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A CONSULTA HOMEOPÁTICA
Parágrafos do Organon de Hahnemann
A CONSULTA NA HOMEOPATIA METAFÍSICA
Em todos os volumes dos livros de Matéria Médica “Homeopatia
Metafísica” da Editora Hipocrática Hahnemanniana - há uma lista imensa
de sintomas energéticos para cada remédio. A técnica para harmonizar uma
pessoa é ouvir os seus sintomas energéticos. Há poucos homeopatas brasi-
leiros treinados para ouvir e repertorizar estes sintomas, mas com os livros
de “Homeopatia Metafísica” esta tarefa ficou muito mais fácil.
Os sintomas energéticos correspondem justamente aos que Hahne-
mann relata nos §165, §117 e §153 do Organon:
QUANDO O MEDICAMENTO NÃO ABRANGE OS SINTOMAS
INCOMUNS, PECULIARES E DISTINTOS
§165 "Se, porém, não houver exata semelhança entre os sintomas
do medicamento escolhido e os sintomas incomuns, peculiares, distintivos
(característicos) do caso de doença e se o medicamento apenas corresponde
à doença nos seus estados gerais, não exatamente descritos e indefinidos
(náusea, debilidade, dor de cabeça etc.) e se não houver, entre os medica-
mentos conhecidos, nenhum homeopaticamente apropriado, o artista da
cura não deve esperar, então, nenhum resultado imediatamente favorável
do emprego deste medicamento homeopático."
SINTOMAS RARÍSSIMOS - AS IDIOSSINCRASIAS
§117 "Fazem parte destes últimos, as chamadas idiossincrasias, que
são entendidas como constituições físicas particulares, as quais embora
sejam sadias sob outros aspectos, possuem uma tendência a desenvolver um
estado mais ou menos mórbido mediante certas coisas que, em muitas outras
pessoas não parecem produzir a mínima impressão ou mudança. A ausência
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Provavelmente nunca se encontrará entre os hipocondríacos, mesmo
os mais impacientes, uma invenção pura e simples dos fenômenos e
padecimentos; é o que demonstra a comparação dos incômodos de que
se queixam em períodos de tempos diferentes, quando o médico nada
lhes ministra ou lhes dá algo sem valor medicamentoso algum.
É preciso descontar alguma coisa de seu exagero, pelo menos atribuir o
caráter forte de suas expressões à sua excessiva sensibilidade. Sob esse
aspecto, o próprio tom exaltado de suas expressões sobre seus sofrimen-
tos se toma por si só um importante sintoma na série de todos os outros
dos quais se compõem o quadro da doença. O caso é outro quando se
trata de loucos ou daqueles que, por má fé, simulam doenças."
DOENTES CALADOS, RESERVADOS NA CONSULTA
§97 "Há pessoas cujo temperamento é oposto aos hipocondríacos,
ocultam uma série de males, seja por indolência, por um senso equivocado
de pudor, por uma certa displicência ou timidez, apresentando‑os em termos
vagos ou considerando alguns deles sem importância."
A CONSULTA. A IMPORTÂNCIA DO RELATO DO PRÓPRIO
DOENTE
§98 "O certo é ouvir principalmente o próprio doente acerca de seus
males e sensações e dar crédito às suas próprias expressões, com as quais
procura esclarecer seus padecimentos. Algumas expressões costumam ser
modificadas e adulteradas pelos amigos e por aqueles que cuidam dele.
Em todas as doenças, especialmente nas crônicas, a investigação
do verdadeiro e completo quadro das mesmas e de suas particularidades
requer cuidado especial, ponderação, conhecimento da natureza humana,
prudência na indagação e um elevado grau de paciência."
AS DOENÇAS AGUDAS RECENTES, QUE ESTÃO
MEMORIZADAS NA MENTE DO CLIENTE
§99 "Em geral, a investigação de doenças agudas ou daquelas surgi-
das há pouco tempo é mais fácil para o médico, porque todos os fenômenos
e alterações da saúde recém‑perdida estão ainda vivos e presentes na me
mória recente do doente e de seus amigos.
Certamente, também aí, o médico precisa saber tudo, mas ele tem
que investigar bem menos; a maior parte lhe é dita de forma espontânea."
expressando-se através de
SINAIS MÓRBIDOS.
FENÔMENOS e SINTOMAS
da maneira mais
SEMELHANTES ou OPOSTOS.
DE UM OU VÁRIOS
Isso indica:
de aspectos que o seu médico de família talvez tenha ignorado. Por exemplo,
você deveria tentar se lembrar e descrever a natureza exata de cada dor que
tenha sentido:
queimação expansão pressão entorpecimento
explosão latejo rigidez penetrante
perfuração profunda pontada superficial
ferroada constante compressão intermitente
dilaceração móvel paralisação estacionária
Após você ter dito porque veio, começa o processo de histórico do caso.
Esta é a verdadeira investigação de sua enfermidade. O homeopata fará uma
série de perguntas minuciosas para descobrir exatamente o que você está
sentindo, por quê, e o que você acredita ser a verdadeira causa de sua doença.
A seguir, algumas das perguntas que lhe poderão ser feitas:
• Como você reage ao barulho?
• Você detesta ser deixado sozinho?
• Como se sente ao ouvir música? Você tem medo do escuro?
• Tem medo de cachorro ou de qualquer outro animal?
• Tempestades com raios e trovões o afetam?
• Você sente sede com frequência? Se sente, prefere bebidas quentes ou
frias? Você as bebe aos poucos ou de um só gole?
• Você está sempre com fome?
• Como reage à atividade e ao descanso?
• Você detesta tempo quente, frio ou úmido?
• Você anseia por carne, ou qualquer outro alimento? Sente muita vontade
de comer alimentos quentes ou condimentados?
• Você detesta comida crua?
• Seus sintomas são afetados pelo clima?
• A que horas do dia você se sente melhor ou pior?
• Você é irritadiço, ansioso ou deprimido?
• Detesta tomar banho? É sensível às críticas? Chora com facilidade?
Descobrir estas modalidades ‑ coisas que afetam seu humor e sua
conduta ‑ é muito importante se o homeopata quer escolher o remédio
certo para você. Em casos de primeiros socorros, entretanto, as regras não
se aplicam e o remédio é escolhido em bases puramente sintomáticas, sem
consideração quanto à constituição física e mental da pessoa.
um calhamaço de papel, no qual escreveu tudo aquilo que deve dizer... Mas
falta, evidentemente, o essencial: tudo aquilo em que ele ainda não pensou.
Alguns imaginam que tudo isso não tem caráter muito científico.
Entretanto, acredito que, nesse campo, é imperativo deixar espaço livre para
a inspiração do momento.
Posso dizer, por experiência própria, que quando o homeopata tenta
colocar‑se na situação do paciente, há momentos como se ambos pensas
sem juntos. É nesse momento que surgem os sintomas mais interessantes,
às vezes de maneira inteiramente inesperada, só porque o doente sente que
está sendo compreendido. É óbvio que somente estando em dois existe a
possibilidade de encontrar juntos alguma coisa. Como há centelhas que so-
mente brotam do atrito de dois sílex, há também sintomas que só despontam
de uma conversa espontânea, franca e aberta, num ambiente de distensão,
feito de mútuo respeito. Agora você pode compreender porque não tem
sentido pretender que um remédio seja receitado por telefone.
1º. O que você sente exatamente?
A escolha das palavras tem papel importante para descrever as suas
sensações. Por exemplo, se alguém diz: “Não me sinto bem”, isso pode
querer dizer: “Estou morto de cansaço”, “Acho que vou desmaiar”, “Tenho
vontade de vomitar”, “Sinto que estou morrendo”, e muitas outras coisas.
Se você quiser descrever uma sensação com certa exatidão, poderá
usar uma comparação deste tipo: “Tenho uma sensação de como se tivesse
uma pedra sobre o estômago” ‑ este, diga‑se de passagem, é um sintoma
típico de remédio Bryonia ou do Nux‑vomica.
A expressão “tenho dor” pode referir‑se a uma multitude de sensa-
ções diferentes. Pode significar uma sensação de queimação, de pontadas,
de distenção de órgãos, de peso desagradável, sem conotar realmente uma
dor verdadeira.
É o momento de colocar os pingos nos “ii”. Certos doentes, os “du-
rões”, só começam a falar de dor quando se trata de algo verdadeiramente
insuportável. Estes falsos pudores não têm razão de ser em homeopatia. Você
tem o direito de dizer que está com dor mesmo que não esteja a ponto de rolar
pelo chão, gritando de dor. Pois existem muitos tipos de dor. Há dores que
pouco incomodam e outras quase impossíveis de suportar. Se você não sabe
bem onde se situar nas várias graduações entre esses dois extremos, pode
sempre descrever em detalhes o que sente, dizendo, por exemplo: “Minha
dor no coração é uma sensação muito vaga de alguma coisa que me rói”.
A pergunta geral “O que você sente exatamente?” inclui, na realidade,
uma série de questões mais precisas, tais como:
‑ “O que você está ouvindo?” (em caso de tosse ou de ruídos no ouvido.)
‑ “O que você está vendo?” (em caso de distúrbios da vista, ou então
quando nos queixamos de uma erupção na pele.)
‑ “Que cheiro você sente?” (quando estamos com corrimento nasal.)
E às vezes também cabe perguntar:
‑ “Que gosto têm os alimentos?” ou “Que gosto você sente na boca?”
(Por exemplo, quando há lesões situadas na boca.)
Em qualquer caso, será sempre necessário descrever com maior exa-
tidão possível aquilo que você sente. Este ponto é muito importante.
2º. Onde se localiza a sua sensação?
A melhor e mais simples maneira de designar com exatidão a região
em que sentimos algo é mostrá‑la com o dedo.
É melhor não utilizar termos da anatomia, pois eles têm um senti-
do muito preciso e que é desconhecido daqueles que não fazem estudos
médicos. Tomemos um exemplo: cada um tem um conceito pessoal bem
limitado sobre a localização dos rins. Alguns situam‑nos entre as omoplatas
e outros ao nível do sacro. É certo que a maioria das pessoas que se queixa
de “dores nos rins” querem dizer “na parte inferior das costas”, mas seria
muito útil apontar o local exato indicando‑o com o dedo, a fim de evitar
possibilidades de erro.
É também muito importante indicar com exatidão se o distúrbio se
situa à direita ou à esquerda. Por exemplo, uma dor de garganta pode muito
bem localizar‑se somente à esquerda da faringe, ou começar à esquerda para,
em seguida, espalhar‑se para a direita, ou vice‑versa.
É preciso ainda estar atento à propagação da dor. Um exemplo: descre-
vemos treze modos diferentes pelos quais a dor da angina do peito pode se
propagar para uma ou outra parte do corpo,4 mas deve‑se destacar que a maneira
clássica é sua propagação para o braço esquerdo ou para a mão esquerda.
Fonte Bibliográfica:
BRUNTON, Dr. Nelson. Conhecer a Homeopatia – A Medicina da Nova Era.
Editora Objetiva, 1989.
GRÁFICOS: Eliete M. M. Fagundes
HAHNEMANN, Samuel. O Organon da Arte de Curar. Editora Hipocrática Hah-
nemanniana. Belo Horizonte, 2000.
SCHROYENS, Dr. Frederik. Como encontrar o remédio homeopático. Edições
Paulinas, 1991.