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UM CASO DE ÉTICA PROFISSIONAL: A RELAÇÃO DAS EMPRESAS COM O


CONSELHO DE CONTABILIDADE

TEMA: ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL

AUTORAS:

TERESA MURCIA LEITE MONTEIRO


PÓS-GRADUANDA PELA FCAP
CONTADORA DA CHESF

PROF. MÁRCIA JOSIENNE MONTEIRO CHACON - MESTRE EM CIÊNCIAS


CONTÁBEIS – UNB/UFPB/UFPE/UFRN - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
ESUDA

PUBLICAÇÃO/DIVULGAÇÃO:

In: X SEACON - Seminário Acadêmico de Contabilidade., 2005. X SEACON - Seminário


Acadêmico de Contabilidade.

MONTEIRO, T. M. L. ; CHACON, M. J. M. . Um caso de ética profissional: a relação das empresas com os


conselhos de contabilidade.. In: X SEACON - Seminário Acadêmico de Contabilidade., 2005. X SEACON -
Seminário Acadêmico de Contabilidade.
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RESUMO

As questões éticas são sempre conflitantes e de difícil avaliação. De um lado surgem as


dúvidas quanto o que é certo ou errado, entre o bem e o mal. De outro, se o que é considerado
justo e moral para determinada pessoa, também o é para seu grupo social. O presente trabalho
abordará como objetivo geral a relação dos Conselhos de Contabilidade com as empresas. E
os objetivos específicos buscarão: a) mostrar as características da profissão contábil, seus
fundamentos, normas, legislação e bases éticas; b) descrever o Conselho Federal de
Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade; e c) expor como se dá o processo
de fiscalização dos Conselhos de Contabilidade nas empresas e aos profissionais da área
contábil. A metodologia utilizada será bibliográfica conduzida para os métodos de abordagem
que serão o dedutivo e o indutivo. A elaboração do presente trabalho justifica-se pela
necessidade de que as questões éticas sejam mantidas e respeitadas de forma rigorosa nos
tempos atuais, tendo em vista a maior exposição a que estão sujeitas as empresas e, por
conseguinte, os profissionais de contabilidade. Conclui-se que o comportamento ético das
pessoas, nem sempre é como deveria ser. Muitas vezes, as normas de conduta, são infringidas
pelos próprios profissionais, levando-os a uma situação de descrença quanto aos seus valores
da moral, justiça e da ética de uma forma geral. A classe contábil brasileira, representada pelo
Sistema CFC/CRC´s, precisa entender que comportamentos antiéticos não devem aceitos.
Pois, agindo dessa forma estaria contribuindo com o comprometimento da credibilidade da
classe como um todo, e não apenas daqueles profissionais que não tiveram um
comportamento ético coerente em determinado momento.

PALAVRAS-CHAVE: Ética, Moral, Código de Ética

1 INTRODUÇÃO

As questões éticas são sempre conflitantes e de difícil avaliação. De um lado surgem


as dúvidas quanto o que é certo ou errado, entre o bem e o mal. De outro, se o que é
considerado justo e moral para determinada pessoa, também o é para seu grupo social. Sim,

MONTEIRO, T. M. L. ; CHACON, M. J. M. . Um caso de ética profissional: a relação das empresas com os


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porque todo e qualquer indivíduo de uma forma ou de outra está inserido num contexto social,
e neste sentido, seu comportamento influenciará todo o grupo.
A classe contábil brasileira é representada em instância superior pelo Conselho Federal
de Contabilidade, e nos estados, pelos Conselhos Regionais de Contabilidade, configurando
assim o Sistema CFC/CRC’s. Estes órgãos são responsáveis pela adequação de seus
profissionais dentro de uma conduta ética condizente com o conteúdo do Código de Ética
Profissional do Contabilista – CEPC. São também suas atribuições a fiscalização e o registro
dos profissionais contábeis.
O presente trabalho abordará a ética de uma forma geral, e como esta influencia o
comportamento dos profissionais de contabilidade no exercício de suas atividades. E, ainda, a
relação dos Conselhos de Contabilidade com as empresas. De acordo com o acima exposto, a
questão que tomar-se-á como base para o desenvolvimento deste trabalho, é a existência de
pessoas com formação contábil exercendo atividade profissional nas empresas sem o
competente registro junto ao Conselho Regional de Contabilidade. E, ainda, quanto a pessoas
de outras habilitações profissionais, exercendo atividades contábeis que segundo a legislação
são privativas dos contabilistas. Considerar-se-á, também, a postura ético-profissional destas
pessoas no contexto as quais estão inseridas.
Como objetivo geral procurar-se-á descrever como é a relação dos Conselhos de
Contabilidade com as empresas, sejam estas com departamentos de contabilidade ou
prestadoras de serviços contábeis, com relação a devida regulamentação de seus profissionais
seguindo os preceitos éticos. E os objetivos específicos buscarão: a) mostrar as características
da profissão contábil, seus fundamentos, normas, legislação e bases éticas; b) descrever o
Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade; e c) expor
como se dá o processo de fiscalização dos Conselhos de Contabilidade nas empresas e aos
profissionais da área contábil. A metodologia utilizada será bibliográfica conduzida para os
métodos de abordagem que serão o dedutivo e o indutivo, mostrando os aspectos éticos e
legais que regulamentam a classe contábil e um caso real, onde funcionários de uma empresa
foram autuados pelo CRCPE por estarem exercendo atividades inerentes ao Contabilista. A
elaboração do presente trabalho justifica-se pela necessidade de que as questões éticas sejam
mantidas e respeitadas de forma rigorosa nos tempos atuais, tendo em vista a maior exposição
a que estão sujeitas as empresas e, por conseguinte, os profissionais de contabilidade.

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2 ÉTICA
Abordagens sobre ética têm se tornado cada vez mais freqüentes na sociedade em
geral. Seja no âmbito familiar, no trabalho, nos estudos, e porque não dizer também na rua.
No trato com os amigos, do lazer à obrigação, ética é uma questão a ser analisada em qualquer
situação. Chega até a confundir quando se questiona se ética é algo que vem atrelado a
virtudes descendentes ou se é adquirida com o passar do tempo, dependente de outros fatores,
como por exemplo, classe social, status econômico, grau de escolaridade, raça, cor, costumes,
crenças, etc.
Ao surgirem situações onde cada indivíduo possui objetivos contrários, estes
assumirão posicionamento próprio dentro do que acreditam ser mais correto e justo para a
situação. Em determinados momentos as pessoas precisam decidir qual interesse atender em
primeiro lugar, qual o comportamento a ser adotado com relação à situação. Faz-se necessário
decidir entre o que é certo ou errado, bom ou ruim. Sendo assim, o indivíduo precisa levar em
consideração não somente suas vontades próprias, mas passar a agir seguindo os princípios e
interesses comuns da coletividade.
As pessoas são obrigadas a viver em sociedade independentemente de suas diferentes
crenças e valores, e ainda quanto aos conflitos de interesses que estas diferenças possam
provocar. O objetivo da ética é exatamente entender os conflitos existentes entre as pessoas,
buscando seus motivos, estabelecendo assim tipos de comportamento que permitam o
convívio em sociedade.
Ética, mais do que um discurso é um modo de fazer as coisas, um modo de
decidir. Embora não possamos dizer que a ética é uma questão de intuição
– do que é certo ou do que é errado, por exemplo -, com freqüência
podemos afirmar que sentimos que a coisa correta foi feita ou não foi feita.
(ZAJDSZNAJDER, 1994, p.21)
Cada pessoa tem um instinto próprio para as situações com as quais se depara durante
sua vida. Buscando entender o fundamento da ética, é conseqüente a afirmação: a ética
estabelece um dever, uma obrigação, um compromisso. Mas qual é o seu fundamento? É o
próprio ser do homem: é da sua natureza que surge a fonte de seu comportamento.
(CAMARGO, 2001, p.19).
No contexto acima , fica explícito que a ação do homem, sua forma de agir em relação
à determinada situação, depende antes de como ele é. Ou seja, a ética nasce de dentro do ser
humano, dos elementos que o caracterizam como tal, diferenciando-o dos demais.

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2.1 Conceito de Ética


Etimologicamente, o termo ética deriva do grego ethikós, chegando a língua
portuguesa através do latim ethicu. Significando assim, segundo o Dicionário Aurélio como:
“o estudo dos juízos de apreciação que se referem a conduta humana suscetível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade,
seja de modo absoluto”.
No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a ética é definida como:
Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo
esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações
presentes em qualquer realidade social (...) conjunto de regras e preceitos de
ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma
sociedade (ética profissional) (ética psicanalítica) (há ética na universidade).

Moreira (1999, p. 21), descreve cinco teorias a respeito da formação dos conceitos
éticos:
I. A teoria do fundamentalismo – propõe que os conceitos éticos sejam obtidos de uma
fonte externa ao ser humano, a qual pode ser um livro, um conjunto de preceitos
adotados por um grupo.
II. A teoria do utilitarismo – (Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-
1873)) – propõe que o conceito ético seja elaborado com base no critério do maior
bem para a sociedade como um todo.
III. A teoria do dever ético – (Immanuel Kant (1724-1804)) – Kant propõe que o conceito
ético seja extraído do fato de que cada um deve se comportar de acordo com os
princípios universais. É um princípio universal aquele que determina a quem assume
uma obrigação de cumpri-la. Kant propôs, também, que estes conceitos éticos sejam
alcançados da aplicação de duas regras: 1) Qualquer conduta aceita como padrão ético
deve valer para todos os que se encontrem na mesma situação, sem exceções. 2) Só se
deve exigir dos outros o que exigimos de nós mesmos.
IV. A teoria contratualista – (John Locke (1632-1704) e Jean Jacques Rousseau (1712-
1778)) – Este conceito parte do pressuposto de que o ser humano assumiu com seus
semelhantes a obrigação de se comportar de acordo com regras morais, para poder
conviver em sociedade, dessa forma os conceitos seriam extraídos das regras morais
que conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do grupo social.

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V. A teoria do relativismo – De acordo com essa teoria cada pessoa deveria decidir sobre
o que é ou não ético, com base nas suas próprias convicções e na sua própria
concepção sobre o bem e o mal, dessa maneira, o que é ético para um pode não o ser
para outro.
As teorias descritas pelo autor acima citado seguem vertentes diferentes. A primeira
(teoria do fundamentalismo), parte do pressuposto de que o indivíduo necessita de fontes
externas para discernir entre o certo e o errado como se não fosse possível por si mesmo fazer
tal distinção. A Segunda (teoria do utilitarismo), leva o indivíduo a raciocinar e decidir através
do que será melhor para o grupo. A terceira (teoria do dever ético), leva em consideração o
conceito dos princípios universais propostos pelo filósofo alemão Immanuel Kant, porém
torna-se questionável quanto ao consenso de quais sejam estes princípios universais. A quarta
teoria (teoria contratualista), tem haver com a Segunda, porém nesta o enfoque é maior quanto
as regras morais que norteiam uma determinada sociedade. A quinta e última teoria descrita
(teoria do relativismo), diverge diretamente da primeira, pois sua base é que o indivíduo por
suas próprias convicções poderá decidir entre o bem e o mal, o certo e o errado, mas pode ser
usada para justificar ações que não são compatíveis para o sentido de grupo social como
exposto em teorias anteriores.
Simplificadamente, ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom
ou mau, certo ou errado.
Alguns autores conceituam ética, como:

“A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou


seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano”. (Vásquez, 1997, p.12).

“A Ética é a parte da Moral que trata da conduta humana. É a ciência vinculada a


julgamentos morais sobre juízos de valor, relacionados à distinção entre o bem e o mal.”
(Lundgren e Galvão, 2000, p.97)

“Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de


qualificação, do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade,
seja de modo absoluto.” (Ferreira,1988, p.280)

“Em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido entendida como a ciência da
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conduta humana perante o ser e seus semelhantes.” (Sá, 1998, p.15)

Nestes conceitos, a definição de ética está centrada na conduta e no comportamento


moral humano perante situações onde o indivíduo deverá ser capaz de julgar entre o bem e o
mal na concepção da sociedade em geral ou no grupo ao qual este faça parte.
De uma maneira mais completa dentre as anteriormente abordadas, a ética é definida
por VIDARI, Giovanni, apud. SÁ. A Lopes (1998, p.41), como:
A Ética é a ciência que, tendo por objeto essencial o estudo dos sentimentos
e juízos de aprovação e desaprovação absoluta realizados pelo homem
acerca da conduta e da vontade, propõe-se a determinar:
a) qual o critério segundo a conduta e a vontade em tal modo aprovada se
distinguem, ou ainda, qual é a norma, segundo a qual se opera e deve
operar a vontade em tal conduta, e qual o fim que na mesma e para essa
se cumpre e se deve cumprir;
b) em que relações de valor estão com observância daquela norma e a
obtenção daquele fim as diversas formas de conduta, individual ou
coletiva, tais como se apresentam na sociedade e na época à qual
pertencemos.

A definição de ética baseia-se então na distinção das normas e valores individuais ou


coletivos que norteiam os juízos de aprovação ou desaprovação, sendo assim sintetizada como
uma forma de conduta humana.
2.2 Ética x Moral

É comum usar o conceito de ética e moral como sinônimos ou, ainda, a ética ser
definida como o conjunto das práticas morais de uma determinada sociedade, ou então como
os princípios que norteiam estas práticas. Pretende-se distinguir o conjunto das práticas
morais alicerçadas pelo costume e convenção social dos princípios teóricos que as
fundamentam ou criticam quando se tenta diferenciar a ética da moral. O conceito de ética é
usado para se referir à teoria sobre a prática moral. Assim, a ética seria uma reflexão teórica
que analisa e critica ou reconhece os fundamentos e princípios que regem um determinado
sistema moral de influência prática.
Etimologicamente, moral, do latim morale, significa conjunto de regras de costumes
consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para
grupo ou pessoa determinada.
A moral, como sinônimo de ética, pode ser conceituada como o conjunto das
normas que, em determinado meio, granjeiam a aprovação para o
comportamento dos homens. A ética, como expressão única do pensamento
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correto, conduz à idéia da universalidade moral, ou ainda, à forma ideal


universal do comportamento humano, expressa em princípios válidos para
todo pensamento normal e sadio. (LISBOA, 1997, p.24)

Quando se contesta entre o que é certo ou errado, bom ou mau, sendo esta interrogação
de forma geral, o problema vem a ser teórico, ou seja, um problema ético. Quando, porém
passa-se para a ação temos a figura da moral, a ética é a norma, e esta não cria a moral, sendo,
antes, uma abordagem científica dela.
Sendo a moral o que é vivido, ou seja, aquilo que realmente acontece, enquanto que a
ética é o que deve ser ou, pelo menos, o que deveria ser. A moral é o conjunto de costumes,
normas e regras de conduta estabelecidas em uma sociedade e cuja obediência é imposta a
seus membros, variando de cultura para cultura e se modifica com o tempo, no âmbito de uma
mesma sociedade. Desacatar alguma das regras morais pode provocar reações adversas. Cada
indivíduo possui sua própria reação instintiva contra regras e sujeição a qualquer autoridade,
mesmo assim nenhum grupo ou comunidade pôde até hoje existir sem normas que regulem a
moral.
A existência da consciência da diferença entre as reações que irão afetar o indivíduo ou a
sociedade na qual está inserido, é condição básica da conduta ética. E a consciência moral não
só reconhece essas diferenças, como julga o valor das ações e das condutas à luz de seus
valores, assumindo as responsabilidades deles. Na primeira, sobressai-se a consciência, na
segunda, a responsabilidade.

2.3 Ética Profissional

Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de normas de


conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Seria uma
forma reguladora da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o
profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão.
A ética profissional e a aplicação da ética geral no campo das atividades
profissionais; a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores
próprios do ser humano para vivê-los nas suas atividades de trabalho. (...)
Portanto, a ética profissional é intrínseca à natureza humana e se explicita
pelo fato de a pessoa fazer parte de um grupo de pessoas que desenvolvem
determinado agir na produção de bens ou serviços. (CAMARGO, 2001,
p.31)

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A ética profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com seus


clientes e companheiros de classe, visando a dignidade humana na construção do bem-estar no
contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão. O ser humano possui uma tendência
natural de defender em primeiro lugar seus interesses próprios, subjugando a segunda
instância a concepção de coletividade e convívio social.
O indivíduo visando um crescimento próprio seja na auferição de rendimentos ou
galgando lugares na hierarquia de sua profissão pode utilizar-se de práticas viciosas que o
conduzam ao almejado status. Em nome dessas aspirações não existem limites para o
indivíduo, e este utilizará desonestidade, traição, ambição, cometendo assim insensatas ações
em prejuízo de sua classe, dos colegas de trabalho, das organizações e da sociedade em geral.
A busca de uma conduta ética no ambiente coletivo de trabalho é enfatizada neste
contexto:
“A tutela do trabalho, pois processa-se pelo caminho da exigência de uma ética,
imposta através dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas devem
ser condizentes com as diversas formas de prestar o serviço e de organizar o profissional
para esse fim.” (SÁ, 1998, p.104)
A organização social foi um progresso da humanidade. Sua evolução define ainda mais
a função dos cidadãos, e como conseqüência o limite de ação das classes sociais. Como
escreveu VIDARI, Giovanni, apud. SÁ. A Lopes (1998, p.106):
“A formação das classes sociais é um fato de grande importância Ética que se
completa no momento exato em que o homem sai de sua homogeneidade instável de origem
primitiva e forma grupamentos mais determinados e estáveis”.
A ética atinge todas as profissões, e quando falamos de ética profissional estamos nos
referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir
de estatutos e códigos específicos. O respeito à ética deve ser evidente no exercício de
qualquer profissão. Em sentido geral, temos a profissão, como exercício habitual de uma
tarefa, a serviço de outras pessoas. No contexto da sociedade, insere-se como uma atividade
específica. É cabível neste estágio, a seguinte afirmação:
A profissão, como a prática habitual de um trabalho, oferece uma relação
entre necessidade e utilidade, no âmbito humano, que exige uma conduta
específica para o sucesso de todas as partes envolvidas – quer sejam os
indivíduos diretamente ligados ao trabalho, quer sejam os grupos, maiores
ou menores, onde tal relação se insere. (SÁ, 1998, p.126)

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Denota-se do exposto que o valor profissional deve estar ligado a um valor ético para
que exista uma completa imagem de qualidade. A profissão que dignifica o indivíduo através
da sua correta aplicação, pode também levar ao desprestígio através de conduta inadequada,
pela ruptura dos princípios éticos. O grupamento de profissionais que exercem a mesma
atividade dá origem as diversas classes profissionais e também a conduta pertinente.
Normalmente essas classes profissionais possuem um instrumento regulador da
conduta de seus membros e de estes com a sociedade, formando um conjunto racional, com a
finalidade de estabelecer linhas ideais éticas. Lopes de Sá assim contextualiza a definição de
um CEP:
“Uma espécie de contrato de classe gera o Código de Ética Profissional e os órgãos
de fiscalização do exercício passam a controlar a execução de tal peça magna.” (SÁ, 1998,
p.109)
Um código de ética pode ser entendido como uma relação das práticas de
comportamento que se espera sejam observadas no exercício da profissão. As normas do
código de ética visam o bem-estar da sociedade, de forma a assegurar a franqueza de
procedimentos de seus membros dentro e fora da organização. Um código de ética
profissional tem como um dos objetivos básicos a formação da consciência profissional de
seus membros sobre padrões de conduta. Contém, também, asserções sobre princípios éticos
gerais e regras particulares sobre problemas específicos que surgem na profissão. Definindo o
CEP de forma mais precisa, Lisboa assim se pronuncia:
“Um código de ética é um corpo de princípios que relaciona as principais práticas de
comportamento permitidas e proibidas no exercício da profissão”.(LISBOA, 1997, p.62).
O código de ética varia de organização para organização. Este se diferencia quanto ao
conteúdo, extensão e formato. Mesmo assim, dentre os diversos códigos de ética existentes,
podem existir neles conteúdos semelhantes.

2.4 Ética Profissional em Contabilidade

A contabilidade é considerada como uma das mais antigas profissões do homem e evoluiu
junto com a sociedade. O seu objetivo é o de prover os mais diversos usuários de informações
claras e transparentes sobre o patrimônio das empresas. Têm-se nos deparado recentemente
com manchetes alardiantes nos meios de comunicação a respeito de empresas que
apresentaram demonstrações contábeis em desacordo com a realidade apurada durante um
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exercício social. E, ainda mais, ferindo as Normas de Contabilidade e os Princípios éticos. Um


dos casos mais comentados pela imprensa internacional foi o da gigante empresa de energia
elétrica americana, a Enron. A empresa superestimou os lucros e fez desaparecer dívidas entre
outras práticas contábeis irregulares no último balanço publicado. Este foi apenas um caso
dentre muitos que surgiram e o início para muitos outros futuros a serem descobertos. Porém,
seria prematuro dizer que o acontecido originou-se apenas na quebra de princípios éticos ou se
existem outras causas que o motivaram. Lopes de Sá descreve a profissão contábil, como:
A profissão contábil consiste em um trabalho exercido habitualmente nas
células sociais, com o objetivo de prestar informações e orientações
baseadas na explicação dos fenômenos patrimoniais, ensejando o
cumprimento de deveres sociais, legais, econômicos, tão como a tomada de
decisões administrativas, além de servir de instrumentação histórica da vida
da riqueza. (SÁ,1998, p.120)

Deve-se destacar a importância da contabilidade no âmbito social, pois toda e qualquer


empresa necessita obrigatoriamente dos serviços dela advindos. Sabe-se que por muitos ela é
relegada a última instância, mas não existe empresa que consiga participar efetivamente no
mercado e obter bons resultados sem uma contabilidade bem estruturada e organizada. Existe
uma necessidade clara de que os profissionais de contabilidade criem uma consciência
profissional e de virtudes em guiar seus trabalhos para que estes sejam executados seguindo
os princípios e normas emanadas da ciência contábil. Ao exercer a profissão, o contabilista
passa a ser caracterizado como um médico de empresas e instituições, cuidando de sua saúde
econômico-financeira, mantendo-as sadias praticando ainda sua função social.
O profissional contábil desempenha função relevante na análise e aperfeiçoamento da
ética na profissão, pois está sempre as voltas com dilemas éticos, devendo exercer nestes
casos seu papel de profissional independente. É consideravelmente normal o contabilista ser
tentado a se utilizar de práticas indevidas no exercício de sua profissão. Criar falsas receitas,
esconder participações em outras empresas, desaparecer com dívidas, etc., quer sejam ou não
solicitados pelos donos ou administradores das empresas são apenas alguns exemplos dessas
práticas indevidas que ferem nitidamente os princípios éticos da profissão.
Os contabilistas tem tido o dever ao longo do tempo e em cada parte do mundo, de
adaptarem-se as circunstâncias para cumprir bem a ética profissional. A consciência de que
não basta informar e que se deve também mostrar o significado das informações, tem sido
uma tendência moderna dentro de uma esfera ética da profissão. Da necessidade de que

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valores realmente positivos no engrandecimento dos profissionais não venham a se perder em


meio a más condutas é que surgem os códigos de ética profissionais.

2.4.1 A Profissão Contábil e o Código de Ética Profissional do Contabilista


A profissão de contabilista começou a ser acolhida pelo Governo Federal no advento
do Decreto número 20.158, de 30 de junho de 1931, muito embora sua aplicabilidade já viesse
sendo usada de muito antes. Com o Decreto número 21.033, de 8 de fevereiro de 1932, novas
diretrizes foram tomadas com relação à profissão, inclusive a regulamentação através de
registro em órgão competente, como foi primeiramente criada a Superintendência do Ensino
Comercial. Todos aqueles que vinham exercendo a profissão, mediante prova de
conhecimentos, adquiriram o direito de se registrarem, naquela superintendência, como
Contador ou Guarda-Livros provisionados.
Foram dadas ao decorrer de nossa história, algumas denominações aos profissionais de
contabilidade, entre elas, a de Perito Contador, Guarda-Livros e Técnico em Contabilidade,
além das previstas no Decreto número 21.033, de 8 de fevereiro de 1932, de Contador e
Guarda-Livros provisionados. Entre os anos de 1931 e 1946 foram baixadas várias legislações
que regulamentaram o exercício da profissão de contabilista, como também no ensino desta.
Hoje, por determinação do Decreto-Lei número 9.295, de 27 de maio de 1946, existem apenas
a denominação de duas categorias profissionais, a de Contador e a de Técnico em
Contabilidade, sendo a primeira, de nível superior, e a Segunda, de nível médio, de Técnico
em Contabilidade.
O Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC criado em 1970 pela
Resolução CFC n.º 290/70, de 4 de setembro de 1970, e posteriormente alterado pela
Resolução CFC n.º 803/96, de 10 de outubro de 1996, consolidou os princípios que foram
cristalizados pela tradição, dos hábitos e costumes que foram evoluindo e se aprimorando ao
longo dos tempos. O Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC é um conjunto de
normas de conduta a serem observadas pelos contabilistas nas relações profissionais com seus
clientes e colegas de profissão, sempre vinculando o aspecto do bem, da moral e da justiça.
Estabelece as linhas-mestra na área comportamental e contém, ainda, alguns ordenamentos
específicos.
Entretanto, a existência do CEPC não assegura um comportamento ético por parte dos
profissionais de contabilidade. É importante criar uma consciência na classe para que este seja

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observado, seguido e obedecido, garantindo assim uma maior credibilidade e qualidade dos
serviços contábeis prestados.

3 Os Conselhos de Contabilidade e as Empresas

3.1 Os Conselhos de Contabilidade

De um modo geral os conselhos são autarquias criadas por Lei Federal, com atribuições
específicas de registro e fiscalização do exercício profissional. Eram órgãos vinculados ao
Ministério do Trabalho e integravam a administração indireta da União. Pelo Decreto número
93.617, de 21 de novembro de 1968 foi extinta essa vinculação. Através do Decreto-Lei
número 9.295, de 27 de maio de 1946, foram criados o Conselho Federal de Contabilidade e
os Conselhos Regionais de Contabilidade e definidas as atribuições do Contador e do Técnico
em Contabilidade.
São finalidades dos conselhos:
- Efetuar registro dos Contabilistas e cadastrar sociedades que tenham como um dos seus
objetivos, a exploração de serviços contábeis;
- Fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações;
- Cobrar as anuidades, taxas, emolumentos e multas, fixadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade, as quais são devidas pelo registro da profissão.
- Funcionar como tribunal de ética.
O Estatuto dos Conselhos de Contabilidade foi aprovado através da Resolução CFC
825/98 de 30 de junho de 1998, com o intuito de fiscalizar o exercício profissional através dos
Conselhos Regionais, considerando-se um avanço no equilíbrio federativo, em função do
crescimento do número de contabilistas devidamente registrados nos CRC´s. Estabelecendo-
se assim, responsabilidade nas esferas do Contabilista, CRC e CFC, fundamentado em ética,
cultura, técnica e conhecimento.

3.2 A Relação das Empresas com os Conselhos de Contabilidade

Levando-se em consideração o conceito de empresa num sentido geral, ou seja, toda e


qualquer sociedade organizada para a exploração de uma atividade seja esta industrial ou

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comercial. E ainda, as empresas que prestam serviços de contabilidade, um dos objetivos dos
Conselhos de Contabilidade é o de fiscalizar o exercício da profissão. Sendo este um
representante da classe contábil, devemos reconhecer sua importância no acompanhamento da
atuação dos profissionais de contabilidade.
Os Conselhos Regionais de Contabilidade no uso de suas atribuições são os órgãos
responsáveis pela averiguação de que nos departamentos de contabilidade das empresas ou
nas prestadoras de serviços contábeis, as pessoas que desenvolvem as tarefas são devidamente
habilitadas para tal ato, como descrito no art. 1º Capítulo I Das Atribuições Privativas dos
Contabilistas, da Resolução CFC n. º 560/83, o qual está transcrito a seguir:
Art. 1º - O exercício das atividades compreendidas na Contabilidade, considerada esta na sua
plena amplitude e condição de Ciência Aplicada, constitui, sem exceção, dos contadores e dos
técnicos de contabilidade legalmente habilitados, ressalvas as atribuições privativas dos
contadores.
Porém, muitas são as empresas que praticamente ignoram a legislação pertinente a
classe contábil e admitem profissionais de outras habilitações para executarem serviços
privativos dos profissionais de contabilidade. Ou seja, estas empresas simplesmente ignoram
as Normas Brasileiras de Contabilidade e infringem o Código de Ética Profissional do
Contabilista. Mas qual a forma de atuação dos CRC´s junto às empresas?
Os CRC´s enviam questionário específico para as empresas, onde constam perguntas
quanto a formação profissional e as tarefas desenvolvidas pelas pessoas que atuam na área de
contabilidade. Através desta ferramenta os CRC´s estão exercendo a fiscalização quanto a
atuação de profissionais devidamente habilitados para desempenhar as funções a eles
confiadas, como o descrito no art. 2º Capítulo I da Resolução CFC n.º 825/98, transcrito a
seguir:
Art. 2º Os Conselhos de Contabilidade fiscalizarão o exercício da atividade mais pelo critério
da substância ou essência da função efetivamente desempenhada do que da denominação que
se lhe tenha atribuído, atento ao princípio básico de que tudo envolve matéria contábil
constitui prerrogativa privativa do contabilista.
Quando é verificada alguma irregularidade após a análise destes questionários,
primeiramente, o CRC notifica a empresa através do envio de ofício para que esta regularize
sua situação num prazo de 30 (trinta) dias. Caso esta recomendação não seja seguida no prazo
estabelecido, é enviado um Auto de Infração Disciplinar e/ou Auto de Infração Ético para a
empresa e também para os seus profissionais.
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No caso de Auto de Infração Disciplinar, este acarretará também no pagamento de


multa pelo infrator(a), previsto na alínea “c” do art. 27, do Decreto-Lei 9.295/46, e art.25,
inciso I da Resolução CFC n.º 825/98 c/c Resolução CFC n.º 918/01, transcrito a seguir:
Art. 25. As penas consistem em:
I. Multa de 02 (duas) a 100 (cem) vezes o valor da anuidade;
II. Advertência;
III. Censura reservada;
IV. Censura pública;
V. Suspensão do exercício profissional, pelo prazo de até 5 (cinco) anos ou do registro
cadastral da organização contábil por 90 (noventa) dias;
VI. Cancelamento do registro profissional.

4 ESTUDO DE CASO

O caso apresentado será utilizado neste trabalho como suporte na exemplificação de


conceitos nos capítulos anteriores expostos para dar maior clareza na defesa de pontos
abordados. O estudo de caso ocorreu numa empresa sediada no Estado de Pernambuco, que
para preservá-la e, ainda, as pessoas envolvidas no caso, foram utilizados nomes fictícios.
A empresa Bom Ouvido S/A é uma concessionária de serviços públicos. Ela vem atuando
na região Nordeste do Brasil há aproximadamente cinco anos. Durante seu período de
formação, até o presente momento, a empresa passou por uma série de mudanças tanto na sua
estrutura interna quanto externa. Hoje, os serviços por ela prestados possuem maior qualidade
e aceitação pelo grande público, tornando-a uma líder no mercado. Seus departamentos
apresentam maior produtividade, presteza e agilidade nos processos. Enfocar-se-á, neste
trabalho, o Departamento de Contabilidade da empresa Bom Ouvido S/A. Serão evidenciadas
as pessoas que ali trabalham, sua habilitação profissional, as tarefas por elas desenvolvidas, e
seu comportamento em relação a postura ética numa situação posteriormente a ser descrita.
O Departamento de Contabilidade da empresa Bom Ouvido S/A é dividida em três partes
específicas: Contabilidade, Ativo Imobilizado e Área Fiscal. Dentre as atividades da área de
contabilidade estão: análise de contas, manutenção dos registros, lançamentos contábeis,
balancetes, DOAR, informações para a CVM, etc. A área do Ativo Imobilizado é responsável
pela manutenção do cadastro do imobilizado, abertura, liberação, bloqueio, desbloqueio e
encerramento de Ordem Interna de Bens, dentre outras atividades. E, são tarefas pertinentes a
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área fiscal: apuração de impostos, livros de entrada e saída, DCTF, DIRF, informações para as
fazendas estaduais, etc. Tem-se como responsável pelo departamento a pessoa do Gerente de
Contabilidade, o qual é subordinado diretamente ao Diretor Financeiro da empresa. As
pessoas que trabalham no departamento de contabilidade da empresa Bom Ouvido S/A,
encontram-se caracterizadas em seus cargos, atribuições e nível de escolaridade, segundo o
quadro abaixo:

Cargo Atribuições Escolaridade


Gerente de Responsável por todo o Nível Superior Completo e
Contabilidade departamento de Especialização
contabilidade
Coordenadores Coordena trabalhos em Nível Superior Completo e
grupo, gerenciando Especialização
pequena equipe e sendo
responsável maior sobre
determinados projetos
Analistas Realiza atividades Nível Superior Completo
específicas e desenvolve
projetos complexos dentro
de sua área de atuação
Assistentes Executa tarefas variadas na Nível Médio
Administrativos área, com alguma
complexidade.

O quadro a seguir é para melhor contextualizar a situação abordada neste estudo de caso.
Assim, seguem as habilitações profissionais das pessoas do departamento de contabilidade e
sua regularidade quanto ao conselho da classe.

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Caracterização dos
Habilitação Profissional Regularidade no CRC
Profissionais
Gerente de Nível Superior em Ciências Possue registro no CRC local
Contabilidade Contábeis e Especialização
na área de Finanças
Coordenadores Empresariais
Nível Superior em Ciências Possuem registro no CRC
Contábeis e Especialização local
na área contábil

Analistas (1º caso) Nível Superior em Ciências Possuem registro no CRC


Contábeis local

Analistas (2º caso) Nível Superior em Ciências Não possuem registro no


Contábeis CRC local
Analistas (3º caso) Nível Superior em outras Não possuem registro no
habilitações profissionais CRC local
(administradores, advogados,
por exemplo)
Assistentes Nível Médio em Técnico em Não possuem registro no
Administrativos Contabilidade CRC local
(1º caso)
Assistentes Nível Médio Não possuem registro no
Administrativos CRC local
(2º caso)

Sintetizando a descrição dos cargos acima que farão parte do raciocínio para o
desenvolvimento deste estudo de caso, o problema concentrar-se-á em dois personagens
abaixo descritos:
- Profissionais com habilitação para a área contábil (Contadores e Técnicos de
Contabilidade) sem o devido registro no Conselho de Contabilidade desenvolvendo a
atividade;
- Profissionais de outras habilitações exercendo atividades que segundo a lei (Decreto-Lei
n.º 9.295/46) são próprias dos Contabilistas.
O caso aconteceu da seguinte forma:
Todas as pessoas do departamento de contabilidade da empresa Bom Ouvido S/A vinham
desenvolvendo as atividades a eles designadas para seu dia-a-dia na empresa normalmente. O
Conselho Regional de Contabilidade do local onde a empresa é sediada, fazendo uso das suas
atribuições como órgão regulador e fiscalizador da profissão contábil, enviou para o
departamento de contabilidade da empresa questionário específico onde era necessário que
seus empregados respondessem quanto ao nível de escolaridade, atividades desenvolvidas,
regularidade junto ao órgão de classe, etc. Por tomarem conhecimento de que este é um

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procedimento normal e característico dos órgãos reguladores das classes profissionais, todas
as pessoas do departamento responderam ao questionário sem maiores problemas.
Decorrido certo tempo da visita do agente regulador a empresa, alguns dos empregados
receberam em suas residências Auto de Infração Disciplinar e/ou um Auto de Infração Ético
enviado pelo CRC local. Constataram que no corpo do texto do Auto de Infração Disciplinar,
havia um trecho com referência ao pagamento de uma multa que seria entre R$ 399,00 a R$
19.929,00, variando de acordo com a gravidade da situação. Estas pessoas foram intimadas a
regularizarem sua situação e/ou apresentarem as alegações que tivessem em sua defesa num
prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento do referido auto.
No Auto de Infração Disciplinar, constava, que havia sido infringido o art.12, do DL
9.295/46, c/c art. 21 e art. 24, inciso II, da Resolução CFC n.º 825/98 e arts. 1º e 2º da
Resolução CFC n.º 867/99, pelo fato deles estarem executando serviços contábeis na empresa
sem possuir o competente registro profissional no CRC do local, o que havia sido identificado
por meio de notificação enviada anteriormente e por consulta no registro cadastral do órgão.
A infração disciplinar foi acompanhada de exigência ao pagamento de multa
pecuniária, prevista na alínea “c”, do art. 27, do DL 9.295/46, e art. 25, inciso I da Resolução
CFC n.º 825/98 c/c Resolução CFC n.º 918/01.
O Decreto-Lei 9.295/46, e o art. 21 da Resolução CFC n.º 825/98, tratam que o exercício
da profissão contábil é privativo do profissional com registro e situação regular no Conselho
Regional de Contabilidade de seu domicílio profissional. Por outro lado, o art. 24, inciso II, da
Resolução CFC n.º 825/98, é específico quanto a relação de facilitar por ação ou omissão, o
exercício da profissão por pessoa leiga ou titular de diploma em situação irregular.
Considera-se que o enquadramento dos dois tipos de personagens citados anteriormente
neste caso, na legislação acima descrita, foi perfeitamente correto, embasado e procedente.
Ora, se existe um Decreto-Lei (9.295/46) expedido pelo Poder Legislativo, o qual cria o
Conselho Federal de Contabilidade e define as atribuições próprias dos Contabilistas,
complementado pelas Resoluções deste Conselho, porque infringi-lo? Será que a empresa e os
responsáveis pelo recrutamento e seleção de pessoal para o departamento de contabilidade
desconhecem a legislação? E a postura do gerente de contabilidade da empresa que está
diretamente ligado a estes profissionais está correta? Ele tem consciência de que estes não são
devidamente regularizados no órgão de classe, o qual é o mesmo dele. E, ainda, que alguns
deles não possuem a habilitação específica e necessária para desenvolver as atividades
contábeis.
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Algumas das pessoas (Técnicos em Contabilidade e Contadores sem registro no CRC)


caracterizadas no estudo deste caso, receberam também o Auto de Infração Ético, no qual
constava que haviam infringido o art. 3º, incisos V, do Código de Ética Profissional do
Contabilista – CEPC aprovado pela Resolução CFC n.º 803/96, c/c art.24, inciso I, da
Resolução CFC n.º 825/98, pelo mesmo motivo descrito no Auto de Infração Disciplinar, e
que sendo esta uma infração ética, os infratores seriam sujeitados a: Advertência Reservada,
Censura Reservada, ou Censura Pública, previsto no art. 12, inciso I ou II ou III, do Código
de Ética Profissional do Contabilista.
No art. 3º, inciso V, do Código de Ética Profissional do Contabilista, está escrito o
seguinte:
Art. 3º No desempenho de suas funções é vedado ao contabilista:
V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos
não-habilitados ou impedidos.
A criação do Código de Ética Profissional do Contabilista foi de suma importância
para a classe contábil, pois nele estão consolidadas as normas de conduta a serem praticadas
pelos contabilistas com relação a sua classe, seus clientes e a sociedade em geral, baseadas na
ética, na prática do bem, da moral e da justiça. Sendo assim, existindo uma ferramenta tão
importante como é um código de ética profissional porque desrespeitá-lo? Estes profissionais
que possuem habilitação, mas que não são registrados no Conselho Regional de
Contabilidade, fazem isso por negligência ou simplesmente são omissos ao fato? Será que têm
consciência de que não se trata apenas do pagamento de uma anuidade, que essa atitude os
leva a contribuir na denegrição da profissão contábil? E o exemplo social que deveria ser dado
pelo profissional? Além destes poderíamos fazer diversos questionamentos a respeito do que
foi descrito até agora. Mas o que o presente trabalho tem por objetivo é procurar mostrar
como a ética está presente no comportamento dos indivíduos e no grupo social ao quais estes
fazem parte, e como formas de conduta incorretas podem afetar a imagem e credibilidade de
uma classe profissional. Neste contexto, a classe dos contabilistas.
Os Técnicos em Contabilidade e Contadores que não possuíam a regularização,
deveriam ter a consciência da gravidade da situação para si mesmos. Estes não podem ser
considerados leigos quanto a existência das normas de conduta do profissional contábil
porque durante sua formação acadêmica, comprovadamente estes conceitos devem ter sido
abordados. Assim, mesmo sabendo que estavam errados realizavam as atividades sem
preocupar-se com as conseqüências desta ação. A necessidade do emprego, a falta de cobrança
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por parte da empresa de regularização profissional, e até mesmo a alegação de que o


pagamento de uma anuidade para ter o registro no CRC causariam um ônus maior e não seria
utilizado em nenhuma circunstância já que na empresa apenas o gerente da contabilidade é o
responsável pela assinatura dos documentos contábeis, poderiam ser algumas das desculpas
dadas por estes profissionais quando arguídos quanto a situação irregular perante o Conselho
de Contabilidade.
Os profissionais de outras áreas, ou seja, os leigos da ciência contábil, estão ocupando
o lugar que, sem desconsiderar sua capacidade e importância, deveria ser ocupado pelo
contabilista. Eis que é necessário analisar esta situação para que se tome uma atitude para
reverter este quadro.
A empresa neste estudo de caso está sendo diretamente conivente com a prática ilegal
da profissão contábil por pessoas não habilitadas ou sem registro para assim exercerem a
atividade. Respondendo a questionamentos feitos anteriormente, pode-se afirmar, ainda, que
uma empresa tão bem estruturada como a Bom Ouvido S/A, com departamento jurídico
próprio, não poderia desconhecer a legislação para a admissão de profissionais em seu
departamento de contabilidade. Muito menos porque o gerente de contabilidade é profissional
devidamente regularizado junto ao CRC local e tem ciência das atividades que são privativas
aos contabilistas. A pessoa do gerente de contabilidade pode ser colocada à prova também,
quanto sua postura ética em relação ao fazer e o assinar as demonstrações contábeis da
empresa. Visto que o gerente de contabilidade muitas vezes assina documentos elaborados por
aquelas pessoas que não tem a habilitação técnica necessário ou não possuem registro. O
problema é sintetizado nas alternativas de fazer ou assinar. O fazer resulta em legislação
extremamente restritiva, que reserva aos profissionais registrados o direito de realizarem, com
exclusividade, todas as tarefas compreendidas no âmbito da contabilidade, nas suas aplicações
concretas. Como o caso aqui não se trata da assinatura de documentos, demonstrações
contábeis, pareceres de auditoria, laudos periciais, laudos de avaliação, etc., onde a execução
destes trabalhos fique a cargo de qualquer pessoa que disponha dos conhecimentos e prática
necessários para tanto, sendo a coordenação final realizada por contador habilitado, a quem
caberá, também, a responsabilidade técnica sobre o trabalho, nosso gerente também infringe
as prerrogativas éticas de sua profissão. Ao assinar as demonstrações contábeis da empresa ele
está sendo diretamente o responsável por todo o conteúdo destas sem que tenha sido o
executor dos mesmos. E, pior, parte do conteúdo destas demonstrações foi elaborado por
pessoas leigas à ciência contábil.
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Os profissionais com habilitação técnica, mas sem regularidade no órgão da classe, ou


seja, o Conselho Regional de Contabilidade, estão exercendo ilegalmente sua profissão e
ferindo as Normas e Princípios Éticos da Contabilidade. A postura que deveria ter a empresa
quanto a sua área de contabilidade deveria ser de só aceitar pessoas, para desenvolverem as
atividades, se estas fossem devidamente registradas no conselho de classe. Dos profissionais
esperaríamos que estes fossem conscientizados de que estão agindo de forma incorreta quanto
aos demais colegas, a classe e a sociedade em geral. Como pode a sociedade ter confiança nas
informações prestadas por estes profissionais se os mesmos não seguem se quer as normas de
conduta ética de sua profissão?
A defesa administrativa elaborada pelo departamento jurídico da empresa Bom Ouvido
S/A foi fundamentada preliminarmente na falta de clareza do auto de infração enviado pelo
agente fiscalizador, este caracterizado pelo CRC do local onde está situada a empresa,
fazendo-se citar o art. 3º da Resolução CFC n.º 273/70, o qual descreve que o auto referido
quanto a clareza deve conter a “narração circunstanciada, a infração, com menção do local, dia
e hora da lavratura, o nome, qualificação e endereço do infrator, e tudo o mais que foi apurado
na ocasião, capaz de elucidar a ocorrência”. A defesa também julgou improcedente o Auto de
Infração ter sido lavrado, em dissonância com as normas legais pertinentes, e utilizou-se do
fato de que, na empresa, existe profissional habilitado e devidamente inscrito no CRC,
realizando as atividades privativas de contabilistas. Na elaboração da Defesa Administrativa,
os advogados defenderam a nulidade da multa aplicada, fazendo constar no referido texto que
o trabalho desempenhado pelos acusados seria de natureza meramente administrativa,
considerando também a denominação de seu cargo (Analista ou Assistente Administrativo),
descrevendo as atividades e negando que estas tivessem qualquer identidade com as previstas
no art.25 do DL 9.295/46. Concluindo que “uma vez não existindo relação entre as atividades
desempenhadas pelos acusados e aquelas privativas dos contabilistas não haveria que se falar
em exigência de inscrição perante o CRC local”.
Foram desrespeitadas várias questões éticas neste estudo de caso. Sabemos que o papel
da Contabilidade é o de informar com maior transparência possível a situação econômico-
financeira e as mutações do patrimônio das empresas a todos a que isto possa interessar, sejam
os acionistas, bancos, governo ou a sociedade em geral. Porém, não é dado o devido valor a
esta ciência tão importante por tratar exatamente da saúde financeira das empresas. E estas
ainda mais por permitirem que informações tão relevantes sejam prestadas por pessoas

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“leigas” ou não-regularizadas na profissão. Ou seja, desconhecedores da própria ciência ou


por aqueles que infringem os Princípios e Normas de Contabilidade.

5 CONCLUSÃO

Os conceitos de ética e moral caminham juntos, mas não podem ser considerados
como sinônimos. A ética estuda a ação do comportamento humano, enquanto que a moral é o
conjunto das normas que aprovam estas ações.
Constatou-se, ao final deste trabalho, que o comportamento ético das pessoas, em meio
ao seu grupo social, nem sempre é como deveria ser. Muitas vezes, as normas de conduta,
alicerçadas através dos Códigos de Ética Profissional, são infringidas pelos próprios
profissionais, levando a classe a que estes pertencem, a uma situação de descrença quanto aos
seus valores da moral, justiça e da ética de uma forma geral.
A classe contábil brasileira, representada pelo Sistema CFC/CRC´s, precisa entender
que comportamentos antiéticos não devem aceitos. Pois, agindo dessa forma estaria
contribuindo com o comprometimento da credibilidade da classe como um todo, e não apenas
daqueles profissionais que não tiveram um comportamento ético coerente em determinado
momento.
A importância dos Conselhos de Contabilidade para com a fiscalização e regularização
dos profissionais precisa ser respaldada. Não é admissível que conhecedores da ciência
contábil, das Normas e Princípios que a regem, sejam omissos à existência das regras de
conduta a ela pertencentes. Os contabilistas precisam passar do pensamento a ação. Fazer da
ética um instrumento na defesa de sua imagem junto à sociedade. Pois só assim, seguindo os
preceitos éticos da profissão, a Contabilidade será merecidamente reconhecida.

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Código de ética profissional do


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______________. Estatuto dos conselhos de contabilidade. Resolução 825/98, de 30 de julho


de 1998, 4 ed. Brasília: CFC, 2001.

____________________. Resolução 560/83, de 28 de dezembro de 1983. Dispõe sobre as


prerrogativas profissionais de que trata o artigo 25 do Decreto-Lei n.º 9295, de 27 de maio de
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_______________. Resolução 918/01, de 21 de dezembro de 2001. Dispõe sobre os valores


da anuidade, taxas e multas devidas aos Conselhos Regionais de Contabilidade para o
exercício de 2002. Brasília: CFC.

_______________. Resolução 867/99, de 24 de dezembro de 1999. Dispõe sobre o registro


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