Вы находитесь на странице: 1из 102

T ■ , T

4 4

,
Pj
I f I

‘ »
í «
i
» Í'V I

V
í

w ^ / D
í «

SOLO GRAMPEADO
1

Projeto, Execução,
Instrumentação e
Comportamento
t

30 de outviJ^ro 2003
Sâo Paulo -SP

●1 (

A B SindusCon SP
M S
A B SindusCon^SP
M S
Sindicato da Indústria da
Associação Brasileira de
Mecânica dos Solos e Construção Civil do
Engenharia Geotécnica Estado de São Paulo

Núcleo Regional de São Paulo

2003/2004 Diretoria

Diretoria ABMS Nacional Presidente


Artur Quaresma Filho

Presidente: Waidemar Coelho Hachich


Vice-Presidente: Arsênio Negro Junior Vice-presidente Financeiro:
Secretário: Alberto F. S. J. Sayão Sérgio Tiaki Watanabe
Tesoureiro: Flávio Teixeira Montez
Secretário Executivo: AlessanderC. M. Kormann Vice-presidentes
C e d r i c P o i i Ve n e z i a n i
Eduardo Gorayeb
Diretoria Núcleo Regional de São Paulo Eduardo May Zaidan
F r a n c i s c o A n t u n e s d e Va s c o n c e l l o s N e t o
IskandarAude
Presidente: Urbano Rodrigues Alonso
Vice-Presidente: Ilan Davidson Gotiieb João Cláudio Robusti

Secretário: Frederico Fernando Falconi João de Souza Coelho Filho

Tesoureiro: Eugênio P. Vieira da Cunha José Romeu Ferraz Neto


Secretário Executivo: Argimiro Alvarez Ferreira Luiz Antonio Messias
Manuel Tavares da Silva Filho
Sede Maristela Alves Lima Honda
A v. P r o f . A l m e i d a P r a d o 5 3 2 Miguel da Silva Sastre
IPT-DEC -Prédio 54 Cidade Universitária
05508-901 São Paulo -SP Diretores Regionais
Tel/Fax: (11) 3768 2215 Adilson César Justo
abmsnrsp@at>ms-nrsp.com.br Antonio Petillo
wwvi/.abms.com.br
Delfinp Paiva Teixeira de Freitas
Hilton Hugo da Silva Fabbri
João Batista de Azevedo
João Carlos Domingues da Fonseca
Norton Guimarães de Carvalho
Ralph Ribeiro Junior
Ricardo di Folco

Sede

R . D o n a Vo r í d i a r i í i , 5 5
01238-010 São Paulo -SP
Tet.:(11) 3334 5600
Fax: (11) 3224 8266
sindusconsp @sindusconsp. com. br
WWW. sindusconsp. com. br
M S SindusCon^SP
Associação Brasileira de Mecânica dos Solos eEngenharia Sindicato da Indústria da Construção
Geotécnica -Núcleo Regional de São Paulo Civil do Estado de São Paulo

W O R K S H O P

SOLO GRAMPEADO

Projeto, Execução,
Instrumentação e
Comportamento

São Paulo, 30 de outubro de 2003

As opiniões externadas em cada capítulo são de responsabilidade exclusiva dos


autores, não refletindo necessariamente aposição do NRSP/ABMS eSindusCon-SP
PREFACIO

AABMS-NRSP, com oapoio do Sinduscon, da ABEG, ABEF eABGE, resolveu


promover este evento, cujo objetivo éampJiar adiscussão da técnica de
contenções comumente conhecida como Solo Grampeado.

Considera-se importante atroca de informações entre os técnicos de todo oBrasil


eadifusão do que se têm realizado em projeto, execução eaferição do
desempenho, para uma aplicação da técnica de forma mais segura eeconômica.
Em 23 de novembro de 1999 aABMS-NRSP realizou oevento :“Solo
Grampeado, Projeto, Execução. Instrumentação”. Outros núcleos eassociações
de outros estados também ofizeram.

Apartir de então, observa-se que omercado acelerou oconsumo deste produto,


avançando asua utilização na área urbana. Porém, oseu comportamento como
contenção não tem uma compreensão totalmente clara para acomunidade
geotécnica como um todo, com muitas dúvidas edivergências de métodos de
análise.

Os artigos aqui apresentados, com responsabilidade exclusiva de seus autores,


mostram diversos casos de obras, muitos deles com resultados de
instrumentações, onde os interessados poderão analisar eprogredir no
desenvolvimento teórico eprático sobre otema.

São Paulo, 30 de outubro de 2003.

ADiretoria
índice

SOLO GRAMPEADO

1. SOLO GRAMPEADO: ALGUNS DETALHES EXECUTIVOS -ENSAIOS -CASOS DE OBRAS __ 1

Cairbar Azzi Pitta; George Joaquim Teles Souza; Alberto Casati Zirlis

2.SISTEMASDECONTENÇÃOEMSOLOGRAMPEADONACIDADEDEPORTOALEGRE,RS. 21
Eduardo Azambuja; Marcos Strauss; Felipe Gobbi Silveira.

3. UTILIZAÇÃO DE SOLO GRAMPEADO EM ZONA URBANA 35

José Eduardo M. Hosken

4. UM CASO DE OBRA DE SOLO GRAMPEADO NA ENCOSTA DA BR-101 EM ANGRA DOS


REIS, RJ 49
José Evaldo Siqueira Soares; Rogério Cyrillo Gomes

5.
PROJETO
ECOMPORTAMENTO
DEESCAVAÇÕES
ESTABILIZADAS
COM
SOLO
GRAMPEADO
EM SÃO PAULO 57
Luciano Décourt; Alberto Zirlis; Cairbar Azzi Pitta

6.
PROJETO
ECOMPORTAMENTO
DEESCAVAÇÕES
ESTABILIZADAS
COM
SOLO
GRAMPEADO
EM SALVADOR 105
LucianoDécourt;LuisEdmundoPradodeCampos;MoacyrSchwabdeSouzaMenezes

7. ESTABILIZAÇÃO DE TALUDE POR SOLO GRAMPEADO EM MANAUS-AM 121


LucianoJacquesdeMoraes;EdgardG.A.Arduino

8. SOLOS GRAMPEADOS -COMPORTAMENTO EPROCEDIMENTOS DE ANÁLISE 127


Mauricio Ehríich

9. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS EM SOLO GRAMPEADO 139


Mauro Hernandez Lozano; Ruth Helena de Castro

10.SOLOGRAMPEADO(SOILNAILING);MODELAGEMNUMÉRICAEASPECTOSCONSTRUTIVOS 161
Roberto Kochen

11.
SOLO
GRAMPEADO
SEM
CONCRETO
PROJETADO
PROPOSIÇÃO
PARA
ESTABILIZAÇÃO
DETALUDES
RODOVIÁRIOS 175
Urbano Rodrigues Alonso; Frederico Fernando Falcone

12X0MPARAÇÃ0DEPROCESSOSDEDIMENSIONAMENTODEESTRUTURASEMSOLOGRAMPEADO.. 179

WaldemarCoelhoHachich;VíctorEnriqueLeónBuenodeCamargo
SOLO GRAMPEADO
ALGUNS D E TA L H E S EXECUTIVOS
ENSAIOS -CASOS DE OBRAS
( r e v i s ã o fi n a l d e 0 6 . 1 0 . 2 0 0 3 )

AUTORES :Pitta, Geol. Cairbar Azzi


Souza, Eng. George Joaquim Teles
Zirlis, Eng. Alberto Casati
Diretores da Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda

Índice

LAPRESENTAÇÃO

2. ALGUNS DETALHES EXECUTIVOS

2.1. Concreto Projetado -Armação


2.2. Concreto Projetado -Trincas/Juntas Frias
2.3. Chumbador Injetado

3. ENSAIOS DE TRAÇÃO EM CHUMBADOR

4. DESEMPENHO DE UM PROJETO

5. ALGUNS CASOS PECULIARES DE OBRAS RECENTES

6. CONCLUSÕES/DISCUSSÕES

7. BIBLIOGRAFIA

8. AGRADECIMENTOS

9. TABELA 14

Este artigo contém 14 tabelas; 21 fotos e23 figuras.

1
^Cond. Vila Anialfi, RDr José Gustavo Bush -
l . A P R E S E N TA Ç A O Morumbi/SP, foto 3, foto 15 efigura 18. Nesta
situação orevestimento do talude égramado
Este artigo objetiva divulgar algumas particularidades executivas, para arrimos em Solo embora oparamento tenha sua superfície
Grampeado, que os autores tem executado recentemente. Trata-se de continuidade e inclinada entre 60 e80 graus, ealturas entre
complemento das publicações anteriores dos mesmos autores(4,5,6). Esta vivência advém da bermas de até 8,3m .
execução, acompanhamento eobservação de 72.763 m2 de obras conforme tabela 1. As obras
executadas apartir da
Período A u t o r Area (m2) Area total(m2)
publicação destes

outros 18.767 18.767


autores de 1996(5), até
livro ABMS(5) 1983a1996 agosto de 2003 estão
26.709 listadas na tabela 14,
e s t e s 72.763 item 9,num total de
de 1996 até 2003 46.054 46.054 m2.
Foto 3-Paramento em grama, etalude com chumbadores,
Ta b e l a 1 - R e s u m o d e o b r a e x e c u t a d a s C o n d . V i l a A m a l fi

Serão mostrados alguns detalhes específicos de execução, ensaios àtração do chumbador,


medidas de deformações ealguns casos peculiares de aplicação do Solo Grampeado.
Pretendemos neste documento fornecer informações que promovam adiscussão visando 2.1. CONCRETO PROJETADO -ARMAÇAO
ajudar aconsolidar esta técnica em todos os âmbitos, do projeto, da aplicabilidade, da
execução eda contratação para as condições dos solos brasileiros. Oconcreto projetado não tem função primordialmente estrutural, pois recebe carregamentos
seguramente muito pequenos. Porisso não deve receber armação em densidades de aço usuais
2 . D E TA L H E S EXECUTIVOS para concreto convencional. Tem-se utilizado fibras metálicas com taxas entre 30 e40 kg/m3,
fibras sintéticas de polipropileno com taxas entre 5e8kg/m3, ou telas metálicas eletro-
Apremissa básica dos autores para definição eexecução dos elementos que compõem oSolo soldadas com taxas entre 10 e60 kg/m3. Esta armação resulta principalmente importante para
Grampeado, éde que aestabilização do maciço ocorre pela introdução einjeção do suportar as tensões de variações térmicas. Quando os autores iniciaram as primeiras obras,
chumbador eque orevestimento do paramento promove aestabilização da face do talude. eram aplicadas telas com elevadas taxas de armação, sem juntas. Fomos cada vez mais
Dois casos de obra abaixo ilustram nossa premissa. reduzindo estes valores eaprática atual éde se armar oconcreto somente com fibras. Ocorre
que as peças de concreto submetidas às oscilações de temperatura passam aapresentar trincas

Industria Química Stiefel-Av. JK, Bonsucesso-Guarulhos/SP. Neste caso houve aqueda preferencialmente verticais. Estas não comprometem aestabilidade do arrimo, mas devem ser
de parte do revestimento de concreto projetado ,após 6meses da entrega da contenção eni adequadamente tratadas. Sugerimos aexecução de juntas no sentido vertical contínuo,
Solo Grampeado, fotol efoto 2. Porém o espaçadas entre 10 c20 metros, ou de acordo com análise estrutural.
maciço com paramento vertical esobrecarga Aescolha do concreto projetado como revestimento se deve àsua grande durabilidade
nada sofreu, figura 1. Omotivo do acidente, 3.5m
tenacidade efacilidade de aplicação. Além disso nas obras permanentes nenhum acabamento
ocorrido durante período de chuvas, foi de Cimraio f>o|eMo
'e*6cm (40K9/7n3'
complementar énecessário, considerando-se pronta para ouso ao término de sua aplicação.
que todo osistema de drenagem, por tiras fibrst metAlicat) Podemos inclusive aplicar um sarrafeamento ●
!

verticais de dreno fíbroquímico instalado entre àsuperfície, que oferece acabamento


oconcreto projetado eomaciço, teve sua Va i i â v o l
dtO 3Om
semelhante aaplicação de formas resinadas.
ChbmbodMOT Bc*ciB 12m

saída junto àbase do muro errônea e Atenacidade éapropriedade do concreto


propositalmente vedada. projetado armado com fibras, que melhor o
— t :
caracteriza para aplicação ao Solo
Figura 1-Maciço com paramento G r a m p e a d o . A fi g u r a 2 i l u s t r a e s t e
w r
comportamento pela comparação com o
concreto armado convencional armado enão
armado.
Tcnacklaclo da concfoto proioiado coni fibras
Tenacidade do cancrelo projciado com leia
Figura 2-Comparação de valores de Tenacidade do
Tonackjsdo do conaolo projotado som armeçAo
concreto projetado com várias armações

Foto 1-Detalhe do paramento


F o t o 2 - Vi s t a G e r a l d o rompido. Av. .IK-Guarulhos/SP
Arrimo, Av. JfC-Guarulhos/SP

2 3
2.3. CHUMBADOR I N J E TA D O
2 . 2 . C O N C R E T O P R O J E TA D O - T R I N C A S / J U N TA S F R I A S

Sendo ochumbador oelemento que estabiliza omaciço, sua execução deve ser criteriosa eem
Para construção de arrimos em corte, portanto de cima para baixo, ocorrem dois tipos de etapas bem definidas. Aseguir ilustramos os passos de execução:
juntas :verticais ehorizontais. As considerações para as verticais foram apresentadas no item Perfuração- Perfurar n o
2.1 eseu tratamento se dará pela construção de juntas. No
comprimento de projeto, com diâmetro da
c a s o horizontal, nenhum tratamento énecessário, apenas
ferramenta de 75mm, que resulta num
duas ações construtivas aseguir descritas. diâmetro acabado superior. Garantir a
a)Após otérmino de uma etapa eimediatamente após a estabilidade da parede durante aperfuração,
escavação de nova faixa horizontal, devemos aplicar pelo uso de água limpa, lamas ou
trechos verticais de concreto projetado, apoiando-o na base
revestimento metálico provisório, figura 5.
daberma,figura3..Estesnãonecessariamenteadjacentese
contínuos, devem sustentar provisória everticalmente o

Figura 5-Perfuração do maciço


revestimento de concreto projetado antes da execução do
chumbador, foto 4. Altemativamente podem ser deixadas V'
Instalação- Preencher aperfuração com calda de cimento de fonna ascendente, com
pequenasdamasentreeixosdochumbador,foto5efoto6. auxílio de tubulação de injeção provisória, da extremidade inferior da escavação para aboca.
Caso não se aja desta forma com muita possibilidade Imediatamente em seguida introduzir a
ocorrerão trincas horizontais no concreto devido ao peso armação metálica com seus acessórios de
próprio do revestimento. injeção. Altemativamente pode-se colocar a
/ T W
armação, eem seguida preencher acavidade
com calda de cimento, com auxílio de
Foto 4-Pilares provisórios de
tubulação de injeção provisória, de forma
concreto projetado, Sto. André
ascendente da extremidade inferior da
Alimentação de
] ,concreto aseco escavação para aboca. Este preenchimento é‘
chamado de bainha figura 6.
e
I ,

Figura 6-Instalação da armação metálica eacessórios de injeção


. * ' > . f

Armaçâo/Acessórios -Usualmente aamiação écomposta por barra de aço CA 50 A


f. rfíi com diâmetro de 20mm dotada de dobra em sua extremidade superior. Obviamente pode ser
A . ' t y *
qualquer tipo de aço, bem como ter rosca em sua extremidade que penuita um tracionamento.
Escavação
Mecânica o
Esta barra deve receber pintura anticorrosiva convencional para aços. Ao longo da barra são
' k
\ \ fi x a d o s c e n t r a l i z a d o r e s a c a d a Cenlralizãdof
«r
Dobra dc Calda de
2,0m aproximadamente. e aço.
Figura 3-Fases de aplicação do concreto projetado 0$2Omm cimento
Barra de aço
Foto 5-Vista geral de fase intermediária tubulação de polietileno com 9a
com pintura
1 -

>JU -
He anlirar.ãn 12mm de diâmetro, dotadas de A u m e n t o c a ’ anti-corrosiva
variada. válvulas de injeção, figura 6e7. espessura i\
1® nível de
2 b)Oconcretoprojetadodeveraseraplicadoemespessura
Considera-se necessário pelo ■y t i
Naemendasuperiordotrechojáexecutado,teráaespessurafinal, .;í

esc^ivação menos duas composições de tubos


valor este que será reduzido para cerca de 50% do total junto à ■' í ' '
base da berma, fase t. segue-se com ocomplemento, fase 2, c de injeção. As válvulas são para ■' " " ' A / '
assim sucessivamente até ofinal, figura 4. Desta forma não injeção coletiva ese dispõem ao Váivmiatíein] Tubo de injeção de

iy
^seuníca (02ur>. no
2 sureirão trincas longo do chumbador, pelo menos a mbiimo
2® nível de “
Sj horizontais. '<à
cada 0,5m defasadamente uma
cflcavaç|o tubulação da outra. Figura 7-Detalhe da armação metálica eacessórios.
V 'aji
rv.
Injeção -Como material de injeção utilizamos caldas de cimento cágua. São
● t .

●/
figura 4-Fases ‘ir
:ynível de construtivas- ●a
t '
preparadas em misturadores de alta turbulência para que seja produzida uma suspensão
Concreto Projetado
\
. t

estável, sem oque ainjeção não éeficiente. Seu traço varia numa relação água/cimenlo em
:fasel, ' l -
peso entre 0,5 e0,7. As bombas de injeção, de pistão, devem ter capacidade para trabalho
f'. . .
fase2,...fasel,
fase2,...
C ^ ' com pressões de injeção de até 4,0 MPa evazões de 60 l/min. Somente épossível uma fase
4 ' de injeção para cada composição de injeção instalada. Ovalor das pressões cvolumes é
Foto 6-Detalhe das damas provisórias entre compilado eanalisado. Oresultado desta análise, oferecerá odiagnóstico do chumbador.
chumbadores

4 5
yt,t iiy
podendo sugerir para os próximos anecessidade da instalação de mais mangueiras de injeção 3.1-Obra 130 R.Indubel-Cumbica, Guarulhos/SP m v d i a n a n K / r l o

mofe, vermo
130-SiUo Argiloso I=4m. Perfuração 075 mm. Aço CA50A 020mm
ou até sua redução, figura 8. Carga íarga Ruptura por Melr
Comando de
Chumbador
Bainha
Fase única
\/olum€ P r e s s ã o
\
Ruptura Linear do Chumbador Argto sil3sa [ouco ivenoui >t>oío a
Bomba de (litros) (litros) (Mpa) (KN) ( K N / m ) mi<! nw«rrrftihA

1 3 5 77 1 9
lnjeção\ 2 6 0 7 7 19

3 4 0 8 4 21
1® fase da injeção localizada Só Bainha
4 8 5 7 7 19

^ 4 3 0
5 5 0 7 0 1 8
a ’.'aa u .
6 9 0 97 2 4
CuUiisUiw
sn» «renoM peuco Qrsl«»o.
■^ 0 r r « i c e o . e o m i e T- e & â e c t K i a ç i t o . _
7 4 5 6 5 1,5 11 9 3 0
Bainha + 4redi3r4m«nl« corr^uKto Aeo'n>
8 P4KI9. roxo.
Misturador coloidal de 10 ●5< ● 5 0 5 0 1.5 11 2 2 8 P
Fase
9 7 0 8 0 1,2 11 9 3 0 27/.
turbulência Única
1■ 2’ 3'ríiscs 1 0 6 0 7 0 1.5 11 2 2 8

Tabela 2-Dados do ensaio de riitura de chumbadores,



R.Indubel
( A S>% orenoM pouCO 8'0Boru>.
2® fase da injeção localizada \4 .
[l8- '
I -
irjcàcao, com '«Idspnlo .iHerodo o
lenios d« oxktaç&o. compauo n
muíto COtr,poctO, àma
3 0 -

20
» 4 0

1 0 - —

1 " 3' FrtbOS Figura 10 -Sondagem apercussão SPT ,típica,


RIndnhp.l

Enésima fase da injeção iocalizada, 3.2 -Obra 268 -Av. Oscar Americano-Morumbi/SP-Hospital São Luiz
protensão eligação com aestrutura 266-Argilo Arenoso I=6m. Perfuração 075 mm. Aço CASPA 020mm
Fase única Carga Carga Ruptura por Melro 7 <
3 0 Bainha
Chumbador Volume Pressão Ruptura Linear do Chumbador lOS, IArgila silto arenosa, média,
Figura 8-Fases de injeção do 20 (litros) I(litros) (Mpa) (KN) (KN/m) 'vermelha eamarela
1 4 0 9 8 16
chumbador 1 0 2 50 9 8 16

Só Bainhs 3 3 5 105 18
,x 2- 3' Fases 4 40 105 18 ..V ::n "t —v - \
\Argila slllo arenosa, média
5 40 98 16
Na rija. cinza eamarela
6 4 5 70 1.2 161 27
\ \ \
3.ENSAIOS DE TRAÇÃO EM CHUMBADOR Bainha + 7 5 0 50 1,5 147 25
I7 ~7 .TL"
Aseguir são apresentados resultados de ensaios de rutura àtração em chumbadores para 5
Fase
Única
8
9
10
6 0
35
40
4 0
90

50
1,0
1,5
1,5
161
140
154
27
23
2 6
3 IOota da Base da[
49/ascavaçâo97.?d
casos de obra. Afigura 9apresenta um resumo geral dos casos que serão individualmente a V^JAy/AW>fMÁ\
j'
^Argilasíliosa.
seguir apresentados. Oobjetivo principal dos ensaios era de se constatar ede alguma forma h
Ta b e l a 3 - D a d o s d o e n s a i o d e r u t u r a d e rija adura,

quantificar, as melhorias decorrentes da injeção. Todos os chumbadores foram especialmentc chumbadores, Av. Oscar Americano 71 cinza
7T T
eamarela
T

executados para ensaio ese localizavam entre 2e4metros abaixo da crista do talude. Os Figura 11 -Sondagem apercussão SPT-T ,
ensaios foram todos do tipo rápido, em estágios de carga de 10 kN, com aplicação de carga típica, Av. Oscar Americano

por macaco ebomba hidráulicos. Seguem também as respectivas sondagens com os ensaios
SPT e/ou SPT-T disponíveis. 3.3 -Obra 479 -Rua Bahia 945/965 -Higienópolis/SP
SP*

479-Argila Vermelha Paulista I=6m, Perfuração 075 mm,- Aço CA50A 020mm
Só bainha
Resumo de Ensaios eArrancamento Fase única Carga Carga Ruptura por Metro
Bainha -»■ 1Fase Bainha *Argila porosa siUo arenosa.
Chumbador Volume Pressão Ruptura Linear do Chumbador
Bainha *2Fases »/ //muito mole amole, vermelha;
(litros) (litros) (Mpa) ( K N ) (KN/m) 0 -

Só Bainha
bainha +1
1

2
4 8 53

Não foi possível realizar oensaio


9
m m m r .
_i* V\ sillo arenosa.
Fase de média arija. vermelha
2 2 jo'
3 4 8 4 0 0,4 130
injeção
*1
Bainha +2 áS ÍLü m
5 48 4 0 0.6 1 8 5 31 14 .
Fases de
6* 4 8 4 0 0,6 1 7 7 55 1 6
::; /:/
injeção 7 ' 4 8 4 0 0.6 1 8 5 3Í Areia Tina argilosa, pouco a
il7.
Reinjeçâo em 6 4 8 4 0 0,6 193 32 medianamente compacta,
3° fase após ;
vermelha eamarela
ruptura 7 4 8 40 0,6 177 30

479-Argila Vermelha Paulista I=4m, Perf. 075 mm, Aço CA50A 020mm
^1V\''7.C
Obra (500) Obra (479) ,Obra (130) Obra (268) Obra (490) Argila siKo arenosa, médi:
Fase única Carga Carga Ruptura por Metro
Bainha adura. amarela ecinza
Chumbador Volume Pressão Ruptura Linear do Chumbador
Argila Argila Silto Argilo Saprolito (litros) (litros) (Mpa) (KN) (KN/m) |7*'
Vermelha Ve r m e l h a ;A r g i l o s o Arenoso de Gnaisse
13 4 8 5 3 13 d .
Paulista Paulista \Cumbica Morumbi Morumbi Só Bainha
Areia fina emédia argilosa, medi-
1 2 4 8 7 7 19
Só bainha 2 5 9 2 0 1 9 anameme compacta acompacta,
17 Bainha +1 11 4 8 4 0 0.4 146 37 vermelha eamarela
3 3 2 2 2 9 Fase de
Bainha +1Fase I
2 6 3 3 10 4 8 4 0 146
0,4 37 ,y{
injeção 1

Bainha +2Fases 3 6 3 0 r 3 5
Bainha + 9 4 8 4 0 0.6 123 31 1 i ;
»

Figura 9-Resumo comparativo dos dados de ensaio de ruptura de chumbador em 5casos de obra. 2Fases de
8 4 8 4 0 0,6 108
2 7
injeção Figura 12 -Sondagem apercussão SPT ,
típica, R. Bahia
Ta b e l a 4 - D a d o s d o e n s a i o d e r u t u r a d e c h u m b a d o r e s . R . B a h i a

6 7
eprofundas. Estas escavações para os quatro subsolos, deixaram 2.841 m2 de paredes
3.4 —Obra 490 -Ed. Urban Loft-Rua Samia Haddad 151- Morumbi/SP verticais com alturas variáveis entre 10,0 e13,50m. Numa primeira etapa, foram executados
490-Saprolilo da Gnaissa Morumbi I=6m, Perfuração 075 mm. Aço CA50A 020mm ■ K

Chumbador
Bainha
Fase única C a r g a Carga Ruptura por Metro
V o l u m e P r e s s ã o Ruptura Linear do Chumbador
1.905 m2 entre maio esetembro de 2000 eocomplemento final de 936 m2 entre novembro de
r = r = 2 = 2 Z 2 r r r :
(litros)
S
(litros) (Mpa) ÍKN) (KN/m)
115 19 tisi Sillo argiloso pouco arenoso
2002 efevereiro de 2003, figura 15 ,foto 7efoto 8.
Só Bainha

Bainha IFase
6
7 v
48
48
Não foi possível realizar oensaio
2.0 146 24
cr detritos vegetais, muito
mole 0mole. marron
Foram realizadas medidas de recalque edeformação horizontal da crista do talude, em vários
(chumbadores verticais) 8v 48 2.0 185 31 IIS
1
«- \\\= pontos da obra.
Bainha *1Fase de 1 48 4 0 1.1 170 28
Siito argiloso pouco arenoso
injeção 2 4 8 4 0 1.3 224 37 «
mole amòdio. marrom e
Bainha +2Fases de 3 4 8 2.0 232 39 « cinza fi
Injeção 4 4 8 8 0 1.3 193 3 2

íf »tfÊI
. 6
5
*Foi realizada ainjeção em mã»lma pressão (20Kg/cm ), porem sem consumo
-.X31
I I S
- ) l

Tabela 5-Dados do ensaio de rutura de chumbadores,


Silto Argiloso pouco
R. Samia Haddad L J arenoso muilo njo aduro.
mairom eetnta

} 0
I 1 M W
101 l-J
n tir.-
>■’

1» \-_
l i Silto argiio pouco
Cota íM
arenoso duro. marrom
●y 101 V) i/lSl
IS
ecinza
Figura 13 -Sondagem apercussão SPT, típica, K »
8

R. Samia Haddad

3.5 Obra 355/500 -Hosp.Benef Portuguesa/Rua Martiniano de Carvalho 969- Paraiso/SP


500-Argila Vermelha Porosa Paulista I=6m, Perluração 075 mm, Aço CA50A 020mm
Fase única
Chumbador
Bainha
Volume Pressão
Carga
Ruptura
Carga Ruptura por Metro
Linear do Chumbador ● p r rr
i rTTj
(llIfOS) (litros) (Mpa) i!l ÍKÍÜ lVm2 (KN/m) A r g i lsap. o r o s a s i l l o (
6
1 4 8 12.80 128 2.10 21 arcnosâ.muílo molo a
Só Bainha média, vermelha 0 '
2 4 8 17.60 176 2.90 29
Bainha +
1Fase de
3 Não foi Possivel realizar oensaio
1 0
Foto 7-Visa Geral da obra durante aprimeira fase, Hosp. Benef. Portuguesa
ll2/=
injeção 4 4 8 4 0 1.50 19.90 199 3,30 33
Bainha *
5 48 40 1.50 21.20 212 3,50 3 5
Í 8
2Fases

de Injeção 6 4 8 40 1.50 22,10 221 3,70 37 ●\ T T

i6)

-1(

Fundo da Fscava;âo
8_Q5J5 I4Í Argila sillo arenosa
Tabela 6-Dados do ensaio de rutura de chumbadores, Hosp. V
iJO
mole adura. vermelht

Benef. Portuguesa

Figura 14 -Sondagem apercussão SPT-T ,típica, Hosp. Benef


Portuguesa

4. DESEMPENHO DE UM PROJETO

Foto 8-Visa Geral da obra durante afase final, com vizinhos, na divisa, Hosp. Benef Portuguesa
Relatamos abaixo um caso de obra, em que
houve u m
rigoroso e específico
acompanhamento técnico do projeto eda ApresentamosnaTabela7,paraquatroprumadas,fotos9elO,osvaloresemporcentagemdas
relações das defonnações
execução da obra, com arealização de muitos Deformação medida da crista do muro
( 0
■ D medidas com aparelho ótico,
ensaios emedidas. Aexplicação edescrição dos ( 0
Altura verticais ehorizontais, com
E Horizontal Ve r t i c a l
critérios de projeto eanálise dos ensaios, não é 5 H(m)
S.OOm D-
5H hHIH hy 5V/H suas alturas. Ressalta-se que
escopo deste artigo, nem da competência dos I
(mm) (mm) (%)
autores. 13.6Dm V
8V
os pinos foram colocados nas
A 3 10.42 11 0.11 12.7 0.12 e d i fi c a ç õ e s lindeiras,
Para implantar as ampliações do Hospital da
0.13 conforme fotos, 9A elOA,
Beneficência Portuguesa, em área de 2.900 m2, H
B2 10.5 5 0.05 12-7
cerca de 5,0m acima da crista
densamente urbanizada, localizada à i 0.13
C2 12.16 24 0.2 16.8
da escavação, para que fosse
R.Martiniano de Carvalho 969, na cidade de
Figura 15 -Corte esquemático do projeto D l 13.5 5 0.04 18.4 0.14 possível atomada de
São Paulo, foram necessárias escavações verticais (cortina 7), Hosp. Benef Portuguesa
Tabela 7-Deformações Junto acrista do muro, Hosp. Benef. deformação, ao longo de toda
Portuguesa

8 9
aobra. Observamos variações da relação da deformação horizontal com aaltura entre 0,04% e
5.ALGUNS CASOS PECULIARES DE OBRAS RECENTES
0,20%, eda relação da deformação vertical com aaltura entre 0,12% e0,14%.
Para ilustrações reais de sua aplicabilidade, seguem alguns exemplos onde foi adotada a
Ver Detalhe. ^ \

Foto 9A solução de animo em Solo Grampeado.

♦.. R.Indubel-Cumbica, Guarulhos/SP, 1996, 1600 m2


Neste caso houve arutura do talude por cunlia localizada entre seu pé e2/3 da altura. O
f
talude foi recomposto com sacos de solo-cmiento eestabilizado permanentemente com o
ííí Solo Grampeado, não só na região rompida, mas nos
taludes adjacentes foto 11, foto 12 efigura 16.

Foto 9A —Detalhe D2 eC2

Foto 11 -Talude recomposto com solo-cimento, R.


Indubel
Foto 9- Prumadas Al, D2, C2 eCl V. .

1
r. o o n i
■i- ,●

-*s ●

Foto 12 -Recuperação dos talude adjacentes, R. Indubel


t -

ll.OOm

DHP
Figura 16 -Coite esquemático do projeto, R
Indubel

Variante Ferroviária MRS -Ipelândia- Suzano/SP,20Q1, 2Q50 m2


Neste caso houve arutura do talude, por cunha localizada entre seu pé epróximo àcrista. A
sua estabilização permanente oconeu pela aplicação do Solo Grampeado, amontante da
*ci^lhe
Foto 10A rutura, na face remanescente imediatamente após aremoção do solo conido, foto 13, foto 14
Fotos lOA -Detalhes B2 eC2. efigura 17.

● /

Foto 10 -Prumadas B2, A3,A2 eA1

U Í V - Foto 13 Vista do talude rompido.Suzano Foto 14 Vista do talude contido em Solo Grampeado,
Suzano

10 11
C e n t r o E m p r. P e r e i r a B a r r e t o . A v. P e r e i r a B a r r e t o l 3 9 5 - S t o . A n d r é / S P ^ 2 0 0 1 , 1 9 6 0 m 2
Anecessidade da aplicação do Solo Grampeado era estabilizar pemianentemente corte
■V vertical visando aimplantação de 4subsolos do edifício, figura 20 efoto 17.

E
8 V

8.00m
o >
E
o
CO
E <o
o E
CO o 11 . O m
0 0
0 5

DHP

Figura 17 Corte esquemático do projeto, Suzano

C o n d . V i l a A m a l fi , R D r J o s é G u s t a v o B u s h - M o r u m b i / S P, 2 0 0 1 , 8 5 8 m 2 Figura 20 -Corte esquemático do Foto 17 -Vista geral da obra durante aexecução, Sto André
projeto, Sto André
Neste caso foi necessária aexecução de cortes para permitir oacesso junto aentrada do
condomínio. Por questões estéticas, orevestimento do paramento deveria ser Ed. Urban Loft-Rua Samia Haddad 151- Morumbi/SP ,2002. 770 m2
obrigatoriamente orgânico. Oprojeto especificou efoi aplicado revestimento de grama fixada OSolo Grampeado foi aplicado para conter permanentemente corte vertical visando a
com tela. Aestabilidade permanente da encosta foi alcançada pela execução de chumbadores implantação de edifício. Neste caso há uma grande peculiaridade, em que por razoes estéticas
com cortes que tinham até 80^ ,ealtura entre bermas de até 8,3m, foto 3, foto 15 efigura 18. omuro teve sua geometria em planta convexa, com relação aescavação ealtura máxima de
18.80m, figura 21 efoto 18.

lê. 2* Pavimenta

8.30m I t o i fl

7joam ttíMkví! ^
cg 1*Süb»olD
e.Q3m CO i ; -
>● 2*54Jb*úiâ
^S.OOm

■ í.r-S

Figura 18-Corte esquemático do projeto, Foto 18 -Vista geral da face convexa do arrimo,
Foto 15 Vista do talude contido em Solo Grampeado, paramento com grama, Cond. Vila Figura 21 -Corte esquemático do projeto, RSamia HaHHaH
paramento com grama, Cond. Vila Amalfi A m a l fi R. Samia Haddad

Prefeitura Municipal de Pocos de Caldas -Pocos de Caldas/MG.2001,2739 m2 E d . G r a f o s - R . d a s G o i a b e i r a s 8 2 , B . J a r d í m - S t o . A n d r é / S P, 2 0 0 3 , 9 1 6 m 2

Neste caso objetivava-se estabilizar permanentemente talude em movimento, resultante de Anecessidade para aplicação do Solo Grampeado
depósitos antigos de resíduo de pedreira, junto àavenida de acesso àPoços de Caldas. Como era estabilizar corte vertical visando aimplantação ■
no caso anterior oparamento foi estabilizado pela aplicação de grama eotalude pelos de 3subsolos do edifício, figura 22, foto 19. A **1

chumbadores, foto 16 efigura 19.


!9.00m

R.OOm

29.00m 7.00m 9.72m

18.00m Figura 22 Corte esquemático do projeto,


R. das Goiabeiras

15.00m Dl IP

Foto 16 Vista do talude contido em Solo Grampeado,


paramento com grama, Poços de Caldas Figura 19-Corte esquemático do projeto, paramento

1 2 13
QuestãoZ. Qual acarga que chega ao paramento? Será necessário sempre aaplicação de
revestimento de concreto ?
í: .

Resposta!. Observamos que acarga no paramento émuito pequena, insuficiente para


promover arutura einstabilização do arrimo. Orevestimento do paramento estabiliza apenas
localmente aporção de solo.

Ouestão3. Como evitar pequenos desplacamentos da face do talude durante os trabalhos?


Resposta3. Avelocidade de execução permite que estejamos trabalhando dentro do “tempo
de estabilidade” (“Stand up time” )de cada material até que seja executada aintervenção.
Entretanto em condições onde este tempo émuito curto, como argilas moles por exemplo, é
Foto 19 -Vista geral da obra durante aexecução, R. das Goiabeiras necessário contemplar-se um reforço. Temos executado chumbadores verticais previamente
ao início dos trabalhos, ao longo do eixo da cortina, usualmente posicionados em distâncias
Saargummí -Rodov. Anchieta kml7,5- S.B. Campo/SP^ 2003, 690m2 conforme oespaçamento dos chumbadores de arrimo ecom comprimentos da altura a
Nestecasoobjetivou-seestabilizarpermanentementetaludejácortadohámaisde5anos,com escavar. Aprática desta atitude mostrou uma grande redução de trincas edas deformações nas
apresençaintensadolençolfrcático,quecomeçavaaapresentarsinaisdeinstabilidade,foto edificações lindeiras, aumentando ainda aprodutividade.
20, foto 21 efigura 23.
Ouestão4. Afirmamos que aaplicação de concreto projetado, arniado com fibras éoideal em
termos práticos de execução. Sua adição ocorre juntamente com os agregados obtendo-se
mistura final adequadamente homogênea. Desde 1995 temos aplicado fibras metálicas e
recentemente surgiu no mercado afibra de polipropileno. Sua aplicabilidade éexcelente e
definitivamente encerra em todas instâncias oproblema de corrosão. Qual seria afibra mais
indicada, se forem ambas técnica eeconomicamente equivalentes?
Resposta4. Na Tabela 8são apresentadas algumas características obtidas de ensaios de
laboratório em placas de fibras metálicas ede polipropileno. Entendemos que afibra de
jolipropileno pode ser uma opção excelente para armação do concreto projetado.
Tipo de fibra
7.00m,
m o Característica Unidade Aço Polipropileno
ó.OOm
Sheikan 40
k Dramix 65/35
S.OOm
c o n s u m o kg/m 3 35,0 6,0
tração na flexão Mpa 4,0 4,9
tenacidade joule 15,0 12,7
w fator de tenacidade M P a 2,2 1,8
Figura 23 -Corte esquemático do
Fofo 20 -Aplicação do Foto21-Vistageraldas projeto, Rod. Anchieta
Tabela 8-Características técnicas fibras metálicas efibras de polipropileno

concreto projetado, Rod. paredes


estabilizadas
com
Anchieta paramento
irregular,
Rod. OuestãoS. Como contratar um arrimo em Solo Grampeado?
Anchieta RespostaS.O Solo Grampeado éuma solução para muro de arrimo. Os preços unitários que o

compõemsãobasicamente:perfuraçãoparachumbador;fornecimentopreparoeinstalaçãodo
6.CONCLUSÔES /DISCUSSÕES aço com centralizadores pintura anticorrosiva etubos de injeção com válvulas; injeção de
algumas paraasquaisoferecemosuma calda de cimento sob pressão com controle de volume; preparo fornecimento eaplicação de
Visando promover odebate colocamos concreto projetado armado com fibras; fornecimento eaplicação de drenos de paramento;
atuai.
resposta,querepresentanossaopimão perfuração fornecimento einstalação de DHP; escavação parcializada; andaimes. Estes itens
éiHTia tCCIlíca de melhoria d,* ofaU c. . não podem ser comparados com outros serviços geotécnicos, mesmo que da mesma forma
■Questgol, Por defmição, oSolo |„temacionalmeiUe
^ aceito,
Qi,n|
g construídos. Adespeito dc lermos para cada projeto específicos comprimentos de chumbador,
conceito com oqual concordaiUOS eCji j brasilçjrnt.^ ll^*-Canisnio espessura de concreto projetado ou comprimento de Ulll’, deve ocorrer uma contratação pelo
projeto global, ou por unidade dc área contida, por exemplo metro quadrado.
Nestes casos, onde passa asuperfície ferrenn
eri^t
.IOi»
chumbad ores, ou o

conjunto dos chumbadores implailladoS n ,,”^^0maciço com novas


Questãoó. Como avaliar odesempenho dc uma estrutura dc arrimo cm Solo Grampeado? É
características
que
arrima
omaciço
amontante
dos
chumbadores? condição obrigatória ainjeção do chumbador?
Respostal,Nossaopiniãoédequeosolosctomaomaterialdeconstituiçãodeumgrande Respostaó. Apresentamos na Tabela 9, os valores das quatro medidas para o único caso de
murodepesolimitadopeladimensãodochumbador,quefoimelhoradopelasinjeçõese obra instrumentada que vivenciamos, na construção do arrimo para aBeneficência Portuguesa
introdução dos chumbadores. citada no item 4, comparada com 8casos da literatura internacional.

14 15
Adiferença dos valores da carga de rutura eda carga medida no chumbador émuito grande,
Referência A n o AJtura(m} Del horíz./attura(Vo)
H ou seja ovalor medido émuito menor. Shen (14) lembra que ométodo construtivo deve ser
,Guilloux(12) 1980 14.0 0 , 11 2 0 criteriosamente descrito, normalizado erepresentar aquilo efetivamente executado. Sugere
Shen-Samaritan (16) 1981 13,7 0,29 que aavaliação do desempenho, deva advir da observação das deformações, que éamesma
Shen-Davis(17) 1981 9,2 0,17
6,0
opinião de Guimarães Filho (2). Na apresentação do “Estado da Arte”, para ocongresso de
Gassler(11) 1981 0,25
Blondeau &Ledeuil(12) 1982 16,5 0,15
X
São Francisco, Shlosser(18), declara necessária aavaliação das defonnações, bem como
Nicholson(12) 1982 9.1 0,04 1 0 X . considera osolo como principal “material de construção” na confecção do arrimo em Solo
,Nicholson(12) 1985 12,3 0,08
1991 5,0 0,21
Grampeado.
Clouterre(IO)
Benef. Portuguesa -A3 10,42 p,1i 5 Pelos dados acima entendemos que há muito por se aprender sobre 0Solo Grampeado.
Benef. Portuguesa -B2 X 2 0 0 2
10,50 0,05 Listamos alguns pontos muito importantes que tentam responder como se poderia avaliar o
tJoMof. Portuguesa -C2 12,16 0,20
desempenho de um arrimo em Solo Grampeado:
Bonof. Portuguesa -Dl 13,50 0,04 0 0.1 0,2 0.3 0 . 4

Trthfiln 0-Valnrf*.<; Ha %Hp. Hpformar.ãn hnrÍ7nntal r.nm h amitH i Aobservação por meio das deformações deve ser obrigatória durante aconstrução dos
I I : n r i i r

Na tabela 10 se encontram valores da relação da deformação horizontal com aaltura, para a airimos em Solo Grampeado.
mobilização do empuxo ativo, conforme Bowles (8). Na tabela 11 tem-se valores para valas Ométodo executivo émuito importante cdeve ser detalhadamente padronizado c
escoradas conforme Peck (15). fi e l m e n t e e x e c u t a d o .

Ainjeção do chumbador éfundamental para aeficiência do Solo Grampeado, muito


Tabela 10 -Deformação para Solo 5H/H (%) mais qualitativamente que quantitativamente devendo sempre ser realizada, eavaliada.
mobilização do empuxo ativo, Arenosos compactos. 0.1 a0.2
Apud Bowles (8). Arenosos fofos. 0.2 a0.4
Aobservação da geologia ehidrogeologia previamente ao detalhamento do projeto, e
Argilosos rijos. 1 a 2
odiário acompanhamento dos trabalhos definem os passos de um projeto, que somente
Argilosos moles. 2 a 5 se encerra após otérmino da execução da contenção.
As análises matemáticas, por meios eletrônicos ou manuais, não permitem definir
Solo 5H/H (%) previamente por si só qual oprojeto mais seguro ou econômico, quer pelas
Tabela 11 -deformação junto àface da
escavação para valas escoradas para Areias eargilas moles eduras. 0.1a 0.2 insuficientes informações do subsolo usualmente oferecidas para projeto, quer pela
prédios de Chigago, Oslo, com Argilas moles emuito moles (com este
1a 2
grande dificuldade em simular ocomportamento específico dos solos brasileiros,
profundidades variáveis de 9.00 à material até abase da escavação. especialmente dos residuais edos sedimentos terciários.
22.00m, Apud Peck (15). Argilas moíes emuito moles (com este
material abaixo do fundo do vale.
> 2 Para se compreender em todos os âmbitos atécnica do Solo Grampeado, seria
necessário melhor estudá-lo. Oestímulo para odesenvolvimento de teses de pos-
Segue resumo da faixa de variação de valores da carga de rutura por metro linear, resultante graduação deve ocorrer, diretamente ligado às reais condições de aplicação n a
de ensaios de arrancamento de chumbadores executados em obras realizadas na cidade de São
sociedade. Uma proposta mais ambiciosa, poderia partir do “Projet National
Paulo, conforme dados do item 3na tabela 12. Inclue-se um dado extraído do artigo de Clouterre”, desenvolvido na França entre 1985 e1989, continuando-o para nossas
Bruce(12) para caso de obra na França. condiçõeseobjetivos,edamesmaformaenvolvendotodosossetoresinteressadosda
Faixa de variação dos sociedade brasileira.
valores de rutura atração Osolo éoprincipal material de construção dos Arrimos em Solo Grampeado
Referência Solo
em chumbador (kN/m)
Sem injeção Com injeção 7.BIBLIOGRAFIA

Beneficência Portuguesa-Paraiso argila porosa paulista 21 a29 33 a37

R. Samia Haddad-Morumbi silte argiloso 1 9 24 a39 Seguem alguns artigos da bibliografia nacional einternacional, que os autores se referem ou
Grande São recomendam como consulta.
R.Bahia-Higienópolis argila porosa paulista 9 a 1 9 22 a37
Paulo
Av. Oscar Americano-Morumbi argilo arenoso 16 a18 23 a27
Nacional :
R. Indubel-Guarulhos silte argiloso 18 a24 28 a30

França(12) Versailles-Chantier, corte Ferroviário areia fontainbleau 2 2


1. GUIMARÃES FILHO J.D.(I984)-Consolidação de solos por injeções: Discussão sobre
uma prática bem sucedida, mas que não está de acordo com as teorias clássicas existentes.
Tabela 12 -Valores da carga de rutura de chumbador por metro linear Revista Solos eRochas, Volume?, p.99-107.
2. GUIMARÃES FILHO J.D.(l994)-0 Alívio controlado de tensões na técnica de Solo
Na tabela 13, extraímos dos artigos de Shen(16), eClouterre(lO) valores da carga máxima Grampeado. Revista Solos eRochas, Volume 17, n.3, p. 195-201.
mobilizada no chumbador, por metro linear. 3. lYOMASA, W.S., RODRIGUES, J. E.(2002)- Fraturamento Hidráulico eInjeção de Solo-
Carga medda no chumbador
Referência Ciniento em Maciço Terroso, Revista Solos eRochas, São Paulo, 25,(2),p. 105-118.
(kf^m)
1.1 a1.3
4. ZIRLIS, A.C.; PITTA, C.A.; SOUZA, G.J.T eOliveira, M.(1992)-Soil Nailing:
Prqet Oouterre(1991)
Chumbamento de Solos, Experiência de uma Equipe na Aplicação do Método. In:
Shen-Davís(1981) 3.5 a3.7
pp. 81 a99
COBRAE -Conferência Brasileira de Encostas, vol. 1-Rio de Janeiro,

16 17
Adiferença dos valores da carga de rutura eda carga medida no chumbador émuito grande,
Referência Ano Altura(m) Def. horíz./altura(%)
H ou seja ovalor medido émuito menor. Shen (14) lembra que ométodo construtivo deve ser
Guilloux(12) 1 9 8 0 14,0 0 . 11 2 0
criteriosamente descrito, normalizado erepresentar aquilo efetivamente executado. Sugere
Shen-Samaritan (16) 1981 13,7 0,29 que aavaliação do desempenho, deva advir da observação das deformações, que éamesma
Shen-Davis(17) 1981 9,2 0,17
1981 6.0 0,25
opinião de Guimarães Filho (2). Na apresentação do “Estado da Arte”, para ocongresso de
Gassler(11)
Blondeau &Ledeuil(12) 1 9 8 2 16,5 0.15 X São Francisco, Shlosser(18), declara necessária aavaliação das deformações, bem como
Nicholson(12) 1982 9,1 0,04
10
JC .X considera osolo como principal “material de construção” na confecção do arrimo em Solo
Nicholson(12) 1985 12,3 0,08
Clouterre(IO) 1991 5,0 0,21 Grampeado.

Benef. Portuguesa -A3 10,42 0.11 5 Pelos dados acima entendemos que há muito por se aprender sobre oSolo Grampeado.
Benef. Portuguesa -B2
X 2002
10,50 0,05 Listamos alguns pontos muito importantes que tentam responder como se podería avaliar o
B e n e f . P o r t u g u e s a ■C 2 12,16 0,20
Benef. Portuguesa ●Dl 13,50 0,04 0 0.1 0.2 0.3 0 . 4
desempenho de um aiTÍmo em Solo Grampeado:
Ta b e l a 9 - Va l o r e ! 5 Ha %He Hefnrmar.ãn horizontal eom leiarmi hm iH iiii ('.(iim

Aobservação por meio das deformações deve ser obrigatória durante aconstrução dos
Na tabela 10 se encontram valores da relação da deformação horizontal com aaltura, para a arrimos em Solo Grampeado.
mobilização do empuxo ativo, conforme Bowles (8). Na tabela 11 tem-se valores para valas Ométodo executivo émuito importante edeve ser detalhadamente padronizado e
escoradas conforme Peck (15). fi e l m e n t e e x e c u t a d o .
Ainjeção do chumbador éfundamental para aeficiência do Solo Grampeado, muito
Tabela 10 -Deformação para S o l o 5H/H (%)
mais qualitativamente que quantitativamente devendo sempre ser realizada, eavaliada.
mobilização do empuxo ativo, Arenosos compactos. 0.1 a0.2

Apud Bowles (8). Arenosos fofos. 0.2 a0.4 Aobservação da geologia ehidrogeologia previamente ao detalhamento do projeto, e
Argilosos rijos. 1 a 2 odiário acompanhamento dos trabalhos definem os passos de um projeto, que somente
Argilosos moles. 2 a 5 se encerra após otérmino da execução da contenção.
As análises matemáticas, por meios eletrônicos ou manuais, não permitem definir
Tabela 11 —deformação junto àface da Solo 5H/H (%) previamente por si só qual oprojeto mais seguro ou econômico, quer pelas
escavação para valas escoradas para Areias eargílas moles eduras. 0.1a 0.2 insuficientes informações do subsolo usualmente oferecidas para projeto, quer pela
prédios de Chigago, Oslo, com Argilas moles emuito moles (com este 1 a 2 grande dificuldade em simular ocomportamento específico dos solos brasileiros,
profundidades variáveis de 9.00 à material até abase da escavação.
especialmente dos residuais edos sedimentos terciários.
22.00m, Apud Peck (15). Argilas moles emuito moles (com este
material abaixo do fundo do vale.
> 2
Para se compreender em todos os âmbitos atécnica do Solo Grampeado, seria
necessário melhor estudá-lo. Oestímulo para odesenvolvimento de teses de pós-
Segue resumo da faixa de variação de valores da carga de rutura por metro linear, resultante graduação deve ocorrer, diretamente ligado às reais condições de aplicação n a

de ensaios de arrancamento de chumbadores executados em obras realizadas na cidade de São


sociedade. Uma proposta mais ambiciosa, podería partir do “Projet National
Paulo, conforme dados do item 3na tabela 12. Inclue-se um dado extraído do artigo de Clouterre”, desenvolvido na França entre 1985 e1989, continuando-o para nossas
3ruce( 12) para caso de obra na França. condições eobjetivos, eda mesma forma envolvendo todos os setores interessados da
Faixa de variação dos sociedade brasileira.
valores de rutura atração
Referência S o l o
«
Osolo é0principal material de construção dos Arrimos em Solo Grampeado
em chumbador (kN/m)

Sem injeção Com injeção 7.BIBLIOGRAFIA


Beneficência Portuguesa-Paraiso argila porosa paulista 21 a29 33 a37

R. Samia Haddad-Morumbi silte argiloso 19 24 a39 Seguem alguns artigos da bibliografia nacional einternacional, que os autores se referem ou
Grande São recomendam como consulta.
R.Bahia-Higienópolis argila porosa paulista 9a 19 22 a37
Paulo
A v. O s c a r A m e r i c a n o - M o r u m b i 16 a18 23 a27
argilo arenoso Nacional :
R. Indubel-Guarulhos silte argiloso 18 a24 28 a30

França(12) Ve r s a i l l e s - C h a n t i e r, c o r t e F e r r o v i á r i o areia fontainbleau 2 2 1. GUIMARÃES FILHO J.D.(1984)-Consolidação de solos por injeções: Discussão sobre
uma prática bem sucedida, mas que não está de acordo com as teorias clássicas existentes.
Tabela 12 -Valores da carga de rutura de chumbador por metro linear
Revista Solos eRochas, Volume?, p.99-107.
2. GUIMARÃES FILHO J.D.(1994)-0 Alívio controlado de tensões na técnica de Solo
Na tabela 13, extraímos dos artigos de Shen(16), eClouterre(lO) valores da carga máxima
Grampeado. Revista Solos eRochas, VolumelV, n.3, p. 195-201.
mobilizada no chumbador, por metro linear. 3. lYOMASA, W.S., RODRIGUES, J. E.(2002)- Fraturamento Hidráulico eInjeção de Solo-
Carga meefida no churrtiador
Referência Cimento em Maciço Terroso, Revista Solos eRochas, São Paulo, 25,(2),p. 105-118.
íkl^m)
1.1 a1.3
4. ZIRLIS, A.C.; PITTA, C.A.; SOUZA, G.J.T eOliveira, M.(1992)-Soil Nailing:
Prejet Qouterre(1991)
3.5 a3.7
Chumbamento de Solos, Experiência de uma Equipe na Aplicação do Método. In:
Shen-Davis(1981)
COBRAE -Conferência Brasileira de Encostas, vol. l-Rio de Janeiro, pp. 81 a99

16 17
5ZIRLIS,A.C.(1998)-ReforçodoTerreno-SoloGrampeado,Livro:FundaçõesTeoriae 9. TABELA 14 -Obras executadas por estes autores apartir de 1996 a2003.
Prática/PINI-ABMS-ABEF,
Capítulo
18.3.1,
SãoPaulo,
p.
641-642
e656-66^8. A r e a
Ta l u d e Chumbador (mm) RevestConcr.Projeíado ^ a

6ZIRLIS A.C. PITTA, C.A.(2000)-Chumbadores Injetados: AQualidade do Solo Identificação A n o Solo Alt. I n c ! Compr Armação Espaçam Esp.
Armação
T a x a ^^

Grampeado.
SEFE
IV-
Seminário
de
Engenharia
de
Fundações
Especiais
eGeotecnia, 130 96 Residual
(m) (2Í
60
Diam Hor Verí
(mm) aço _

Pinheiros, SP 13,0 6,0 2 2 1,5 1.3 80 1 Q92 32


julho Vol.2, p.541-547. X

S.Bemardo, SP 480 97 Aterro 5,1 80 10,0 20 1.4 5 0 F. d e A ç o 35 X

Guarulhos, SP 205 97 Sillo Argiloso 4.0 90 4,0 20 1.0 1.0 75 F. de Aço 40 X


Internacional:
R.Antonieta Leitão, SP 208 97 Argila Siltosa 7.0 90 5,0 20 1.5 1.5 8 0 F. d e A ç o 4 0

7.BAUER(1989)-SoilNailing-TheBauerSystem-CatálogodeServiços^~
7. R.Sâo Nicolau, SP 4 0 9 7 Solo residual 4,0 6 0 4,0 2 0 1,6 1,5 60 1Q138 3 7

8.BOWLES,JOSEPHE.(1982)-FoundationAnalysisandDesign,terceiraedição,McGraw- R, Álvaro de Souza. SP 135 9 7 Aterro 9,0 7 0 8.0 20 1.2 1.6 8 0 F. d e A ç o 4 0

R. Húngara, SP 150 97 Silto Argiloso 7.0 90 6,0 20 1,0 1.0 8 0 F. d e A ç o 40 X


Hill, p.380.
562 97 Residual 70 25
9. CAMBEFORT H. (1960)-Injection des Sois. Editions Eyrolles, Paris. Lençóis Paulista, SP 15,0 5.0
13
2,0 2.0 100 2Q138 4 4

15
Votorantim, SP
10.CLOUTERRE(1991)-RecommandatíonClouterre,ProjetNationalClouterre,Pressesde 1.200 9 7 Siltoso 6,0 9 0 4,0 1,0 2.1 100 10 92

S.B.Campo, SP 8 0 97 Aterro 4,0 90 6,0 20 1.5 100 F. de Aço 40


l A X

I‘ENPC, Paris. ^ ^ u-
11. GASSLER G. ,GUDEHUS, G.(1981)-Soil Nailing some Aspects of aNew Technique. Colégio ,Sto. André, SP
Av. J o ã o P a u l o A b i a s ,
248 9 8 Aterro 6.5 9 0 6,0 2 0 1,0 1.2 100 F. de Aço 40 X

Anaisdo10o.Cong.Int.deMec.SoloseEng.deFund.Estocolmo,Vol.3p.665-670.
Part 1.
S P 170 98 Aterro 4.0 9 0 4.0 2 0 1.7 1.3 70 F. de Aço 4 0

12. BRUCE D.A., JEWELL, R.A.(1986)-Soil Nailing: Application and Practice - Sorocaba, SP 700 98 Areia Argilosa 9,7 90 5,0 20 1,5 1,5 150 2 0 2 8 3 60

Ground Engineering, November, p. 10-15. Taboão da Serra, SP 150 98 Aterro 8,5 80 10,0 2 0 1,4 1.2 130 F.de Aço 35
Part 2.
13, BRUCE D.A., JEWELL, R.A.(I987)-Soil Nailing: Application and Practice - Creche Cardeal Mota,
SP 300 98 Residual 11,0 7 0 4,0 20 1,5 1,5 7 0 F. d e A ç o 40
Ground Engineering, January, p.21-33, 38. 98 99 Residual 20
R.Jacatirão, SP 5,2 9 0 3,0 1.0 1,0 7 0 F. d e A ç o 40 X
14. GASSLER G., GUDEHUS G.(1981) -Soil Nailing some Aspects of aNew Technique- S.B.Campo, SP 160 9 9 Residual 6,0 9 0 3,0 2 0 1,0 1,0 7 0 F. d e A ç o 35
Anais do 10o. Cong. Int. de Mec. Solos eEng. de Fund. Estocolmo, Vol. 3p.665-670. Av. Oscar Americano,
15.PECK,RALPHB.(1969)-DeepExeavationsandTunnellinginSoftGround-Proceding S P 1.160 9 9 Residual 8,0 9 0 5,8 2 0 1,5 1,5 100 F. de Aço 40

of the Seventh IC. On S. M. F. E, -The State of Art Volume, p.266. Taboão da Serra. SP 500 9 9 Residual 15,0 7 0 6,0 2 0 1.5 1,5 100 F. de Aço 40

16. SHEN C.K., BANG S., HERMANN L.R.(1981) -Ground Movement Analysis of Earth R. Antônio Lc Voei,
SP 512 9 9 Residual 6,5 9 0 8,0 2 0 1.7
2
1,4 7 0 F. d e A ç o 40

Support System- Jornal da ASCE, Vol. 107 GT 12, p. 1609-1624. R. Fcllrins,


17. SHEN C.K., BANG S.,ROMSTAD K.M., KULCHIN L., DeNATALE J.S.(1981) -Field S.B.Campo. SP 400 99 Residual 6.0 90 6,0 20 1.5 l A 7 0 F. d e A ç o 40

MeasurementsofEarthSupportSystem,JornaldaASCEVol107,GT12,p.1625-1642. R. Húngara II, SP


Ed. Metr., Sto,
374 99 Saprolito 11,0 90 8,0 20 1,2 1,5 8 0 F. d e A ç o 40

18. SCHLOSSER F., MAGNAN J.P., HOLTZ R.D.(1985)-Geotechnical Engineered André.SP 11 0 9 9 Sedimento 9.8 9 0 6,8 2 0 1,4 1.4 N ã o N ã o Não X

Construetion -State of the Art- Proceedings of the Eleventh Internacional Conference on Ed. Lumiere, Slo
André. SP 1.350 0 0 Residual 10,5 9 0 8,0 20 1.4 1,5 100 35 X
F. de Aço
Soil Mechanies and Foundation Engineering -Volume 5, p.2499-2504. Hangar Congonhas, SP 225 0 0 Residual 6.0 6 0 7 0 F. de Aço 3 5

CEF, Diadema. SP 263 00 Residual 7.2 90 8,0 20 1,6 1,4 100 F. de Aço 35
8. AGRADECIMENTOS
Rod. Raposo Tavares,
S P 130 0 0 Coluvio 6,0 9 0 4,0 20 1,5 1,5 7 0 F. de Aço 30 X
Ed. Millenium,Sto.
Os autores gostariam de agradecer atodos os profissionais dos escritórios de projeto e André, SP 130 00 Coluvio 4,2 90 6,0 20 1.4 1,3 IQQ F. de Aço 30 X

consultoria, de alguma forma envolvidos neste trabalho: A.H. Teixeira, Ceppolina, R.Prata, Taboão da
1.048 00 Coluvio 2a7.5
70 a
20 8 0 F. d c A ç o 3 0
Consultrix, Godoy &Maia, Interact, Luciano Decourt, M. Hosken, Roma. Scrra.SP
Pq Pinh., Taboão da
9 0 6,0 1,5 1,5 X

574 00 Residual 8.0 60 9,0 20 20,0 2,3 7 0 Te l a 4 0


Serra/SP
Itapecerica da Serra,
S P 213 00 Residual 6.0 90 8.0 2 0 1.5 1.5 7 0 F. d e A ç o 3 5
Hospital Bcncf. 1.785 00 13,5 90 9al3,5 2 0 1,3 1.4 8 0 4 0
Argila Porosa
Portug.SP F. de Aço
Lar ABC, São
Bemardo,SP 11 0 00 Coluvio 5,0 90 5.0 2 0 1,2 1.3 7 0 F. de Aço 35

R. Estevão Jordão, SP 140 00 Residual 4.0 60 4.0 2 0 1.2 1,3 7 0 F. de Aço 35


Fav.Capuava, Sto.
2.170 01 Coluvio 11 , 0 75 2 0 1.5 1.3 100 35 X
André.SP 5,5 a9 F.de Aço

Ipelandia, Suzano, SP 2.050 01 Solo residual 11.4 75 3 a 4 20 1.5 1.5 100 F. de Aço 30 X

Queluz ,SP 595 01 Solo residual 10,0 90 4.0 25 1.2 1.3 50 Q138 44

Cruzeiro, SP 300 01 Solo residual 7,0 90 4.0 25 1.2 1.3 50 —QI38 44

SP280 Marginal
Leste.SP 821 01 Solo residual 8,0 90 8.0 20 1,5 1.5 80 F. dc Aço 30

SP280 Marginal
Oeste,SP 1.625 01 Solo residual 10,0 90 6al0 1 20 1.5 1.5 8 0 F. d c A ç o 3 0
S. Bernardo do
Campo.SP 51 10 Coluvio 4,5 9 0 6,0 1 2 0 U 1,1 7 0 F.de Aço 3 0 X

C. E. Kennedy, SB
Campo.SP 571 01 Coluvio 10,0 9 0 8,0 I 2 0 1.0 1,4 100 F-dcAço| 30 X

1 8 19
Ta l u d e Chumbador R e v e s t . C o n c r. P r o j e t a d o
A r e a Q
o
Espaç
Identijtcação Solo &
Alt. I n c l Compr Armação Esp. Taxa |-«t'
a m
Armação

CEF Vila R, SP 245 01 Solo Residual


(m)
4,5
Í£l
90
(m) Qt Diam
3,8 1 20
H o r

1.2
Ve r t

1.1
(mm)
80 F. de Aço
aço

3 0 X
Sistemas de Contenção em Solo Grampeado na Cidade de
Cotia, SP
Al. S.Caetano, Sto André,
270 01 Solo residual 5,5 90 4 1 2 0 1.2 1.2 100 F. de Aço 3 0 X
Porto Alegre, RS
S P 3 7 4 01 Solo terciário 11 , 5 9 0 6,0 2 0 1.2 1,3 7 0 F. de Aço 3 0
Eduardo Azambuja
Diadema -SP
Cond. V.Amalfi,
878 01 Solo terciário 8.3 8 0 6,0 2 0 1.1 1,4 100 F. de Aço 3 0
Azambuja Engenharia eGeotecnia Ltda. EPUCRS, Faculdade de Engenharia, Porto Alegre, RS
Morumb, SP 858 01 Solo residual 8.3 80 5a9 20 1.3 1.3 Grama

Suzano.SP 99 01 Solo residual 6.0 90 4,0 20 1.5 1.5 50 F. de Aço 30 Marcos Strauss,
AvHigienópolis-
Sto.André.SP 195 01 Solo residual 4.7 6 0 6,0 2 0 1,2 1.1 70 4 0
Azambuja Engenharia eGeotecnia Ltda.
F. de Aço
Ed. M.AdventS.B.
Campo.SP 595 01 Solo Sedimentar 10,3 9 0 4 a 8 2 0 1.3 1,1 7 0 F. de Aço 40 X Felipe Gobbi Silveira
P.M. Poços de
Caldas.MG 2.739 01 Solo residual 23,0 6 0 10a 16 2 0 1,5 1.3 Grama X
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
C . E . P. B a r r e t o - S t o
Andre.SP 1.960 0 1 Solo residual 11 , 0 90 3a8 20 1.2 1,5 70 F. de Aço 40 X RESUMO:Opresentetrabalhorelatadoiscasos,nacidadedePortoAlegre,ondeosistemadesolo
Ta m b o r é / S P 697 0 1 Solo residual 4,5 90 5.0 20 1.3 1.5 100 F. de Aço 40 X grampeado foi adotado como solução. Existem demais obras executadas com esse sistema nessa
Taboâo da Serra/SP 2 1 0 01 Coluvio 7,0 75 6.0 20 1.2 1,5 70 F. de Aço 40 X
cidade,entretanto,paraestetrabalho,selimitouaapresentaçãodestesdoiscasos,cujosprojetos
Cons. Construtor,SP 400 01 Solo residual 2.5 80 4,0 16 1,1 1,5 80 Q196 39 X
foramdesenvolvidosnaempresaAzambujaEngenhariaeGeotecniaLtda,easobrasjáforam
Ta m b o r é I V. S P 2 . 1 6 4 01 Solo residual 3 a 7 90 4 a 6 2 0 1,2 1,2 80 F. de Aço 35 X
concluídas.OprimeirocasodescritointegraoconjuntodeobrasdaterceiraPerimetral,ondefoi c o m
Solo residual
C o n s . C o n s t r u t o r.
Te r r a A z u l - S t o .
565 01 6,0 90 4.0 2 0 2.0 2,0 7 0 F. de Aço 35 X

realizadaumaescavaçãoprofundatipocaixão,possuindoduasparedesopostas,cadauma
André.SP 4 1 0 0 1 Solo residual 11.6
i
9 0 6 i. 0 2 0 1.2 1,3 7 0 F. de Aço 40 X aproximadamente 350m de extensão ealturas variando de 3,5m a1Im. Osegundo caso apresentado
Margraf.Tamboré.SP 687 0 2 Solo residual 3a 6 9 0 5.0 20 1.3 1,3 100 F. de Aço 40 X tratadoprojetodaRuaSantaMaria,ondeexistemváriostrechosdecontençãoemsoloreforçado,
M a e c a n - Ta b o â o . S P 265 0 2 Solo residual 5,8 a9,3 7 0 6.0 2 0 1.2 1,5 7 0 F. de Aço 40 X
totalizandoaproximadamente70m,comalturasdeaté4m.Osresultadosdascampanhasde
P r o m o n Te l e f ô n i c a / S P 9 0 0 2 Residual 6,0 80 3,0 2 0 1.2 1.5 7 0 F. d e A ç o 3 0
investigaçãogeotécnicaeoscritériosdeprojetoecontroledasobrasdecontençãosãodescritos,
Savol -Sto Andrc.SP 2 4 0 0 2 Coluvio 6.4 9 0 5,0 2 0

12,5a
1.2 1.3 7 0 F. d e A ç o 30 X
bem como alguns detalhes particulares dos processos construtivos.
Mormom -Embu/ SP 194 0 2 Silte Arenoso 6,0 6 0 4 a 6 2 0 1.3 1,3 80 2telas
PA L AV R A S - C H AV E : Solo Grampeado, Contenção, Escavação profunda
R. Bahia /SP 277 02 Argila-Paulista 5,0 9 0 10,0 2 0 1,2 1.2 100 2telas

Atlântico Sul - 1INTRODUÇÃO


Brasília.DF 878 0 2 Areia Argilosa 6.0 9 0 4.0 2 0 1.4 1.0 7 0 F. d e A ç o 3 0

R.A. Arg.Tabo3o da
Serra/SP 400 0 2 Aterro 10,0 90 4a8 20 1.2 1,2 7 0 F. d e A ç o 30
Sãoentãoapresentadosdoiscasosdeobradenominadoscomo:PerimetraleRuaSantaMaria. a

R.M. Mizumoto-
Aprincipal obra do sistema viário de Porto Alegre nesta última década é O
ajuste da sua 3
Liberdade/SP 316 02 Argila Siltosa 10,2 90 8,0 20 1,5 1,5 70 F. de Aço 30
R.Samia Hadad Morumbi Avenida Perimetral afim de tomá-la uma via rápida de ligação das zonas sul enorte, com alta
/SP 770 02 Solo residual 18,8 90 9,0 20 1.2 1.2 70 F. de Aço 30
capacidadedefluxo.Paratal,foiprevistaaampliaçãodonúmerodepistaseacriaçãodeum
SSo José dos Campos /SP 1 . 0 2 9 0 2 Silte Arenoso 5.1 90 4,0 20 1.3 1.3 70 F. de Aço 30
corredordeônibus.OprojetodesenvolvidoparaaPerimetral,aquiapresentado,tratadeuma
NíqucItocantins/GO 770 02 Solo residual 8.2 80 4,0 20 1.5 1.5 70 F. de Aço 30 X passagemdenívelentreasavenidasTarsoDutraeProtásioAlves,compostaporquatroviadutose
Agua Mineral-Utinga /SP 2 2 9 02 Solo residual 8.4 90 6,0 20 1,2 1.2 70 F. de Aço 30 X
umapassageminferior.Aexecuçãodapassageminferiorfoirealizadaatravésdeumcortetipo
Hosp. Benef, Port. Fase
H,SP 936 02 Argila Porosa 12,0 90 3,8al0 20 1.3 1.4 80 F, de Aço 40 caixão,gerandoumvolumedeescavaçãodeaproximadamente120.000m^Ostaludesdecorte
Ed.Maria Antonia-Mooca verticais,comalturasdeatéllm,obviamentedemandaramsistemasdecontençãoespeciais.Entre
.SP
Col.Imp.Leop.a,Sa
848 02 Argila Siltosa 8.0 90 6.0 2 0 1.2 1,1 70 F. de Aço 4 0
váriasalternativasestudadas,foiescolhidaatécnicadesologrampeado,faceaoseumelhor
ntana,SP 640 03 Argila Siltosa 8.0 90 6.0 20 1,2 1.2 70 F. de Aço 40 X desempenho econômico eco mpatibilidade com as condições de subsolo.
Ed.Amsterdãn-Sto Argila organica
Andrc.SP 547 0 3 silt.

Argila silto
6a9,5 90 4 a 6 20 1,3 1.1 70 F.Polipro. 6 X
AscontençõesemsologrampeadodaRuaSantaMariafazempartedeumprojetomaisampo,
Ed.Grafos-Sto Andre.SP 916 03 a r e n o s a 5,4 a9,7 90 4 a 9 20 1.2 1,2 70 F.Polipro. 6 realizadoparapermitirapavimentação,reperfilamentoealargamentodavia,ecompreendeos
Saargummi -São Argila porosa 16ou2 projetos:viário,dedrenagempluvialedecontenções.Dentreosprojetosdecontençãoforam
Catano.SP 690 03 silt.

Argila organica
6,8all.8 90 4a 10 0 1.5 1,5 70 F.Polipro, 6 X
utilizadoscomosoluçõesmurosdesoloreforçado,murodesolocimentoecontençãoemsolo
Osasco-CPTM.SP
Ed.Residencial-Sto
193 03 silt. 4.8 9 0 3 a 6 16 1.2 1.0 150 F. de Aço 4 0
grampeado. Serão
apresentadas
as
contenções
emsolo
grampeado,que
totalizam
aproximadamente
Argila Silt.
Andrc.SP 257 03 porosa 6,0 90 5,0 20 1,2 1,2 70 F.Polipro. 6 X
70m de contenção com alturas de até 4m.
Sub- total Área 96 a
2003
46.054
AscondiçõesgeológicasgeotécnicasenvolvidasnocasodacontençãodaPeiimetialsãode
maiorcomplexidadedoqueasdaRuaSantaMaria.Devidoaestascomplexidadeseaoporteda
Obs: Aúnica obra instrumentada foi ado Hospital da Beneficência Portuguesa. Esta foi também aúnica obra da Perimetral foi possível arealização de instrumentação da obra euma campanha de
considerada provisória, mas passou 2anos sem aconstrução do prédio. investigação geotécnica, envolvendo ensaios de campo ede laboratório. Desta forma aobra da

2 0 21
Perimetral gerou uma quantidade maior de dados aserem apresentados, tonando-a mais Entre os estudos importantes, eque servem de orientação para os projetos de sistemas desse tipo,
“interessante” tanto do ponto de vista acadêmico como de prática de engenharia. destaca-se o“Programa CLOUTÉRRE”, oqual foi divulgado recentemente por diversas instituições
no mundo (FHWA-SA-93-026, 1993).
2 P E R I M E T R A L
2.3 SISTEMA CONSTRUTIVO
2.1 GEOLOGIA LOCAL
Na obra em questão, acontenção em solo grampeado está constituída dos seguintes elementos:
Ocruzamento das avenidas Tarso Dutra eProtásio Alves situa-se no Morro Petrópolis, próximo chumbadores, faceamento edrenagem de contato.
ao seu cume, com cota máxima de aproximadamente 60 macima do nível do mar.

2.3.1 Chumbadores

Os chumbadores utilizados foram feixes de 3barras de vergalhões 02Omm CA-50, cuja carga de
trabalho éde 240 kN.

Aancoragemcomofaceamentoérealizadaporganchose,porestarazão,dispositivosespeciais
de suspensão efretagem foram previstos.
Aproteção contra acorrosão desses grampos foi por galvanização afogo eorecobrimento
mínimo da pasta de cimento foi de 3cm. Uma vista dos chumbadores, já com centralizadores e
tubos de injeção, éapresentada na figura 2.
Aperfuração para instalação dos chumbadores foi realizada com processo roto-percussivo com
diâmetro mínimo de lOOmm, destacando-se oprocesso na figura 3.
Figura 1: Arranjo do túnel da Av. Protásio Alves, em destaque as cortinas de contenção.
2.3.2 Faceamento
Geomorfologicamente está situado na crista da matriz, alto topográfico formado por rochas
graníticas, com predominância do granito Independência (Menegat et. al., 1998).Adespeito desta ofaceamentofoiconstruídoemconcretoprojetadocom12cmdeespessurareforçadocomduas
predominância,nazonadeabrangênciadoprojetodesologrampeadonãoocorremformações
graníticas, mas sim duas outras ocorrências geológicas: um dique de riolito na face leste da
camadasdetelaeletrossoldadacoml,38cmVm.Afigura4apresentaoprocessodeexecuçãoda
escavaçao e solo residual de paragnaisse na zona central eface oeste da escavação. últimacamadadeconcretoprojetadojuntoàseçãodemaioralturadacortinadesologrampeado.
Odique de riolito possui uma orientação norte-sul eestá encaixado entre um maciço granítico 2.3.3
Drenagem de contato
gnáissico. Embora possua uma massa principal com limites laterais relativamente bem definidos o
dique impôs aintercalação de veios de pegmatito recorrentes em meio ao gnaisse.
Adrenagemdecontatofoirealizadaatravésdefaixasdegeocompostoscom0,45mdelargura,
2.2 CONCEPÇÃO DA SOLUÇÃO dispostosininterruptamentedacristadacortinaatéseupé,espaçadoshorizontalmentede2,5m.O
geocompostoutilizadoconsistedeumnúcleodrenantedepoiietilenoentreduasmantasdegeotexti
Oprojeto original previa aexecução de paredes diafragma atirantadas como contenção. No
nãotecidodepolipropileno.Afotodafigura5destacaosgeocompostosjáinstaladosemummvel
entanto,umacampanhadesondagenspreviamenteaoiníciodasobrasindicouapresençaderocha desologrampeadoepreparadoparaaescavaçãodonívelsubseqüente.
aolongodeumaextensãoconsideráveldaposiçãoprevistaparaaparedediafragma,inviabilizando
tal técnica, pela impossibilidade de escavação com ouso de clam-shell..
Como alternativa, optou-se pela técnica de contenção por solo grampeado.
2.3.4 Etapas construtivas
Esta opção foi tomada frente às seguintes vantagens inerentes aesta técnica:
♦Execução descensional; Aseqüência construtiva pode ser entendida apartir da descrição aseguir.
♦Possibilidade de ajuste do projeto com oavanço das escavações; Apósaescavaçãomecânica,foirealizadaumaescavaçãomanualcriteriosajuntoaofaceamento.
Sobre esta superfície, são fixados os geodrenos através de grapas metálicas.
♦Custo final inferior àtécnica de cortina atirantada.
Umaprimeiracamadadeproteçãodeconcretoprojetadoéentãoaplicada,comumaespessurade
EmboranoBrasilnãoexistaumanormatécnicaqueregulamenteosprojetosdesologrampeado 3cm.Essaproteçãopermiteaexecuçãodasperfuraçõeseinjeções(atividadesmaismorosas)sem
essas contenções são utilizadas aqui desde oinício da década de 70. queocorraadegradaçãodossolos,alémdegarantiraproteçãodasarmadurasdofaceamentocontra
acontaminação por interposição de solo.

2 2 2 3
Realizada as perfurações, os grampos são instalados eéprocedida ainjeção de primeiro estágio, vVerificação da estabilidade global.
liberando aface para ainserção de armaduras egabaritos para oacabamento do faceamento.
Ao fim dos trabalhos de armação, um segundo estágio de injeção éentão realizado nos grampos.
Por fim, oconcreto projetado pode ser finalizado em duas camadas, aprimeira de 5cm ea
segunda de 3cm. Essa última camada recebe ainda um tratamento manual de polimento com
desempenadeiras (réguas) de forma aproporcionar uma textura mais uniforme ao concreto
projetado.
um» Hlh

Afigura 6apresenta uma vista geral, no sentido norte-sul, do sistema de contenção em solo
grampeado executado na Avenida Carlos Gomes.

Figura 5: drenos de contato, suspensos a Figura 6: vista geral das paredes de


espera do lance de escavação subseqüente. contenção em solo grampeado, na fase final
de obra, na Av. Carlos Gomes (09/01).

2.4.1 Investigações geotécnicas realizadas

Quando do início do projeto, haviam sido realizadas 13 sondagens mistas (SPT erotativas), o
que permitiu oconhecimento do perfil geológico, mas inadequado para adeterminação dos
Figura 3: Perfuração 01OOmm com
parâmetros geotécnicos necessários ao dimensionamento, frente àcomplexidade geológica do local.
I■● ■ perfuratriz roto-percussiva.
'-fe r Portanto, foram executados 12 ensaios CPT complementares.
1 A i

f
2.4.2 Interpretação dos resultados

Em função dos resultados obtidos com as sondagens, dividiu-se aobra em seis zonas com
propriedades mecânicas próprias, conforme indicado na Figura 7.

Figura 2: chumbadores com 3barras Figura 4; Concreto projetado via seca.


02Omm CA-50 soldadas egalvanizadas.

2.4 DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR

Uma vez que oBrasil ainda não dispõe de uma norma técnica arespeito de solo grampeado, o
dimensionamento foi realizado segundo as orientações das publicações “Programa CLOUTÉRRE”
(FHWA, 1993) e“Reinforced Soil Structures -Design and Construction Guidelines” (Christoplier Figura 7: zonas de solo de propriedades semelhantes.
et.al, 1990).
Utilizando-se correlações empíricas (Robertson eCampanella, 1993) epartindo de uma hipótese
Oprocesso de dimensionamento consistiu das seguintes etapas;
preliminar de material puramente friccional, obteve-se um valor de 0cq. Apartir daí, considerando-
vObtenção dos parâmetros geotécnicos; se aexperiência regional foram determinados parâmetros de resistência ao cisalhamento coesivo-
friccional que implicassem em resistências ao cisalhamento semelhantes às obtidas apartir de 0eq,
vVerifícação da estabilidade interna da região reforçada;

2 4 2 5
para níveis médios de tensões confinantes ao longo da obra. Os resultados são apresentados no considera-se que seus resultados são muito mais representativos que os obtidos por CPT ou
Quadro 1. qualquer ensaio de laboratório.
Quadro 1: Parâmetros para as zonas de subsolo. Quadro 2: parâmetros obtidos nas investigações complementares.
Z o n a
descrição c' (kPa)
1 2 3 4 5 6
Veio de pegmatito 24 14
0 4 4 50' 40' 40° 39° 42°
eg. (retro análise)
0 ’ 35° 40' 32' 32° 32' 32'
Gnaisse com juntas 20 8
c’ (kPa) 22 22 22 22 2 2 2 2 (retro análise)
Y(kN/m^) 18 18 18 18 18 18
Gnaisse com juntas 20 7,5
(retro análise)
Gnaisse com juntas 20
2.4.3 Arranjo preliminar 4,5
(retro análise)
Compressão triaxial 24 22
Com tais parâmetros, foram realizados dimensionamentos internos apartir dos métodos em gnaisse
cinemáticos eanálises de estabilidade externa fundamentadas no equilíbrio limite apartir das
formulações de Spencer.
2.5.2 Redimensionamento
Os arranjos resultaram em chumbadores com comprimentos variando de 3m a8m e
espaçamentos horizontais everticais variando de l,5m a2m.
Considerando os parâmetros obtidos por retro análise, corroborados pelos resultados dos ensaios
2.5 DIMENSIONAMENTO FINAL triaxiais, foi redimensionado todo osistema de solo grampeado, seguindo-se metodologia e
hipóteses idênticas às utilizadas no dimensionamento preliminar.
Já que osistema de solo grampeado permite arevisão do projeto enquanto se avança com a s

escavações,foramprogramadasinvestigaçõescomplementareseensaiosgeotécnicosdeforma Os arranjos de grampos resultantes possuem espaçamentos horizontais everticais variando de


avaliar melhor os parâmetros de projeto. 1,75 al,25m ecomprimentos variando de 4a1l,7m.
Essasinvestigaçõesforamconduzidasnasprimeirasescavaçõesrealizadasnolocalepermitiram, Convém destacar que os parâmetros geotécnicos, eportanto oarranjo de grampos, não foram
e m tempo hábil, reavaliar todo oarranjo do sistema de contenção. alterados em zonas onde ocomportamento mecânico dos maciços era comandado pelo dique de
riolito. Nesses casos, os arranjos são mais esbeltos eeconômicos.
2.5.1 Investigações complementares Também édestacável que alguns arranjos foram ajustados em campo, em face do
reconhecimento do material que se revelava nas escavações. Essa dinâmica do projeto em meio à
Inicialmente havia sido prevista aretirada de blocos indeformados para arealização de ensaios obra é, talvez, um dos grandes méritos dos sistemas de contenção em solo grampeado.
de laboratório. Optou-se em conduzir ensaios triaxiais drenados com medição local de deformações, Na Figura 8éapresentada aseção transversal de maior altura da obra em questão.
face ànecessidade de se obter informações sobre os módulos de deformação. Nesse sentido, ensaios 1 VlalateraS
com aumento da tensão desvio ecom redução da tensão confínante foram realizados.
1.0

Entretanto, durante essas escavações iniciais, foram identificadas descontinuidades impregnadas


1.25
de argilas, possivelmente lá depositadas por processos de hidrotermalismo. Essas descontinuidad e s
acabaram comandando ocomportamento mecânico dos maciços. 1
L«4tm

Desta forma, optou-se por criar uma série de escavações internas àobra (portanto sem prejuízo 1.2S
F
10.6
dos sistemas de contenção) onde as rupturas dos taludes foram intencionalmente provocadas.
1.25

As retroanálises dessas rupturas induzidas permitiram identificar novos parâmetros de projeto. 1 M


Os resultados destes procedimentos são apresentados na Quadro 3.
1.26

Estes novos parâmetros de resistência são sensivelmente inferiores aos obtidos via correlações
com os ensaios CPT. De fato, em sistemas onde ocomportamento mecânico écomandado por
Juntas estruturais dos maciços (como éocaso de contenções), os ensaios como oCPT não são Av. Tarso Dutra

capazes de identificar os parâmetros de interesse, ou seja, os parâmetros das próprias juntas. LNkn

Entendendo que aretroanálise, uma vez que se conheça bem as condições de contorno, possui o Figura 8: seção transversal de maior altura da contenção em solo grampeado.
mérito de praticamente ser um “ensaio” em verdadeira grandeza sem perturbações de amostragem.

2 6
2 7
287
2.6 CONTROLE TECNOLÓGICO
237
Para que adinâmica de um projeto de solo grampeado seja racional, ocontrole do desempenho
do sistema éestritamente necessário. Desta forma, um controle tecnológico, em especial dos ^ 1 8 7
deslocamentos, assume um papel muito importante.
^ 1 3 7
Além dos controles de qualidade convencionais dos materiais empregados, foram previstos os
seguintes procedimentos: 87

vEnsaios de arrancamento; 37

0 2 4 6 8 10 12 14 1 6
vControle de deslocamentos na crista do faceamento;
deslocamento (mm)
vinstrumentação de grampos einstalação de inclinômetros em duas seções críticas.
Figura 9: Gráfico dos ciclos de carga em um ensaio de arrancamento.
Desse plano inicial, apenas os inclmômetros não foram instalados, em virtude de alguns
embaraços construtivos ede logística da empresa construtora. Afigura 10 mostra os locais onde foram realizados os ensaios de arrancamento, oensaio 06 não
está representado em planta porque foi realizado na mesma seção do ensaio 05, em uma cota 2,5
2.6.1 Ensaios de arrancamento inferior. Ainda érepresentada na figura alocalização dos pontos para medida de deformações ea
'realização das seções de grampos instrumentados.
Os ensaios de arrancamento foram realizados com afinalidade de verificar arelação tensão
deformação dos grampos utilizados no sistema de contenção.
Paraissoforamexecutadosgramposprotótipos,semfunçãoestrutural,aolongodaobra n o s

locaisespecificadospelaprojetista.Estesgramposprotótiposobedeceramosmesmoscritenosde
execução
dos
demais
grampos
executados
na
obra
quanto
aperfuração
emjeçao.
No entanto o s

grampos utilizados nos ensaios de arrancamento são compostos por uma unica arra eaço, são de
menorcomprimentodoqueosutilizadosnaobraenecessitamdeumtrecholivreentreotrecho
ancorado eofaceamento.

Oarranjodosistemaempregadoconstituiu-sedeumconjuntobombamacacohidráulicoscorn
capacidadenominalde600kN,instaladosnacabeçadogrampocomautilizaçãodeumacargueira
metálica. Acarga aplicada no sistema éconvertida em pressão everificada através de U m

manômetro na saída bomba. Os deslocamentos na cabeça do grampo foram medidos utilizand o

defletômetro mecânico com resolução de 0.01 mm fixado aum sistema independente de referência.
Aexecução dos ensaios se da através de ciclos de carga. Oensaio éiniciado com uma carga da
ordem de 25% da carga de trabalho eos incrementos de carga adotados foram da mesma Figura 10: Locais dos pontos de controle einstrumentação.
magnitiude, cada incremento de carga produz um ciclo. Onúmero de ciclos de carga utilizados éo
número necessário para que se alcance acarga de arrancamento (ruptura do contato solo-grout). Os resultados destes ensaios podem ser verificados no quadro 3, onde são descritas a 9 9

profundidade média do trecho ancorado, atensão de trabalho especificada para ogrampo, o“qs
Em cada estágio de carregamento foi verificado ocomportamento tempo-dependente, d o mobilizado eodeslocamento referente àruptura do grampo.
grampo para aquela tensão eainterpretação dos resultados deu-se por ajuste auma regressão não
l i n e a r.

Aresistência última éverificada quando da instabilidade dos deslocamentos para cargas Quadro 3: Resultado dos ensaios de arrancamento.
constantes, oque resulta na tensão máxima mobilizada (qs).
Ensaio Prof. (m) ay (kPa) qs (kPa) d e s l . ( m m )
Ainterpretação dos resultados dos ensaios bem como averificação da consistência do niesmo 1 200 260
2,50 6,50
seguiram os métodos sugeridos pelo “Programa CLOUTERRE”, (FHWA, 1993). Sendo analisadas 2 6,76 75 264 7,80
aresistência última na interface solo-grout (qs) bem como ocomportamento tempo dependente n a s 3 4,60 150 261 15,76
tensões de maior interesse (tensões de trabalho). 4 4,30 125 270 9,30
5 1,50 120 210 5,40
6 4,0 150 204 10,73

2 8
2 9
2.6.2 Deslocamentos da crista superaram os deslocamentos esperados para aestrutura. Além dos deslocamentos de crista elevados,
as bacias de deformações foram mais amplas que oesperado. Amaioria dos registros reporta-se a
Osistema de contenção de solo grampeado apresenta os deslocamentos mais acentuadas na crista deformações verticais nulas adistâncias da crista inferiores a1,5 vezes aaltura escavada. Nas
da escavação. Para se ter ocontrole destes deslocamentos foram instalados cachimbos ao longo da contenções da 111 Perimetral, foram observadas trincas de tração erecalques adistâncias de até 2
crista logo no início das escavações. Estes cachimbos consistem em uma peça metálica instalada vezes as alturas escavadas.
junto ao faceamento que serve de suporte para um prisma. Este prisma uma vez colocado no
cachimbo possibilita aleitura das coordenadas do ponto utilizando um nível de precisão. As
medidas foram realizadas periodicamente, especialmente antes edepois dos eventos de escavação. 2.6.3 Seções instrumentadas

Desta forma foi possível acompanhar os deslocamentos da estrutura tanto horizontal como
Foram executadas duas seções de grampos instrumentados, alocação destas duas seções pode ser
verticalmente ao longo do tempo. Os resultados apresentados neste trabalho se restringem aos
deslocamentos horizontais everticais da parede 2, conforme aparecem nas figuras 11 e12. visualizada na figura 10.
Figura 1: Gráfico dos deslocamentos horizontais da parede 2 Cada seção écomposta por um total de 5grampos com comprimentos variáveis entre 9e11
80
metros. Estes grampos estão instrumentados com strain-gauges com objetivo de verificar as
7 0
-o- Ponto E deformações e, consequentemente, adistribuição das tensões ao longo dos grampos.
Ponto F

6 0
-A- Ponto G
Os resultados obtidos nestes grampos não serão apresentados neste trabalho por ainda se
-X- Ponto H
E
-X— Ponto I
encontrarem em fase de processamento, porém épossível antecipar-se que adistribuição das
ã, 50
o
e
Ponto J deformações apresentaram-se compatíveis com os modelos estruturais atribuídos ao projeto.
o >
Ponto L
4 0
E —Ponto M
n
u
Ponto N
●2 30
( A
Ponto N1
Q
Afigura 13 apresenta uma vista geral da obra concluída.
20

10

0 50 100 150 200 2 5 0 300 »


r .

Tempo (dias) I I í' '



K ' ’

Figura 11: gráfico dos deslocamentos horizontais da parede 2.


M
200

Figura 13: Vista geral da contenção executada (05/03).

3RUA S A N TA MARIA
Tempo (dias)

3.2 GEOLOGIA LOCAL


Figura 12: gráfico dos deslocamentos verticais da parede 2.
ARua Santa Maria situa-se no moiTO da Cruz, easua cota éde aproximadamente 140m acima
Épossível visualizar que os deslocamentos máximos da estrutura nos pontos medidos foram 70 do nível do mar.
mm na direção horizontal e23 mm na direção vertical. Os deslocamentos obtidos na obra

3 0 31
omorro da Cruz écomposto por rochas graníticas, mais especifícamente ogranito Santana, o 5.4 DIMENSIONAMENTO
granito Santana característico apresenta acor laranja avermelha euma textura equigranular média
agrossa. Ele constitui amaior parte da crista de Porto Alegre, estendendo-se desde azona sul até a Assim como no caso anterior odimensionamento teve como referência as publicações:
zona norte da cidade. “Programa CLOUTÉRRE” (FHWA, 1993) e“Reinforced Soil Structures Design and
Construction Guidelines” (Christopher et.al, 1990).
Os perfis de solo encontrados são predominantemente solo saprolítico desta rocha, tendo
ocorrência de matacões. Ocorre também aterros de caliça em toda aextensão projetada, com Os parâmetros utilizados para odimensionamento foram:
espessuras variáveis. ♦ c ’ = 2 8 k P a

5.2 CONCEPÇÃO DA SOLVÇÃO ♦0’=3O'

Como já foi descrito anteriormente, várias soluções de contenção foram propostas para aRua ♦Y^17kN/m^
SantaMaria,murodesoloreforçado,murosdesolocimentoecontençõesemsologrampeado.
Valores estes apresentados por Bastos (1991) apartir de campanhas de ensaios geotécnicos
Osistema de contenção em solo grampeado foi utilizado nos locais onde apresentava-se realizados em solos residuais de rochas graníticas em unidades geotécnicas semelhantes às do local.
vantajosaautilizaçãodeummétodoconstrutivodescencionalcomvolumesminimizadosdecortes,
locaispróximosaedificações.Aprevisãodedeformaçõesfoiadmitidacomoaceitavetendo e m
Afigura 14 apresenta uma seção tipo da solução proposta em solo grampeado.
vista as propriedades do solo eotipo de edificações envolvidas.
5.5 SISTEMA CONSTRUTIVO

Na obra em questão, acontenção em sologrampeadoestáconstituídadosseguinteselementos:


chumbadores, faceamento edrenagem de contato.

3.3.1 Chumbadores

Os chumbadores utilizados foram compostos por barras de aço tipo ST 50/55 filetado com

019mm, cuja carga de trabalho éde 125 kN.


Aancoragemcomofaceamento
érealizada
atravésda
utilização
de
placa
de
ancoragem
eporca.
Aproteção
contra
acorrosão
desses
grampos foi
porgalvanização afogo
ebainha
metálica
preenchida com nata de cimento
Aperfuraçãoparainstalaçãodoschumbadoresfoirealizadacomprocessoroto-percussivocom
diâmetro mínimo de 3”.

3.3.2 Faceamento
Figura 14: Seção tipo do sistema de contenção em solo grampeado da Rua Santa Maria.
Ofaceamentofoiconstruídoemconcretoprojetadocom12cmdeespessurareforçadocomduas
camadas de tela eletrossoldada com 0,75cmVm. 5.5 CONTROLE TECNOLÓGICO

Nas obras da Rua Santa Maria foram executados ensaios de arrancamento nos grampos, não
3.3.3 Drenagem de contato sendo executada instrumentação das estmturas.
Os ensaios de arrancamento atenderam as condições especificadas em projeto no que tange a
Adrenagem de contato foi realizada através de faixas de geocompostos com 0,50m de largura, resistência edcformabilidade da interface solo xgrampo
dispostos íninterruptamente da crista da cortina até seu pé, espaçados horizontalmente de l,75m. O
geocomposto utilizado consiste de um núcleo drenante de polietileno entre duas mantas de geotêxtil Não foram verificadas patologias significativas das edificações associadas adcformabilidade do
sistema de contenção.
não tecido de polipropileno. Sendo aágua coletada no pé da contenção através de um tubo de
PEAD.

Afigura 15 apresenta uma vista geral de uma das obras em solo grampeado executada na Rua
Santa Maria.

3 2
3 3
utilização de Solo Grampeado em Zona Urbana
Engenheiro José Eduardo Moeller Hosken
Graduado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos
da Universidade de São Paulo -1972
Especialização em Mecânica dos Solos eFundações pela mesma.

A. Resumo:

Este trabalho tem oobjetivo de divulgar ao meio técnico nossa experiência em projetos e
acompanhamento técnico da execução de Solo Grampeado em Zona Urbana; que totaliza
até apresente data 66 projetos com área total de contenção superior à26.000 m^.
Figura 15: vista geral de uma das obras em solo grampeado na Rua Santa Maria.
B. Introdução:
4CONCLUSÕES
Osistema de solo grampeado mostrou-se competente tecnicamente ecom bom desempenho Descreveremos as várias formas de utilização do Solo Grampeado relacionando as obras
esuas características.
econômico para os empreendimentos propostos. Entretanto há que se ter cuidado com as

deformaçõesinerentesdosistema.Emcontençõescomobraslindeirasadistânciasinferioresa2
vezes a altura escavada, uma análise mais detida arespeito das deformações na massa de solo é I - E s t a b i l i z a ç ã o d e Ta l u d e s E x i s t e n t e s
necessária. Nossos primeiros projetos de Solo Grampeado foram feitos no ano de 1994, com o
objetivo de estabilizar taludes pré-existentes com problemas de instabilidades localizadas.
Em solos residuais onde ocomportamento mecânico das contenções pode ser comandado pelas
propriedadesdeinterfacenasjuntasoudescontinuidades,asinvestigaçõesgeotécnicascomensaios II -Substituição eReparação de Muros de Arrimo Rompidos
de campo mais comuns podem conduzir asuperestimativas dos parâmetros de comportamento Àpartir de 1995 projetamos Solo Grampeado para reparar esubstituir muros de arrimo
mecânico. Nesses casos, ensaios de laboratório que permitam aavaliação dos parâmetros de junta empíricos ou não, que se romperam pelos mais diversos motivos.
podem ser mais eficientes. Mesmo assim, aavaliação mais confiável dessas propriedades
geotécnicas são obtidas na avaliação do comportamento da obra durante os primeiros estágios III -Arrimos em Solo Grampeado
construtivos, razão pela qual um monitoramento ostensivo éimprescindível. Em 1997 iniciamos os projetos de arrimos aserem executados por meio da Técnica de
REFERÊNCIAS Solo Grampeado.

CHRISTOPHER, B. R., GILL, S. A., GIROUD, J., JURAN, I.,MITCHELL, J. K., SCHLOSSER, IV -Cortinas de Edifícios com Subsolos
F. &DUNNICLIFF, J., 1990. Reinforced Soil Structures, vol 1: Design and Construction Passamos àprojetar as cortinas de edifícios com subsolos em Solo Grampeado como
Guidelines. Rep. n° FHWA-RD-89-043, Federal Highway Administration, McLean, Virgínia alternativa às cortinas de perfis metálicos eparedes diafragmas àpartir do ano de 1999.
USA.

V- R e f o r ç o d e M u r o s d e A r r i m o E x i s t e n t e s
FHWA, 1993. Recomendations CLOUTERRE 1991. Rep. n” FHWA-SA-93-026, Federal Àpartir de 2000 iniciamos oprojeto de Solo Grampeado para reforçar muros de arrimo
Highway Administration, Washington, D.C., USA. existentes com indícios de instabilidade sem anecessidade de demolições e
ROBERTSON, P.K. &CAMPANELLA, R.G. 1997. Interpretation of Cone Penetration Test: reconstruções.
Part I: Sand. Canadian Geotechnical Journal, 20(4), 718-733.
MENEGAT, R., Porto, M.L., Carraro, C.C. &Fernandes, L.A.D. 1998. Atlas Ambiental de Porto
Alegre. Ed. Universidade/UFRGS, Porto Alegre, RS.

3 4 3 5
C. Descrição dos Projetos:
Substituição de Muros de Arrimo Rompidos

I. Estabilização de Taludes Existentes


GEOMETRIA CHUMBADORES E S P.

O B R A SOLO Â N G U L O Á R E A A LT U R A DIÂMETRO COMP. CONCR. DATA

(m2) MÁXÍm) (mm) (ml) PROJ. (cm)


GEOMETRIA CHUMBADORES E S P. CONCR. 1 silte arenoso 70° 20 4 5 e 7 27/6/1995
Transportes 852 9 . 5
O B R A S O L O ÂNGULO ÁREA A L T U R A DIÂMETROCOMP.IPROJ. D A T A
Santa Maria micáceo (residual)
(m2) MÂX (m) (mm) ( m l ) (cm) 2Luis Carlos Esteves 80° 238 1 4 20 8 9 3/10/1995
argila silto arenosa
1 Guarda Civil -SCS residual -silte 7 0 ° 680 8.5 2 0 5,5 1 0 1/8/1994
emuito arenosa
areno argiloso 3 Wa l c a r aterro de argila, 83° 365 5 . 5 2 0 10 5 15/5/1996
2 Zaraplast 6 0 ° 1 3 7 0 1 3 2 0 7 5/7/10 16/6/1995
argila siitosa
argila arenosa,
areia muito argilosa
3 DeNadai aterro de silte 4 5 ° 5 7 3,2 2 0 3 5 1/4/1996
4Portal dos Clássicos argila silto arenosa 90° 6 0 4 2 0 10 1/12/1997
areno argiloso
Edifício Gounod e a r e i a fi n a e m é d i a
4 Sanfana residual -silte 6 5 ° 3 9 0 11 2 0 8 1 0 21/9/1998

arenoso -micáceo argilosa


5Escola Adventista argila arenosa 8 3 ° 512 6 . 5 20 8 7 27/7/1999
5 Poiibrasil argila siitosa 35° e65° 567 14.2 20 8 7 3/6/2002

Novo Flare muito mole amole de Interlagos


6 E d i fi c i o Residencial argila siitosa 9 0 ° 7 5 7.9 2 0 8 1 0 15/12/1999
NA =9.0m

6 PMSP- aterro: de silte 45° 1 9 0 2 0 4 7 6/2/2002 Incorporadora Paslar média arija,


6.3
R. Gabriel Ribeiro argila muito arenosa,
areno argiloso:
a r e i a fi n a e m é d i a
de argila
silto arenosa: silto argilosa,
de silte arenoso argila silto arenosa
7 aterro de silte 40° e45° 540 16 22/5/2003 rija
PMTS -Contenção 12,6 8.5 7
7 E d i fi c i o Comercial aterro de argila, 9 0 ° 50 4,5 2 0 8 7 1 0 / 11 / 2 0 0 0
de encostas esilte arenoso
Av. Antártico argila silto arenosa
média erija
8 Te r r a A z u l aterro de argila 44°. 56°, 350 11 , 6 20 6 7 4/1/2001
Obs: altura do nível d’água contada apartir da base do muro.
silto arenosa. 83° e90°

argila silto arenosa


argila arenosa,
a r e i a fi n a

muito argilosa

Obs: Tipos de muro rompido:


1: empírico de concreto armado
2: arrimo de pedras argamassadas econcreto armado
3: arrimo de blocos intertravados com chumbadores
4: cortina de perfis metálicos em execução por transbordamento de águas pluviais da
Via Anchieta
5: empírico de concreto armado
6: cortina de perfis metálicos com altura excessiva na fase construtiva
7: estrutural na execução da fundação em strauss
8:empírico de concreto armado com submuração dos vizinhos

3 6
3 7
S e ç õ e s Tr a n s v e r s a i s T í p i c a s Obra 5

Obra 2 MUBO OE
CORTE 1-1

■0 0 a1.30 ■ M

●.toa.ao c o t n u M

UMCA cr*, rnJCTM^

l <■
>●f '
P ~ T

\
3 5 3

8:
J cot CRCTO r w O J C TA O O
ATCRIia
T T ● * 7 c m
05S21-
-s' 2 í i
l I
n r x
R C AT n t O COM WCOS
X
8 I oe SOLO-CUNTO
i

BjgSÍ. T 1 = 2
AHBIbA ‘●'5 I
9IIT0 «RCH09A

s T
»i—á
X
X
tíSS- X
MÚ \
8’ . ' c i c i n j i ' X=2
X X
, -'t-
i
lsf*o I
TV*
C H U H U O a i U
í

\
I ● t * «

* ● - fcgos-
í

( 1
I
* 1 5 S
r.í ■^4 ? ■“TWESBERS
J
I
A A O i U S
w k C M U I TA 1 / 2 C A N A
H-JITO (UMOSA ' K A . ■» _
H . A ntnio ^ íJÒsm
" I
sapo pneruioe 1.90
vo» DC^
r* ij«" »y iTÍ '
:r: - i .V nr" - >

8:
1—,3
T J -
,1,3t
1
. : _ L
I
rmiuBAPOa VOmCAL PAgA
rUMUÇU DO mÚM
DC
riCHAÃIOflO d

AH.2C.AACM0M
MICÁCCO
● l

ü CORTE 2
U V A L C r A

ÓC ‘ i■?"
*—*7»
U ■
8

u '
I eMUMBAP0« vwnçAi/^
-J j/«" -t^o ml
I
4

Obra 3
Obra 8

SACOS DE 50L0-CIM£HT0 5X

Si
m i £ ;i
1 1 3
1 t 1 3
I

112 i 112
TERRENO
I
N AT U R A L s
CHUUBAOORES 1 1 1 111
C O N C R C TO P R O J E TA D O C O M l TjF
M/A* CA-80
nSRAS OE ACO ●■S e m
110 A ÍSai- 1 1 0

i ( r

\»55- 1 0 9
X I
1 0 9
I a
jtA
t
t o e X 1 0 6
\®55- I

1 0 7 1 n r 1 0 7
I
>1
>«55- 1 0 6 i 1 0 6
i O H c a n r p B O J C TA M
I
● * 7 c m iff.
1 0 5 i ■C.
r r 105
l
^e55● (T
DEPÓSITO 1 0 3 , 5 0 OHP l»9,0mL
1 0 4 -ffi 1 0 A
W A L C A R i l

103 1 0 3

XOjjw
ruHOAçito 00 MURO oe 102 * 102
JO*
SACOS OE SOLO-ClUEKTO 1 0 0 , 5 0
-BOml
(CRUPOS <1/2* CA-90A 101 101
1 0 0 . 0 0 \DHP l-U.OmT
ACADA 2.0m) 10'

1 0 0
t 100
I I
8 . 0 0
CORTE A-A ESTRUTURA
CORTE 3-3

3 8 3 9
m . Arrimos em Solo Grampeado G E O M E T R I A C H U M B A D O R E S E S P. C O N C R .

O B R A S O L O Â N G U L O Á R E A A LT U R A DIÂMETRO COMP. P R O J . D A T A

(m2) MÁX(m) (mm) (ml) ( c m )


GEOMETRIA CHUMBADORES E S P. CONCR. 17 Agência Savol aterro de argila; 2 5 7 6,4 2 0 5 7 18/04/02

O B R A S O L O ÂNGULO ÁREA A L T U R A DIÂMETRO COMP. P R O J . D A T A Ampliação argila siltosa


MÂX (m) (mm) (ml) ( c m ) muito mole amole
1 Sr. José S e r a fi m argila silto arenosa 7 4 “ 1 5 0 13,05 2 0 8 9 20/02/97 Cond. Residencial 08/07/02
1 8 argila silto arenosa, 90“ 1027 5,05 1 6 4 7

São José dos Campos areia fina silto argilosa


2 D r. M i l t o n M o u r a argila siltosa 84“ 80 9,8 2 0 4 7 08/12/97 1 9 90° 6 3 7 7,05 16 7 7 28/01/03
Colégio Imperatriz argila silto arenosa,
3 Contenções aterro: de areia com 86“ 320 6.2 20 6 10 27/04/98 a r e i a fi n a e
Leopoldina
Quadra Esportiva entulhos; de argila média argilosa
com entulhos, 2 0 Faculdade de Ciências 90“ 11 0 16 28/02/03
silte areno argiloso 7 6 7

argila silto arenosa, Farmacêuticas -USP (residual)


areia fi n a emédia

siltosa

NA =1,4 m
Obs: altura do nível d’água contada apartir da base do muro.
4 Wa l t a p aterro de argila e 8 5 “ 1 5 0 3,6 2 0 4 7 12/05/98

argila silto arenosa


5 Hospital Unicor/ aterro de argila silto 83“ 9 6 4 8,6 2 0 6 1 0 22/09/98

São Luiz arenosa eargila silto


Morumbi a r e n o s a

14/04/99
6 Condomínio silte arenoso argiloso 80“e90“ 8 0 5 8,3 2 0 8 10
Seções Transversais Típicas
Gold Village (residual)

7 Casas Bahia silte argiloso 83° 3 5 4 10,7 20 6 7 07/05/99

Franco da Rocha (residual) Obra 3


8 Caixa Econômica silte arenoso 85“e90“ 2 8 0 7,15 2 0 10 1 0 3 0 / 11 / 9 9

Federal -Diadema (residual)


E . T. S a n t o A n d r é 123 8 8 21/03/00
9 argila silto arenosa 90“ 4 2 0 s ‘
U

Pinheirinho tO&.OD

10 Shopping Lar ABC argila silto arenosa 74“e 90“ 122 7,5 20 10 22/05/00 AT V f f R J r C M
i D fi . r r v
S K O
i’í CCnCftrTQ P»ÍCjE7*D0
I/o-10cm COM «Ko/.ni OC fiSRAS
Ampliação areia fina argilosa I " - —

« A
tO&,C.O

NA= 1,5m

11 Bilden Belgo -sede argila siltosa 70° e90“ 790 8,3 2 0 8 10 03/08/00 O
O

104 .CO

muito mole amole X

silte argiloso (residual) 8


t
g.L-T-,

12 Caixa Econômica 8 0 “ 4 2 2 0 6 7 13/02/01 I05.CQ


argila siltosa 4,95
Federal -Ipiranga argila arenosa 1

O
O
NA =2m
oi 102.CO

13 2Blocos silte areno argiloso 90° 633 7,45 2 0 5 7 15/06/01 lU

Habitacionais (residual) 8
tOl.üC
14 Casas Bahia argila silto arenosa; 2 9 3,3 2 0 3 7 17/09/01

Sônia Regina silte arenoso


m o c o
(residual)
i:
Casas Bahia argila silto arenosa 90“ 33 5,6 2 0 4 7 09/10/01

Capão Redondo mole; üü.OO

silte areno argiloso


NA =0,5 m
gii.co
l?n- !r5:Q3r>i.'
16 PMSP- argila silto arenosa 8 5 “ 1 8 3 13,25 2 0 8 7 06/02/02 \KOuClHtAD|:/iRCUI3.^TiCAI>#.
\rM rutjcXo &A fj£ctsí.O'--{)E
\flo nirriTF
Rua Pena Forte

4 0 41
Obra 5
Obra 7
<
a c
V )
<
>
I
'QC O
u
1 ^ 1.00
2 11 . 6 9 4.
2)2
z ' > 212 t<{VEL-D0 \
VIZINHO 4
< o :
<
51° 2 11
y
< l o i r
a »
2 1 0 4-0 mi T
O

i5
2 0 9
SOIL NAIUNG
R.Oml o
105.71 SPC i n C O H C R C T O P R O j r TA O O
»=7em ~
í C O N C R E T O P R O J E TA D O
208

g-1 Oem o
o : 207 n
<
ARGILA TORQUE SPT >

SILTO ARENOSA ^ ^ 2 . 0 0 o
206
o

IS 13 Y / / / / / / / / / / / / / / / / .
205

ARG^
SILTOSA
3

>40
8 2 8

63
1 O

2 0 4 4BP>I. o

2 0 3
1 . 0 0 o o
l O i n

ARGILA 28 3 0
1 2 0 2

m m m m ,
SILTO
i A
arenosa ÍT" 30 o
m 201 í
2.32 2 . 0 3
2 8
30 7.45 g
O
97.70 200
0
t CORTE 1-1
OHP \=g.Oml

riHP Is9.00m,

CORTE 3-3

Obra 6
Obra 19

CORTE 3-3 <


( / )
I
(=)
>
NÍVEL DO “ I C A N A L E TA 8«.20

í VIZINHO

.3C q :
. . « 0

5 fl ? . 5 0 2 . * o 432.

gi.?a

o
C O N C R E TO P R O J E TA D O
c o H C R n P R O . « TA O O
f O e 1Ocm «
.■7 c m (VISTA S)

í IS 9 8 . 0 3
SALAS DE AULA

9..AS
s
C0W(H TO a a a i i B g

' { W TA 4 )

T R R NO AT U A L
M J l A SCAVAR

81-7aa
CHUUBAOO ■VERTICAL^ E RRCO

IbS. )ml »02i

í
118.25
e».77
OBRA

3 C
í & 8 . M

C A N A L E TA OHP íca.OiTii M . »

DHP 1=12.0 V E R O C T. ,sunoLO

V E R D E T. 4 3 2 .

CORTE 2-2

4 2 4 3
I V. Cortinas de Edifícios com Subsolo
E S P.
GEOMETRIA CHUMBADORES CONCR.

O B R A SOLO Sub ÂNGULO ÁREA ALTURA DIÂMETRO COMP. PROJ. D ATA


E S P.
CHUMBADORES CONCR.
GEOMETRIA Solos l m 2 i MÂX (m) (mm) (ml) i£mi
OBRA SOLO Sub  N G U L O Á R E A A LT U R A D I  M E T R O C O M P . PROJ. D ATA 14 Edifício Maria Antonía argila siltosa 2 90° 818 7.6 16 4 7 10/10/2002

Solos MÂX (m) (mm) m . muito mole

1 Edifício Metropolitan aterro de argila com 3 90° 95 8.5 20 8 6/8/1999 argila silto
entulhos, argila silto arenosa média

arenosa, areia fina e 15 E d i fi c i o A m s t e r d a n aterro de silte 2 90° 566 9.5 16 7 7 1 8 / 11 / 2 0 0 2

média muito argilosa Residence argila silto arenosa


2 Edifício Lumiere argila porosa, areia 3 90° 1266 10,7 20 8 12 9 / 11 / 1 9 9 9 muito mole

argilosa de granulação silte areno argiloso


variada, argila silto
fofo apouco compacto
arenosa média arija NA =2m
3 Centro Empresarial aterro de argila, argila 3 90° 660 9,15 20 8 10 14/12/1999 16 E d i fi c i o G r a f o s aterro de argila 3 90° 916 9,7 16 8 7 26/2/2003
Kennedy orgânica silto arenosa,
argila porosa
argila siltosa mole silto arenosa
amédia
muito mole amole
4 Escola Adventísta 3 90° 643 7,4 20 8 1 0 2 3 / 8 / 2 0 0 0
argila silto arenosa
argila silto arenosa
Vila Matilde areia média egrossa
mole arija
argílo siltosa
NA =2m
NA= 5m
17 E d i f í c i o Ta m a n d a r é argila areno siltosa 2 90° 466 6,15 16 5 7 15/4/2003
5 Edifício R. Uruguai argila siltosa 1 90° 208 7,1 20 6 10 25/9/2000
18 Residencial Shekinah argila silto arenosa 3 90° 659 7 16 5 7 11 / 6 / 2 0 0 3
média arija
muito mole amédia
NA =3m
argila siltosa
6 Hospital Dr. argila silto arenosa 2 90° 397 6,7 20 6 10 12/12/2000
média arija
Christovão da Gama média arija
NA =1m
7 E d i fi c i o argila siltosa rija 2 90° 582 10,7 2 0 6 7 8/1/2001
19 E d i fi c i o R e s i d e n c i a l argila silto arenosa 1 90° 257 5,95 16 5 7 23/6/2003
Mansão Anchieta
m o l e
8Edifício Comercial GFC argila areno siltosa 2 90° 195 4,7 20 5 7 6/4/2001
R. Pe. Manoel de Paiva NA =2m
muito mole amole
20 Edificio Aliança Liberal argila silto arenosa 3 90° 739 7.9 16 6 7 8/8/2003
9 E d i fi c i o C o m e r c i a l argila arenosa 1 90° 94 4,7 20 4 7 13/6/2001
a r e i a fi n a e m é d i a
A v. Ta b o ã o - S B C muito mole
silto argilosa
argila -arenosa média
NA =2m
10 silto arenosa rija 4 90° 1981 11 2 0 7 7 9/8/2001
Centro Empresarial
2 1 Edifício Residencial argila silto arenosa 2 90° 425 7 16 5 7 26/8/2003
Pereira Barreto arenosa mole amédia
muito mole,
siltosa rija
Al. Cd. Porto Alegre mole emédia
NA =6m
22 Edifício Business aterro de argila com entulho 2 9 0 ° 1065 6,9 16 7 7 4/9/2003
1 1 E d i fi c i o U r b a n L o f t aterro de silte argiloso 2 90° 670 15 2 0 11 7 18/6/2002
S p a c e To w e r argila orgânica siltosa
silte argilo arenoso
a r e i a fi n a e m é d i a s i l t o s a
mole amédio/
NA=4m
rijo aduro
12 Edifício Rayonant argila silto arenosa 2 90° 173 5,85 16 5 7 14/8/2002

mole arija
NA =2,5m

13 Residencial Elihom argila siltosa porosa 2 90° 497 6,1 16 5 7 31/7/2002

muito mole

argila silto arenosa

média arija

4 4 4 5
S e ç õ e s Tr a n s v e r s a i s T í p i c a s

V . Reforço de Muros de Arrimo Existentes


Obra 4

< E S P.
( / )

> G E O M E T R I A C H U M B A D O R E S C O N C R .
a

- 1 . 0 0 - 1 . 0 0 O B R A S O L O Â N G U L O Á R E A A LT U R A DIÂMETRO COMP P R O J . D A T A
í o
\ n ím2) MÁX (m) (mm) (ml) iÇüli
- 2 . 0 0
1 Edifício Millenium 90° 1 2 0 4,2 2 0 8 10 14/01/00
m argila porosa:
5* o

a r e i a fi n a e m é d i a
-3.00
silto argilosa
o

CONCRETO P R O J E TA D O 2Escola Adventista aterro de solos 90° 213 6 20 8 7 14/02/00


- 4 . 0 0
● = i u c m

i n Itapecerica diversos com entulho


o
PHP Ic9ml
-5.00 da Serra
e - 5 . 9 0
- 6 . 0 0 9 0 ° 105 1 6 6 7 e 8 29/05/02
m
3Casa de Magdala aterro de solos 3,25 ●
- 6 . 0 0
e
E. S U B S O L O

-6.00
diversos, argila silto
8£ítí-
PHP laiaml
o
arenosa mole, areia
- 7 . 1 -7.00
R.OW'! fina emédia argilosa
o

- 8 . 0 0 -8.00
.NA= 1,5m
-8.90

“ST" g^
t n S U B S O L O

- 9 . 0 0
o ^ ^ 5 -9.00 Obs: altura do nível d’água contado apartir da base do muro.
<01 CANALETA
R.OfT^
CHUMBAOOR VERTICAL
- 1 0 . 0 0 -10.00

CORTE 3-3
Seções Transversais Típicas

Obra 3
Obra 10

<i
CORTE TÍPICO
V i .

El
o - ●H.ao
I VIZINHO
{
9 1

t s
V >

r s o
O I

o .

o o §
tZ ®
£ I I
r s O ®

O
o £
K )


r«.
I O I
O
0 £
i. O
( S
CONCRETO PROJETADO K 5 E
N ^ f M O o
●=7cm i- r«-
r v
V i O í 4)
o
z
o
-9.20
u
PHP Isg.Oml
l4^ SUBSOLO o i

31 i I
CHUMBADQR VERTICAL
l=12ml

CORTE 5-5

4 6 4 7
U M C A S O D E O B R A D E S O L O G R A M P E A D O N A E N C O S TA D A B R - 1 0 1 E M A N G R A
DOS REIS. RJ

José Evaldo Siqueira Soares, Engenheiro Civil, Eletronuclear S. A.


Rogério Cyrillo Gomes, Engenheiro Civil, Geotechnia Consultoria eProjetos Ltda.

RESUMO

Apresenta-se aqui um caso de obra de contenção utilizando-se atécnica de solo


grampeado (“soil nailing”), realizada em talude rodoviário localizado amontante da Usina
Nuclear de Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro. Oartigo descreve as características
geológico-geotécnicas do local, ohistórico de escorregamentos, ametodologia
empregada no projeto eexecução da obra eapresenta resultados de ensaios de
arrancamento de grampos realizados no locai imediatamente antes da execução da obra,
comparando-os com as premissas de projeto eseus efeitos sobre odimensionamento
final da obra.

ABSTRACT

Asoil nailing case history is presented, which was carried out on aslope located above
AngradosReisNuclearPo\A/erPlant.Sitegeologicalandgeotechnicalcharacterization,
slidehistoryanddesignandbuildingmethodsarepresented,aswellasnailpullouttest
resuits.

INTRODUÇÃO
Apresenta-seaquiumcasodeobradecontençãoutilizandoatécnicadesologrampeado
(“soil nailing”). realizada em talude rodoviário localizado amontante da Usina Nuclear de
Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.
No local, ocorreu um deslizamento por volta de 1999, tendo atingido apista da BR-101
(Rio-Santos).Nofinalde2002,emdecorrênciadenovasmovimentaçõesobservadasno
localantesdamobilizaçãodaobra,foielaboradooprojetoexecutivoemobilizadaaobra.
Foram realizados seis ensaios de arrancamento de grampos para verificação das
premissas assumidas no dimensionamento.

CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS
AregiãodolitoralsuldoestadodoRiodeJaneiroécaracterizadapelapresençadaSerra
do Mar junto àcosta. ASerra do Mar éformada por rochas graníticas egnáissicas,
gerando mantos de alteração de pequena espessura devido àdeclividade média aalta
das encostas.

Esteescorregamentoocorreuemumaencostanaturalque,paraimplantaçãodaBR-101,
sofreu um corte na sua base de aproximadamente 40 m, com inclinação de 40 ,escavado
em solo coluvionar eresidual. Os escorregamentos observados foram provocados pelas

49
águas das chuvas, tanto pela erosão superficial quanto pela saturação das camadas Os parâmetros geotécnicos adotados para ocálculo foram: peso específico de 19 kN/m^,
superiores do solo ângulo de atrito de 30° ecoesão de 5kPa. Estimou-se para os grampos uma resistência
de 30 kN/m. Ométodo de dimensionamento utilizado foi ode Davis (ver Shen et al, 1981).
Na figura 1éapresentado operfil do subsolo no local do deslizamento. As sondagens
mistas executadas antes do deslizamento mostram que oterreno éconstituído de uma Oprojeto contemplou, ainda, drenagem superficial eprofunda do talude, além de um
camada de solo coluvionar com cerca de 6m de espessura, sobrejacente auma camada muro de gabiões no pé da encosta, junto àBR-101, além de proteção da superfície
de solo residual com espessura variável de 5m a15m, (sendo maior espessura no trecho remanescente ajusante da contenção com tela vegetal.
amontante da BR-101), que por sua vez está assente na rocha muito fraturada e
alterada.
S E Q U Ê N C I A E X E C U T I VA
Asondagem mista SM-1301 foi executada em 1992, na base do primeiro deslizamento, a
aproximadamente lOm acima da elevação da rodovia, Esta sondagem atingiu 16,94 mde Aseqüência básica de execução foi aseguinte:
profundidade, sendo 7,65 mem solo e9,29 mem rocha. Acamada superficial com 1,6m a) regularização da superfície do terreno eremoção do material escorregado;
de espessura écomposta de blocos de pedra esolo silto-arenoso proveniente do material
escorregado. Acamada inferior éconstituída de solo residual areno-siltoso compacto a b) execução dos 6ensaios de arrancamento;
muito compacto (SPT variando de 14 a35 golpes/30cm), com 6,5m de espessura. Não foi c) reavaliação do projeto;
constatada apresença do nível d’água até aprofundidade de 16,94 m.
d) execução dos grampos edrenos suborizontais;
Para definição do projeto, foram executadas no local três sondagens atrado para definir
os horizontes geológicos. Observou-se uma capa pouco espessa (da ordem de 1m) de e) execução do concreto projetado;
solo coluvionar eresidual maduro, composto por areia fina argilosa vermelha /alaranjada, f) execução da drenagem superficial;
sobrejacente ao solo residual jovem composto por areia siltosa esbranquiçada, com
g) implantação da tela vegetal.
pedregulhos esparsos de feldspato eespessura variando de 2a6metros.
Aescarpa da Serra do Mar está muito próxima ao oceano, provocando chuvas orográficas
de grande frequência eintensidade que, por sua vez, causam saturação das capas de ENSAIOS DE ARRANCAMENTO
solo coluvionar eresidual jovem econseqüentes escorregamentos, deixando exposto o
embasamento de rocha sã ou alterada. Os ensaios de arrancamento foram executados com tirantes de aço com diâmetro de
25mm ecarga de escoamento de 319 kN, instalados em furo de 50mm de diâmetro e
inclinação média de -25° com ahorizontal, ecom comprimento total de 6m. Quatro
PROJETO EMÉTODO DE CÁLCULO grampos foram ancorados com comprimento de 3medois com 5m, com utilização de
Uma vez que não foram identificadas trincas amontante da “concha” de deslizamento, calda de cimento com fator água /cimento igual a0,5. Otrecho livre foi garantido pela
decidiu-se regularizar asuperfície exposta eimplantar osolo grampeado com inclinação colocação de graxa emangueira plástica em volta da barra, até asuperfície.
média de 65°, àexceção dos locais onde havia blocos de rocha sã de grandes dimensões Inicialmente foram executados 4ensaios de arrancamento com comprimento de
(de 2a8metros, aproximadamente), onde se adaptou osolo grampeado ao terreno
existente. ancoragem de 3m (grampos 1, 2, 33 e44), apoiados numa placa de concreto de 0,8 x
0,8 m^. Em cada ensaio, foi realizado um ciclo de carga-descarga, até aatingir acarga de
Os painéis tiveram sua geometria definida pela forma da cicatriz do escorregamento. Na 93 kN (pressão de 90 kg/cm^), que corresponde aaproximadamente àresistência dos
figura 2, apresenta-se uma seção típica da obra. Os painéis têm altura típica de 6a7 grampos estimada no projeto (30 kN/m). No carregamento foram aplicados 6estágios de
metros, com inclinação de 65°, àexceção de pontos limitados por grandes blocos de carga («15 kg/cm^), com tempo de estabilização mínimo de 30 minutos para cada
rocha remanescentes na massa arrimada, que permaneceram praticamente verticais, com estágio. Odescarregamento foi feito também em estágios até acarga inicial do teste,
alturasdeaté4metros.Emfunçãodacurvaturadacicatrizdoescorregamento,ospainéis porém sem tempo de estabilização.
foram executados com comprimentos em torno de 6metros cada. Aárea total da 2

contenção éde 250 m^. Após este ciclo foi feito oteste de arrancamento, adotando-se até apressão de 90 kg/cm
os mesmos estágios do 1° ciclo, porém sem tempo de estabilização. Apartir desta
Adensidadedegramposadotadavariouentre3e4m^porgrampo.Osgrampos,deaço pressão, para melhor definição da carga de arrancamento, foram adotados estágios de
CA-50com25mmdediâmetro,foraminstaladosperpendicularmenteàfacedospainéis, carga com pressões de 5kg/cm^.
mantendo-se uma inclinação mínima de 10° com ahorizontal, nos painéis verticais, e
tiveram comprimentos de 6a8metros, nos painéis típicos. Oconcreto projetado se Na figura 1são apresentados os gráficos esforço xdeformação dos quatro ensaios
estendeu até 1,5 macima da crista e1,0 mabaixo do pé do talude da cicatriz. realizados com comprimento de ancoragem de 3m.

Cabe observar que:

5 0 51
CONCLUSÕES
-Os ensaios dos grampos 1e2apresentaram um comportamento bem
semelhante, com esforços de arrancamento da mesma ordem de grandeza Nas figuras 5, 6e7apresentam-se fotografias tiradas antes eapós aexecução da obra.
43kN).
Apenas um ensaio com comprimento de ancoragem de 5m foi levado abom termo, mas
-No ensaio 44, oarrancamento ocorreu com 48,7 kN/m; houve concordância entre os valores de carga de ruptura por metro de ancoragem com os
-Oensaio 33 foi suspenso quando estava com carga de 161 kN (53,7 kN/m), grampos com 3metros de ancoragem.
porque oêmbolo do macaco estava próximo do alongamento máximo. Foi feito Foi observado deslocamento da placa de reação (afundamento) em alguns ensaios,
odescarregamento ereensaiado novamente ogrampo 33, que foi arrancado
devido ao longo tempo de exposição da superfície do talude. Isto foi corrigido na análise
(ensaio arrancamento grampo 33) com carga de 166 kN (58,7 kN). dos resultados.

Na figura 2são apresentados os gráficos esforço xdeformação para 2ensaios (grampos Os ensaios confirmaram as premissas de projeto, tendo sido sua execução fundamental
2e3), executados posteriormente com comprimento de ancoragem de 5m, utilizando para aliberação da obra com segurança.
placas de 0.9 x0,9 m^.
-Oensaio 3não foi levado àruptura, tendo sido interrompido quando ocorreu o
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
afundamento da placa de apoio, ao atingir apressão de 200 kg/cm2 (206 kN).
Independentemente da grande deformação oesforço obtido foi ligeiramente SHEN, C. K.; Bang, S. &Romstad, J. M. (1981). Field Measurements of an Earth Support
inferior aos obtidos nos grampos 1e2(marcado com asterisco na tabela); Systern. ASCE, Journal of Geotechnical Engineering, 107:12.
-Ogrampo 4apresentou problemas relativos àinjeção, segundo informações
fornecidas pela executora /fiscalização, de forma que seu resultado foj
desconsiderado na presente análise.

Na tabela aseguir, são apresentados os resultados (carga de ruptura) de cada grampo


ensaiado, em kN/m. 1 3 0 '0:
SM 130,1

SI-02 S R
1 2 0 \

COMPRIMENTO ESFORÇO DE
terreno antes da
110 ✓
G R A M P O ESTACA ANCORADO ARRANCAMENTO implantaçAo da rodovia ^RA
(m) (kN/m) 1 0 0 + + ,
+\ +
BR-101 ✓ +
1 20 3 42,3 ✓
+ +
9 0 / 6^ + DESLIZAMENTO

2 11 / 2 2 3 44,3 + (1999)
í^+ +
N A
8 0 + t x '
3 ^ -
3 24 5 41,2 (*) + +
7 0 NA
4 25 5 13,2
J r
+
60
33 24 3 58. 7 +

4 4 25 3 5 0
48, 7

4 0 CO -COLUVIO (SOLO TRANSPORTADO)

Os ensaios apresentaram resultados bastante coerentes entre si ecom oesperado. 30 SR -SOLO RESIDUAL

Com relação àverificação do projeto executivo, ovalor da carga admissível adotada n o 2 0 +


RA -ROCHA MUITO F R AT U R A D A E
+ +

projeto original éde 30 kN/m, ao qual se aplicou um fator de segurança de 1,5, de forma ALTERADA

que os grampos terão carga de trabalho máxima de 20kN/m. 10

Considerando-se amédia dos 5grampos, excetuando-se ogrampo 4, oesforço médio de T T T


120 140 160 180 2 0 0 220 2 4 0 2 6 0 2 8 0
arrancamento éde 47 kN/m, resultando em um fator de segurança de 2,35, plenamente
satisfatório.
Figura 1-perfil do subsolo no local do escorregamento

5 2 5 3
COTA (m)

1
1
130
cc 50
I.OOm <

GRAMPO DE AÇO
1,50 a2,00m
q :
<t
CA—50 g25mm
>

^<9t O . 40 ●

grampo 3(5m)
c c
1 , 5 0 0 2 , 0 0 m ><
125
●grampo 4(5m)
●,=.10%
130-
to ""
o :
1,50 Q2,00m < z
> í
áÊ.
I
O
A
/
o
0,70 oI.OOm < DRENO PROFUNDO /
> /
l U
g50mm, L=15m 20 ●
/

I
1 2 0 ACADA 3,5m (7 UNID.) /
/
f"
10 -
/
/

/
SOLO GRAMPEADO /

SEÇÃOTÍPICA
1 1 5 0●} ● r

0 5 10 15 20 25 30 35 4 0 4 5

dtformaçáo (mm)

Figura 2—seção típica de projeto da contenção em solo grampeado Figura 4-resultados dos ensaios de arrancamentos em grampos com
comprimento de ancoragem de 5metros

6 0

50

f * '
O

‘ >
’S:
>

4 0 ■ V

"e

&
o 3 0

20

10

0 »

0 5 10 15 20 2 5 30

deformação (mm)

!WÀ *'K r V

Figura 3-resultados dos ensaios de arrancamentos em grampos com


comprimento de ancoragem de 3metros Figura 5-Talude do lado esquerdo, antes do inicio da obra

5 4
5 5
rí-v

PR03ET0 ECOMPORTAMENTO DE ESCAVAÇÕES


ESTABILIZADAS COM SOLO GRAMPEADO EM SÃO PAULO

Luciano Décourt, Engenheiro Consultor eProf. Universitário


Alberto Zirlis, Diretor da Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda.
Cairbar Azzi Pitta; Diretor da Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda.

RESUMO
Nesse trabalho são apresentados os casos de duas obras situadas na
cidade de São Paulo, com desníveis entre 11,0 e14,0m. Os projetos de
contenção foram elaborados pela firma do primeiro autor, utilizando a
conceituação de solo grampeado eexecutadas pela firma dos outros
dois autores.

Essas duas obras foram selecionadas, entre tantas outras, por


a s
apresentarem algumas características que, de alguma forma,
diferenciavam das demais.

Aprimeira éuma obra residencial situada àRua Húngara com uma


contenção de cerca de 11,Om de altura, tendo talude acima uma escola,
Figura 6-Lado esquerdo do talude, concluído
cujas fundações são em tubulÕes, com bases abertas aproximadamente
àmeia altura do talude. Asegunda obra éde proporções muito maiores.
Trata-se de um hospital ocupando uma área de terreno de cerca de
PC--■ : ■ 2.900,00m^ earrimando 2.841,00m2 de paredes verticais.
^i .
● í ' V *
r -
● r . i
As escavações destinavam-se àimplantação de quatro subsolos, além
de outras estruturas enterradas eatingiram profundidades entre 10,0 e
14,Om.

1. OBRA DA RUA HÚNGARA


1 . 1 Generalidades
Acontenção objeto dessa comunicação tem uma largura de 18,50m e
uma altura de 12,Om. Situa-se aos fundos de um edifício residencial.
1 . 2 Solo local. Investigações Geotécnicas
Oterreno de fundação éconstituído por areia de granulação variada,
argilosa, intercalada por camadas de argila silto arenosa média adura,
cinza eroxa. Onível d'água situa-se ao nível da rua (cota 0,0m).
Aregião que foi contida éconstituída, basicamente, por areia pouco
argilosa.

Apresença de talude totalmente formado por areia quase pura,


Figura 1-Vista geral da obra concluída despertou uma certa preocupação nos autores face àatipicidade desse

5 6 57
tipo de solo em São Paulo e, conseqüentemente, aausência de CURVA GRANULOWIÉTRICA
documentação relativa acontenções nesses materiais utilizando a
técnica de solo grampeado. fino médio g r o s s o fi n a média grossa fi n o médio grosso
argila silte areia pedregulho
100,Op
Uma amostra deformada dessa areia foi enviada ao laboratório para ser
80.0
submetida aensaio de granulometria. Oresultado de uma das
sondagens da obra (a mais perto da região aser estabilizada), assim 60.0

como acurva granulométrica da areia, ambas executadas pela 40.a


Engesolos, são apresentadas nas figuras 1e2. Cumpre ressaltar que 20,Q
essa sondagem não reflete corretamente as características do talude 0,0
que foi estabilizado, na realidade totalmente constituído por areia, pois 0,001 0,01 0,1 1 10 100
objetivava, basicamente, dar subsídios aelaboração do projeto de
DIÂMETRO DOS GRAOS (mm)
fundações.
S4 fl 21/2’

Figura 2: Curva granulométrica da areia constituinte do talude


estabilizado.
(-*-5.37)

e
Nas figuras 3e4são apresentadas duas fotografias da cortina já
concluída.
8

s
9

' 0 AREIA\
«««« i.ir.^1
10 ‘
10 0

T 7

' « / o » / * '

3 4
jARJSILA
31
z .
5
r
27

I 2 S

i18
\
18

<> V
I
8 - 1 0

I I

10 i

19 AREIA iíSy.lW,. Vr. ■■ ' —

\ Figura 3: Foto da contenção tirada Figura 4: Foto da contenção


tirada do nível 0,0m.
27 \
\
do alto do edifício.
4 4

\ J 3 2
l i I S

Figura l:Sondagem SPT mais próxima da região estabilizada.

5 8 59
Figura 6: Vista frontal.
1 . 3 Projeto de Contenção Concfelo projeado
Oprojeto de contenção foi elaborado com autilização do conceito de ^e-8cm
s o l o g r a m p e a d o , fi g u r a s 5 , 6 e 7 . D H P

Observe-se nesses desenhos acolocação de duas linhas de drenos


profundos sub-horizontais. Não obstante não haver evidências de nível 8
freático elevado, aeventual presença de infiltrações localizadas poderia
vir acomprometer aestabilidade do sistema, daí aimportância desses
drenos.
D H P

Adicionalmente, como uma medida de segurança amais, foram


instalados verticalmente epor traz do paramento de concreto, drenos
v e r t i c a i s fi b r o - q u í m i c o s , c u j a s e x t r e m i d a d e s i n f e r i o r e s s e c o m u n i c a m .Chumbadores

com adrenagem no pé da contenção. L=8.00m

Figura 7: Seção transversal detalhada.

Consideram os autores que não existe na atualidade nenhum método de


cálculo que esteja plenamente comprovado. Aimensa maioria dos
processos de cálculo que vem sendo propostos se baseia em premissas
e/ou modelagens que, sob ponto de vista dos autores, estão mais ou
menos divorciadas da realidade. Os sofisticados métodos numéricos de
cálculo hoje disponíveis, assim como a s f e r r a m e n t a s a l t a m e n t e
competentes, também disponíveis graças aos avanços eàpopularização
s e
da informática, induzem, muitas vezes, os pesquisadores a
aprofundar em erros graves. De fato, de nada adianta ofantástico
potencial de cálculo, se amodelagem não écorreta, isto é, não
Figura 5: Seção transversal esquemática. corresponde ao que ocorre na realidade.
Chumbadores
1.20 02Omm L=8,00 Omodelo que serviu de base aesses projetos émuito simples e,
provavelmente, aproximadamente correto.
O B a õn o on
CM

●B n ( i B a o «

a « 9

B Segundo essa concepçãO/ osolo tratado pelas inclusões se
B a n « R B 1 « 0
comporta como um monólito, atuando como um muro de arrimo
B a B B a a
de gravidade para orestante do maciço.
O
O a a D D B a B R B

B O B a B B
Ahipótese de amaior dimensão do "muro de arrimo de gravidade" ser
a a B B B
exatamente igual àextensão da área tratada pelas inclusões éapenas
B O B R B
uma simplificação. Omodelo fundamentalmente não se altera se
0
amanhã se concluir que adimensão aser considerada não deva ser
0
exatamente igual ao comprimento da projeção h o r i z o n t a l d o s
D H P
18.50 chumbadores, mas sim uma dada proporção desse valor.

6 0
61
oefeito das injeções em várias fases nos chumbadores ou inclusões, escola que tem um muro divisório em fundação direta, apresentou uma
além de dar umdo maciço, possibilita melhoria de suas
"raio X nítida trinca vertical auma distância aproximada de 12,50m da mesma.
condições geomecânicas, criando u m n o v o m a t e r i a l , d e m a i o r
estabilidade. Considerando que as inclusões tem 8,0m de comprimento, com 15° de
inclinação, otrecho tratado teria uma dimensão horizontal aproximada
São, pois, as inclusões aquelas que têm a m a i o r c o n t r i b u i ç ã o n o de 7,70m. Atrinca situava-se auma distância aproximada de 4,80m
p r o c e s s o d e e s t a b i l i z a ç ã o , fi c a n d o a c o r t i n a d e c o n c r e t o p r o j e t a d o além da área tratada. Isso corresponde aum valor da ordem de 43,6%
apenas como função coadjuvante, responsável pela contenção localizada da altura arrimada.
do maciço pulverulento. Éaté possível que, em um futuro próximo, a
mesma possa vir aser, em alguns casos, considerada dispensável. 4,8
tga = =0,44
11,0
Pelo fato de seu papel ser secundário tem sido adotada de forma
sistemática esem maiores considerações, aespessura de 8,0cm. Além a=23,7° -)● 4) =42,5
do mais, teias de arrc\a<^àQ não vem mais sendo utilizadas, sendo
substituídas por concreto com fibras, de aço emais recentemente de
polipropileno, que pela facilidade de aplicação epelo fato de não Esse valor de ééum certo tanto maior do que oque seria de se
exigirem trespasse como onecessário às telas, diminuíram esperar, não obstante esses resultados aparentemente corroboram a
enormemente os prazos de execução do solo grampeado. hipótese de comportamento da contenção como muro de gravidade.

Observe-se no desenho da figura 7acolocação de duas linhas de drenos 2. NOVO HOSPITAL DA BENEFICÊNCIA
profundos sub-horizontais. Não obstante não haver evidências de nível 2 . 1 G e n e r a l i d a d e s

freático elevado, aeventual presença de infiltrações localizadas podería Um novo hospitai da Beneficência Portuguesa está em construção àRua
Martiniano de Carvalho.
vir acomprometer aestabilidade do sistema, daí aimportância desses
drenos.
Oterreno total escavado compreende uma área de 2.900,00m^ a
1 . 4 Análise do Comportamento arrimando 2.841,00m^ de paredes verticais. As escavações para a
Essa obra não foi objeto de instrumentação específica. Entretanto, face implantação dos quatro subsolos, além de estruturas auxiliares,
àexistência de uma escola, em plena atividade, em situação de grande atingiram profundidades variáveis entre 10,0 e14,Om.
proximidade da cortina, procurou manter-se um acompanhamento
visual diário da mesma, com oobjetivo de detectar-se eventuais trincas. 2 . 2 Investigações Geotécnicas Realizadas. Considerações
Iniciais

Tem os autores procurado avisar, sistemática eantecipadamente seus As investigações geotécnicas foram desenvolvidas em duas etapas.
clientes, que se omodelo por eles idealizado for correto, h a v e r á ,
possivelmente, osurgimento de trincas paralelas àcortina. De fato o 2.2.1 Primeira Etapa
"muro de gravidade" deve apresentar um movimento de rotação em Os estudos foram efetuados ao longo do ano de 1999 enos quatro
torno de seu "pé" de forma apermitir que oempuxo ativo venha aser primeiros meses do ano de 2000 ese destinaram apropiciar elementos
mobilizado. Segundo Lambe &Whitman (1969), omovimento horizontal para aelaboração dos projetos de contenções ede fundações da obra.
maximo deveria ser da ordem de 0,25% de H, onde "H" éaaltura
arrimada. Ainda em consonância com essa hipótese, aplena mobilização Nessa primeira etapa foram realizados os seguintes ensaios:
0empuxo ativo deveria provocar osurgimento de uma trinca auma -Sondagens tipo SPT-T, executadas pela Engesolos, Engenharia de
istancia da cortina da ordem de, aproximadamente, 50% de "H". Solos eFundações Ltda., relatório número SP/174-99 de29 de abril
de 1999. Nesse relatório são apresentados os resultados de nove
Com já observado, oedifício da escola, por ter fundações profundas, foi sondagens, sendo que em sete delas as medidas de torque foram
pouco afetado pela movimentação da cortina. Já uma das divisas da

6 2 6 3
realizadas em todas as profundidades enas outras duas, somente em contenções ede fundações, não só aqui no Brasil como também em
algumas profundidades. todo omundo.
Ensaios de laboratório: foram executados ensaios de laboratório dos Cumpre salientar que essa segunda etapa das investigações geotécnicas
seguintes tipos: granulometria completa; peso específico dos grãos; foi executada com oterreno já totalmente escavado, estando a
limites de Atterberg; compactação Proctor Normal; adensamento; superfície do mesmo situada àcota 806,Om, enquanto que os ensaios
triaxial rápido (ensaio não adensado enão drenado) ecoluna da primeira etapa foram todos conduzidos com oterreno entre as cotas
ressonante. Esses ensaios foram em parte executados no laboratório 813,04m e818,66m (cotas originais).
da Engesolos, relatório SP-145/00EG de 14 de março de 2000, eem
parte no laboratório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado Como poderá se observar no exame dos resultados dos ensaios
de São Paulo, IPT, relatório técnico número 45.596 de 26 de maio de executados, ofato de osolo estar em sua cota original ou em cota
2000.
inferior, após aescavação, influencia, de forma não desprezível, os
Ensaios de arrancamento dos chumbadores: esses ensaios foram resultados dos mesmos.
executados objetivando avaliar amelhoria do solo decorrente dos
efeitos da injeção. Na tabela I, abaixo, são apresentados os dados Um único ensaio dessa segunda etapa foi efetuado em terreno não
dos ensaios realizados. Detalhes específicos dos chumbadores, bem escavado, face àimpossibilidade de se chegar com ocaminhão até o
como, ademonstração da eficiência deste tratamento, são relatados fundo da escavação. Trata-se do ensaio com opressiômetro auto-
em trabalho deste mesmo simpósio, apresentado pelos autores Pitta p e r f u r a n t e , C a n k o m e t e r.
et al.

Essa segunda etapa'iniciou-se com aexecução de quatro sondagens


SPT-T, no local onde iria ser realizada aprova de carga estática. Os
TA B E L A I
resultados dessas sondagens estão apresentados no relatório número
Valores de Carga de Ruptura em
SP326/00 de 28 de setembro de 2000, da Engesolos.
Função do Número de Fases
500-Argila Vermelha Porosa Paulista I=6m. Perfuração 075 mm, Aço CA5QA 020mm Ensaios Geotécnicos de Laboratório
Fase única Carga Carga Ruptura por Metro
Chumbador
Bainha
Volume Pressão Ruptura Linear do Chumbador Na região onde foi executada aprova de carga estática foram
(litros) (litros) (Mpa) ÍL (t/m) (KN/m) executados ensaios de laboratório em quatro amostras indeformadas
Só Bainha
1 4 8 12,80 1 2 8 2,10 2 1
extraídas da escavação para aprova de carga, assim como em amostras
2 4 8 17,60 1 7 6 2,90 2 9
Bainha +
deformadas. Os resultados desses ensaios estão apresentados no
3 Não fol Possível realizar oensaio
1Fase de relatório técnico número 52.191 do IPT, de 16 de julho de 2001.
injeção 4 48 40 1,50 19,90 199 3,30 33
Bainha +
5 48 4 0 1,50 21.20 212 3,50 3 5 Ensaios Cross-Hole
2Fases
de injeção 6 4 8 4 0 1,50 22,10 221 3,70 3 7 Foram executados pelo IPT, em região próxima àprova de carga
estática, ensaios tipo Cross-Hole. Os resultados desses ensaios constam
do relatório técnico número 48.517 do IPT, de 27 de novembro de 2000.

Ensaios com oPressiômetro Auto-Perfurante, Cankometer


2.2.2Segunda Etapa
Foram executados pelo laboratório da Escola Politécnica da Universidade
Nessa segunda etapa foram executados inúmeros ensaios
de São Paulo ensaios com opressiômetro auto-perfurante, Cankometer.
c o m p l e m e n t a r e s , a l g u n s d e l e s b a s t a n t e s o fi s t i c a d o s e n o r m a l m e n t e n ã o Os resultados desses ensaios constam do relatório do LMS de 21 de
utilizados em rotinas de projeto. março de 2001.

Oobjetivo dessa segunda etapa foi ode se aprofundar no conhecimento Prova de Carga Estática
dos solos lateríticos, solos esses com extraordinárias propriedades de Uma prova de carga estática em um bloco de fundação de l,0m xl,0m,
rigidez eque tem sido pouquíssimo estudados sob ponto de vista de especialmente construído para esse ensaio, foi executada pelo IPT e

6 4 6 5
apresentada em um relatório informativo datado de 6de novembro de
2000. x ;
●'s
L ‘ V,
I

s/f
2 . 3 Investigações Geotécnicas Realizadas. Análise s

D e t a l h a d a -«>● ' s .
r
2.3.1 Primeira Etapa o
●<N
2.3.1.1 Reconhecimento das argilas locais como sendo o

lateríticas
Asuposição inicial de que as argilas locais fossem lateríticas, inferida a I
1
p a r t i r d o s r e s u l t a d o s d a s s o n d a g e n s , c o n fi r m o u - s e c o m a e x e c u ç ã o d e !
6 i

Or

quatro ensaios de compactação tipo Proctor Normal que deram índices e e


u

de laterização (IL) sempre bem superiores a0,3, oque segundo 5


/,v.--
Ignatius (1991) seria uma clara indicação do caracter laterítico dessas / n t
argilas. u
/

L/ H I

T T
i *
. / /
Aprova final de que essas argilas eram lateríticas foi dada com os j
<

ensaios de coluna ressonante que deram valores do módulo de L


cisalhamento máximo Go sempre acima de 200,0MPa, oque énormal ‘I
para argilas lateríticas, mas muitas vezes maior do que seria de se I {
esperar para solos não lateríticos com resistência àpenetração, Nspt da
ordem de 10.
Figura 8; Locação em planta das sondagens.
2 . 3 . 1 . 2 S o n d a g e n s S P T- T - S u b s o l o L o c a l Entre os diversos locais sondados, oterreno apresentava desnível
Conforme já mencionado anteriormente, ainvestigação do subsolo máximo da ordem de 6.0m.
iniciou-se nos primeiros meses de 1999 com aexecução de nove
sondagens SPT-T, cujos resultados constam do relatório SP 174/99 da Em termos de cotas absolutas, oponto mais elevado apresentava valor
Engesolos, Engenharia de Solos eFundações Ltda. de 818,66m, eoponto mais baixo, 813,04m.
Na figura 8éapresentada alocação em planta dessas sondagens. De acordo com orelatório da Engesolos, osubsolo local era assim
constituído;

-camada superior de argila porosa, silto arenosa, mole, vermelha,


com espessura entre 6,0 e9,0m;
-camada de argila silto arenosa, média adura, amarela ecinza, com
espessura superior a20,Om;
-camada de areia fina, muito argilosa, mediamente compacta,
vermelha eroxa, desde aproximadamente acota 785,Om até ofinal
das sondagens, cota 782,50m.

Essa designação de mole para aargila porosa parece ao autor ser


inadequada, porém está de acordo com as Normas Brasileiras.

6 6 6 7
N a fi g u r a 9 é a p r e s e n t a d o o r e s u l t a d o d e t r ê s d a s n o v e s o n d a g e n s T/Nspt da ordem de 1,2, que aliás são os valores típicos para todos os
executadas. solos da bacia sedimentar terciária de São Paulo.
i ç . p o
4- ' A 1

S I m 2 1 / 2 ‘ S3 . 2 1 / 2 " S 5 if 2 Analisando-se as nove sondagens executadas, observa-se que e m


apenas sete foram executadas medidas de toque em todas as
(0^6,24)

X
N profundidades.
2 2

p i ^ /
2 6
(ms,.46) Inicialmente foram determinadas as profundidades para as quais O S

rn valores do índice de Torque eram iguais ou superiores a2,0.


i . a 5 . 7

7^
1 ) 0

2
\ 2

/
&
/ 2
i y Essas profundidades, na grande maioria dos casos, eram de cerca de
4 e

6.0 a7,0m. No local da sondagem S-2, encontrou-se valor de 5,0m eno


local da sondagem S-4, de cerca de 10,Om, sendo esses os valores
8 1 0 V 1 2
C

- 4 .
\ 4 ,
« / ■
2

. \ 7
extremos.
11 1 0
0

6
9 1 2
U 1 6

Amédia dos valores médios de T/Nspt de cada uma das sete sondagens
\
7
U 2 0
\ t d
I

8 0 5 ) 1 6
f 6
foi de 2,65, variando entre um valor médio mínimo de 2,27, sondagem
\
1 i 1 8
11 1 6

í 3
S-2 eum valor médio máximo de 3,17, sondagem S-1.
1 0 2 0
\ Q U
\
\
9 M
6 i 4

1 6 . 6 0 ^
n t o X.
1 Q
2.3.2Segunda Etapa
7 1 0
X
2.3.2.1 Objetivo da nova campanha de ensaios
N * \

6 0 0 9 1 0
T.
a

\ N
1 0 1 ?
7
6

Com aobra já em pleno andamento decidiu-se executar uma série^de


11 1 2
9
1 1

O
outros ensaios, Os objetivos dessa nova campanha de investigações
S 1 6 1 4
1 2
foram os seguintes:
X i 7 1 4

X .
7 9 - S X
utilizados no caso de
1 6 1 2

melhor definir os tipos de ensaios a s e r e m


0

1 6
1 6 i 6
1 2

contenções efundações em solos lateríticos;


' S
X r 1 / i 6
1 6

promover comparações entre os resultados dos diversos ensaios


\

7 0
2 6 2 2
1 9

« A 1 7

usuais;
> 0 2 0
2 1

promover comparações _ entre os resultados dos ensaios nao usuais


7 0 5 2 1 2 0 1 6

f x X 2 0

2 2 6
^
com os dos ensaios convencionais, para permitir afamiliarizaçao aos
2H 7 0
2 1

1 6 1 6 1 9 7

usuários com os resultados desses ensaios novos;


2 6

2 0 ?

fornecer elementos de comparação entre resultados de ensaios


1 6

U I 6

7 8 :
á 1 2
I®5 geotécnicos executados antes edepois da escavação do terreno, no
caso uma escavação variando entre 7,0m e14,Om.
2.3.2.2 Nova Campanha de Sondagens
(ii AirpRo oc wGKÁ s^io AneiiosA. ua»rsm
Com oinício das obras, foi oterreno escavado até acota 806,Om, sendo
Figura 9; Resultados das sondagens Sl, S3 e55. que os taludes foram estabilizados com osistema de solo grampeado
("soil nailing"), ficando completamente na vertical.
2.3.1,3 Colapsibilídade
Découit (1992) observou que as argilas porosas da Av. Paulista s a o Como uma prova de carga estática havia sido planejada em locai
próximo às sondagens S-6, S-7 eS-9, u m a nova campanha de
colapsíveis para valores do índice de Torque (T/Nspt) acima de dois, ou
mais precisamente, em torno de 2,45 eestáveis para valores médios de sondagens foi levada aefeito.

6 8 6 9
demonstraram que aheterogeneidade dos solos varia na razão inversa
Uma sondagem profunda, com 20,45m de comprimento designada por do tamanho do elemento que esteja sendo utilizado para auscultá-lo.
SI, foi executada exatamente no eixo do futuro bloco de fundação aser
ensaiado. Éobvio que ta! raciocínio se limita aos ensaios executados em uma
mesma camada de solo, não sendo, evidentemente, válido misturar-se
Três outras sondagens foram executadas em volta da sondagem SI, a valores de Nspt ede Tpara solos diferentes, não obstante estejam eles
distâncias de cerca de 2,0m da mesma formando um triângulo. situados numa mesma cota ou profundidade.

Os comprimentos dessas três sondagens foram só de 2,45m, pois Nas figuras 10 e11 são apresentados os valores médios de Nspt ede Ta
destinavam-se apenas adetalhar melhor as características do subsolo cada cota para as nove sondagens inicialmente executadas, assim como
nas profundidades de maior interesse àinterpretação dos resultados da os valores correspondentes àsondagem SI, executada com oterreno já
prova de carga no bloco de fundação. Essas últimas três sondagens escavado, ou seja, apartir da cota 806,Om.
foram designadas por SIA, SIB eSIC. Os resultados dessas sondagens
estão apresentados no relatório SP326/00 da Engesolos, de 28 de
setembro de 2000.
825
825

Os objetivos dessa segunda campanha de sondagens foram dois: o 8 2 0

primeiro emais importante foi ode apresentar valores representativos 820

de Nspt ede torque T, afim de permitir correlações confiáveis com os 815

resultados da prova de carga edos demais ensaios. 8 1 5

810
810

Uma vez que essas sondagens foram executadas com oterreno já


escavado, os efeitos do alívio de tensões nos valores de Nspt eTnão 1805
"E 805

necessitariam ser levados em conta. O


ü
S
S800
Q800
Osegundo objetivo dessa segunda campanha de sondagens foi 795
exatamente ode permitir comparações entre valores de Nspt ede T 795

obtidos em sondagens executadas antes edepois da escavação geral do


terreno, 790
790

7 8 5

como édo conhecimento, geral, duas 785

medidas de resistência do solo, acada profundidade ensaiada, oNspt eo


T. 780
780

0 10 20 30 4 0 5 0

0 5 10 15 2 0 2 5 30 3 5 T

N S P T

Nas figuras 10 e11 todos os valores medidos de N S P T ede Ts ã o


apresentados, assim como seus valores médios. Figura 11: Valores individuais
Figura 10; Valores individuais de
Nspt, valores médios de Nspt da de T, valores médios de Tda
Observa-se, como era de se esperar, uma nuvem de pontos, dificultando primeira etapa evalores de Nspt primeira etapa evalores de T
ensaios. Para obviar tal problema, vem oautor da sondagem SI (segunda etapa). da sondagem SI (segunda
utilizando oartifício de substituir, para cada profundidade, os valores etapa).
medidospelamediadosvaloresdasdiversassondagens.Oobjetivoéo
ae reduzir oefeito da enorme heterogeneidade do solo, sempre
presente quando oelemento auscultador éde pequenas dimensões. De
fato, Decourt (1994), Briaud eJeanjean (1994) eCudmani et al (1994)

7 0 71
não os diretamente obtidos. Observa-se uma certa tendência de os
valores de NSPT da sondagem SI se situarem próximos aos da média das
nove sondagens anteriores, ou serem um pouco inferiores aos mesmos,
Va l o r e s de T
e m b o r a a s d i f e r e n ç a s n ã o s e j a m m u i t o s i g n i fi c a t i v a s . N o c a s o d o s
Va l o r e s de NS P T
valores de torque, atendência éamesma, porém os valores
8 2 5
5 c o r r e s p o n d e n t e s à s o n d a g e m S I s ã o s i g n i fi c a t i v a m e n t e i n f e r i o r e s a o s
8 2 0
médios das sete sondagens anteriores.

5
815 Éimportante, porém, frisar não ser essa comparação muito válida, pois
de um lado estão valores médios de nove sondagens (sete no que se
8 1 0
refere ao torque), edo outro lado estão valores correspondentes auma
B 5
^805 única sondagem. (Exceto nos 2,45m iniciais, onde os valores são a
ü

O média de quatro sondagens.)


3 õ 8 0 0
o ü

7 9 5
Conclui-se, pois, ainda que com um grau de confiabilidade não muito
5
elevado, que as sondagens executadas com oterreno escavado deram
7 9 0 resultados de resistência apenetração Nspt um pouco inferiores aos
correspondentes às sondagens iniciais (terreno não escavado), enquanto
7 8 5
que aredução nos valores de Tfoi bastante mais significativa. Em
780
particular, na região de interesse para aprova de carga, as sondagens
1 0 1 5 2 0 2 5
0 5 1 0 1 5 2 0 25 iniciais apresentaram um valor médio de Nspt de 9,77 cerca de 1,15
ISPT T(kgf.m)
vezes maior que ovalor médio obtido nas sondagens novas, Nspt =8,5.

Pode-se, pois, considerar que as sondagens executadas antes da


escavação do terreno super estimaram em cerca de 15% aresistência
do mesmo para as condições vigentes quando da execução das
Figura 12: Valores médios de Nspt das Figura 13: Valores médios de T fundações (terreno escavado).
Das nove sondagens da primeira das sete sondagens da primeira
Etapa evalores de Nspt da sondagem etapa evalores de Tda sonda¬ Os resultados obtidos permitem supor que as argilas porosas superficiais
SI(segunda etapa) gem SI (segunda etapa). seguem uma tendência clara de aumento linear de Nspt com
profundidade.
No presente caso, como os dados de sondagem estavam relacionados a
cotas verdadeiras, procurou-se manter essa apresentação, que como se Tomando-se os valores médios das sete cotas superiores, tem-se
vera mais adiante iria viabilizar novos raciocínios arespeito da gênese
desses solos.
Nspt =230,5 -0,28C

Cumpre esclarecer que, como os ensaios toram executados a =0,796


profundidades inteiras enão acotas inteiras, os valores de cota dos
ensaios foram aproximados para acota inteira mais próxima. Assim, por Procurou-se extrapolar-se essa reta de correlação, de um lado até o
exemplo aum ensaio executado àcota 803,25m foi atribuída acota valor de NSPT zero, edo outro lado até acota 780,Om, limite inferior
803,Om.
das sondagens, figura 12.

No caso da sondagem SI, para profundidades até 2,45m, os valores de Fica evidente que essa reta representa não só ocomportamento da
Nspt ede Tindicados são as médias das quatro sondagens executadas, e camada de argila porosa, mas também olimite inferior da argila rija. A

7 2 7 3
argila rija apresenta uma tendência de variação dos valores de Nspt com
aprofundidade que não segue nenhuma tendência clara, ora crescendo,
o r a d e c r e sce n d o co m a p ro fu n d i d a d e .
8 2 5

Aimpressão que se tem éque os valores de Nspt seriam função apenas ●Amostras indeformadas extraídas de poço
do processo de laterização, sendo, pois, aparentemente não 8 2 0 exploratório (antes da escavação)
correlacionáveis com profundidades ou cotas. oAmostras indeformadas extraídas após a
8 1 5 escavação do terreno até acota 806,Om
Quanto àargila porosa, apresenta amesma um comportamento de £
u
: 8 1 0
argila normalmente adensada, conforme aliás tem sido admitido na
literatura.
8 0 5
o o

ointeressante éque como argila normalmente adensada aresistência 8 0 0


ao cisalhamento econseqüentemente os valores de Nspt crescem com a a‘p =6811.77-8.2840
profundidade ou melhor ainda, no presente caso, com aredução da 7 9 5

cota. Para uma resistência nula, obter-se-ia da equação acima: 0 100 200 300 400 500 6 0 0 700

a*p (kPa)
N=0 ^ C=823,21m

Isto significa que acota do terreno teria atingido onível 823,21m, nível Figura 14: Valores da pressão do pré-adensamento, a'p.
esse muito próximo do que tem se admitido como nível máximo para os
sedimentos da bacia sedimentar terciária de São Paulo, que seria algo Resumindo as análises relativas aos valores de Nspt, Tecr'p pode se
entre 820,Om e825,Om. dizer que :

Repetindo-se oraciocíhio para os valores de T(embora com I. Tanto acamada porosa superficial quanto arígida mais profunda
interpretação ainda não totalmente convincente) obter-se-ia um valor parecem ser normalmente adensadas.
de 821,05m para acota máxima desses sedimentos, figura 4. II. Acamada porosa superficial deve ser colapsível até profundidades
de 6,0 a7,0m, onde oíndice de torque (T/Nspt) apresenta valor
2.3.2.3 Ensaios de Adensamento. Pré-Adensamento dos Solos médio de 2,65.
L o c a i s III. Os valores relativamente mais elevados de Nspt, de Tede a'p
Raciocínio semelhante foi feito com relação às pressões do pré- obtidos na camada de argila rija, não guardam nenhuma relação
adensamento op obtidas nos ensaios de adensamento executados e m com apressão devida ao peso de terra, sendo provavelmente
oito blocos indeformados, figura 14. Nessa figura éapresentada uma função apenas do grau de laterização aque esses solos foram
reta tracejada que se supõe represente avariação da pressão de pré- submetidos.
adensamento, devida apenas ao peso de terra, com aprofundidade. I V. Estima-se em função desses dados que onível máximo dos
sedimentos tenha atingido cotas entre 821,05m e823,21m.
V. Ainfluência da pressão de peso de terra parece ser bastante
maior nos valores de Tdo que nos valores de Nspt-
VI. Aanálise das diversas sondagens executadas na segunda etapa
permitiu que se definisse ovalor de Nspt (ou de Neq derivado do
torque) aser considerado nas análises da prova de carga
executada como sendo Nspt =8,5, inferior ao valor de 9,77
adotado em projeto, com base nas nove sondagens executadas na
primeira etapa.

7 4 7 5
VII. Os valores de o'p obtidos nos ensaios de adensamento executados Fica, pois, muito difícil proceder-se acomparações entre essas duas
n a s quatro amostras indeformadas extraídas aproximadamente na séries de ensaios. De fato não apenas as profundidades dos blocos
cota 804,0m também dão uma idéia da grande heterogeneidade foram razoavelmente diferentes (diferença de cerca de 4.0m), mas,
desses solos quando oelemento auscultador éde pequenas principalmente, por apresentarem envoltórias diferentes ((])u =zero eC
dimensões.
e(])). Apenas para se ter uma idéia das diferenças de resistência ao
2.3.2.4 Ensaios Triaxiais
cisalhamento, calculou-se para os ensaios executados na segunda etapa
a, -a, a, +03
Ensaios triaxiais do tipo rápido, isto é, não adensados enão drenados, ovalor médio de para pressões entre 250kPa e600kPa e
2
foram executados, tanto na primeira etapa (bloco retirado àcota
800,35m) quanto na segunda etapa, blocos retirados do local da prova comparou-se com ovalor da coesão não drenada (Cu) obtida nos
de carga, entre as cotas 804,Om e806,Om. ensaios da primeira etapa, obtendo-se arelação de 63%.

Os resultados desses ensaios estão apresentados nos relatórios do IPX, relação =131,66/208,75 =0,63
números 45.591, de 26 de outubro de 2000 e52.191, de 16 de
setembro de 2001, eestão transcritos resumidamente na figura 15. 2.3.2.5 Reconfirmação do Caráter Laterítico dos Solos Locais.
Os Ensaios MCT

300
Embora não existisse dúvida alguma quanto ao fato de as argilas locais
serem lateríticas, resolveu-se ensaiá-las segundo ométodo MCT,
2 5 0 desenvolvido por Nogami eVillibor (1981). Essa decisão foi tomada pelo
fato de ser esse método considerado como omais indicado para a
200 classificação dos solos tropicais.
r s

1 5 0 Executados no IPX os ensaios previstos por esse método, concluiu-se ser


aamostra pertencente àcategoria LG', isto é, uma argila laterítica.
100

f t

2.3.2.6 Ensaios "Cross-Hole


5 0
Em outubro de 2000, foram executados pelo Agrupamento de Geologia
Aplicada aObras, da Divisão de Geologia do Instituto de Pesquisas
1 0 0 2 0 0 300 400 500 600 7 0 0 8 0 0 Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A, IPX, uma série de ensaios
(ct, +CT3)/2 Cross-Hole. Os resultados desses ensaios estão apresentados no
relatório técnico número 48517 do referido Instituto, de 27 de
novembro de 2000.
Figura 15: Resultados dos ensaios triaxiais executados na primeira ena
segunda etapa.
.Os ensaios foram executados com oterreno já escavado até acota
806,Om.
Os ensaios da primeira fase parecem indicar comportamento de solo
saturado, permitindo-se associar-se aos mesmos uma envoltória
Foram executados ensaios de metro em metro, desde uma profundidade
horizontal (<)) zero). Ograu de saturação médio, medido em
laboratório foi de 92,33%, reforçando ahipótese de esses solos se de 2,0m (cota 804,Om) até uma profundidade de 10,Om (cota 796,Om).
encontrarem saturados "in situ". Com oobjetivo de se pesquisar uma eventual anisotropia do solo, foram
medidas as velocidades de propagação das ondas em duas direções
ortogonais entre si.
Já os ensaios executados nos blocos retirados próximo àprova de carga
mostraram um comportamento de solo Ce([>, com grau de saturação Na tabela II ena figura 16, são apresentados os valores obtidos Gi eGi,
médio de 72%. assim como amédia dos valores nas duas direções ortogonais,
denominada Go.

7 6 7 7
TA B E L A II Considerou-se que as variações obtidas nas duas direções ortogonais
Valores do Módulo de Cisalhamento nas Duas Direções entre si não sugeriam anisotropia horizontal bem caracterizada, razão
Ortogonais (Gi eG2) eValores Médios (Go) pela qual passou-se ainterpretar omaciço analisado como sendo
isótropo (para uma dada cota).
C O TA -C(m) P R O F. ( m ) Gi (MPa) G2 (MPa) Go(MPa)
804,0 2 ^ 240,0 203,0 221,5 Procedeu-se então auma regressão linear entre os valores médios
803,0 3,0 266,0 223,0 244,5 obtidos em cada profundidade com aprofundidade, obtendo-se a
802,0 4 ^ 260,0 235,0 247,5 seguinte equação
801,0 5,0 281,0 266,0 273,5
800,0 6,0 297,0 274,0 285,5 Go =201,33 +12,16 z
799,0 Z A 266,0 260,0 263,0
798,0 8,0 287,0 289,0 288,0 =0,856
797,0 9,0 289,0 314,0 301,5
796,0 10,0 323,0 364,0 343,5 Em particular, para aprofundidade de 2,70m, considerada característica
para 0ensaio de carga do bloco de fundação, obteve-se ovalor

Go =234,16 MPa

8 0 6
Considerando-se que Go varia linearmente com aprofundidade (z),
procurou-se obter para que cota ter-se-ia um valor nulo para Go.
8 0 5

8 0 4 Chegou-se aum valor de 822,56m, muito próximo daqueles obtidos


para as sondagens SPT-T que foram 823,21 com base no Nspt/ e821,05
8 0 3 c o m b a s e n o T.

8 0 2 Na tabela III são apresentadas as estimativas máximas da cota máxima


fU ; 8 dos sedimentos da bacia terciária em função dos ensaios SPT-T eCross-
0 1
Hole.

o 8 0 0
u TA B E L A III
7 9 9 Estimativa da Cota Máxima dos Sedimentos
d a B a c i a Te r c i á r i a d e S ã o P a u l o
7 9 8

ENSAIO COTA MÁXIMA (m)


7 9 7
Nspt 823,21
7 9 6 T 821,05
Cross-Hole 822,56
7 9 5

0 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0
Ovalor médio dessas três avaliações éde 822,27m.
Go (MPa)

Figura 16: Variação de Go com aprofundidade. Procurou-se aseguir comparar os valores médios de Go obtidos nos
ensaios Cross-Hole com aqueles dados pela correlação com oNspt
estabelecida por Barros eSousa Pinto (1997).

7 8 79
2.3.2.7 Ensaios de Coluna Ressonante
Observa-se uma concordância quase que perfeita entre as cotas 802,5m Ensaios de coluna ressonante foram feitos nas duas etapas. Na primeira
e804,5m. Para cotas entre 802,5m e796,Om, os valores da correlação etapa foi retirado um bloco de argila porosa no local da sondagem S7,
foram, sistematicamente, inferiores aos medidos. Dessa cota até acota profundidades de 6,0 ma6,30m, cota média 808,75m, etrês blocos da
786,Om, os valores obtidos pela correlação oscilaram em torno dos a r g i l a m é d i a a r i j a , p r o f u n d i d a d e s 11 , O m a l l , 3 0 m , 1 2 , 5 0 m a 1 2 , 8 0 m e
valores obtidos por extrapolação dos resultados do ensaio Cross-Hole. 14,40m a14,70m, cotas médias 803,75m, 802,25m e800,35m. Os
resultados obtidos (argila média arija) estão apresentados na figura 18.
Uma das possíveis explicações para esses desvios éade que os valores
individuais de NS P T apresentam sabidamente ampla dispersão por Na segunda etapa foram retirados mais quatro blocos indeformados na
interessarem uma massa de solo de apenas 5,0 a6,0cm, enquanto que escavação feita para aexecução da prova de carga, ou seja, entre as
os valores determinados nos ensaios Cross-Hole, por interessarem uma cotas 804,Om e806,Om. Em cada um desses blocos foi feito um ensaios
massa de solo muito maior (tipicamente 3,0m a6,0m) tendem adar de coluna ressonante. Os resultados obtidos estão apresentados na
resultados mais consistentes.
fi g u r a 1 9 .

Na figura 17 estão apresentadas essas comparações.


500
8 1 0
#ensaio cross-hole

Ocorrelação com oN(Sl) Barros e 4 0 0


Sousa Pinto (1997)
A
8 0 5
^ 3 0 0 z
Q .

p 2 0 0
^800 O
u
log Gq =1,9880 +0,1987 log Qa
eq 100
=0,998
O

çj 795
0
Go =201,33 +12,16z
\ O 0 100 200 300 4 0 0 500
=0.856 \ o a3(kPa)
7 9 0
Zq —cota 806,Om o
O '
o Figura 18: Valores de Go (MPa) em função da pressão confinante as
0 ‘ (kPa), primeira etapa
o '
7 8 5

0 100 200 300 400 5 0 0


Go (MPa)

Figura 17; Comparação entre resultados de Go medidos em ensaios


Cross-Hole (inclusive extrapolação) com os previstos pela correlação
com Nspt, Barros eSousa Pinto (1997).

8 0 81
Para apressão as igual alOOkPa ter-se-ia:

300
Go (segunda etapa) =152,76MPa
Go (primeira etapa) =242,80MPa
250

152,76
- . 2 0 0 =0,63
( ü 242,80
Q.
2150
. o
Para apressão as igual aISOkPa ter-se-ia:
o
100
Go (segunda etapa) =174,90MPa
Go (primeira etapa) =263,26MPa
5 0

174,90
0 =0,66
263,26
0 1 0 0 200 300 400 500
Cs (kPa)
Para apressão as igual a600kPa ter-se-ia:
Figura 19 Va l o r e s d e G o ( M P a ) e m f u n ç ã o d a p r e s s ã o c o n fi n a n t e a s
(kPa), segunda etapa Go (segunda etapa) =278,41MPa
Go (primeira etapa) =346,75MPa
Procederam-se aregressões lineares entre os logaritmos dos valores
278,41
m é d i o s d e G o p a r a c a d a p r e s s ã o c o n fi n a n t e , e o s l o g a r i t m o s d a s =0,80
pressões confinantes as, obtendo-se as seguintes equações: 346,75

Primeira Etapa Observa-se que arelação entre os valores de Go (segunda etapa) eGo
log Go (MPa) =1,988 +0,1987 log as (primeira etapa) varia com apressão confinante, as, passando de um
=0,998 valor de 0,57 para as =50kPa aum valor de 0,80 para as =600kPa.

Segunda Etapa Estima-se que apressão octaédrica atuante no solo na área de interesse
log Go (MPa) =1,5140 +0,3350 log as da prova de carga seja de aproximadamente 40 a50kPa, devendo pois
=0,997 arelação entre os valores de Go ser igual ou inferior a0,57.

Aseguir, para diversas pressões aa foram comparados os valores de Go Na prática da engenharia considera-se que oensaio Cross-Hole fornece
obtidos na segunda etapa com os valores obtidos na primeira etapa. valores de Go mais confiáveis do que aqueles obtidos no ensaios de
coluna ressonante. As razões disso seriam os efeitos deletérios do
Para apressão aa igual a50kPa ter-se-ia: amolgamento da amostra, da sua manipulação em laboratório edo não
conhecimento exato das tensões "in situ".
Go (segunda etapa) =121,10MPa
Go (primeira etapa) =211,63MPa Porém, éatravés do ensaio de coluna ressonante que se pode avaliar a
degradação de Go com oaumento da deformação cisalhante.
121,10
=0,57
211,63

8 2 8 3
Os ensaios de coluna ressonante permitem-se obter alguns valores de através da expressão de Santos eGomes Correia (2001), anteriormente
G/Go, mas jamais cobrem todo onível de deformação cisalhante de citada.
interesse para aprática da engenharia de fundações.
Na figura 20 transcrita de Barros (2001) essas comparações são
Existem outros ensaios tais como os torcíonais cíclicos que permitem apresentadas. Observa-se que os dados experimentais concordam
obter adegradação de Go de forma mais completa, porém esse tipo de bastante bem com acurva teórica de Santos eGomes Correia (2001).
ensaio ainda não éfeito no Brasil.
l . O i ^
● H
Considerando-se aconveniência de se estimar G/Go para níveis de O.i
●a^
●-H-

deformações cisalhantes mais elevados recorreu-se atrabalho recente


de Santos eGomes Correia (2001). De acordo com esses autores, é B

definida adeformação cisalhante de referência, que éadeformação de O

CD
0.7

cisalhamento correspondente aG/Go =0,7. Arelação G/Go para um CD


H

nível de deformação yqualquer pode ser avaliada por: 0.5 Eeiperiaental teórica
E

G 1 0.4

G 0 0.3
l+0,385x
0.7.
Yo,7
0.1

Para os quatro ensaios de coluna ressonante executados nos blocos D


□ m i 0J31 D.l 1 0

indeformados extraídos no local da prova de carga, foram calculados os


seguintes valores de G/Go para y=10'^(%) e10'^(%), tabela IV: Y/Yo,7

TA B E L A . I V Figura 20: Comparação entre vaiores teóricos eexperimentais de G/Go


Vaiores de G/Go(%) para y=10'^(%) ey=10"^(%) em função de y/yo,?. Apud Barros (2001).

G/Go(%) G/Go(%) 2.3.2.8 Go ("Cross-Hole") xGo (Coluna Ressonante)


BLOCO Y=10^^(%) y=10 H%) No item 2.3.2.6 verificou-se que ovalor mais provável de Go obtido nos
I P T 11 7 9 3 42,0 6,73 ensaios Cross-Hole para acota 804,Om era de 221,50MPa (média dos
IPT 11 7 9 4 38,40 7,06
valores medidos nas duas direções ortogonais entre si) ou 225,64MPa
IPT 11 7 9 5 42,96 7,62 (valor obtido da correlação entre Go ez).
IPT 11 7 9 6 35,29 4,97
Média 40,0 6,6
No item 2.3.2.7 verificou"-s'Ê que ovalor médio de Go determinado em
ensaios de coluna ressonante para uma pressão confinante de SOkPa era
de 121,10MPa. Conclui-se pois que ovalor obtido "in situ" foi 86%
Considerando-se que amelhor estimativa de Go "in situ" na cota
considerada característica para aprova de carga (cota 803,30m) éde superior ao obtido no ensaio de laboratório. Essa relação está dentro da
234,16MPa, conclui-se que omódulo de cisalhamento para u m a
variação esperada por Barros (1997) para esses solos que éde 30 a
1 0 0 % .
deformação cisalhante (y) de 10'^(%) seria de 93,66MPa epara yde
10'^(%) seria da ordem de 15,45MPa. 2.3.2.9 Ensaios Pressiométricos
Para todos No início do ano 2001, foram executados pelo Laboratório de Mecânica
os ensaios executados onde foi possível determinar-se yo , 7 , dos Solos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em
procurou-se comparar os valores de G/Go médios com os obtidos

8 4 8 5
colaboração com aEngesolos, Engenharia de Solos eFundações Ltda., havia sido escavado, estando asuperfície do terreno àcota 813,04m,
e n s a i o s p r e s s i o m é t r i c o s c o m a u t i l i z a ç ã o d o C a n k o m e t e r. aproximadamente.

Os resultados obtidos estão apresentados no relatório da Escola Auma profundidade de 2,70m abaixo da cota 806,Om, considerada
Politécnica, de 21 de março de 2001 .Desse relatório, irá se destacar característica para aprova de carga, apressão vertical éde
apenas dois aspectos: aproximadamente 45 kPa. Qual seria então apressão horizontal?

-Ovalor médio de Gpara uma deformação yde 10'^(%), obtido nos Seria a'h =0,44 ou seja 0,44 x45 =19,8 kPa?
ensaios B12-T2 eB12-T4, executados aprofundidades de 9,50m e
11,Om, cotas 807,50m e802,.Om foi de: Seria a'h igual aanteriormente medida ou seja 66 kPa?

G = 11 3 , 7 5 M P a Não há dados para se saber ao certo. Uma coisa porém parece evidente.
Apressão horizontal certamente ésuperior a19,8kPa, pois ovalor de Ko
Para valores de ysuperiores a10“^(%), os valores de G/Go,i% podem ser para essa nova condição ésuperior a0,44. Também não parece
avaliados por extrapolação: razoável admitir-se que apressão medida de 66kPa se mantenha
inalterada. Sabe-se apenas que para acondição do terreno escavado
log G/Go,i% =-0,6945 -0,7143 log y ter-se-ia:
=0,9914
19,8 kPa <a'h <66,0 kPa
Assim, para y=0,5% ovalor de G/Go,i% será de 0,33, conduzindo aum
valor de Gde 37,54MPa (0,33 x113,75) para as condições do ensaio e Considerando-se que atensão vertical característica para aprova de
G=22,52MPa (0,6 x37,54) para as condições de terreno escavado. carga éde ordem de 45kPa, parece lícito supor-se que nas condições de
terreno escavado, ovalor mais provável de Ko seja da ordem de um.
Ovalor de Ko, segundo esse relatório, éde:
Outras avaliações de Ko poderiam ser feitas através de algumas
Ko=0,41 expressões que têm sido propostas na literatura eque se baseiam no
conhecimento de Ko para acondição normalmente adensada, (Ko)n.a e
Observa-se entretanto que esse valor decorreu da estimativa de pressão na relação de sobre-adensamento (RSA). Segundo Terzaghi, Peck e
vertical com base em um peso específico único de 17kN/m^. Mesri (1996), Ko de argilas pré-adensadas pode ser estimado por:
Alternativamente, atribuindo-se para aargila porosa um yn de 15kN/m^ sen ^
epara aargila rija um yn de 17kN/m^, ter-se-ia Ko =(1 -sen (|)cv) (op/a\) c v

Yn =6X15 +3,5 X17 =149,5 kN/m^ Essa expressão conduz aum valor de Ko de 0,92, ou seja, pouco inferior
a u m .

ovalor de Ko seria então:


Quanto ao valor médio de Gde 113,75MPa, pode-se associar ao mesmo
66 ovalor de Ede 280,51MPa. Para acondição de terreno escavado esses
K =0,44
0 “
149,5
valores seriam certamente menores. Com base nas comparações
efetuadas para outros ensaios tais como triaxiais ecoluna ressonante,
Eimportante frisar que esse valor de Ko correspondente auma condição pode-se admitir que ovalor de Gpara acondição de terreno escavado
situar-se-ia no intervalo:
de arglla^normalmente adensada, visto que oensaio foi executado em
uma região próxima ado ensaio de carga, porém em um local que não 6 8 , 2 5 M P a < G < 11 3 , 7 5 M P a

8 6 8 7
2 . 4 Projeto de Contenção
2.4.1 Generalidades ( i D I< ( Ii

Nas figuras 21, 22 e23 são indicadas as principais características do I t « < t 00C“C- o0r í. 0 0 ■) o0 0

projeto de estabilização em solo grampeado. Em duas das divisas, onde 3.90


( I ( I ( t ( I
0 ò 0 c 000<» u000Cl t> a-.c 0

havia casas muito antigas eem estado precário, praticamente « < < ● I i i <

n:> 0^0u0o00!i 0' 00o'00


Rua Martiniarw
de Cafv^hc
adjacentes às mesmas, resolveu-se "reforçar" as fundações existentes. Cortina 5A .) ?<●' 000c000Cl 0.0 c0 11 . 9 5
SI-2

- — L
T r -
(36 Chumbadores L=3,8m 1.35
Ccfrffna1A*^ P12

f,199 Chumbadores L-7.0m


0Piv 0Ci PI; 0 0 00f' f> 00VC
X
.T.OOm
O I 11 . 9 5
SFÃTto
(O
c
çn0000!í 0 0 u 0 0 (■ 0
X

1
PI . *€ « 0 0 0 P■; 000üQ0'0090(●
I A X
O I

O o o 0<* 0 o O o i J O O O O P -
O Corüna 1G 805.95
ti:.. ' U
( O ^A2
co
c P 2 Cortina 5-Fase 2
■●C
o
O Cortina 2 ü
P 3
X
33.57m
▶A 3
§ P13 *B1 P5 P^ *B2
Figura 23: Vistas frontais eseções das cortinas 2e5.
(T
<
u
LU
0 9
Procedeu-se então aum sub-muramento executado com concreto
fO
L n c
Q
E
●e
o
projetado. Sob esse reforço foi executada em Luma estrutura de
O concreto armado. Essa estrutura recebeu inclusões verificais ("estacas")/
= o r o
análogas às utilizadas para estabilização do terreno, com oobjetivo
cc.
<
Pg. inicial de reduzir as deformações verticais (recalques) dessas
< C2
Q^D2 construções. Após aexecução do solo grampeado, por traz das estacas,
P 8 estas receberam os empuxos verticais definitivos, provenientes das
o :
Cl* P7 ?*\D1
^P6 lajes, pela construção das vigas que as englobavam ecujos arranques
CoíSna"'
t

foram deixados em espera para aexecução das lajes no momento


conveniente do cronograma da obra. Não há dúvida de que essas
foram efetuadas as estacas" introduziram importantes modificações na estabilidade dessas
Figura 21; Planta de escavação elocais onde construções edas contenções eesse fato não poderia ser ignorado nas
medições topográficas.
análises dos resultados da instrumentação instalada.
Chumbadores
Ve r t i c a i s

163Chumbadore8 (Fase 2)L=10,00m 2 . 4 . 2 D e s l o c a m e n t o s Ve r t i c a i s e H o r i z o n t a i s


70 Chumbadores (Fasel) L«10.00m

■ ● 8
[ >
:i 4 « >
a'
'

{ áI
*9»-*:5 6si- 0
T

0
t
VL.
'
o ,Fr}-Tg0
1 .
i :
9 f r 2 . 4 . 2 . 1 M e d i d a s To p o g r á fi c a s
» t «
1
“ ■8 0 o; 8 B
1?’ 0 8 r > Aplanta apresentada na figura 21 ilustra as paredes contidas, bem
*l>
e A I
:1
6 . ' 0 ■: o
io . «■ » 0 >
'f
9 l 9 0|
i*-

OÍ 'í
fi i
● 1
como aposição das prumadas de leitura das deformações horizontais
S M
A, B, C, D" edos recalques "P".
j

» ● 9 M « 9 > D B 0 B< 0V’ tr . 0

11,95 j r Fv
\ ^ . <
10.Ú0m
11 , 0 5
*' ● 'IS 8 < B ÍB 0 S Bj « ■I"
í^' c

1 ' l' ! > Os pontos "A, B, C, D" foram tomados S.OOm acima da crista do muro
0Í0 >4 l« 0
I
8
i
● 8 B e 0 11 . » 5
0 B * 4 4
»| ^0 jo 0 .0
:>>
na edificação lindeira. Os pontos "P" foram tomados Imediatamente
1 ;
I i I

I 1
>5^ ■
4 i;* jsj « 01
D<«
f
8 ● 4 0; 4B S C - 9 4 C f I
0

atrás dos muros. As leituras foram realizadas por nível eteodolito.


I
●f
5
I
i
I
í
f V ft Kl ^ ^ ( fi «kl ^ C f í n .rt
'"i i
605.65
j :
1
r ^
1

i
z

Cortina 2
Fase 2 Fase 1
Nas figuras 24 a31 são apresentados os resultados dessas medições.

Figura 22: Cortina 2 vista ecorte.

8 8 8 9
355 -BE NEFICENCIA PORTUGUESA 355 -BENEnCENQA PORTUGUESA

DEFORATAÇAO VERTICAL (inm) -P4, FS «F13

H = A LT U R A E S G AVA D A in.Sm
<3 a e o
e e a < » e e

● - o .

a a

♦*

« W *3

<.B
i . 0

0 . 0
●Í.O .

-i.O .
M n

●e.D -
-«,0 .
●t 0.0 .

-1 }.0 .
14.0 ■

0 » t O

TilÁXVitA; 12,7mm ít )
Av= nH

Figuras 24 e25: Deslocamentos horizontais everticais.


Figuras 26 e27: Deslocamentos horizontais everticais.

9 0 91

/
355- BENEFICENCIA PORTUGUESA 355 -BENEFICENCIA PORTUGUESA

DEFORMAÇÃO \TRT1CAL (nmO -PIO eP14


H = A LT U R A E S C AVA D A 1 3 . 5 m

CP
0
e e o

« A « O CO Os e
o

0 » C K

t 4 M PM

H -

0
t r ^
● 1

m m

■1 0

● ¥ e ^
■I S
●X.T 1, ~ j
■3 0 ^ÃV^-üjir 1.-.; *● 1
.-t
/ A

D a u

MÁXIMA: 18/4itun
P I O P 1 4

ni =nIJ« AH

Figuras 28 e29: Deslocamentos horizontais everticais.


Figuras 30 e31: Deslocamentos horizontais everticais.

9 2 93
Na tabela Vsão resumidos alguns valores de recalque medidos edas Nas figuras 33 a36 são apresentados os resultados dos deslocamentos
relações As/H. horizontais, tanto na direção ortogona! àescavação quanto na direção
TA B E L A V paralela àmesma.
Va l o r e s T í p i c o s d e A s / H
Pino Recalque (s) Altura Escavada As/H (%) bclbÔB t(ZQ SM -Dir.l*2 bclhsB (Os SM ●Dir.3-(

Dtbco t&tDi fei }


(mm) í m i D«>)Baa aftCBJ ke \
● l fi 9 ●030 0 3 0 0 3 0 t 3 0
●)

10,42 0,12
●033 0 3 0
P-1 1 ^ 0 3
0 3

P-4 12Z 10,05 0,13 1 3


1 3

P-8 16,8 12,16 0,14 l A


2 3

P-10 12,7 13,50 0,09 3 3 I : :


> 3

P-11 9,80 0,09 4.»

P-14 18,4 13,50 0,14


3.0
S 3
: A1
s(%) =0,115 ±0,025 1 3
( 3

t 3
3 3

Em média tem-se: As/H =0,115 +. 0,025. A

4, 3 » ^13 ●

Á S
a

*g Í3 V í
2.4.2.2 Inclinômetros Q B
1 0 3
10,9

Dois inclinômetros foram instalados, um deles junto àdivisa com amais II.O

crítica construção vizinha, oSI-1 eoutro junto àdivisa com aRua 11 , 0 l l j

Martiniano de Carvalho, SI-2.


11 . «

Na figura 32 éapresentado um croquis com alocação dos inclinômetros. 1 4 4


11 , 1

1S4 '
1 4 4

I
U 4 U 4

11 , 0 P 4

.......]0AIA2 -B-21AIA] 0 4 A 2 A } -♦-J4AIAJ - O - n A l fl J —eiAlAJ -«-«íAJAJ UA2A2 -ò-ttitil M fi X fi i

i817m Figura 33; Deslocamentos horizontais Figura 34: Deslocamentos ho¬


SI-1 ortogonais àcortina junto àdivisa rizontais na direção paralela
03
com as casas vizinhas, cujas funda¬ àcortina.
í 1-2
N / 3-4
Fundo da escavação ções foram reforçadas.

y--'

O
SI-2 (/)
1*2 i/i

●3-4 8
12,3 m <
^818 m
Rua Martiniano de Carvalho, 969

Figura 32: Planta de localização dos inclinômetros.

9 4 95
l n c l i n « m * t r e S I - 2 ● D l r. 1 - 2 I n c l i n ã m e t r o S 1 - 2 ● D l r. 3 - 4

S M
Pttecamsntos (cm) Dalocamdntos (cm)
●1.00 * 0 ^ 1.00 ●1,00 ●0,50 0.00 o . s o 1.00
Deslocamentos a3m do topo (cota 814,6) eevoluçfio da escavação
0 . 0 0 . 0

1.0 1.0
1.5 n -r 816
2 . 0 2 . 0

cota 814,5 815


3.0 3,0

1.0 8 1 4
4.0 4 . 0
O

S.0 6 . 0
-813 S
C
a
6.0 -812 o
6 . 0
6“
O c“
7.0 7.0
● 8 11 o.
o
■» 6 . 0 ? e . o
814,5 m
i 6.0 6 . 0 1
O
810 »
ÍA
ascavaçao
10.0 e t o . o 8 ●●809 2
ê ( L «
<
u

11 . 0 11.0
â-0.5 808 íl
O
12.0 12.0

-●807 ?
13.0 13.0

-1,0 806
14.0 14.0

1S.0 16.0 '805

10.0 16.0
-1,5 J ..X 604
17.0 17,0 14/11/D2 24/11/02 4/12/02 14/12TO2 24/12/02 3/1/03 13/1/03 23/1®3 2 / 2 / 0 3

16.0 16.0 Data


- ^ 2 0 / 11 / 0 2 - B - 2 r / 11 « 04/12/02 -N-06/12/02 19/12/02 20^11/02 -e-27/11A32 0 4 / 1 2 / 0 2 ●0&/12/02 19/12/02 -A-7/1/03 -*-23/01/03

Figura 38: Inclinômetro SI-1. Evolução dos deslocamentos horizontais


Figura 35; Deslocamentos horizontais Figura 36: Deslocamentos ho¬ (cota 814,50m) com oavanço da escavação.
ortogonais àcortina paralela àRua rizontais na direção paralela
Martiniano de Carvalho. àcortina. S M
Deslocamentos a6m do topo (cota 811,6) eevoluçfio da escavaçfio

N a s fi g u r a s 3 7 a 4 4 s ã o i n d i c a d o s o s v a l o r e s d o s d e s l o c a m e n t o s 1,5 -T 816
horizontais em função da evolução da escavação. ●●815
SI-1

Deslocamentos no topo (cota 817,5) eevoluçfio da escavaçfio 1,0 814


O

1.5 -I 816 -813 g


o .

● 8 1 5 Ê* 0.5 cota 811,5 812õ


u —— S
1.0 8 1 4 ●●811 â
o
O
8 11 , 5 m
813 § 0.0 810 «
IV escavação
I0.5 n <n
812 o
809 S
011 I <
( O

o
O - 0 . 5 808 u
topo (817,5 m)
I0.0 810 g- o

I V escavaçSo ●● 807 ?
I 8 0 9
V I
o
V l

S-0.5 8 0 8 -1.0 ●606


l
807 Z ●805
.3
-1.0 606 1804
-1,5
805 14/11/02 24/11/02 4/12/02 14/12/02 2 4 / 1 2 / 0 2 3/1/03 13/1/03 23/1/03 2 / 2 / 0 3

-1.5-»- J - - X804 Data

14/11/02 24/11/02 4Í12/02 14/12/02 24/12/02 3/1/03 13/1/03

Data
23/1/03 2 / 2 / 0 3
Figura 39: Inclinômetro SI-1. Evolução dos deslocamentos horizontais
(cota 811,50m) com oavanço da escavação.
Figura 37: Inclinômetro SI-1. Evolução dos deslocamentos horizontais
(topo, cota 817,50m) com oavanço da escavação.

9 6 97
‘ S I - 2

S M
Deslocamentos a3m do topo (cota 815) eevolução da escavação

Deslocamentos a9m do topo (cota 808,5) eevolução da escavação


1.5 - I 8 1 6
cota 815
-r 816 8 1 5
1.5 T
- 8 1 5 1.0 8 1 4
O

1,0 814 813 a


u
O a

■8 1 3 2 'e 0,5 ● -812 o


o c
Q .

0,5 812 o 8 11 a
o

c o . 815 m
- 8 11 Q. o 0 0 - 810 w
o £ u . u escavaçao
m i n
o . 808,5 m
0,0 810 ^ ■8 0 9 2
<
t »
v >
escavação «> u
n o
cota 808.5 - 8 0 9 a*0.5 ● 808 o>
u
< o
t i

-0.5 -808
o
■807 1
8 0 6
807 "g -1.0 -

-1.0 806 805

605 -1.5 -1 -L 804


14/11/02 24/11/02 4/12A)2 ^Af^2J02 24/12/02 3/1/03 13/1/03 23/1/03 2 J 2 J 0 2
-1.5 -L 804
Data
14/11/02 24/11/02 4/12/02 14/12/02 24/12/02 3/1/03 13/1/03 23/1/03 2 / 2 / 0 3

Data Figura 42; Inclinômetro SI-2. Evolução dos deslocamentos horizontais


Figura 40: Inclinômetro SI-1. Evolução dos deslocamentos horizontais (cota 815,OOm) com oavanço da escavação.
(cota 808,50m) com oavanço da escavação. SI-2

SI-2
Deslocamentos a6m do topo (cota 812) eevolução da escavação

Deslocamentos no topo (cota 818) eevolução da escavação


1.5 816

1.5 1 ●● T816 815

815 1,0 ● 814


O

1.0 814 ■ 8 1 3 ua
O cota 812 a

--813 g Ê0-5 ■ 612 o


u c"
o .
812 o 8 11 a
1“ 0.5 o
u
c 812 m
8 11 & 0.0 - 810
8 o í p —escavação i
z topo (818,05 m) a
( n
n
810 w 809
0.0 8
I
t i

« ■
(I ,b
w
escavação <
u
o < 1
-0.5 808
809 Q a t u .
o

-0.5 ■ ●807 3
-808 "S.
o

-1.0 ●806
-●807 ^
-1,0 - 8 0 6 8 0 5

-■ 805 -1.5 804


14/11/02 24/11/02 4/12/02 14/12/02 24/12/02 3/1/03 13/1/03 23/1/03 2 / 2 / 0 3
-1.5 804
Data
14/11/D2 24/11/02 4/12/02 14/12/02 24/12/02 3/1/03 13/1/03 23/1/03 2 / 2 / 0 3

Data Figura43:InclinômetroSI-2.Evoluçãodosdeslocamentoshorizontais
Figura 41; Inclinômetro SI-2. Evolução dos deslocamentos horizontais (cota 812,OOm) com oavanço da escavação.
(topo, cota 818,05m) com oavanço da escavação.

9 8 9 9
Sl<2
Nesse local odesnível era de cerca de 10,42m eas inclusões tinham
Deslocamentos a9m do topo eevolução da escavação
comprimento de 6,0m.
1.5 - 8 1 6

● 8 1 5 Atrinca mais distante foi detectada acerca de 12,60m da cortina, ou


1.0 seja, 6,80m além do limite da área tratada. Arelação entre adistância
-813
O

a
da trinca do limite da área tratada pela altura arrimada (Al/H) éde
Q .
6 5 % :
E* 0.5 812 o
u
c

● 8 11 Q.
o 6,8
tga = =0,65
c
Q . 809 m
810 tu
I0.0 10,42
n U i

o
8 8 0 9 u

¥ > <
cota 809 fi l

Q*0.5 ■ - 8 0 8 0

o a=33“ ^=24
-807 ■3
-1.0 -806
Esse valor de 24° parece ser razoável para 0solo local.
8 0 5

●1.5 J— 8 0 4 2 . 5 Comparações com aExperiência Internacional


14/11/02 24/11/02 4/12/02 14/12/02 24/12/02 3/1/03 13/1/03 23/1/03 2 / 2 / 0 3

Data
Já foi mencionado anteriormente que um muro de arrimo de gravidade
necessita que seu topo desloque cerca de 0,25% da altura para que
Figura 44: Inclinômetro SI-2. Evolução dos deslocamentos horizontais haja pleno desenvolvimento do empuxo ativo.
(cota 809,OOm) com oavanço da escavação.

2.4.3 Pesquisas de Trincas


Com relação acontenções com solo grampeado propriamente ditas, é
evidente que os deslocamentos são função de inúmeros fatores, tais
Conforme já mencionado anteriormente, amobilização do empuxo ativo
como tipo de solo, metodologia construtiva, altura aser arrimada eetc.
provoca osurgimento de trincas paralelas àcortina de contenção.
Como exemplo de obras bem conduzidas no exterior pode-se citar o
Na figura 45 éapresentada uma seção transversal onde existe uma
construção com dois pavimentos, também pertencente àBeneficência, projeto Clouterre, Plumelle et al (1990). Para uma contenção de 7,0m
de altura em areia, odeslocamento horizontal máximo foi de 21mm, ou
adjacente àescavação da obra.
seja, 0,3% da altura.

T R I N C A S
SEÇÃO A Observaram também esses autores que os deslocamentos verticais
eram da mesma ordem de grandeza dos deslocamentos horizontais.
6 2 0 i \

\ \ ' \ \ '
6 2 0

\«caú
\ No caso da obra da Beneficência Portuguesa foram medidas
t i v v \
deformações horizontais máximas dos inclinômetros de cerca de 5,0 a
8 1 0 S I O 7,0mm.
fw&»cto wQgu
fu<MC«o DA oam
J
12.60m ConsiderandO'Se que odesnível nesses locais éde cerca de 12,Om o
8 0 0 a o o
deslocamento relativo máximo ede 0,06% para oSI-1 e0,05% para o
SI-2.
I

fl O m S O m 7 0 m 6 0 m f t O m 2 0 m > 0 m O m
AOm S O m

3. RESUMO ECONCLUSÕES
Nessa comunicação são relatados dois casos de obras em solos muito
Figura 45: Seção transversal mostrando trinca na construção adjacente.
peculiares, ou seja, uma areia quase pura euma argila laterítica. Esses

100 101
resultados não podem, pois, serem generalizados para os solos de São
Paulo. Décourt, L. (1992) "SPT in Non-Classical Materials", Proc. US/Brazil
Geotechnical Workshop ''Appiicability of Classical Soil Mechanics
As investigações realizadas na argila laterítica foram muitíssimo mais Principies to Structured Soils, p.p. 64-100, Belo Horizonte
completas do que as que rotineiramente são feitas.
Décourt, L. (1994) Fundações eInteração Soio-Estrutura. Relato Geral:
Nos dois casos analisados ficou comprovado oexcelente comportamento XCOBRAMSEF, vol. 5, p.p. 179-206, Foz do Iguaçu
de escavações contidas com essa tecnologia.
Décourt, L. ^9991 "Behavior of Foundations Under Working Load
Os deslocamentos horizontais medidos com os inclinômetros foram Conditions. Proc. of XI Panamerican Conference on Soil Mechanics and
cerca de cinco vezes menores do que aqueles que tem sido medidos no Geotechnical Engineering", vol. 4, p.p. 453-488, Foz do Iguaçu
exterior em obras consideradas como bem executadas. Em princípio,
atribui-se esse excelente comportamento, em parte àmaneira como as Décourt, L. fZOQll "Behavior of Shallow Foundations on aLateritc Clay",
obras de contenção foram concebidas eexecutadas e, em parte, às Proc. XV ICSMGE, vol. 1, p.p. 675-678, Istambul
características de compressibilidade muito favoráveis das argüas
lateríticas. Iqnatius, 5. C. Í19911 Solos Tropicais, Proposta de índice Classificatório.
Solos eRochas, vol. 14, no. 2, p.p. 89-93
De qualquer forma, casos como esses se constituem em evidências
adicionais da excelência desse tipo de contenção, que, tanto sob aspecto Lambe, T. W. eWhitman, R. V. ('1969j "Soil Mechanics", John Wiley &
de segurança quanto sob aspecto de custos, vem se comparando Sons, Inc.
favoravelmente com relação às demais alternativas existentes.
Noqami, J. S. eViilibor, D. F. Í1981j Uma Nova Classificação de Solos
4. REFERÊNCIAS para Finalidades Rodoviárias. Proc. Simpósio Brasileiro de Solos
Barros, J. M. C. (1997") Módulo de Cisalhamento Dinâmico de Solos Tropicais de Engenharia do Rio de Janeiro, vol. 1, p.p. 30-41
Tropicais. Tese de Doutoramento junto àEPUSP
P l u m e l l e , C ., S c h i o s s e r, F., D e l a q e , P. e K n o c h e n m u s , G. Í'1 9 9 0 J "Fr e n c h
Barros, J. M. C. (2001) Comunicação Pessoa! National Research Project on Soil Nailing: Clouterre", "Design and
Performance of Earth Retaining Structures", "Geotechnical Special
Barros. J. M. C. eSousa Pinto. C. ri997J "Estimation of Maximum Publication N° 25", p.p. 660-675
S h e a r M o d u l u s o f B r a z i l i a n Tr o p i c a l S o i l s f r o m S t a n d a r d P e n e t r a t i o n
Tests". Proc. XIV ICSMFE, vol. 1, p.p. 29-30, Hamburg Santos, J. A. eGomes Correia, A. QQOl) "Reference Threshold Shear
Strain of Soil. Its Application to Obtain na Unique Strain -Dependent
B r i a u d , J . L . e J e a n i e a n , P. ( 1 9 9 4 ) " L o a d - S e t t l e m e n t C u r v e M e t h o d f o r Shear Modulus Curve for Soil". Proc. of XV ICSMGE, vol. 1, p.p. 267-
Spread Footings on Sand. Proc. Vertical and Horizontal Deformations of 270, Istambul
Foundations and Embankments", vol. 2, p.p. 1774-1804, College
S t a t i o n , Te x a s Te r z a q h i , K . , P e c k , R . B , , M e s r i , G . ( 1 9 9 6 ) " S o i l M e c h a n i c s i n
Engineering Practice" 3^*^ Edition, John Wiley &Sons, Inc.
B o r l a n d , J . B . Í 1 9 8 9 J " S m a l l i s B e a u t i f u I - T h e S t i ff n e s s o f S o i l s a t S m a l l
Strains". "Ninth Laurits Bjerrum Memorial Lecture Canadian 5. AGRADECIMENTOS
Geotechnical Journal no. 26", p.p. 499-516 Esse trabalho de pesquisa não teria existido não fosse ointeresse pelo
tema eapreciosa contribuição de inúmeros colegas, que dedicaram boa
Cudmaní, R. Q., Schnaid, F. eConsoli, N. C. fl994J Comportamento de parte do seu tempo aessa causa. Aeles desejam os autores expressar
Sapatas Assentes em um Solo Estruturado Através de Ensaios de Placa. seus melhores agradecimentos.
XCOBRAMSEF, vol. 1, p.p. 127-134, Foz do Iguaçu

102 103
Contribuíram para essa pesquisa os profissionais aseguir relacionados: P R O J E T O E C O M P O R TA M E N T O D E E S C AVA Ç Õ E S
E S TA B I L I Z A D A S C O M S O L O G R A M P E A D O E M S A LVA D O R
Do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo -IPT
- D r. S u s s u m u N i y a m a
-Dr. José Maria de Camargo Bastos Luciano Décourt, Engenheiro Consultor eProf. Universitário
-Dra. Gisleine Coelho Campos Luis Edmundo Prado de Campos, Prof. Titular da Escola Politécnica da UFBA
-Geólogo Wilson Shojí Lyomasa Moacyr Schwab de Souza Menezes, Engenheiro Consultor eProf. Universitário
-Geólogo Renato Luiz Prado
-Geólogo Rubens Paschoa! Cordeiro
-Físico Vicente Luiz Galli
-Tecnólogo Edvaldo Peres da Silva
-Tecnólogo Geraldo Antunes Pereira
-Tecnólogo Luis Gonzaga de Sousa R E S U M O

-Tecnólogo Mário Antonio Reis Nesse trabalho são apresentados os casos de duas obras situadas na
cidade de Salvador, Bahia, com desníveis de até 14,Om. Os projetos de
Da Enqesolos, Engenharia de Solos eFundações Ltda. contenção foram elaborados pela firma do primeiro autor, utilizando a
-Eng. Artur Rodrigues Quaresma Filho conceituação de solo grampeado econtaram com acolaboração em obra
-Eng. Orozimbo Arthur de Lima Campos dos outros dois autores.
-Enga. Maria Rosana Rodrigues B. Dragone
Essas duas obras foram selecionadas por apresentarem algumas
Da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo características que, de alguma forma, as diferenciavam das demais.
-Prof. Dr. Carlos de Sousa Pinto
-Eng. Doutorando João Luiz Castro Sampaio Júnior Ambas situam-se na Av. Sete de Setembro eserão aqui designadas por
obra Ieobra II.
Os autores desejam, também, expressar seus agradecimentos aos
e n g e n h e i r o s K e n s h o Ta i r a , M i k l o s S u t o e E d w a l H i r o m i S a n o m i a d a
B e n e fi c ê n c i a P o r t u g u e s a p e l a d i s p o s i ç ã o e m c o l a b o r a r c o m e s s a 1. OBRA I

pesquisa. 1.1 Generalidades


Trata-se de um terreno com largura relativamente pequena, cerca de
P o r fi m , u m a g r a d e c i m e n t o m u i t o e s p e c i a l a o D r. N e l s o n Te i x e i r a , 16,Om. Conseguir omáximo de espaço para aconstrução de subso|^os
Diretor da Beneficência Portuguesa, cujo apoio foi fundamental para o era uma das grandes prioridades da construtora. Decidiu-se, então,
sucesso dessa empreitada. proceder-se às contenções com osistema de solo grampeado.
1.2 Sondagens
Na figura 1éapresentada uma sondagem típica do local.

1.3 Projeto de Contenção


Omodelo de cálculo adotado édescrito em outra contribuição do
primeiro autor aesse simpósio, Décourt et al (2003), epor isso não sera
aqui descrito novamente.

Nas figuras 2, 3, 4e5são apresentados detalhes do projeto.

104 105
PMTRAÇAQtOOt^aOQcfPj e o u p K O ^ . m

»PGOif€» o M n c o I 0 6 (m» C U l l v n C A C A O D O U AT I f ^ U I . Cotyzriíio f*rv#j^’5'icí'> A''*»ddO ron niirns Up Af^cí ^=8cn

i*#r Ir«r 1 t i 9 9 0 4 P i r o l A l l O J T t M * « ( U c . & o 9 0

T T i j Sitt« ero/tcao (ortlm tina amMa). com poilrcgulhos. y. ._..

s vaeieçado(róseo).poueocofnpacla (Provável
4.Mt t . O Ü _ 1 aterro).
0 3
Í S f 6 Areia fma omMra pouca siltosa, eom podreguilios.
3
brarKO. medianomonle compacta acomfaefo.
ÍX)- ●.
16 I S
»
3.«7
m-
->—.

m.
Z 3 3

17 20 Dtlf hf

4
6 ●i.:d

19 26 /24 - í -

iíTS (
Areia fma omódia pouco tüiasa. com vestígios do
t
< orgita. marrom escuto, compacta.
2S 29 X v i f

- L ‘ r.
7
Ij.üO _»
1 8 20
Arcio fíiia emódia pouco siitoso, marrem, eompocia.
7

16 20 >.

10 20
i r l Ç 4 * ( A ; . S TA bí ORÍNAOtU
rt.rm
t L - e W C t S G S ÜZJs CANA D 2\V"1

8 0
.. Usi; Areia fir>a unoso. cima. mcdionamoiUa ccyn/;oc(>>.

Figura 3: Seção da cortina próxima àrua.


« 0

0 10
^.i:ni ●●

■i ●i
-/ H i i7 b
n r, n,ii3 t l .

y 1 2
Argita aHosa cetn areia fuia ornódin oi>cdrcgulho3,
cinza. mola.
4 4 - / ● / ' y
7.2" 12.70 / ● ●
1 2

Argila sHlosa eoin areia íma. cinza data. mole a


' r ’ ’ r. 7 -

4 5
/ ■ módia. / ; :
14 \
j / ● :
péí-y ;r'-. t . u

e 7 . a V I
y — -'t .ir. 3, *

u . 11 . fi t n í i x í s *
«
I I
I .
^itVrT
< 1
46 /J.5 t.nnii /
Sine Arenoso (areia módia agrossa), cem ● ) t.Z
1- s
1 (
Qodregulhos. vorioçado (cimo osvcrtícBdo). mwio 1-
lompoclo (AJIcraíSo do nxlie). 7 ●'1
- r " TT 1,, X.
LT 'l /.-'ii
X
17 >jr--
íb’^I
I K!
. u - í . X . A: }i U I» !n .*. %.1- .
1 \‘i ●!. .c .. ‘I.

r : r ●■’ N
I I A

1 9
T

16
ImponQlrávcl nPcrcurssfjo -15,03m -I .. éM P●ÍCV-^

r».i
} i NDR -6-18//
Figura 4: Divisa lateral A.
Figura 1: Sondagem típica do local da obra I. I

y?S‘ c.HjMn ACK!"-ir.ri


●● H iK-o.on - à
./ Ã I H 2 . 2 U t n 2
1 0 0 . 0 1 )
. t : ' " ■- . ● i . n s t t - ;
/ rz.:!" I I

/,
PA S l i i l O
x r - *

- 1 i M i - j »

[y ,\n.*i »-02.77--.?
'A III
C l :T- 0
● i
*' t ● «

- 0 m « t - o s
» - S . » < w n ?

k
5 Ioj.s I

r -●i * I ●
C 2

li I ' I I I
I V

0
V - ' V M t t h O f

t
r. í i n ●I / * - 1 7 S . v r - r 2
G ’

I i í 5
«
í
í IV

■íí
K,*.?0
T C.J
-t». -
' 4

7. ?
I.
#

!. f
-Li - 7 |


\ (
T ' ● f "■ I 3.' ,-.T ● 9 9 9 9 9 9 9 9 9

Ipíií!
»

●'« '.‘L*
' DIVISA COM ARUA
Figura 2: Vista da cortina junto àrua.
Figura 5: Divisa lateral B.

106 107
condição em 09/03/2002
Condição em 12/03/2002
1.4 Instrumentação . . T
. . T
■ U M

● « ● ●

Essa obra foi instrumentada, tanto topograficamente quanto através de


t . . T " t
. . T
1 J175
3
. X

um inclinômetro. 3
3 . X
J 3
O ●

s
●í;*.
' K . X
t ● « ● ● ● ■J l «
. x ~ 6 j i n
..T*

Esse inclinômetro foi instalado junto ao limite da escavação, próximo à


♦ ● ● ● « ●
7 . . T “ ● #
7
. . T
j o n
e
. . T
Av. Sete de Setembro. - . T

□TRÊCHO PROJETADO IllRgCHQ ESCAVADO IItRECHO SEM ESCAVACto


□ TTJECHO
KÍOJETAOO
IliRSCHO
ESCAVADO
IÍtRECHO
SEM
ESCAVACAO

No croquis da figura 6está indicada, em planta eem corte, alocalização Figura 1-Situação em 09/03/02 Figura 2-Situação em 12/03/02
desse inclinômetro.
Condição cm 15/03/2002 Condição em 19/03/2002
Planta Baixa Corte ■ U M
^_aaM
● ●
I

■ U f J
■ i L n
3
■ K M

3
J U )

f * ● ■ B B

í
* ■ B n

■ B n
6

O o 7 *●●●●●●«r ● ● "■● ● .ILU


● ● M a

M O
d> >1> 0 « ● ● ■ D »

n H s
d > <1>
CO
TRECHO P R O J E TA D O □ TRECHO
ESCAVADO
[ITRECHO
SEM
ESCAVAÇAO PROJETADO
CI^KHO
ESCAVADO
(^TRECHO
SEM
ESCAVAÇíO
o
●c
Solo o o
●o
0>
grampeado '3> Inclinômetro Figura 3-Situação em 15/03/02 Figura 4-Situação em 19/03/02
‘ 3 ●P Condição em 22/03/2002 Condição em 26/03/2002
jssao
. T " . X '

»-4 i-l 1

B . T
j m 2

3
3
. r *

♦- S ■B '
s

t n

r ■ u n
■ U M
J
■T T j o n
» , X ~
● ● ●
8
■B M
t
. X -
9
x :

I t v. S E T E D E S E I E H M O
ItBECHOprojetadoIItrECHOescavadoIITRECHOSEMESCAVACAO
□ TRECHO P R O J E TA D O n TRECHO E S C AVA D O
CI^TRECHO
SEM
ESCAVAÇto
Figura 6: Localização em planta eem corte do inclinômetro. Figura 5-Situação em 22/03/02 Figura 6-Situação em 26/03/02

Na figura 7estão indicadas as fases de escavação eas sete leituras ●2 0 2


O«iloctin«nlo (nrni)
4 6 1 0

efetuadas. 0

\ \
Observa-se uma grande aceleração dos deslocamentos após
26/03/2002, que até então haviam chegado apouco mais de 2,0mm.
s

Omovimento final atingiu valor máximo de cerca de 9,0mm, valor esse i;


4
próximo ao topo da contenção. Valor quase igual foi medido acerca de 12A13/CI2

5,0m de profundidade.
B

I
■ ) ■ 1SAJ3/02

1 0
1SA}3/Q2

Odeslocamento relativo máximo foi de 0,08%. 32A)3ra3

2
0
8
3
A
/)

02«ant

15 i

Figura 7: Diversas fases da contenção edeslocamentos medidos pelo'


Inclinômetro.

108 109
2. OBRA II
2.3 Projeto de Contenção
2.1 Generalidades
Nas figuras 9a13 são apresentados detalhes do projeto de contenção.
Essa obra II foi realizada em um terreno substancialmente mais largo do
que aobra I, em loca! onde existe um casarão aser preservado. Nas figuras 14 e15 são mostradas duas fotos da obra.
2.2 Sondagens
Na figura 8éapresentada uma sondagem típica do local.

Sondagem; SM-04 (P6) Cota: -0.74 m Rof.n* GE-1545/01 PERFIL 1


PERFIL 1 -io.«* -
Data: ABR./01 Ptgji* 1 i i -
Revetti mento 0■7 6 . 2 m m Etcala: 1:100 Resp. f
Amoetrador 0.S 50.6mm Masaa do martelo* 65 Kg Altura de quoda* 75cm
a, =35mm Cola em ●3 I . .

rehcao
PENETRAÇÃO i t
. — A a A . M R . N .
m Pemi DESCRIÇÃO OAS AMOSTRAS i
i F G r d fl c o 1
Nhr.)

1a.e2a. 2a«3a. 10 20 30 40 !í: d‘6gua

7 8 0.10 1Pleo de concreto


]T 6iKe ararwao c/pedregulhoa
II
1 varlegado (marrom), pouco compacto
soo- »*
4/40 5
●.4T- (Aterro)
* 7 J 0
/
2 2.00
4/35 5
* SlHe argiloao c/arela da textira
variada i

marrom, mole f
3
4 5/33 (Aterro)
t
\ cuucot a
4 -5
5/34 7 4.30 NV SI 10
3
4
Sllte argiloao c/arala de textura .
4.65 ■s r
variada
■R 1 6

7/33 8/33 marrom, médio


Sllte atenoao
1 marrom claro, pouco c<xnpacto a CO
●6
7 9 d mediarramerÁa compacto
\
u..
51 /
●7 6.95 ü i
1 6 2 0 Sllte argiloao c/areia lira emedia 0 .
varlegado (amarelo), duro

●8
16 2 0 OEPdSrtOS

N V. 9 0 5 0
9 -10 9.00
1 2 2 0 Silte argiloao clareia fna
varlegado (vernrelho), dtao atljo
●10
14 18 I
// 10.69
Mom, ídMIo
6 9 Zi ●11

*●51

●12
6/33 10/31 .02 - j j . . .
-ÕÍ9 -

■13 13.00
8 11 W 7 . Sllte argiloao c/arela Ura
varlegado (vemtelho), rijo amâdio
(Solo realdial)
14 -15
8/32 11/32
Figura 9: Planta.
●15 15.00
7/33 10 Sllte aranoeo
varlegado (arrarelo), medianamente
compacto
●16 (Solo realdual)
7/35 10/31

16.89
●17

Figura 8: Sondagem típica do loca da obra II.

110 111
I R t C í W i

I» CK;Ua<ÚORCS A=379.80m2

1-Jt 2S^2
O fi C s - Q
tSECHO S
i 9 a n o 7 lltOCHS 3 10 enuuBi^o^ti F fi l O O U f M i C O
Ntv Ç&.98 NIV 66,03 w e $ . 0 4
A - » 1 . T V > 2 A * U 4 < > x 2 A » « 3
.Al
V*
T 'í-4
●NfV e42« 4e.2A

HfV 64^.70 ; cv u.«e;


9Q
Iniv « 4 . S 4 S(v «e.%<
I

íeíI^^
( u
T

2
í
f é2.Sd
« 3 e 3 <

I
I

I ftN %9 '* iWy $5>5

I
T
1 .4^ 4.4.4. 4a 4: 4^ 4^ st sL >!■ sLi fl& tia tis eis bIui iL LtMl

I
I
CMUCtM S
l
NIV M.«0
GARAGEM 5
S^)S^wfekl»9^'
i

I^^^ ssí ^ ^
Z
± .
NIV 53.10

|SO<AS>4 Figura 12: Divisa perfil 3.


i t ^yoso

Figura 10: Divisa perfil 1. Datolhe 1

EXTERNO Concreto Projelodo


N V, 66.00 Armodo com Fibras de
S
Aço e“8cm
N r

mcHC 3
ttccHo:i mccMsi

l * « 9 M
1^.
A * 9 J

W t C M O P I N

A « e o o « < o
r r
o

^ M 9) 9’ ^ « S 9 I O

■N W *● M
i i » M V

^49
3«^1
i «V 4J 4) O

h 4I.C&

ií=- i í 8
;mv «i.pj rft£c»fo:r
0 * t « 0
●V

± f t M 8
f « v
í.o«; 8
»9 y
r«y ata Detalhe 1
t |>«v >4 u

rMV i4 0^ O
k

I 4 1 0 3
,T|
» . I 0 I«st» S -%4»4*4 4v 4.4: L 4 44 ^ 4 O

o
! 8

.1 MIJ Ui S.f K ^ > ^ T 0 4


O
Wi' 49 10

H 8
< v

8 GARAGEM 5
O

N V. 53.10
O

:Ui l l l J X 4 fl J U l Xi.

Figura 11: Divisa perfil 2.


C A N A L E TA DE DRENAGEM
275 CHUMQADORES MEIA CANA 0*20cm
L lO melros

Figura 13: Seção da cortina.

112 113
2 , 4 Instrumentação
N a fi g u r a 1 6 s ã o a p r e s e n t a d a s a s l o c a l i z a ç õ e s e m p l a n t a d o s t r ê s
inclinômetros eem corte do inclinômetro 1.

Planta Eai>ía Cüite

4
* r

Cl
I.

!l'

OI

Solo o
o
nil
Tll Grampeado Inclinometro
a i
OI

/
●S jl
t-4 í

i O

sT

● - a s a i a o

Figura 14: Foto de uma das divisas da obra, perfil 1.

Figura 16: Localização em planta dos três inclinômetros eem corte do


inclinômetro 1.

o s
Na figura 17 são apresentados diversos estágios da contenção e
deslocamentos medidos do inclinômetro 1.

Figura 15: Foto dos perfis 2e3, vendo-se no fundo ocasarão.

114 115

k
V t i t * T » J t>a tu
n u n 7 » t« n> mtt*

l i T T
T í I
■ 1 “ N a s fi g u r a s 1 8 e 1 9 s ã o a p r e s e n t a d o s o s d e s l o c a m e n t o s d o s
( J.
u ●iJt «
● j I4 j ♦ 4 TTTT^
i
I
inclinômetros 3e4.
I

4 j 4 I m r 4>4 I ♦ 4
l i i
4 4 4 4 4
l i I
4 t L /

I Inclínometro 3
\ T i.
0 9 Deslocamento (mm)
●2 0 4 10
1 1 ' 1 2 6 8

Figura 1—Situação em 01/08/02 Figura 2-Situação em 08/08/02


»í ni mi:i TO Ti n otio f1! :r tn t»i Tt* h/ tu t«» tn r;i to t^i t;*

L< 4 4 4 4~ V’4~'Vr4T4 4

U u

U 4 4 4 4 4 4 4 4

15 4 4 4 4 4 4 1 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

4 4 4 4 4 4 l i 4 4 4 4 4 4 4 4

i f

L I L i &
4 4 4
L i L i

V « £
L V i—I.

Figura 3■Situação em 14/08/02 Figura 4-Situação em 24/08/02 e

ti n ti T» Tf r» i»> ni mtt« ttr tl* 9tT tA OI fo tif Ta f;i ti tl t o


T l i »i* ra IO

4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 &

fg sW
4 4 4 4 4 X X x t
4 4 4 4 4
L I 4 4 4 4 4 4 4 4 X X
4 4
s : U 4 4 4
± - > < 8 V .

LT 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
l i

4 4 1 0
4 4 4 4
U U

4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
U u

4
t i 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 t l 4 4 4 4 4 4

4 4
t l 1 1

t t 1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 ●T

Figura 5-Situação em 14/09/02 Figura 6-Situação em 20/09/02


o n T l Oi to T«» r» fa

I ● I *
I

Figura 18: Leituras do inclinômetro 3.


i
J,
I

u í

í
L T

I T
Inclinometro 4
; 5 t 1

L ' Í I I I
Deslocamento (mm)
● 1 ● I
-2 0 2 4 6 0 1 0

igura 7-Situação em 04/ 0 / 0 3 0

Inclinometro 1

Deslocamento (mm)
- 2 0 2 4 e 8 1 0

0
26
0/6
0/3

170/70/3

E
S
300/70/3

■ O

■e o 10
S/09/03
I
■8

*S 10
%
' O

1 5

7
o .

I S

20
Figura 19: Leituras do inclinômetro 4.

Éinteressante observar ocomportamento atípico do inclinômetro 3, que


Figura 17: Diversos estágios da contenção eleituras do inclinômetro 1. foi motivado por substancial vazamento de uma caixa d'água ali
localizada. Até 12/02/2003 os deslocamentos vinham se comportando
de maneira normal. Éprovável que mesmo as pequenas deformações

116 117
constatadas tenham provocado oagravamento de algum dano pré- 13.30
existente na caixa d'água, que trincando, passou avazar, introduzindo
no terreno grandes quantidades de água que acabaram por provocar
novas deformações.
FISSURA PISO /TETO

Oinclinômetro 1indicou deformação máxima do topo da contenção de


q u a s e 8 , 0 m m . C o m o a a l t u r a ( H ) e r a d e 1 3 , 5 0 m , i s s o s i g n i fi c a u m a
deformação relativa máxima inferior a0,06% de H. CASARÃO

6p *0

2 . 5 P e s q u i s a d e Tr i n c a s
Foi detectada uma trinca vertical no casarão.
e-ri 00

N a fi g u r a 2 0 é a p r e s e n t a d a u m a f o t o d e s s a t r i n c a . N a fi g u r a 2 1 é
apresentado um desenho esquemático da mesma. CHUMBADOR L=10

I
5 . M 0

Figura 21: Desenho esquemático da situação ilustrada na figura 20.

Observa-se que atrinca ocorreu aaproximadamente 3,65m além da


área tratada. Isso significa uma relação:

Al _3,65 = 0 , 2 8 3
tga =
H~12,90

tga =0,283 —> a=15,8

se a=45- (bs 58,4"


2

Não obstante, por um lado, tratar-se de evidência clara da correção do


Figura 20: Foto ilustrando atrinca formada com odeslocamento da modelo adotado, por outro lado, ovalor obtido para (|> é, evidentemente,
contenção. demasiadamente elevado.

Não se deve esquecer, porém, que omodelo adotado énão mais que
uma aproximação da realidade, necessitando receber ajustes para
melhor se adequar àmesma.

118 119
ESTABILIZAÇÃO DE TALUDE POR SOLO GRAMPEADO EM MANAUS-AM

(*)
3. RESUMO ECONCLUSÕES Luciano Jacques de Moraes Jr, Eng. Civil, M.Sc., Geotechnia Consultoria eProjetos Ltda.
Essas duas obras se constituem em evidência adicional de que n
Edgard G. A. Arduino, Eng. Civil, M.Sc., Geomecânica S.A.
estabilizações com solo grampeado, quando bem conduzidas, são muito
seguras eeconômicas.
RESUMO
No caso específico dessas duas obras em Salvador, não obstante osolo
ser silto-arenoso de compacidade média, os deslocamentos relativos Apresenta-se aqui um caso de obra de contenção utilizando-se solo grampeado (“soil nailing”),
máximos foram de 0,07 +0,01%, valores esses muito menores dos que realizada em encosta localizada na borda de um platô, distrito industrial da Zona Franca de Manaus,
tem sido obtidos no exterior, mesmo para obras consideradas bem estado do Amazonas. Oartigo descreve as características geotécnicas do local, ohistórico do
projetadas ebem executadas. escorregamento, ametodologia empregada no projeto eapresenta resultados de ensaios de
arrancamento de grampos realizados no local imediatamente antes da execução da obra,
Omodelo adotado, se bem que ainda imperfeito, permite modelagens comparando-os com as premissas de projeto.
razoavelmente precisas do comportamento de contenções estabilizadas
com atecnologia do solo grampeado.
ABSTRACT

4. REFERÊNCIAS Asoilnailingcasehistoryispresented,whichwascarriedoutonaslopelocatedattheflankofa
Décourt, L., Zirlis, A. ePitta, C. A. ÍZOOBj Projeto eComportamento de plateau, industrial district of the Manaus Duty Free Zone,Amazonas State. Site geotechnical
Escavações Estabilizadas com Solo Grampeado em São Paulo. A s e r
characterization,slidehistoryanddesigncriteriaarepresented,aswellasnailpullouttestresults.
publicado.

1. INTRODUÇÃO

Ümaindústriaimplantadaem1988naZonaFrancadeManausnumdosplatôstípicosdesce
daregião (em
até aEl.
tomo da El. 90 m) tem adivisa leste do seu terreno constituída por uma encosta que
40 m, onde corre um igarapé.

Napartemaisaonortedaencosta(estetrechofoidenominadodeENCOSTANORDESTE),em
canaletas
setembrode2000,devidoachuvasexcepcionaiseextemporâneas,quetransbordaramas
dacristadaencosta,ocorreuumdeslizamentodeterras-semvítimas-daordemde20.000m.Um
projetobásicofoielaboradonoiníciode2001econstruídonodecorrerdosegundosemestredeste
mesmo ano. Foram realizados dois ensaios dearrancamentodegramposparaconfirmaçãodas
premissas de projeto, tendo em vista não haver dados disponíveis na literatura técnica sobre
parâmetros de projeto de solo grampeado em Manaus.

2. CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS

Oplatô onde se situa aindústria éconstituído por solos argilo-arenosos de consistência crescente
com aprofundidade (média passando arija) com cerca de 8a10 mde espessura, confoime -se um
exemplificadopeloboletimdasondagemSP-03apresentadoresumidamentenaFig.1.Segue
solo areno-siltoso compacto.
Aencostatemdeclividademédiade29°.Oníveld'águaoscilasazonalmentedentrodacamadade
areia sütosa.

(*) Na ocasião (início de 2001) do desenvolvimento do projeto em pauta, os autores prestavam serviços na EnviioGeo -
Serviços de Geologia eEngenharia Consultiva Ltda.

120 121

J — L

S O N PA C E M Á T t R C V S S A O : SP^3 3. PROJETO EMÉTODO DE CÁLCULO


C m U c s R r i m l h T t t ^ T m m

1* r2a è o
—ft.K.
Aja—>f »<qr ^ 1

Uma vez que não foram identificadas trincas amontante da crista do deslizamento, decidiu-se
S U m
N M I
(■)
N * D C C O I ^ n "CIUHCÕ
fi t m
l l ^ . » I

regularizar asuperfície exposta eimplantar os painéis de solo grampeado no talude resultante, que
5 6

ficou com inclinação média de 50° a60°. Os grampos foram instalados perpendicularmente aos
r o 5 S

\ ArpU com crcxo fuiA. cmucladx midíi âríja.


painéis.
i 9 I t

4 8 9 Odimensionamento seguiu ametodologia exposta por Shen et al. (1981).


i 9 1 2

Os parâmetros geotécnicos adotados para ocálculo foram: peso específico de 18 kN/m^, ângulo de
S.93 1 0 1 }
i )
atrito de 30° ecoesão de 5kPa. Estimou-se em 100 kPa aaderência solo-grampo, oque resultou
7 3 2 1 6
Argila cooi iroa lima emédia, amaidada, rija.
para os grampos uma resistência de 17 kN/m. Face ànão disponibilidade de dados amazônicos -na
LU 14 18

M S literatura técnica -referentes àaderência solo-grampo, foi decidido proceder adois ensaios de
●Umiicda Sendagem.
Paniiáfio por (cr aliogido terreno resútenie, arrancamento, para averiguar esta aderência.

Figura 1: Perfil representativo da Encosta Nordeste. 4. ENSAIOS DE ARRANCAMENTO

No início de agosto de 2001, foram realizados dois ensaios (um no Painel II eoutro no Painel VI)
Aruptura ocorreu no interior da camada mencionada de argila arenosa amarelada, na profundidade de arrancamento em grampos executados da mesma forma einstalados em locais adjacentes a o s
e m que há um decréscimo de consistência (de 3,5 a4,5 mde profundidade). Toda amassa rompida grampos definitivos. Acarga máxima de ensaio prevista foi de 11,2 tf, equivalente àtensão de
depositou-se no igarapé, deixando asuperfície de deslizamento totalmente exposta. escoamento do aço. Acarga foi aplicada em estágios de, no máximo, 25% (2,8 tf) da carga máxima,
com tempo de estabilização mínimo de 30 minutos para cada estágio. Em um dos ensaios (Painel
As laterais desta superfície foram suavizadas eprotegidas por plantio de gramíneas bem adaptadas
VI), foi realizado um ciclo de carga-descarga, ao se atingir aproximadamente ametade da carga
na região. Abase da superfície recebeu drenagem superficial eproteção vegetal. máxima esperada.
Acrista do deslizamento foi protegida com aimplantação de solo grampeado, com altura dos
Os grampos foram preparados com comprimento total de 6mecom comprimento de ancoragem de
painéis variando de 3,5 a6m, num total de 49 grampos numa área de 180 m^, aproximadamente. Os 3m. AFig. 3mostra oinício do ensaio do arrancamento do grampo do Painel VI.
grampos de aço CA-50 e020 mm da linha inferior tem comprimento de 4m, eos das linhas
superiores 6m.O detalhe típico do grampo está apresentado na Fig. 2. Os furos para os grampos
foram feitos com diâmetro nominal de 75 mm.

C O N C R E TO 2 ‘ E S T Á G I O

T E L A M E TA L I C A E L E T R O S O L D A D A T I P O
N TELCON 0-138 10x10 0=4,2mm OU SlWiLAR

C O N C R E T O r E S TA G I O
A >
nRAMPO CA-50 02Omm
t

S /
rFNTRALiZADORES DE
POüETILLNÜ <y r i

N
'b
-U-
ii- I
. 1

I
'
i*

Figura 3: Início do ensaio de arrancamento do grampo do painel VI.


,CALDA DE CIMENTO 1:2/AGUA:CIMENT0

Fíq. 2 D E TA L H E T Í P I C O D O G R A M P O Na Fig. 4estão apresentados os gráficos carga aplicada xdeslocamento medido relativos aos dois
ensaios realizados.

122 123
I

1 2

10

-tf--* ●
«●

8
. . . - Í í * v,
■: - 4 :
-I
g V»
* /■ c u rr.- i
o
t r a
\●«V* ' .^■
/ «
o .* .
■■ ● N 1 »

Q)
6 »:rfèlí5í ● v o ?

w u ^ ●■» i * > ^
> >
f * r -

E*
n

-♦-Painel II

-♦-Painel VI

0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deslocamento (mm)

Figura 4: Resultado dos dois ensaios de arrancamento.

I*«V “ ■■JfyV»
5. CONCLUSÕES SI í.;l i ; - . .
.T.

Oexame dessas curvas mostra que houve arrancamento após oestágio de 8,4 tf.. Como otrecho f
»

injetado especificado foi de 3m, aresistência unitária na ruptura foi superior a8,4/3 =2,8 tf/m =
21 Yi kN/m. Este valor corresponde auma aderência solo-grampo de 162 kPa, superior ao adotado t-

n o projeto (100 kPa), com segurança de 1,62.


Em resumo, ovalor arbitrado no projeto -para aaderência solo-grampo -foi confirmado com ● > 0

^ * .

segurança nos ensaios de arrancamento. /● :


. ● /
^

Osgramposapresentaramcomportamentosimilarebastantecoerentecomoesperado.Sendoassim, > r
- »

o s resultados podem servir afuturos projetos na região.


I i ''

Uma visão geral do caso está apresentada nas duas fotos em anexo, tendo sido aprimeira obtida í
I * ,
> ●

logoapósarupturaeasegundaapósasobras. J
k

6. REFERÊNCIAS
K .
♦>

1 j \ ■4 . ●
. - , V r'’,-
SHEN, C. K. et alU (1981) “Field measurements of earth support system”, ASCE Jornal of i * ' # .
)

i k

l- y *
v. r
GeotechnicalEngineeringDivision, vol. 107, GT 12, pp. 1609-1624.
»K ●●
* ●

« / i ' ,
>1 l’V

Jfí
v «
i
I * . ♦
4 A Í
.* ● »V .
> V - II J

124
SOLOS GRAMPEADOS -COMPORTAMENTO EPROCEDIMENTOS DE ANÁLISE

Mauricio Ehrlich
Coordenador do Programa de Engenharia Civil

COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro

RESUMO:Discutem-senesseartigoocomportamentoeosprocedimentoscomumenteutilizados
paraanáliseeprojetodeescavaçõesemsologrampeado.Busca-seevidenciarosfatores
intervenientesnocomportamentodeformaamelhorembasaradiscussãodastécnicasdeanaise.
Casoshistóricoseresultadosdeestudosnuméricossãoapresentadosobjetivandoilustraralgunsos
aspectos levantados.

m a i s
mecanicamente
INTRODUÇÃO comportamento
favorável. Ogrampeamento possibilita que
Atécnica de solo grampeado vem se firmando cortes
sejam
implantados
em
grandes
desníveis
como uma excelente opção para estabilização einclinaçõesemlocaisquedeoutraforma
de escavações em geral. Trata-se de uma seriam instáveis -cortes verticais em solos
solução de custo relativamente baixo, ede fácil arenosos, por exemplo.
erápida execução. Otrechoreforçadopodeserentendidocomo a

Osolo grampeado consiste no reforço do um de gravidade, garantindo


muro

terreno natural. Os reforços comumente são estabilidade da zona não reforçada. Concreto
barras de aço protegidas por argamassa em projetado comumente compõe a f a c e . n Oa
furos pré-abertos. Aargamassa éinjetada por faceamento não tem função principa
gravidade, aderida àbarra ao longo de todo o estabilização.Nosologrampeadoafacetem
comprimento eogrampo não éprotendido. Em porobjetivosgarantiraestabilidadelocale
obras provisórias as barras podem ser evitar odesenvolvimento de processos
simplesmente cravadas sem aproteção de e r o s i v o s , a o contrário do que se verifica nas
a face éo
argamassa. Em geral, aexecução da escavação cortinas ancoradas nas quais
se processa em etapas, vertical e promotor direto da estabilidade da zona
horizontalmente, minimizando os movimentos, potencialmenteinstável(zonaativa),
Figurala.^
estabilidade e
que normalmente apresentam-se inferiores a No solo grampeado a
0,2% a0,3% da altura da escavação, garantida
pelas
forças
de
atrito
desenvolvidas
A face tem função secundária na nocontatosologrampo.Atravésdosgrampos
estabilização, compreendendo basicamente em promove-se a“costura ”da zona potencialmente
evitar roturas localizadas egarantir ocontrole i n s t á v e l e d a z o n a resistente, melhorando a
dos processos erosivos. Comumente o estabilidade do conjunto (Figura Ib).
faceamento éefetuado em concreto projetado ● n r ' 7 7 K

Disl. ot Alon^ ttw


reforçado com malha metálica. Cobertura OlUfcf Soll Pfciiuf* Noil
^0.
vegetal vem também sendo adotada em taludes Wall

menos íngremes. Foeing

Aeii«c Noil
Z o n t Rtildonl
Zon(

Anehor
m i
MECANISMO E C O M P O RTA M E N TO

Os solos, em geral, desde que adequadamente (a) cortina ancorada (b) solo grampeado
compactados, -apresentam boa resistência à
compressão eao cisalhamento, no entanto, a
resistência àtração que ébaixa. Aintrodução Figura 1. Mecanismo de estabilização (Mitchell
de reforços traz ao material composto eVillet, 1987)

127
No caso de reforços flexíveis, somente a quantidade suficiente de reforços para se evitar deformáveis, (Sj)i, pemiitem ao conjunto estrutural. Cobertura vegetal pode ser adotada
resistência àtração responde pela estabilização arotura eum comprimento de transferência
deformações suficientes para aplastificação da sem prejuízos àestabilidade nesse caso esua
(Figura 2a). Em geral um grampo por sua suficiente de forma agarantir que não haja zona potencialmente instável etem-se osolo função objetiva principalmente garantir o
rigidez pode ser solicitado àtração, àflexão e arrancamento dos grampos da zona resistente. nesta zona num estado de tensões mais controle dos processos erosivos.
a o císalhamento (Figura 2b). Aeficiência próximo ao ativo. Nestas condições as tensões
dá-se quando sua ZONA HessTCNrE
no grampo se apresentam mais baixas.
máxima dos grampos ^ ,
inclinação coincide com adireção principal ZONA A I I VA
ESTUDOS NUMÉRICOS
maior de deformação da massa reforçada, ei. r e p o u s o
unicamente são equilíbrio
Nesta condição os grampos solo Através de simulação numérica efetuou-se
submetidos àtração, independentemente da T
m a x estudo paramétrico de uma escavação em solo
ativo
rigidezàflexãodesseselementos. grampeado (Lima, 1996; Ehrlich et al., 1996).
T »
È.
■« M f r W T
■> Sy Sh Amodelagem da escavação ecolocação dos
suPcanoE de rotura u j U w o
(S;) grampos foi realizada em etapas de fonna a
(Si)2 representar oprocesso executivo. Na Figura 6
s
apresenta-se operfil adotado nessa simulação.
Figura 3. Força máxima mobilizada no grampo Considerou-se nessas análises os seguintes
Figura 4. Influência da rigidez do grampo nas parâmetros:
Sob condições de trabalho, pode-se
deformações etensões mobilizadas
considerar nulas as movimentações relativas
(a) Solo: peso específico, coesão eângulo
solo reforço (Dyer eMilligan, 1984, Jewell,
Ofaceamento tem função secundária na de atrito igual a20 kN/m^, 15 kPa e30°
1980). I s t o s i g n i fi c a q u e n ã o o c o r r e
estabilização, compreendendo basicamente em ,respectivamente,
deslizamento no contato eque são as mesmas evitar roturas localizadas. Em taludes mais (b) Grampo: 100 mm ebarra de aço: 25
as deformações no solo eno reforço nessa
verticalizados, próximo ao pé da escavação, o m m .

(b) reforços rígidos interface. Assim, as deformações que ocorrem


(a) reforços flexíveis comprimento de transferência ao longo da (c) Rigidez da face edos grampos: EI =6.4
no solo são controladas pela deformabilidade kNm^/m.
interface solo grampo na cunha ativa épequeno
do grampo, nestas condições.
Figura
2.
Comportamento
de
reforços
(Mitchell Si é0índice de rigidez relativa solo grampo,
eas tensões junto àface podem se apresentar 7.5m X
eVillet, 1987) mais elevadas (Figura 5a). Faces
conforme descrito por Ehrlich eMitchell :im
(1994). estruturalmente resistentes podem se tomar 2 m
Tipicamente implahtam-se grampos coma necessárias nestas condições. Usualmente £
_ cnm ahorizontal. Sob
u m a inclinação de 15 com a adota-se concreto projetado de 7a10 cm de
o

atendência de Si =ArEr/kPgSvSh (1)


condição de fundo estável é espessura emalha metálica simples
de u m a escavação
movimentação solidarizada aos grampos.
horizontal enão difere, onde: Ar eEr são aárea emódulo de 7 m
preponderantemente
rortantorsignificativamentedainclinaçãodo deformabilidade dos grampos,respectivamente;
40m
,Nestas condições atração mobilizada ké0módulo tangente inicial no modelo C U S - » A A t i VA C U N H A AT I VA

grampo
como mecanismo hiperbólico de Duncan et al. (1980); Pa éa
n o s grampos
prepondera
estabilizador. Nas análises convencionais, as pressão atmosférica (constante unitária); Sv e
contribuições da resistência àflexão eao Sh são os espaçamento vertical ehorizontal do
grampo (definem aárea de influência). nissots c^vioAs Figura 6. Simulação numérica escavação em
cisalhamento do grampo comumente são
rCNSttS BAUS

solo grampeado (Ehrlich et al., 1996)


Na Figura 4busca-se representar omodelo
negligenciadas.
Oatrito mobilizado ao longo do grampo tem tensão deformação solo grampo. Sob
deformação lateral, e, nula tem-se osolo na Variou-se ainclinação 0, dos grampos e
direções opostas nas zonas ativa eresistente, (a) (b) rigidez da face edos grampos de forma a
seguindo a tendência de movimento relativo da condição de repouso (cs =Oz Ko). Àmedida destacar aimportância destes fatores no
interface. Aforça máxima mobilizada ao longo que as defomiações ocoirem as tensões no solo Figura 5. Importância da face comportamento. Discutem-se aseguir os
ocorre na interseção do diminuem tendendo ao estado ativo. Já as
do grampo, T m a x »
resultados encontrados com relação à
grampo com asuperfície potencial de rotura. A tensões nos reforços crescem com as Com adiminuição da inclinação tem-se influência do grampo.
superfície potencial de rotura separa dessas deformações, e. As deformações cessam aumento do comprimento de transferência na Na Figura 7apresenta-se odesenvolvimento
duas zonas, local no qual tem-se nula as quando oequilíbrio ésatisfeito. Dessa forma, cunha ativa ediminuição das tensões atuantes de zonas de plastificação (zona achurada) para
tensões cisalhantes na interface solo grampo tem-se que grampos mais rígidos (Sj)2 levam a junto àface (Figura 5b). Dessa forma a diferentes Os resultados
condições,
(Figura 3). menores movimentações eas tensões no solo e estabilidade próxima àface aumenta apresentados nes*ta figura coirespondcm a
No projeto, com base no valor dessa força nos reforços são mais próximas as significativamente eorevestimento da face
m o b i l i z a d a d e v e - s e d e fi n i r u m a
grampos com 20° de inclinação. Como
máxima correspondentes ao repouso. Grampos mais pode se tornar desnecessário quanto ao aspecto esperado, veriftea-se que apresença dos

128
129
grampos favorece auma menor plastificaçao. A (EI/10) (EI) (lOEI) Na Figura 9apresenta-se avariação de I m F. i / 2 n F. T
e x t e n s ã o d a á r e a p l a s t i fi c a d a d i m i n u i u com arigidez einclinação do grampo. Oíndice I
0019'
sensivelmente com oaumento da rigidez à o.on
I m
assinala aimportância relativa dos
flexão dos grampos (EI para 10 EI). Observa-se, momentos fletores frente as tensões axiais nas
no entanto, que lOEI representa um grampo 0.010
tensões atuantes nos grampos (flexão X

com diâmetro equivalente de 178 mm, pouco composta),


t *

6 ^

usual neste tipo de projeto. Em condições £


I A
0.010'
V
típicas, portanto, deve-se esperar aplastificação 0.009-
In, =(6/e) EM m a . \ / S Tm a x (2)
da zona potencialmente instável. {q)

Na análise na qual se desconsiderou a oâoa- Observa-se que aimportância relativa do


0 . 0 0 0 1 6 0 . 0 0 1 6 0.016 0005
rigidez aflexão (EI =0) ese manteve momento fletor cresce com arigidez e 0 0 0 8 ’●£

inalterada arigidez àtração, aextensão da zona 0 . 1 5 inclinação dos grampos.


plastificada aumentou significativamente. Este 0 M 6 '

resultado destaca aimportância da rigidez à 0 1 4


9I4£-

flexão dos grampos na estabilização. Realizou- i


y X

s e também análise para condição sem os 0.15 4 . 0 ti 0138


£

grampos, o que redundou numa extensa área K»

plastificada. 5.0
0194- i

&I30
<xoe Im fi
0.00016 O O O I A 0 . 0 1 6
2.0- (6) ruui

9 . 2 /«■« 3 0 *
o c o « u

2
e.2'
T4-1 1.0

T. 2 -

6.2-
uT -'-'"íí X--
l i /
/

1% El Aail /
4 * 0 *
O'
V,
a 5.2- 0.00016 0.016
0.0016 23
M /
< 3 3
4.2-
/ / El
r »
3.2- / '8
/ Es’
(c) (C)
2.2- >4
. 4 X
t
1.2 2
1 4 -
(d) H
0l2-
0 . 0 0 0 1 6 0 . 0 0 1 6 0 0 1 6 Figura 9. Importância relativa dos momentos
S i
1.4-

E l fletores frente as tensões axiais nas tensões Í l


13-
Es-Sh2-S^2
Figura 7. Zonas de plastificação: ' « l

atuantes nos grampos (Ehrlich et al., 1996) u

(a) s/ reforços; (b) flexíveis (EI =0); (c) EI; e 10


0 O O i 1 4

(d) lOEI (Ehrlich et al., 1996) Figura 8. Influência da rigidez da grampo: (a) Na Figuras 11 verifíca-se que arigidez do Ef

E5'9„2'V
deslocamento horizontal da face; (b) força axial faceamento pouco i n fl u e n c i a a s

Nas Figuras 8observa-se, como esperado, no grampo; e(c) momentos fletores (Ehrlich et movimentações da face eas forças axiais
quegramposmaisrígidospermitemmenores al., 1996) mobilizadas nos grampos. Na análise na qual Figura 11. Influência da rigidez da face: (a)
movimentações da face ese verificam maiores desconsiderou-se aface observou-se, no deslocamento horizontal da face; (b) força axial
mobilizações da força axial emomentos Tabela 1. Importância da rigidez dos grampos entanto, certo aumento nas movimentações em no grampo; e(c) momentos fletores (Ehrlich et
fletores no grampo. Avariação da inclinação nas movimentações da face enas tensões função de deformações localizadas em zonas al., 1996)
do grampo de zero a30“ com ahorizontal não atuantes nos grampos (0 =20°). situadas entre grampos. Entretanto, os
s e mostrou como um fator principal nas Diâmetro Va l o r relativo m o m e n t o s fl e t o r e s a u m e n t a m c o m a
Já as tensões atuantes no Tabela 2. Importância da rigidez da face nas
movimentações. Rigidez equiv. do Desloc. Força M o m e n t o diminuição da rigidez da face movimentações da face enas tensões atuantes
g r a m p o foram influenciadas pela inclinação. d o grampo horiz. axial fl e t o r significativamente (Figura 11c). Tal se dá
Na Tabela 1destaca-se, em termos relativos, nos grampos (9 =20°).
grampo (mm) máx. da max. no m a x i m o visto que, com oacréscimo da rigidez, aface
qu antitativamente, aimportância da rigidez dos face grampo n o
passa, além de restringir os movimentos Va l o r r e l a t i v o
nos resultados. Os valores (6™.) (Tmax) laterais, também alimitar os movimentos Rigidez Desloc. Força Momento
grampos grampo
da face
a presentadosnessatabelacorrespondema (M„,a.,) verticais eaatuar como uma espécie de apoio horizontal axial m áx . fl e t o r m a x .

grampos com 20° de inclinação. Note que (1/10)EI 5 6 1.22 0.57 0.16
para aextremidade dos grampos, oque redunda
máx. da face grampo grampo
100 1.00 1.00 I.OO (Smax) (Tn^ax) (Minn.\)
grampos típicos têm arigidez situada entre
El(ref) na diminuição dos momentos fletores.
sem face 1.66 0.94 1.50
EI/10 eEI (diâmetros equivalentes situados l O E I 178 0.86 1.14 6.66
Na Tabela 2destaca-se, em termos relativos,
(1/20) El 1 . 11 0.92 1.40
entre 56mm e100 mm). quantitativamente aimportância da rigidez da
face nos resultados. El (ref.) 1.00 1.00 1.00

130 131
válidos em solos homogêneos econdições de cisalhamento dos grampos. Esses métodos têm
MÉTODOS DE ANÁLISE colapso plausíveis de serem representadas por 0.6
avantagem de levar em conta a
superfícies de rotura planar passando pelo pé heterogeneidade edas pressões de água no
Amassa reforçada pode ser entendida como da escavação (fundo estável). solo, com facilidade. Entretanto, deve-se
0.5
um muro de gravidade, garantindo a Observe que as expressões clássicas de observar que, em geral, ahipótese de superfície
estabilidade da zona não reforçada. Os Rankine são válidas somente para escavações de rotura circular éinadequada para representar
procedimentos convencionais de análise de com faces verticais eterraplenos horizontais. Já 0 . 4 - omecanismo de rotura real.
estabilidade externa de muros convencionais 0método de Coulomb permite com facilidade a
comumente são adotados nesta fase de projeto. consideração de cargas externas, taludes grampos

Alargura da zona reforçada deve ser definida inclinados irregulares, cortes com inclinações E0.3
de forma aevitar-se oescorregamento, o quaisquer epressões de água. Ea

tombamento, arotura das fundações earotura Tais métodos permitem aconsideração da í


coesão dos solos, que pode vir ater Sup. Rotura
geral, que compreende uma superfície de 0.2 L
755=^

colapso passado bem abaixo da base da zona significativa importância em se tratando de


reforçada (Figura 12). solos finos de origem residual. Em extensas
áreas brasileiras, espessas camadas desse tipo 0.1
T

m a s s a
de solos comumente apresentam-se com l
\

de solo elevado grau de laterização enão saturados. A \


SUPERFÍCIE DE ROTURA A
0.0
reforçado não saturação, numa matriz fina, promove 15 2 0 2 5 30 35 40 45
. J
elevada sucção, que pode conferir ao solo uma 0, w a r n u v u i

deslizamento tombamento significativa “coesão aparente”. Esta condição


Figura 13. Determinação da força máxima nos
favorável pode ser considerada em projeto, superfície DE ROTURA B
grampos (Leschinsky eBoedeker, 1989)
desde que se garanta através de drenagem a (b)
manutenção da não saturação.
1.0
Ométodo que Leschinsky eBoedeker
(1989) desenvolvido originalmente para muros 0 . 8

Figura 15. Método de análise superfície de


capacidade de carga ruptura generalizada etaludes reforçados com geotexteis, v e m 0 . 6
rotura: (a) bi-linear; e(b) circular
também sendo adotado para adeterminação da
0 . 4
força máxima mobilizada nos grampos, ZT m a x

Quanto àdistribuição das forças nos


Figura 12. Equilíbrio externo (Figura 13). 0.2
grampos com aprofundidade, comumente
0.0 considera-se que a mesma possa ser
Oaspecto particular no projeto de uma E Tm a x =(l/2)yH^T m (3)
representada por uma distribuição linear
-0.2
estabilização em solo grampeado éaanálise de -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 8 14
(Figura 16a). Tal partido apresenta-se
. 16 1

estabilidade interna. Deve-se estabelecer uma onde: yéopeso específico do solo; Héa xAi
adequado para cortes com faces verticais em
quantidade de reforços suficiente aevitar a altura da escavação; e(|) éoângulo de atrito do terrenos homogêneos com fundo estável.
rotura dos reforços eoarrancamento dos solo.
Figura 14. Superfície potencial de rotura
mesmos da zona resistente (Figura 3). A Este procedimento élimitado para solos não (Leschinsky eBoedeker, 1989)
determinação das forças máximas atuantes nos coesivos, reforços horizontais efundo estável. (a) (b)
grampos, T ébásica nessa etapa de projeto.
maxip Adesconsideração da coesão em situações n a s Outros procedimentos usualmente adotados
Normalmente, considera-se que os reforços quais ela éimportante, pode levar aresultados são os que adotam ahipótese de superfície de Tmax
deformação suficiente para muito conservativos. No entanto, com relação à rotura bi-lineares ou circulares (Figura 15).
permitam
mobilização do estado ativo edesprezam-se as inclinação do grampo, aaplicação do método Tais métodos permitem aconsideração
7 ^
contribuições da resistência àflexão eao para situações típicas, nas quais tem-se a simultânea de aspectos de equilíbrio externo e
cisalhamento do grampo. Desta forma inclinação do grampo cerca de 15 , n ã o interno. Nas análises são consideradas as
considera-se que osomatório das forças redunda em erros significativos nos resultados. contribuições somente dos grampos que Figura 16. Distribuição de tensões nos grampos
máximas mobilizadas nos grampos, IT m a x 5 Ométodo assinala que, amedida que decresce cruzam asuperfície de rotura. Nas análises de com aprofundidade, cortes verticais: (a) fundo
deve-se ser suficiente para estabilização da ainclinação da face (mV:lH), as superfícies de rotura circular, em geral, adotam-se métodos estável; e(b) fundo instável
cunha ativa, isto é, ao menos se igualar ao rotura tornam-se não planares (Figura 14). convencionais de análise de estabilidade de
e m p u x o ativo, Ea. taludes (Bishop, Fellenius entre outros) No caso de instabilização do fundo,
Sob determinadas condições os métodos adaptados de forma alevar em consideração o significativa alteração na distribuição dos
clássicos de Rankine eCoulomb podem ser grampo. Normalmente desconsidera-se a esforços pode ocorrer, inclusive com aumento
adotados para esse cálculo. Tais métodos são c o n t r i b u i ç ã o d a s f o r ç a s d e fl e x ã o e na magnitude dos esforços, similarmente ao

132 133
discutido por Bjerrum et al. (1972) para valores inferiores ao estado ativo, próximo ao Neste local (Rua Ati) ena Rua Cardoso 100 kPa a300 kPa, conforme aconsistência do
escavações escoradas. Figura 16b. pé. Osomatório das forças máximas nos Junior em Laranjeiras, foram também terreno eaprofundidade de assentamento do
Dantas eEhrlich (2000) sugerem para grampos aproximou-se do valor correspondente efetuados ensaios de arrancamento em grampos grampo. Não se verificou diferenças nos
taludes inclinados com fundo estável a ao repouso, oque denota aelevada rigidez e resultados de resistência de arrancamento
instrumentados de 3me6m de comprimento,
distribuição apresentada na Figura 17. O número de grampos adotados. Figura 20 (Feijó eEhrlich, 2001 eFeijó e unitária para os grampos de 3e6mde
procedimento proposto ébaseado em estudos Ehrlich, 2003). comprimento.
numéricos eestão condizentes com resultados O 6 0 0 1 2 0 0

(ps r)'
obtidos experimentalmente em centrifuga Tma X

Tabela 3-Caracterização dos solos eSPT do


geotécnica (Zomberg et al., 1999). Tem-se, a terreno
\ 0 - 3 3
partir da superfície do terreno (ponto 1), uma 1nc 11 r i e c J

distribuição linearmente crescente com a


5 - -

\V\, iT>cta

pr*oí
1

lies jWj. »00


● 0 9 r a o
Local Prof L L IP Granu omeíria SPT

^ 2 0 (m) (%) <4,8 <75 < 5


profundidade, em seguida um trecho constante i n m
●-41
p m p m
(trecho 2-3) epassando, apartir de então, a
\ \
r
lo -- RA(A) 1 51 20 100 69 4 7 10
decrescer com aprofundidade até abase da
escavação (ponto 3). \ y cy* o* Oftaatlo I RA(B)
CJl
2

5
51

52
22

21
97

100
69

59
4 8

4 2
2 0

8
Considerando faces com inclinação, w, tem- i
CJ2 10 38 10 100 51 7 18
V ' \"
15- -
s e :
●r 1 * I, CJ3 15 100 22 2 3 0
45° <w<65° => x=0.75 H/ tan weh=X/3 4 $

\ «V«miiàAUi iScfHãnt *

RA: Rua Ati; CJ: Rua Cardoso Junior


65° <w<90° X =0.80 H/ tan weh=X/2 (ftIdeptíi \ l e o I

09 CaMUlO « I

|l
●I

i n . h
Ta b e l a 4 - P a r â m e t r o s f í s i c o s e d e r e s i s t ê n c i a
1 Figura 18. Escavação em solo 'grampeado, 'I l

I*
em amostras na umidade natural
superfície forças máximas mobilizadas nos grampos ^ - ü .

local h Si Sf 4
>
potencial (Cartier eGigan, 1983). Y c

de rotura (kN/m3) (kPa) G


Figura 19. Escavação em solo grampeado, RA(A) 15 37 4 7 15 16 4 2
Na Figura 19 apresenta-se operfil de uma
Jacarepaguá /RJ (GeoRio) RA(B)
escavação experimental executada pela GeoRio
h CJl 14 49 51 17 87 39
em solo residual de gnaisse, silto-arenoso (Rua
CJ2 16 4 7 42 16 60 31
Ati, Jacarepaguá, Rio de Janeiro). Onível SPT
distribuição dágua apresenta-se baixo eotrecho escavado 1 m CJ3 5 19 18 17 39 45
510 15 20 25 30 35
d e Tm a x X
RA: Rua Ati; CJ: Rua Cardoso Junior
encontra-se não saturado. Esta escavação tem 7 Undisturbed samole

mde altura e36 mde extensão. Os grampos □


o

foram posicionados com inclinações de 5°, 15


Ta b e l a 5 - P a r â m e t r o s f í s i c o s e d e r e s i s t ê n c i a
Figura 17. Distribuição de tensões nos grampos e30° em três trechos com 12 mde extensão e
? em amostras submersas
com a profundidade em taludes inclinados têm espaçamento horizontal evertical, 2me.
(Dantas eEhrlich, 2000) 1,5 m, respectivamente. Os grampos de 75 mm Q .
o
local h Si Sf Y c

o ●0.'o
de diâmetro e3m de comprimento são 0 ,' 0
(kN/m3) (kPa) G
constituídos de barra de aço CA-50B de 25 mm RA(A) 16 32 70 14 6 3 6
5
CASOS DE OBRAS de diâmetro eprotegidas por argamassa em RA(B) 17 46 83 16 31 25

furos pré-abertos. C J l 16 56 95 18 11 2 7

Na Figura 18 apresentam-se os resultados de Aescavação foi monitorada através de CJ2 15 43 98 16 2 3 2 5


CJ3 5 18 73 17 2 2 4 7
uma escavação monitorada em solo grampeado inclinômetros ese mediu cargas nos reforços. Figura 20. Ensaios de arrancamento em
RA: Rua Ati; CJ: Rua Cardoso Junior
(Cartier eGigan, 1983). Trata-se de um corte As tensões nos grampos foram baixas (T m a x
grampos instrumentados, Jacarepaguá /RJ e
vertical com 5.4 mde desnível, em solo 2alOkN) eos movimentos foram praticamcntc Laranjeiras /RJ (Feijó eEhrlich, 2003)
granular, com ângulo de atrito 30°. As barras os mesmos nas diferentes seções. Omovimento Na Figura 21 apresentam-se resultados de
metálicas foram cravadas com 20° de máximo medido ocorreu próximo aface, sendo Nas Tabelas 3, 4 e5apresentam-se uma escavação em solo grampeado na qual
inclinação. Observa-se que as forças máximas 0deslocamento máximo medido igual a5mm. resultados de ensaios de caracterização e monitorou-se as tensões atuantes junto àface,
mobilizadas nos grampos apresentaram-se mais Tais resultados assinalam aelevada rigidez e resistência dos solos em questão. Os, utilizando células dc pressão total posicionadas
elevadas na parte superior da escavação. Os resistência do solo em questão. Sucções atrás do faceamento em concreto projetado
parâmetros de resistência foram obtidos através
valores medidos foram superiores aos elevadas conferiram ao solo uma coesão de ensaios de cisalhamento direto em amostras (Glasser eGudehus, 1981). Aescavação teve 6
mde altura efoi realizada em solo arenoso com
correspondentes àcondição de repouso. No aparente significativa, oque favoreceu à na umidade natural esubmersa.
entanto, as forças nos grampos diminuem para estabilidade. Os resultados dos ensaios de arrancamento ângulo de atrito 35° epeso especifico igual a17
apresentaram valores elevados que variaram de kN/m^. Os valores medidos junto àface

134 135

1.
apresentaram-se 50% e70% dos valores areia siltosa
vegetal para proteção da face, no caso de Walls, JGD, ASCE, Vol. 120, No 4, abril ,
calculados utilizando ométodo de Coulomb taludes inclinados. 625-645.
- {
para acondição ativa ao final da escavação, Fez-se um relato dos procedimentos Ehrlich, M., Almeida, M.S.S eLima, A.M.L
quando atuaram nos grampos somente as forças usualmente adotados para análise, buscando (1996). Parametric numerical analysis of soil
oriundas do peso próprio do terreno, equando areia siltosa
destacar aaplicabilidade eevidenciar suas nailingsystems.2"^InternationalConference
5<SPT<8
da aplicação de sobrecarga no topo de até 240 limitações. on Soil Reinforcement, Fukuoka, Japão,
kPa, respectivamente. Estudos paramétricos demonstraram que: (a) novembro, 747-752.
areia siltosa grampos mais rígidos permitem menores Feijó, R.L. eEhrlich, M. (2001). Resultados de
10<SPT<20
movimentações da face e m e n o r e s ensaios de arrancamento em grampos
f(kN/m« I plastiflcações da massa de solo; (b) avariação injetados em dois pontos do município do
rocha alterada
; \ I SPT>25 da inclinação dos grampos não se mostrou Rio de Janeiro. III COBRAE -Conferência
£ >

como um fator principal nas movimentações, Brasileira Sobre Estabilidade de Encostas,


E 7
impenetrável
£ 3 mas junto com arigidez alterou as tensões Novembro, Rio de Janeiro, 28-30.
i-.\
es.6.7 atuantes nos grampos; (c) aface pouco Feijó, R.L. eEhrlich, M. (2003). Nail Pullout
influenciou nas movimentações enas forças tests in residual soils in Rio de Janeiro -
● / \
ES axiais mobilizadas nos grampos; no entanto, Brazil, XII Panamerican Conference, Boston
E U (d) oaumento da rigidez da face promoveu -Junho, pp 2133-2138.
a 2 l S 20 )0
Figura 22. Estabilização em solo grampeado.
significativa diminuição nos momentos fletores Glasser, G. eGudehus, G. (1981). Soil Nailing
Alto do Sumaré, Floresta da Tijuca /RJ -Some soil mechanics aspects of In Situ
mobilizados nos grampos.
Reinforced Earth. Proc. 10'^ Intem. Conf.
(a) (b)
On Soil Mech. And Found. Engrg.,
REFERÊNCIAS Stockholm, 665-670.
Jewell, R.A. (1980). Some effects of
Figura 21. Escavação em solo grampeado, Bjerrum, L., Clausen, C.J.F. eDuncan, J.M. reinforcement on the mechanical behavior of
tensões atuantes junto àface: (a) peso próprio; soils. PhD thesis, Univ. of Cambridge,
(1972). Earth pressures on flexible
e(b) cargas externas (Cartier eGigan, 1983). Cambridge, England.
struetures, State-of-art-report, 5‘*^ European
Conf. On Soil Mech. And Found. Engrg., Lima, A.M.L. (1996). Análise Numérica de
Na Figura 22 apresenta-se perfil de terreno Madrid, 2, 169-196. EscavaçãoemSoloGrampeado,teseM.Sc.,
situado no Alto do Sumaré na Cidade do Rio COPPE/UFRJ, Abril.
Cartier, G. eGigan, J.P. (1983). Experiments
de Janeiro, que faz parte da reserva florestal da Leschinsky, D. eBoedeker, R.H. (1989).
and observations on Soil Nailing Struetures.
Floresta da Tijuca. Nesse local próximo atorre
Proc. 8^’' European Conf. On Soil Mech. Geosynthetic reinforced soil struetures,
da TV ODia eda Rede de Televisão Record
And Found. Engrg., Helsinky. JGD, ASCE, Vol. 115, No 10, outubro,
verificou-se uma rotura em solo. Oterreno 1459-1478.
Dantas, B. T. eEhrlich, M. (2000). Discussion
compreende camadas de solos residuais de on paper, Limit Equilibrium as Basis for Mitchell, J.K.eVillet, W.C.B. (1987).
gnaisse, areno-siltoso com SPT 4no topo da Design of Geosynthetic, JGD, ASCE, Vol. Reinforcement of earth slopes and
encosta àimpenetrável apercussão na base, à embankments, NCHRP Report No 290,
126, No 3, março, 283-285.
13 metros de profundidade. Ainclinação média TRB.
Duncan, J.M., Byrne, P., Wong, K.S., eMabry,
do talude écerca de 3V:4H.
Buscando melhorar aestabilidade da área
P. (1980). Strengh, stress-strain and bulk Zomberg, J., Sittar, N. EMitchell, J.K. (1999).
modulus parameters for finite element Performance of Geosynthetic Reinforced
procederam-se trabalhos de estabilização que analyses of stresses and movements in soil Slopes at Failure, JGD, ASCE, Vol. 124, No
compreenderam revegetação com espécies Figura 23. Instalação dos grampos. Alto do masses. Geotech. Engrg. Res. Rep. No. 8, agosto, 670-683.
nativas, drenagem egrampeamento do terreno Sumaré, Floresta da Tijuca /RJ UCB/GT/80-01, University of Califórnia,
(Figura 23). Os grampos instalados têm 6.5 m Berkeley, Calif.
de comprimento, eforam espaçados 2m, Dyer, N.R. eMilligan, G.W.E. (1984). A
horizontalmente, e1.33 m, verticalmente. Esses SUMÁRIO ECONCLUSÕES photoelastic investigation of the interaction
grampos constituíram-se de barras de aço CA- of acohesionless soil with reinforcement
50 de 20 mm protegidas por calda de cimento e Discutiu-se 0comportamento eexemplificou- placed at different orientations. Proc. Int.
foram instalados em furos pré-abertos por se através de estudos numéricos ecasos de obra Conf. On In Situ Soil and Rock
rotativa de 75 mm de diâmetro. Não se 0papel da face edos grampos em estruturas de Reinforcement, 257-262.
procedeu qualquer proteção de face além da solo grampeado. Destacou-se aimportância na Ehrlich, M. eMitchell, J.K. (1994). Working
revegetação, atendendo as preocupações da e s t a b i l i d a d e d a s u c ç ã o , e m s o l o s fi n o s Stress Design Method for Reinforced Soil
IBAMA de evitar ouso de concreto no loca!. residuais, eaviabilidade do uso de cobertura

136
137
Algumas Experiências em Solo Grampeado

Autores:

Eng° Mauro Hernandez Lozano -Dynamis Engenharia Geotécnica


Eng^ Ruth Helena de Castro -Dynamis Engenharia Geotécnica

Resumo

Oobjetivo deste trabalho éapresentar, através de alguns exemplos de casos de


projetos eobras, aexperiência dos autores em solos grampeados.

Otrabalho apresenta quatro casos de contenção ou estabilização de desníveis


causados por escavações onde asolução adotada foi em solo grampeado.

Inicialnnente apresenta-se oprocedimento básico adotado e, em seguida, o


resumo dos casos estudados onde são apresentados os perfis geotécnicos, os
resultados de ensaios ecálculos de projeto.

No final apresenta-se uma tabela resumo dos casos apresentados eoutros; além
das considerações dos autores sobre oassunto.

Procedimentos Básicos

Oprocedimento éiniciado com visita ao local econsulta amapas geológicos e


carta de aptidão ao assentamento urbano do IPT para uma primeira avaliação
sobre ocomportamento do maciço.

Em seguida, efetua-se olevantamento planialtimétrico, oprograma eexecução


das sondagens apercussão, com acompanhamento de engenheiro geotécnico.

Concomitantemente ao levantamento planialtimétrico eexecução das sondagens


apercussão éiniciado otraçado do perfil geológico geotécnico, que permite a
visualização interpretativa das camadas do maciço eoprograma eexecução de
coleta de amostras eensaios de laboratório, para obtenção de parâmetros
geotécnicos.

Aseguir éefetuado um estudo de estabilidade de taludes na condição atual,


quando for ocaso, eou na geometria pretendida.

Caso otalude não apresente condições satisfatórias de segurança éefetuado um


estudo alternativo de soluções para proporcionar ao maciço um nível de
segurança adequado, dentre os quais poderá ser estudado osolo grampeado.

No caso da solução em solo grampeado odimensionamento éefetuado através


de uma previsão de um incremento no fator de segurança através de esforços nos
chumbadores, para obtenção de fatores adequados para otalude, pela teoria do
equilíbrio limite, utilizando-se ométodo de Fellenius.

139
< o

Assim édeterminada uma força de estabilização em cada chumbador para


e o
&
fO o
* c
● o o

estabilização da massa potencial de ruptura, determinada pelo círculo crítico o


>
o
>
c E c E
anteriormente pesquisado. U J o L U o
i O

o o

Através das forças dos chumbadores, eaadesão do solo de cada camada, é


o o o

determinado ocomprimento dos chumbadores.


o
o
9 1

Após odimensionamento são efetuados os desenhos de projeto eespecificações


técnicas necessárias àexecução das obras propostas. C O
e
9
9

s o

1° Caso -Jaraguá 1 r -

j < 9 O

§ k
I ( O

Problema
5
' 9

0 ) O D

O L U
o
Ü
Trata-se de um talude parcialmente escavado em um ângulo de 85° ealtura de 12 C O

mem solo silto argiloso (Anfibolito-Formação São Roque) ocupado na crista por o
o
o

■a
edificações, onde se deve garantir uma segurança adequada, principalmente, face c
Q>

aos ocupantes da crista. Acota de escavação iria prosseguir até otalude atingir O

uma altura de 22 m. Houve uma ruptura superficial na região da crista do talude. o

c s

PGG do talude geometria ecamadas


c s

Apresenta-se aseguir o(PGG) perfil geológico geotécnico com aface atual do o

talude eotalude aser escavado. o o o


o
o

o o o o o o o e
o o o o o o
t N
CD-iD
SP-02 (ed)|) OIUSIUBIIIBSIO up 0ÇSU3J. (Bd5)oiU9Ujei{|esiospoesusi
120
o CO
o
l Í S c
7 Í S I
u .

?D (D
l A I I
n V )
I
11 5 2 4 O n

3 0 c3
I
S c

31 ■

2 5
3 0 @ a 0 D D b
(
(

X
0

SP-01 r ^
CO C O C O < D

11 0 31 I
oh- r-
u >
o
u .
C M ° s
I O o

(Q

25 X n
c . -
eo iS (O o»
Ü ( 0
in ”if) o
20 (Q u
O) CD* CO Q í: rí r-‘
105 2 2 I
áè c

30 ( D
1
2 0 1 n V )

O to ^ a t
c n
O . <0 CN CM 10
2 0 0 0 C O

t . . O 5 c
h- eo Q- m

\>^|s
u .
100 (/) ●0
õi ” O
-
o

LEGENDA: <1> m U J O CD
0 Cd
s.s o c s

^ E
o
u
■3.
ce (O I/)
I o5ri r-*
(T) Aterro -Argila Porosa, cor marrom ( 0
< c

(2) Solo Residual -Argila Porosa, cor amarela E


O
o I
I

<9 CA «O CO CO o

. i <0 ©
O 0 . ( 0 CO o

@Solo de Alteração (7<STP<14) -SHte argiloso, com passagens arenosas, cor cinza ü c tfi ●S-8
^
fS s c
l O

0> I c s
0Solo de alteração (20 <SPT <31) -Silte argiloso, com passagens arenosas, cor cinza " D CO
M

1
I fi ©CD CS C S
b f O
i®. SS
c s

o 0> CO CO
f
I o

I
c
£ogCO r-*
j
(Q !
Ensaios realizados eparâmetros admitidos <A I V )

c ● o
â . 1
<
LU CA

8 ' B
8 I I f
Apresenta-se aseguir os resultados dos ensaios eparâmetros utilizados nos o; G (A I1- ^ O 0 .

oI fl 3t U

cálculos. CA

11 S
o o
■8 o: S o

o o o

r ~
o

o
o

< n
o o o

( M
o
a

8.
t ● o
c
=âi|| 5
o s
o
(edM) IBp(V osssBJd sp ouips^joy X I
z
(Bd5() ejjnsN ogsssJd V ) s
U J

140 141

i
M a s s a
C o e s ã o
Ângulo de
C a m a d a Caracterização Tátíl Visual NSPT Específica Atrito
(kN/m^)
{kN/m=’) n 120

1 Argila porosa, cor marrom. 17,00 2 5 2 5


11 5

2 Argila porosa, cor amarela. 17,00 2 5 2 5

3 Silte argiloso, cor cinza. 7a 14 17,00 2 5 2 5 11 0

4 Silte argiloso, cor cinza. 20 a31 18,00 5 0 3 6


105

Os parâmetros da camada 4, considerada amais representativa, foram adotados 100

apartir do ensaio realizado. Para as demais camadas os parâmetros foram


adotados em função de experiências anteriores epesquisa bibliográfica, em
função da caracterização tátil visual eNspt-
2° Caso -Morumbí

Verificação do nível de segurança


Problema

Apresenta-se aseguir oresultado dos cálculos de estabilidade dos taludes n a

situação antes eapós escavações pretendidas. Trata-se de um talude de escavação antigo esem proteção superficial com
inclinações entre 2V;1H e1V:1H ealtura variando de 7a10 mem soio areno
argiloso (Migmatitos) ocupado na crista por edificações de alto padrão ena parte
inferior uma escola particular. Havia preocupação com onivel de segurança do
1 2 0
talude.

11 5 PGG do talude geometria ecamadas

11 0
Apresenta-se aseguir o(PGG) perfil geológico geotécnico eaface do talude.
110 n
105 SP-01
107,56

100
a S P T

TTivnr^
105 W 3 6 >5i
1 7
22N® LEGENDA;
18 20 101.53

0Aterro -Argila Porosa, cor marrom


Ts i a u e

CD 13 15 12
1
14 19 10
100 14 17 15
\ fl . n i Q - 0 7 @SoloColuvionar-Argilaarenosa,cormarrom
Diagnostico de segurança 2 2 25 20 27|31 26
I7R 23 19 @Solo
Residual
Superficial-
Areia
argilosa,
cor
variegada
1 5 17 10
23 T? 15|1715 0SoloResidual-Areiaargilosa,corvariegada
Aescavação pretendida para omaciço apresenta fatores de :segurança abaixo do @
1 ●SOÍ47I6
@Solo
Residual
-Areia
pouco
argilosa,
corvariegada
9 5
que se considera recomendado. Assim para execução da escavação jugou-se 15 10 04
PROF- 12.45 _Nível d'água
necessária aexecução de um reforço em solo grampeado de modo agarantir um
nível de segurança adequado.

Aseguir apresenta-se aseção de estudo com os chumbadores, eofator de


s e g u r a n ç a com ainclusão dos chumbadores. Ensaios realizados eparâmetros admitidos

Apresenta-se aseguir os resultados dos ensaios eparâmetros utilizados nos


cálculos.

142 143
o o
CSJ C N
c s C N

( 0 t 9 1 0

●O * o ● o

o o o o
E
>
c
E
o
>
c
E >

e
4 o
>

c
z z z
LU U J

o o ( J u

5
S
i *5
O

H H H

CL

b o C L CD

Q.

3
o

Ü M
* 3

o
o « 0

c
0 )

(ed>!) C£>*IX)
(^d^) ^oiusmei^iesio op opsuoj. <9d^) ^0}U9UJeM|6tjO 9p 0Ç«U9J.

* s »o. ^ o
E
ü :

§
0
3 5 o
S
n

0 0 0 e 0 n

o > < s

IÍIÍ + a

o
c
rt
o
*A */>
r - o
^irt

g A
:<i o e o

(D ; g
!. XS,

● I
o> ív t>-
oglii' 2
(/) : :

QC CO
' I e i V )
0) < I g n
Q .
(V IO o
C O

< s
hN.'
o ' o :
o
q : ●] m

s
● 5
4i ?
● §
O
t a 2 ( 0
<D : I
■' ^ ’ □ o’ fN « s o '
( I
X
íR X

(D (D
)
o a ® o
I ) 0 .
<
C O I 3
H < S
O r a o , o
í(0 "a t e i(Q
L a
t o o
r a
ÍO <0 ò o 0 )
) « ( D o '

w> E o S w " O
<0
o « ? o
i ! 0 E
Q.O ( >
CO
i q Q. (Q
s Q .
a >

E H O
é o
E ^
e
O
O
ü o t N

1:< 1 ô ' □ ü
o> o*
0) I
■ o 0)
i i o ●D
O f S

o
u >

(0 I >
< n
o

(/) CO
s
c
( A
LU l f > O i
c
V *0
c
O l O
r t

tn* 2 LU

● o

s
? 1 Ê
c

n
q;
O
;
^
3 ' 3 I » 5
■R ÒT
e
9
Í 3 Q .
5 t i
o
êa:
D

I I ^ S
e
Ê
<
r e '●e O
5 í 1 1
s■=
o

(edH) BJinsN oçsssjd a


{edH )leixvofsiojd ap otuptfjpv s 8

LU

144 145
M a s s a Angulo de Diagnostico de segurança
C o e s ã o
C a m a d a Caracterização Tátil Visual N SPT E s p e c i fi c a atrito
(kN/m=^)
(kN/m®) (°) Conforme os resultados obtidos, verifica-se que para círculos profundos otalude
1 Argila arenosa, cor varlegada. 4 a 8 17,00 1 0 2 0
apresenta condições de estabilidade satisfatórias, com fator de segurança (FS) de
1,65. Porém para condições superficiais verifica-se um fator de segurança (FS) de
2 Argila arenosa, cor marrom. 5 a 11 17,00 1 0 2 0 1,30, valor abaixo do que considera-se recomendado.
3 A Areia argilosa, cor variegada. 17,00 10 2 0
Estadeficiênciaéacarretadajustamentepelaacentuadainclinaçãodotalude^
3 Areia argilosa, cor varlegada. 8 a 2 2 18,00 2 0 2 5 aliada afalta de proteção superficial neste trecho, onde osolo sofre intensa açao
4 1 5 a 2 3 2 0 3 0
dos fatores naturais com saturação por exposição achuvas eressecamento pelo
Areia argilosa, cor variegada. 18,00
sol, oque deve ter conferido aesta camada superficial aresistência inferior ado
interior do maciço, apesar de apresentarem caracterização tátil visual
Os parâmetros das camadas 3e3A, consideradas amais representativas, foram semelhantes.
adotados apartir dos ensaios realizados, onde verificou-se inclusive que a - s e
saturação do material não interfere na sua resistência. Para conferir ao trecho do talude condições adequadas de segurança jugou
convenienteefetuarumreforçosuperficialdotaludeatravésdechumbadores
Nas camadas 1e2os parâmetros foram adotados em função de experiências rasos. Apresenta-se aseguir aseção de cálculo com os chumbadores, eoaor
anteriores epesquisa bibliográfica, em função de sua caracterização tátil visual e segurança resultante.
Nspt, epara camada 4majorando-se os valores da camada 3.

Verificação do nível de segurança

Apresenta-se aseguir oresultado dos cálculos de estabilidade dos taludes.

110 1

110 1

105

105

1 0 0 -

100-

9 5

95

146 147
C O ( D
r s i CM

a a 9
● c ● c
● o ● o ● o ● o

o o o o
> E > E > Ê > E
c
3° Caso -Pirituba c
L U
o c
LU Z
c
U J
o
U J z

u u O

Problema

Trata-se de um talude de escavação com inclinações entre 5V:1H ealtura de 6m


e25 mde extensão, em solo argilo siltoso (Suites graníticas) ocupado na crista
por edificações, onde havia ocorrido uma ruptura ocasionada por uma escavação
no pé. Onível de água no sub-solo encontrava-se próximo ao pé do talude.
PGG do talude geometria ecamadas

Apresenta-se aseguir o(PGG) perfil geológico geotécnico da face do talude.

SP-03
105,5
E
U
ÜT
O
T
sptI UAX IUW

105
2/24 I04 q2

(D 5I07 0^
3fl04'0:
8 I 1 3 101
N A
11
100 -
13 I20 15
5 1511

5 11 2 09 r o V )

5111 09
PROF- 9.45

LEGENDA:

a :
(T) Solo Residual -Argila silíosa, cor vermelha I

Solo Residual -Argila siltosa,cor vermelha com manchas brancas


(3) Solo Residual -Argila sütosa, cor vermelha cs

0SoloResidual-Argilasiltosa,amarelacommanchasbrancas
o
0SolodeAlteração-Siltearenoso,micáceo,corvariegada ms in
(/> CO
-NA Nível d'água w - o
0 ) (O

CL E
( 0
E
o
o
o
O)
Ensaios realizados eparâmetros admitidos ■ o

o
r e

Apresenta-se aseguir os resultados dos ensaios eparâmetros utilizados nos c


(/)

cálculos. U J

148 149
o
C N r g
9 9
< 0 ( D t d ( 9
* c * c ● c
« o ● o ● o * o

o o p o
> E > E >
c
e > e Massa Angulo de
c
L U
o
t u l U
o c
LU Coesão
C a m a d a C a r a c t e r i z a ç ã o T á t í i Vi s u a l N SPT Específica Atrito
o u o u
(kN/m=)
(kN/m") n

2,3 e5 Argila siltosa/Silte arenoso 1 a 9 16,00 1 0 1 8

Os parâmetros foram adotados visando uma simplificação do maciço com uma


única camada, assim os resultados obtidos nos ensaios realizados na camada 5
foram minorados, de modo aenglobar as camadas 2e3.

Ve r i fi c a ç ã o d o n í v e l d e s e g u r a n ç a

Apresenta-se aseguir oresultado dos cálculos de estabilidade dos taludes.

O
A'
1 0 5
h.
<<

m .

100 -

Diagnostico de segurança
r e
i f í

a : Aescavação efetuada no maciço apresenta fatores de segurança muito baixos I

justificando inclusive aruptura ocorrida. Assim para proporcionar ao talude um


■><
( 0
nível de segurança adequado optou-se pelo reforço em solo grampeado e
realização de uma linha de DHP na região inferior do talude.
o l o
1(0
- n
Aseguir apresenta-se aseção de estudo com os chumbadores, eofator de
(/) m segurança com ainclusão dos chumbadores.
É
& r a

B
o
O
a>
■O
o 105
( 0
( A
C
U J N A

100 -

150 151
K T i * r >

C N esj
Ç N
< Q < D ( Q ( 0 &
* e * c ● c
● o ● o ' O ● o

o o o o
> > > >
c E c E c E c E
o LU o LU
L U LU Z

4° Caso -Vila das Mercês u u u u

Problema

Trata-se de um talude de escavação vertical, para implantação de um subsolo,


com altura de 4a5mecerca de 30 mde extensão, em solo argilo arenoso (solo
terciário de São Paulo) ocupado na crista por edificações.

PGG do talude geometria ecamadas

Apresenta-se aseguir operfil geológico geotécnico da face do talude.

SP-03 SP-01
SP-Q7 103,85

s
104,92
104,95 sptI rORSUE
T6ft(!iüE’
S P T M A X
105 SPTl

42- 4 3 - ^ (H 6/40 8 6 ^
14 n15 10 34
x ’

^ ' ' 4 0
I-
37 I48 42 34 I32 26 38/25 46 44
I 46/25 n>50 >50
41 D>50 >50 43/23 >50 >50
45/26 I>50 >50 -43/22:
100 ■ 'r^/TiT nTgn 7iã >50 >50
Z 48 >50 >50
48/23 jj >4n
34 fl >50 >50 44^ >50 >50
PROJEÇÃO DA 3Õ)Í?
42 I>50 >50
0 >50 >50
CONTENÇÃO 48/23
45B>50>50 >50 >50
4 5
95 >50 >50

LEGENDA:

a
0 Aterro -Argila arenosa, com entulho, cor marrom escuro

0 Solo Residual -Argila silto-arenosa. cor amarela com manchas cinza evermelho X

Solo Residual -Argila arenosa, cor marrom com manchas cinza


o
0 Solo Residual -Argila arenosa, cor vermelha com manchas cinza ifí
f

( 0
o

<D ra
5. E
n

E
o
ü
ü
o
*D

Ensaios realizados eparâmetros admitidos o


(TI
V)
C

Apresenta-se aseguir os resultados dos ensaios eparâmetros utilizados n o s U J

cálculos.

152 153
o
o
●o E

.c8ol
C O
XI l> * T
l O l O i n CO i n i n
i n

( Q "ISÊ S C O
M a s s a
C o e s ã o
Ângulo de u .
l í ( D

C a m a d a Caracterização Tátíl Visual NSPT Específica Atrito O

(kN/m^) IS.
(kN/m=») n o o
C O
o
( D
o
C O
o
O ) i n
o
o
i
<£)
n o
h .
c u
c
0 )
E
2 e 3 Argila Arenosa 12 a45 20,00 4 0 21.5 O O ^
o-3 o o Q B o o O ^

l | « 5. o?
CO ™
S1-S
m
Q . â 111 i 6*0
e
rQ
^01 ? ●o p

I ^ ( 0
^tn
i § i
V

o£■ E^
os. 8®
o CO
sâ 8 I 8 õ <0
2£□ os" Êi o s Ê
oS.g ® O0. g®
Para dimensionamento do talude em questão foi efetuada uma simplificação do g

a ,
i n

0 .
maciço, adotando-se os parâmetros obtidos no ensaio realizado na camada 3, s
o
e ã . o
o

o
o o
o

o
o o o
I
Q
considerada amais representativa no trecho da contenção. â.
o
^
i n i n o
s
E S E CO
í O
C O i n ■< T i n
O
ü ^ O

Verificação do nível de segurança íf>


0 >
CO
c
o - T " i n C M m t o t o C M
O
Q. -c £ C M 0)
■ O
p ■ — ●
r o
UJ > C
Apresenta-se aseguir oresultado dos cálculos de estabilidade dos taludes. E
3
g E
O t o C M I O I O i n C M
0
C M D 5
UJ o CD
X c

g
0
X p ■O
S 6
.= "H ro
o
ã ^ ●M- l O CO t o
■ D

% I ro
105-
0
o
E E E E E E E
I gto o g o CDg g E . a
ü
g10
g 3 . a
u 0 ) g
M
o a
E 3 . a
l l ?
v >

●g
g i 3 t í 3 ^
E
Isi 3 e
§■ 3 I 5 3
O
§■●0 E g-õ E %ü Ê %-Ü °
a
. a
O
t - i
a .
3

o :
u %
o :
o :
o : c c o :
a .
0
■ D

(D g3--S
C
O
- " 1 <7> r>» a y n ( O C M ( O
CO
C M r ^ CM o C O
3g o »S ^í o 0
u. go ■ o
W ^
100- D
g
r o
i n
n i ( O t o C O C M t o o
Q . 3 CO CM C O C M C M C M O
O g) < CM
C
c <
CD
CL o S -

Diagnostico de segurança CO ■a E O o o o C M C O
CM
ZJ
O I
● O
(O
o
g I —
t o C M X - C M
CO ● 0
E ■O
CO

Aescavação pretendida para omaciço apresenta fatores de segurança abaixo do ü


CO
o
s
C O C O ( O o C O o
I O

C D
I O

CO
0
>

que se considera recomendado. Assim para execução da escavação com um nível 3 % Z CM C M C M


l/y C
o U J
O

de segurança adequado julgou-se necessária aexecução de um reforço em solo CD

E CO
C M
C M
CJJ CO C O
O CO
■ O

0
grampeado. &
●CO
CO ( 0 t o
CO P C O CO CD CO Ü
C M t o
a C O C M CO c
OJ «0
8 8
lOi I §8e S 8§
8
sS>§E s2> II
o
g g li 8 ri 0
Aseguir apresenta-se aseção de estudo com os chumbadores, eofator de 'S.
<D
N
( 0 l ^ã £

(
3

0
< 2
TO
w

< ^
P
e i
<
T O
2
E>8
< E
TO
< 2
TO
< e
TO
M 8
(/> ^
TO
0

segurança com ainclusão dos chumbadores. 0 ) T O

●TO B
TO
■5 S
T O

■5 3
TO
■S 3
c

O
( 0
5 O
o

. 9 TO .S g -S g .3 g
o
13
g

StS’ .8 E S, a .8 0. 0 . c O
CO
O ê 8 <
-3>
E
C3
? o « D
o
IE <oD I p
E < D
E
C3 c
C3 £ í W íCO íCO íCO 0

o 0
0 ) ■a O o
T 3 l O o o l O Q .
3 S E C M
C M CO
t o
r > .
O
C O 0
1 !
CD U J
105- O
o c o
o
■ o 0
CO
IS. ü
t o t o o
● c S C C O
o o o I O o
C O o
C O C O 0 5 t o 0 5
0
1 C O
E
o
o
0
C O I O w
o I E CM
CM C O
C O
M -
o o
0
< c
0
o Q .
8 s 8 s3
l / i
SV1 8 <
8 EI TO

í s g 3 g
c5 2

^:Í ü
● o n
o - B o e u
E a
TO

S 3
g

< u E g & . o
M c u
^lU 2
»■
100- g
to 0.
■ O

154 155
Considerações Finais
3. Modelo de Cálculo
Aseguir são apresentadas algumas considerações dos autores sobre oprojeto e
execução de solo grampeado atitulo de colaboração adiscussão sobre oassunto Conhecidas as condicionantes geotécnicas do maciço em questão eoprovável
sem apresunção de ser uma verdade última. modelo de ruptura passa-se ao modelo de cálculo.

1. Questão de Nomenclatura Omodelo adotado ébaseado num incremento do fator de segurança obtido
através dos chumbadores. Oesforço que um chumbador poderá absorver
Quanto àquestão de nomenclatura entende-se que solo grampeado seja um depende da adesão entre osolo eanata de cimento edo comprimento deste
maciço de terra com chumbadores com finalidades diversas de proteções, reforço, dentro da zona passiva.
estabilização ou contenção; independente da densidade destes chumbadores e
seus respectivos comprimentos. Azona ativa éseparada da passiva pela superfície de ruptura, daí aimportância
de seu conhecimento, conforme discutido no item anterior.
Entende-se que, no momento, adiscussão sobre nomenclatura não seja oportuna.
Os chumbadores localizados na região inferior, em superfícies de ruptura que
2. As Investigações Geotécnicas geralmentepassampelopédotalude,apresentam,emmuitassituaçõesde
projeto observadas, um trecho muito grande na zona passiva em relação aativa.
Para metodologia de cálculo as pesquisas de círculos críticos, ou superfícies Isto podería estar acarretando uma carga considerável no paramento.
potenciais de rupturas são determinantes no projeto de solo grampeado.
Entende-sequeodesejávelseriaterumcomprimentodemesmaordemde
Ora, oconhecimento de superfícies de rupturas mais prováveis para cada caso grandeza entre otrecho nas diferentes zonas atribuindo esforços pequenos ate
está, intimamente, ligado às investigações geotécnicas. Isto é, conhecimento da desprezíveis ao paramento.
geometria, geologia epropriedades de resistência das camadas do maciço.
Oesforçodecadachumbadorpromoveummomentoestabilizantequepodeser
Oengenheiro geotécnico só poderia adotar um modelo de cálculo após vislumbrar adotado numericamente através do Método de Fellenius. Projeta-se assim um
omodelo de ruptura que vier ajulgar mais conveniente ao caso em estudo. E, númerodechumbadoresquevenhamapromoveraelevaçãodonívelde
portanto após adevida interpretação das investigações conforme parágrafo acima. segurança obtida na condição anterior.

Para efeito de exemplificação, considerando-se uma geometria bem definida eum Ressalta-seapossibilidadedehaverváriassuperfíciesderuptura,assimdevem
modelo geológico sem feições preferenciais de ruptura, as principais ser verificadas possibilidades de rupturas internas, globais emistas, com
interpretações ficariam por conta da definição das camadas de mesmo implemento dos chumbadores.
comportamento geotécnico eseus respectivos parâmetros de resistência.
4. Adesão
Os parâmetros de resistência, na prática corrente, têm sido adotados em função
da experiência. Ora, será justo simplificar os problemas às custas de tal Aadesão pode ser avaliada na fase de projeto de três formas diferentes,
experiência? E, quem as tem eou como acessá-las? de correlações existentes com Nspt, com valores de torque ecom resulta o
ensaios triaxiais onde se pode considerar oefeito de peso de terra.
Este trabalho apresenta quatro casos onde foram desenvolvidos os ensaios
triaxiais de camadas interpretadas como mais representativas para oproblema. Aseguirapresenta-seumatabelaresumoparavaloresdeadesão(fs)calculados
Sendo os resultados dos ensaios de resistência interpretados em função das para ooitavo (8°) caso da tabela resumo, apresentado anteriormente, eobti os
deformações edesenvolvimento das pressões neutras. através de resultados de ensaios de arrancamento efetuados em alguns
chumbadores nesta obra.
Sabe-se que as interpretações são imprecisas eque outros colegas talvez teriam
outras interpretações. Entretanto, será justo remeter tais ignorâncias sobre 0
comportamento dos solos àexperiência de cada um sem procurar uma forma de
universalizar ainterpretação do problema com aexecução edocumentação mais
adequada sobre as investigações geotécnicas?

156 157
Cuidado especial deve ser observado com relação aos problemas de água quer
Adesão de
pré-existentes no sub solo, quer originados por infiltrações. Assim deve-se projetar
Adesão de cálculo na ruptura campo na
dispositivos que impeçam aentrada de água eoutros que facilitem sua saída.
ruptura
Caracterização
Solo Correlação com Ensaio Ensaio de Também há necessidade de evoluir-se no controle tecnológico eno
To r q u e
SPT (1) Triaxial Arrancamento
comportamento do concreto projetado de modo que não venham apresentar
Geológica Granulométríca NSPT S P T m
fs To r q u e fs{2) qs -fs f s problemas patológicos futuros.
(kPa) (kgf.m) (kPa) (kPa) (kPa)
Solo Areia silto-
A 3 a 6 5 87,50 6 33,24 35 a75 5 4 . 11 7 . C o n t r o l e Te c n o l ó g i c o
Residual argilosa
Solo Areia silto-
B
Residual argilosa
8a 13 10 125,00 12 66,48 70 a 11 0
Ocontrole tecnológico deve ser exercido durante oacompanhamento técnico em
C Alteraçao de Areia silto-
> 1 5 1 5 162,50 20 11 0 , 8 0 95 a180 127,32
diversas fases da obra conforme apresentado aseguir.
Rocha argilosa

Aexecução obra deve ser monitorada através de um boletim de campo onde se


(1) Ortigão, J.A.R ;“Ensaios de arrancamento em obras de solo grampeado”: Solos eRochas, Vol
20 n°1 .1997.
mapeie os chumbadores ese cadastre uma serie de informações sobre sua
(2) Ranzine.S.M.T;" SPTf’; Solos eRochas ,vol 11, n®único, 1988 execução, tais como: diâmetro do furo, comprimento, inclinação com ahorizontaj,
data etempo da perfuração, diâmetro da barra de aço, data de injeção ereinjeção.
5. OChumbador
Deve-se procurar correlacionar adificuldade na perfuração do chumbador com as
Oproblema do chumbador deve ser subdividido em armação einjeção da nata de camadas geotécnicas definidas no perfil geológico geotécnico. E, por conseguinte
cimento. reavaliar ocomportamento dos solos atravessados pela perfuração. E, então, caso
necessário, reavaliado os coeficientes de segurança eou projeto dos
chumbadores.
Aquestão da armação esta ligada asua durabilidade assim entende-se que ouso
de barras de ferro com diâmetro de 20 mm seja omais indicado considerando
uma perda de seção por corrosão. Paraavaliaçãodoprocessodeinjeçãodeve-seconsiderarosresultadosdos
■" ios ^de arrancamento de chumbadores aleatórios da obra executada everifica
ensaios ..

Quanto àinjeção entende-se que seja indispensável uma fase de reinjeção após oatendimento ao previsto em projeto.Caso os resultados de arrancamento nao
execução da bainha. atendam ao previsto dever-se-á ajustar ométodo executivo eou oprojeto.

Julga-se também indispensável realizar ensaios de arrancamento através dos Sobre oconcreto projetado deve-se realizar ensaios de resistência etenacidade.
quais pode-se verificar aeficácia do método executivo em relação ao Deve-se socorrer aos especialistas de tecnologia do concreto para desenvolver
comportamento dos solos envolvidos no problema eaquantificação da adesão procedimentos mais seguros principalmente quanto àdurabilidade.
admitida em projeto.

6. OParamento

Oparamento do solo grampeado poderá ser estabelecido de diversas formas ao


considerar-se ahipótese, apresentada anteriormente, de que ao paramento não
serão atribuídos esforços significativos.

Entretanto, caberá ao paramento aproteção superficial eestabilização de


pequenas massas ou blocos de solo epara tal deverá ser dimensionado.

Assim podemos ter otradicional concreto projetado, com ou sem tela, tela egrama
(grama armada), blocos de concreto, perfis de aço com pranchas eetc.

158 159
Solo Grampeado (Soil Nailing ): Modelagem Numérica eAspectos Construtivos

Roberto Kochen

Prof. Dr., EPUSP. Diretor Técnico, GeoCompany -Tecnologia, Engenharia &Meio


Ambiente (www.geocompanv.com.br)

1. Resumo

OpresentetrabalhotemcomoobjetivoaabordagemdotemaSoloGrampeado,comênfase
namodelagemnuméricaeanálisedeestabilidadedestetipodecontenção,bemcomoos
aspectos construtivos relacionados aeste tipo de obra.

2. Introdução

Atécnicadesologrampeadovemsendoutilizada,comoreforçodosolo,desdemeadosda
décadade70.Jánessaépocaosfrancesestinhamdesenvolvidotécnicasdemurosem
aterrosreforçadoscomtirasmetálicascomfacedeplacasdeconcretopré-moldado,
conhecidascomo"TerreArmée"(TerraArmada,tambémconhecidaporAterroArrnado).
Logoemseguida,osfrancesesdesenvolveramtambématécnica'terreclouée,quefoi
denominadapelosinglesesde“SoilNailing”,equeéconhecidanoBrasilpelonomede
Solo Grampeado.

3. Definição de Solo Grampeado

Solo Grampeado éum sistema de contenção, aplicado acortes, que emprega^ um aores,
ConcretoProjetado,eDrenagem(superficialeprofunda).Parasuautilização,eimportante
queosoloasercontidoapresentecoesãopermanentenão-desprezível.Temporobjetivoa
estabilizaçãodetaludesdecorte,temporáriaoupermanente.Suaprincipalcaracterísticaéa
rapidezdeexecução,eobaixocusto,comparadoaobrasdecontençãoequivalentes.

4. Aplicação:

Atécnicatemaplicaçãonaestabilizaçãodetaludesdecorte,principalmentenasseguintes
condições :

●Maciços aserem cortados, cuja geometria resultante não éestável;

161
●Taludes existentes com condição de estabilidade insatisfatória; 7. Perfil Geológico -Geotécnico Local

●Taludes Rompidos;
Atabela 1aseguir mostra operfil geológico -geotécnico no local da contenção em solo
●Escoramento de escavações; grampeado, indicado pelas sondagens:

Sondagem Tipo de Solo N.A. Profundidade (m)


5. Metodologia Construtiva (m)
Silte argiloso, pouco arenoso, micáceo, vermelho eroxo 1,50 a2,60
SP-01 Silte argiloso, pouco arenoso micáceo caulínico, cinza e s e c o
2,60 a10,45
Apartir do corte executado ou existente, inicia-se aexecução da la. linha de chumbadores, branco, variegado
aplicação do revestimento de concreto projetado, execução da drenagem, eassim Argila siltosa, marrom avenuelhado 0,00 a2,00
sucessivamente, até afundo da escavação. Se otalude já estiver cortado, pode-se trabalhar SP-02 Silte argiloso, micáceo, vennelho s e c o
2,00 a5,45
de forma ascendente ou descendente, de acordo com aconveniência da obra. 5,45 a8,00
Silte pouco argiloso, micáceo, roxo
Silte pouco argiloso, caulínico, micáceo, vermelho eroxo 8,00 a10,45
Argila siltosa, pouco arenosa, marrom avermelhado 0,00 a2,00
6. Modelagem Numérica de Solos Grampeados
SP-03 Silte argiloso, micáceo, vermelho s e c o 2,00 a6,45

Silte arenoso, pouco argiloso, micáceo, vermelho eroxo 6,45 a10,45


Para ilustrar aspectos de modelagem numérica de solos grampeados, será apresentado um
Argila siltosa, marrom amarelado 2,00 a2,80
caso real de projeto econstrução, realizado na duplicação de uma rodovia nas proximidades
de São Paulo, SP. SP-04 Argila siltosa, pouco arenosa, marrom 1,50
2,80 a5,80
Silte argiloso, pouco arenoso, muito micáceo, cinza
5,80 a10,45
esverdeado
Os cálculos preliminares foram executados com oprograma Reactiv, desenvolvido pelo
Geotechnical Consulting Group, de Londres, Inglaterra. OReactiv calcula reforço de
taludes, em solos grampeados, para tipos de solos quaisquer, em condições drenadas ou não
Tabela 1—Perlil Geológico -Geotécnico no Local da Contenção em Solo Grampeado
—drenadas. São calculados onúmero de grampos necessários, oseu comprimento médio, e
as tensões nas interfaces barra-solo ebarra-argamassa.

Os cálculos finais eaverificação da estabilidade global da obra foram feitos através do


8. Aspectos de Projeto eModelagem Numérica
programa FLAC-Slope, de propriedade da Itasca Consulting Group, Inc de Minneapolis
EUA.

As análises realizadas serão descritas nos itens aseguir. Os parâmetros geotécnicos para projeto emodelagem numérica das contenções em solo
grampeado foram definidos apartir das sondagens realizadas no local, ede ensaios
dilatométricos feitos pela Damasco Penna Engenharia Associados. Os resultados dos
ensaios dilatométricos, csua interpretação, são apresentados nas figuras 1e2.

As características geotécnicas dos solos em referência são apresentadas abaixo, baseadas


em análise das sondagens eensaios dilatométricos realizados, eem correlações empíricas
aplicáveis aeste tipo de solo:

162 163
D M T- 1 C o e s ã o N ã o - D r e n a d a
● M a t e r i a l I r s o l o d e c o b e r t u r a ^ , r e p r e s e n t a n d o a s c a m a d a s m a i s s u p e r fi c i a i s :
0 10 20 30 40 50 60 70 60 90 1001101201301401501601701601902002102202302402SG

0,00

c=15 kN/m^ (coesão)


-1.00
(p =25 graus (ângulo de atrito)
y=16 kN/m^ (peso específico do solo) -2,00

-3.00
}
●Material II ('solo de alteração em rocha), representando as camadas mais profundas:
-4,00
0 )
T 3
( O D M T- 1
c=35 kN/m^ (coesão) T

T
C
3

3
- s . o o

RMÉDIA
(p =25 graus (ângulo de atrito) O
- 6 . 0 0

y=18 kN/m^ (peso específico do solo) Q .


●7.00

-e.oo

< r
●9.00

t
●10.00

Coesão Nâo-Drenada (Cu) (kN/m3)


325 350 375 400 0 425 5 4

Figura 2-Coesão Não -Drenada obtida através de ensaio DMT “in situ

9. Modelagem Numérica do Solo Grampeado


DMT-1

RMÉDIA
Amodelagem numérica do solo grampeado foi realizada com os programas Reactiv e
FLAC-Slope, para as seguintes características adotadas no projeto:

a) diâmetro do furo: 100 mm;


b) diâmetro da barra de aço: 20 mm;
c) espaçamento entre grampos (horizontal): 1,50 m;
d) espaçamento entre grampos (vertical): variável entre 1,50 mel,65m;
e) comprimento dos grampos: variável entre 7,50 me9,50 m.

Figura 1-Módulo Dilatométrico obtido através de ensaio DMT “in situ Afigura 3mostra um exemplo da saída do programa Reactiv.

164 165
b) Características Principais

As ferramentas da interface gráfica do FLAC -Slope permitem uma modelagem bastante


rápida de cada estágio do processo, incluindo:

Criação da geometria do talude;


Adição de diferentes camadas com grande liberdade;
Especifícação de materiais, tanto manualmente, como de um banco de dados interno ao
programa;

Colocação do nível d’água no próprio modelo;


Posicionamento de interface entre materiais horizontal ou não.
Aplicação de cargas superficiais em qualquer posição
Instalação de elementos de suporte como grampos ou tirantes.

^4 c) Vantagens

OFLAC-Slopeofereceasseguintesvantagenssobreprogramasdesenvolvidosatravésdo
Método de Equilíbrio Limite:

●Qualquer tipo de ruptura se desenvolve naturalmente; não há anecessidade de se


especificar um intervalo de possíveis superfícies de ruptura previamente;
Figura 3-Exemplo da Saída do Programa Reactiv ●Não há anecessidade de se entrar com parâmetros artificiais (como, por exemplo,
funções para ocálculo de ângulos entre lamelas);
desenvolvem
●Múltiplas superfícies de ruptura (ou falhas internas complexas) se
10. Verificação da Estabilidade Global naturalmente, se as condições do modelo assim opermitem.
●Interações estruturais (como grampos, tirantes o u malha geotêxtil) são modeladas
realisticamente como elementos plenamente deformáveis, e não como forças
Realizou-se uma verificação das condições de estabilidade global do maciço com a equivalentes.
contenção de solo grampeado. Considerou-se amobilização de uma cunha circular de ●Asolução consiste de mecanismos plausíveis cinematicamente.
ruptura, envolvendo regiões abrangentes do maciço. Para tanto, utilizou-se oprograma de
estabilidade de taludes FLAC-SIope, da ITASCA Consulting Group. Nasfiguras4,5e6,encontram-seosresultadosdaanálisedaestabilidade,feitapara
seção do muro de maior altura.
a) FLAC-Slope

OFLAC-Slope usa ainterface gráfica eocálculo do fator de segurança automático do


programa de diferenças finitas FLAC, como onúcleo de um programa novo emais
amigável (“user friendly”), que modela problemas de estabilidade de taludes sob uma
grande variedade de condições, como múltiplas camadas de solo, condições gerais de
pressão neutra, propriedades variadas de solos heterogêneos, carregamentos superficiais
genéricos, ereforços estruturais como grampos.

OFLAC-Slope usa omesmo método de cálculo que osoftware FLAC, com um ambiente
de modelagem simplificado, que oferece ferramentas efacilidades exclusivas para aanálise
da estabilidade de taludes. Oresultado cum programa que oferece modelagem rápida, alta
capacidade analítica, eobtenção de resultados bastante rápida, simples eexpedita.

167
166
J08 TITLE :MURO DA RUA ESMERALDA ●El 139 -MODELO cirii .

FLAaSLOPE (Version 4.00) . 2 0 0 0


JOB TITLE :MURO DA RUA ESMERALDA ●El 139 -FORÇAS NOS GRAMPOS <■10*1)

LEGENO F L A C / S L O P E ( Ve r s i o n 4 . 0 0 ) .2.0M

ISOO

10-Fcb-03 15.-53
L E G E N D

.Isoo
IO-Fob-03 15:53
Factof of Safety 1.65 . I 0 0 0

U3<it-<ícfjnsd Groups 1.CO0


Factor of Safoty 1.65

y: 'Solos:Silte Argiloso'
Useriargila sittosa'
o s o o

U : '-●í-Lof.r.cú Gtcup'.;
Gfid ptcl
'So1os:Silto Argiloso'

§
OSOO

'U$or;orgl1a slltosa'
0 1E 1 .0000 Axial Forco on
Cablc p!ot i& >.-* rr itf c. BBas StructufO M a x . Vo l u o
f-iC! .*.pp!io<l Fc-rcos tf 1(Cablc) -1.500E+05
0 0 0 0

Ma/ Vcclor = ●- 250E-'04 ^vrrisàmmBm' st 2(Cablo) -1 500E+05


. ● o s o o
t í u m m » a a i # 3 ( C o b l ô ) -1.500E405
a « a a i « li!M9
2E 4 C-: -7- ’j St 4<Cabto) ●1 SOOE+05
■I B st 5fCablo) -1 SOOE+05 ●osoo
' ^ U U S fi H S B
) « l St 6(Cablo) -1.433E+05
●1.000

St 7(Cabio) -9.433E+04
st &íCablo) -1.266E+05
Boundary plot ● r o o o

.●I soo
0 1E 1

JItasca Consutbng Group. Inc. Cabio plot - 1 4 0 0


r
Mínneapolis, MN USA j T t f 1 1

-1.2S0 4 7 S 0 ●0 2S0 02SO D.rso 2 5 0 I.7S0 2 . 2 »


I
f ' 0 * l l
Itasca Consulting Group. Inc. I
I
Minneapolis. MN USA t t t T r I
●I.2S0 ●0 7M ●otso o s e 07SO I 2 S 0 t.TSO 2 2 »

no*«j

Figura 4-Grid para Modelagem Numérica de Estabilidade pelo FLAC Slope


Figura 6—Forças de Tração nos Grampos eFator de Segurança (Modelagem
Numérica de Estabilidade pelpi FLAC Slope)

11. Aspectos Construtivos do Solo Grampeado

Adocumentação fotográfica aseguir ilustra alguns dos principais aspectos construtivos da


contenção em solo grampeado, cuja modelagem numérica foi descrita nos itens anteriores.

Figura 5-Deformações Cisalhantes na Superfície de Ruptura, eFator de Segurança


(Modelagem Numérica de Estabilidade pelo FLAC Slope )

168 169
l

Vista da Contenção em Solo Grampeado

Detalhe do Concreto Projetado, Barbacãs eDrenos Perimetrais.

Detalhe da Foto Anterior, mostrando Concreto Projetado já executado,


bem como barbacãs edrenos perimetrais
Detalhe da Face do Corte Revestida em Concreto Projetado.

170 171
. , '>y-

Detalhe do Revestimento em Concreto Projetado, Barbacã ePerfuração do Grampo

Detalhe da Foto Anterior, mostrando aExecução de DHP ao Fundo

,. v:t

Vista de Execução dc DHP

Detalhe da Foto Anterior (Execução de DHP )

172 173
S O L O G R A M P E A D O S E M C O N C R E T O P R O J E TA D O
PROPOSIÇÃO PARA AESTABILIZAÇÃO DE TALUDES RODOVIÁRIOS

Urbano Rodríguez Alonso* &Frederico Fernando FalconP


R E S U M O

Este trabalho apresenta asolução de estabilização do talude junto àAv. Wenceslau Brás, que serve de ligação
entre as cidades de Poços de Caldas eBelo Horizonte. Foi empregada asolução de solo grampeado {soil nailing)
substituindo-se oconcreto projetado por grama armada. Esta solução, além de ser economicamente competitiva com
outras estudadas, apresenta avantagem de um visual agradável aos usuários da rodovia, que não percebem, ao passar
próximo ao talude, otratamento de estabilização empregado.

A B S T R A C T

This paper presents amethod of stabilization near ahighway link Poços de Caldas to Belo Horizonte. It was
used soil nailing systcm but substituting the shotcrete by grass fixed by geogrid as asuperficial treaíment. This solution
was found to be economically adequate when compared with other ones beside the fact that was sympathetic to the
people who rides the highway because they do not notice the stabilization treatment used.

1- INTRODUÇÃO

Durante os serviços de duplicação da Av. Wenceslau Brás, em 1.995, nas proximidades da cidade de Poços de
Caldas, houve ruptura de uma região do talude voltado para esta avenida. Aconfiguração deste talude, antes da ruptura,
apresentava uma inclinação da ordem de 25° com altura de cerca de 27 m.
Vista de Trecho de Contenção, com Concreto Projetado, Barbacãs, Uma análise visual do material desse talude, mostrou tratar-se de um aterro lançado, bota-for proveniente do
solo não aproveitável da extração do minério de bauxita. Na região onde se extraiu abauxita formou-se uma “lagoa'
Drenos Perimetrais eGrampos já executados pelo acúmulo de água de chuvas. Estas águas acumuladas, devido aalta permeabilidade do solo, ocasionava surgóencias
na superfície do talude, nos pontos mais permeáveis.
Sondagens realizadas no local, logo após aruptura de 1.995, mostraram que esse aterro era constituído por
argila silto arenosa, com consistência mole amuito mole eespessura variando de 4a17 m(Figura 1).
R u a

107.00
12. Considerações Finais
10S.OO

oprojeto de contenção em solo grampeado foi analisado empregando recursos de 100.00


1 0 0

modelagem numérica avançados, como os programas FLAC Slope eReactiv. Além das SP 02

investigações de campo convencionais como sondagens àpercussão simples, foram P e r fi l d o t e r r e r ^ o


Ilí58
2/SO

realizados ensaios dilatométricos “in situ” (DMT ), que permitiram estimar com maior inicial (aproximado) 2/57

2/f
confiabilidade eprecisão os parâmetros de resistência edeformabilidade do perfil 1/45
N A

Ki
geológico -geotécnico local. 90 00

T
5 9 0

26

SP Q},'' 11

Tudo isto levou aum projeto mais econômico eseguro, que foi executado sem imprevistos SP 01 87<TQ^
14
15
84.60^--"'’'
ou acréscimos de quantitativos ou custos, mostrando os benefícios de um projeto detalhado 'Oí

N A
aterro de argila 6
9 ”

ecriterioso para obom andamento da obra. Av Wensceslau ' 1/45~. _silto arenosa. 8

1/45 7
N A
Brü| U 2 / 4 0 - T T ●i' 8 0

T T 4 » ● 4 4» 4 /

B 3 11
4 » 17 ●4' 4 4 » ♦ ♦ 4 » 23 4 » 4 » 4 ^ 4 » 4 ^ 4 » 4

4 ^ 4n ^^4 4 ^ 4 4 > 4 * 4 * 4 > 4 » « 4 4 « 4 * 4 * 4 4

16 10

silte areno argiloso ♦


4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
15 7
4 17 4 4 9 4

4 4
46
55/25
4
1 1

45/25
4 (solo residual) 4 4 4

4 4 4 9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

36/17 ^ 4 50/12
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

i U n . ±m. 2lm. i m .

i 2 m

Figura 1: Perfil geotécnico perpendicular ao talude logo após aruptura de 1.995

I
Engenheiro Consultor -Rua Flávio Queiroz Morais, 217 -Pacaembu -São Paulo -SP
^ZACLIZ FALCONI -Rua Embaixador Leão Veloso, 102 -Água Branca -São Paulo -SP

174 175
2- SOLUÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO permitir um melhor visual para os usuários da rodovia. Hoje, concluídos os serviços, os usuários não percebem qualquer
intervenção no talude que está gramado ecom ageogrelha totalmente encoberta.
Olevantamento planialtiméírico realizado após oescorregamento permitiu verificar que aruptura apresentava
configuração conchoidal, indicando escorregamento rotacional. Esta configuração de ruptura eageometria da Figura 1 3- DIMENSIONAMENTO DO SOLO GRAMPEADO
permitiu fazer uma retro-análise para adeterminação dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos
envolvidos. Para esta retro-análise empregou-se ométodo de Bishop simplificado chegando-se aos seguintes valores, Para odimensionamento do solo grampeado usou-se ométodo proposto por Falconi eAlonso (1.996)
para aregião de aterro: chegando-se auma malha típica de 1,50 x1,30 m(HxV), com chumbadores constituídos por 1barra ({) 20 mm instalada
m furo de 4”de diâmetro preenchido com calda de cimento com fator água/cimento de 0,5 (em peso). Para este
peso específico natural acima do nível de água : Y= 18 kN/m^ e

peso específico natural abaixo do nível de água : y=20kNW dimensionamento, utilizaram-se os parâmetros de resistência citados no item 2, complementados, para osolo residual
intercepto de coesão: c= 10 kPa sob oaterro, conforme abaixo:
ângulo de atrito interno: 9= 15°
peso específico natural (abaixo do nível de água): Y=20kN/m^
Com esses parâmetros foram estudadas várias alternativas de estabilização, todas tendo como premissa oreaterro c=25 kPa
intercepto de coesão:
da “lagoa” formada àmontante do talude, para reduzir asurgência de água na superfície do talude.
ângulo de atrito interno: 9=25°
Após análise econômica das diversas alternativas, optou-se por uma cortina atirantada, executada de cima para
baixo, com 5m de altura, afastada 5mda rua existente paralela àcrista do talude ecom otopo 2m abaixo da cota dessa
rua. Orestante do talude, àfrente da cortina, foi retaludado com inclinação 1:2,3 (V:H) euma berma intermediária, com Este procedimento de dimensionamento consiste em se obter asuperfície de ruptura crítica, sem levar em conta
cerca de 4m de largura, conforme se mostra na Figura 2. No pé do talude foi projetado um dreno de pé complementado aaçãoestabilizadoradoschumbadores(Figura3.a).Estecálculoéfeitoportentativasassumindo-sevaloresderaioRda
por DHP’s (drenos horizontais profundos). Esta geometria forneceu um fator de segurança 1,2, portanto inferior ao superfície de ruptura até se obter FS| =1, usando-se, por exemplo ométodo de Fellenius:
necessário que é1,5.
Para que se obtivesse este fator de segurança mínimo, projetou-se, na região do talude eàfrente da cortina, um
Xc,../,.+S(A^,.
reticulado com estacas raiz, verticais einclinadas, interligadas por uma viga de concreto armado. Cada cavalete de F S .I = (1)
estacas raiz foi projetado com três estacas (duas inclinadas a20° euma vertical, central) eespaçamento de Im. As xt;
estacas, de 20 cm de diâmetro, foram armadas com um feixe de 4barras de 11/4”, em todo comprimento.
Aseguir, tomando-se como referência esta superfície de ruptura, introduz-se aação das forças ¥■, dos
R u a

107 OD
chumbadores ecalcula-se seu valor para se garantir um fator de segurança FSf=l,5 (Figura 3.b).
20 cm-

Xc,../,. -FX(7/, -u^.l,)ígÇi


105 00

F S/ r = h S = + =FS, + (2)
cortina atirantada
X Z R . z r
100 00

Como FS|=1, obtêm-se, fínalmente:


canaleta /

>0,5
R . Z T (3)
90 00

canaleta

e m queTiéaforçatangencialdecorrentedopesodalamelai(Figura3a),F;éaforçaresistidapelochumbador 1 e R 0
A v. W e n s c e s l a u T raio do círculo pesquisado (Figura 3b) (ver Nota).

80 00
Conhecidasasforçasatuantesnoschumbadores,seucomprimentoéfixadoemfunçãodeseudiâmetroexternoe
dreno de pé/
w m m
__ D H P. S
(f^ilgidoÔ40
IV
m
7
m
da sua adesãocomosolo.Nestecálculodeve-seatenderadoisrequisitos:
reticulado de estacas raiz
perfurado)
a)ocomprimentomínimodochumbador,contadoapartirdasuperfíciederupturacomFS=1,deveseraquele
que atinja, no mínimo, asuperfície com FS =1,5.

b)aarmaduradochumbadorserácalculadaadmitindo-sequeamesmapoderásofrercorrosão,analogamentea
umaestacametálica,vistoquehaveráfíssuraçãodaargamassaqueaenvolve.Paralevaremcontaesteefeitoa
Figura
2:
Solução
de
estabilização mais econômica entre as estudadas em 1.995 áreadecálculoresistenteseráaquelaresultanteapóssedescontar1,5mmemtodaasuperfícielateraldoaçodo
chumbador. Além disso, para se garantir adurabilidade do chumbador, abarra deverá ter um tratamento anti-
Por falta*-^95,decidiu-seexecutarapenasacortinaatirantadaeaumentararededeDHP’s(em corrosivo(duasdemãosdetintaabasedealcatrãodehulha,porexemploIGOLousimilar).
quanti aeeem iae)parareduziroefeitodasaturaçãodosoloquecausavaainstabilidadeeaumentar
ligeiramente
ofator
de
segurança.
Deixou-se,
também,
de
executar
odreno
de

indicado
na
Figura
2.
ora01UIaemagostode1.995epennaneceuestávelatésetembrode2.000,quandoapósperíodode
intensascuvasromnovamente,danificandooasfaltoeinterrompendootráfegonumadaspistasdaav.Wenceslau
Brás.
Aposasobrasernepencia.sdepraxe(selagemdacunha,coberturadotalude com lona de plástico, etc) foi
executado odreno do pe do talude, inicialmente previsto, ao longo do trecho rompido eliberado otráfego, cm caráter Nota:Aexpressão(3)eaFigura4.bdotrabalhodeFalconieAlonso(1996)deverãosersubstituídaspelaexpressão(3)
provisório. eFigura3.bacima,jáquehouveerronaimpressãonaqueletrabalho.
Oórgãoresponsavepelaobraretomouoprojetoinicial,comoreticuladoderaizeverificouseucustocombase
nasnovascondicionantesdeexecução,diferentesdaquelasde1.995,quandoestavamemandamentoasobrasde
duplicaçãodaavenida.Oautor,calcadoemumaexperiênciaanterior(GotlicbeAlonso,1.997),propôsumasoluçãoem
sologrampeadocomsubstituiçãodoconcretoprojetadoporgeogrelha.Estasoluçãofoiconsideradadecustosimilare
com algumas vantagens executivas (uso de equipamentos “manuais” cpouca interferência com arodovia) além dc

176 177
0 0 C O M PA R A Ç A O D E P R O C E S S O S D E D I M E N S I O N A M E N TO D E E S T R U T U R A S E M
SOLO GRAMPEADO

R R Waldemar Coelho Hachich

di Professor Titular do Departamento de Engenharia de Estruturas eFundações da EPUSP

Víctor Enrique León Bueno de Camargo


Mestrando do Departamento de Engenharia de Estruturas eFundações da EPUSP

Superfície com
FS=1

RESUMO
●õ-
— - Fi
Otrabalho tem como objetivo comparar os processos mais usuais em nosso meio técnico para 0
W i Ni
dimensionamento de estruturas de solo grampeado. Para tanto são analisadas duas situações. A
Ti
primeira delas éhipotética efoi publicada por Juran et al (1990) no artigo no qual éapresentado o
seuprocessodecálculo.Sãocomparadosastraçõeseoscomprimentosdegramposresultantesda
a) sem ação dos chumbadores b) efeito adicional dos chumbadores
aplicaçao de cada um dos processos de cálculo estudados. Asegunda utiliza dados de um solo
Figura 3: Método de cálculo brasileiro, sendo comparados os comprimentos de grampos efetivamente adotados na obra com
aqueles obtidos pelos diversos processos de cálculo.

4- ENSAIOS DE ARRANCAMENTO
1. Exemplo hipotético do artigo de Juran et al (1990)
Para verificar aadesão real ecompará-la com ade projeto foram executados dois ensaios de arrancamento que
mostraram que aadesão adotada de 50 kPa (na ruptura) foi conservadora. Para se garantir esta adesão nunima de
projeto,foraminstalados,juntoàbarradochumbador,doistubosdePVC,com10mmdediâmetro{"'espaguetis'^ FoiescolhidoumexemploparaoqualJuranetal(1990)apresentamasuperfíciederuptura
dotados dc válvulas acada 50 cm para posteriores injeções de calda dc cimento após apega da argamassa do emdeta^lheseosesforçosparacadagrampo,calculadospeloprocessoporciesproposto.A
chumbador. Essas duas fases de injeção foram intercaladas por um período de 12 horas eapressão máxima foi de 12 escavaçãopossuigeometriasimples,comfaceverticale12mdealtura.Afigura1 resume as

kgf/cm^,medidosnasaídadabombadeinjeção.Emalgunscasos,verificou-selevantamentodotaludeemdecorrência informações do exemplo estudado.


dapressãodeinjeçãoe,nestescasos,apressãofoireduzidapara8kgf/cm^e,até4kgf/cm^.
5- CONCLUSÕES Semprequeexigidopeloprocessodecálculo,adota-seumcomprimentopreliminarparaos
grampos,uniformeegrandeosuficienteparagarantirqueassuperfíciescríticasestejamcontidasna
Este trabalho visa divulgar aexperiência dos autores no tratamento de taludes junto arodovias (ou em outros zona reforçada.
locais onde aestética seja importante), com solo grampeado egeogrelha.
Pretende-se, também, corrigir aexpressão exposta, pelos autores, no trabalho inicial de 1.996, para ocálculo CASO ANALISADO
Amaioria dos processos
das forças aserem resistidas pelos chumbadores.
H=12m (exceto aquele baseado no
referências bibliográficas Estável) calcula uma tração
face vertical grampos: L=variável máxima por metro longitudinal
Falconi, F.F. eU.R. Alonso (1.996) “Considerações sobre oDimensionamento de uma Estrutura de Contenção em Solo ev =6h =1,35 m incl. =15°
de obra eocomprimento dos
Grampeado” -SEFE III -3° Seminário de Engenharia de Fundações Especiais eGeotecnia -São Paulo -vol 2, diam. furo =10 cm
grampos éajustado aposteriori,
pp. 301 —308. barras 1", fyk =168 MPa
Gotlieb, M. eU.R. Alonso (1.997) “Estabilização de um Talude sem Alterar aEstética” II PSL/COBRAE -2" Simpósio com base nessa tração, de modo a
Pan-Americano de Escorregamentos de Terra/ 2“ Conferência Brasileira sobre Estabilidade de Encostas -Rio de garantir a segurança ao
c=12 kPa
Janeiro -vol 2, pp. 603-612. arrancamento.

(t)' =35°
y=20 kN/m3 Em seu artigo, Juran et al
(1990) otimizam ocomprimento
dos grampos com base em um
valor adotado de 120 kPa para o
atrito solo-grampo, valor esse
que foi aqui mantido para as
comparações (e que equivale a
um atrito unitário de 37,7 kN/m).
Figura 1. Características do exemplo analisado.

178 179
2. Comparações efetuadas
Afigura 2compara graficamente as trações resultantes segundo cada processo.
Todos os processos estão baseados no Método do Equilíbrio Limite, mas cada um deles tem ±
critérios específicos para introduzir asegurança: 500
809

450
o > 412
Fellenius modificado (Falconi eAlonso, 1996 eFalconi eAlonso, 2002) cprocesos p ' ( fl
o
400
.j3 O 352
similares (baseados em Bishop simplificado, Spencer, etc): FS no equilíbrio de momentos e o r e
350
E %
299
no arrancamento dos grampos; o
a g
«
f 300
291

256 250
Jewell {in HA68, 1994) esimilares (Stocker et al, 1979): FS nos parâmetros (c' e(|)'); tn
u -
s)
n
250 225.
’5> o
Davis (Shen et al, 1982): FS nos parâmetros (c' e(|)'); 2 c
ib 0) 200
<A E m
Juran et al (1988 e1990): FS no arrancamento dos grampos; também édefinido um FS 150
<9

parcial, aplicado ao momento fletor resistente do grampo; oautor adota valor unitário para ● o
a u
100
n v >

esse FS; o
c u
50

(fí
Estável (Hachich, 1997): por ser uma extensão dos processos de Bishop simplificado e 0

íb'^
Spencer, utiliza um único FS que se aplica tanto ao equilíbrio de momentos eforças quanto <s>

(indiretamente) ao arrancamento; /■
Multicritério (Schlõsser, 1982 eENPC, 1993): FS no equilíbrio de momentos ena tensão
normal na interface do solo com os grampos (“corte” do terreno pelo grampo), FS unitário (*) Processos que coasideram arigidez transversal dos grampos
(**) Fellenius modificado: calculados segundo Falconi eAlonso (1996) eFalconi eAlonso (2002).
no escoamento do aço eno arrancamento. ("') Esta média excliu oprocesso de Fellenius de acordo com oartigo publicado por Falconi eAlonso (2002)

Figura 2. Exemplo hipotético -Trações resultantes segundo os diferentes processos de


Esses diferentes critérios de segurança dificultam acomparação dos processos de cálculo. cálculo.
Para uma primeira comparação impõem-se FS’s globais eparciais iguais a1ecomparam-se as
trações máximas resultantes (Tmáx)- Essa comparação não éaideal pois, como se sabe, alguns
coeficientes de segurança precisariam ser diferentes para garantir acompatibilidade de
Amédia para os processos mencionados (excluído apenas ode Falconi eAlonso, 2002) éde
aproximadamente 300kN/m. Ográfico acima mostra que os processos de Jewell, Fellenius Mod.
deslocamentos em situação de serviço.
1996,MulticritérioeEstávelfornecemresultadosrazoavelmentepróximosentresi.Oprocessode
Juranresultounumatraçãototalcercade20%maiordoqueamédia.OprocessodeDavisresultou
Em seguida faz-se acomparação em termos dos comprimentos resultantes dos grampos emumatraçãototalcercade40%maiordoqueamédia;esteúltimoprocessoépassíveldecríticas
pela aplicação de cada processo, já considerados os diferentes critérios de segurança recomendados quanto as expressões de equilíbrio de forças.
pelos autores respectivos.
EsteexemplofoitambémverificadopeloprocessopropostoporBridle(1989).Seus
3. Comparação das trações
resultadosnãosãoapresentadosnopresentetrabalhodevidoàdisparidadeextremaemrelaçãoaos
demaisprocessos,nãosonesteexemplomastambémemoutrosanalisados.
Atabela 1apresenta um resumo das trações resultantes segundo cada processo. Apenas os
processos de Juran eMulticritério consideram os esforços de corte nos grampos epermitem 4Comparaçãodoscomprimentosdosgrampos
distribuição não uniforme das trações individuais em profundidade. Em alguns casos foi necessário
ajustar os espaçamentos dos grampos para garantir que não se atingisse oescoamento do material
das barras.
Paraacomparaçãodoscomprimentostotaisdegrampospormetrolongitudinaldeobra
foramconsideradasasdiferentesdefiniçõesdesegurançarecomendadasporcadaumdosautores.
Ta b e l a 1 Coeficientesdesegurançaglobaisfoiamadotadoscomosendoiguaisa1,5,amenosdeorientações
STj/m (kN/m de Corte nos explícitasdecadaautor.
P R O C E S S O Tj/m (kN/m de obra)
obra) grampos
Nos processos de Fellenius Mod. 1996, Fellenius Mod. 2002, Davis eJewell foi necessário
FELLENIUS MOD. 2002 (*) 73,5 809 n a o
alterar oespaçamento entre os grampos, devido àtensão de escoamento relativamente baixa do
DAVIS 45,7 412 n a o

JURAN 352
materialdasbarras(Juranetal,1990,utilizagramposdealumínionesteexemplo).Poressarazão
21,2 a41,1 (média: 39,1) s i m
nãoseriaadequadaacomparaçãodiretadoscomprimentosdosgrampos.
J E W E L L 32,3 291 n a o

FELLENIUS MOD. 1996 (**) 28,5 2 5 6 n a o


Ocomprimento dos grampos também deve atender àcondição de estabilidade global da
E S T Á V E L 27,7 250 não
estrutura. Neste exemplo em particular, porém, aestabilidade global não foi condicionante para o
M U LT I C R I T É R I O 25,2 a26,9 (média: 26,1) 235 s i m

*
dimensionamento, já que ocírculo crítico, para oqual FS =1,5, intercepta azona grampeada
{ )Espaçamento dos grampos: l,lm xI,lm. Calculado de acordo com oartigo publicado no 1" CLBG (Falconi e
Alonso, 2002). (círculos externos teriam FS maior).
(**) Cialculado de acordo com oartigo publicado no 3° SEFE (Falconi eAlonso, 1996)

180 181
Aaplicação do processo de Fellenius Modificado 2002 (Falconi eAlonso, 2002) resultou 5. Exemplo real de uma obra no Brasil
em trações ecomprimentos muito maiores do que aqueles obtidos com aprimeira versão desse
processo (Falconi eAlonso, 1996). Esse fato se deve ànão consideração, na versão de 2002, do Analisa-se um caso real, com desempenho satisfatório até omomento, tanto em termos de
acréscimo de resistência na base das lamelas devido àcomponente normal do esforço nos grampos. estabilidade quanto em termos de deslocamentos. Odimensionamento resultante da aplicação de
Em solos com ângulo de atrito elevado oefeito pode ser muito significativo. cada processo écomparado com aobra efetivamente executada. Adotou-se um FS de projeto igual a
1,5. Oprocesso de Juran não pode ser aplicado pois depende, em uma de suas etapas, da utilização
As figuras 3e4apresentam, respectivamente, aposição das superfícies críticas eos de “software” específico não disponível.
comprimentos totais de grampos, calculados por metro longitudinal de obra.
Aescavação foi executada em uma argila silto arenosa epossui geometria semelhante àdo
JURAN caso anterior (12 metros de altura, face vertical), sendo os espaçamentos dos grampos ligeiramente
j r w diferentes: en =1,3 meev =1,4 m. Osolo apresenta coesão de 44kPa, ângulo de atrito de 14° epeso
MULTICRITÉRIO
/ / específico de 17 kN/m^, parâmetros esses determinados em ensaios de laboratório. Olimite de
FELLENIUS MOD. escoamento do material das barras do grampo éde 500 MPa. Na falta de ensaios de arrancamento,
/ /
ESTÁVEL para oatrito solo-grampo foi adotado ovalor mínimo recomendado pela Georio (2000), 60 kPa.
'//
JEWELL, ST&COUL.
Os grampos foram executados, na obra, com comprimento uniforme de 12 m. Afigura 5
D AV I S 7! apresenta as superfícies críticas dos diversos processos.
f/// FS= 1,5
i r 7
(sem grampos) / /
M U LT I C R I T É R I O

FELLENIUS MOD.
W
ESTÁVEL / ,
Figura 3. Exemplo hipotético -Superfícies críticas de cada processo esuperfície crítica (sem
JEWELL, ST&COUL. y
os grampos) com FS =1,5.
D AV I S y
300

246
/ 7 '
§Ü250 FS =1.5
S- 2
§ ^ (sem grampos)
S, °200
O) o
W " D

!<3 sT3 1 5 0

Q 3
o O I
c
c
o
1 0 0
7 3 7 2
Figura 5. Exemplo real -Superfícies críticas de cada processo esuperfície crítica (sem os
grampos) com FS =1,5.
0) —
60 57
I S 4 8 45 41
Q. 0> 50

I
E E
o I r
Atabela 2eográfico da figura 6, por sua vez, apresentam o s resultados encontrados em
^ § . 0 foi
termos de comprimento dos grampos. Neste exemplo, nas análises com todos os processos
,6 possível manter os espaçamentos de grampos utilizados na obra, razão pela qual épossível a

.y comparação direta dos comprimentos dos grampos, sem a necessidade de recurso ao comprimento
total por metro longitudinal de obra (utilizado no item 4).
(*) processos qus consideram arigidez (rans\ersal dos grampos
('■) Esta média excliu oprocesso de Fellenius de acordo com oartigo publicado por Falconi eAlonso (2002) o
NovamenteosmaiorescomprimentosresultaramdoprocessodeDavis(excluindo-se
Figura 4. Exemplo hipotético -Comprimentos totais de grampos por metro longitudinal de processodeFelleniusModificado,versão2002),enquantoosprocessosdeJewcll,Multicritérioe
obra. Estávelresultaramnosmenorescomprimentos,todoselesbastantepróximosdoexecutadonaobra.
As diferenças máximas em relação àmédia foram da ordem de 10% em termos de comprimentos
Ocomprimento total médio dos grampos foi de 57 mpor metro longitudinal de obra dos grampos ede 30% em termos de trações.
(excluídoapenasoresultadodoprocessodeFalconieAlonso,2002).Emboraastraçõesresultantes
cheguemaapresentardispersõesdeaté40%emrelaçãoàmédia,emtermosdecomprimentototal
de grampos por metro longitudinal de obra essas dispersões caem para cerca de 30%. Isto ocorre
porqueocomprimentototaldogrampoédefinidonãosópelatração,mastambémpelaposiçãoda
s u perfície crítica determinada em cada processo.

182 183
Os processos de Davis eFellenius Modificado 2002 resultaram em trações ecomprimentos
Ta b e l a 2 maiores nos dois exemplos analisados. As discrepâncias encontradas na comparação com os demais
PROCESSO Lpassivo (m) Ltotal (m) processos decorrem provavelmente das falhas nas expressões do equilíbrio de forças de ambos os
FELLENIUS MODIFICADO (2002) 8,6 16,2 processos.

DAVIS 7,0 13,5


FELLENIUS MODIFICADO (1996) 5,4 13,0 Os processos de Jewell, Muticritério eEstável apresentaram resultados bastante próximos,
E X E C U TA D O NA OBRA 12,0 tanto entre si quanto em relação àobra do exemplo do item 5. Destes processos, oMulticritério
tende alevar aarranjos ligeiramente mais econômicos por considerar amobilização de esforços de
E S T Á V E L 12,0
corte nos grampos: nos dois exemplos analisados as trações calculadas segundo oprocesso
MULTICRITÉRIO 4,7 11,8 Multicritério aumentariam em cerca de 10% se desconsiderada essa mobilização. Oefeito étanto
JEWELL 4,1 11,4
mais pronunciado quanto menos flexível for ogrampo utilizado.

18

1 6
16,2 REFERÊNCIAS
E. 1 4 13,5
13,0 Bridle, R. J. Soil nailing -analysis artddesign. Ground Engineering. Set., 1989. p. 52-56.
12,0 11 , 8 12,0
11 , 4
a

E
1 2
ENPEC -L’Ecole Nationale des Ponts et Chaussées. Recommendatiom Cloníerre, 1991.
O )
1 0
(English translation: Washington, D.C., Federal Highway Administration, 1993)
8 12
T3
Falconi, F. F.;Alonso, U. R. Considerações sobre odimensionamento de uma estrutura de
E
6
contençãoemsologrampeado.In3°Semináriodeengenhariadefundaçõesespeciaisegeotecnia,
a .
4
São Paulo, 1996. Vol 2, p. 301-308
E
2 a
o Falconi, F. F.; Alonso, U. R. Solo grampeado sem concreto projetado -proposição para
0

Í5-
estabilização de taludes rodoviários. In 1° Congresso luso brasileiro geotecnia, São Paulo, 2002
../■
■..6
i-P - . 0

GEORIO -Fundação Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro. Manual


técnico de encostas: ancoragens egrampos. 2.ed. Rio de Janeiro, 2000 (Coleção Manual Técnico

de Encostas, v.4)
(*) processos que consideram arigidez trans\ersa! dos grampos
HA68. Design manual for roads and bridges. Volume 4, Part 4-Geotechnics and drainage -
Design methods for the reinforcement of highway slopes by reinforced soil and soil nailing
Figura 6. Exemplo real -Comprimentos de grampos resultantes segundo cada processo de techniques. Reino Unido, 1994
cálculo (espaçamentos constantes para todos os processos).
Hachich, W. ESTÁVEL -Manual de utilização. 1997
Juran, I.; Baudrand, G.; Farrag, K.; Elias, V. Kinematical limit analysis approach for the
6. Conclusões
designofnailedsoilretainingstructures.InGeotechnicalsymposiumontheoryandpracticeof
earth reinforcement. Fukuoka, Japão, 1988, p. 301-306
Apesar dos diferentes processos analisados apresentarem dispersões com relação àmédia de
até 40% em termos de trações por metro de obra, essas diferenças caem para 30% ou menos quando Juran, I.; Baudrand, G.; Farrag, K.; Elias, V. Kinematical limit analysis for design of soil-
acomparação éfeita em termos dos comprimentos totais dos grampos. Mantidos os mesmos nailed structures. Journal of Geotechnical Engineering, Vol 116, No. 1. ASCE, Janeiro, 1990
espaçamentosdegramposemtodososprocessos,asdiferençasemtermosdecomprimentospodem Schlõsser, F. Behaviour and design of soil nailing In Symposium on recent devclopments in
cair para cerca de 10%, dependendo dos parâmetros de resistência do solo eda interface solo- ground improvement techniques. Bangkok, 1982. p. 399-413
grampo. Shen, C. K.; Kim, Y. S.; Bang, S.; Mitchell, J. F. Centrifuge modeling of lateral earth
Oprocesso proposto por Bridle (1989) também foi aplicado aos exemplos estudados. Os support. Journal of Geotechnical Engineering, Vol 108, No. GT9. ASCE, Setembro, 1982
resultados dessas análises não são apresentados por serem muito díspares dos demais, pelo menos Stocker, M. F.; Korber, G. W.; Gassler, G. eGudehus, G. Soil Nailing. In C. R. Int.
e m partedevidoaerrosencontradosnasexpressõesdoartigopublicado. Renforcement des Sois, Paris, 1979. p. 469-474

Aaplicação plena do processo de Juran requer “software” específico. Para pré-


dimensionamento podem ser utilizados os ábacos apresentados pelo autor, para alguns valores pre-
estabelecidos de ângulo de atrito. Por essa razão oexemplo hipotético foi exatamente aquele já
resolvido no artigo de Juran et al (1990).

184 185
c

D I R E T Ó R I O D E C O N S U LT O R E S
INTERACT -Assessoria Técnica MG &AConsultores
em Engenharia S/C Ltda. de Solos S/C Ltda.
Eng° Eugênio Pabst Vieira da Cunha Eng°s.: Mauri Gotiieb eIlan D. Gotiieb
Rua Cardoso de Almeida, 1593 -Perdizes Rua Natingui, 1053 -Vila Madalena
05013-001 -São Paulo-SP 05443-002 -São Paulo-SP

Tel.: (XX 11) 3673-2400 -Fax: 3873-5158 Tel.: (XX 11) 3031-5539 -Fax: 3819-8577
e-mail: interacteng@uol.com.br e-mail: mgasolos@uol.com.br
> Zaclís, Falconi &Engenheiros
DYNAMIS Engenharia Geotécnica
Consultoria, Projetos, Controle Associados S/C Ltda.
Projeto eDireção Técnica
Tecnológico, Acompanhamento de Obra
eEnsaios de Laboratório de Obras de Terra eFundações
R u a E m b a i x a d o r L e ã o Ve l o s o , 1 0 2
Tel.: (XX 11) 5034-3848 -São Paulo-SP 05003-030 Água Branca São Paulo SP
e-mail: dynamis@dynamisbr.com.br Tel./Fax.: (xx 11) 3873-2500
Visite nosso site: www.dynamis.com.br e-mail: projetos@zaclisfalconi.com.br

Urbano Alonso M. HOSKEN Consultoria de


Consultoria eProjeto S/C Ltda. Fundações eMecânica dos Solos
Rua Flávio Queiroz de Morais, 217 -Pacaembu
01249-030-São Paulo-SP
Solo Grampeado: mais de 25.000 m^ projetados
Tel.: (XX 11) 4992-3022
Tel.: (XX 11) 3673-1398 www.mhosken.com.br
Fax; (XX 11) 3873-3606

Azevedo eMarino
Engenharia de Solos eFundações
Projetos eConsultoria
Rua Artur de Azevedo, 2103 -cj. 63
05404-015 -São Paulo-SP
Tel.: (XX 11) 3031-3571 /3031-6863
I

I
I

1
í

I
I

I
I


I

I
I

Impressão:
Édile Serviços Gráficos eEditora Ltda.
Tel.; (11) 3966-9890 /3951 -4086
Sao Paulo -SP
i

y’',

y
lei^iGENHARIA GEOTECNiCA

www.solotrat.com.br

solotbat engenharia geotécnica ltda


SÃO PAULO -SP -TEL.: 11 5034-7000

SOLOTRAT nordeste ENGENHARIA GEOTÉCNICA LTDA


Fortaleza -CE -TEL.: ss 248-2943

Sheikan*^
fi b r a s s i n t é t i c a s
para REFORÇO
DE CONCRETO

Monofilamento em poMpropíleno,
extrudado com perfil senoidal para
garantir maior aderência ao
●Fibras metálicas "Steel Jet"
concreto, substituindo com vantagenfc/ l
as fibras de aço eas telas eletro-soldSdas para refôrço de concreto

.Comprimento ;40,0 mm // /
.Diâmetro :0,8 mmj \ ff
.Fator de forma :50 ^ fJ
.No. De peças p/ kg :30.000 un^ íf iVieikan®
,Quantidade sugerida p/m3: 6fog /J ●Fibras Sintéticas

.Embalagem :sacos c/ 6kg j f para reforço de co e t o

/? . . - ( /
S
P
9 S H E I K A N A N C O R - J E T C O M E R C I A L E I N D U S T R I A L LT D A .
Rua Patrímdnio, 43 -Xplranga -CEP 04223-020 -SEo Paulo -SP
Tel. /Fax: (tl) 272-9222 / ( 11 ) 273-3826
S i t e : w w w. s h e i k a n . n e t e-maii: shelkandshelkan.net
/

Вам также может понравиться