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BUDISMO
“A decadência é inerente a todas as coisas compostas. Vivei fazendo de
vós mesmos a vossa ilha, convertendo-vos no vosso refúgio. Trabalhai
com diligência para alcançar a vossa Iluminação”.
(Sidarta Gautama-Buda)
BUDISMO
Budismo (páli/sânscrito: बौद्ध धर्म Buddha Dharma) é uma religião e filosofia não-teísta
que abrange uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos
ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecidos como Buda
(páli/sânscrito: "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no
nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos VI e IV a. C.3. Muito da história de
Gautama é considerada lenda.
A Índia desde o século XI a.C. dividia-se em vários grupos étnicos, cada um ocupando
uma área determinada. Havendo na época do nascimento de Buda cerca de 200 a 300
principados, ou pequenos estados. Cada um deles ocupando um território e mantendo
um reinado. Entretanto, face às particularidades geográficas e ao clima temperado, os
hindus sempre apreciaram as buscas contemplativas e eram familiarmente
direcionados na busca de valores espirituais. Desde o início de sua história, o hindu
era partidário da ideia de abandonar o seu lar para buscar a purificação espiritual e
consideravam a vida nômade na floresta como o mais alto desempenho religioso.
Buda com seus ensinamentos causou um grande reboliço, pois rejeitava as seitas que
continham instruções incorretas, preocupava-se com a igualdade humana, propagava
princípios altamente humanísticos numa sociedade de castas, preocupava-se em
desenvolver o pensamento e afastar as doutrinas enganadoras, bem como acabar
com os complicados rituais. Além disso, pregava o amor, a compaixão e a
simplicidade como caminho da purificação.
Porém como já diz o ditado "O monge que vem de longe canta melhor os sutras", o
Budismo, apesar dos constantes esforços de Buda e do seu séqüito, só veio a
conhecer sua mais alta glória quando emigrou da Índia para a China, onde achou
campo fértil e propício para a disseminação do Darma. (doutrina budista)
E foi neste período histórico que Buda veio ao mundo para o benefício de todos os
seres.
A VIDA DO BUDA
Pouca coisa mudaria na sua vida até os 29 anos. Apesar de todo o luxo, Sidarta
sentia-se infeliz. Certo dia, contra a vontade do pai, saiu para passear fora do palácio
e se surpreendeu com quatro cenas que o tirariam para sempre daquela vida de
prazeres. Primeiro, viu um velho arqueado, de pele enrugada, movendo-se com
dificuldade. Depois, avistou um doente que sofria dores terríveis. Mais tarde, cruzou
seu caminho um cortejo fúnebre. Um morto era carregado por amigos e parentes que
choravam sua perda. Foi um choque e tanto para alguém que sempre vivera
protegido, sem se dar conta de que tudo que nasce também se degenera, envelhece e
morre
A quarta visão do passeio de Sidarta foi um mendigo errante, esmolando por comida.
Apesar da sua pobreza, tinha porte ereto, feições radiantes e expressão de profunda
serenidade. Sidarta determinou-se a também abraçar uma vida santa e a buscar uma
resposta para o sofrimento que viu no mundo. Uma decisão como essa não era tão
incomum na Índia daquela época. Acreditava-se que somente quando se abandona a
vida doméstica e os laços afetivos para tornar-se um eremita ou andarilho é que se
conseguem as respostas para a busca espiritual. Essa busca tinha um objetivo
específico. A maioria da população indiana acreditava em alguma forma de
renascimento ou transmigração, em um ciclo interminável que começa no nascimento,
passa para a velhice, a morte e recomeça em novo nascimento. O ideal que todos
desejavam era algo capaz de pôr fim a esse ciclo, que pudesse libertar o espírito
desse movimento circular.
Sidarta abandonou o palácio enquanto todos dormiam. Saiu de fininho, sem ao menos
se despedir da mulher e do seu pequeno filho. O príncipe logo aprendeu a dormir no
chão e a esmolar por comida. Além da mendicância, a vida de filósofo-andarilho (ou
sramana) incluía práticas de meditação. Na sua busca, ele se aproximou de dois
famosos mestres e rapidamente chegou aos últimos estágios de absorção
contemplativa propostos por eles. Mas ainda não atingira a suprema realização que
buscava. Dedicou-se então à auto mortificação. As práticas ascéticas são comuns às
formas primitivas da maior parte das religiões, inclusive no Judaísmo, Cristianismo e
Islamismo. O que está por trás da autoflagelação é a idéia de que um rígido controle
dos sentidos desenvolve a autodisciplina e transfere o máximo de energia corporal
para a atividade mental.
Em um famoso incidente, depois ter ficado extremamente fraco devido à fome, é dito
que ele aceitou leite e pudim de arroz de uma garota chamada Sujata. Tal era a
aparência pálida de Sidarta, que Sujata teria acreditado, erroneamente, que ele seria
um espírito que lhe realizaria um desejo.
Seguindo este incidente, Gautama sentou-se sob uma árvore (segundo a tradição
budista, a árvore era uma Ficus religiosa), conhecida agora como a Árvore de Bodhi,
em Bodh Gaya e jurou nunca mais se levantar enquanto não tivesse encontrado a
verdade. Kaundinya e outros quatro companheiros, acreditando que ele tinha
abandonado a sua busca e se tornado um indisciplinado, o deixaram para trás. Após
49 dias de meditação e com a idade de 35 anos, é dito que Gautama alcançou a
iluminação espiritual. Segundo algumas tradições, isto ocorreu em aproximadamente
quinze meses lunares, enquanto que, de acordo com outras tradições, o fato ocorreu
em doze meses. Desde este tempo, Gautama ficou conhecido por seus seguidores
como o Buda, termo derivado do páli buddha, que significa "desperto, iluminado, o que
compreendeu, o que sabe" . Ele é frequentemente referido dentro do budismo como o
Shakyamuni Buda, ou "O Iluminado da tribo dos Shakya". Outro termo pelo qual
Sidarta se tornou conhecido pelos seus contemporâneos foi Sugato, termo páli que,
traduzido, significa "Feliz".
De acordo com a história do Āyācana Sutta (Samyutta Nikaya VI.1) - uma escritura,
escrita em páli - e outros canônes, imediatamente após a sua iluminação, o Buda
debateu se deveria ou não ensinar o darma aos outros. Ele estava preocupado que os
humanos, tão fortemente influenciados pela ignorância, inveja e ódio, poderiam nunca
reconhecer o caminho, que é profundo e difícil de ser compreendido. No entanto,
segundo o mito, Brahmā Sahampati tê-lo-ia convencido a ensinar a doutrina,
argumentando que pelo menos alguns iriam entendê-lo. O Buda, após isso, concordou
em ensinar o darma.
A grande novidade trazida por Buda em sua época foi a idéia de que a vida espiritual,
como capacidade de conhecer a si mesmo, não tem nada a ver com as restrições de
casta impostas pelos brâmanes. Foi um salto e tanto para a estrutura social da Índia,
que aceitou prontamente essa religião tolerante. Buda diz que todos os seres
humanos têm vislumbres de iluminação. Isso acontece nos momentos em que aquele
insistente e auto-referente “eu” não interfere, quando a mente não se prende ao
passado, não sonha com o futuro e se envolve apenas com o momento presente.
Esses vívidos momentos de ligação com o aqui-e-agora contrastam com a mente
habitual. Eles surgem como relances fugidios, mas podem também ser
voluntariamente induzidos pelo processo meditativo. Aí está o fim do sofrimento, a
iluminação, o nirvana.
Sidarta morreu aos oitenta anos de idade, na cidade de Kushinagar, no atual estado
de Uttar Pradesh, na Índia. Seu corpo foi cremado por seus amigos, sob a orientação
de Ananda, seu discípulo favorito. As cinzas foram repartidas entre vários
governantes, para serem veneradas como relíquias sagradas.
Bibliografia
http://super.abril.com.br/religiao/principe-hindu-sidarta-gautama-iluminado-
442777.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo#A_vida_de_Buda
http://www.padrepio.org.br/index.php/mestre/sidarta
http://bemzen.uol.com.br/noticias/ver/2012/06/30/870-budismo-o-surgimento