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Produzir e enviar um texto que aborde a Literatura na Inglaterra antes de

Shakespeare, passando pelo advento do Renascimento e pelo reinado de


Elizabeth. Fale sobre as ocorrências na poesia, na prosa e no teatro.

O Renascimento foi um período em que quase todas as crenças


tradicionais e fundamentais do medievalismo foram abaladas com novas
descobertas científicas e mudanças políticas, religiosas, sociais que
acompanham a Reforma protestante. Nesse tempo, a poesia lírica surgiu na
corte do rei Henrique VIII e em particular, o soneto de amor inglês. Essa
modalidade literária foi introduzida no inglês por Sir Thomas Wyat e era
bastante popular em suas duas formas, a convencional de dois quartetos e dois
tercetos e a chamada “irregular” de três quartetos separados com um dístico
final, este com finalidade de causar um clímax emocional e dramático.
Wyat foi o primeiro poeta significativo do Renascimento, que
demonstrava originalidade em seus sonetos e poemas líricos curtos, na maioria
das vezes, acerca de temas típicos do período como a inacessibilidade ou a
crueldade de uma mulher, a dor da partida, a morte da pessoa amada, a
transitoriedade dos prazeres terrenos.
Henry Howard, Conde de Surrey, foi o rival de Wyat. Os versos líricos de
Surrey se caracterizam pela naturalidade de expressão. Ele introduziu o verso
branco, ou seja, sem rima, na tradução dos livros II e IV da Eneida.
A letras de canções da música italiana, influenciaram com seu modelo
métrico poemas e canções líricas ingleses que apareceram em livros de
canções de músicos como John Dowland, Wiliam Byrd e Thomas Campion.
As peças escritas na época incluíram poemas líricos, cantados para
diversificar a ação no palco e fornecer uma atmosfera dramática. Alguns
autores desses são Lyly, Peele, Greene, Shakespeare e Dekker.
De 1559 a 1603, reinou a Rainha Elisabeth. Philip Sidney e Edmund
Spenser foram os primeiros grandes poetas desse tempo. Sidney teve sucesso
com seus sonetos de Astrophel and Stella, publicado em 1591. O autor tinha
interesse em experimentar metros clássicos em inglês, aos quais acomodava
sua dicção, para se expressar ironicamente seu desalento amoroso e fazer
comentários acerca da poesia de então.
Em 1579, Spenser já tinha publicado The Shepherd’s Calendar,
dedicada a Sidney que consistia em 12 éclogas, uma em louvor à Rainha
Elisabeth poesias bucólicas, livro marcado por uma linguagem arcaica e
dialetal modelado nas éclogas de Teócrito e Vergílio, assumindo a forma de
diálogos entre pastores e escrito com metros diferentes, cada uma
correspondendo a um mês do ano. A obra de Spenser fornece a cultura da
corte. Ele é o maior artífice do verso da época, autor do maior poema da língua
inglesa. Para ele, o poema épico deve ser patriótico e didático, ensinando por
meio do deleite literário.
Spenser tomou de empréstimo o ideal de épico patriota e uma narrativa
com enredo entrelaçando histórias, de outros épicos como Orlando Furioso de
Ariosto e Gerusalemme Liberata de Tasso.
Sir Walter Ralegh, soldado, erudito, alquimista, explorador, estrategista
naval e militar e homem das letras, escreveu textos em prosa e poemas,
geralmente em tom passional e entremeado de meditações sobre a
transitoriedade da vida e impérios, como o Eleventh and Last Book of the
Ocean to Cynthea, uma longa elegia em celebração a Elisabeth I, chamada de
Cyntia.
A maioria das prosas renascentistas não eram de fato com linguagem
literária, pois eram para instrução e edificação. Porém, também se desenvolveu
uma literatura de entretenimento heterogênea e diversa.
O primeiro romance foi Euphues com sua sequência Euphues and His
England, de autoria também do dramaturgo John Lyly. Essas obras
apresentam primam na representação idealizada da sociedade escolhida,
embora improváveis. Derivam em parte dos livros italianos sobre o
comportamento cortês marcados pelo tom moral e em estilo com elaboração
retórica, com figuras como antíteses e aliterações.
A Acadia de sir Philip Sidney é um romance pastoral com enredo
extravagante e estilo adornado, que pretende ser um guia para conduta.
The Unfortunate Travellor é uma história de aventura bem mais realista
com estilo econômico e ligeiro, de Thomas Nashe.
A prosa literária imaginativa entre 1580 e 1600 não foi expressiva. Vários
autores utilizaram a prosa para relatos de viagens e descobertas, bem como
para a teoria literária. A obra Principal Navigations de Richard Hakluyt é um
livro típico de viagem. Além dessa, Chronicals of England de Rapahel
Holinshed serviriam de inspiração a Shakespeare em diversas de suas obras.
Um novo gênero, o ensaio se desenvolveu a partir da preocupação dos
homens com a observação e análise das pessoas e da sociedade de um modo
geral. Também, os caracteres, que forneciam detalhes do comportamento de
uma classe ou tipo.
The Anatomy of Melancholy de Robert Burton, ensaio que se parece um
livro médico sobre a melancolia, funciona como uma sátira sobre a ineficácia
do conhecimento e comportamento humano num estilo ligeiro e coloquial.
Dos autores de crítica, Philip Sidney se destaca com o Defence of
Poesie, que difunde ideias neoplatônicas do Renascimento, escritas em estilo
alteroso e exprimindo ideias nobres acerca da natureza e função poética e
comentários sobre a situação da literatura da época.
Já dentre autores de livros históricos temos: Willian Camden com sua
Brittania que é o primeiro guia do país, também, History of the World de Walter
Ralegh que trata da história grega, egípcia e bíblica.
Na época, os biógrafos como Thomas Fuller, que contavam a vida de
personalidades individuais. Um biógrafo semiprofissional foi Izaak Walton, que
deixou um tratado sobre pescaria, com uma reflexão bela sobre a vida.
Também houve um auge nas traduções, com destaque para as de
Philemon Holland. A maior delas foi a Versão Autorizada da Bíblia de Jaime.
No teatro, a partir das peças de moralidade medievais, desenvolveu-se
uma modalidade dramática de peças sobre crenças religiosas chamadas de
interlúdio. Essas eram encenadas na corte, salões dos nobres, nas
congregações de juristas e faculdades, nem sempre com atores profissionais.
Envolviam um debate social ou ético, com ambientação mais ou menos
realista, com personagens de diversos tipos ou ofícios. Muitas vezes, com
personagens alegóricas, com elemento cômico ou farsesco, com versos
amiúde de metros irregulares e mais curtas que as peças de moralidade. Os
temas dos interlúdios são vários, Mankind, por exemplo, traz o contraste entre
piedade e mundaneidade satírica, obscenidade e desenvolvimento moral da
Humanidade e tentações do vício.
Nicholas Udall escreveu Raiph Roister Doister, a primeira comédia
inglesa de que se tem conhecimento. John Lyly escreveu comédias em prosa
num estilo elegante e alambicado sobre temas da mitologia; suas peças tem
cenários pastorais graciosos e eram muito admiradas. Thomas Kyd é autor de
The Spanish Tragedy com influência de Sêneca na atmosfera emocional,
motivo da vingança e uso de fantasmas e de um coro. George Peele é autor de
The Old Wives Tale, uma sátira das histórias românticas e de cavalaria na
Inglaterra, com canções, danças e personagens estranhos. Robert Greene é
autor de Orlando Furioso, James the Fourth, dentre outras, e contribuiu para o
desenvolvimento do verso branco dramático.
Chistopher Marlowe foi autor de duas partes da peça Tamburlaine, na
qual se examina a busca amoral de poder com base na filosofia maquiavélica;
de Dr. Faustus, a mais comovente obra dele, na qual um homem vende a alma
ao diabo em troca de poder e conhecimento; de The Massacre at Paris, que
fala do massacre de Paris em 24/08/1572; e de muitas outras peças.

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