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Vamos lembrar que foi na transição da Idade Média para a Idade Moderna, que
os historiadores consideram que se inicia no século XV, que se passou a
questionar a vinculação entre Religião e Ciência. Durante toda a Idade Média,
a Igreja Católica foi a instituição responsável por conservar, organizar, produzir
e difundir o Conhecimento da época. É a Igreja Católica que produz a
Escolástica, linha filosófica que procura harmonizar as ideias do filósofo grego
Platão (428 a.C. – 348 a.C.), com os princípios do cristianismo vigente na
Europa medieval. Assim sendo, sob a influência da Igreja Católica, muitos
pensadores, muitos filósofos foram perseguidos por defender a separação
entre Religião e Ciência.
A partir da citação anterior, podemos concluir que até o século XVI a obra que
sistematizou, que organizou de modo coerente os preceitos sobre como
ensinar foi a Ratio Studiorum. É na denominada Idade Moderna, entre os
séculos XV e XVIII, que nós vamos encontrar as primeiras publicações que vão
se opor aos princípios sistematizados pelos educadores da Companhia de
Jesus na Ratio Studiorum e configurar o campo de estudos que será
denominado de Didática.
É por essa razão que estamos lembrando esses fatos históricos, para
compreendermos o contexto histórico em que começa a se configurar o campo
de estudos da Didática. O campo de estudos da Didática está vinculado a
todas as transformações que ocorreram na Europa a partir do século XV: a
expansão marítima com os reinos de Portugal e Espanha na dianteira; as
reformas protestantes, nos territórios que hoje consideramos como sendo
Alemanha, Suíça, França, Holanda, Bélgica, e alguns países do Leste Europeu;
a descoberta de outro continente, a América, e o encontro com povos de
cultura completamente diferentes da europeia ocidental.