a manutenção preventiva:
- Limpeza geral do equipamento
- Substituição do liquido isolante após período longo periodo ou quantidade de manobras
- completar nível do liquido isolante se analisado como suficiente
- Lubrificação dos pontos de articulação
- Reaperto de conexões elétricas
- Ajuste e limpeza dos contatos principais, corta-arcos e pinças, com ênfase na verificação da
qualidade das pastilhas
- Lubrificação e regulagem do mecanismo de acionamento, com ênfase na inspeção das molas de
abertura e fechamento
Inspeção e testes do circuito de acionamento (bobinas e motor de carregamento de mola)
- Inspeção e testes do circuito de sinalização (contatos auxiliares)
Falta de manutenção
A falta de manutenção pode acarretar desde pequenos problemas de acionamento até a perda
total de uma subestação.
CHAVES SECCIONADORAS
São dispositivos destinados a realizar manobras de seccionar e isolar um circuito elétrico. Em
condições normais e com seus contatos fechados, elas devem manter a condução de sua corrente
nominal, inclusive de curtocircuito até a abertura do disjuntor, sem sobreaquecimento.
Basicamente a seccionadora é uma extensão do condutor que, se desloca quando acionado,
abrindo e fechando através dos contatos fixo e móvel.
Normalmente em média tensão seu controle é manual através de alavanca ou bastão.
Conforme norma ABNT NBR 14039, os fusíveis da chave seccionadora não devem estar
fixados com base no contato móvel.
Este equipamento de seccionamento sem carga deve, conforme descrito na norma
paragrafo 6.3.6.1.7, ter indicação visível: “ ESTA CHAVE NÃO DEVE SER MANOBRADA EM
CARGA”.
Esse tipo de seccionadora pode, também, operar com fusíveis (fase a fase) que, quando queimam,
provocam o acionamento de um disparador (espoleta) que, por sua vez, aciona o dispositivo de
abertura da chave, seccionando o circuito.
Mecanismo de operação
Podemos definir mecanismo de operação como sendo um subconjunto que possibilita a operação
mecânica da seccionadora, quando das manobras de abertura e fechamento.
O mecanismo de operação das chaves seccionadoras possui, de forma geral, o mesmo princípio
de funcionamento e pouca variação de detalhes construtivos em razão dos vários fabricantes.
Em geral, as chaves seccionadoras de média tensão, possuem dispositivo de bloqueio
dotado de fechaduras (bloqueio KIRK), que impede a operação do mecanismo e
consequentemente a manobra da seccionadora, sem a necessária observância dos
procedimentos de segurança.
Em instalações onde a chave seccionadora está localizada próxima do disjuntor (em geral
de 3 a 5m) aplica-se usualmente a seccionadora seca, visto que o próprio disjuntor desempenha a
função de proteção contra sobrecorrentes.
Nas instalações onde se dispõe o disjuntor distante da seccionadora (em geral acima de 5m),
recomenda-se a utilização de seccionadoras com fusíveis para proteção, inclusive dos cabos
condutores e, até mesmo, para melhoria da seletividade.
As chaves seccionadoras que operam sem carga são, em geral, dispostas entre disjuntores
e para isolação dos circuitos. Utiliza-se, normalmente, a chave seccionadora sob carga em
circuito de alimentação de transformadores de pequeno porte.
Inspeção - Conceito
Exame visual periódico das características principais da seccionadora em serviço, sem qualquer
espécie de desmontagem.
Este exame é geralmente feito, observando-se a conexão dos contatos e a poluição das partes
isolantes, compreendendo também as operações de lubrificação e limpeza das partes que podem
ser acessadas com a seccionadora em serviço.
As constatações feitas durante uma inspeção deverão instruir relatório técnico e podem indicar a
necessidade de manutenção preventiva e/ou corretiva.
Manutenção
As manutenções podem ser: preditiva, preventiva e corretiva
Equipamento alvo
Há uma tendência natural das equipes técnicas em identificar como alvo da manutenção
equipamentos frequentemente manobrados, pois, tendem a apresentar maior desgaste mecânico e
dos contatos. Assim como os disjuntores por estarem em repouso e sem manutenção durante
um longo período, também estão sujeitas às seguintes situações:
1) Emperramento do mecanismo de operação devido a:
- Acúmulo de poeira;
- Umidade;
- Fadiga das molas;
- Lubrificação ressecada;
- Acionamento travado
2) Oxidação dos contatos ocasionando aumento em sua resistência ôhmica.
3) Baixa isolação provocada por acúmulo de poeira e absorção de umidade.
Conclui-se, assim, que devem ser alvo de manutenções programadas tanto as seccionadoras
frequentemente manobradas como as que repousam ligadas ou não (e as de reservas). Falta de
manutenção A falta de manutenção pode acarretar desde pequenos problemas de acionamento até
a perda total de uma subestação.
Manutenção Preventiva
Parte das operações de inspeção e revisão, compreendendo a substituição de peças que tenham
atingido ou ultrapassado os limites de desgaste estabelecidos, com exceção da substituição de
peças devido a uma falha ou defeito;
Esse tipo de manutenção visa manter o funcionamento satisfatório da seccionadora e prevenir
contra possíveis ocorrências que acarretem a sua indisponibilidade.
Ensaios de rotina:
- Limpeza geral do equipamento
- Lubrificação dos pontos de articulação
- Reaperto das conexões elétricas
- Ajuste e limpeza dos contatos fixos e móveis, com ênfase na verificação de desgastes
- Lubrificação e regulagem do mecanismo de acionamento
- Inspeção e testes do circuito de sinalização (contatos auxiliares)
- Inspeção, limpeza e verificação da continuidade dos fusíveis
- Inspeção, limpeza e lubrificação do bloqueio KIRK
- Realização dos ensaios elétricos Resistência ôhmica dos contatos Resistência ôhmica da
isolação dos contatos principais
-Testes operacionais
- resistência ôhmica de contato , máximo admissível é 400 μΩ.
Não é ideal uso de graxa cobreada nos contatos com intensão de melhorar o contato, por esta
graxa com o tempo ressecar e gerar pontos de sobreaquecimento.
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
Instrução de Trabalho – ITM 19 (resumo)
MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DE CONTATO
VALORES DE NORMA
Val Valor
Tipícos
Unid Equip or Valor
MAXIM
ENSAIO Marca/Tipo MI MAXIM
O
. . NI O
MO
1 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJBT Todos 300 300
2 Resistencia Ohmica de Contato µΩ SECBT Todos 400
3 Resistencia Ohmica de Contato µΩ SECMT Todos 400
4 Resistencia Ohmica de Contato µΩ SECAT Todos 400
5 Resistencia Ohmica de Contato µΩ SECAT ABB SEF 24.12.25 70
6 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ASEA HLD 145/1200 B 200
7 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT AEG 40/200 100
8 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT AEG DKU 100
9 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT AEG DSF 200
10 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT AEG MC 5012/24 100
11 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ALSTHOM F-219 400
12 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ALSTHOM HJ 15-19-B 70
13 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ALSTHOM HJ 15-19-A 250
14 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ALSTHOM HJO 1131 250
15 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ALSTHOM HPE 9-10 250
16 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT ALSTHOM HJO 113 300
17 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DB-20 - K400, M600, N1000 70
18 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DB-20 - K4000 80
19 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DCF 150 200
20 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DCF 180 70
21 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DCVF 170 M4 200
22 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DCVF 80 70
23 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DLF 145 60
24 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DLGF 145 60
25 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC S - 20K 400 150
26 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DB 20M 400 80
27 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DLF 245N C2 60
28 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BBC DLGF 245 NC2 60
29 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT BEGHIM - TODOS 200
30 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT COEMSA ORE 15 130
31 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT COEMSA ORE 20 130
32 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT COEMSA IOCI 24 300
33 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT DASA BNR 4 N -3 250
34 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT DELLE ALSTHOM HL 6-9 35
35 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO IOCI 15 150
36 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO OC 15 300
37 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO OE 30 500
38 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO ORE 30 500
39 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO IAD 2145 100
40 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO OCED 150 PL 600
41 Resistencia Ohmica de Contato µΩ DJMT GALILEO OCERF 72 250
BIBLIOGRAFIA:
http://gcmmel.com.br/pdf/apostila%20manutencao%20de%20subestacao.pdf
http://www.abraman.org.br/Arquivos/32/32.pdf
http://www.abraman.org.br/arquivos/34/34.pdf
http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php
http://www.dee.ufrn.br/~joao/manut/12%20-%20Cap%EDtulo%2010.pdf
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3474/1/CT_CEEST_XXVII_2014_12.pdf
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10005170.pdf
http://www.abntcatalogo.com.br/default.aspx
Instruções de trabalho:
Aguardando homologação do controle de qualidade.
Dados da apostila:
10.1 Setor: DEMEL
10.2 Treinamento: Resistência Ôhmica de contato
10.3 Objetivo: Nivelar conhecimento
10.4 Foco: Qualidade na prestação de serviços -
10.5 Elaborado por: Fabiano Villan (03/2016)
10.6 Revisado por: (00/2016)
10.7 Aprovado por: (00/2016)
10.8 Ultima revisão: (00/2016)