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2018. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN.

[IN FORMA 3D] LABORATÓRIO DE MODELAGEM BASEADA EM INFORMAÇÃO | FORM-BASED INFORMATION LAB

PROJETO DE PESQUISA
A SÍNTESE PROJETUAL EM MEIO À ARQUITETURA PERFORMATIVA: GERAÇÃO,
SIMULAÇÃO E REFLEXÕES SOBRE O CONTEXTO CONTEMPORÂNEO DE PROJETO

Tipo: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-CNPq)


Período: 12 meses
Projeto de pesquisa em que se insere: FAPEMIG APQ-01926-17 – Automatização de processos projetuais
em Arquitetura e Urbanismo: prática e reflexão
Instituição proponente e executora da proposta: Universidade Federal de Uberlândia. Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo e Design (FAUeD-UFU), Brasil.
Estrutura física: IN FORMA 3D: Laboratório de Modelagem Baseada em Informação.
http://www.informa3d.org/
Subáreas: Projeto, Design Computacional, Conforto Ambiental

Proponente: Thiago João Sousa Silva [MATRÍCULA: 11611ARQ022]


CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9322211349627588
E-mail: thiago.joao@hotmail.com

Consultoria e colaboração: Eng. Vinícius de Morais


Co-founder da jOEE - Industrial Internet of Things
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/viniciusdemorais/

Orientador: Prof. Dr. André L. Araujo [SIAPE: 1722428]


CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/300100431881138
E-mail: andre.araujo@ufu.br

Resumo
Desde a publicação da obra Performative architecture: beyond instrumentality (KOLAREVIC e MALKAWI,
2004), os arquitetos têm se preocupado cada vez mais em utilizar o bom desempenho como um princípio
norteador do projeto. Essa conduta sempre esteve presente na obra de arquitetos como Antoni Gaudí, Henz
Isler e Frei Otto, mas, segundo esses autores, a disponibilidade atual de programas de simulação facilitou
enormemente a incorporação dos resultados das análises de desempenho, em especial, o ambiental e o
estrutural, nas etapas iniciais de projeto. No entanto, a retroalimentação dos resultados dessas análises nem
sempre é feita de maneira automatizada, geralmente exigem técnicas de modelagem paramétrica e de
prototipagem rápida, o que implica necessariamente na adoção de condutas projetuais específicas. Nesta
pesquisa propõe-se investigar possibilidades e limitações de uma dessas condutas por meio incorporação de
análises aerodinâmicas instantâneas no contexto do projeto, a partir da utilização de técnicas de modelagem
paramétrica, microcontroladores para prototipagem eletrônica e extensões computacionais capazes de
promover a conexão entre as plataformas físicas e digitais. A partir da construção deste artefato e de um
exercício de projeto, propõe-se discutir como as condutas adotadas podem informar os projetistas durante
a investigação da forma e quais as estratégias mais promissoras de inclusão das simulações de performance
nos processos de síntese em arquitetura.
Palavras-Chave: Arquitetura performativa; Ventilação natural; Análises aerodinâmicas; Prototipagem
eletrônica; Modelagem paramétrica

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2018. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN.
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Introdução

Embora se possa considerar a revolução digital do início dos anos 2000 como um marco fundamental para a
pesquisa em Design Computacional, devido à introdução contundente das linguagens de programação nos
processos de modelagem, o estreitamento da relação entre a Arquitetura e a Tecnologia da Informação é
bem anterior a isso. No início do século anterior, os primeiros experimentos que conduziram ao que se
entende hoje por estruturas espaciais trianguladas ou treliças, utilizadas com frequência em coberturas ou
pórticos de edifícios, foram desenvolvidas por Alexander Graham Bell, que em 1906 fundou a Aerial
Experiment Association, uma organização destinada a construir kits de torres pré-fabricadas (SHANNON,
1948). Neste momento da história, a figura do inventor do telefone parece ser um elo entre estas duas áreas
de conhecimento, permitindo-o estabelecer funções e objetivos na investigação de formas a partir de
módulos geométricos de octaedros e tetraedros, a fim de construir torres de telefonia.

Ao produzir suas estruturas espaciais, Bell provavelmente não imaginava que um século mais tarde elas
seriam projetadas utilizando a mesma tecnologia digital de fluxo de informação presente nos telefones
(ARAUJO, 2018). A partir dos anos 1960, a indústria automobilística e aeroespacial passou a utilizar os
computadores como uma ferramenta de auxílio aos processos de projeto (CAD)1 e, pouco tempo depois,
estas tecnologias adentraram também os escritórios de arquitetura e engenharia (SHUTERLAND, 1980). A
partir dessa época, duas práticas fundamentais se consolidaram nos processos de design, em suas diferentes
instâncias (GERO, 1996): 1) a representação da geometria de objetos acompanhada da automatização de
tarefas repetitivas; 2) o uso da computação nos processos de síntese do design. Enquanto o primeiro se
popularizou nos escritórios, por meio de aplicativos comerciais, o último se restringiu a experimentações e
aplicações específicas.
Já nos anos 1980, os arquitetos Peter Eisenman e Greg Lynn sugeriram o uso de algoritmos em detrimento
das formas clássicas de desenho técnico para a definição do espaço arquitetônico. De acordo com Eisenman
(1996), a utilização da projeção planimétrica na arquitetura representava uma visão problemática,
principalmente por obrigar o entendimento do espaço tridimensional em duas dimensões2. A proposta de
uma arquitetura algorítmica foi, em alguma medida, um reflexo das transições das plataformas mecânica
para eletrônica, do mesmo período. Além das mudanças nas noções cartesianas, a noção algorítmica viria a
ser apropriada por arquitetos contemporâneos nos anos subsequentes, que desenvolveram regras,
raciocínios e operações matemáticas aplicadas a um número finito de dados, a fim de solucionar problemas
do espaço3 (BURRY e BURRY, 2012).

Nos anos 1990, os esforços de alguns arquitetos em construir formas complexas culminaram no
desenvolvimento de técnicas de modelagem algorítmica ou paramétrica (TERZIDIS, 2006). Celani (2002)
demonstrou este ponto como uma inflexão na cultura do CAD, que são as novas relações dos processos de
modelagem com as linguagens de programação a partir da proposta de uma representação visual dos scripts,
que passaram a ser incluídos nos aplicativos CAD como scripts visuais, com porções de código incorporado a
cápsulas gráficas (BARBOSA et al., 2013). Provavelmente, o exemplo mais contundente dessa prática são os
métodos de projeto introduzidos pelo arquiteto canadense Frank Gehry que, em plataformas digitais de
projeto, vinculou os processos de modelagem e fabricação permitindo a investigação de formas, a partir de
parâmetros produtivos incorporados durante o processo criativo dentro do aplicativo Digital Project (Gehry

1
Da sigla em inglês Computer-Aided Design, que não deve ser confundido com o aplicativo AutoCAD (Autodesk, Inc.,
2018).
2
Neste caso, Peter Eisenman se refere à técnica de projeções cilíndricas ortogonais nos planos horizontal e vertical,
oriunda da Geometria Descritiva e de uso amplamente difundido nos processos de representação gráfica em
Arquitetura.
3
Problema do espaço (ROWE, 1971)
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Technologies, Inc., 2018). Em um estudo aprofundado dos métodos de projeto de Gehry, Shelden (2002)
concluiu que o processo permite avaliações críticas a todo o momento, permitindo a construção de uma
estrutura formal descrita de maneira inequívoca por um protótipo físico, mas também passível de ser
alterada pela inserção de novos dados de projeto.

A partir dos 2000, os scripts visuais foram incorporados por outros


aplicativos de modelagem utilizados pelos arquitetos, como o
Generative Components (BENTLEY, Inc., 2018) e o Rhinoceros 3D
(McNEEL, Inc., 2018), o que simplificou a incorporação das
linguagens de programação nos estágios criativos de projeto. Com
efeito, diversas variáveis objetivas puderam ser facilmente
computadas em um modelo virtual, por meio de relações
matemáticas que permitem a alteração do elemento geométrico
a cada inserção de novo dado, da mesma maneira que uma
planilha recalcula automaticamente alterações numéricas
(KOLAREVIC, 2005). O arquiteto Norman Foster foi um dos
pioneiros a explorar esse raciocínio ao propor a Torre Suiça4, em
Londres. Neste projeto, um modelo virtual paramétrico foi
produzido visando a incorporação de análises aerodinâmicas
durantes o processo criativo. Desse modo, a forma da estrutura
diagonal utilizada na fachada do edifício poderia ser investigada
com base em avaliações de vento instantâneas e, assim,
produziam-se diversos candidatos à solução de projeto em
detrimento de uma solução única (Fig. 1). O resultado foi uma
torre baseada na espiral, cujo raio aumenta proporcionalmente Fig. 1: Análises dinâmicas alterando os
com a altura e, em seguida, se afunila para o vértice candidatos à solução da Torre Suiça
(FOSTER+PARTNERS, Inc., 2018). (Foster+Partners, Inc., 2018).

Desde a publicação da obra Performative Architecture: Beyond Instrumentality (KOLAREVIC e MALKAWI,


2005), os arquitetos têm se preocupado cada vez mais em utilizar o bom desempenho como um princípio
norteador do projeto. Essa conduta sempre esteve presente na obra de arquitetos como Antoni Gaudí, Henz
Isler e Frei Otto, mas, segundo esses autores, a disponibilidade atual de programas de simulação facilitou
enormemente a incorporação dos resultados das análises de desempenho, em especial, o ambiental e o
estrutural, nas etapas iniciais de projeto. No entanto, a retroalimentação dos resultados dessas análises nem
sempre é feita de maneira automatizada, geralmente exigem técnicas de modelagem paramétrica e de
prototipagem rápida, o que implica necessariamente na adoção de condutas projetuais específicas.

Esta pesquisa pretende avaliar uma destas condutas e tem como questão central o delineamento e a
incorporação da performance como um novo paradigma o processo criativo em arquitetura. A partir de
desenvolvimentos recentes que possibilitaram a inserção das linguagens de programação e da prototipagem
eletrônica nas plataformas digitais de projeto, pretende-se explorar instrumentos e métodos destinados a
propor novas maneiras de entendimento sobre como os edifícios podem ser imaginados, construídos e
experienciados. A partir de um modelo de simulações aerodinâmicas urbanas desenvolvido por Prohasky et
al. (2012), que investigaram a anemometria a partir de protótipos eletrônicos de código aberto, pretende-se
explorar uma nova abordagem para os arquitetos baseada na influência do feedback em tempo real do vento
quantificado na compreensão dos fenômenos eólicos, estimulando a sua compreensão intuitiva.

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Popularmente conhecido como “gherkin” (do inglês, pepino), por ser tratar de um arranha-céu de fachada
arredondada em meio a outros edifícios predominantemente ortogonais (T. do A.).
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Objetivos

O objetivo desta pesquisa é propor um método para a inserção de análises aerodinâmicas nos processos
criativos em arquitetura tendo em vista as suas aplicações exploratórias. A partir da construção de um
modelo baseado em ferramentas de modelagem paramétrica e prototipagem eletrônica e a investigação
sobre a sua validade no contexto específico de um exercício de projeto, pretende-se discutir como os
métodos de simulação podem interferir na investigação da forma, permitindo aos arquitetos compartilhar a
informação sobre anemometria dos projetos com outros profissionais especialistas.

De maneira mais específica, estabelecem-se os seguintes objetivos:

a. Produzir um artefato capaz de mensurar efeitos aerodinâmicos produzir um feedback em tempo real
dentro das plataformas de modelagem utilizadas em arquitetura;
b. Explorar possibilidades diversas da aplicação da prototipagem eletrônica nos processos criativos em
arquitetura;
c. Difundir a métodos de simulação aerodinâmica de projeto e sua implementação dentro dos aplicativos
de modelagem paramétrica;
d. Propor métodos para a investigação da forma utilizando protótipos virtuais e físicos, os quais possam
ser incluídos nos estágios criativos de projeto;
e. Comparar a viabilidade de utilização dos procedimentos empregados nesta pesquisa com outros tipos
de análises, como a estrutural.
f. Desmistificar o uso da tecnologia, demonstrando com clareza a sua real aplicabilidade;
g. Difundir estratégias de projeto ainda pouco conhecidas, investigando suas possibilidades e viabilidade
no contexto brasileiro.

Justificativa

Em virtude de uma linearidade inerente aos processos de documentação de projeto em plataformas CAD
tradicionais, nos quais as etapas têm uma sequência de transição bem marcada: plantas, cortes, fachadas e
outros documentos, alguns processos que, predominantemente, pertencem as etapas criativas são
igualmente encarados de modo linear, como é o caso de muitos processos que envolvem as simulações
ambientais, quando estas são entendidas como uma atividade posterior à concepção da forma. Desse modo,
até o princípio dos anos 2000, os aplicativos computacionais de simulação ambiental, como o SOL-AR,
EnergyPlus, Daysim, Ecotech e Vasari foram idealizados para a realização de análises de conforto dos
ambientes construídos se propondo a analisar uma solução de projeto previamente concebida. Kilian e
Ochsendorf (2005, p. 77) identificaram essa mesma tendência no desenvolvimento de soluções
computacionais destinada à análise estrutural:

"[...] recentemente, as técnicas de otimização que utilizam o método dos elementos finitos têm
demonstrado o grande potencial dessa técnica, a partir do refinamento da forma estrutural, minimizando
esforços de flexão. Esse método permite ao projetista iniciar o processo de projeto com uma forma
ineficiente, tal como uma casca de concreto não-estrutural, para então buscar uma forma mais eficiente
minimizando esforços locais de flexão. Em síntese, existem várias ferramentas de análise para o
refinamento da forma, mas são poucas as ferramentas para explorar e criar novas formas estruturais"
(KILIAN e OCHSENDORF, 2005, p. 77. Tradução nossa).

Nos últimos anos, este panorama atual acabou sendo transformado dentro da área do Design Computacional
aplicado à Arquitetura, quando as estratégias modelagem computacional passaram a utilizar parâmetros
variáveis, o que deu origem ao termo design generativo, que pode ser entendido como uma estratégia

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projetual que difere de outras, principalmente porque, durante o processo, o projetista elabora métodos que
permitem a produção de objetos em detrimento da projetação direta de um único objeto (FISCHER e HERR,
2001) . Embora atualmente esses sistemas estejam associados à modelagem computacional, é um engano
pensar que são exclusividade dos computadores. Mitchell (1975) desmistificou esse mal-entendido ao
identificar que, desde a obra de Aristóteles, essas noções vêm sendo desenvolvidas. No entanto, pode-se
dizer que os computadores se tornaram ferramentas apropriadas a esses sistemas, por diversas razões,
inclusive por permitirem a rápida avaliação de uma elevada quantidade de soluções em tempo real.

Portanto, a justificativa para este projeto é investigar a convergência entre os processos de geração e
simulação, de maneira a explorar uma sinergia favorável entre eles, a fim de estruturar os problemas de
síntese em arquitetura, que possuem, necessariamente, uma dimensão abstrata (OXMAN, 2010). Uma vez
que o design generativo permite ampliar o espectro de alternativas de projeto, o desafio desta pesquisa é
atuar na lacuna entre duas estratégias, visando equacionar a liberdade formal dos processos de síntese, com
as vantagens do uso da performance como variável de projeto, a fim de legitimar o uso da tecnologia nos
métodos de investigação da forma em arquitetura.

Materiais e Métodos

Esta pesquisa tem um marco teórico exploratório, no qual se busca a aproximação a particularidades das
condutas projetuais contemporâneas, a fim de tornar essa atividade mais explícita e construir hipóteses
sobre seus processos. A partir um estudo bibliográfico sobre os temas desta pesquisa, propõe-se construção
de um artefato tecnológico com base nas método incremental e iterativo, tradicionalmente utilizado na
Engenharia de Software, que pressupõe a construção algorítmica a partir da programação de uma
funcionalidade central e de incrementos posteriores. Estes procedimentos empregarão técnicas de
modelagem paramétrica prototipagem eletrônica, conforme os resultados obtidos em um pré-teste (Fig. 2).

Utilizando um arquivo climático obtido na base de dados


produzida por Roriz (2018), nos formatos Energyplus Weather
Data (Energyplus, Inc., 2018), realizaram-se testes com os
aplicativos gráficos Rhinoceros 3D v. 5 (McNell, Inc., 2018), e a
extensão de edição gráfica de scripts Grasshopper 3D v.
0.90076 em conexão com a plataforma de prototipagem
eletrônica de código aberto Arduino (Arduino, Inc., 2018). Do
arquivo climático foram obtidos os registros de ventilação
UBERLANDIA_MG_BRA.epw com direções predominantes e
quantidades de horas por direção ao longo das 8.760 horas do
ano (Fig. 2a). À placa de prototipagem eletrônica (Fig. 2b)
foram conectados a placa controladora Arduino NANO, o Hot-
wire anemometer modern device (revC) e um display digital,
que também pode ser visualizado em tela. Por meio das
subextensões Ladybug (leitura do output do arquivo climático
no Rhinoceros 3D) e Firefly (leitura do output do Arduino no
Rhinoceros 3D) desenvolveram-se algotimos para a
visualização gráfica dos comportamentos de vento em nível
global e local, equacionando os registros anuais e instantâneos.
Fig. 2: Pré-teste dos instrumentos de O aplicativo Arduino é gratuito, assim como as extensões
pesquisa utilizando a prototipagem Grasshopper 3D, Ladybug e Firefly são gratuitas para os
virtual e eletrônica. usuários licenciados do Rhinoceros 3D5.

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O aplicativo Rhinoceros 3D utilizado está licenciado para André Luís de Araujo (Key: GG02-408A-G19J-06B1-1H02).
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Por meio de procedimentos não necessariamente sequenciais, organizados de maneira cíclica e com
sobreposições, define-se um marco conclusivo (exercício projetual), onde pretende-se estabelecer
comparativos a partir da inserção do artefato em processos de tradicionais de projeto:

a. Requisitos, análise e planejamento: revisão de literatura e procedimentos de engenharia reversa, estudos


de caso, elaboração de um programa de necessidades e esboços preliminares do artefato
b. Implementação e desenvolvimento: prescrições concretas de soluções computacionais, desenvolvidas a
partir de conclusões empíricas obtidas nos outros dois grupos.
c. Avaliações, testes e discussão: procedimentos de exequibilidade do artefato proposto, avaliações
comparativas com protótipos virtuais e físicos e um exercício projetual.

Com base neste recorte analítico proposto, que considera apenas as variáveis climáticas de ventilação,
pretende-se discutir e propor hipótese para a aplicação dos conceitos utilizados em outros tipos de análise
de performance.

Resultados e Divulgação de C&T

A partir do aprimoramento intelectual da proponente nas questões que concernem esta pesquisa e no
avanço da mesma em relação à obtenção de resultados, planeja a discussão e reflexão sobre seus possíveis
impactos em artigos científicos e workshops:

Organização e divulgação de 1 (um) artigo científico a ser submetido


à análise do periódico Ambiente Construído (Capes A2), ou em
outros periódicos que tenham afinidade com o tema. Além disso,
pretende-se outras 2 (duas) comunicações científicas intermediárias
em congressos da área, uma delas no Encontro Nacional de
http://seer.ufrgs.br/ambienteconstruido
Conforto no Ambiente Construído (ENCAC, 2019) e outra já
http://encac2017.wixsite.com/encac2017
submetida à apreciação, em função da pesquisa que envolveu a
construção do presente plano de trabalho, à conferência anual da
Sociedad Iberoamericana de Gráfica Digital (SIGRADI), que no ano
de 2018 acontece no mês de novembro no Instituto de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em São Carlos. www.sigradi2018.iau.usp.br
Submissões ao SIGRADI 2018:
ID 1824: http://congreso.sigradi.org/index.php/2018/SanCarlos/author/submission/1824
ID 1831: http://congreso.sigradi.org/index.php/2018/SanCarlos/author/submission/1831

No segundo semestre os métodos de prototipagem desenvolvidos


serão divulgados por meio de um workshop promovido pela
proponente e destinado a estudantes universitários e de ensino
médio e técnico no evento Arduino Day, que atualmente vem sendo
organizado pelo IN FORMA 3D, em parceria com a associação de
http://day.arduino.cc
StartUps i9 Uberlândia e com o centro universitário UNA. Este
evento faz parte da rede mundial de prototipagem eletrônica de
código aberto e se destina a pessoas dispostas a compartilhar
experiências fomentar o ecossistema de inovação.

Além disso, os códigos computacionais e métodos de construção dos protótipos eletrônicos, bem como os
registros de ventilação natural e suas respectivas análises serão divulgadas gratuitamente no site do IN
FORMA 3D, podendo ser acessadas por arquitetos e engenheiros que se interessem em mensurar e utilizar
a ventilação natural como ferramenta ao condicionamento térmico passivo das edificações. O proponente,

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se dedicará a desenvolver protocolos de utilização que envolvam os temas da pesquisa, de modo a


desmistificar o uso da tecnologia nas condutas projetuais que busquem alinhar a performance e a síntese da
produção do espaço arquitetônico.

Cronograma

Conforme os métodos descritos, propõem-se uma sequência linear dos grupos de atividades, embora alguns
procedimentos específicos apresentem sobreposições tanto por necessidade da concomitância quanto pela
retroalimentação dos resultados.

Tabela 1: Cronograma
Meses
Atividades
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
Requisitos, análise
e planejamento ● ●
Revisão de literatura
Engenharia reversa
Estudos de caso
Programa de necessidades
Implementação e
desenvolvimento ● ● ● ● ● ● ●
Soluções computacionais
Avaliações, testes e
validação ● ●
Ajustes de exequibilidade
Prototipagem virtual e física
Avaliações comparativas
Exercício projetual
Relatório e
divulgação de C&T ●
Relatório final PIBIC
Artigos científicos
Workshop
Diretrizes para projeto

As atividades previstas neste plano de trabalho estão interligadas ao projeto FAPEMIG APQ-01926-17:
Automatização de processos projetuais em Arquitetura e Urbanismo: prática e reflexão, coordenado pelo
orientador.

Referências

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