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LEGISLAÇÃO:

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Profª Aline Guarato da Cunha Bragato

Email: alineguarato_04@msn.com
SUMÁRIO

1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL


2. DETERMINANTES SOCAIS DA SAÚDE
3. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
4. LEI ORGÂNICA 8.080/1990
5. DECRETO 7.508/2011
6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
7. CONTROLE SOCIAL DO SUS, LEI ORGÂNICA 8.142/1990
8. RESOLUÇÃO 453/2012 DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

o Antes da instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde no Brasil


pertencia apenas aos trabalhadores de carteira assinada;
o Para caracterizar os acontecimentos relacionados à saúde, o Brasil foi dividido
em períodos.

1. Brasil colônia (1500-1822)


Pajés
o Doença era vista como castigo ou aprovação de Deus

o Para “neutralizar” a figura dos Pajés Padres Jesuítas

o População nativa, população estrangeira, desmatamento IST’s e pestes

Formular
medicações Catequese

o Surgem os físicos e cirurgiões barbeiros;


o 1543: Santa Casa de Misericórdia em Santos que desenvolvia atividades
assistenciais não curativas;
o 1549: Santa Casa de Misericórdia em Salvador;
o 1808: chegada da família real no Brasil: introdução da política médica cujo
objetivo era vigiar/controlar o aparecimento de epidemias;
o 1º Modelo Campanhista/Sanitarista que tinha como objetivo: acabar com a
cadeia de transmissão das doenças;
o Teoria Miasmática;

Conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefação nos solos e


lençois freáticos contaminados eram responsáveis pela disseminação das doenças,
principal veículo de disseminação: AR

3
o Havia medidas de profilaxia, como por exemplo:
 Demarcação de ruas;
 Rede de esgoto e água; Não havia medidas
de promoção
 Organização de cemitérios;
 Aterro de pântanos.

o Visão de que: circulação de pessoas e mercadorias nos portos era a causa de


doenças;
o 1810: Alvará de 22/01: criação de um lazareto para quarentena dos escravos
portadores de moléstias epidêmicas.

2. Brasil Império (1822-1889)


o Inicio das ações de combate às doenças transmissíveis => Poder de
POLÍCIA;
o Era bacteriológica (Louis Pasteur);
o Teoria da Unicausalidade: micro-organismo era o único causador de doença.

Ações de combate à
Descoberta dos Descoberta da
doenças
micro-organismos vacina contra varíola
transmissíveis

3. República Velha (1889-1930)

o Planejamento urbano das cidades;


o Alge da bacteriologia;
o Instituição da medicina higienista = Modelo Sanitarista;

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o Altos índices de casos de: cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola e
tuberculose, hanseníase, febre tifóide;
o Adoção de medidas jurídicas impositivas:

Notificação de Vacinação Vigilância


o sanitária
doenças obrigatória

o Oswaldo Cruz: nomeado diretor do Departamento Federal de Saúde Pública,


cuja função era de erradicar a FEBRE AMARELA;
o Surge o Modelo Campanhista: LEI FEDERAL 1261/1904 VACINA ANTI-
VARÍOLA => Revolta da Vacina;
o 1920: Carlos Chagas substitui Oswaldo Cruz:
 Restruturação o Departamento Nacional de Saúde a partir da Propaganda e
Educação Sanitária;
 Criação de órgãos especializados: tuberculose, hanseníase e doenças venéreas.
o Expansão das atividades de saneamento para outros estados (que não tinham
portos);
o 1923: Brasil realiza convênio com a Fundação Rockefeller: garantir a
implantação de programas para erradicar as endemias;
o Lei Eloy Chaves: criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP):
 Marco inicial da previdência social no Brasil;
 Assistência Médica Previdenciária;
 Financiamento bipartite: empresa e trabalhador;
 Sistema de saúde EXCLUDENTE, apenas para os trabalhadores de grandes
EMPRESAS.

4. Era Vargas (1930-1964)

o 1930: criação do Ministério da Educação e Saúde (MESP) e Sistema Nacional


de Saúde;
o 1933: Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAP) => organiza os trabalhadores
em CATEGORIAS PROFISSIONAIS.

5
1933: IAP marítimos

1936: IAP comerciários e


bancários

o Financiamento tripartite: trabalhadores, empresa e governo;


o IAP garantia:
 Aposentadoria;
 Pensão em caso de morte para seus dependentes;
 Assistência médica e hospitalar.

o 1953: Dissociação do MESP => instituição do Ministério da Saúde e


Ministério da Educação;
o 1946: Ações específicas verticais de saúde pública:

Pré-natal Vacinação Puericultura

Doenças sexualmente
Tuberculose Hanseníase
transmissíveis

1. Autoritarismo (1964-1985)

o Início dos movimentos sociais;


o 1966: ocorre a unificação do IAP em: Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS);
o 1977: criação do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social
(INAMPS) => assistência médica centrada em procedimentos e doenças;

6
o Financiamento tripartite: trabalhador, empresa e governo.
o 1970: Movimento da Reforma Sanitária;
o 1978: Conferência Internacional de Alma Ata:
 Ocorreu na União Soviética, antigo Casaquistão;
 Cuidados primários em saúde, união dos países desenvolvidos para
incremento de tecnologias leves e leves e duras;
o 1983/84: criação das Ações Integradas de Saúde (AIS).

5. Nova República (1985-1988)


o Fortalecimento do movimento da Reforma Sanitária;
o 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde:
 Início da descentralização das ações de saúde para estados e municípios;
 Caráter democrático e dinâmica processual;
 “Saúde para todos no ano de 2000”.
o 1988: Institui o SUS a partir da Constituição Federal de 1988;
o Extinto o INAMPS;
o 1987/89: criação do Sistema Único de Saúde Descentralizado (SUDS) =>
estratégia ponte ou municipalizadora.

 Saúde pública=> MESP


 Medicina previdenciária=> Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio

SUS:
INAMPS 1988-
: 1977- atualmen
INSP: 1993 te
1966-
IAP: 1977
1933-
1966
CAP:
1923-
1933

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Observações:

 Norma Operacional Básica (NOB) 91: dificulta o processo de financiamento e


descentralização do SUS, favorecendo a iniciativa privada.

 NOB 92: mantém o INAMPS como órgão responsável pelo repasse de recursos
financeiros aos municípios e estados, ou seja, continuou utilizando o instrumento
convenial.

 NOB 93: organização para repasse de recursos e transferência de poder para estados
e municípios.
 Bandeira de luta: “a municipalização é o caminho” 9ª Conferência Nacional
de Saúde.
 Cria a transferência regular e automática do teto global da assistência para
municípios e em gestão semiplena (habilita os municipios como gestores).
 São instituidas as Comissões Intergestores Tripartite e Bipartite.

 NOB 96: ênfase na municipalização, financiamento e mecanismo de gestão do SUS.


 Fortalece a CIT e CIB, cria o piso da atenção básica.
 Definiu o papel e a responsabilidade de cada esfera de governo na construção do
SUS.

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Questões:

1. (UFS/Resid.Multi/2015) Dentre os documentos de referência resultantes do


processo de discussão e construção coletiva sobre os conceitos fundamentais
abordados no contexto da atenção primária e da promoção da saúde, aquele que se
tornou referência para as Conferências Internacionais de Promoção da Saúde, foi:
a) Declaração do México.
b) Declaração de Alma-Ata.
c) Declaração de Adelaide.
d) Declaração de Jacarta.
e) Carta de Ottawa.

2. (UFGD/Resid.Multi/2013) Leia o texto a seguir.

“O Movimento da Reforma Sanitária surgiu no início dos anos 1960 da indignação de


setores técnicos e intelectuais como o quadro da Saúde no Brasil. Um marco histórico
da luta desse movimento se deu com a 8ª Conferência Nacional de Saúde,
acontecimento que incluiu a sociedade civil organizada no processo de construção de
um novo ideário para a saúde”

O conceito de “saúde” sustentado pela Reforma Sanitária tem como diretriz:

a) Ratificar a qualidade de vida como uma conquista histórica da capacidade de


criar e manter uma vida digna; o acesso à moradia, transporte, trabalho, lazer e
alimentação, que permitam o desenvolvimento integral do sujeito; a educação de
qualidade, que inclui todos numa sociedade mais equânime.
b) Permitir o funcionamento do organismo dentro da excelência de suas
possibilidades, o bem estar social e integridade psíquica.
c) Combater às epidemias históricas do país, como a esquistossomose, a febre
amarela e a dengue que afetam as populações trabalhadoras e menos
privilegiadas economicamente.
d) Desospitalizar e desinstitucionalizar as ações de Saúde, compreendendo que as
formas de tratamento da Hanseníase, da Tuberculose e dos Transtornos Mentais,
bem como a Atenção à Saúde da população excluída dos quadros do trabalho
formal compunham um projeto eugenista.

9
e) Controlar a saúde de toda a população, por meio dos mecanismos de vigilância
sanitária, vigilância epidemiológica e dos dispositivos da Atenção Básica, na
prevenção e promoção da Saúde.

3. (IADES/EBSERHHU-UFAM/2014) Em 1933, foi criado o Instituto de


Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM). Em relação a esse assunto,
assinale a alternativa que indica um dos benefícios assegurados aos associados
desse instituto:
a) Adicional insalubridade e para trabalhos noturnos.
b) Assistência medica e hospitalar, com internação até 30 dias.
c) Pensão em caso de morte ou invalidez permanente, tendo o empregador como
beneficiário.
d) Socorros farmacêuticos gratuitos.
e) Pagamento de 13º salário para todos os trabalhadores.

4. (CESPE/Pref. Vitória/2007) Acerca dos diversos momentos que delinearam a


política de saúde no Brasil, assinale a opção correta.
a) Historicamente, no Brasil, o Ministério da Saúde responsabilizou-se totalmente
pelos problemas de saúde, tanto sob o aspecto preventivo quanto de assistência
médica
b) Na virada dos anos 70 para os anos 80 do século passado, com o fim do regime
militar, observa-se uma alteração nas políticas sociais com o objetivo de garantir
o apoio das classes médias que passaram a ser atendidas pelas instituições de
saúde do Estado
c) O movimento sanitário, que deu origem a Reforma Sanitária Brasileira, iniciou-
se nos anos 70, por um grupo de trabalhadores, na época ligados às comunidades
eclesiais de base e ao Partido dos Trabalhadores.
d) Implantado no Brasil em 1964, o regime burocrático-autoritário determinou um
modelo de assistência a saúde que privilegiava as ações de saúde comunitária e
pública
e) Na Constituição de 1988, no campo das políticas sociais, a saúde foi a área que
mais sofreu transformações, como a democratização do poder local que, por
meio dos conselhos de saúde, estabeleceu novos mecanismos de gestão

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5. A VII Conferência Nacional de Saúde (1986) criou a base para as propostas de
reestruturação do sistema de saúde brasileiro e moldou as diretrizes do SUS.
Assinale a alternativa que se refere a uma diretriz que fundamenta corretamente o
SUS
a) Atendimento integral, com prioridade as ações preventivas, sem prejuízo das
ações assistenciais
b) Centralização, objetivando o aproveitamento máximo dos recursos existentes e o
bem-estar social
c) Atendimento especializado, considerando o tratamento especializado das
enfermidades do paciente
d) Decisão profissional, eliminando a existência de variáveis como a comunidade
na tomada de decisões
e) Lógica de decisões, agilizando a tomada de decisões e a centralização do
atendimento, objetivando o bem-estar social

6. (CESPE/2016) Pela legislação do SUS, o Estado tem o papel de prover cuidados


de saúde para a população que não tem poder de compra, devendo estimular na
população de maior poder aquisitivo a aquisição de serviços no sistema de saúde
suplementar.

7. No modelo de saúde anterior ao SUS, as principais características eram


centralização político-administrativa e a tomada de decisões a cargo da
tecnoburocracia, sema participação popular direta.

8. O principal objetivo da reforça sanitária brasileira foi mudar as regras relativas aos
benefícios da previdência social, mudança que resultou na criação do Instituto
Nacional da Previdência Social.

9. O direito à saúde no Brasil, que se restringia aos trabalhadores segurados pela


previdência social, estendeu-se a todas as pessoas, a partir da criação do SUS,
tornando-se um direito assegurado pelo Estado.

11
10. Antes da criação do SUS, um cidadão sem carteira de trabalho assinada não tinha
acesso a serviços públicos de saúde, exceto em condições de emergência médica.

11. A Constituição buscou romper, no Brasil, com o tipo de acesso aos serviços
públicos de saúde condicionado à situação de trabalho do usuário.

2. DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

Estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também podem ser
considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco a
população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego.

o Sentido ampliado de saúde (Constituição Federal 1988/Artigo 196);


o Relacionam com ausência de políticas de saúde ou má implantação;
o Fogem da governabilidade do indivíduo;
o Iniquidade social (trata TODOS de forma IGUAL) é o oposto da equidade;
o Iniquidade é diferente de desigualdade.

Evolução do Processo de Saúde e Doença na história da humanidade

12
1ª Fase:
Magia ou
aspectos
sociais

2ª Fase:
4ª Fase: Fatores
Abordagem fisico,
multicausal quimícos ou
"miasmas"

3ªFase:
Biológica ou
microbiológi
ca

o Principais condicionantes e determinantes da saúde (Lei Nº 8.080/1990)


 Alimentação;
 Meio ambiente;
 Transporte;
 Moradia;
 Trabalho e renda;
 Lazer;
 Saneamento básico;
 Educação;
 Acesso aos bens e serviços assistenciais.

Determinantes Sociais da Saúde (DSS), segundo OMS:

 Determinantes estruturais: são exemplos à distribuição de renda, a discriminação


e a existência de estruturas políticas ou de governança que reforcem ao invés de
reduzir as iniquidades relativas ao poderio econômico;

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 Determinantes Intermediários: são exemplos às condições de moradia e
psicossociais, fatores comportamentais e biológicos, além do próprio sistema de
saúde.

Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS


são os fatores que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de
risco na população.

 Principais fatores:

Culturais

Comportam
Econômicos
entais

Étnicos/Rac
Sociais
iais

Psicológicos

Modelo de Dahlgren e Whitehead

 Esse modelo inclui os DSS em diferentes camadas, desde uma camada mais
próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se situam os
macrodeterminantes;
 O modelo não pretende explicar com detalhes as relações e mediações entre os
diversos níveis e a gênese das iniquidades, apesar de ser distribuído em
camadas.

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 Os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de
idade, sexo e fatores genéticos que exercem influencia sobre seu potencial e
condições de vida (DETERMINATES PROXIMAIS);
 A camada imediatamente externa aparece o comportamento e os estilos de vida
individuais (MICRODETERMINATES);
 A camada seguinte destaca a influencia das redes comunitárias e de apoio, cuja
maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que é de fundamental
importância para a saúde da sociedade como um todo (BARREIRA);
 No próximo nível estão representados os fatores relacionados à condição de vida
e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços
essenciais, como saúde e educação (DETERMINANTES
INTERMEDIÁRIOS);
 No último nível estão situados os MACRODETERMINATES, relacionados às
condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem
grande influencia sobre as demais camadas.

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1ª Camada 2ª Camada 3ª Camada

• Caracteristica • Comportamen • Influência das


s individuais to e os estilos redes
de vida comunitárias
individuais de apoio

4ª Camada 5ª Camada

• Fatores • Macrodeterminates
relacionados a
condições de vida e
trabalho

Questão:

1. (UFPI/EBSERH/IADES/2013) Quanto aos Determinantes Sociais de Saúde (DSS),


assinale a alternativa incorreta:
a) O combate as iniquidades devem ser prioritariamente realizado mediante ações
emergenciais e somente quando ocorrem epidemias.
b) A importância cada vez maior dos DSS está no fato de que, atualmente, o
conceito de saúde não se restringe apenas à ausência de doenças e males físicos,
mas também a diversos fatores de ordem social, econômico e cultural.
c) Estudar os DSS é fundamental para a criação de políticas e diretrizes com vistas
à melhoria das condições de saúde da população.
d) Estudos e politicas sobre DSS contribuem para promover uma tomada de
consciência com referências às iniquidades de saúde que ainda persistem na
sociedade.
e) Os DSS representam os fatores sociais relacionados ao nosso cotidiano que
podem influenciar a nossa saúde.

2. O modelo de Dahlgrem e Whitehead dispõe os determinantes sociais de saúde em


diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência , desde uma camada mais
próxima aos determinantes individuais até a camada mais distal, em que se situam:

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a) Condições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade
b) Redes sociais e comunitárias
c) Fatores étnicos e genéticos
d) Condições de vida e trabalho
e) Comportamento e estilo de vida individual

(CESPE/2018/EBSERH) Acerca dos fatores sociais que determinam a saúde do


indivíduo e das populações, julgue os itens que se seguem.

29 As iniquidades em saúde são as desigualdades de saúde entre grupos populacionais,


que são injustas e desnecessárias.

30 Pode-se explicar a saúde de determinada população com base nos resultados


apresentados por indivíduos, uma vez que fatores individuais são reflexos da saúde da
coletividade.

31 Sociedades mais desenvolvidas economicamente demonstram necessariamente


melhor índice de saúde que sociedades menos desenvolvidas

3. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

 Lei Federal;
 Artigos: 194 ao 200;
 Institui o SUS;
 Adoção dos princípios e
diretrizes do SUS;
 Determina a estrutura do
sistema de saúde.

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa


dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social.

17
INFERINDO!

Seguridade social

Corresponde a um conjunto
Ordem Social
INTEGRADO DE AÇÕES
(Título VIII)
 Assistência social;
 Previdência social;
 Saúde.

Educação, Cultura e Desporto; Ciência e Tecnologia; Comunicação Social; Meio


Ambiente; Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso; Índios.

o A seguridade social é FORMADA: Poder Público (Estado) e sociedade;


o A seguridade social é ORGANIZADA: Poder Público.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade
social, com base nos seguintes objetivos:

I- Universalidade da cobertura e do atendimento;


II- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações
urbanas e rurais;
III- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV- Irredutibilidade do valor dos benefícios;
V- Equidade na forma de participação no custeio;
VI- Diversidade da base de financiamento;
VII- Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação da comunidade, em especial de
trabalhadores, empresários e aposentados.

INFERINDO!

18
Uniformidade e
Universalidade da equivalência dos Seletividade e
cobertura e do benefícios e serviços às distributividade na
atendimento populações urbanas e prestação dos benefícios
rurais e serviços

Irredutibilidade do valor Equidade na forma de Diversidade da base de


dos benefícios participação no custeio financiamento

Caráter democrático e
descentralizado da
administração, gestão
quadripartite

Artigo 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das seguintes
contribuições sociais:

I- Dos empregados, incidentes sobre a folha de salários, o faturamento e o


lucro;
II- Dos trabalhadores;
III- Sobre a receita de concursos de prognósticos;
IV- Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
equiparar.

§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à


seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento
da União.

§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada


pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada
a cada área a gestão de seus recursos.

19
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido
em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios. B

§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão


da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou


estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes


de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

§8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador


artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime
de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade
social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.

§9º As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou
bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização
intensiva de mão de obra.

INFERINDO!

I- do EMPREGADOR, incidentes sobre:


a) a folha de salários;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro.

II- do TRABALHADOR e dos demais segurados da previdência social, não


incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo
regime de previdência social;
III- sobre a RECEITA de CONCURSOS de PROGNÓSTICOS (loterias);
IV- do IMPORTADOR de BENS ou SERVIÇOS do EXTERIOR, ou de
quem a leia ele equiparar.

Artigo 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao

20
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e
recuperação.

INFERINDO!

Saúde Políticas Ações


especificas em
saúde

• Direito de • Econômicas; • PROmoção;


TODOS; • PROteção;
• Socias.
• Dever do • REcuperação.
ESTADO.

Acesso UNIVERSAL e IGUALITÁRIO!

Artigo 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.

INFERINDO!

Estado
Ações e serviços de saúde
Regulamentação;
Execução
Fiscalização; Relevancia pública.
Controle. Ação direta;
Através de terceiros;
Pessoa física ou
jurídica de direito
PRIVADO.

21
Artigo 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:

I- descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


II- atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III- participação da comunidade.

§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em


ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de
percentuais calculados sobre:

I- no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício


financeiro, não podendo ser inferior a 15%;
II- no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos
impostos a que se refere o art.155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e
159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos respectivos Municípios;
III- no caso dos Municipios e Distrito Federal, o produto da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e
159, inciso I, alínea b e § 3º.

§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos,
estabelecerá:

I- os percentuais de que tratam os incisos II e o III do § 2º;


II- os critérios de rateio dos recursos da União vinculado à saúde destinados aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a
seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das
disparidades regionais;

22
III- as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas
esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV- as normas de calculo do montante a ser aplicado pela União.

§4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes


comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo
seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e
requisitos específicos para sua atuação.

§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades


de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias.

§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da


Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente
comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo
em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu
exercício.

INFERINDO!

Atendimento integral, com prioridade as atividades


preventivas, sem prejuízo as atividades assistenciais;
Diretrizes do
SUS Descentralização, com direção única em cada esfera de
governo;

Participação da comunidade;

Rede regionalizada e hierarquizada constituindo uma rede


de serviços com sistema único.

União: 15% da receita corrente líquida do respectivo


exercício financeiro;
Recursos
Mínimos para a
Estados: 12% da receita de impostos de sua competência;
Saúde

Municípios: 15% da receita de impostos de sua


competência;

23
Distrito Federal: 12% e 15% das receitas de impostos de
competência estadual e municipal, respectivamente.
o Recursos destinados para o financiamento da saúde: Recursos do orçamento da
seguridade social + Recursos dos entes federativos + Outras fontes.

Agente
Comunitário
de Saúde
União auxlia
(ACS) e Seleção
Piso salarial os demais
Agente de Pública
entes
Combate às
Endemias
(ACE)

Artigo 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema


único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou
convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às


instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na


assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos,


tecido e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como
a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo
de comercialização.

INFERINDO!

o Todos podem exercer saúde;


o As instituições privadas podem participar do SUS de forma COMPLEMENTAR
tendo preferência os HOSPITAIS FILANTRÓPICOS e os aqueles SEM FINS
LUCRATIVOS;
o É proibida a participação de direta ou indireta de empresas ou capitais
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei;
o ATENÇÃO: Lei 13.097/2015;
o Proibido a comercialização de tecidos, órgãos, sague e derivados.

24
Artigo 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos
da lei:

I- Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse


para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II- Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
III- Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV- Participar da formulação de políticas e da execução das ações de saneamento
básico;
V- Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e
tecnológico;
VI- Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII- Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII- Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Questões:

(CESPE-2013-ANS) De acordo com a Constituição Federal (CF) de 1988, julgue o item


que se segue a respeito da participação de empresas privadas no SUS.

1. É vedada qualquer participação de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à


saúde no país.

(CESPE-2009-FHS/SE) Com relação ao sistema de saúde brasileiro e seu arcabouço


legal, julgue o item a seguir.

2. O capítulo da seguridade social da Constituição Federal de 1988 trata do direito à


saúde, já seguridade social compreende um conjunto integrado de ações, que tem
como fim assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social.

25
3. O texto da CF dispõe sobre a contratação de agentes comunitários de saúde e de
combate às endemias, estabelecendo entre outras coisas, que a contratação desses
agentes poderá ser feita pelos gestores locais do SUS, por meio de processo seletivo
público.

4. (CESPE-2008-MS) De acordo com o texto constitucional, as ações e os serviços


públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada que constitui um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: atendimento
integral: priorizando às atividades assistenciais; descentralização com direção dupla
na esfera municipal, a partir de parcerias estabelecidas entre estados e municípios;
participação da comunidade.

5. (CESPE-2008-FHS/SE) É vedado qualquer tipo de comercialização, no que


concerne às condições e aos requisitos para a remoção de substâncias, órgãos e
tecidos humanos, para fins de transplante, pesquisa e tratamento.

(CESPE-2005-SESPA) A seguridade social compreende um conjunto integrado de


ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinados a assegurar os
direitos relativos à saúde. Com respeito a essa rede de proteção social, julgue os itens a
seguir:

6. Um dos objetivos da seguridade social é a garantia da universalidade do


atendimento de saúde.

7. Na legislação brasileira as ações e os serviços de saúde não são considerados de


relevância pública.

8. Segundo a Constituição Federal, as políticas econômicas devem garantir redução de


riscos de agravos à saúde.

(CESPE-2016-TCE-PA) Com relação ao SUS, julgue o próximo item:

9. As políticas de saúde vigentes objetivam eximir o Estado da responsabilidade pela


saúde como um bem público e estabelecer que o indivíduo deva ser o provedor
principal dos serviços que impliquem atendimento na área da saúde.

26
(CESPE-2016/INSS) No que se refere à seguridade social do Brasil, julgue o item a
seguir:

10. A CF define a seguridade social como um conjunto integrado de ações de iniciativa


dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, previdência e assistência social.

11. (AOCP/EBSERH/UFS/2017) A respeito do financiamento da seguridade social, de


acordo com as disposições contidas na Constituição Federal, assinale a alternativa
correta.
a) A seguridade social será financiada apenas pelas contribuições sociais.
b) Sobre a receita de concursos de prognósticos não incide a contribuição social.
c) Incidirá contribuição social sobre a aposentadoria e a pensão concedidas pelo
regime geral de previdência social.
d) Em relação ao empregado, à empresa e à entidade a ela equiparada na forma da
lei, haverá incidência da contribuição social sobre a receita e faturamento, mas
não sobre o lucro.
e) Um dos contribuintes da contribuição social é o importador de bens ou serviços
do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

12. (Fundep/Centro Sul/2016) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo
com as seguintes diretrizes:
I. descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II. atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III. participação da comunidade.

De acordo com o Artigo 198 da Constituição Federal, estão corretas as seguintes


diretrizes:

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

27
d) I, II e III.

13. (UFMT/EBSERH/AOCP/2014) A Seguridade Social será financiada por toda a


sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais, EXCETO:

a) Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,


incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, desde que haja
vínculo empregatício.
b) Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a receita ou faturamento.
c) Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre o lucro.
d) Sobre a receita de concursos de prognósticos.
e) Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

14. (UFS/EBSERH/AOCP/2014) Sobre a Seguridade Social, analise as assertivas e


assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, os quais integrarão
o orçamento da União.
II. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como
estabelecido em lei, poderá contratar com o Poder Público, mas não poderá
dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
III. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado,
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
IV. São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas
em lei.
a) Apenas I, III e IV.
b) Apenas I, II e IV.
c) Apenas I e II.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.

28
15. (UFC/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a Constituição Federal, é incorreto
afirmar que:
a) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido
em lei, poderá contratar com o Poder Público e dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.
b) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento
da União.
c) A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada
pelos orgãos reponsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo
em vistas as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
d) A lei poderá instituir outras forntes destinadas a garantir a manutenção ou expansão
da seguridade social.
e) Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

16. (UFMG/EBSERH/AOCP/2014) As ações e serviços de saúde, executados pelo SUS,


seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão
organizados de forma:

a) Universalizada e independente dos níveis de complexidade.

b) Universalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

c) Universalizada e hierarquizada em níveis de complexidade decrescente.

d) Regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

e) Regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade decrescente.

17. (FHCG/CESPE/2005) Segundo o artigo 199 da Constituição Federal, a assistência


à saúde é livre à iniciativa privada. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.

29
a) O sistema de serviços de saúde no Brasil é composto de três subsistemas: o SUS, o
serviço de assistência médica suplementar e o sistema de desembolso direto, sendo
este considerado mais uma forma de pagamento que uma organização.
b) É vedada a participação, direta ou indireta, de capital estrangeiro ou de empresas na
assistência à saúde no país, mesmo quando estas prestem serviços de atendimento a
seus próprios funcionários.
c) A comercialização de órgãos, sangue e seus derivados exige o expresso
consentimento de doadores ou de familiares.
d) A destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a instituições
privadas com fins lucrativos somente é possível com o assentimento do Conselho
Nacional de Saúde.

18. (FHCG/CESPE/2005) As atribuições do SUS, estabelecidas no artigo 200 da


Constituição Federal, incluem

I incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico.

II fiscalizar bebidas e alimentos, compreendido o controle do teor nutricional, bem


como águas para o consumo humano.

III organizar e fiscalizar o atendimento da saúde suplementar.

IV ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde.

A quantidade de itens certos é igual a:

a) 1. b)2. c) 3. d) 4.

19. (UFMG/EBSERH/AOCP/2014) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.


Nos termos da Constituição Federal, ______ disporá sobre o regime jurídico, o piso
salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate
às endemias, competindo ________, nos termos da lei, prestar assistência financeira
complementar ______, para o cumprimento do referido piso salarial.
a) A lei federal/ à União/ aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
b) As leis estaduais/ aos Estados/ à União.
c) As leis municipais/ aos Municípios/ à União.
d) As leis estaduais e municipais/ aos Estados e Municípios/ à União.

30
e) O Ato do Poder Executivo/ à União/ aos Estados.

20. (Fundação HEMOMINAS-MG/IBFC/2013) Sobre o financiamento do SUS,


assinale a alternativa incorreta:
a) Estados e municípios devem investir em saúde, pelo menos 15% de sua receita.
b) A participação da iniciativa privada no SUS é permitida, mas apenas de modo
complementar.
c) Gastos com saneamento básico e aposentadoria de servidores da saúde não podem
ser incluídos pelos municípios como despesas em saúde.
d) Recursos da Previdência e Seguridade Social não são atualmente uma fonte de
financiamento do SUS.

21. (UFS/EBSERH/AOCP/2014) Considerando o que a Constituição Federal dispõe


sobre a saúde. Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


II. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS,
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, não
havendo preferências.
III. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
IV. Não é permitida, em qualquer hipótese, a participação direta ou indireta de
empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País.
a) Apenas I, III e IV.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e IV.
e) I, II, III e IV.

22. (HULW-UFPB/EBSERH/AOCP/2014) Analise as assertivas e assinale a alternativa


que aponta as corretas de acordo com o disposto sobre Seguridade Social na
Constituição Federal. Ao SUS compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei,

31
I. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse
para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos.
II. Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e
tecnológico.
III. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.
IV. Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III e IV.
d) Apenas I, II e III.
e) I, II, III e IV.

23. (HU-UFC/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com o art. 200 da Constituição Federal


que trata das atribuições do SUS, EXCETO
a) Participar da formulação da politica e da execução das ações de saneamento básico.
b) Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde.
c) Colaborar na proteção do meio ambiente, nele não compreendido o do trabalho.
d) Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico.
e) Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde
do trabalhador.

24. (Prefeitura de Salvador-BA/2011/CESGRANRIO) A Emenda Constitucional nº 29,


de 13 de setembro de 2000, estabeleceu a obrigatoriedade de União, Estados,
Municípios e Distrito Federal aplicarem, anualmente, em ações e serviços públicos
de saúde, recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados de
acordo com critérios previstos na Constituição da República. Caso algum município
brasileiro deixe de cumprir essa determinação constitucional, fia sujeito à:
a) Decretação de estado de defesa;
b) Decretação de estado de sítio;
c) Intervenção da União Federal;
d) Intervenção do Estado em cujo território se encontra localizado;

32
e) Sanção de suspensão de recebimento de imunidade tributária.

25. (AOCP/HUJB/2016) A saúde é direito de todos e dever do Estado. De acordo com a


Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

a) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, bimestralmente,


em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de
percentuais calculados, no caso dos Estados e do Distrito Federal, a receita corrente
líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze
por cento).
b) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, bimestralmente,
em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de
percentuais calculados, no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo
exercício financeiro, não podendo ser inferior a 10% (dez por cento).
c) A Lei Orgânica disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional,
as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos
termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
d) Os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus
respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades
regionais, serão dispostos através de Lei complementar, que será reavaliada pelo
menos a cada cinco anos.
e) As normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas
federal, estadual, distrital e municipal serão dispostos através de Lei ordinária, que
será reavaliada pelo menos a cada dez anos.

(CESPE-2018/EBSERH) Julgue os itens a seguir à luz do que dispõe a Constituição


Federal de 1988 sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
26. No texto constitucional, a saúde foi tratada separadamente da seguridade social, a
qual compreende a previdência e a assistência social.

33
4. LEI ORGÂNICA DA SAÚDE 8.080/1990

1. Disposições Gerais

Art. 1º a 4º

o A lei 8.080/90 dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação,


organização e funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências;
o Regula, em todo território nacional, as ações e serviços de saúde, executados,
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais
ou jurídicas de direito público ou PRIVADO;
o Saúde é direito fundamental do ser humano sendo responsabilidade do ESTADO
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

Acesso às ações e Políticas econômicas e Acesso universal e


serviços de saúde socias igualitário

Reduzir os riscos de
Promoção, proteção e Bem-estar físico, mental
denças e de outros
recuperação e social
agravos

o É dever do Estado garantir acesso às ações e serviços de saúde, mas não exclui o
das PESSOAS, FAMÍLIA, EMPRESA e SOCIEDADE;
o A saúde possui determinantes e condicionantes que relacionam-se com: a
ORGANIZAÇÃO SOCIAL E ECONÔMIA do País e esses auxiliam na avaliação
da saúde.

Alimentação, moradia, saneamento básico, meio


ambiente, trabalho, renda, educação, atividade física,
transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais. 34
O que é o SUS?

 É um conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições da


administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público;
OU
 O SUS é formado por instituições federais, estaduais e municipais que prestam
serviços de atenção à saúde de forma direta, indireta e há participação da iniciativa
privada de caráter COMPLEMENTAR, tempo prioridade as instituições
filantrópicas e as entidades sem fins lucrativos;
 Estão incluídas as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle
de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue,
hemoderivados e equipamentos para a saúde.

2. Objetivos e atribuições do SUS

Art. 5º a 6º

Objetivos do SUS:

1. Identificar e divulgar os fatores determinantes e condicionantes de saúde;

Planejamento das ações de saúde

2. Formulação de políticas de saúde no sentido ampliado;

Políticas econômicas e sociais

3. Executar as ações e serviços de saúde de forma organizada;

Ações preventivas e assistenciais

35
Artº 6. Campo de atuação do SUS:

I- Execução de ações de:


a) Vigilância sanitária;
b) Vigilância epidemiológica;
c) Saúde do trabalhador;
d) Assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.

II- PARTICIPAÇÃO na formulação da política e execução de ações de


saneamento básico;
III- A ORDENAÇÃO de formação de recursos humanos na área da saúde;
IV- A VIGILÂNCIA NUTRICIONAL e a orientação alimentar;
V- A COLABORAÇÃO na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
do trabalho;
VI- A FORMULAÇÃO da politica de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação
na sua produção;
VII- O CONTROLE e a FISCALIZAÇÃO de serviços, produtos e substâncias
de interesse para a saúde;
VIII- A FISCALIZAÇÃO e a INSPEÇÃO de alimentos, água e bebidas para
consumo humano;
IX- PARTICIPAÇÃO no CONTROLE e na FISCALIZAÇÃO da produção,
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos
e radioativos;
X- O INCREMENTO, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico
e tecnológico.

Vigilância em saúde

Vigilância epidemiológica

Vigilância
epidemiológica:
 Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual

36
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças ou agravos.

Funções

Vigilânci
 Coleta
a e processamento de dados, análise e interpretação dos dados processados,
divulgação das informações, investigação epidemiológica de casos e surtos, análise
epidemiol
ógica:
dos resultados obtidos e recomendações e promoção das medidas de controle
indicadas.

Vigilância sanitária

Vigilância
epidemiológica:
 Conjunto de ações capaz de eliminar, reduzir, ou prevenir riscos à saúde e de
intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.

Áreas de abrangência

Vigilância
epidemiológica:
 Controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a
saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo;
 Controle da prestação de serviços que direta ou indiretamente se relaciona com a
saúde.

37
Através das ações de vigilância
epidemiológica e sanitária

Saúde do trabalhador
à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores

à recuperação e a reabilitação
da saúde dos trabalhadores

3. Princípios e Diretrizes do SUS

Art. 7º

Serviços
públicos,
CF Universalidade Integralidade
privados e
conveniados

Direito a
informação
Participação da Utilização da Preservação da
(própria saúde ou
comunidade epidemiologia autonomia
de familiar com
concentimento)

Divulgação de
Igualdade
informações

Observação:

38
 Integralidade: CONJUNTO articulado (INTEGRADO) e contínuo das AÇÕES e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso
em todos os níveis de complexidade do sistema.
 Universalidade: garantia de que todos devem ter ACESSO aos serviços de saúde
em todos os níveis de assistência.

Descentralização

Integração Ações de saúde Saneamento básico

 Conjugação de recursos tecnológicos, financeiros, materiais e humanos;


 Capacidade de resolução dos serviços;
 Evitar duplicidade de meios para fins idênticos;
 Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e
vítimas de violência doméstica em geral que garanta, entre outros, atendimento,
acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras.
o Princípios organizativos: descentralização, regionalização e hierarquização;
o Princípios doutrinários: universalidade, equidade, integralidade, igualdade.

Equidade

 Regiões com piores condições de saúde;


 Pessoas mais carentes;
 Usuários com situação clínica mais grave.

Regionalização

 Relacionado à organização dos serviços de saúde por localização geográfica, de


modo que todos os níveis de assistência sejam disponíveis aos usuários do SUS,
mesmo que em municípios e/ou estados diferentes.

39
 Objetivo: oferecer em um determinado território (formado por um ou mais
municípios), serviços de saúde de todos os níveis de atenção, com o objetivo de
garantir a efetivação do princípio da integralidade.
 Regiões de saúde: recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico
contínuo, identificadas pelos gestores estaduais e municipais a partir de
identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e
infraestrutura de transportes compartilhados do território.

Intramunicipais Dentro de um mesmo município

Intraestaduais Formada por mais de um município do mesmo estado

Interestaduais Formada por mais de um município em estado


diferentes, quando vizinhos

Fronteiriças Conformadas a partir de municípios limítrofes com


países vizinhos

 Para garantir a atenção na alta complexidade e parte da média complexidade as


Regiões de Saúde devem pactuar arranjos inter-regionais, com agregação de mais de
uma região, formando uma macrorregião de saúde.

Abrangências das Ações de Saúde:

 Municípios: devem realizar, no mínimo, os serviços de atenção básica e vigilância


epidemiológica;
 Regiões de saúde (microrregiões): devem realizar pelo menos parte das ações de
média complexidade;
 Macrorregiões de saúde: devem realizar parte das ações de médica complexidade e
as ações de alta complexidade.

40
 Cadeia de referência e contrarreferência + Interação entre os gestores de saúde
=> Configura o processo de regionalização e hierarquização.

Hierarquização

Alta complexidade

Média complexidade

Baixa complexidade

 Hierarquização: necessidade de atendimento dos usuários do SUS em níveis de


complexidade crescente (baixa, média e alta), independente da localização
geográfica.

4. Organização, Direção e Gestão do SUS

Art. 8º a 14B

As ações e serviços de saúde executados pelo SUS, seja diretamente ou mediante


participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

Direção é ÚNICA em cada esfera de governo:

 União: Ministério da Saúde;


 Estados/Distrito Federal (DF): Secretaria Estadual de Saúde (SES) ou órgão
equivalente;
 Municípios: Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ou órgão equivalente.

41
Municipios

Consórcios

Ações e serviços
de saúde

Comissões Intersetorias de âmbito Nacional

o Subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde (CNS);


o Integradas: Ministérios + órgãos competentes + entidades representativas da
sociedade civil;
o Finalidade: Articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução
envolva áreas não compreendidas no âmbito do SUS.

Alimentação e
nutrição

Saneamento e Ciência e
meio ambiente tecnologia

Vigilância
sanitária e Recursos Saúde do
farmacoepide humanos trabalhador
miológica

Deverão ser criadas Comissões Permanentes de Interação entre os serviços de saúde e


as instituições de ensino profissional e superior.

42
Finalidade: propor prioridades, métodos e estratégias para formação e educação continuada
dos recursos humanos do SUS, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica
entre essas instituições.

Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT)

Foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do


SUS.

Objetivos da atuação das comissões:

I. Decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão


compartilhada do SUS, em conformidade com a política consubstanciada em
planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde;
II. Definir diretrizes de âmbito, nacional, regional e intermunicipal, a respeito da
organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante
a sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes
federados;
III. Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de
territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração de ações e serviços de saúde entre os entes federados.
 Entidades representativas do SUS:
o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) são reconhecidos como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à
saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função social, na forma do
regulamento.
o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) são reconhecidos
como entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para
tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados administrativamente ao
CONASEMS, na forma que se dispuserem seus estatutos.

43
7 representantes do
MS
Composta
7 reoresentantes do
CIT
CONASS

7 representantes
CONASEMS

Representantes
CIB SES

Representantes
COSEMS

 CONASS: representa as secretarias estaduais de saúde dos 26 estados e do DF;


 CONASEMS: representa todas as 5.565 secretarias municipais de saúde do Brasil;
 COSEMS: representa todas as secretarias municipais de saúde, de cada estado.

5. Competências e atribuições

Art. 15 a 19

I. Execução da VIGILÂNCIA SANITÁRIA de portos, aeroportos e fronteiras.


 MS: estabelece normas e executa;
 SES: deve colaborar com a União na execução;
 SMS: deve colaborar com a União e estados na execução.
II. Compete à:
 Direção Municipal do SUS
 Gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros.

44
 Direção Estadual do SUS
 Gerir sistemas públicos de alta complexidade de referência estadual e regional;
 Coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir
as unidades que permaneçam em sua organização administrativa.

III. Política de Insumos, Equipamentos e Hemoderivados

 União
 Formular, avaliar, elaborar normas e participar da execução da política nacional,
produção de insumos e equipamentos.

 Estados: em caráter SUPLEMENTAR


 Formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos,
rede estadual de laboratórios, hemocentro (coordenação).

 Municípios
 Execução no âmbito municipal da política de insumos e equipamentos;
 Gerir laboratórios públicos e hemocentros.

IV. Participação Complementar da Iniciativa Privada


 União (Art.16)
 Elaborar normas para regular as relações entre o SUS e os serviços privados.

 Estados (Art. 17)


 Exercer as mesmas funções dos municípios na participação complementar da
iniciativa privada no SUS, mas em âmbito ESTADUAL E REGIONAL.

 Municípios (Art.18)
 Firmar contratos e convênios com as entidades prestadoras de serviços privados;
 Controlar e avaliar sua execução;
 Controlar e fiscalizar procedimentos dos serviços privados de saúde.

V. Alimentação e nutrição

45
 União (Art. 16)
 Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição.

 Estados (Art. 17)


 Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de alimentação e
nutrição.

 Municípios (Art. 18)


 Executar serviços de alimentação e nutrição.

VI. Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Saúde do Trabalhador

 União (Art. 16)


 Definir e coordenar os sistemas:
a) Redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) Rede de laboratórios de saúde pública;
c) Vigilância epidemiológica;
d) Vigilância sanitária.
 Coordenar e participar da vigilância epidemiológica.

 Estados (Art. 17)


 Coordenar e, em caráter complementar executar:
a) Vigilância epidemiológica;
b) Vigilância sanitária;
c) Alimentação e nutrição;
d) Saúde do trabalhador.
 Acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e
mortalidade da Unidade federada.

 Municípios (Art. 18)


 Executar serviços de:

46
a) Vigilância epidemiológica;
b) Vigilância sanitária;
c) Alimentação e nutrição;
d) Saúde do trabalhador.

VII. Saúde do Trabalhador

 União (Art.16)
 Participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições
e dos ambientes de trabalho;
 Coordenar a política de saúde do trabalhador.

 Estados (Art.17)
 Participar das ações de controle de avaliação das condições e dos ambientes de
trabalho.

 Municípios (Art. 18)


 Participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e
ambientes de trabalho.

VIII. Vigilância Sanitária

 União (Art. 16)


 Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária
de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano;
 Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias;
 Executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais
(Ex: doenças com alto risco =>Pandêmia);
 Estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e
fronteiras.

 Estados (Art. 17)

47
 Formular normas e estabelecer padrões;
 Caráter complementar, controle de qualidade, produtos e substâncias de consumo
humano;
 Colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos
etc.

 Municípios (Art. 18)


 Execução da vigilância sanitária em portos, aeroportos e fronteiras.

IX. Financiamento da Saúde

 União (Art. 16)


 Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao DF e aos municípios para
aperfeiçoamento da sua atuação institucional.

 Estados (Art. 17)

 Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios;


 Executar supletivamente ações e serviços de saúde (quando de interesse regional e
estadual).

 Municípios (Art. 18)


 Participar do financiamento do SUS.

X. Gestão em Saúde

 União (Art. 16)


 Promover a descentralização para as unidades federadas e para os municípios, dos
serviços e ações de saúde respectivamente, de abrangência estadual e municipal;
 Identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o
estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde;

48
 Acompanhar, controlar e avaliar ações e os serviços de saúde respeitadas as
competências estaduais e municipais;
 Elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação
técnica com os estados, municípios e DF.

 Estados (Art. 17)


 Promover a descentralização para os municípios dos serviços e das ações de saúde
(referente às ações municipais);
 Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do SUS;
 Identificar estabelecimentos hospitalares de referência;
 Gerir sistemas públicos de alta complexidade de referência estadual e regional;
 Estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e
serviços de saúde.

 Municípios (Art. 18)


 Participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e
hierarquizada do SUS, em articulação com sua direção estadual;
 Formar CONSÓRCIOS administrativos intermunicipais;
 Normatizar complementarmente ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito
de atuação;
 Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e
executar os serviços públicos de saúde.

XI. Saneamento Básico


 União (Art. 16)
 Participar na formulação e na implementação das políticas de saneamento básico.

 Estados (Art. 17)


 Participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico.

49
 Municípios (Art. 18)
 Executar serviços de saneamento básico.

XII. Meio Ambiente

 União (Art. 16)


 Participar na formulação e na implementação das políticas:
a) De controle das agressões ao meio ambiente;
b) Relativas às condições e aos ambientes de trabalho.
 Participar da definição de normas referentes aos agravos sobre o meio ambiente e
repercussões na saúde humana.

 Estados (Art. 17)


 Participar, junto com os órgãos afins do controle dos agravos do meio ambiente que
tenham repercussão na saúde humana.

 Municípios (Art. 18)


 Colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão
sobre a saúde humana;
 Atuar junto aos órgão municipais, estaduais e federais competentes, para controla-
las.

Competências comuns à União, Estados, DF e Municípios:

1ª Definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das


ações e serviços de saúde;

2º Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados em cada ano, à


saúde;

3º Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das


condições ambientais;

4º Organização e coordenação do sistema de informação de saúde;

50
5º Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e
parâmetros de custos que caracterizem a assistência a saúde;

6º Elaboração de normas técnicas e estabelecimentos de qualidade para promoção da


saúde do trabalhador;

7º Participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico


e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;

8º Elaboração e atualização periódica do plano de saúde;

9º Participação na formulação e execução da política de formação e desenvolvimento de


recursos humanos para a saúde;

10º Elaboração da proposta orçamentária do SUS de conformidade com o plano de


saúde;

11º Elaboração de normas para regular atividades de serviços privados de saúde;

12º Realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde,


autorizadas pelo Senado Federal;

13º Para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias decorrentes de


situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a
autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e
serviços, de pessoas naturais e jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização;

14º Implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;

15º Propor a celebração de convênios, acordos, protocolos internacionais relativos à


saúde, saneamento e meio ambiente;

16º Elaborar normas técnicas científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde;

17º Promover articulações com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e


outras entidades representativas da sociedade civil para a definição e controle dos
padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde;

18º Promover articulação da política e dos planos de saúde;

19º Realizar pesquisas e estudos na área da saúde;

51
20º Definir instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de
política sanitária;

21º Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento


emergencial.

6. Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no SUS (1999)

Art. 19-A a 19-H

 O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena foi criado e definido pela Lei 8.080/90
e pela Lei 8.142/90, com o qual funcionará em perfeita integração;
 SUS promoverá a articulação com esse Subsistema com os órgãos responsáveis
pela Política Indígena do País.

Financiamento

União: recursos
própirios

Instituições
Estados Municípios governamentais e não
governamentais

Complementarmente no custeio e execução das ações

Art. 19-G O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS,
descentralizado, hierarquizado e regionalizado.

52
Terá como base os DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS: abrange
os postos de saúde, casas indígenas, polos de atenção indígena e a Rede do SUS.

O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde


Indígena, devendo:

Ocorrer adaptações Propiciar integração e atendimento


na estrutura e necessário em todos os níveis SEM
organização DISCRIMINAÇÃO

 Acesso garantido aos serviços de saúde: local, regional e de centros especializados,


de acordo com as necessidades;
 Direito a participar dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e
avaliação das políticas de saúde.

7. Subsistema de Atendimento e Internação Domiciliar no SUS (2002)

Art. 19I

SUS

Atendimento e
internação domiciliar

Procedimentos médicos e Fisioterapêuticos, Entre outros necessários


de enfermagem psicológico ao cuidado integral

Atendimento e internação Indicação médica,


domiciliar concordância do paciente
e família 53
Realizados por equipes Medicina preventiva,
multidisciplinares terapêutica e reabilitadora

8. Subsistema de Acompanhamento Durante o Trabalho de Parto, Parto e


Pós-Parto Imediato (2005)

• Permitir a presença, junto à parturiente 1 acompanhante;


Rede própria • Durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto
ou conveniada imediato.
do SUS

• Indicado pela parturiente.


Acompanhante

• Obrigados;
• Manter em local visivel em suas dependencias o aviso informando
Hospitais de sobre o direito.
todo o país

9. Assistência Terapêutica e Incorporação de Tecnologia em Saúde no SUS

Art. 19-M a 19-U

É uma comissão formada por representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS),


representantes do Conselho Federal de Medicina e representantes de especialista
médicos.

A assistência terapêutica integral no SUS consiste em:

54
I. Dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja
prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas
em protocolos clínicos para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na
falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;
II. Oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, hospitalar e
ambulatorial, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do SUS,
realizados no território nacional por serviço próprio, conveniado ou
contratado.

Incorporação,
exclusão ou Constituição ou
Comissão Nacional
alteração pelo SUS alteração do
de Incorporação de
de novos Protocolo Clínico
Tecnologias no SUS
medicamentos, ou de Diretrizes
(CONITEC) + MS
produtos e Terapêuticas
procedimentos

A CONITEC elaborará relatório sobre esses aspectos.

 As evidências científicas sobre a eficácia, acurácia, a efetividade e a segurança do


medicamento, produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão
competente para o registro ou a autorização do uso;
 A avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às
tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar,
ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.

10. Serviços Privados de Assistência à Saúde em Parceira com o SUS

Art. 20 a 26

 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada;


 Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por
iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas
jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.

55
CF 1988: Criou proteção para a assistência à saúde no Brasil em relação a outros
países.
É vedada a participação direta e indireta de capital estrangeiro ou
empresas na assistência à saúde, salvo nos casos previstos em lei.
Lei 8.080/90

 Doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações


Unidas (ONU);
 Entidades de cooperação técnica;
 Financiamento e empréstimo.

Atenção! O art. 23 da Lei 8.080/1990 foi alterado pela Lei 13.097/2015, passando a
vigorar com a seguinte redação:

É permitida a participação direta e indireta, inclusive controle, de empresas e capital


estrangeiro na assistência a saúde nos seguintes casos:

 Doações de organismos internacionais vinculados à ONU, entidades de cooperação


técnica e financiamento e empréstimo;
 Pessoa jurídica destina a instalar, operacionalizar e explorar:
a) Hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica
geral e clínica especializada; e
b) Ações e pesquisas de planejamento familiar;
 Serviços de saúde mantidos, sem fins lucrativos, por empresas, para atendimento de
seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e
 Demais casos previstos em legislação específica.

O art.15, inciso XII estabelece que União, os estados, o DF e os municípios poderão


executar, em sem âmbito administrativo, a realização de operações externas de natureza
financeira de interesse da saúde, desde que autorizadas pelo Senado Federal.

 Os critérios e valores para remuneração de serviços e parâmetros de cobertura


assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do SUS, aprovados pelo CNS;
 Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados
é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no SUS.

56
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os
princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do SUS quantos as
condições para funcionamento.

Art.24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura


assistencial à população de uma determinada área, o SUS poderá recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa privada.

Parágrafo único: a participação complementar dos serviços privados será formalizada


mediante contrato ou convênio observadas a respeito, as normas de direito público.

 Aos proprietários administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados


é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no SUS.

Mediante contratos e
convênios,
Participação da
COMPLEMENTAR observadas as
iniciativa privada
normas de direito
público

Entidades
Sem fins lucrativos
filantrópicas

11. Recursos Humanos no SUS

57
Acumular 2
Profissionais da cargos ou
saúde empregos
públicos

Salvo, função de
Houver
chefia, direção,
compatibilidade
assessoramento
de horário
em tem integral

12. Financiamento do SUS

Art. 31 a 38

Recursos da
seguridade
social

Recursos de Recursos da
outras fontes União

Recursos
Recursos
dos
dos Estados
Municípios

Recursos do
DF

58
o Outras fonte:
 Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
 Ajuda, contribuições, doações e donativos;
 Alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
 Taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no SUS;
 Rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

O MS acompanhará, através do SISTEMA DE AUDITORIA, a conformidade à


programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a estados e municípios;

Constatado a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos caberá ao MS aplicar


as medidas previstas em lei.

Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, DF, e municípios será


utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e
projetos:

I. Perfil demográfico da região;


II. Perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III. Características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV. Desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V. Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI. Previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
VII. Ressarcimento do atendimento prestados para outras esferas de governo.

Obs: nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os


critérios demográficos serão ponderados por outros indicadores de crescimento
populacional, em especial o nº de eleitores registrados.

Atenção!

A Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012, revogou o §1º do art.35 da lei


8.080/1990. Este dispositivo legal determina que a metade dos recursos destinados a
estados e municípios seria distribuída segundo o quociente de sua divisão pelo número
de habitantes, independente de qualquer procedimento prévio.

59
 Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial, em cada
esfera de atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de
Saúde;
 Na esfera federal, originários, do da seguridade social, de outros orçamentos da
União além de outras fontes serão administrados pelo Ministério da Saúde (MS),
através do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Processo de planejamento e orçamento do SUS:

 Obrigatório para a administração pública;


 Feito de forma ascendente, do nível local até o federal;
 Com participação dos órgãos deliberativos desse sistema;
 Compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de
recursos em planos de saúde dos municípios, estados, DF e União.

Planos de saúde: base das atividades e programações de cada nível de direção do SUS;

Elaborado a cada 4 anos;

Financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária;

Vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos


planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, área da
saúde.

Construção • Destinação de
subvenções e
• Estabelecerá auxílios;
as diretrizes; • Epidemiologia; • Instituições
• Elaboração • Organização dos prestadoras de
dos planos. serviços. serviços com
Conselho fins lucrativos.
Nacional de
Saúde Proibido

13. Disposições Finais e Transitórias

Art. 39 a 55
60
 Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao SUS,
mediante convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao
patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos
limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados;
 Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças
Armadas poderão integrar-se ao SUS, conforme se dispuser em convênio que, para
esse fim, for firmado;
 O MS em articulação com os níveis estaduais e municipais do SUS, organizará, no
prazo de 2 anos, um sistema nacional de informação em saúde, integrado em todo
território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de
serviços;
 Artº 53 Na qualidade das ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à
assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética
humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para a saúde,
laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por imagem
e são livre à participação direta e indireta de empresas e capital estrangeiro (Lei
13.097/15).

Questões:

1. (CESPE-2014/MPE-SC) Expressa a Lei 8.080/90, que a universalidade de acesso


aos serviços de saúde, como princípio do SUS, é entendida como conjunto
articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

(CESPE-2018/EBSERH) Julgue os itens a seguir à luz do que dispõe a Constituição


Federal de 1988 sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).

2. Constituem o SUS os órgãos e as instituições públicas das três esferas de governo,


da administração direta e indireta, e as instituições de saúde da iniciativa privada.

61
3. As atividades em saúde no Brasil, sejam elas desenvolvidas pelo poder público ou
pelas instituições privadas de saúde, são regulamentadas pela mesma lei.

4. Nos termos da Lei 8.080/90, os serviços do SUS, rede própria ou conveniada, ficam
obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de um acompanhante, de livre
indicação pela parturiente durante todo período de trabalho de parto, parto e pós-
parto imediato.

5. De acordo com as disposições da Lei 8.080/90, o conjunto de ações e serviços de


saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais,
da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público,
constituem o SUS. Prevê ainda que a iniciativa privada poderá participar do SUS em
carácter suplementar.

(CESPE/2005/ANS) Acerca da Lei 8.080, regulamenta o SUS, julgue os itens a seguir:

6. Originalmente, a Lei 8.080/90 não inclui o Subsistema de atendimento e internação


hospitalar. Ele foi objeto de nova lei editada apenas no ano de 2002.

7. A Lei 8.080/90 disciplinou os mecanismos de participação popular na gestão do


SUS, instrumento imprescindível para a efetividade do sistema.

(CESPE/2009/FHS) Com relação ao sistema de saúde brasileiro e o seu arcabouço legal,


julgue o item a seguir:

8. A Lei 8.8080/90 dispõe sobre a organização e execução das ações e serviços de


saúde, de caráter permanente ou eventual, no âmbito de todo território nacional. Ou
seja, ficam submetidos a essa lei a União, os Estados, Distrito Federal e todos os
municípios brasileiros.

(CESPE/2005/ANS) A cerca da Lei 8.8080/90, que regulamenta o SUS, julgue os itens


a seguir:

62
9. A omissão na referida lei sobre a possibilidade dos municípios estabelecerem
consórcios intermunicipais gerou práticas mais dispares no sistema, o que motivou
recente projeto de lei específico sobre o tema.

10. (CESPE/2009/FHS) Como regra geral, não é permitida a participação de empresas e


de capital estrangeiro na assistência direta e indireta à saúde, exceto em situações
especiais previstas em lei.

11. (CESPE/2009/FHS) Verbas da União, do Distrito Federal, Estados e Municípios


participam do financiamento das ações e serviços de saúde que integram que
integram o SUS.

(CESPE/2010/INCA) Julgue o item que se segue referente ao planejamento e orçamento


do SUS:

12. É permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de


serviços de saúde com finalidade lucrativa, desde que aprovado pelo respectivo
conselho.

13. O processo de planejamento e orçamento do SUS será descendente, do nível federal


até o local, ouvidos seus órgãos consultivos.

14. CESPE/2010/INCA) Os planos de saúde serão a base das atividades e programações


de cada nível de direção do SUS e seu financiamento será previsto na respectiva
proposta orçamentária.

(CESPE/2013/ANS) No que se refere ao SUS, julgue o item subsequente:

15. Podem estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde os estados
que não tenham condições de realizar tais ações e serviços.

63
16. A assistência a saúde é livre a iniciativa privada.

17. As ações de promoção e proteção da saúde do trabalhador são responsabilidades das


empresas, sendo competência do SUS o monitoramento, o controle e a vigilância
dessas ações.

18. Vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações que proporcionam o


conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

19. (CESPE/2013/FUNASA) Um paciente poderá receber atendimento médico pelo


SUS em seu domicilio, desde que haja indicação médica para tanto e concordância
do paciente e da família.

20. (CESPE/2014/C.D) A área de vigilância ambiental em saúde, em que compõe o


SUS, busca conhecer e detectar mudanças nos fatores determinantes e
condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana com a finalidade
de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos ambientais
relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.

21. (AOCP/EBSERH/UFS/2017) Qual é o conceito de saúde presente na Constituição


Federal de 1988 e na Lei 8080/90?

a. A saúde é direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social


não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas.
b. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação
c. A saúde tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de
manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço,

64
desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de
quem dependiam economicamente.
d. A saúde é direito de quem dela necessitar e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso equitativo às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
e. A saúde é direito do cidadão e dever do Estado, é política pública e privada voltada
para o atendimento da demanda espontânea devendo garantir os procedimentos e
serviços especializados, visando ao acesso por demanda espontânea e promovendo
a saúde de maneira específica e especializada.

22. (IBFC/HUAP/2016) Considerando o texto da lei 8080/90, a assistência sem


preconceitos ou privilégios de qualquer espécie corresponde a um dos princípios do
SUS, que é a (o):

a) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.


b) Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.
c) Integralidade de assistência.
d) Igualdade da assistência à saúde.
e) Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde.

23. (PM/CESPE/2017/Maranhão) A legislação pertinente e a gestão do Sistema Único


de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir.

Uma entidade de serviços privados de cobertura assistencial, após firmar convênio com
o SUS, passa a integrá-lo de forma complementar.

Ao se consorciarem para prestar serviços de saúde, os municípios contribuirão com


recursos para o consórcio na proporção de suas populações.

24. (UNIPAMPA/CESPE/2013) Acerca da organização das ações e serviços do Sistema


Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir.

51 A priorização dos atendimentos no SUS é feita com base em alguns critérios, entre
os quais se incluem a gravidade do risco individual e coletivo e o tempo de espera ao
atendimento.

52 O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS é


circunscrito aos pacientes residentes na região de saúde, sendo garantido até a
capacidade instalada da rede regionalizada e hierarquizada.

65
53 A organização dos serviços de saúde deve garantir o acesso às ações de saúde de
atenção básica e de média complexidade; o acesso às ações de alta complexidade, por
sua vez, devem ser garantidos pela área de saúde suplementar.

54 Apesar de solucionarem a maioria dos problemas de saúde, as ações de saúde de


atenção primária são menos complexas que as de média e de alta complexidade, uma
vez que são desenvolvidas mediante serviço clínico menos ampliado e tecnologias de
baixa complexidade e densidade.

55 Todos os municípios são obrigados a ter serviços de atenção primária em saúde,


devendo esses serviços ordenar o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
de saúde.

25. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) De acordo com a Lei 8080/90, no que se refere à


competência do Sistema Único de saúde, é correto afirmar que
a) à direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) compete formar consórcios
administrativos intermunicipais.
b) à direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete estabelecer normas e
executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
c) à direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) compete elaborar normas para
regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados
contratados de assistência à saúde.
d) à direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) compete estabelecer o
Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS
em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e
Distrito Federal.
e) à direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) compete normatizar e
coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados.

26. (SESPA/CESPE/2004) No Brasil, as ações e os serviços públicos de saúde integram


uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema Único de Saúde
(SUS). Acerca desse sistema, julgue os itens que se seguem.

31 Os serviços de saúde privados podem participar do SUS em caráter complementar.

32 Compete ao SUS ordenar a formação de recursos na área de saúde.

66
33 Compete ao SUS coordenar a formulação da política de saneamento básico e a
execução das ações nela previstas.

34 Cabem à direção estadual do SUS o estabelecimento de normas e a execução da


vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras.

27. (Fundep/Centro Sul/2016) De acordo com a Lei Nº 8.080/1990, são objetivos do


Sistema Único de Saúde (SUS):
I. a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da
saúde.
II. a formulação de política de saúde destinada a promover políticas, nos
campos econômico e social, que visem à redução de riscos de doenças.
III. a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e
das atividades preventivas.

São objetivos do Sistema Único de Saúde o que se afirma em:

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

28. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) De acordo com a Lei 8080/90, no que se refere à


organização e direção da gestão do Sistema Único de Saúde, assinale a alternativa
INCORRETA.

a) Deverão ser criadas Comissões Provisórias de integração entre os serviços de


saúde e as instituições de ensino profissional e superior. Cada uma dessas
comissões terá por finalidade propor e executar, em todos os entes federativos,
métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos
humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como em relação à pesquisa e
à cooperação técnica entre essas instituições.

67
b) As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de
negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do
Sistema Único de Saúde (SUS).
c) A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo
definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da
organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à
sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes
federados.
d) A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo
fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de
territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados.
e) O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por
meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União.

29. AOCP/EBSERH/UFS/2017) De acordo com a Lei 8.080/1990, assinale a alternativa


correta.

a) São vedados, apenas na esfera Municipal de gestão do SUS, o pagamento, o


ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico
ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA.
b) São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS, a dispensação, o
pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto,
nacional ou importado, sem registro na Anvisa
c) A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja
composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a
participação de 2 representantes indicados pelo Conselho Nacional de Saúde e
de 2 representantes, especialistas na área, indicados pelo Conselho Regional de
Medicina.
d) A incorporação, a exclusão e a alteração pelo SUS de novos medicamentos,
produtos e procedimentos serão efetuadas mediante a instauração de processo

68
administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 30 dias, contado da data
em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 30 dias
corridos, quando as circunstâncias exigirem.
e) São permitidos, em todas as esferas de gestão do SUS, desde que atendidos
certos requisitos, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de
medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de
uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

30. (AOCP/EBSERH/UFS/2017) Assinale a alternativa correta, de acordo com o que


dispõe a Lei 8.080/1990, acerca da participação de empresas ou de capital
estrangeiro na assistência à saúde.
a) É vedada a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de
capital estrangeiro na assistência à saúde, no caso de doações de organismos
internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de
cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
b) É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de
capital estrangeiro na assistência à saúde, no caso de serviços de saúde mantidos,
com finalidade lucrativa, por empresas para atendimento de seus empregados e
dependentes.
c) É vedada a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de
capital estrangeiro na assistência à saúde, no caso de pessoas jurídicas destinadas a
instalar, operacionalizar ou explorar ações e pesquisas de planejamento familiar.
d) É vedada a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de
capital estrangeiro na assistência à saúde, no caso de pessoas jurídicas destinadas a
instalar, operacionalizar ou explorar hospital geral.
e) É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de
capital estrangeiro na assistência à saúde no caso de hospital especializado.

31. (AOCP/HUJB/2016) De acordo com a Lei 8080/90, no que se refere à assistência


terapêutica e à incorporação de tecnologia em saúde, é correto afirmar que:

a) a incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos,


produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo

69
clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do Conselho da Saúde, assessorado
pela Conselho Federal de Farmácia e comissões intergestoras.
b) a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e
regimento são definidos em regulamento, contará com a participação de 1
representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e de 2 representantes,
especialistas na área, indicados pelo Conselho Federal de Farmácia.

c) o relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em


consideração, necessariamente, a avaliação econômica comparativa dos benefícios e
dos custos em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos
atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.

d) o relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará


em consideração, facultativamente, as evidências científicas sobre a eficácia, a
acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento
objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização
de uso.

e) são autorizados, em todas as esferas de gestão do SUS, o pagamento, o


ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou
cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA.
32. (CESPE/SESA/2011) Na Constituição Federal brasileira (CF), define-se saúde como
direito de todos e dever do Estado. Na clara intenção de atender ao conjunto da
população, o legislador fez constar no texto constitucional que as ações e os serviços
públicos de saúde devem constituir um sistema único. Com relação ao Sistema
Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir.

46 Considera-se ilegal a participação da iniciativa privada no SUS, ainda que em caráter


complementar, visto que o SUS compreende o conjunto de ações e serviços de saúde,
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da
administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público.

47 O conceito ampliado de saúde, acolhido na legislação brasileira pela CF, abrange os


fatores determinantes e condicionantes da saúde, tais como alimentação, moradia,
saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso
aos bens e serviços essenciais.

70
48 Em face da determinação de abrangência nacional para o sistema de saúde e da
dimensão continental do território brasileiro, adota-se a centralização como modelo de
gestão do SUS, embora seja permitida a existência de diretorias locais em cada estado e
município.

49 Embora bastante contestada, a diretriz que orienta o funcionamento do SUS, desde a


sua criação aos dias atuais, é a da primazia absoluta dos serviços assistenciais, em razão
da incapacidade financeira do poder público de custear as atividades preventivas.

50 Embora considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, o SUS,


cuja concepção fundamenta-se nos princípios de universalidade de acesso, integralidade
de assistência e gratuidade, ainda não recebe aporte financeiro suficiente para o custeio
de despesas com procedimentos que não sejam ambulatoriais ou com cirurgias que não
sejam de baixa ou média complexidade, o que impede, por exemplo, a realização de
transplantes de órgãos por meio do sistema.

33. (AOCP/EBSERH/UFS/2017) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma


competência da direção estadual do Sistema Único de Saúde, prevista
expressamente na Lei nº 8.080/1990.

a) Controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde.


b) Formar consórcios administrativos intermunicipais.
c) Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição.
d) Em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de
insumos e equipamentos para a saúde.
e) Estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e
fronteiras.

34. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) De acordo com a Lei nº 8.080 de 1990,


considerando os objetivos e atribuições do SUS, é correto afirmar que

a) não é campo de atuação do SUS a assistência terapêutica integral.

a) conceitua-se Saúde do trabalhador como um conjunto de atividades que se destina,


através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores.
b) a Vigilância sanitária avalia os fatores determinantes e condicionantes de saúde,
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos

71
c) assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença
profissional e do trabalho não abrange as competências da Saúde do Trabalhador.
d) não compete ao SUS executar ações de colaboração na proteção do meio ambiente.

5. DECRETO 7.508/2011

Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para


dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde,
a assistência à saúde e a articulação interfederativa.

Art. 2o Para efeito deste Decreto, considera-se:

I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de


Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais
e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a
finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de
saúde;

II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre


entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na
rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas
de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão
disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos
necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde;

III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS;

IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes


federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;

V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de


ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se
a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos
indicadores de saúde do sistema;

72
VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em
níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência à saúde;

VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o


atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de
atendimento especial; e

VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: critérios


para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os
medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação
dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.

ORGANIZAÇÃO DO SUS

Art. 3o O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção,


proteção e recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou
indireta, mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado
de forma regionalizada e hierarquizada.

DAS REGIÕES DE SAÚDE

Art. 4o As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação com os


Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores
Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30.

§ 1o Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas por Municípios


limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em articulação com os Municípios.

§ 2o IA instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de fronteira com outros


países deverá respeitar as normas que regem as relações internacionais.

Art. 5o Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços
de:

73
I - atenção primária;

II - urgência e emergência;

III - atenção psicossocial;

IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e

V - vigilância em saúde.

Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronograma pactuado


nas Comissões Intergestores.

Art. 6o As Regiões de Saúde serão referência para as transferências de recursos entre os


entes federativos.

Art. 7o As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região


de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões
Intergestores.

Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação às


Regiões de Saúde:

I - seus limites geográficos;

II - população usuária das ações e serviços;

III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e

IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala para conformação


dos serviços.

DA HIERARQUIZAÇÃO

Art. 8o O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia


pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada,
de acordo com a complexidade do serviço.

74
Art. 9o São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à
Saúde os serviços:

I - de atenção primária;

II - de atenção de urgência e emergência;

III - de atenção psicossocial; e

IV - especiais de acesso aberto.

Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o pactuado nas


Comissões Intergestores, os entes federativos poderão criar novas Portas de Entrada às
ações e serviços de saúde, considerando as características da Região de Saúde.

Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados, entre outros de


maior complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada
de que trata o art. 9o.

Portas de Entrada

Referenciam à população

Serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais


especializado

Observação:

 Os Serviços Especiais de Acesso Aberto são serviços de saúde específicos para


o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou situação laboral, necessita
de atendimento especial, a exemplo dos Centros de Referência em Saúde do
Trabalhador (CEREST) e Centros de Testagem e Acompanhamento (CTA) de
Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS.

Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde será ordenado
pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco individual e

75
coletivo e no critério cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas
com proteção especial, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A população indígena contará com regramentos diferenciados de


acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de assistência
integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da Saúde.

Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em todas as suas
modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede de atenção da
respectiva região.

Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras de continuidade do


acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação.

Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e
serviços de saúde do SUS, caberá aos entes federativos, além de outras atribuições que
venham a ser pactuadas pelas Comissões Intergestores:

I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às ações e aos serviços de


saúde;

II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde;

III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e

IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.

Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretrizes, procedimentos e


demais medidas que auxiliem os entes federativos no cumprimento das atribuições
previstas no art. 13.

DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE

Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível


local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as
necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.

§ 1o O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será indutor de


políticas para a iniciativa privada.

§ 2o A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âmbito dos planos de


saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes federativos, e
deverão conter metas de saúde.

76
§ 3o O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na
elaboração dos planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da
organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de Saúde.

Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e as ações prestados pela
iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão compor os
Mapas da Saúde regional, estadual e nacional.

Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e
orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o
estabelecimento de metas de saúde.

Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado de maneira
regionalizada, a partir das necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento de
metas de saúde.

Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de que trata o inciso II do
art. 30 pactuar as etapas do processo e os prazos do planejamento municipal em
consonância com os planejamentos estadual e nacional.

CNS estabelecerá as Caracteristicas No Planejamento


diretrizes para epidemiológicas e devem ser
elaboraração dos organização de considerados os
Planos de Saúde serviços serviços e ações

Iniciativa privada de Compor os Mapas da


forma complementar Saúde regional,
ou não ao SUS estadual e nacional

O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e orientará o


planejamento integrado dos entes federativos

77
Estabelecimento de metas de saúde

 O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado


de maneira regional, a partir das necessidades dos municípios, considerando o
estabelecimento de metas de saúde.
 A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na Rede de Atenção à
Saúde, mediante referênciamento do usuário na rede regionalizada e interestadual,
conforme pactuado nas Comissões Intergestores.

DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na Rede de


Atenção à Saúde, mediante referenciamento do usuário na rede regional e
interestadual, conforme pactuado nas Comissões Intergestores.

Seção I: Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES

Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende


todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da
integralidade da assistência à saúde.

Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito nacional,


observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.

Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as


atualizações da RENASES.

Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pactuarão nas


respectivas Comissões Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol de
ações e serviços constantes da RENASES.

78
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar relações
específicas e complementares de ações e serviços de saúde, em consonância com a
RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo seu financiamento, de
acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.

Seção II: Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME

Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende


a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças
ou de agravos no âmbito do SUS.

Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico


Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus
medicamentos.

Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME
e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional, observadas
as diretrizes pactuadas pela CIT.

Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as


atualizações da RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas.

Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações


específicas e complementares de medicamentos, em consonância com a RENAME,
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamentos, de
acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.

Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe,


CUMULATIVAMENTE:

I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;

II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular


de suas funções no SUS;

79
III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital
ou municipal de medicamentos; e

IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.

§ 1o Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência


farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.

§ 2o O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferenciadas de acesso a


medicamentos de caráter especializado.

Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital ou


municipal de medicamentos somente poderão conter produtos com registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA

Seção I: Das Comissões Intergestores

Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a organização e o funcionamento das


ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:

I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efeitos


administrativos e operacionais;

II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos


administrativos e operacionais; e

III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, vinculada à


Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais, devendo
observar as diretrizes da CIB.

Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de saúde poderão ser
representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, pelo
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho
Estadual de Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.

80
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:

I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do


SUS, de acordo com a definição da política de saúde dos entes federativos,
consubstanciada nos seus planos de saúde, aprovados pelos respectivos conselhos de
saúde;

II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites geográficos,


referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e
serviços de saúde entre os entes federativos;

III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a respeito da


organização das redes de atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão
institucional e à integração das ações e serviços dos entes federativos;

IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, de acordo com o


seu porte demográfico e seu desenvolvimento econômico-financeiro, estabelecendo as
responsabilidades individuais e as solidárias; e

V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais de atenção à saúde para o


atendimento da integralidade da assistência.

Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pactuação:

I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;

II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de saúde da Região
de Saúde, em razão do compartilhamento da gestão; e

III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacionais das Regiões
de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os casos, as
normas que regem as relações internacionais.

Seção II: Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde

81
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos para a organização da rede
interfederativa de atenção à saúde será firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação
Pública da Saúde.

Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a organização e


a integração das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes
federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência aos usuários.

Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde resultará da


integração dos planos de saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo
como fundamento as pactuações estabelecidas pela CIT.

Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde definirá as


responsabilidades individuais e solidárias dos entes federativos com relação às ações e
serviços de saúde, os indicadores e as metas de saúde, os critérios de avaliação de
desempenho, os recursos financeiros que serão disponibilizados, a forma de controle e
fiscalização da sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada
das ações e serviços de saúde.

§ 1o O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de garantia de acesso às ações e


aos serviços de saúde no âmbito do SUS, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano
Nacional de Saúde.

§ 2o O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais de garantia de acesso


servirá como parâmetro para avaliação do desempenho da prestação das ações e dos
serviços definidos no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde em todas as
Regiões de Saúde, considerando-se as especificidades municipais, regionais e
estaduais.

Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá as seguintes


disposições essenciais:

I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;

82
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação
da saúde em âmbito regional e inter-regional;

III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a população no processo


de regionalização, as quais serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o
perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e dos serviços de cada ente
federativo da Região de Saúde;

IV - indicadores e metas de saúde;

V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;

VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente;

VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às
atualizações realizadas na RENASES;

VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e

IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua
execução.

Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas de incentivo ao


cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde.

Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes


diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa:

I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos


serviços, como ferramenta de sua melhoria;

II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e

III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de


saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma
complementar.

83
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o
estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública
de Saúde.

Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de Ação Pública


de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a
sua implementação.

Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de serviço
especializado, fará o controle e a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública
da Saúde.

§ 1o O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4o da Lei no 8.142, de 28


de dezembro de 1990, conterá seção específica relativa aos compromissos assumidos no
âmbito do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.

§ 2o O disposto neste artigo será implementado em conformidade com as demais


formas de controle e fiscalização previstas em Lei.

Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução do Contrato Organizativo
de Ação Pública de Saúde, em relação ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu
desempenho e à aplicação dos recursos disponibilizados.

Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato Organizativo de Ação


Pública de Saúde no sistema de informações em saúde organizado pelo Ministério da
Saúde e os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde para monitoramento.

Questões:

A respeito das formas de organização dos serviços e do planejamento no SUS, julgue


os itens que se seguem:

1. (CESPE/2016/TCE) Para o acesso aos cuidados secundário e terciário, é necessário


aprimorar a regulação, garantindo-se fluxos adequados a todos os níveis de
complexidade tecnológica do sistema de saúde.

84
2. O mapa da saúde é um instrumento utilizado no planejamento em saúde para a
identificação das necessidades e a orientação do planejamento integrado dos entes
federativos, contribuindo assim para o estabelecimento de metas.

As informações em saúde devem contribuir de maneira eficiente para a orientação e o


planejamento do processo de regionalização em saúde. No que concerne esse assunto,
julgue os itens:
3. (CESPE/2016/TCE) Uma região de saúde deve ser organizada de forma a ofertar à
população de determinado conjunto de municípios limítrofes ações e serviços de
atenção primária, urgência e emergência e atenção psicossocial, ficando a atenção
ambulatorial especializada e hospitalar a cargo do estado.

4. (UFPA/AOCP/2016) Para efeito do Decreto Presidencial 7.508, de 28 de junho de


2011, considera-se “Mapa da Saúde”

a) As instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para a definição


das regras da gestão compartilhada do SUS.

b) Espaço geográfico contínuo constituído de agrupamento de municípios limítrofes,


delimitados a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de
comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de
integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

c) A descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços


de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a
capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir
dos indicadores de saúde do sistema.

d) O documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à


saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a
serem seguidos pelos gestores do SUS.

85
e) Conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde.

5. (UNB/EBSERH/IBF/2013) Segundo o Decreto Presidencial 7.508, de 28 de junho


de 2011, a descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços
de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade
instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de
saúde do sistema é a definição de:

a) Pactuação Integrada em Saúde.


b) Rede Hierarquizada em Saúde.
c) Rede de Atenção à Saúde.
d) Mapa da Saúde.

6. (UFSM/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com o Decreto Presidencial 7.508/2011


que estabelece os critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o
tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados,
quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos
gestores do SUS denomina-se

a) Protocolo Médico e Diretrizes Básicas.


b) Protocolo Clinico e Diretrizes Assistênciais.
c) Protocolo Médico e Diretriz Distributiva.
d) Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica.
e) Protocolo Médico e Diretriz Farmacológica.

7. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) De acordo com decreto presidencial n° 7508/2011,


assinale a alternativa correta sobre as Comissões Intergestores em relação a sua
organização e ao funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em redes
de atenção à saúde.

86
a) A CIT, no âmbito do Estado, está vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para
efeitos administrativos e operacionais.
b) A CIB, no âmbito da União, está vinculada ao Ministério da Saúde para efeitos
administrativos e operacionais.
c) A Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, está vinculada à
Secretaria Municipal de Saúde para efeitos administrativos e operacionais,
devendo observar as diretrizes do CIT.
d) No CIT e no CIB, os gestores públicos de saúde não poderão ser representados
pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho
Estadual de Secretarias Municipais de Saúde – COSEMS, com exceção do CIR
que poderá ser representado pelos conselhos citados.
e) As Comissões Intergestores pactuarão aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada do SUS, de acordo com a definição da
política de saúde dos entes federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde,
aprovados pelos respectivos conselhos de saúde.

8. (AOCP/EBSERH/UFS/2017) De acordo com o que dispõe o Decreto Presidencial nº


7.508/2011, assinale a alternativa que NÃO apresenta um dos requisitos para o
acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica.
a) Estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS.
b) Ter o medicamento sido fabricado em território nacional.
c) Estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual,
distrital ou municipal de medicamentos.
d) Ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.
e) Ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular
de suas funções no SUS.

9. (Pref. Manaus/CETRO/2012) De acordo com o Decreto 7.508/2011, os entes


federativos definirão os seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde:
I. Seus limites geográficos.
II. População usuária das ações e serviços.
III. Rol de ações e serviços que serão ofertados.

87
IV. Respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala para
conformação dos serviços.
É correto o que está contido em:

a) I e II apenas.
b) I e IV apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II, apenas.

10. (UNB/EBSERH/IBFC/2013) Segundo o Decreto Presidencial 7.508/2011, de 28 de


junho de 2011, conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à
saúde é a definição de:

a) Rede de Atenção à Saúde.


b) Região de Saúde.
c) Universalidade.
d) Regionalização.

11. (AOCP/EBSERH/UFPA/2016) Conforme estabelece o Decreto Presidencial nº


7.508, de 28 de junho de 2011, o acordo de colaboração entre os entes federativos
para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde será firmado por meio
de
a) Lei Complementar de âmbito Nacional.
b) resolução do Ministério da Saúde, após ser aprovado por meio de Decreto Estadual
dos entes federativos envolvidos.
c) decreto do Ministério da Saúde, após ser aprovado por meio de resolução dos
governadores dos entes federativos envolvidos.
d) Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
e) Contrato de Gestão Concorrente, mediante licitação na modalidade concorrência.

12. (MPE-MG/FUNDEP/2012) O Decreto 7.508, de 28 de junho de 2011,


“Regulamenta a Lei 8.080/1990, para dispor sobre a organização do SUS, o

88
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação Inter federativa e dá
outras providências”. Sobre as Regiões de Saúde, assinale a alternativa incorreta:
a) Serão instituídas pelo Estado, em articulação com os Municípios, de acordo com as
diretrizes pactuadas na Comissão Intergestora Tripartite (CIT).
b) O conjunto de ações e serviços ofertados pelas Regiões de Saúde são definidos
pelos entes federativos.
c) Ações e serviços de Vigilância em Saúde não compõem as Regiões de Saúde.
d) A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de fronteira com outros países
deverá respeitar as normas que regem as relações internacionais.

13. (UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) De acordo com o Decreto 7.508/2011, são


portas de entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os
seguintes serviços, exceto:

a) De atenção primária.
b) De vigilância em saúde.
c) De atenção psicossocial.
d) Especiais de acesso aberto.
e) De atenção de urgência e emergência.

6. (Anvisa/Cetro/2013) Quanto ao processo de planejamento da saúde, disposto no


Capítulo III do Decreto 7.508/2011, é correto afirmar que:

a) Os Conselhos de Saúde estabelecerão as diretrizes a serem observadas na


elaboração dos planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e
organização de serviços dos entes federativos e nas Regiões de Saúde.
b) No planejamento devem ser considerados tão somente os serviços e as ações
prestados no setor público, os quais deverão compor os Mapas de Saúde regional,
estadual e nacional.
c) O processo de planejamento em saúde será descendente e integrado, ouvidos os
respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas
de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.

89
d) O planejamento em saúde é obrigatório para os entes públicos, e será indutor de
políticas nas três instâncias federativas componentes do SUS, sendo facultativa a
indução na iniciativa privada.
e) O planejamento na saúde me âmbito estadual deve ser realizado de maneira
regionalizada, a partir das necessidades dos Municípios, considerando o
estabelecimento de metas de saúde.

7. (UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) De acordo com o Decreto 7.508/2011, todas as


ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da
assistência à saúde são compreendidos pela:
a) CIB.
b) CIR.
c) CIT.
d) RENAME.
e) RENASES.

8. (UFC/EBSERH/AOCP/2014) Assinale a alternativa correta. De acordo com o


parágrafo único do art. 22 do Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de
2011, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da Relação
Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES).
a) A cada ano.
b) A cada dois anos.
c) A cada seis meses.
d) A cada cinco anos.
e) A cada três anos.

9. (UFMT/AOCP/EBSERH/2014) Assinale a alternativa INCORRETA.

a) A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a


seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças
ou de agravos no âmbito do SUS.
b) A cada um ano, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da
RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.

90
c) A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional - FTN que
subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos.
d) O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferenciadas de acesso a
medicamentos de caráter especializado.
e) A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal
de medicamentos somente poderão conter produtos com registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

10. (UFPB/AOCP/EBSERH/2014) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta.


Nos termos do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, a cada ___________ , o
Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do
respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.

a) Três meses.
b) Seis meses.
c) Um ano.
d) Dois anos.
e) Três anos.

11. (Anvisa/Cetro/2013) Sobre a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais –


RENAME, instituído pelo Decreto nº 7.508/2011.

a) A RENAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados


para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS, a qual será
acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional- FTNque subsidiará a
prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos, sendo facultativa sua
observância pelo profissional prescritor.
b) O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME e os
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional, observadas as
diretrizes pactuadas pela CIT, sendo obrigatória a consolidação e publicações da
RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
a cada quatro anos.

91
c) O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe,
cumulativamente, que o usuário esteja sendo assistido por ações e serviços de
saúde do SUS; que o medicamento tenha sido prescrito por profissional de saúde,
no exercício regular de suas funções no SUS; que a prescrição esteja em
conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de
medicamentos; e que a dispensação ocorra tanto em unidades indicadas pela
direção do SUS quanto por empresas privadas, sob responsabilidade do usuário o
custeio do medicamento.
d) O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações específicas e
complementares de medicamentos, pelo princípio institucional da Soberania,
independente de ser observada a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos
entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pactuado nas
Comissões Intergestores.
e) A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal
de medicamento somente poderão conter produtos com registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, podendo o Ministério da Saúde
estabelecer regras diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
especializado.

12. (HUAP/EBSERH/IBFC/2016) Considerando o decreto presidencial 7508 de 28 de


junho de 2011, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:

I. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME (Relação


Nacional de Medicamentos Essenciais) e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas em âmbito nacional.
II. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica não pressupõe estar o
usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS.
III.O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e
orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o
estabelecimento de metas de saúde.

a) I, II e III são corretas


b) Apenas III é correta

92
c) Apenas II é correta
d) As sentenças I, II e III são incorretas
e) Apenas I e III são corretas

13. (Resid.Multip.Saúd.Colet./UPE/2012) As Comissões Intergestores pactuarão a


organização e funcionamento das ações e dos serviços de saúde integrados em
redes de atenção a saúde. Em relação as alternativas abaixo, marque V para as
verdadeiras e F para as falsas.
I. A CIT, no âmbito da União, é vinculada ao Ministério da Saúde para
efeitos administrativos e operacionais.
II. A CIB, no âmbito do Estado, vincula-se à Secretaria Estadual de Saúde
para efeitos administrativos e operacionais.
III. A Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, vinculada à
Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais,
devendo observar as diretrizes da CIB.
a) V-F-F
b) F-V-V
c) F-V-F
d) V-V-V
e) F-F-V

14. (UFMG/EBSERH/AOCP/2014) Analise as assertivas e assinale a alternativa que


aponta as corretas. Serão de competência exclusiva da Comissão Intergestores
Tripartite a pactuação:
I. Das diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites
geográficos, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os entes federativos;
II. Das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
III. Dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de saúde
da Região de Saúde, em razão do compartilhamento da gestão;
IV. Das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacionais das
Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respeitadas,
em todos os casos, as normas que regem as relações internacionais.
a) Apenas I e III.

93
b) Apenas III e IV.
c) Apenas II, III e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.

15. (TJ-AM/FGV/2013) O Decreto 7.508/11regulamenta a Lei Orgânica da Saúde, e


dispõe, entre outras coisas, sobre a organização do SUS, o Contrato Organizativo
da Ação Pública da Saúde- COAP é:
a) Uma instância de pactuação consensual entre os entes federativos para definição
das regras da gestão compartilhada do SUS.
b) Um acordo de colaboração firmado entre os entes federativos com a finalidade
de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e
hierarquizada.
c) Um conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência à saúde.
d) Um contrato que contem a discriminação da receita e da despesa, a fim de
evidenciar a política econômico-financeira e ao programa de trabalho do
governo.
e) Um conjunto de acordos que determina as diretrizes, os objetivos e as metas da
administração pública, no que se refere à saúde, para um período de quatro anos.

16. (UFS/EBSERH/AOCP/2016) O acordo de colaboração entre os entes


federativos para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde será
firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde. De acordo
com as disposições contidas no Decreto Presidencial nº 7.508/2011, assinale a
alternativa correta acerca do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.

a) A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o


bestabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde.

b) O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde resultará da integração dos


planos de saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como

94
fundamento as pactuações estabelecidas pela Comissão Intergestores Regional
(CIR).

c) O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a organização e a


integração das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes
federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de garantir a melhor
aplicação dos recursos e a redução dos custos.

d) As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de Ação Pública de


Saúde serão pactuados pela Comissão Intergestores Regional (CIR), cabendo à
Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação.

e) A Comissão Intergestores Bipartite (CIB), por meio de serviço especializado, fará o


controle e a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde.

23. (Fundep/Lagoa Santa/2016b) Considerando as Redes de Atenção à Saúde como o


conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente,
com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde, relacione a
COLUNA II com a COLUNA I. COLUNA I

1. Região de Saúde

2. Portas de Entrada

3. Mapa da Saúde

4. Serviços Especiais de Acesso Aberto

COLUNA II

( ) Serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS.

( ) Serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo


ou de situação laboral, necessita de atendimento especial.

( ) Espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes,


delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de
comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados.

95
( ) Descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de
saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando a capacidade instalada
existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do
sistema.

Assinale a sequência CORRETA.

A) 2 4 1 3 B) 2 4 3 1 C) 4 2 1 3 D) 4 2 1 3

6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Sistema de informação

São instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados, cujo objetivo


principal é fornecer informações para análise e melhor compreensão de importantes
problemas de saúde da população.

Subsidiará a tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal.

1. Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC)


 Fornece informações sobre as características dos nascidos vivos, fundamentais para
o estabelecimento de indicadores de saúde específicos;
 Utiliza como instrumento de coleta de dados a Declaração de Nascido Vivo (DN);
 Permite conhecer quantas crianças nascem por ano e por região, bem como as
características ligadas a saúde da mãe (idade gestacional, por exemplo);
 Permite conhecer características dos recém-nascidos (presença de malformação
congênita ao nascer);
 Capta dados sobre as condições de gravidez, parto e nascimento, incluindo, peso ao
nascer, idade gestacional, realização de pré-natal, entre outros.

96
DN:

1ª Via (branca) 2ª Via (amarela) 3ªVia (Rosa)

• Deve ser • Dever ser • Fica no


encaminhada à entregue ao ESTABELEC
SECRETARI PAI ou IMENTO DE
A REPRESENT SAÚDE,
MUNICIPAL ANTE aquivado no
DE SAÚDE LEGAL para prontuário da
registrar a mãe
criança no
cartório

2. Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN)


 É um sistema informatizado de base de dados, gerenciado pelo MS, alimentado
principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que
constam na lista nacional de doenças de notificação compulsória;
 Abrange o conjunto de ações relativas à coleta e processamento de dados, fluxo e
divulgação de informações sobre a ocorrência de agravos de notificação
compulsória, de interesse nacional, estadual e federal;
 Os casos suspeitos e/ou confirmados das doenças, constantes na Lista de Doenças
de Notificação Compulsória deverão ser notificados por meio do SINAN;
 Reúne todas as informações relativas aos agravos de notificação, alimentado pelas
notificações compulsórias.

3. Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)


 Reúne dados relativos aos óbitos ocorridos;
 Alimentado pelos atestados de óbito emitidos;
 Possibilita o conhecimento da distribuição dos óbitos por faixa etária, sexo causa e
outras informações;
 A Declaração de Óbito (DO) deve ser preenchida por todos os tipos de óbitos fetais
e não fetais ocorridos em estabelecimento de saúde, domicílios ou outros locais;

97
 A DO é o documento base para o SIM, composta por três vias auto-copiativas,
numeradas sequencialmente, fornecida pelo MS e distribuídas pelas SES e SMS
conforme fluxo padronizado para todo país;
 Nos óbitos fetais, os médicos que prestaram assistência a mãe fica obrigados a
fornecer a DO quando a gestação menor igual 20 semanas, ou o feto menor igual a
500 gramas, e/ou estatura menor igual a 25 cm.

4. Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA)


 Sistema que gere informações referentes ao atendimento ambulatorial e que possa
subsidiar os gestores estaduais e municipais no monitoramento dos processos de
planejamento, programação, regulação, avaliação e controle dos serviços de saúde,
na área ambulatorial;
 Reúne informações obtidas com os atendimentos ambulatoriais, seja em unidades
básicas de saúde, seja em hospitais;
 Permite verificar se todos os atendidos em um ambulatório são moradores da
região, indicando a falta de serviços voltados para o atendimento das necessidades
dos moradores que se deslocam de muito longe para obter serviços de saúde.

5. Sistemas de Informações Hospitalares (SIH)


 Reúne informações sobre a assistência prestada nos hospitais;
 É alimentado principalmente pelos dados contidos nas Autorizações de Internações
Hospitalares (AIH) e pelos relatos contidos nos prontuários dos pacientes.

6. Sistema Nacional de Regulação (SISREG)


 Criado para o gerenciamento de todo o complexo regulatório, através de módulos
que permitem desde inserção da oferta até a solicitação, pela rede básica, de
consultas, exames e procedimentos na média e alta complexidade;
 Possibilita a regulação de leitos hospitalares , objetivando maior organização e
controle do fluxo de acesso aos serviços de saúde;

98
 Utilização para otimização na utilização dos recursos assistenciais e visando a
humanização no atendimento.

7. Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (e-SUS/SISAB)


 O e-SUS Atenção Básica é uma estratégia para reestruturar as informações da saúde
na Atenção Básica em nível nacional;
 A criação do SISAB foi um dos frutos dessa nova estratégia;
 O SISAB dispõe de informações de cada cidadão, ou seja, toda informação deverá
conter o CNS do paciente unificando e integrando todos os sistemas;
 O novo sistema substitui o Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB).

Questões:

1. (HUJB/EBSERH/AOCP/2016) Em relação aos sistemas de informação em saúde,


assinale a alternativa correta.

a. O SIAB foi implantado para o acompanhamento das ações e dos resultados das
atividades realizadas pelas equipes do Programa Saúde da Família – PSF. Além
disso, foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde
e incorporou em sua formulação conceitos como território, problema e
responsabilidade sanitária.
b. O SI-PNI é um sistema informatizado de entrada de dados desenvolvido pelo
DATASUS em parceria com o INCA, para auxiliar a estruturação do Viva Mulher
(Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama). Esse
sistema coleta e processa informações sobre identificação de pacientes e laudos de
exames citopatológicos e histopatológicos, fornecendo dados para o
monitoramento externo da qualidade dos exames, orientando, assim, os gerentes
estaduais do Programa sobre a qualidade dos laboratórios responsáveis pela leitura
dos exames no município.

99
c. SISCOLO/SISMAMA é um software desenvolvido para acompanhamento
adequado das gestantes inseridas no Programa de Humanização no Pré-Natal e
Nascimento (PHPN), do Sistema Único de Saúde. Apresenta o elenco mínimo de
procedimentos para uma assistência pré-natal adequada, ampliando esforços no
sentido de reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna, perinatal e
neonatal.

d. O HIPERDIA é um sistema desenvolvido para possibilitar, aos gestores


envolvidos no Programa Nacional de Imunização, a avaliação dinâmica do risco
quanto à ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos
imunobiológicos aplicados e do quantitativo populacional vacinado, agregados por
faixa etária, período de tempo e área geográfica. Possibilita também o controle do
estoque de imunobiológicos necessário aos administradores que têm a
incumbência de programar sua aquisição e distribuição.

e. DE-PARA SIA é um Sistema descentralizado utilizado mensalmente pelas


Unidades Prestadoras de Serviço para transcrição dos quantitativos dos
atendimentos prestados nos ambulatórios, criticando-os conforme regras
estabelecidas em portarias.

2. (INES/IAOCP/2012) Qual é o sistema de informação implantado em 1990 com o


objetivo de reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimento
informados em todo território nacional?

a) SIH.
b) SIV.
c) SINASC.
d) SIAB.
e) SIM.

3. (HU-UNB/EBSERH/IBFC/2013) O documento de entrada do Sistema de


Informação sobre nascidos vivos é:

100
a) Certidão de nascimento.
b) Resumo de alta hospitalar do binômio mãe/recém nato.
c) Notificação de parto.
d) Declaração de Nascido Vivo.

7. CONTROLE SOCIAL NO SUS, LEI 8.142/1990

O SUS contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

Conselhos de Saúde

Composição paritária: 50% Formulação de estratégias,


de USUÁRIOS do SUS, controle da execução da
50% de gestores, Caráter permanente e política de saúde, inclusive
prestadores de serviços deliberativo nos aspectos
(25%) e trabalhadores de ECONÔMICOS e
saúde (25%) FINANCEIROS

Conferência de Saúde

Reuniões ocorrem
ordinariamente
quando convocada
Avalia a situação da
Composição Reuniões ocorrem a pelo Poder
saúde, propõe as
paritária cada 4 anos Executivo e
diretrizes
extraordinariamente
, por esta ou pelo
Conselho de Saúde

 As decisões dos Conselhos e Conferências de Saúde serão homologadas pelo chefe


do poder legalmente constituído em cada esfera de governo;

 O CONASS e o CONASEMS terão representação no Conselho Nacional de Saúde;

101
 A representação dos usuários será paritária em relação ao conjunto dos demais
segmentos;

 Os Conselhos e Conferências de Saúde terão sua organização e normas de


funcionamento definidas em regimento próprio aprovadas pelos respectivo
conselho.

Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

1º despesas de custeio (dia a dia) e de capital do MS, seus órgãos e entidades da


administração direta e indireta;

2º Investimentos previstos em lei orçamentária de iniciativa do Poder Legislativo


aprovado pelo Congresso Nacional (os recursos serão enviados pelo Poder Legislativo
ao Congresso Nacional para serem aprovados para então serem alocados);

3º Investimentos previstos no Plano Quinquenal do MS;

4º Cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos municípios,


estados, DF e municípios.

Transferências de recursos da saúde:

 A transferência de recursos deve ser de no mínimo 70% para os municípios e 30%


para os estados.

102
Para receberem os recursos da União, os estados, DF e municípios deverão contar
com:

Fundo de Saúde Relatório de gestão

Conselho de saúde com composição Contrapartida de recursos no


paritária respectivo orçamento

Comissão de Elaboração do Plano de


Carreira, Cargos e Salários (PCCs),
Plano de Saúde
previsto prazo de 2 anos para sua
implantação

De acordo com o art.198 da CF/88, as ações e serviços públicos de saúde integram uma
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único e organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:

1. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


2. Atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo para as atividades assistenciais;
3. Participação da comunidade.

O controle social no SUS é realizado prioritariamente pelos conselhos e conferências de


saúde, instâncias colegiadas que desempenham papeis deliberativos e fiscalizadores
desse sistema de saúde , sem prejuízo das funções do Poder Legislativo.

Outros espaços e situações de participação da comunidade no SUS:

 Construção coletiva de planos municipais de saúde;


 Orçamento participativo da área da saúde;
 Avaliação de prestação de contas da saúde apresentadas em audiência pública;
 Movimentos sociais na área da saúde;
 Implantação dos Conselhos Locais, Conselhos Regionais e Conselhos Distritais
de Saúde.

103
Questões:

1. (CESPE/PREF.BOAVISTA/2004) Com base na Constituição da República e na


regulamentação das Leis n.º 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde) e n.º 8.142/1990, foi
criado o SUS, visando alterar a situação de desigualdade na assistência à saúde da
população brasileira. Quanto a esse assunto, julgue os itens que se seguem.

92 O SUS constitui-se basicamente de um conjunto de ações e serviços de saúde,


prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais.

93 Os serviços de saúde da iniciativa privada podem participar do SUS em caráter


complementar.

94 Um princípio básico do SUS é o de que todos os cidadãos devem ser atendidos, de


acordo com suas necessidades, independentemente de pagamento.

95 Os conselhos de saúde são órgãos colegiados permanentes, com caráter


essencialmente consultivo, compostos por representantes do governo, profissionais de
saúde e usuários, expressando o controle social do SUS.

96 A formação dos conselhos de saúde tem como premissa básica a paridade. Assim, o
número de representantes de cada uma das categorias que o constituem deve ser
exatamente igual.

2. (CESPE/HFA/2004) O Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido considerado como


uma das grandes conquistas sociais consagradas na Constituição Federal de 1988. O
SUS foi regulamentado pelas Leis n.º 8.080/1990 (a Lei Orgânica da Saúde) e n.º
8.142/1990, e tem como finalidade básica modificar a situação de desigualdade na
assistência à saúde da população brasileira. Os princípios básicos do SUS incluem
o(a)

51 Universalidade de acesso, entendida como um conjunto articulado e contínuo de


ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso
em todos os níveis de complexidade do sistema.

52 Amplo direito à informação sobre sua saúde às pessoas assistidas.

53 Descentralização política e administrativa, com direção única em cada uma das


esferas de governo (federal, estadual e municipal).

54 Formulação e execução da política de sangue e hemoderivados.

55 Uso da epidemiologia, com vistas ao estabelecimento de prioridades, à alocação de


recursos e à orientação de programas de saúde.

104
3. (Fundep/Lagoa Santa/2010) A Conferencia Nacional de Saúde deve ser convocada a
cada:
a) 5 anos
b) 4 anos
c) Ano
d) 2 anos

4. (CESPE/PMV/2007) Assinale a opção correta relativamente à legislação em saúde e


à organização do SUS.

a) A No âmbito do SUS, a expressão controle social significa controle dos cidadãos


pelo Estado.
b) B A Lei n.o 8.080/1990, referida no texto, retoma o disposto na Constituição
Federal acerca de um conceito mais amplo de saúde que compreende moradia,
trabalho, educação, transporte, entre outros, como seus fatores determinantes.
c) C As comissões intergestores tripartite (CIT) têm representantes das esferas
municipal, estadual e regional do poder.
d) D No âmbito dos estados, as secretarias estaduais de saúde (SES), os conselhos
estaduais de saúde (CES) e as CIT devem ser as instâncias gestoras do SUS.
e) E No âmbito dos municípios, as secretarias municipais de saúde devem ser as
únicas instâncias gestoras do SUS.

5.(Fundep/Centro Sul/2016) Para receberem os recursos financeiros da área da saúde, os


municípios, os estados e o Distrito Federal deverão contar com:

a) população adscrita definida, fundo de saúde, com conta no nome do gestor, e


comissão de saúde local.
b) comprovação de utilização de recursos financeiros, já que o pagamento é feito
por meio de ressarcimento.
c) auditoria interna constante para avaliação da transparência dos serviços
realizados.
d) fundo de saúde, conselho de saúde, plano de saúde, relatórios de gestão,
contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento e Comissão de
Elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

105
5. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) Sobre o Controle social na gestão do Sistema Único
de Saúde, com base na Lei nº 8.142 de 1990, assinale a alternativa correta.

a) A Conferência de Saúde tem o objetivo de formular estratégias e controlar a


execução da política de saúde na instância correspondente.
b) O Sistema Único de Saúde contará, em cada esfera de governo, com o Conselho de
Saúde, sendo a Conferência de Saúde uma instância optativa pelo gestor
correspondente.
c) Diferentemente das Conferências de Saúde que se reúnem há cada 4 anos ou
extraordinariamente, os Conselhos de Saúde são órgãos de caráter permanente e
deliberativo.
d) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde não têm representação no Conselho Nacional de
Saúde.
e) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde é
superior em relação ao conjunto dos demais segmentos.

6. (CESPE/UnB/2008) Acerca da Lei n.º 8.142/1990, que dispõe sobre a participação da


comunidade na gestão do SUS, julgue os itens subsequentes.

24 Essa lei define que o SUS deverá contar com a conferência de saúde, em cada esfera
de governo, como uma de suas instâncias colegiadas.

25 A lei em apreço define que o conselho de saúde deve ser composto de forma paritária
por representantes de três setores, a saber: do governo, dos serviços privados e dos
usuários em cada esfera de governo.

26 É prevista a representação dos secretários estaduais de saúde e secretários municipais


de saúde no Conselho Nacional de Saúde por meio de seus respectivos conselhos
nacionais, a saber: o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional
de Secretários Municipais de Saúde.

27 A lei em questão reconhece o caráter deliberativo do conselho de saúde e indica que


este deve atuar de forma intermitente, com reuniões a cada quatro anos,
preferencialmente no início de cada novo governo, com o objetivo principal de definir
as prioridades para as políticas de saúde daquele período de gestão.

28 A lei considerada não determinou que os municípios implantassem plano de carreira,


cargos e salários para os trabalhadores do SUS.

106
7. (AOCP/FUNDASUS/2015) Sobre a Lei nº 8.142/90 que dispõe sobre a participação
da comunidade na gestão do SUS. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de
serviços, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do
poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Qual a disposição da
representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências?

a) Devera ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.


b) Deverá ser absoluta em relação ao conjunto dos demais segmentos.
c) Deverá ser equiparada em relação ao conjunto dos demais segmentos.
d) Deverá ser maioria em relação ao conjunto dos demais segmentos.
e) Deverá ser minoria em relação ao conjunto dos demais segmentos.

8. (IMPAH/Pref.Fortaleza/2014) De acordo com o que dispõe a Lei 8.142/90, a


Conferência de Saúde é uma Instância:

a) Singular; presente apenas no âmbito municipal; reunir-se-á a cada dois anos com a
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde.
b) Colegiada; presente apenas no âmbito municipal; reunir-se-á a cada dois anos com
a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde.
c) Singular; presente apenas no âmbito federal; reuni-se-á a cada dois anos com a
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde.
d) Colegiada; presente em cada esfera de governo; reunir-se-á a cada quatro anos com
a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes.
e) Presente apenas em âmbito estadual e federal; reunir-se-á a cada quatro anos com a
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e

107
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes.

9. (UFS/Residência/2015) O SUS, contará em cada esfera de governo, sem prejuízo


das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: a
Conferência de Saúde e Conselho de Saúde. Em relação ao Conselho de Saúde,
assinale a alternativa correta:

a) Tem caráter permanente e legislativo.


b) É composto por representantes do governo (poder executivo, legislativo e
judiciário).
c) Atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
instância correspondente.
d) Reúne-se a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais.
e) Propõe as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes.

10. (MAKIYAMA/Pref.Natal/2016) Segundo a Lei nº 8.142/90, os recursos do Fundo


Nacional de Saúde (FNS) devem ser alocados como:

I. Despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e


entidades, da administração direta e indireta.
II. Investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder
Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional.
III. Investimentos previstos no Plano de Saúde dos Conselhos de Saúde.
IV. Cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos
Municípios, Estados e Distrito Federal.
Estão corretas as afirmações:

a) II e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.

108
11. (HU-UFC/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com o art. 4º da Lei nº 8.142/90,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. Para receberem
os investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde os
municípios, os estados, o DF deverão contar, dentre outros:

I. Fundo de Saúde;
II. Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
III. Conselho de Saúde com composição paritária;
IV. Seguro de saúde.

a. Apenas I;
b. Apenas II;
c. Apenas II, III e IV;
d. Apenas I, II e III;
e. I, II, III e IV.

12. (AOCP/HUJB/2016) De acordo com Lei 8.142/90, qual das alternativas a seguir
NÃO corresponde aos requisitos estabelecidos em Lei para que os Municípios, os
Estados e o Distrito Federal recebam os recursos?
a) Plano de saúde.
b) Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei
n° 8.080/1990.
c) Diretoria da saúde com eleições feitas a cada dois anos, com composição superior
de profissionais de saúde.
d) Fundo de Saúde.
e) Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o
prazo de dois anos para sua implantação.

13. (CESPE/2016/TRT) No que se refere a participação e o controle social no SUS,


assinale a opção correta:
a) O conselheiro de saúde devidamente identificado, pode denunciar maus- tratos e
falta de condições da unidade de saúde para a realização do atendimento
necessário.

109
b) Um conselho municipal de saúde composto por 10 representantes dos usuários
deverá conter três representantes dos gestores e prestadores de serviços de saúde
e três representantes dos profissionais de saúde.
c) Os conselhos de saúde reúnem-se para organizar as conferências de saúde e ,
após a sua realização, são extintos os conselhos.
d) A conferência nacional de saúde deve acontecer a cada 6 anos e as conferências
estaduais e municipais a cada 5 anos.
e) O conselheiro nacional de saúde recebe o equivalente a um salário mínimo
mensal para exercer suas funções.

14. (CESPE/2013/TRT) De acordo com a Lei 8.142/90, que dispõe sobre a participação
da comunidade na gestão do SUS, assinale a opção correta:
a) Manter vínculo dos serviços do SUS com os seus usuários é função do gestor
federal.
b) A Conferência Nacional de Saúde reúne-se a cada 4 anos, a fim de avaliar a
situação de saúde e formar novas diretrizes.
c) O Conselho de Saúde, que é permanente e conta com poder deliberativo,
constitui-se de prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários do
SUS.
d) Formular e controlar a execução de estratégias que norteiem o funcionamento do
SUS, excetuada a utilização de recursos financeiros, cabe ao Conselho de Saúde.
e) Exercer funções de normatização e de coordenação da gestão nacional do SUS é
função do gestor estadual.

15. As leis 8.080/90 e Lei 8.142/90 foram promulgadas com o intuito de se fortalecer a
rede pública de serviços de saúde em todos os níveis de complexidade.

16. Conforme a Lei 8.142/90, que dispõe sobre a participação popular no SUS, o
Conselho de Saúde tem caráter provisório e consultivo.

17. Nos termos da Lei 8.142/90, que dispõe sobre as transferências intergovernamentais
de recursos financeiros na área da saúde, o município para recebimento desses
recursos, necessariamente deve dispor, entre outros, de fundo de saúde, plano de
saúde e conselho de saúde.

110
18. No caso de haver um município que não tenha conselho de saúde constituído, cabe
ao conselho estadual de saúde assumir, junto ao Poder Executivo municipal, a
convocação e realização da Conferência Municipal, que terá como parte de seus
objetivos a estruturação e composição do conselho municipal.

19. (CESPE/2018/EBSERH) No que concerne ao controle social no SUS, julgue os


itens subsequentes.

1. As duas instâncias colegiadas que participam no controle social de saúde do SUS


são os conselhos de saúde, que se reúnem anualmente e de forma ordinária, e as
conferências de saúde, que possuem caráter permanente e estão presentes nas três
esferas do governo.

2. O conselho de saúde, em sua esfera administrativa, atua na formulação de


estratégias e no controle econômico e financeiro da execução das políticas de saúde.

3. As decisões tomadas pelos conselhos deverão ser homologadas pelo presidente do


Conselho Nacional de Saúde, após deliberação.

4. A cada eleição dos conselhos de saúde, recomenda-se que os segmentos de


representação sejam renovados, no mínimo, em 30% das entidades representativas.

20. (CESPE/2005/ANS) Considerando a legislação do setor saúde no Brasil, em


especial o capítulo da saúde na Constituição da República e na Lei 8.142/90, julgue
o item subsequente.

1. A Lei 8.080/90 foi elaborada após a Lei 8.142/90 e produz maior detalhamento dos
itens relacionados ao modelo de atenção à saúde.

12. RESOLUÇÃO 453/2012 DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE:

o O Conselho de Saúde é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do


Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de Governo, integrante da estrutura
organizacional do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde dos Estados, do

111
Distrito Federal e dos Municípios, com composição, organização e competência
fixadas na Lei no 8.142/90.

o O processo bem-sucedido de descentralização da saúde promoveu o surgimento de


Conselhos Regionais, Conselhos Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo
os Conselhos dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação dos
Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os Conselhos de Saúde são
espaços instituídos de participação da comunidade nas políticas públicas e na
administração da saúde.

Formulação e proposição
de estratégias, controle da
Subsistema da Seguridade execução das Políticas de
Conselho de Saúde
Social Saúde, inclusive nos
aspectos econômicos e
financeiros

DA INSTITUIÇÃO E REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE

o A instituição dos Conselhos de Saúde é estabelecida por lei federal, estadual, do


Distrito Federal e municipal, obedecida a Lei no 8.142/90.

o Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde o Poder Executivo,


respeitando os princípios da democracia, deverá acolher as demandas da população
aprovadas nas Conferências de Saúde, e em consonância com a legislação.

A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE

o A participação da sociedade organizada, garantida na legislação, torna os Conselhos


de Saúde uma instância privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento,
deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da Política de Saúde,

112
inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. A legislação estabelece,
ainda, a composição paritária de usuários em relação ao conjunto dos demais
segmentos representados.
o O Conselho de Saúde será composto por representantes de entidades, instituições e
movimentos representativos de usuários, de entidades representativas de
trabalhadores da área da saúde, do governo e de entidades representativas de
prestadores de serviços de saúde, sendo o seu presidente eleito entre os membros do
Conselho, em reunião plenária. Nos Municípios onde não existem entidades,
instituições e movimentos organizados em número suficiente para compor o
Conselho, a eleição da representação será realizada em plenária no Município,
promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e democrática.

I - O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e constituído em


lei.

II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e consoante com
as Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser
distribuídas da seguinte forma:

a) 50% de entidades e movimentos representativos de usuários;

b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde;

c) 25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou


sem fins lucrativos.

III - A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais terá como critério a


representatividade, a abrangência e a complementaridade do conjunto da sociedade, no
âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De acordo com as especificidades locais,
aplicando o princípio da paridade, serão contempladas, dentre outras, as seguintes
representações:

a) associações de pessoas com patologias;

b) associações de pessoas com deficiências;

c) entidades indígenas;
113
d) movimentos sociais e populares, organizados (movimento negro, LGBT...);

e) movimentos organizados de mulheres, em saúde;

f) entidades de aposentados e pensionistas;

g) entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações e federações


de trabalhadores urbanos e rurais;

h) entidades de defesa do consumidor;

i) organizações de moradores;

j) entidades ambientalistas;

k) organizações religiosas;

l) trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, conselhos de profissões


regulamentadas, federações e sindicatos, obedecendo as instâncias federativas;

m) comunidade científica;

n) entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais campo de estágio, de


pesquisa e desenvolvimento;

o) entidades patronais;

p) entidades dos prestadores de serviço de saúde; e

q) governo.

IV - As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conselho de Saúde terão os


conselheiros indicados, por escrito, conforme processos estabelecidos pelas respectivas
entidades, movimentos e instituições e de acordo com a sua organização, com a
recomendação de que ocorra renovação de seus representantes.

V - Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de representações de usuários,


trabalhadores e prestadores de serviços, ao seu critério, promovam a renovação de, no
mínimo, 30% de suas entidades representativas.
114
VI - A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em relação aos demais
segmentos que compõem o Conselho, por isso, um profissional com cargo de direção ou
de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de saúde não pode ser
representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as).

VII - A ocupação de funções na área da saúde que interfiram na autonomia


representativa do Conselheiro(a) deve ser avaliada como possível impedimento da
representação de Usuário(a) e Trabalhador( a), e, a juízo da entidade, indicativo de
substituição do Conselheiro( a).

VIII - A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder


Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos Conselhos
de Saúde.

IX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em atividade no Município,


caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a
convocação e realização da Conferência Municipal de Saúde, que terá como um de seus
objetivos a estruturação e composição do Conselho Municipal. O mesmo será atribuído
ao Conselho Nacional de Saúde, quando não houver Conselho
Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento.

X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remuneradas,


considerando-se o seu exercício de relevância pública e, portanto, garante a dispensa do
trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de justificativa junto aos órgãos,
entidades competentes e instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de
participação de seus membros durante o período das reuniões, representações,
capacitações e outras atividades específicas.

XI - O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos seus atos conforme


legislação vigente.

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE

As três esferas de Governo garantirão autonomia administrativa para o pleno


funcionamento do Conselho de Saúde, dotação orçamentária, autonomia financeira e
organização da secretaria-executiva com a necessária infraestrutura e apoio técnico:

115
I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à sua estrutura administrativa e o
quadro de pessoal;

II - o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva coordenada por pessoa


preparada para a função, para o suporte técnico e administrativo, subordinada ao
Plenário do Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e dimensão;

III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;

IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a cada mês e,


extraordinariamente, quando necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A
pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com
antecedência mínima de 10 (dez) dias;

V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas ao público e deverão


acontecer em espaços e horários que possibilitem a participação da sociedade;

VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o funcionamento do


Plenário, que, além das comissões intersetoriais, estabelecidas na Lei no 8.080/90,
instalará outras comissões intersetoriais e grupos de trabalho de conselheiros para ações
transitórias.As comissões poderão contar com integrantes não conselheiros;

VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora eleita em Plenário,


respeitando a paridade expressa nesta Resolução;

VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas mediante quórum mínimo


(metade mais um) dos seus integrantes, ressalvados os casos regimentais nos quais se
exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos;

a) entende-se por maioria simples o número inteiro imediatamente superior à metade


dos membros presentes;

b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediatamente superior à metade de


membros do Conselho;

c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total de membros do


Conselho;

116
IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde preservará o que está
garantido em lei e deve ser proposta pelo próprio Conselho e votada em reunião
plenária, com quórum qualificado, para depois ser alterada em seu Regimento Interno e
homologada pelo gestor da esfera correspondente;

X - a cada três meses, deverá constar dos itens da pauta o pronunciamento do gestor, das
respectivas esferas de governo, para que faça a prestação de contas, em relatório
detalhado, sobre andamento do plano de saúde, agenda da saúde pactuada, relatório de
gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos recursos, as auditorias
iniciadas e concluídas no período, bem como a produção e a oferta de serviços na rede
assistencial própria, contratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei no
8.689/93 e com a Lei Complementar no 141/2012;

XI - os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão auditorias externas e


independentes sobre as contas e atividades do Gestor do SUS; e

XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por meio de resoluções,


recomendações, moções e outros atos deliberativos.

As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder constituído em


cada esfera de governo, em um prazo de 30 (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade
oficial. Decorrido o prazo mencionado e não sendo homologada a resolução e nem
enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com proposta de alteração ou
rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as entidades que integram o Conselho de
Saúde podem buscar a validação das resoluções, recorrendo à justiça e ao Ministério
Público, quando necessário. Quinta Diretriz: Aos Conselhos de Saúde Nacional,
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm competências definidas nas leis
federais, bem como em indicações advindas das Conferências de Saúde, compete:

I - fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobilizar e articular a


sociedade de forma permanente na defesa dos princípios constitucionais que
fundamentam o SUS;

II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de funcionamento;

117
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização das diretrizes aprovadas
pelas Conferências de Saúde;

IV - atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo os


seus aspectos econômicos e financeiros, e propor estratégias para a sua aplicação aos
setores público e privado;

V - definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e deliberar sobre o seu
conteúdo, conforme as diversas situações epidemiológicas e a capacidade
organizacional dos serviços;

VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de gestão;

VII - estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento da gestão do SUS,


articulando-se com os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade social, meio
ambiente, justiça, educação, trabalho, agricultura, idosos, criança e adolescente e outros;

VIII - proceder à revisão periódica dos planos de saúde;

IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos a serem encaminhados ao


Poder Legislativo, propor a adoção de critérios definidores de qualidade e
resolutividade, atualizando-os face ao processo de incorporação dos avanços científicos
e tecnológicos na área da Saúde;

X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da pauta o pronunciamento do gestor,


das respectivas esferas de governo, para que faça a prestação de contas, em relatório
detalhado, sobre andamento do plano de saúde, agenda da saúde pactuada, relatório de
gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos recursos, as auditorias
iniciadas e concluídas no período, bem como a produção e a oferta de serviços na rede
assistencial própria, contratada ou conveniada, de acordo com a Lei Complementar no
141/2012.

XI - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funcionamento do


Sistema Único de Saúde do SUS;

XII - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, conforme as diretrizes


dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;
118
XIII - acompanhar e controlar a atuação do setor privado credenciado mediante contrato
ou convênio na área de saúde;

XIV - aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em vista as metas e


prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, observado o princípio do
processo de planejamento e orçamento ascendentes, conforme legislação vigente;

XV - propor critérios para programação e execução financeira e orçamentária dos


Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação e destino dos recursos;

XVI - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimentação de


recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde e os recursos transferidos e próprios do
Município, Estado, Distrito Federal e da União, com base no que a lei disciplina;

XVII - analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação de contas e


informações financeiras, repassadas em tempo hábil aos conselheiros, e garantia do
devido assessoramento;

XVIII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e


encaminhar denúncias aos respectivos órgãos de controle interno e externo, conforme
legislação vigente;

XIX - examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades, responder no seu


âmbito a consultas sobre assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde, bem
como apreciar recursos a respeito de deliberações do Conselho nas suas respectivas
instâncias;

XX - estabelecer a periodicidade de convocação e organizar as Conferências de Saúde,


propor sua convocação ordinária ou extraordinária e estruturar a comissão organizadora,
submeter o respectivo regimento e programa ao Pleno do Conselho de Saúde
correspondente, convocar a sociedade para a participação nas pré-conferências e
conferências de saúde;

XXI - estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos de Saúde, entidades,


movimentos populares, instituições públicas e privadas para a promoção da Saúde;

119
XXII - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre assuntos e temas na área
de saúde pertinente ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS);

XXIII - acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e


tecnológica, observados os padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento
sociocultural do País;

XXIV - estabelecer ações de informação, educação e comunicação em saúde, divulgar


as funções e competências do Conselho de Saúde, seus trabalhos e decisões nos meios
de comunicação, incluindo informações sobre as agendas, datas e local das reuniões e
dos eventos;

XXV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação permanente para o controle


social, de acordo com as Diretrizes e a Política Nacional de Educação Permanente para
o Controle Social do SUS;

XXVI - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com os poderes


constituídos, Ministério Público, Judiciário e Legislativo, meios de comunicação, bem
como setores relevantes não representados nos conselhos;

XXVII - acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pesquisas aprovadas pelo
CNS;

XXVIII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do Trabalho e Educação


para a Saúde no SUS;

XXIX - acompanhar a implementação das propostas constantes do relatório das


plenárias dos Conselhos de Saúde; e

XXX - atualizar periodicamente as informações sobre o Conselho de Saúde no Sistema


de Acompanhamento dos Conselhos de
Saúde (SIACS).

Questões:

120
1. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) O processo bem-sucedido de descentralização da
saúde promoveu o surgimento de Conselhos Regionais, Conselhos Locais,
Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos dos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas, sob a coordenação dos Conselhos de Saúde da esfera
correspondente. Assim, os Conselhos de Saúde são espaços instituídos de
participação da comunidade nas políticas públicas e na administração da saúde.
De acordo com a resolução 453/2012, assinale a alternativa correta.
a) O Conselho de Saúde é uma instância colegiada, consultiva e provisória do
Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de Governo, integrante da
estrutura organizacional do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com composição, organização e
competência fixadas na Lei nº 8.142/90.
b) O Conselho de Saúde, embora não seja uma instância colegiada, apresenta
características deliberativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em
cada esfera de Governo, integrante da estrutura organizacional do Ministério da
Saúde, da Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
com composição, organização e competência fixadas na Lei nº 8.080/90.
c) Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde, o Poder Judiciário,
respeitando os princípios da democracia, deverá acolher as demandas da
população aprovadas nas Conferências de Saúde e em consonância com a
legislação.
d) Como Subsistema da Assistência Social, o Conselho de Saúde atua na formulação
e proposição de estratégias e no controle da execução das Políticas de Saúde,
inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros, sendo um órgão
eminentemente consultivo.
e) Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saúde atua na formulação
e proposição de estratégias e no controle da execução das Políticas de Saúde,
inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros.

2. (AOCP/EBSERH/UFT/2015) De acordo com as diretrizes da Resolução


453/2012 do Conselho Nacional da Saúde, o Plenário dos Conselhos de Saúde
a) se reunirá, no mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando necessário, e
terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às

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reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima de
10 (dez) dias.
b) se reunirá, no mínimo, a cada quatro meses e, extraordinariamente, quando
necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de
apoio às reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência
mínima de 15 (quinze) dias.
c) se reunirá, no mínimo, uma vez por semana e, extraordinariamente, quando
necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de
apoio às reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência
mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
d) se reunirá em todos os finais de semana e terá como base o seu Regimento
Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados aos
conselheiros com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
e) se reunirá, no mínimo, a cada ano e, extraordinariamente, quando necessário, e
terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às
reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima de
5 (cinco) dias.

3. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) Com relação aos Conselhos de Saúde e à


Resolução nº 453 de 2012, é correto afirmar que
a) os Conselhos de Saúde são órgãos de caráter formulador de políticas públicas de
saúde, devendo a fiscalização dos serviços de saúde ser exercida pela Casa
Legislativa da respectiva esfera de governo.
b) o orçamento dos Conselhos de Saúde é decidido pela Casa Legislativa da esfera de
governo correspondente.
c) o número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e constituído em
lei.
d) a participação de movimentos sociais não é permitida nos Conselhos de Saúde.
e) os Conselhos de Saúde não são espaços de participação da comunidade nas
políticas públicas.

122
4. (AOCP/EBSERH/UFCG/2017) De acordo com a quarta diretriz da resolução n°
453/2012, assinale a alternativa correta sobre a estrutura e o funcionamento dos
conselhos de saúde.

a) O Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva coordenada por


pessoa preparada para a função, para o suporte técnico, administrativo e jurídico,
subordinada ao Presidente da República, que definirá sua estrutura e dimensão.
b) Qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde preservará o que está
garantido em lei e deve ser proposta pelo próprio Conselho e votada em reunião
plenária, com quórum qualificado, para depois ser alterada em seu Regimento
Interno e homologada pelo gestor da esfera correspondente.
c) A cada bimestre, deverá constar dos itens da pauta o pronunciamento do gestor,
das respectivas esferas de governo, para que faça a prestação de contas, em
relatório genérico, sobre andamento do plano de saúde, agenda da saúde
pactuada, relatório de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos
recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no período, bem como a produção e
a oferta de serviços na rede assistencial própria, contratada ou conveniada, de
acordo com o art. 12 da Lei n° 8.689/93 e com a Lei Complementar n° 141/2012.
d) Acompanha e controla a atuação do setor privado credenciado mediante licitação
na área de saúde, no entanto é vedado ao conselho da saúde aprovar a proposta
orçamentária anual da saúde, competência do Ministro da Saúde.
e) O conselho de Saúde não decidirá sobre o seu orçamento, pois não é dotado de
autonomia.

5. (AOCP/EBSERH/UFS/2017) De acordo com a Resolução 453/2012 do Conselho


Nacional de Saúde, assinale a alternativa que apresenta corretamente a distribuição das
vagas nos Conselhos de Saúde.

a) 50% de entidades e movimentos representativos de usuários, 25% de entidades


representativas dos trabalhadores da área de saúde e 25% de representação de
governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
b) 50% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde, 25% de
entidades e movimentos representativos de usuários e 25% de representação de
governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.

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c) 50% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados,
ou sem fins lucrativos, 25% de entidades representativas dos trabalhadores da área
de saúde e 25% de entidades e movimentos representativos de usuários.
d) 50% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados
e 50% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde.
e) 50% de entidades e movimentos representativos de usuários e 50% de entidades
representativas dos trabalhadores da área de saúde.

6. (AOCP/EBSERH/UFPA/2016) De acordo com o que dispõe a Resolução 453/2012


do Conselho Nacional da Saúde, acerca da Organização dos Conselhos de Saúde,
assinale a alternativa correta.

a) O número de conselheiros dos Conselhos de Saúde será definido pelo chefe do


executivo de cada ente federativo e constituído por meio de decreto.
b) As vagas nos Conselhos de Saúde deverão ser distribuídas da seguinte forma: 25%
de entidades e movimentos representativos de usuários; 25% de entidades
representativas dos trabalhadores da área de saúde; 50% de representação de
governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
c) A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder
Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos
Conselhos de Saúde.
d) As funções do membro do Conselho de Saúde são de relevância pública e serão
remuneradas, por meio de subsídio, correspondente a 67% do teto remuneratório
do Poder Legislativo correspondente.
e) A representação nos segmentos é autônoma e independente em relação aos demais
segmentos que compõem o Conselho, por isso um profissional com cargo de
direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de
saúde, pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as).

7. (UFMG/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a resolução 453/2012 do


Conselho Nacional de Saúde, recomenda-se que a cada eleição, os segmentos
dos representantes dos usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao seu
critério, promovam a renovação de, no mínimo:

124
a) 50% das suas entidades representativas.
b) 30% das suas entidades representativas.
c) 25% das suas entidades representativas.
d) 20% das suas entidades representativas.
e) 10% das suas entidades representativas.
8. (UFTM/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a resolução 453/2012, as
resoluções aprovadas pelo Pleno do Conselho de Saúde serão obrigatoriamente
homologadas pelo chefe do poder constituído em cada esfera de governo, em um
prazo de:

a) 5 dias.
b) 10 dias.
c) 15 dias.
d) 30 dias.
e) 45 dias.

9. (HUAP/IBFC/EBSERH/2016) Considerando a Resolução 453 do Conselho


Nacional de Saúde, de 10 de maio de 2012, assinale a alternativa incorreta:

a) O número de conselheiros nos Conselhos de Saúde será definido pela Secretaria


de Saúde ou Ministério da Saúde e constituído em lei.

b) As vagas nos Conselhos de Saúde deverão ser distribuídas de modo que haverá
25% de representação de governo e prestadores de serviços privados
conveniados, ou sem fins lucrativos.

c) A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em relação aos


demais segmentos que compõem o Conselho de Saúde, por isso um profissional
com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de
serviços de saúde, não pode ser representante dos usuários ou de trabalhadores.

d) Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em atividade no


Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao executivo

125
municipal, a convocação e realização da Conferência Municipal de Saúde, que
terá como um de seus objetivos a estruturação e composição do Conselho
Municipal.

e) Atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo


os seus aspectos econômicos e financeiros, e propor estratégias para a sua
aplicação aos setores público e privado é competência dos Conselhos de Saúde.

10. (AOCP/EBSERH-MEAC/2014) Em relação ao controle social do SUS, assinale


a alternativa que não apresenta competência do Conselho Nacional de Saúde.
a) Acompanhar, monitorar e avaliar, com os Conselhos Estaduais de Saúde,
Conselhos de Saúde do Distrito Federal e Conselhos Municipais de Saúde, o
processo de educação permanente desenvolvido no País.
b) Instituir mecanimos de divulgação e troca de experiências sobre o processo de
educação permanente para o controle social no SUS de conselheiros.
c) Elaborar, em conjunto com o Ministério da Saúde, a política nacional e o plano
de ação sobre o processo de educação permanente para o controle social no SUS
e deliberar sobre a respectiva política e plano de ação.
d) Promover a realização de eventos, em âmbito municipal, sobre o controle social
no SUS e garantir a participação de conselheiros de saúde em tais eventos.
e) Propor, em conjunto com os demais Conselhos de Saúde, mecanismos de
acompanhamento e avaliação que permitam a consolidação de resultados e
estudos comparativos de experiências de educação permanente desenvolvidos
nos estados, municípios e Distrito Federal.

11. (AOCP/EBSERH/2015) Segundo a resolução 453/2012 do Conselho Nacional


de Saúde, nos Municípios onde não existam entidades, instituições e
movimentos organizados em número suficiente para compor o Conselho, a
representação será:

a) Definida pela Secretaria Municipal de Saúde.


b) Definida pelo Poder Legislativo.

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c) Definida em eleição realizada em plenária no Município, promovida de maneira
ampla e democrática.
d) Definida por ato do chefe do Executivo Municipal, em caráter temporário, no qual
constam os prazos para que a representação seja substituída para aquela, prevista na
Resolução 453 de 2012.
e) Definida pela Conferência Municipal de Saúde.

12. (IBFC/HUAP/2016) De acordo com o que dispõe a Resolução 453/2012 do


Conselho Nacional da Saúde, acerca da Organização dos Conselhos de Saúde,
assinale a alternativa correta:

a) O número de conselheiros dos Conselhos de Saúde será definido pelo chefe do


executivo de cada ente federativo e constituído por meio de decreto.
b) As vagas nos Conselhos de Saúde deverão ser distribuídas da seguinte forma: 25%
de entidades e movimentos representativos de usuários; 25% de entidades
representativas dos trabalhadores da área de saúde; 50% de representantes de
governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
c) A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder
Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos
Conselhos de Saúde.
d) As funções do membro do Conselho de Saúde são de relevância pública e serão
remuneradas, por meio de subsídio, correspondente a 67% do teto remuneratório do
Poder Legislativo correspondente.
e) A representação nos segmentos é autônoma e independente em relação aos demais
segmentos que compõem o Conselho, por isso um profissional com cargo de
direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de saúde,
pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as).

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