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AULA 4

INTRODUÇÃO AOS SENSORES E


ATUADORES INDUSTRIAIS

Prof. Edson Roberto Ferreira Bueno


CONVERSA INICIAL

Nesta aula, serão abordadas as principais características e aplicações dos


sensores ultrassônico e laser, seguidas da explanação de sensores ópticos
eletrônicos, sensores de velocidade e aceleração, bem como dos principais
sensores industriais utilizados para verificação de temperatura.

CONTEXTUALIZANDO

Um estagiário recém-contratado por uma construtora precisa realizar


algumas medições no parque de obras de uma construção. O engenheiro
responsável já informou a ele que as distâncias poderiam variar entre 50 m e 200
m em campo aberto, e que seria necessário requisitar a compra de uma nova
trena.
Após uma rápida pesquisa, o estagiário perguntou qual seria a trena ideal
para a medição: ultrassom ou laser? O engenheiro respondeu que a mais indicada
para esse caso seria a trena laser, pois o alcance do laser é maior, enquanto a
trena de ultrassom seria melhor para ambientes menores e fechados, uma vez
que, em campo aberto, o eco do ultrassom pode ser instável.

TEMA 1 – SENSORES ULTRASSÔNICO E LASER

Uma determinada empresa química possui vários reservatórios com


diferentes produtos, e, como produz por bateladas, é extremante importante saber
o nível exato dos tanques para a correta produção.
Ao iniciar a conferência dos parâmetros de produção, o operador de
processo verificou uma anormalidade em um dos tanques principais. Em seguida,
contatou o departamento de manutenção e foi informado que um sensor
ultrassônico de nível estava sendo ajustado e em cinco minutos receberia a
autorização para iniciar as operações, conforme a programação.

1.1 Sensores ultrassônicos

Conforme indicado na Figura 1, o sensor ultrassônico precisa de um


emissor e de um receptor de sinal para a transmissão e a reflexão das ondas
sonoras:

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Figura 1 – Transmissor/receptor ultrassônico

TRANSMISSÃO REFLEXÃO

O sensor baseia-se no envio e na recepção de um sinal sonoro, pelo qual


um oscilador emite ondas ultrassônicas (de aproximadamente 42 kHz) que
resultam em um comprimento de onda na ordem de alguns centímetros, este
suficiente para promover um atraso no tempo, de modo que os “ecos” possam ser
interpretados, o que permite detectar objetos relativamente pequenos.
Os sensores ultrassônicos apresentam muitas vantagens em relação aos
sistemas fotoelétricos, principalmente porque não emitem sinais visíveis como os
sensores ópticos, e também pelo fato de refletirem o sinal em vários tipos de
objetos e superfícies.
Podem ser aplicados a vários tipos de objetos refletivos, inclusive com
formato arredondado, e em ambientes perigosos, porém a resposta de operação
pode variar em função do posicionamento, do ângulo de superfície do objeto, da
rugosidade da superfície, de mudanças de temperatura e umidade do ambiente.

1.2 Sensores laser

Quando se necessita realizar medições de grandes distâncias, uma das


melhores opções é a utilização do sensor de medição laser, que apresenta
precisão superior aos sensores ópticos convencionais, além de ótimo alcance,
velocidade do resultado e praticidade. O funcionamento é baseado em função do
tempo que a luz do diodo transmissor laser leva para viajar do sensor para o objeto
e voltar.
Conforme ilustrado na Figura 2, a medida é calculada pelo princípio da
triangulação, ou seja, um feixe de luz é emitido por um diodo laser, que, ao ser
refletido por um objeto, é detectado por um Position Sensing Device (PSD) –
Dispositivo de Monitoramento de Posição. De acordo com a distância do objeto
que refletiu a luz, esse raio incide de modo diferente no PSD.

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Figura 2 – Esquema de funcionamento de um sensor laser

TEMA 2 – SENSORES DE POSIÇÃO

O correto funcionamento de uma máquina ou um equipamento depende,


muitas vezes, do correto posicionamento ou ajuste de um dispositivo sensor. Caso
o posicionamento não esteja adequado, os ganhos podem tornar-se perdas ou
prejuízos.

2.1 Sensores de proximidade indutivos

São dispositivos de proximidade sem contato que utilizam um campo de


frequência de rádio com um oscilador e uma bobina. A aproximação de um objeto
metálico (aço, ferro etc.) altera esse campo, e o circuito eletrônico do sensor pode
verificar a alteração.
A Figura 3 mostra um diagrama de blocos para facilitar o entendimento do
princípio de funcionamento:

Figura 3 – Esquema de funcionamento de um sensor indutivo

Bobina Oscilador Demodulador Disparador Amplificador

Nesse caso, um oscilador com bobina de núcleo aberto (e, por isso,
conhecido como indutivo) funciona em uma determinada frequência. O sinal desse
oscilador é aplicado a um circuito demodulador com um filtro passa-faixa calibrado
para a frequência do oscilador. Em seguida, o sinal de saída do filtro liga um
disparador cuja saída é ligada a um circuito amplificador para o acionamento de
um atuador (relé, transistor, triac, etc.).

04
Quando um objeto metálico é aproximado da face sensora, a frequência do
oscilador é alterada em função da alteração do fluxo magnético no núcleo da
bobina, e, assim, o filtro detecta a alteração na frequência e o detector de nível
muda o estado da saída, conforme indicado na Figura 4:

Figura 4 – Bobina de um sensor indutivo

Nas aplicações industriais, é essencial conhecer ou ter informações de


todas as grandezas e variáveis envolvidas, como a posição do atuador, a detecção
de nível, o controle de processo, o controle de máquina, a segurança, e outros.
Assim, há também as informações do objeto-alvo, com distância de proximidade,
posicionamento, tipo de deslocamento etc.
Esses sensores são indicados para realizar tarefas como controle de
presença ou ausência, fim de curso, detecção de passagem ou de posicionamento
e contagem de peças. São recomendados também particularmente quando:

1. A velocidade de ataque e o funcionamento são elevados;


2. Em condições ambientais severas, presença de poeira, óleo de corte,
agentes químicos, umidade, vapores, choques e vibrações;
3. As peças a detectar são de pequenas dimensões ou frágeis;
4. O automatismo estático está previsto.

2.2 Sensores de proximidade capacitivos

Os sensores de proximidade capacitivos são projetados para operar


gerando um campo eletrostático e detectando mudanças nesse campo, as quais
acontecem quando um objeto se aproxima da face ativa. Na ausência de um
objeto, o oscilador permanece inativo. Quando o objeto se aproxima, ele aumenta
a capacitância do circuito com a ponta de compensação. Quando a capacitância

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atinge um valor determinado, o oscilador é ativado d, em seguida, o circuito de
saída faz com que ele comute.
Conforme demonstra a Figura 5, o sensor capacitivo é, na verdade, um
oscilador de alta frequência que apresenta como elemento sensível um capacitor
e detecta a aproximação de um material, alterando a capacitância por meio de
uma placa sensora, e, assim, gerando uma mudança de frequência no oscilador.
Em seguida, um circuito composto de demodulador e detector transforma essa
variação de capacitância em nível de tensão e chaveamento na saída, mudando
seu estado (de “aberto” para “fechado” ou vice-versa).

Figura 5 – Esquema de funcionamento de um sensor capacitivo

Oscilador de RF Demodulador Detector/filtro Amplificador de


controlado pela saída
alteração da
capacitância

Os sensores de proximidade capacitivos são indicados para detectar


materiais metálicos e não metálicos, tais como água, óleo, pós, grãos, madeira,
papelão, vidro, PVC, cerâmica etc. Podem, portanto, ser utilizados para controle
de nível de armazéns e silos, contagem de objetos numa linha de produção,
conferência do envase de frascos, etc.

2.3 Sensores de proximidade magnéticos

Os sensores de posição magnéticos baseiam-se no uso de campos


magnéticos. Eles convertem esses campos em um sinal elétrico do tipo digital
(contato seco) ou analógico. Podem ser eletrônicos, baseados no efeito Hall e na
ampola Reed.
Conforme indicado na Figura 6, os sensores magnéticos são baseados no
uso de um ímã permanente, sendo, ainda, de fácil fabricação. O ímã pode ser
parte do objeto a ser detectado ou do próprio dispositivo do sensor. O dispositivo
é projetado, de modo que a presença do objeto na região do sensor ative (feche
ou abra o contato) a chave, enviando um sinal para o sistema de controle.

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Figura 6 – Esquema de funcionamento de um sensor magnético Reed

Fonte: Home (2010)

2.4 Sensores LVDT

A construção física de um típico transformador linear diferencial variável –


Linear Variable Differential Transformer (LVDT) consiste em um núcleo de
material magnético móvel e três bobinas que compreendem o transformador
estático. Uma dessas três bobinas é o enrolamento primário, e as outras duas são
as bobinas secundárias. A Figura 7 mostra um diagrama esquemático do LVDT
com as informações das ligações elétricas e suas respectivas zonas de influências
do núcleo:

Figura 7 – Esquema do LVDT

Fonte: The Linear [S.d.]

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Quando o núcleo desliza pelo transformador, certo número de voltas da
bobina é afetado pela proximidade do núcleo, e, assim, gera uma única tensão de
saída, ou seja, a tensão de saída é proporcional ao deslocamento do núcleo.
Algumas vantagens da utilização do LVDT são baixo custo, solidez e
robustez, não resistência por atrito, baixa impedância de saída, histerese
desprezível, ótima resolução e baixo tempo de resposta. Embora o LVDT seja um
sensor de deslocamento, muitas outras grandezas físicas podem ser medidas,
convertendo deslocamento em outras grandezas através de relações
matemáticas.

2.5 Encoders

De acordo com De Albuquerque e Thomazini (2011), encoders são


dispositivos que convertem um deslocamento linear ou angular em um trem de
pulsos, podendo, ainda, ser interpretados como um byte. Há dois tipos de
encoders, o incremental e o absoluto.
Os encoders incrementais indicam o deslocamento somente em relação a
um ponto inicial de referência. Já os encoders absolutos medem o deslocamento
em relação a um ponto de referência interno do dispositivo.
Há três tipos de sensores incrementais: de contato, ópticos e magnéticos,
que podem ser lineares ou angulares. A Figura 8 mostra detalhes do rotor de
encoders de contato e uma imagem de encoder comum:

Figura 8 – Rotor do encoder

Fonte: De Albuquerque; Thomazini, 2011, p. 54; E6B2-C [S.d.]

De Albuquerque e Thomazini (2011, p. 54) afirmam que:

As aplicações do encoder são quase ilimitadas na indústria,


principalmente quando se necessita de precisão de movimentos. Podem
ser facilmente encontrados em aplicações de impressoras, plotters X-Y,
controle numérico de máquinas operatrizes, controle de posicionamento
de disco de computador, servomecanismos, displays digitais, controle de
posições remotas, controle de posições de radar etc.

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2.6 Resolvers

Um resolver é um sensor de ângulo que emite ângulos de rotação como


tensões de CA de duas fases (sinais analógicos). Tem grande resistência
estrutural em relação a outros sensores, o que permite seu uso em ambientes de
alta radiação, aplicações militares e aplicações aeroespaciais, máquinas têxteis,
máquinas de mineração, servomotores, robôs industriais etc.
Uma tensão de saída de CA é induzida no enrolamento no lado de saída
através da excitação do enrolamento de excitação, usando uma tensão CA. Como
essa tensão de saída irá variar dependendo do ângulo de rotação, este pode ser
calculado usando a leitura de tensão. O esquema de um resolver é ilustrado na
Figura 9:

Figura 9 – Detalhes construtivos de um resolver

Fonte: Tamagawa [S.d.]

TEMA 3 – SENSORES ÓPTICOS ELETRÔNICOS

Existem vários tipos de scanners para as mais diversas aplicações, e todos


funcionam pelo princípio da reflexão de feixes de luz ou laser para a captura da
imagem. Você sabia que a principal peça de um scanner de mesa é o dispositivo
de carga acoplado CCD, que é o sensor que captura as imagens que estão sendo
digitalizadas?
O CCD usa pequenos dispositivos, compostos geralmente de cristais
semicondutores, chamados diodos, os quais convertem a luz (fótons) emitida pela
reflexão da passagem do feixe de luz pelo papel que está dentro do scanner e o
jogo de espelhos, em cargas elétricas.

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3.1 Fotorresistor LDR

O Light Dependent Resistor (LDR) é um dispositivo elétrico que tem sua


resistência alterada pela luz, e isso permite uma infinidade de aplicações
industriais. Conforme indicado na Figura 10, quando a luz incide sobre a superfície
de determinadas substâncias cujas resistências são alteradas, ocorre a liberação
de portadores de carga que ajudam na condução da corrente elétrica, por isso
também é conhecido como fotoressistor.
A resistência elétrica é a oposição à passagem da corrente elétrica e
depende do material, da temperatura e da quantidade de fótons. Quanto mais luz
incide no material do LDR, mais fácil fica de passar corrente elétrica por ele.

Figura 10 – Portadores de carga

Fonte: De Albuquerque; Thomazini, 2011, p. 62

O feixe de luz atinge a superfície do LDR, por meio de uma janela de


material transparente no próprio invólucro, e dois terminais dão acesso ao sensor
para sua ligação a um circuito externo. A Figura 11 indica a simbologia de um
fotorresistor e um modelo de encapsulamento com a indicação das principais
partes:

010
Figura 11 – Esquema do fotorresistor LDR

Símbolo

Aspecto

Fonte: Islam; Saiduzzaman (2013)

Conforme comentam De Albuquerque e Thomazini (2011), os LDRs não


são componentes polarizados, o que significa que a corrente pode circular nos
dois sentidos. As variações da resistência em função da luz são iguais em
qualquer sentido.

3.2 Fotodiodo e fototransistor

De acordo com De Albuquerque e Thomazini (2011, p. 66):

O comportamento elétrico de diodos semicondutores e transistores é


normalmente afetado quando luz incide na sua junção. Quando incide
na região de polarização direta, o fotodiodo atua como um dispositivo
fotovoltaico.
O fotodiodo é usado como sensor em controle remoto, em sistemas de
fibra óptica, leitoras de código de barras, scanner (digitalizador de
imagens para computador), canetas ópticas (que permitem escrever na
tela do computador), toca-discos, CD, fotômetros e como sensor indireto
de posição e velocidade.
Exceto em sistemas de fibra ópticas, devido à operação em alta
frequência, as aplicações do fototransistor são as mesmas do fotodiodo,
além de outras como: sensor de presença; velocidade; temperatura;
pressão; vazão; posição; deslocamento, etc.

3.3 CCD (Charge Couple Devices)

De Albuquerque e Thomazini (2011, p. 70) pontuam:

O dispositivo de acoplamento de carga, ou CCD, tem papel importante


como sensor de imagem. Os portadores minoritários são dispostos em
uma estrutura de semicondutores de óxido metálico (MOS) e
armazenados num potencial localizado numa junção Si - SiO2.
Aplicando as tensões apropriadas aos eletrodos de metal, é possível
variar o potencial no semicondutor de tal modo que as cargas são
trocadas de uma célula para a próxima. Um CCD é assim um notável
registrador de deslocamento analógico que consiste numa fila de
capacitores MOS.

011
3.4 CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor)

De forma semelhante aos sensores CCD, os sensores CMOS percebem os


feixes de luz, porém são mais precisos na detecção, pois permitem a integração
de todo o circuito de controle e no próprio chip, além do baixo consumo nos modos
trabalho e espera. Outras características importantes são o baixo custo de
fabricação e a utilização da baixa tensão de alimentação.

3.5 Fototiristor

É um dispositivo comutado pela luz incidente sobre uma camada


semicondutora de silício do dispositivo, sendo normalmente denominado Light
Activated Silicon Controlled Rectifier (LASCR), e que utiliza o mesmo método de
disparo típico do SCR (De Albuquerque; Thomazini, 2011).
Os LASCR normalmente são muito aplicados em computadores, controles
de motores, relés, controle de fase e outras atividades com capacidade máxima
de potência e corrente em torno e 0,1W e 3A.

3.6 Válvulas de ultravioleta – detectoras de chamas

Segundo De Albuquerque e Thomazini (2011), são dispositivos que indicam


a presença de partículas sólidas, vapores e/ou gases que compõem a fumaça de
chamas, ou seja, são sensíveis aos raios ultravioletas que se fazem presentes
sempre que existe fogo.
Devido às suas características de construção, esse detector diferencia
outras formas de raio e é imune à luz natural. Os detectores de chama são
classificados em função do tipo de radiação como ultravioleta, infravermelho de
comprimento de onda simples, infravermelho de comprimento de onda múltiplo e
combinação de ultravioleta e infravermelho.
Devido às condições severas de aplicação desse tipo de sensor, deve-se
prever a manutenção periódica, principalmente nas situações relacionadas a pó e
sujeira na lente do detector.

3.7 Células fotovoltaicas

São sensores que convertem a energia luminosa (radiação eletromagnética


pulsante) em energia elétrica, ou seja, são dispositivos fabricados a partir de
materiais semicondutores positivos fotoelétricos.
012
Partindo de um silício puro, uma fina camada de material semicondutor é
responsável pelo efeito fotoelétrico, tornando elétrons da camada de valência
livres proporcionalmente à intensidade de luz incidente, e variando também com
o comprimento de onda de radiação, como indicado na Figura 12.

Figura 12 – Efeito fotovoltaico na junção PN

Fonte: De Albuquerque; Thomazini, 2011, p. 76

3.8 Sensor de cor

Esse sensor pode definir pequenas variações das cores visíveis e tons de
cinza. Trata-se de um módulo de circuito impresso com um Led branco de alta
intensidade, um sensor CMOS e filtros RGB integrados a um conversor analógico-
digital, conforme é mostrado no esquema da Figura 13:

Figura 13 – Sensor CMOS com filtros RGB

Fonte: De Albuquerque; Thomazini, 2011, p. 71

A Figura 14 ilustra a imagem de um sensor CMOS utilizado em câmeras


digitais:

013
Figura 14 – Imagem de sensor CMOS

Fonte: Digital [S.d.]

TEMA 4 – SENSORES DE VELOCIDADE E ACELERAÇÃO

Atualmente, além do desenvolvimento das máquinas e equipamentos


providos de inteligência artificial, os sistemas de sensoriamento ganham
importância vital nas mais diversas aplicações.

Sistemas de Alerta
Diante à impossibilidade de prever quando e onde os terremotos
acontecerão, mas conhecendo as características de propagação das
ondas sísmicas, os cientistas partiram para o desenvolvimento de
sistemas de alertas que possam avisar com antecedência a população
das cidades.
No Japão, por exemplo, os pesquisadores criaram um sistema de aviso
de tremores capaz de avisar com 10 segundos de antecedência a
chegadas das ondas. Apesar de parecer pouco tempo, 10 segundos de
antecedência permitem que as populações deixem suas casas ou
procurem abrigo em local seguro, onde possam se proteger ante a
chegada do tremor inevitável. (Os Terremotos [S.d.])

4.1 Principais sensores de velocidade

Os sensores de velocidade são utilizados em dispositivos como leitores de


CD-ROM, DVD players, bombas centrífugas, transportadores, medidores de fluxo
de líquidos, máquinas operatrizes, robótica, máquinas automáticas de soldagem
etc., e são importantes para o controle do processo produtivo e da segurança do
trabalho.
Os sensores de aceleração (acelerômetros e giroscópios) fornecem um sinal
elétrico proporcional à aceleração do sistema. Esses componentes são do tipo
inercial e dão indicação sobre o movimento do sistema com relação a uma
prefixada variável do eixo inercial. Segundo De Albuquerque e Thomazini (2011),
os principais acelerômetros são:

014
 Dínamo taquimétrico: conhecido como tacogerador, baseia-se no princípio
do motor de corrente contínua com escovas que funcionam como gerador.
O campo magnético é obtido por meio de um ímã permanente, cujos polos
encontram-se dispostos nas faces.
 Alternador taquimétrico: tem a saída em corrente alternada (CA).
 Acoplador óptico: esse sensor é constituído basicamente de um disco com
furos conectado ao eixo do motor e um par (transmissor e receptor)
acoplado por meio de um feixe de luz. Muitas vezes, é utilizado um
fotoacoplador já integrado, conforme indica a Figura 15:

Figura 15 – Aplicação de sensor fotoacoplador

Fonte: De Albuquerque; Thomazini, 2011, p. 83

4.2 Principais sensores de aceleração

Os sensores de aceleração (acelerômetros) podem ser usados como


instrumentos para monitorar as mudanças na velocidade (isto é, aceleração)
devido a choque, vibração ou impacto, e podem também ser encontrados para
medir o ângulo da lança em guindastes, o ângulo de inclinação em maquinário de
construção de estradas e em estudos de desvio de furos de sondagem. São
empregados também, em grande escala, em sistemas de guia de navios, aviões,
satélites, etc. A Tabela 1 demonstra os principais acelerômetros utilizados na
indústria:

Tabela 1 – Principais sensores de aceleração

Sensor de aceleração Características


Acelerômetro de
Fornece uma tensão de saída proporcional à aceleração.
deslocamento

015
Converte a aceleração numa variação de resistência devido à̀
Acelerômetro de
deformação de um strain-gage num dos braços de uma Ponte de
deformação
Wheatstone.
Apresenta um amplificador com realimentação alto ganho que, por
Acelerômetro a balanço meio da corrente de saída de um LVDT em série, com uma bobina
de forca (elemento atuador chamado de força F), faz equilíbrio à força
agente sobre a massa móvel.

Esses dispositivos têm larga aplicação em equipamentos de telefonia


móvel (celulares) e em sensores (acelerômetros) automotivos para acionamento
das bolsas de ar de proteção contra impactos (airbag).

TEMA 5 – SENSORES DE TEMPERATURA

5.1 Termistores (Thermally Sensitive Resistor)

De acordo com De Albuquerque e Thomazini (2011, p. 91):

São semicondutores eletrônicos cuja resistência elétrica varia com a


temperatura. Eles são úteis industrialmente para detecção automática,
medição e controle de energia física. Os termistores são extremamente
sensíveis a mudanças relativamente pequenas de temperatura, ou seja,
são resistores sensíveis à temperatura.
Existem dois tipos básicos de termistores, PTC e NTC.
Os PTCs coeficiente positivo de temperatura são resistores que
apresentam um coeficiente térmico positivo, isto é sua resistência
aumenta com a temperatura. Diferem dos NTCs em dois aspectos
fundamentais: o coeficiente de temperatura de um PTC é positivo
apenas dentro de certa faixa de temperatura. Fora dessa limitação, o
coeficiente é negativo ou nulo. O valor absoluto do coeficiente térmico
dos PTCs normalmente é bem maior que o dos NTCs.
O tipo NTC coeficiente negativo de temperatura, onde a resistência
diminui com a temperatura, é mais usual em medição e controle de
temperatura, mas não é muito usado em processos industriais,
provavelmente pela falta de padronização entre os fabricantes.

5.2 Termopares

Um termopar funciona medindo a diferença de potencial causada por fios


diferentes. Pode ser usado para medir diretamente a diferença de temperaturas
ou uma temperatura absoluta, colocando uma junção à temperatura conhecida.
Com base em sua utilização, existem oito tipos de termoelementos,
conhecidos pelas letras S, R, B, J, K, N, T e E. A referência de cada letra
demonstra a identificação do dispositivo. Por exemplo: Termopares B –
composição: 70% platina - 30% ródio (+); 94% platina - 06% ródio (-); Faixa de
utilização: 600 °C a 1.700 °C

016
Nos últimos anos, muitos materiais de termoelementos novos têm sido
introduzidos para temperaturas mais altas, como combinações de tungstênio e
rênio, e suas binárias são largamente usadas em temperaturas mais altas para
atmosferas redutoras e inertes ou vácuo.

5.3 Termopilhas (Thermopile)

A termopilha é formada por vários termopares conectados em série. Ela é


composta da junção de metais diferentes que produzem tensão quando um lado
da junção tem temperatura diferente do outro. A junção fria é mantida a
temperatura ambiente em uma massa de temperatura estável. A junção quente é
exposta à radiação incidente. Conectando vários termopares em série, é obtida
uma tensão maior de saída.
Esses sensores permitem a leitura de temperatura a distância com baixo
custo, não sendo necessário resfriamento, e podem ter precisão de ±1 °C,
dependendo da faixa de medida.

5.4 Termorresistência

As termorresistências Resistance Temperature Detectors (RTD) são


conhecidas como bulbo de resistência. São dispositivos sensores de temperatura
que funcionam em função da resistência elétrica do elemento condutor e
proporcionalmente ao valor da temperatura.
Esses sensores são muito utilizados na instrumentação e na automação
por suas condições de alta estabilidade mecânica e térmica, resistência à
contaminação e baixo índice de desvio pelo envelhecimento e tempo de uso, além
de apresentarem uma larga faixa de trabalho e permitirem ligações a longa
distância. As termorresistências mais utilizadas são Pt-100, Pt-1000, Ni-100 e Ni-
1000, e a que melhor representa a grande maioria das aplicações na indústria é,
sem dúvida, a de platina (Pt-100).

5.5 Par bimetálico

O sensor tipo par bimetálico é composto de duas chapas metálicas de


materiais com diferentes índices de dilatação montadas face a face. Com o
aquecimento, há uma deformação do conjunto das chapas, ocorrendo a abertura
ou o fechamento de um contato. Esse dispositivo é muito utilizado na composição
dos termostatos comuns.
017
5.6 Pirômetros

Os pirômetros de radiação fazem parte da classe dos medidores de


temperatura sem contato e são considerados também termômetros de radiação.
Sabendo que todos os corpos têm radiações próprias e contínuas, esses
dispositivos usam essa radiação para a medida da temperatura, sem haver o
contato entre o sensor e o corpo-alvo.
Pelo aquecimento de um corpo através da condução de calor ou
convecção, uma parte desse calor é transformada em radiação. Uma radiação
incidente externa é, em parte, absorvida, refletida e transmitida pelo corpo. A soma
dos coeficientes de absorção, reflexão e transmissão é igual a 1.

FINALIZANDO

Nesta aula, foram abordadas as principais características e aplicações dos


sensores ultrassônico e laser, seguidas da explanação de sensores ópticos
eletrônicos, sensores de velocidade e aceleração, bem como das aplicações e do
sensoriamento de temperatura no ambiente industrial.

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REFERÊNCIAS

BRAGA N. C. Eletrônica Básica Para Mecatrônica. 1. ed. São Paulo: Saber,


2005.

DE ALBUQUERQUE, P. U. B.; THOMAZINI, D. Sensores Industriais:


Fundamentos e Aplicações. 8. ed. rev. atual. São Paulo: Érica, 2011.

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<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/digital-camera-sensor-
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E6B2-C. Omron, [S.d.]. Disponível em:


<https://industrial.omron.eu/en/products/e6b2-c>. Acesso em: 2 ago. 2017.

HOME secuirity system using sensor with 8051. Edaboard, out. 2010. Disponível
em: <http://www.edaboard.com/thread247262.html>. Acesso em: 2 ago. 2017.

ISLAM, S.; SAIDUZZAMAN, M. Design of a Bank Vault Security System


withPassword, Thermal & Physical Interrupt Alarm. International Journal of
Scientific & Engineering Research, v. 4, n. 8, ago. 2013. Disponível em:
<https://www.ijser.org/paper/Design-of-a-Bank-Vault-Security-System-with-
Password-Thermal-Physical-Interrupt-Alarm.html>. Acesso em: 11 out. 2017.

OS TERREMOTOS podem ser previstos? Apollo, [S.d.]. Disponível em:


<http://www.apolo11.com/perguntas_e_respostas_sobre_terremotos.php?faq=7>
. Acesso em: 8 ago. 2017.

TAMAGAWA Seiki Singlsyn Resolvers. Mclennan, [S.d.]. Disponível em:


<https://www.mclennan.co.uk/product/tamagawa-seiki-singlsyn-resolvers>.
Acesso em: 2 ago. 2017.

THE LINEAR Variable Differential Transformer. Electronics-tutorials, [S.d.].


Disponível em: <http://www.electronics-tutorials.ws/io/io_2.html>. Acesso em: 23
jul. 2017.

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