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ESTATUTO DA CRIANÇA E

DO
ADOLESCENTE

www.escolaecia.com.br
Índice
1. Do Direito à Vida e à Saúde pag. 03
2. Do Direito Assegurado à Gestante pag. 06
3. Das Obrigações dos Hospitais pag. 09
4. Das Obrigações do Poder Público pag. 12

2
“OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE”

1. DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE

1.1. Legislação

Υ art. 3° do ECA: “A criança e o adolescente gozam de todos os direitos


fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facilitar o desenvolvimento físico, mental,
moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.”

Υ art. 4° do ECA, caput: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral


e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária. (...)

Υ art. 7° do ECA: “A criança e o Adolescente têm direitos a proteção à vida e à


saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento
e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.”

Υart. 5° do CF88, caput: ”Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantido-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: (...)”

Υart. 227° do CF88: ” É dever da família e do Estado assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação..., à convivência familiar e comunitária.”

Υart. 4° do CCB: ”A personalidade civil do homem começa com o nascimento com


vida; mas põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.”

Υart. 125° do CP: ” Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

3
Pena - reclusão, de 3(três) a 10 (dez) anos.”

Υart. 126° do CP: ”Provocar aborto com o consentimento da gestante:


Pena - reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos.
Parágrafo Único. Aplica-se a pena do artigo, se a gestante não é maior de 14
(quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se consentimento é obtido
mediante fraude, grave ameaça ou violência.”

Υart. 127° do CP: ”As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas
de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-
lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por
qualquer dessas duas, lhe sobrevêm a morte.”

Υart. 128° do CP: ”Não se pune o aborto praticado por médico:


I - Se não há outro meio de salvar a vida da gestante.
II- Se a gravidez resultar de estupro e o aborto é procedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
representante legal.”

1.2. Escólio

A vida de todo ser humano começa no útero da mulher. O direito à vida é obviamente, é o
mais importante de todos.
Como sabemos, todos os seres humanos ao nascerem com vida tornam-se, para legislação
brasileira, sujeitos de direito e adquirem no mesmo instante personalidade jurídica. Esta
capacidade jurídica “une-se” a vida física do ser humano, porque o acompanha deste o seu
nascimento, até a fim de seus dias.

Pela lei brasileira, só nos tornamos sujeitos de direito ao nascer com vida, ou seja, ao cortar
o cordão umbilical e ao respirar (mesmo que seja apenas uma aspirada), a criança
considera-se pessoa para tal legislação, independente do tempo de gestação e deformidades
portadoras. Evidente que para muitas pessoas comuns o que importa é se a criança contínua
a viver, mas para a legislação nacional, o que vale são os pressupostos a acima citados. Tal
aspecto se destaca principalmente em questões de herança, onde a ordem desta se altera
totalmente com inclusão de um novo herdeiro(art. 1.603).

Voltando ao ângulo principal sobre o direito à vida, encontramos o nascituro (ser humano de
vida intra-uterina). Pela legislação brasileira, ele não é considerado pessoa, uma vez que
ainda não nasceu, não se separou do ventre materno, não possuindo vida própria. Não
possui vida própria, mas possui vida e carga genética própria. No Brasil, deste o momento
que houve a concepção (óvulo foi fecundado), já se considera nascituro. A lei concede a ele
direito à vida de forma subjetiva (aborto) e expectativa de direito no que ser refere aos casos

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de herança, doação, e ser legisdatário. Esta expectativa só transforma em direito de fato se
nascer com vida.

A legislação brasileira pune em seu Código Penal, quem vir a interromper a gestação,
privando o nascituro do seu direito fundamental à vida. Abre-se aqui, duas exceções a este
direito: no caso da gestante correr risco de vida e no caso dela ser vítima de estupro. Estas
duas exceções criam enormes conflitos entre ideologias: um grupo de pessoas, e
principalmente, os religiosos não aceitam de maneira alguma a quebra deste direito,
alegando que a criança será lesada em seu direito sendo inocente, que o aborto é um
assassinato, uma pena de morte (que a nossa CF não permite), etc. Outro grupo, baseia-se
no mesmo direito à vida, no que se refere a mãe e em mais uma série de leis que amparam
subjetivamente a gestante estuprada. A bem da verdade, ambas correntes tem lógicas
aceitáveis; atualmente contra o aborto, concordo que é difícil decretar um parecer pessoal e
definitivo, porque em ambos os casos tem conseqüências graves que não podem ser
ignoradas.

Outra discussão, de menos abrangência, gerada em torno do direito à vida, foi a “pílula do
dia seguinte”. Proibida no Brasil, por ser entendido que a vida começa no momento da
concepção.

No que se refere ao direito à saúde, o especificaremos no decorrer do trabalho. Basta o


comentário que é fundamental a criança que está tenha direito a saúde sendo
responsabilidade dos pais, da família, do Estado, da sociedade garantir-lhe isto.

Tal direito encontra-se dentro dos princípios do ECA: atendimento integral (art. 3°, 4° e 7°
1
do ECA) e da garantia prioritária (art. 4° do ECA).

Problema relevante para preservação da vida , principalmente as depauperadas pela má


alimentação, é o da vacinação.

“O Estado, no cumprimento de sua obrigação constitucional, promoverá programas de


assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidade
não governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos: aplicação de percentual dos
recursos públicos destinados a saúde na assistência materno-infantil; criação de programas
de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial
e mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o
treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços
2
coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos.”

O direito a vida e a saúde são direitos fundamentais de qualquer ser humano, principalmente
das crianças e adolescentes, que são “indefesos”, e precisam de cuidados redobrados pelo
fato de que eles tem toda a vida pela frente; é mais grave ver uma criança com paralisia do
que um senhor de 80 anos, é mais grave matar um bebê do que um homem, não ressalto

1
Artigos do ECA citados no item 3.1.
2
Alexandre de Moraes, pg. 608

5
que a tais princípios não sejam importantes aos adultos e idosos, mas a uma criança ou
adolescente é com certeza, muito pior.

6
2. DO DIREITO ASSEGURADO À GESTANTE

2.1. Legislação

Υ art. 8° do ECA: “É assegurada à gestante, através do Sistema Único de saúde, o


atendimento pré e perinatal.
§ 1° - A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento,
segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de
regionalização e hierarquização do Sistema.
§ 2° - A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a
acompanhou na fase pré-natal.
§ 3° - Incumbe ao Poder Público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz
que dele necessitem.”

Υart. 9° da CF88: “O poder Público, as instituições e os empregadores propiciarão


condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas
a medida privativa de liberdade.”

Υart. 10° da CF88: “Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de


gestantes, públicos e particulares são obrigados a:
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto a mãe.”

Υ art. 7° da CF88: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a


segurança, a providência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados, na forma desta constituição:
XVIII - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de
cento e vinte dias;”

Υ art. 201 do CF88: “É os planos de previdência social, mediante contribuição,


atenderão, nos termos da lei:
III - proteção a maternidade e a gestante;”

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Υ Lei 8.112 de 11/12/90
art. 207°: “Será concedida licença à servidora gestante por 120 dias consecutivos,
sem prejuízo da remuneração:
§ 1° - A licença poderá ter início no primeiro dia do 9° mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica.
§ 2° - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.
§ 3° - No caso de natimorto, decorridos 30 dias do evento, a servidora será
submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 4° - No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a
30 dias de repouso remunerado”.

Υ Lei 8.112 de 11/12/90


art. 207°: ” para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 meses, a servidora
lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a 1 hora de descanso, que poderá
ser parcelada em 2 períodos de meia hora.”

2.2. Escólio

Dar atendimento a gestante é o primeiro passo para a garantia do nascimento; por isso,
podemos dizer que o art. 8° está diretamente ligado ao art. 7°; porque resguarda o direito
vida e a saúde.

Estatisticamente, que no mundo, a cada minuto morre uma mulher por problemas com a
gravidez ou com o parto, estes dados demostram a importância da assistência a gestante;

O apoio alimentar a gestante contribuí para o desenvolvimento físico adequado do nascituro,


evitando problemas futuros relacionados ao desenvolvimento mental.

O art. 8° garante à criança um direito antes mesmo de nascer: o direito de que sua mãe,
grávida, tenha atendimento pré-natal. E perinatal, inclusive amamentação.

O estado, ao descumprir esse direito, pode sofrer um mandado de segurança e as


autoridades do Sistema Único de Saúde (SUS) que recusarem atendimento podem ser
processadas pelo crime de maus-tratos.

A gestante tem direito ao pré e perinatal. Infelizmente, no Brasil, o índice de mortalidade


neonatal é alto, isto se deve ao fato de que existe grande desatenção e omissão de
assistência à gravida e ao bebê, embora a lei considere tais ações como crime.

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O art. 9° do ECA garante a gestante o direito de amamentar seu filho da ação de terceiros e
obviamente dá direito a criança de mamar no peito. O direito de mamar no peio está
garantido nesta lei e determina que o Poder Público, as instituições e os empregadores
devem criar condições para o aleitamento materno, um direito até para os filhos de mães
presas. Quem não respeitar este direito também está sujeito a um mandado de segurança.

“O aleitamento materno é assunto que hoje está sempre na ordem do dia. Até então os
esforços em incrementá-lo, na população de mães, eram isolados e resultado, praticamente,
de trabalho de idealistas. Agora que o problema chegou ao nível da televisão, parece que o
enfoque vai ter a dimensão e o alcance que merece. Hoje, governo e entidades privadas se
estão mobilizando com tal desinderado. Ao tornar a população consciente da importância da
própria mãe aleitar, estará colaborando-se para reduzir os índices de mortalidade infantil que,
3
aliás, são elevadíssimos, e, assim, criar um filho mais forte.”

Seguindo nos direitos da gestante e da criança, vem o art. 10° do ECA garantir que o recém-
nascido e a mãe não sejam separados logo após o nascimento, este artigo garante o direito
de alojamento conjunto. Veremos este tema especificamente no item seguinte.

Alguns autores como Walter Moraes afirmam que a gestante não possui direito algum, quem
possui direito, mesmo que subjetivamente, é somente a criança, e em nome dela devem ser
feito os processos, transformando qualquer ação envolvendo a gestante como uma forma de
“tutora do nascituro”.

3
Antônio Chaves. pg. 88.

9
3. DAS OBRIGAÇÕES DOS HOSPITAIS

3.1. Legislação

Υart. 10° do ECA: “Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde


de gestantes, públicos e particulares são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários
individuais, pelo prazo de 18 anos;
II - identificar o recém nascido mediante o registro de sua impressão palmar e
digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas
normalizadas pela autoridade administrativa competente.
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades
no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais.
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato.
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto
a mãe.”

Υart. 12 do ECA: “Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão


proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
responsável, nos casos de internação da criança e do adolescente.”

Υart. 228 do ECA: “Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de


estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades
desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10 desta lei, bem como de fornecer à
parturidade ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de
nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato:
Pena - detenção de 6 meses a 2 anos.

Parágrafo Único. Se o crime é culposo:


Pena - detenção de 2 a 6 meses ou multa.

Υart. 229 do ECA: “Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de


atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por
ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta
lei:
Pena - detenção de 6 meses a 2 anos.

Parágrafo Único. Se o crime é culposo:


Pena - detenção de 2 a 6 meses ou multa.

10
3.2. Escólio

O objetivo maior da obrigatoriedade da identificação se faz em fazer com que haja registros,
que perdurem a um grande lapso de tempo, a fim de que, em qualquer dúvida sobre o menor
e sua mãe, possam ser consultados. A lei determina que quem lida com grávidas e bebês
tem que manter registro de todas as atividades desenvolvidas no atendimento a eles, através
de prontuários individuais, pelo prazo de 18 anos. Da grávida porque pode haver a
necessidade, em uma segunda gestação, das informações da primeira. Do bebê porque
pode haver a necessidade das informações sobre o período pré-natal, sobre as dificuldades
do parto, sobre os remédios que precisou tomar, para psicólogos e psiquiatras. Obviamente,
além de tudo isto, ter um registro de local de nascimento, que nos casos de investigação de
paternidade posterior possam ser consultados, além do não fornecimento à parturiente, na
alta, de declaração de nascimento, onde constem as ocorrências do parto e do
desenvolvimento do recém-nascido.

Deve-se proibir ao neonato a permanência junto à mãe. Na prática, parece-nos bem difícil o
cumprimento desta exigência, em face da crise no setor de saúde.

O art. 10° do ECA garante que o recém-nascido e a mãe não sejam separados logo após o
nascimento, tendo direito de alojamento conjunto. Entre outras coisas, determina também a
obrigatoriedade dos hospitais e maternidades fazerem exames “visando ao diagnóstico e
terapêutica de anormalidades no mecanismo do recém-nascido, bem como prestar
orientação aos pais.” Este artigo refere-se a hospitais públicos e particulares, preceituando-
os de uma série de obrigações, que têm por finalidade a proteção da saúde da criança, bem
como a sua identificação.

Em caso de desrespeito aos incisos I e IV aplica-se como sanção o art. 228 do ECA. Assim,
se houver a vontade deliberada de descumprir por parte do agente (crime doloso), a pena vai
de 6 meses a 2 anos. Mas se o encarregado do serviço ou o dirigente do estabelecimento
tiver agido culposamente, isto é, sem vontade de descumprir as normas, porém fazendo-o,
por negligência ou imprudência, a pena se reduza a detenção de dois a seis meses, ou
apenas multa. No caso de crime culposo, sendo primário o agente, pelo bom senso basta
uma boa multa. Evidentemente que a detenção ou multa são penas alternativas, uma vez
aplicada uma, não será aplicada outra.

O dirigente do estabelecimento responderá por omissão quando não houver uma pessoa
determinada para as referidas funções. Se forem 2 ou mais responsáveis, devem ser
renunciados em concurso (art. 29 do CP).

Nos casos de descumprimento do Inciso II e II do art. 10 do ECA aplica-se o art. 229 do


mesmo estatuto. è crime deixar de identificar corretamente o recém nascido e sua mãe, no
parto. Assim como é crime deixar de fazer, imediatamente, os exames previstos no art. 10.

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Embora com os direitos resguardados sobre pena de perda de liberdade (punição mais grave
dada ao ser humano), continuam os casos de trocas de bebês nos grandes hospitais, assim
como ainda é freqüente o diagnóstico tardio de diversas patologias, mesmo com o médico
pediatra na sala do parto. Certos exames, necessariamente, devem ser feitos nas duas
primeiras horas de vida, para permitir que a criança seja atendida a tempo. Na verdade, não
bastam os exames: se houver omissão de tratamento, o crime está configurado.

Uma pequena observação se diz respeito ao que diz respeito ao método de identificação: as
impressões digitais são usadas pelo fato de que não se descumprir ainda impressões digitais
iguais em duas pessoas (nem em gêmeos) no mundo inteiro. Por isto ele é o único método
totalmente infalível conhecido até hoje. Nos bebês usas-se as impressões dos pés porque as
linhas da mão, mesmo já definidas deste o 6° mês de gestação, não possui cristas salientes
porque a mão é muito lisa; por isto usas-se a dos pés que possui cristas papilares mais
salientes.

Os hospitais deverão, nos casos de internação da criança e do adolescente, proporcionar


condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável.

12
4. Das Obrigações do Poder Público

4.1. Legislação

Υ art. 8° do ECA: “É assegurada à gestante, através do Sistema Único de saúde, o


atendimento pré e perinatal.
§ 3° - Incumbe ao Poder Público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz
que dele necessitem.”

Υart. 9° do ECA: “O poder Público, as instituições e os empregadores propiciarão


condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães
submetidas a medida privativa de liberdade.”

Υart. 10 do ECA: “É assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente,


através do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às
ações e serviços para promoção e recuperação da saúde ativa de liberdade.
§ 1° - A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão
atendimento especializado.
§ 2° - Incumbe ao Poder público fornecer gratuitamente àqueles que
necessitarem de medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao
tratamento, habilitação ou reabilitação.

Υart. 227° da CF88:


§ 1° - ” O estado promoverá programas de assistência integral à saúde da
criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não
governamentais e obedecendo os seguintes preceitos:
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na
assistência materno - infantil
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para
os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de
integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o
treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso
aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e
obstáculos arquitetônicos.”

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Υ Decreto - Lei n.200 de 25/02/67
art. 156° : “Dispõem-se sobre a organização da administração federal, que a
formulação e coordenação da política nacional da saúde, em âmbito nacional e
regional, caberá ao Ministério da Saúde, acrescenta-se:
§ 1° - Com o objetivo de melhor aproveitar recursos e meios disponíveis e de
obter maior produtividade, visando a proporcionar efetiva assistência médico -
social á comunidade, promoverá o Ministério da saúde a coordenação, no
âmbito regional, das atividades de assistência médico - social, de modo a
entrosar as desempenhadas por órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal,
dos territórios e das entidades do setor privado.
§ 2° - Na prestação da assistência médica dar-se-á preferência á celebração de
convênio com entidades públicas e privadas, existentes na comunidade.
§ 3° - A assistência médica da previdência social, prestada sob a jurisdição do
Ministério do Trabalho e previdência Social, obedecerá, no âmbito nacional e
regional, à política nacional da saúde.”

4.1. Escólio

No que se diz respeito do dever do Poder Público em relação ao menor encontramos


basicamente no art. 277 do CF88 a base dos deveres fundamentais impostos ao estado.

“Manda o § 7° do art. 227 da CF que no atendimento dos direitos da criança e do


adolescente se leve em conta o disposto no art. 204, que traça diretrizes para as ações
governamentais na área da assistência social a serem realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195:

”I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas


gerais á esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos
programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades
beneficentes e da assistência social.
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
4
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.”

Dentro do ECA os Promotores e Procuradores de Justiça passaram a ter o dever funcional


de atuar no sentido de garantir a efetivação das normas estabelecidas em favor das crianças
e adolescentes.

4
Antônio Chaves, pg. 77.

14
O Poder Público deve propiciar apoio alimentar à gestante, assegurar atendimento médico à
criança e ao adolescente, através do Sistema Único de Saúde, garantir ao menor portadores
de deficiência atendimento especializado e fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem
de medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou
reabilitação.

O Poder Público tem também a obrigação de fiscalizar que as instituições e os


empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno e garantir o mesmo
direito aos filhos de mães presas.

Bibliografia

CHAVES, Antônio. Comentários ao Estatuto da Criança e Adolescente. 2° edição. São


Paulo, Ed. LTr, 1997.

ELIAS, Roberto João. Comentários ao Estatuto da Criança e Adolescente. São Paulo, Ed.
Saraiva, 1994.

LOBOS, Luiz. O que é este estatuto? 1° edição. Rio de Janeiro, Ed.Lidador, 1997.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 5° edição. São Paulo, Ed. Atlas, 1999.

Código Civil & Código Penal. ed. Saraiva.

Constituição Federal 1998.

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