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Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – Unidade II

Curso de

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


LUCIANO DOS SANTOS BENEVIDES
RA: 3773769606
WANDERLEY RIBEIRO GALINDO
RA: 3272587611
MARCELO DA SILVA DIAS
RA: 3268580412
ALCIDEMAR CACERES CASTILHO
RA: 3248564402
ANTONIO J.R.MONSON
RA: 3244564493

LUMINOTÉCNICA

CAMPO GRANDE/MS – 2015


1
LUCIANO DOS SANTOS BENEVIDES
RA: 3773769606
WANDERLEY RIBEIRO GALINDO
RA: 3272587611
MARCELO DA SILVA DIAS
RA: 3268580412
ALCIDEMAR CACERES CASTILHO
RA: 3248564402
ANTONIO J.R.MONSON
RA: 3244564493

LUMINOTÉCNICA

Projeto de uma industria para fins de


avaliação da disciplina de Tópicos
complementar de engenharia, da
graduação em controle e automação,
solicitada pelo professor Michel dos
Santos.

CAMPO GRANDE/MS – 2015


2
Sumário

1 Introdução ................................................................................................................ 5

2 Planta baixa utilizada para este exemplo( Nossa Sala de Aula). ............................ 5

3 Método dos Lumens ou do Fluxo Luminoso. ........................................................... 6

3.1 Iluminância........................................................................................................... 6

3.2 Seleção de iluminância ....................................................................................... 6

4 Exemplos de Cálculo de Iluminação ...................................................................... 11

4.1 Existem programas para auxilio desses cálculos como o lumisoft. ........... 16

5 Grandezas luminotécnicas ..................................................................................... 23

5.1 Fluxo luminoso .................................................................................................. 23

5.2 Eficiência luminosa de uma lâmpada .............................................................. 24

5.3 Intensidade luminosa ........................................................................................ 25

5.4 Nível de iluminação ou iluminância ................................................................. 26

5.5 Brilho ou Luminância ........................................................................................ 27

6 Método Ponto por Ponto ........................................................................................ 28

6.1Exemplo de Calculo. .......................................................................................... 29

7 Método das Cavidades Zonais ............................................................................... 33

7.1 Índice das Cavidades ........................................................................................ 36

8 Tipos de Lâmpadas ................................................................................................ 42

8.1 Incandescentes:. ............................................................................................... 42

3
8.2 Fluorescentes. ................................................................................................... 42

8.3 Halógenas. ......................................................................................................... 42

8.4 Dicróicas ............................................................................................................ 43

8.5 Vapor de mercúrio ............................................................................................. 43

8.6 De sódio, baixa pressão. .................................................................................. 43

8.7 De sódio, alta pressão ...................................................................................... 43

8.8 Mista: ................................................................................................................. 43

8.9 Fluorescentes compactas ............................................................................... 44

8.10 Multivapores metálicos:................................................................................. 44

8.11 LED ................................................................................................................... 44

4
1 Introdução

De acordo com as normas da ABNT (NBR5413), cada ambiente requer


um determinado nível de iluminância (E) ideal, estabelecido de acordo com as
atividades a serem ali desenvolvidas, para este projeto utilizou-se do calculo
luminotécnico através do método dos lumens para cada ambiente. Neste trabalho
os cálculo constam todas as informações utilizadas, tais como, fator local, fator de
utilização, fator de manutenção, bem como a distribuição das luminárias em cada
ambiente e os interruptores a serem utilizados.

2 Planta baixa utilizada para este exemplo( Nossa Sala de Aula).

8,1 m de comprimento

7 m de Largura

Pé direto de 3m.

5
3 Método dos Lumens ou do Fluxo Luminoso.

O Método dos Lumens tem por finalidade principal de terminar o número de


luminárias necessárias para garantir um valor de iluminamento médio
especificado. Ele pode ser resumido nos passos a seguir.

3.1 Iluminância
De acordo com a NBR-5413 da ABNT, cada ambiente requer um
determinado nível de iluminância (E) ideal, estabelecido de acordo com as
atividades a serem ali desenvolvida, segundo as tabelas abaixo: Segundo a
Norma Brasileira para iluminância de interiores, NBR 5413, as salas de aula
devem ter iluminância média mínima de 300 lux.

Tabela 1 – Iluminância (em lux) para cada grupo de tarefas visuais.

3.2 Seleção de iluminância

Para determinação da iluminância conveniente é recomendável considerar

os seguintes procedimentos:

6
Da Tabela 1 constam os valores de iluminâncias por classe de tarefas visuais. O

uso adequado de iluminância específica é determinado por três fatores,de acordo

com a Tabela 2.

- Idade média dos alunos: 35 anos

- Mesas revestidas em laminado branco.

Tabela 2 – Fatores determinantes da iluminação adequada.

Existem variados métodos para o cálculo correto e distribuição de


luminárias de modo a garantir uma maior eficiência maior, alguns métodos mais
simplificados e outros complexos devido à grande quantidade de variáveis que
podem influencia os cálculos luminotécnicos. A grande maioria dos fabricantes
disponibiliza dados de desempenho e interferência dos seus produtos,
direcionando desta maneira para ser usado sempre o índice médio, o que torna a
tarefa do cálculo por esse sistema mais simples e confiável.

7
O método do índice médio é o método mais completo e usa mais variáveis,
pois usa variáveis disponibilizadas pelos próprios fabricantes de luminárias o
garante um melhor aproveitamento do desempenho de cada luminária.

Passo 1

Estabelecer o iluminamento médio do local, em função das dimensões do


mesmo e da atividade a ser desenvolvida. Conforme mencionado anteriormente,
as normas técnicas possuem valores de referência para o iluminamento médio. De
acordo com a NBR 5413, para a determinação da iluminância conveniente é
recomendável considerar as seguintes classes de tarefas visuais.

Passo 2

Estabelecer o tipo de lâmpada e de luminária a serem utilizadas no local. A


experiência do projetista é muito importante neste passo, pois um determinado
conjunto lâmpada/luminária disponível comercialmente pode-se adaptar melhor a
algumas aplicações e não a outras. Por exemplo, iluminação fluorescente
convencional é bastante indicada para iluminação de escritórios, e iluminação
incandescente é a opção preferencial para galerias de arte, devido a sua
excelente reprodução de cores.

Passo 3
Para a luminária escolhida no passo anterior determina-se o Fator de
Utilização(Fu). Este coeficiente, menor ou igual a 1, representa uma ponderação
que leva em conta as dimensões do local e a quantidade de luz refletida por
paredes e teto. A contribuição das dimensões do local é feita através do chamado
Índice do Local (K) definido de acordo com:

8
Fórmula do Índice médio para cálculo de luminárias

Onde:

 K: Índice médio;

 C: Comprimento do local em metros;

 L: Largura do local em metros;

 H: Altura da luminária em relação ao plano de trabalho ou piso.

O fator de utilização ou eficiência do recinto de uma luminária é a relação


do fluxo luminoso (lumens) que alcança uma área específica, oriundo de uma
fonte luminosa, e o fluxo luminoso total da fonte Para determinar esse fator,
recorre-se à tabela de fator de utilização fornecida pelo fabricante da luminária e
cruza-se o fator local (K) com os índice de refletância do ambiente a ser iluminado

O índice do local permite diferenciar locais com mesma superfície total, mas
com formato diferente (quadrado, retangular, retangular alongado, etc.), e também
incorpora a influência da distância entre o plano das luminárias e o plano de
trabalho.

9
De posse do índice do local, o coeficiente de utilização é facilmente obtido
através de tabelas cujas outras variáveis de entrada são a fração de luz refletida
por paredes e teto.

Passo 4

Para o local de instalação determina-se o Fator de Depreciação

(Fd). Este coeficiente, menor ou igual a 1, representa uma ponderação que


leva em conta a perda de eficiência luminosa das luminárias devido à
contaminação do ambiente.Existem tabelas que fornecem valores deste
coeficiente em função do grau de contaminação do local e da freqüência de
manutenção (limpeza) das luminárias.

Passo 5

Determina-se o fluxo luminoso total φ (em lúmen) que as luminárias


deverão produzir, de acordo com a seguinte expressão:

Onde:

 Φ: Fluxo luminoso em lumens;

 E: Iluminância ou nível de iluminamento em lux;

 S: Área do recinto em m²;

 μ: Coeficiente de utilização;

10
Passo 6

Determina-se o número necessário de luminárias N.

φ
Onde:

 n: Número de lâmpadas;

 Φ: Fluxo luminoso total em lumens;

 ∅: Fluxo luminoso de cada lâmpada.

4 Exemplos de Cálculo de Iluminação

a) Método dos Lumens

Projetar o sistema de iluminação da sala de aula ( Sala de aula da faculdade)


com 7m de comprimento, 8,10m de largura e 3m de altura (pé direito), com mesas
de 0,8 metros de altura. As luminárias serão Philips TCS 029, com duas lâmpadas
fluorescentes de 32 W, Branca Comfort. O teto está pintado de branco claro,as
paredes estão de branco claro e o chão está revestido com piso na cor branca. O
ambiente é considerado normal com período de manutenção de 5.000 horas.

11
Figura 1- Altura de iluminação

12
Figura 2- Luminária Comercial

Tabela 3 Fator de utilização

13
Tabela 4 Tabela coeficiente fator de depreciação.

A) aparelho de iluminação: •Luminária TCS 029 •Duas lâmpadas TLDRS 32/64 –


500 lx .

⇒2 x 2.500 = 5.000 lm

B) da tabela de iluminâncias recomendadas (tabela 1), adota-se E = 500lx

C) tem-se

C =7 m

L = 8,10m

h= 2 m (luminária na calha e mesas a 0,8m).

K = 7 x 8,10/ (7 + 8,10) x 2 = 1,87

14
D) consultando a tabela 3 (catálogo da luminária) de fator de utilização “Fu” para
esta luminária, com K = 1,87 e considerando para o local uma refletância 751
(70% teto, 50% parede, 10% piso), obtém-se Fu= 0,54(Valor interpolação);

E) da tabela de fator de depreciação “Fd” (tabela 4) considerando ambiente normal


e manutenção a cada 5.000h, obtém-se d=0,85;

(VI) da expressão .

(500 x 56,7) / (0,54 X 0,85)= 28350 / 0,459 = 61764.7059 lm

61764.7059 / 5000 = 12 Luminárias com duas lâmpadas de 32 W cada.

15
4.1 Existem programas para auxilio desses cálculos como o lumisoft.

Figura 3- Dados do Ambiente

Parâmetros

Ambiente: Sala de Aula


Largura do ambiente: ..................................... 7,00 m
Comprimento do ambiente: ............................ 8,10 m
Altura do ambiente: ........................................ 2,80 m
Plano de trabalho considerado: ...................... 0,80 m
Índice de reflexão: Teto: ............................ 70,0%
Parede: ........................ 50,0%
Chão: ........................... 20,0%

Fator de perda: ................................................... 0,85

16
CCN10-S232

Luminária de sobrepor, com


corpo em chapa de aço
fosfatizada e pintada
eletrostaticamente.

Cd/1000 lm 94%

100

200

300

Transv ersal Longitudinal

Figura 4- Luminária CCN10-S232

Teto (%) 70 50 30 0 Número de Luminárias por Área


Parede (%) 50 30 10 50 30 10 50 30 10 0 Fluxo 5.400 lm
Chão (%) 20 20 20 0 Iluminância 300 lx 500 lx
RCR Fator de Utilização (%) Pé direito 2,5 m 3,0 m 2,5 m 3,0 m

0 104 104 104 96 96 96 89 89 89 79 Área Número de luminárias


1 86 81 77 79 76 72 73 70 67 60 10 m² 1,4 1,7 2,3 2,8
2 73 66 60 67 62 57 62 57 53 47 20 m² 2,3 2,7 3,9 4,4

3 63 55 49 58 51 46 54 48 43 38 30 m² 3,2 3,6 5,3 6,0

4 55 47 40 51 44 38 47 41 36 32 40 m² 4,0 4,4 6,6 7,4


5 49 40 34 45 38 32 42 36 31 27 50 m² 4,8 5,3 7,9 8,8
6 44 35 29 40 33 28 38 31 27 23 Ambiente com teto e parede claro, chão escuro;
Fator de perda 0,85;
7 39 31 25 37 29 24 34 28 23 20
Plano de trabalho 0,80.
8 36 28 22 33 26 21 31 25 21 18
9 33 25 20 31 24 19 29 23 18 16
10 30 23 18 28 22 17 26 21 16 14

Tabela 5 Tabela coeficiente de utilização

17
Ambiente: Sala de Aula
Iluminância média calculado: 503,2 lux

Figura 5- TOMOGRAFIA SIMPLES

800

600

400

200

18
Ambiente: Sala de Aula
Iluminância média calculado: 503,2 lux

Figura 6- Gride de Iluminância

19
Ambiente: Sala de Aula
Iluminância média calculado: 503,2 lux

Figura 7- TOMOGRAFIA 3D
800

600

400

200

20
CCN10-S232( 9 peças)

Figura 8- Fluxo de 5400 lumens por luminária

21
Figura 8- Espaçamento em metros, sugerido para CCN10-S232

22
5 Grandezas luminotécnicas

Podemos ver que a luz é composta por três cores primárias. A combinação
das cores vermelho, verde e azul permite-nos obter o branco. A combinação de
duas cores primárias produz as cores secundárias - magenta, amarelo e cyan. As
três cores primárias dosadas em diferentes quantidades permite-nos obter outras
cores de luz.

5.1 Fluxo luminoso


Símbolo: Φ

Unidade: lúmen (lm)

O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida em todas as direcções por


uma fonte luminosa.

Valores aproximados do fluxo luminoso:

Lâmpada de incandescência de 100 W: 1500 lm


Lâmpada fluorescente de 40 W: 2600 lm

Figura 10- Fluxo luminoso


23
5.2 Eficiência luminosa de uma lâmpada
É calculada pela divisão entre o fluxo luminoso emitido em lúmens e a
potência consumida pela lâmpada em Watt. A unidade de medida é o lúmen por
Watt (lm/W). Uma lâmpada proporciona uma maior eficiência luminosa quando a
energia consumida para gerar um determinado fluxo luminoso é menor do que da
outra.

Figura 11 - Eficiência luminosa de uma lâmpada


Exemplos:

Lâmpada de incandescência de 100 W: 1500 lm. Eficiência luminosa = 1500 /


100 = 15 lm/W

Lâmpada fluorescente de 40 W: 2600 lm. Eficiência luminosa = 2600 / 40 = 65


lm/W

24
5.3 Intensidade luminosa

Figura 12 - Intensidade luminosa


Símbolo: I

Unidade: candela (cd)

A intensidade luminosa é o fluxo luminoso irradiado na direcção de um


determinado ponto.

De uma forma geral as fontes luminosas não emitem igualmente em todas


as direcções. Deste modo, é necessário conhecer a intensidade luminosa em cada
direcção. A esta representação esquemática no espaço envolvente da fonte
luminosa chama-se diagrama fotométrico ou diagrama polar e é fornecido pelo
fabricante.

O ponto x por exemplo, corresponde a uma direcção de 80º, tem uma


intensidade luminosa de 350 cd.

25
5.4 Nível de iluminação ou iluminância

Figura 13 - Nível de iluminação ou iluminância

Símbolo: E

Unidade: lux (lx)

A intensidade de iluminação E, de um superfície, é o fluxo luminoso Φ


recebido na superfície S por unidade de área:

E=Φ/S

È o fluxo luminoso que atinge uma superfície situada a uma determinada


distância por segundo, ou seja, é a quantidade de luz em um certo ponto. A
unidade de medida é o lux, representada pelo símbolo E. Um lux equivale a 1
lúmen por metro quadrado (lm/m2).

26
5.5 Brilho ou Luminância

Figura 14 - Brilho ou Luminância

Quociente entre a intensidade do fluxo luminoso emitido por uma superfície em


uma dada direção e a área dessa superfície projetada ortogonalmente sobre um
plano perpendicular àquela direção; brilhância, brilhância fotométrica, brilho.

27
6 Método Ponto por Ponto
 Método dos lúmens baseia-se no fluxo médio de luz numa área;

 Método ponto por ponto baseia-se na quantidade de luz que incidirá


num determinado ponto da área;

 Necessário o conhecimento da distribuição da luz de diferentes


fontes;

É um método simples para dimensionamento da iluminação. Baseado nos


conceitos e leis básicas da luminotécnica.

Provém da Curva de Distribuição de Intensidade Luminosa de uma fonte


para determinar-se o iluminamento em diversos pontos do ambiente estudado. É
um método mais empregado para a iluminação de exteriores ou para ajustes após
o emprego de outros métodos.

Considera uma fonte luminosa puntiforme iluminando o ambiente. Esta


fonte irradia seu fluxo luminoso para diversas direções. Podendo-se determinar a
intensidade luminosa da fonte numa única direção. A Figura 1 apresenta uma
fonte puntiforme instalada num ambiente no qual se encontra um objeto iluminado
no ponto P.

Figura 15 - Método ponto a ponto


28
6.1Exemplo de Calculo.
Exemplo orientativo para leitura das curvas de distribuição luminosa (CDL), cálculo
da intensidade luminosa nos diferentes pontos e a respectiva iluminância. (Figura

Figura 16 - curvas de distribuição luminosa (CDL)

Consultando-se a luminária, cuja CDL está representada na figura 16 e


supondo-se que esta luminária esteja equipada com 2 lâmpadas fluorescentes
LUMILUX® 36W/21 (Figura 17), qual será a Iluminância incidida num ponto a 30º
de inclinação do eixo longitudinal da luminária, que se encontra a uma altura de
2,00 m do plano do ponto?

29
Figura 17 - Luminária LUMILUX

Figura 18 - Ponto de inclinação

LUMILUX® 36W/21

Ф = 3350 lm

30
Luminária para 2x LUMILUX® 36W/21

n=2

Na CDL, lê-se que:

I30° = 340 cd

Como este valor refere-se a 1000 lm, tem-se que:

I30º= 340 / 1000 x ( 2 x 3350) = 2278 Cd

Onde:

E = Iluminamento em Lux;

I = Intensidade do fluxo luminoso, em cd;

α = Ângulo entre uma dada direção do fluxo luminoso e a vertical que passa pelo
centro da lâmpada;

H = Altura vertical da luminária, em m.

Resultado:

E = (2278 / 4) x 0,65

E = 370 lux
31
Caso o nível mínimo recomendado pela norma fosse de 500 lux, uma
luminária nessa posição não seria suficiente para iluminar a sala.

O Método Ponto a Ponto permite calcular, em qualquer ponto do plano de


trabalho, o iluminamento médio causado por uma fonte luminosa localizada em
qualquer ponto do local.

32
7 Método das Cavidades Zonais

O conceito de Cavidade Zonal


Existem dois métodos tradicionais de cálculo para cavidades zonais:
 o primeiro método, que é aquele abordado neste artigo, é o preconizado
pelo Illuminating Engineering Society/IEC/CIE;
 o segundo método é o preconizado pela Britsh Zonal Cavities – BZC.

Os dois sistemas são incompatíveis entre si e cada um deles apresenta formas


diferentes para calcular os fatores de utilização das cavidades.

No método da IES/IEC/CIE a tabela do Fator de Utilização começa em 0 (zero) e


vai até 10 (dez), conforme fig.1.

Tabela 06 - Fator de Utilização


No método BZC, começa em 0.6 e vai até 5, conforme mostrado na fig.2. A
mistura dos métodos de cálculo pode ser fatal.

33
Tabela 07 - método IES

Observe nas duas figuras acima que para o método IES os piores
comportamentos da luminária são verificados nos valores mais altos de K (índice
do recinto). Já no sistema BZC é exatamente o contrário, ou seja, nos valores
mais altos de K verificam-se os melhores comportamentos da luminária dentro do
local.

Esse erro vem sendo cometido até por profissionais de iluminação, que não
possuem aprimorados conhecimentos sobre o assunto e, portanto, não
conseguem perceber o erro, nem a diferença. Deve-se, então, tomar cuidado nas
“fórmulas mágicas” dos vários “manuais de iluminação” existentes e que não
esclarecem esse aspecto.

O método das cavidades zonais, também chamado de Método dos Lumens


é o método usualmente aceito para cálculos do nível médio de iluminação para
áreas internas, a menos que a distribuição das luminárias seja bastante
assimétrica. Este método leva em consideração o efeito que as refletâncias
internas têm no nível de iluminação. O cálculo do iluminamento obtido por esse

34
método é um valor médio que será representativo somente se as luminárias forem
adequadamente espaçadas para se conseguir uma iluminação uniforme.

O conceito do método das cavidades zonais baseia-se na divisão do recinto


(fig.19) a ser iluminado em três regiões ou cavidades:
 cavidade do teto: que é a cavidade entre o teto e as luminárias
(CT);
 cavidade do recinto: que fica entre o plano das luminárias e o
plano de trabalho (CR);
 cavidade do piso: que é a existente abaixo do plano de
trabalho (CP)

Figura 19 - Divisão do recinto

Quando as luminárias estiverem montadas no teto a cavidade do teto será o


próprio teto. Quando se deseja calcular a iluminância ao nível do chão, a cavidade
do piso é o próprio chão.

Uma vez compreendido esse conceito, é possível calcular relações


numéricas (índices das cavidades) entre as cavidades, as quais serão usadas
para determinar a refletância efetiva das cavidades do teto e piso e então achar o
Fator de Utilização. Convém relembrar que considera-se Fator de Utilização o

35
grau de reflexão, isto é, a parte do fluxo luminoso que retorna ao ambiente e
atinge o plano de trabalho. Neste caso leva-se em consideração as cores e
materiais do recinto, o índice das cavidades e o projeto (desenho) das luminárias.
Este fator é normalmente obtido dos catálogos de luminárias dos fabricantes e
consiste no produto da eficiência do recinto (fluxo luminoso devido à reflexão do
recinto) pela eficiência da luminária (fluxo luminoso produzido pela luminária). Ele
indica, portanto, a eficiência luminosa do conjunto lâmpada-luminária-recinto.

7.1 Índice das Cavidades

Com base nas dimensões do recinto e das cavidades zonais determina-se os


respectivos índices das cavidades usando-se a fórmula:
5h( L  D)
índice da cavidade  eq.2
LD
onde com h:
h=hCT para o índice da cavidade do teto (ICT);
h=hCR para o índice da cavidade do recinto (ICR)
h=hCP para o índice da cavidade do piso (ICP)

L= comprimento do recinto (m);


D= largura do recinto (m).

No caso de recinto com forma irregular a fórmula do índice de cavidade deve ser
mudada para:
2.5 x altura da cavidade x perímetro da cavidade
índice do recinto 
área da base da cavidade

A refletância média ponderada para a cavidade do teto é baseada nas refletâncias


da parede e teto dessa zona e é chamada de refletância efetiva do teto (ρc). Da
mesma forma, para a cavidade do piso temos a refletância efetiva do piso (ρp).

36
A zona entre o plano de trabalho e o plano da luminária é a zona relacionada com
a respectiva parede cuja quantidade de luz refletida varia significativamente
dependendo das dimensões desse espaço. Por exemplo, as paredes de um
espaço alto e estreito absorvem mais luz que outro mais baixo e largo. O primeiro
é também mais sensível para as características da cor e material (reflexão) das
paredes.

A tabela 8 abaixo mostra os coeficientes de reflexão ρ (%).de alguns materiais e


cores:

Tabela 8 – Coeficiente de reflexão de alguns materiais e cores

O trabalho agora consiste em obter as refletâncias efetivas do teto e piso


com base nos coeficientes de reflexão da tabela acima. Isto é feito através da
tabela 8 onde, com base no coeficiente de reflexão (%) do piso ou teto, no
coeficiente de reflexão da parede e nos índices da cavidade do piso ou teto
obtém-se a refletância efetiva do piso (ρp) ou teto (ρc).

Exemplo: calcular as refletâncias efetivas do teto ou piso, dados:


cor do teto: branca (ρc = 80%)
cor do piso: cinza médio (ρp= 20%)
37
cor da parede: azul claro (ρw = 50%)
dimensões do recinto: L = 10,5 m; D = 5,5 m;

Figura 20

Solução:
5 x0.5 x(10.5  5.5)
índice da cavidade do teto (ICC)   0.7
10.5 x5.5

5 x0.8 x(10.5  5.5)


índice da cavidade do piso (ICP)   1.1
10.5 x5.5

5 x 2.5 x(10.5  5.5)


índice da cavidade do recinto (ICR)   3.5
10.5 x5.5

Entrando na tabela C.1 com ρc = 80% , ρw = 50% e interpolando para ICT=0.7


 69  71 
obtém-se   70  ou refletância efetiva do teto ρec = 70%.
 2 

Com piso ρp= 20% e parede ρw = 50% e interpolando para ICP =1.1 obtém-se
refletância efetiva do piso ρep = 19%.

38
E com base nos valores ρep = 19% , ρec = 70% , ρw = 50% , ICR = 3.5 consultar a
tabela do fabricante para obter o Fator de Utilização (FU) da luminária
especificada para o projeto de iluminação. Caso o fabricante não disponha do
catálogo com os valores de FU, recomenda-se selecionar um dos tipos
encontrados na tabela D.1 do Anexo D que mais se aproxima da luminária em
questão (amplie as figuras para uma melhor visualização).

Para o caso de tetos não-horizontais, como é o caso de muitos galpões industriais,


deve-se corrigir o valor de ρc o qual será determinado pela fórmula: ρec = (ρc Aa) /
(As- ρcAs+ ρcAa), onde Aa é a projeção horizontal do teto e As é a área da
superfície do teto.

EXEMPLO (exemplo retirado da referência bibliográfica 4)

Projetar pelo Método das Cavidades Zonais a iluminação de uma sala com
as seguintes características: comprimento 10,5m; largura 5,5m; altura do teto
3,8m; iluminância desejada 450 lux; teto:branco, paredes:cinza, piso:verde escuro.
Iluminação com lâmpadas fluorescentes de 36W (4.000K) instaladas em
luminárias calha simples com 2 lâmpadas e montadas a 0,5m do teto. O nível de
limpeza do local é médio.

39
Figura 21

Solução:
 Dados básicos: E=450 lux; S=10,50x5,5=57,75 m2 ;
teto branco ρteto=80% (veja Tabela 1) paredes cinza: ρparede=50% piso
verde escuro: ρpiso=20%
 Cálculo dos índices de cavidade (veja eq.2)
5hCT ( L  D) 5 x0.5 x(10.5  5.5)
I CT    0.693
LD 10.5 x5.5

5hCR ( L  D) 5 x2.5 x(10.5  5.5)


I CR    3.46
LD 10.5 x5.5

5hCP ( L  D) 5 x0.8 x(10.5  5.5)


I CP    1.109
LD 10.5 x5.5

 Cálculo do Fator de Perda de Luz (LLF)


Calculemos o Fator de Depreciação da luminária com a poeira (LDD) dessa
luminária (Tabela D.1 – fig 49) de Categoria I. Tomando-se como médio o estado
de limpeza da sala e supondo manutenção periódica a cada 30 meses,
poderemos calcular a iluminância após 15 meses da inauguração. Trinta meses
seria a vida média provável das lâmpadas fluorescentes funcionando 10 h por dia,
durante 25 dias por mês.

Entrando com os valores 15 meses e local médio no gráfico da Categoria I


da Tabela B.3 (amplie a figura para melhor visualização) obtemos LLF=0.88.

Da Tabela 8 para 15 meses entre manutenções e atmosfera média temos:


depreciação percentual pela sujeira=20%. Com esse valor e também I CR=3.46,
iluminação direta obtemos pela mesma Tabela A.1 o Fator Depreciação do recinto
com a sujeira: RSDD=0.95
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 Cálculo do Fator de Utilização (FU)
Sendo ρteto=80% , ρparedes=50% e ICT=0,693 a Tabela C.1 (Effective Ceiling and
Floor Reflectances) entrando com Refletância Base (ρteto) =80%, Percent Wall
Reflectance (ρparedes) = 50% e Cavity Ratio (ICT) = 0.7 obtemos, por interpolação,
ρCT=70%

Sendo ρpiso=20% , ρparedes=50% e ICP=1.109 a Tabela C.1 (Effective Ceiling and


Floor Reflectances) entrando com Refletância Base (ρpiso) =20%, Percent Wall
Reflectance (ρparedes) = 50% e Cavity Ratio (ICP) = 1.1 obtemos, por interpolação,
ρCP=19% (usaremos ρCP=20%)

Para cálculo de FU entramos na Tabela D.1 figura 49 com os valores ρ CT=70%,


ρparedes=50% e ICR=3.46 e, por interpolação, obtemos FU=0.64
Notas:
a) não é necessário corrigir FU pela Tabela C.1 (Correção da Refletância
efetiva da cavidade do piso diferentes de 20%) pois ρCP=20%
b) na Tabela D.1 ρCC= ρCT , ρW= ρparede e ρFC= ρCP

 Levando em conta os fatores de depreciação na eq.1 obtemos

EA 450 x57.75
   48571 lm
FUxLLFxRSDD 0.64 x0.88 x0.95

Usando lâmpadas fluorescentes de 3350 lm necessitaremos de:

48571
 14.5 lâmpadas ou 16 lâmpadas (8 luminárias com 2 lâmpadas)
3350

41
8 Tipos de Lâmpadas

Conheça os tipos de lâmpadas disponíveis no mercado:

8.1 Incandescentes: são as lâmpadas mais usadas na iluminação


residencial. Emitem luz a partir de um filamento incandescente. Têm uma
eficiência luminosa muito baixa, da ordem de 12 lm/W. Seu custo é baixo, mas sua
vida útil também, cerca de 1.000 h.

Em ambientes amplos, freqüentados por muitas pessoas, seu uso deve ser
pensado com cuidado, pois além de desperdiçar energia na iluminação, podem
estar colaborando para elevar a carga térmica, acarretando mais gastos ainda
com ar condicionado. As lâmpadas incandescentes podem ser adaptadas a um
dimmer e têm uma ótima reprodução das cores, sendo indicadas na exposição de
produtos como alimentos e tecidos.

8.2 Fluorescentes: um gás ionizado emite radiação ultravioleta que,


incidindo sobre uma camada fluorescente na superfície dos tubos de vidro,
transforma-se em luz visível. Utilizadas comumente em empresas, exigem uma
instalação especial com reatores. Têm vida útil (cerca de 7.500 h) e custos
maiores que as incandescentes. Todavia, sua eficiência luminosa é cinco vezes
maior que a das incandescentes: superam os 70 lumen/ Watt. Têm uma cor fria,
com reprodução de cores que deixa a desejar.

8.3 Halógenas: com 25% a 40% de redução no consumo em relação às


incandescentes, também permitem uma perfeita reprodução de cores. São
compactas e portanto adequadas à montagem de vitrines e à decoração em geral.
Sua vida útil é de 2.000 h. Admitem o dimmer e exigem base especial.

42
8.4 Dicróicas: são um aperfeiçoamento das lâmpadas halógenas por terem
um refletor capaz de concentrar o facho luminoso e ao mesmo tempo mandar para
trás parte do calor emitido. Têm vida útil de cerca de 3.000 h. Embora o vidro na
face anterior seja opcional nos produtos oferecidos no mercado, ele é altamente
recomendado no caso de a lâmpada ser colocada em locais de permanência de
pessoas, caso contrário pode causar queimaduras semelhantes às queimaduras
solares além de desbotar superfícies, como papéis, carpet e tecidos. Possuem
bocal específico. Podem ser adaptadas a um dimmer.

8.5 Vapor de mercúrio: é uma lâmpada de reação (processo semelhante


ao das fluorescentes). Seu índice de reprodução é, em média, de 40% e sua vida
útil em torno de 24.000 h. Emite cerca de 55 lumen / W. Utilizada tradicionalmente
na iluminação pública, emite luz branca. Exige base especial.

8.6 De sódio, baixa pressão: é uma lâmpada de reação (processo


semelhante ao das fluorescentes), atingindo cerca de 130 lumen/W, é a mais
econômica que se conhece. Sua vida útil é de 14.000 a 24.000 h. Por ser robusta
e relativamente barata, vem sendo largamente empregada na iluminação pública.
Exige base especial.

8.7 De sódio, alta pressão: é uma lâmpada de reação (processo


semelhante ao das fluorescentes). Possui a vantagem de uma melhor reprodução
de cores, porém menor eficiência e vida útil mais curta. Exigem base especial.

8.8 Mista: combina uma incandescente e um tubo de descarga com alta


pressão. Funciona em tensão de 220 V, sem reator. Emite cerca de 25 lumen/W.
Possui vida útil de cerca de 6.000 h. É uma alternativa para a substituição de
incandescentes de alta potência.

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8.9 Fluorescentes compactas: São lâmpadas fluorescentes com o tubo
em "U", simples, duplo ou triplo (estes últimos de maior potência) ou ainda na
forma circular, com o reator já incorporado à rosca, com o mesmo formato da
rosca das incandescentes comuns. Embora custe mais do que uma incandescente
comum, dura cerca de dez vezes mais (10.000 h) e, para produzir o mesmo fluxo
luminoso, consome somente 20% da incandescente. Devem ser preferidas
lâmpadas com reatores eletrônicos. Não aceitam dimmer.

8.10 Multivapores metálicos: têm grande fluxo luminoso e alta eficiência,


produzindo muita luz para pouco calor. Atingem os 90 lumen/ W. Sua vida útil
varia entre 8.500 e 15.000 h. Têm cores relativamente frias. Exigem base especial.

8.11 LED

Modernas, a redução de até 90% do consumo de energia é um dos


principais benefícios. Com cerca de 50 mil horas de vida útil, não há no mercado
outra lâmpada com durabilidade tão alta quanto às lâmpadas de LED, que ainda
não ganharam tanta popularidade devido ao preço, bem superior aos dos demais
tipos. É só fazer as contas, o LED é sinônimo de luz de qualidade e economia, em
pouquíssimo tempo será uma das opções preferidas dos consumidores.

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