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DIREITO AMBIENTAL - DENOMINAÇÕES, CONCEITOS E OBJETO
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Rita Mota Campos, Sebastião Costa Pereira, Fernando Azevedo e Silva Moreira e João Correa, O
Direito do Ambiente, apud. MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental. 19ªed., Malheiros
Editores: São Paulo, 2011, pág. 55.
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Aquilo que envolve
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De acordo com Sirvinskas até o advento da PNMA o Direito Ambiental era um apêndice do
Direito Administrativo e do Direito Urbanístico
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“o conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos organicamente estruturados para assegurar um
comportamento que não atente contra a sanidade mínima do meio ambiente”
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“o conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos sistematizados
e informados por princípios apropriados que tenham por fim a disciplina
do comportamento relacionado ao meio ambiente”.
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Paulo de Bessa Antunes. Direito Ambiental. 6ª ed., Ed. Lúmen Júris,
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Assim sendo, é inegável que tal denominação não corresponde a
proteção jurídica compreendida pela legislação ambiental, uma vez que
esta se estende por horizontes mais vastos do que a natureza
considerada em si própria.
Por outro lado a legislação brasileira tem optado por usar a expressão
meio ambiente ao tratar da matéria, posição respeitada pelos
doutrinadores, principalmente porque é a nomenclatura encontrada na
própria Constituição Federal de 1988.
- Vale dizer ainda que a denominação das disciplina não é idêntica em
outros países, mas a tendência é a mesma de nossa doutrina, ou seja,
de denominar esse novo ramo do direito como “Direito Ambiental”.
CONCEITOS:
Além disso a mesma norma em seu art. 2°, inciso I, considera “o meio
ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo”.
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Advogada e professora da UniSantos e consultora da ANA. Direito Ambiental., 2ª ed., São Paulo: Ed.
Atlas, 2011
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Esse conceito é considerado amplo, pois atinge tudo aquilo que “permite
a vida, que a abriga e rege” 10 – abrange as comunidades, os
ecossistemas11 e também a biosfera12.
- As legislações estaduais seguem essa linha de raciocínio, não limitando
o campo ambiental ao homem, mas todas as formas de vida.
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- Decorre da previsão legal que considera o meio ambiente como um
valor a ser obrigatoriamente/necessariamente assegurado e protegido
para uso de todos, ou seja, para fruição humana coletiva.
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- Até mesmo porque toda a política ambiental tem característica
pedagógica no sentido mais educativo, informativo, preventivo do que
propriamente repressivo.
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7) PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR
8) PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
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- Aplicação do PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO quando o perigo é certo
e se tem elementos seguros para afirmar que uma certa atividade é
efetivamente perigosa.
- O dever jurídico de evitar a consumação de danos ao meio ambiente
vem sendo salientado em convenções, declarações e sentenças de
tribunais internacionais, como na maioria das legislações internacionais.
- É basilar em Direito Ambiental, pois seus objetivos são
fundamentalmente preventivos.
- OBJETIVO – IMPEDIR A OCORRÊNCIA DE DANOS AO MEIO
AMBIENTE, ATRAVÉS DE IMPOSIÇÃO DE MEDIDAS
ACAUTELATÓRIAS, ANTES DA IMPLANTAÇÃO DE
EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES EFETIVA OU
POTENCIALMENTE POLUIDORAS.
- Isso porque diante do pouco valor da simples reparação, sempre incerta
(a degradação como regra é irreparável) – e muitas vezes onerosa, a
prevenção é o único remédio.
EX: Como reparar o desaparecimento de uma espécie? Como trazer de
volta uma floresta de séculos que sucumbiu a violência do corte raso?
- De acordo com Machado15 sem informação organizada e sem pesquisa
não há prevenção e, neste contexto, a aplicação efetiva do princípio
admite, no mínimo, doze itens, dentre eles: 1) identificação do inventário
das espécies animais e vegetais de um território, quanto à conservação
da natureza; 2) identificação das fontes contaminantes das águas e do
ar, quanto ao controle da poluição; 3) identificação e inventário dos
ecossistemas, com a elaboração de uma mapa ecológico; 4)
planejamento ambiental e econômico integrados; 5) ordenamento
territorial ambiental para a valorização das áreas de acordo com a sua
aptidão; 6) Estudo de Impacto Ambiental;
- A Lei 6.938/81 dispõe em seu art. 2°, que em sua PNMA será
observado como princípio a “proteção dos ecossistemas, com a
preservação das áreas representativas”, e “a proteção das áreas
ameaçadas de degradação”, determinações estas que indicam
especificamente onde deve ser aplicado o princípio da prevenção, pois
não seria possível proteger sem aplicar medidas de prevenção.
- O EIA previsto no art. 225, §1°, IV da CF é exemplo típico desse
direcionamento preventivo.
9) PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
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idem
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danosos para o ambiente, a saúde das pessoas ou dos animais e dos
recursos naturais para fundamentar a decisão a ser tomada.
- Utilizada em questões ainda discutidas quanto a motivos e efeitos
(incertezas e controvérsias) como “aquecimento global, organismos
geneticamente modificados, clonagem, etc.
- Este princípio foi explicitado pela primeira vez na Conferência da Terra
ou ECO 92 (princípio 15)
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Art. 1.228, §1° da Lei 10.406/02
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- A função social da propriedade rural também está explicitada na CF/88
em seu art. 186
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