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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA

PRÓ - REITORIA DE ENSINO


NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO – NUAPE
COORDENAÇÃO DE CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: Psicologia Social
TURMA(S): 01N2A E 01N3A
DOCENTE: Ms. Samila Marques Leão
DISCENTE: Ianara Silva Evangelista
DATA: 26.05.2020

ATIVIDADE (3ª Avaliação da Aprendizagem)

Psicologia social e comunidade. Psicologia Social no campo das políticas públicas


Assistir o diálogo em forma de roda de conversa (online) com profissionais da Psicologia Social
comunitária. Após as aulas produzir um texto articulando a roda de conversa com o texto
Psicologia social e comunidade (8,0 pontos). A aula gravada ficará disponível na plataforma
BlackBoard. Atividade realizada em DUPLA.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre a Psicologia
Social e Comunidade em diálogo com as políticas públicas e o compromisso social do/a
profissional da Psicologia, tomando como referência dois textos, um intitulado “Psicologia
Social e Comunidade” (Livro: “Psicologia Social Contemporânea”) e o outro (artigo), intitulado
“Psicologia Social no campo das políticas públicas: oficinas estéticas e reinvenção de
caminhos”, em diálogo com a Roda de Conversa intitulada “Psicologia e Políticas Públicas:
saberes e fazeres”, realizada no dia 21 de maio de 2020, direcionada para os/às discentes do
UNIFSA, na Plataforma BlackBoard. A referida roda de conversa foi mediada pela Profa. Ms.
Samila Marques Leão e tivemos como facilitadores: Péricles de Souza1 Macedo e Ricardo
Oliveira2.
Para compreendermos melhor o tema, torna-se necessário situar que a relação da
Psicologia com a comunidade iniciou-se por volta dos anos 1960 e que sofreu diversas
transformações, principalmente teóricas, resultando numa série de trabalhos desenvolvidos nas
comunidades pelos/as Psicólogos/as.

1
Psicólogo. Especialista em Gestão Pública em Saúde pela Unicamp. Aperfeiçoamento em Educação, Pobreza e
Desigualdade Social pela UFMA. Trabalhador do SUAS. Conselheiro do CRP-MA e membro da Comissão de
Direitos Humanos (CDH).
2
Psicólogo. Especialização em Saúde Mental (FCINTER/2009). Formador em Tratamento Comunitário
(FPB/2013). Especialização em Atenção Integram ao Consumo e Consumidores de Substâncias Psicoativas.
Mestrando em Comunicação. Psicólogo efetivo da Prefeitura Municipal de Teresina na Política Nacional de
Assistência Social.
Neste processo de inserção da Psicologia Comunitária no campo da Psicologia Social,
percebe-se duas perspectivas: de um lado, afirma que o ser humano é construído socio-
historicamente, numa construção dialética (perspectiva teórica da Psicologia Social Crítica);
por outro lado, sofre com a diferenciação com outras perspectivas que são importadas dos
Estados Unidos, tendo em vista o caráter assistencial-paternalista e que são direcionadas para
pessoas excluídas socialmente, pois se volta para preparar o indivíduo em torno das
adversidades do dia a dia (NEVES; BERNARDES, 2001).
Importante trazer para essa discussão a relação da Psicologia com as políticas públicas,
tendo em vista que na comunidade vivem pessoas em situação vulnerabilidade social e que
necessitam de ações governamentais que impactem nas suas vidas, considerando que as
políticas públicas são programas e ações que o poder público desenvolve, direcionados para a
resolutividade de diversas situações ou problemas enfrentados pelas pessoas, visando assegurar
um determinado direito de cidadania, garantindo os direitos fundamentais. (DOS REIS;
ZANELLA, 2015).
Sobre o trabalho do/a Psicólogo/Social na Comunidade, compreende-se que “compete,
portanto, aos psicólogos/as comunitários/as trabalharem na construção de uma consciência
crítica, de uma identidade coletiva e individual mais autônoma e de uma nova realidade social
mais justa” (NEVES; BERNARDES, 2001, p. 242).
Articulando com a perspectiva da Psicologia Social Crítica, podemos destacar que o
trabalho do/a Psicólogo/a no campo das políticas públicas, “deve ser colocado sob suspeita,
problematizando-se suas implicações, bem como os próprios efeitos das políticas públicas no
que se refere ao governo das populações e gerenciamento dos modos de vida”, uma vez que a
sua intervenção deve ser vista como um “campo de possibilidades, pautado em práticas
coletivas com maior participação de usuários e da comunidade” (DOS REIS; ZANELLA, 2015,
p. 18).
Para desenvolver um bom trabalho, precisa-se compreender o contexto em que vivemos
e, sobretudo, os processos sociais existentes, considerando as particularidades e as
complexidades das comunidades, para uma análise da realidade social, a partir das questões de
gênero, dos processos de discriminação, as múltiplas faces das violências, o impacto do mundo
digital e as tecnologias, as crises, sobretudo, a crise na saúde, na política, na econômica, no
social, entendendo que o mundo está em permanente transformação.
Durante a roda de conversa, o Psicólogo Ricardo Oliveira fala sobre o trabalho que ele
desempenha na comunidade, por meio do CRAS Norte II (Centro da Assistência Social),
localizado no bairro Mafrense, situado na região do Lagoas do Norte, município de Teresina,
Estado do Piauí. O CRAS é uma unidade que oferta serviços socioassistenciais.
A partir disso, destaco a fala do referido Psicólogo quando ele diz que o trabalho dele é
desenvolvido com foco nas vulnerabilidades, na exclusão social e as violações de direitos,
atuando como por exemplo, na habitação, na renda, nas dificuldades de relacionamento das
pessoas que vivem na comunidade, e que pode acarretar nas exclusões sociais, que levam ao
sofrimento social, que é diferente do sofrimento psíquico (ou clínico), pois o sofrimento social
é coletivo, que marca esferas segmentadas da sociedade, como por exemplo, é o sofrimento da
pessoa negra, do morador de rua, no LGBTQI+.
Ele evidenciou mais detalhadamente como o trabalho acontece na prática, por meio do
atendimento individual e coletivo, com as famílias em vulnerabilidades; acompanhamento
familiar particularizado e coletivo; encaminhamentos para benefícios socioassistenciais, a
exemplo, da cesta básica, do auxílio natalidade, entre outros; referência ao serviços de
convivência e fortalecimento de vínculos; ações comunitárias; orientações e solicitação de
benefícios; escuta qualificada; oficinas, palestras; visitas domiciliares e institucionais;
relatórios técnicos; preenchimento de prontuários físicos e eletrônicos, entre outras atividades.
Ele enfatizou também a importância do Centro de Referências Técnicas em Psicologia
e Políticas Públicas3 (CREPOP), que é uma iniciativa do Sistema Conselhos de Psicologia (CFP
e CRPs), criado em 2006 para promover a qualificação da atuação profissional de psicólogas/os
que atuam nas diversas políticas públicas.
Em consonância com a fala do Psicólogo Ricardo Oliveira, destaco alguns elementos
importantes da fala do Psicólogo Péricles de Souza, durante a roda de conversa, onde ele versa
também sobre o seu trabalho no CRAS, no município de Tasso Fragoso, Estado do Maranhão.
No SUAS (Sistema Único de Assistência Social), mais especificamente na Proteção Social
Básica, o trabalho com as famílias é um trabalho central, estruturante.
Assim, ele enfatiza que a Psicologia Social pode ser vista como um campo de atuação
(atuar nas mais diversas áreas, com o olhar da Psicologia Social) ou como um campo de
conhecimento (utilizando qualquer abordagem teórica, qualquer enfoque teórico, você pode
fazer Psicologia Social).

3
Tem como principal objetivo sistematizar e difundir o conhecimento sobre a interface entre Psicologia e políticas
públicas. Através das Referências Técnicas é possível demonstrar a contribuição da Psicologia na elaboração e
implementação de políticas públicas mais humanizadas a partir da compreensão da dimensão subjetiva dessas
políticas. Desse modo, é possível promover a interlocução da Psicologia com espaços de formulação, gestão e
execução de políticas públicas.
Nas últimas décadas, o campo de atuação do/a Psicólogo/a passou por diversas
transformações, sendo que, o referido profissional foi tendo inserção no campo das mais
diversas políticas públicas. Dentro da Psicologia, precisamos superar a dicotomia entre
indivíduo e sociedade, considerando que o trabalho nas comunidades não é de natureza
individualizada, pois o profissional precisa entender todos os fenômenos sociais que atravessam
a prática e que estão entrelaçados com a vida das pessoas, como por exemplo, os aspectos
econômicos, sociais, culturais, políticos, as questões de raça, de gênero, de desigualdades
sociais (marcada desde a época colonial).
O Psicólogo Péricles de Souza versa que a Psicologia Social pode ser vista como um
importante instrumento, ou seja, como uma chave que vai possibilitar que o/a Psicólogo/a
construa esse olhar sobre as questões tão primordiais. Até os anos 2000, tínhamos uma
profissão, voltada para as elites, predominantemente com a atuação crítica, pautada no modelo
liberal de atuação. Dos anos 2000 para cá, os campos de atuação têm sido ampliados e que ainda
estamos em uma transição do modelo clínico para a atuação nas políticas públicas.
Assim, precisamos compreender o papel do Psicólogo nas políticas públicas, a partir de
um olhar ampliado (saindo do imediatismo), onde possamos desenvolver uma capacidade
analítica, para abarcar o ser humano dentro da sua totalidade, buscando as mediações que foram
construindo aquele fenômeno, em vez do olhar clínico (não desmerecendo, pois compreende-
se que é um olhar fundamental) no sentido individualizante.
Mediante o exposto, destaco a importância do trabalho do/a Psicólogo/a Social na
comunidade no âmbito das políticas públicas, tendo em vista que o objetivo é promover
estratégias, ações, programas voltados para a resolutividade dos problemas sociais nas
comunidades. Neste sentido, é muito importante que o/a Psicólogo/a tenha conhecimento das
políticas públicas nas mais diversas áreas para poder intervir nos sistemas, prestando um
atendimento de qualidade, respeitoso, humanitário e com compromisso social, pois toda
Psicologia é Social!

REFERÊNCIA
DOS REIS, Alice Casanova; ZANELLA, Andréa Vieira. Psicologia Social no campo das
políticas públicas: oficinas estéticas e reinvenção de caminhos. Revista de Ciências Humanas,
v. 49, n. 1, p. 17, 2015.

NEVES, Sissi Malta; BERNARDES, Nara Maria Guazzelli. Psicologia Social e Comunidade.
In: STREY, Marlene Neves et al. Psicologia Social Contemporânea. 21ª Ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2013. p. 241-255.

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