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Matemática para

vestibular medicina
5ª edição • São Paulo
2019

T
1
MATEMÁTICA
M
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
Herlan Fellini, Pedro Tadeu Batista e Vitor Okuhara
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2019
Todos os direitos reservados

Autores
Herlan Fellini
Pedro Tadeu Batista
Vitor Okuhara
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Claudio Guilherme da Silva Souza
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions

ISBN: 978-85-9542-071-7

Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não representando qual-
quer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.

2019
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CARO ALUNO

O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos
principais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2019.
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 103 livros, 24 cadernos de Estudo Orientado e 6 cadernos de aula.
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados nos
principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões propos-
tas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam as explicações
dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de informações para o
estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais acessível
e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar o
repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do aluno.
Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões
de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado com finos
critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares de
hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e química,
história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações que relacio-
nam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante consegue entender
que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando o
contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas” de
fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio nome já
aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm contato em seu
dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas dessas
habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expositiva, descre-
vendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a apurá-las na sua
prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um deles
é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas mentais e
fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos principais conteúdos
ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2019 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para o seu
sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.

Herlan Fellini
SUMÁRIO
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA
Aulas 1 e 2: Potenciação e radiciação 7
Aulas 3 e 4: Equações do primeiro grau e problemas clássicos 19
Aulas 5 e 6: Equações do segundo grau 33
Aulas 7 e 8: Teoria dos conjuntos 43
Aulas 9 e 10: Operações com intervalos 57

TRIGONOMETRIA E ARITMÉTICA
Aulas 1 e 2: Trigonometria no triângulo retângulo 63
Aulas 3 e 4: Produtos notáveis 73
Aulas 5 e 6: Fatoração 81
Aulas 7 e 8: Conjuntos numéricos 89
Aulas 9 e 10: Razão, proporção e grandezas proporcionais 101

GEOMETRIA PLANA
Aulas 1 e 2: Introdução à geometria plana 119
Aulas 3 e 4: Ângulos num triângulo e ângulos numa circunferência 129
Aulas 5 e 6: Razão proporcional e teoremas de Tales e da bissetriz interna 141
Aulas 7 e 8: Pontos notáveis de um triângulo 151
Aulas 9 e 10: Semelhança de triângulos 157
Abordagem de ÁLGEBRA nos principais vestibulares.

FUVEST
Potenciação, radiciação e equações, por serem assuntos básicos, dificilmente serão cobrados
isoladamente, já que a Fuvest é conhecida por cobrar em uma única questão múltiplos assuntos
interdisciplinares e intradisciplinares. Estas são matérias bases para questões com conteúdo das
próximas aulas, como funções.

LD
ADE DE ME
D
UNESP
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U Com questões diretas e concisas, a Vunesp procura avaliar na primeira fase equações do primeiro
e do segundo grau, na maioria atreladas aos conceitos de funções.

UNICAMP
Assuntos básicos como potenciação e radiciação são cobrados em questões de variações de gran-
dezas físicas. Teoria dos conjuntos é cobrado com descrição de um enunciado para que o aluno
desenhe os conjuntos. Equações são assuntos básicos, que necessitam de outros tópicos de mate-
mática para que tenham uma aplicação.

UNIFESP
Pelo fato das questões da Unifesp serem dissertativas com grau de dificuldade acima da média,
os conteúdos deste livro não são cobrados em questões específicas, e sim em conjunto com os
tópicos dos próximos livros.

ENEM/UFMG/UFRJ
O ENEM é famoso por analisar conceitos básicos em suas questões. Portanto, os estudos de
potenciação e radiciação são cobrados em questões de grandezas físicas. Equações e problemas
do cotidiano são cobrados.

UERJ
Uma prova similar a do Enem, e, assim como nos demais vestibulares, quem se destaca sempre
no quadro de conteúdos pedidos também é a área de ecologia, com suas interações entre os
indivíduos.
0 2
1 0 Potenciação e radiciação

Competências Habilidades
1e2 1, 3, 4, 7, 10 e 11
Geralt/Pixabay

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Potenciação

Potenciação com expoente natural


Representamos por bn, sendo b (denominado base) um número real e n (denominado expoente) um nú-
mero natural maior que 2, o produto de n fatores iguais a b, o seguinte produto:
bn = b ∙ b ∙ b ∙ ... ∙ b
n fatores

Exemplos
§§ Cálculo do valor de 25, no qual a base é um número natural:
25 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 = 32
§§ Cálculo do valor de (–3)³, no qual a base é um número inteiro negativo:
(–3)³ = (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) = –27
(–3)4 = (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) = 81
Observação: note que, se a base for um número real negativo e o expoente um número natural ímpar, o
resultado é negativo, mas se o expoente for um número natural par, o resultado é positivo.

(  )
​ 2 ​   ​ , no qual a base é um número racional:
3
§§ Cálculo do valor de ​ __
3
(  ) (  ) (  ) (  )
​  2 ​   ​ = ​ __
​ 2 ​   ​∙ ​ ​ __
2 ​   ​∙ ​ __ ​  8  ​ 
​  2 ​   ​ = ___
3
​ __
3 3 3 3 27
No caso em que n < 2, definimos:
§§ b0 = 1, para b ≠ 0;
§§ b 1 = b
Algebricamente, sendo x ∈ ℝ, a potenciação pode ser escrita da seguinte forma:
x = x¹    x ∙ x = x²    x ∙ x ∙ x = x³

Potenciação com expoente inteiro negativo


Dada uma base b real não nula e um expoente n ∈ ℤ negativo, definimos:
​ 1n  ​ 
b–n = __
b
Dessa forma, quando o expoente for um número inteiro negativo, podemos inverter a base a fim de tornar
o expoente positivo e efetuar as operações da mesma forma que vimos anteriormente.

Exemplos

​ 12  ​ = __
§§ 3–2 = __ ​  1 ​ 
3 9

(  ) (  ) ​  1 2 ​ = ___ ​  25 ​ 


​  1  ​ = ___
–2
​  2 ​   ​ = ____
§§ ​ __
5 2
__ 4
___ 4
​ ​   ​   ​ ​    ​ 
5 25

§§ 10–2 = ___ ​  1 2 ​ = ___


​  1   ​ = 0,01
10 100
​ 1x ​ , sendo x ∈ ℝ e não nulo
§§ x–1 = __

9
Potenciação com expoente racional Potência de um produto

A potência de um produto pode ser escrita como


Dado um número real a e um número racional ​ _m
_
n ,  um produto de potências:
sendo m ∈ ℤ e n ∈ ℤ* (n ≠ 0), definimos a potenciação
​ m
de base a e expoente __n ​ da seguinte forma: P3: (a ∙ b)m = am ∙ bm

a = ​nd XXX
am ​  §§ (2 ∙ 5)³ = 2³ ∙ 5³ = 8 ∙ 125 = 1 000
§§ (x ∙ y)² = x² ∙ y²
Como podemos ver, quando temos um expoente
​ m
racional na forma da fração __n ​ , podemos reescrever a Potência de um quociente
potência como uma raiz n-ésima de am. Definiremos
as propriedades das raízes n-ésimas aritméticas no A potência de um quociente pode ser escrita
próximo capítulo. como um quociente de potências:

(  ) ​ am  ​, se b ≠ 0
​  a  ​  ​ = __
m m
P4: ​__
Propriedades b b

(  )
​ 2 ​   ​ = __
​ 22 ​ = __
​  4 ​ 
2 2
De modo geral, sendo a e b números reais e m §§ ​ __
3 3 9
e n números inteiros, valem as seguintes propriedades:
§§ ​​  __
( ​ yzx   ​  )​​ = ____
​  x    ​ = ___
​  x   ​ 
3 3 3

(yz) y z
3 3 3

Produto de potências de mesma base

Quando se tem o produto entre duas potências


Potência de uma potência
de mesma base, somam-se os expoentes e conserva-se
Quando se tem uma potência em que sua base
a base:
apresenta outra potência, mantém-se a base e multi-
P1: am ∙ an = am+n plicam-se os expoentes:

P5: (am)n = am ∙ n
§§ 23 ∙ 25 = 23+5 = 28
§§ (52)3 = 52 ∙ 3 = 56
(  ) ​ 12  ​  = __
​ 1 ​ 
5
​ 1 ​   ​ ∙ 23 = 2–5 ∙ 23 = 2–5+3 = 2–2 = __
§§ ​ __ §§ (2 ∙ 32)4 = 24 ∙ (32)4 = 24 ∙ 32 ∙ 4 = 24 ∙ 38
2 2 4
§§ (x2 ∙ y5)3 = (x2)3 ∙ (y5)3 = x2 ∙ 3 · y5 ∙ 3 = x6 ∙ y15
§§ 16 ∙ 32 = 24 ∙ 25 = 24+5 = 29

(  )
n n
​ 1 ​   ​= x2 ∙ x–1 = x1 = x
§§ x2 · ​ __ Observação: note que (am) ≠ am . No caso de
x n n
(am) , a base do expoente n é am, e no caso de am , a
Quociente de potências de mesma base base do expoente n é m, e mn é o expoente da base a.
Veja um exemplo:
Quando se tem o quociente entre duas potências
de mesma base, subtraem-se os expoentes e conserva- (2²)³ = (2²) ∙ (2²) ∙ (2²) = 4 ∙ 4 ∙ 4 = 64
-se a base: 22³ = 22 ∙ 2 ∙ 2 = 28 = 256
​ a n ​ = am–n, se a ≠ 0 e m ≥ n
m
P2: __ Note, também, que devido à propriedade comu-
a
n m
tativa da multiplicação, temos que (am) = (an) .
57 ​ = 57–3 = 54
§§ ​ __
53
(  ) (  ) (  ) (  )
1 9 __
__ 1 5 __ 1 9–5 __ 14
§§ ​ ​ 3 ​   ​ : ​​ 3 ​   ​ = ​ ​  3 ​   ​ = ​ ​ 3 ​   ​

x7 ​ = x4
§§ ​ __
x3
10
Resumo das propriedades Utilizando, agora, as propriedades da potencia-
ção, podemos realizar as simplificações:
de potências
___________ (22+6+12)–1 _____
(22 ∙ 26 ∙ 212)–1 _______ (220)–1
​  –8 –10 ​   
= ​  –8+(–10) ​ 

= ​  –18 ​ 
Sendo a e b números reais e m e n números in- 2 ∙2 2 2
teiros, temos:
​ 1 ​ 
= 2–20–(–18) = 2–2 = __
4
§§ P1: am ∙ an = am+n

​ a n ​ = am – n, se a ≠ 0 e m ≥ n
m
§§ P2: __ Potências e notação científica
a
§§ P3: (a ∙ b)m = am ∙ bm
Como vimos, potências do tipo bn podem ser
(  ) ​ a n ​ , se b ≠ 0
​  a  ​  ​ = __
m m
§§ P4: ​ __ usadas para simplificar um produto de n termos iguais
b b
§§ P5: (am)n = am ∙ n a b. Quando lidamos com grandezas muito grandes ou
muito pequenas, podemos utilizar potências de base 10
para representar esses números. Esse tipo de represen-
Escrita de um número na tação é denominada notação científica.
forma de potência Veja a fórmula da notação científica:

m ∙ 10e
Nas expressões numéricas em que podemos es-
crever todas as potências com uma base comum, pode- na qual m é denominado mantissa, um número
mos utilizar as propriedades de potenciação descritas. racional maior que 1 e menor que 10, enquanto que e
Veja alguns exemplos utilizando a base 2: é denominado a ordem de grandeza, expoente da base
__ 10.
§§ 1 = 20 §§ 1/2 = 2–1 §§ ​​√2 ​​ = 21/2
§§ 2 = 2¹ __ Caso desejemos escrever o número 2 500 000
§§ 1/4 = 2–2 §§ ​​√4 ​​ = 22/2 = 2
§§ 4 = 2² __
(dois milhões e quinhentos mil), de forma mais con-
§§ 8 = 2³ §§ 1/8 = 2–3 §§ ​​√8 ​​ = 23/2 cisa fazemos:
___
§§ 16 = 24 §§ 1/16 = 2–4 §§ ​​√16 ​​ = 24/2 = 22 2 500 000 = 2,5 ∙ 1 000 000 = 2,5 ∙ 106
Também podemos escrever alguns números ra-
cionais na forma de uma potência com base inteira:

5  ​ = __
§§ 0,5 = ​ ___ ​  1 ​ = 2–1
Radiciação
10 2
25  ​ = __
§§ 0,25 = ​ ___ ​  1 ​ = 2–2 Chamamos radical a raiz enésima de um núme-
100 4
ro real a, sendo a um número maior ou igual a zero e
§§ 0,125 = ​ ____125  ​ = __ ​ 1 ​ = 2–3
1000 8 n um número natural maior ou igual a 2.
__
Veja como simplificamos o cálculo de uma expres- ​ a  ​, em que a [ R+ e n [ N, com n ≥ 2, é
n
√ 

são numérica envolvendo potências de mesma base: chamado de radical.

(  ​ 4 ∙ (​ __
​  1 ​  )​ ∙ 16  )​
–2
3 –1
8
_____________
​   ​   Teoria na prática
(  )
​  1  ​  ​
2
0,58 ∙ ​ ___ ___
32 ___ __

Escrevendo cada fator como uma potência de


√ 5
​ 16 ​    ​
    ​  1  ​ ​  
___
√  2 ​    ​
36 √
base 2, temos: O termo radical também é representado pelo
__
​( (22) ∙ (2–3)–2 ∙ (24)3 )–1
​ símbolo ​√0 ​. 
________________
​ 
       ​
(2–1)8 ∙ (2–5)2
11
Propriedades Para obter a igualdade, podemos fazer:
___ ____ __
10 10 : 2 5
​ √  210 ​ = ​ √  210 : 2 ​ = ​√  25 ​ 
1ª propriedade ___ n:p
___
De modo geral, temos ​√  am ​ =​ √  am:p ​ , para todo
n

Observe um radical com índice ímpar: a [ R+ e n [ N, com n ≥ 2, sendo p um número dife-


3
____ rente de zero e divisor comum de m e n.
​√  125 ​ = 5 e 125 = 53
____ __ Essa propriedade geralmente é usada para sim-
3
​√ 53 ​ =
3
​√  125 ​ =   5 plificar alguns radicais.
Agora, veja um radical com índice par:
2
____ Exemplos
​√  121 ​ = 11 e 121 = 112
____ ___
2 __ ____ __
​√  121 ​ = ​√  112 ​ = 11
2
8 8:4
​√ 74 ​  = ​ √  74 : 4 ​ = ​√  7 ​ 
2

___ ___ __ ____ __
De modo geral, vale a igualdade ​√  an ​  = a, para
n
10 10 : 5
​ √  32 ​ = ​ √  25 ​  = ​ √  25 : 5 ​ = ​√  2 ​ 
10 2

todo a [ R+ e n [ N, com n ≥ 2.

Exemplos 3ª propriedade
__ __ __
6 6 8 8
​√42 ​ √  7  ​
 = 4    ​ √  7  ​ =
 = 7    ​ 7 3
_____
3
___
3
__
Observe as expressões ​√  27 ∙ 8 ​ e ​√  27 ​ · ​√  8 ​ .
Observação: Essa propriedade é válida somen-
te para a igual a zero ou maior que zero.
____
​√  (-2)
4
Se tivermos, por exemplo,
____ ___
4
 ​ , a expressão
não equivalerá a – 2, pois ​√  (-2)  ​ = ​√  16 ​  = 2.
4 4 4

Se, porém, o índice for ímpar, a propriedade ____ __ __


De modo geral, temos ​√  a ∙ b ​ =​n√  a ​  · ​√  b ​  , para
n n
__
​√  an ​  = a continuará válida. Veja:
n

____ todo a [ R+, b [ R+ e n [ N, com n ≥ 2.


​√  (-1)3 ​ = –1
3

Assim, para uma expressão com radicais, temos Exemplos


de impor a condição de existência: _____ __ ___
​√4 ∙ 10  ​ 
=√​ 4 ​ ∙ √
​ 10 ​ 
§§ Se o índice for ímpar (n é ímpar), o radi- _______ ___
____
cando poderá ser qualquer número real:​
n n
__
4 ___ 1
​  ​    ​ ∙ 100 ​ 
10 10 √
= ​  ​  1  ​ ​  ∙ ​√  100 ​ 
4 ___ 4

√  x  ​ = x, x ∈ R.
§§ Se o índice for par (n é par), o radicando
deverá ser um número real não negativo: 4ª propriedade
__
n
​√  xn ​ = x, x ≥ 0 (condição de existência).
___ 3 ___
Observe que dessa definição, segue que
24 : 2 = 23, e não 22.
Observe as expressões ​  ​ 27 ​ ​  e ____
3 ___
8
√ __  
​ ​3  27 ​ ​ 
​√  8 ​  √
2ª propriedade
Podemos representar o número 2 por meio de
diferentes radicais:
__
5
2 = ​√ ___
25 ​ 
10 10
2 =​ √  2  ​ 
__ ___
5 10
Então: ​√  25 ​ = ​ √  210 ​ 

12
__ __
n
​√ __
a ​   ​, para todo
De modo geral, temos ​  __ ​  a  ​   ​ =
b √
n
​ ___
​√  b ​ 
n
Racionalização de denominadores
a [ R+, b [​  R​+*​ ​ e n ∈ N, com n ≥ 2.
O processo de racionalização do denominador
Exemplos
___ ___ consiste em multiplicar a fração dada pelo número 1,
√ 7
√ __  
​  ​ 30 ​
​  30 ​ ​​  = ____
​​ ___
​√ 
 ​7
 ​  escrito como fração, de modo que o produto nos deno-
______ __ minadores seja um número racional.
_____

3
1 √
​   1 ​ 
3 _____
​√  0,001 ​ = ​  ​     ​  ​ 
3 ______
= ​  _____ ​ 1  ​ 
   ​ = ___
1.000 3​√  1.000 ​  10 dXX dXX dXX dXX
1   ​ = ___
​ ___ ​  1   ​ · 1 = ___ ​ ​ 2 ​ ​  = ______
​  1   ​ · ___ ​  1 · ​ 2 ​   ​   ​ 2 ​   ​ = ___
= ____
 ​  ​  ​ 2 ​ ​  
d 2 ​  d​ XX
​ XX 2 ​  ​dXX
2 ​  ​dXX 2 ​  ​dXX 2 ​  ​  d XX
2 ​ · d​ XX 2  ​  2
2

Potenciação e radiciação Note que, após a racionalização, escrevemos de


com radicais outra forma o número dado, agora com denominador

racional.
Veja uma potenciação com radicais:
dXX
__ __ __ __ __ _________ __ ​ ​ 2 ​ ​  é mais simples que calcular ___
Calcular ___ ​  1   ​ .
(​ ​√ 2 ​  )4​ = 5​√  2 ​ · 5​√  2 ​ · 5​√  2 ​ · 5​√  2 ​ = 5​√  2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ​ 
5

5
= ​√  24 ​  2 d
​ XX
2 ​ 
Analise a racionalização dos denominadores de
De modo geral, para efetuar a potenciação com
alguns números agrupados nas situações a seguir:
um radical, elevamos o radicando ao expoente dado:
__ __
(​ m​√  a ​  )n​ = m​√  an ​,  em que a ≥ 0, m é um número natural
maior que 1 e n é um número inteiro. Situação 1
2   ​ .
§§ Vamos racionalizar o denominador de ​ ____
Exemplos 3​dXX8 ​ 
__ __
__ __
​( ​√5 ​  )3​ = √
​ 53 ​  dXX 2​√ 8 ​  ___ √
__ __ ​ ____ ​ ​ 8 ​ ​  = ____
​  2   ​ · ___
2   ​ = ____ ​    ​ =​ ​ 8 ​ ​  
8 ​  3 ∙ 8 12
5
​( 2 ​√  3  ​  )​ = 25 · ​√  35 ​  = 32 · 3 · 3​d XX 3​dXX
8 ​  3​dXX 8 ​  ​dXX
3 3
32 ​ = 96 3​d XX
32 ​ 

​( 6​dXXXXX )2​ = 62 · d​ XXXXXX


4 – x ​   (4 – x)2 ​ 
= 36 · (4 – x) = 144 – 36x, 3   ​. 
§§ Vamos racionalizar o denominador de ​ ___
​d  3 ​ 
4 XX
com x ≤ 4
d 3 3​4d XX
4 XX
d 3 4 XX3
4 XX
​ 4​  3  ​  ​ = ____
​  4 3  ​ ​  = ____
​ 3​  3 ​ ​  
3
3   ​ = ___
​ ___ ​ 4 3   ​ · ___  = ​d  3  ​ 
(​ d​ XX5 ​ + 3 )2​ = (​ d​ XX5 ​  )2​ + 2 · d​ XX5 ​ · 3 + 32 = 5 + 6​dXX5 ​ + 9 = 3
​d  3 ​  ​d XX
4 XX
3 ​  ​d XX 33 ​  ​d XX 34 ​ 
14 + 6​dXX
5 ​ 

Para entender o procedimento da radiciação com


radicais, compare as expressões: Situação 2
​d ​ 729 ​ ​ = ​ 9 ​= 3 e ​ 729 ​= 3
2 XXXXX
  d XXXX 
  d XX  d 
3 2 6 XXXX

3   ​ 
§§ Vamos racionalizar o denominador de ​ ______ .
d
​ XX
3 ​ + 1
Como as duas expressões são iguais a 3, então:​
Como nesse denominador há uma adição em
d ​ 729 ​ ​ = ​ 729 ​= 3
2 XXXXX
  d XXXX 
3
  d XXXX 
6
que pelo menos uma parcela é um número irra-
De modo geral, para efetuar a radiciação com cional, usamos o produto da soma pela diferen-
radicais, fazemos m​d XXX
​ XX 
nd
a ​, em que a ≥ 0 e m e n
a ​ ​ = ​m · nd XX 
ça para racionalizar o denominador.
são números naturais maiores que 1.
__
dXX √ 3 ​ – 1)
3 · (​__
Exemplos
3   ​ 
​ ______ ​  3   ​ 
= ______ ​ ​ 3 ​ – 1 
· ______  ​ = ​​  ________    ​​ =
d d d
​ 3 ​ + 1 ​ 3 ​ + 1 ​ 3 ​ – 1
XX XX XX √
(​ 3 ​) 2 – (1)2
​d ​ 2 ​ ​ = ​
3 XXX
  dXX   d   
3 · 2 XX
2 ​= 6​d XX
2 ​  __ __
3​√3 ​-  3 ​ 
= ​ ______ 3​√3 ​  ​
 = ​ ______ - 3 
dd
XXXXXXX  .
d d d d 3
6 XXX
XXXX
​ ​6  10  ​ ​ 
XXXXX XXXXX XXXXX
​ 1.000 ​ 1.000 ​  1.000 ​ 106 ​ ​  = ____
3
​ 3​  _____  ​ ​ ​ = 2​ · 3  _____
  
   ​ ​ = 6​   _____
    ​ ​ = 6​   ___
    = 3-1 2
64 64 64 2 ​d XX
26 ​ 
dXXX
​ 10 ​
= ​ ____
 ​ 
  
2
13
2   ​ 
§§ Vamos racionalizar o denominador de ​ _______
d
. Teoria na prática
​ 2 ​ + d​ XX
XX 5 ​ 
Nesse denominador, há uma adição de dois 1. Analise as seguintes afirmações:
__ __ __
I. A subtração ​( 2​√8 ​ –
  3​√   ​ 2 )3​ , equivale a 2​√ 
2 ​.
números irracionais. Para racionalizá-lo, vamos __ __
II. 5√ √
​ 8 ​ é maior que 11​   2 ​.
​dXX
2 ​ – d​ XX
multiplicar a fração por: ​ _______ 5 ​  ​ 
.
__
d d
​ 2 ​ – ​ 5 ​ 
XX XX III (6​√  ​)
3 é igual a 108.
2

dXX dXX __________ 2 · (​ d​ XX 5 ​  )​


2 ​ – d​ XX Estão corretas as afirmativas:
​  2   ​ 
_______ ​  ​ 2 ​ – ​ 5 ​  
· _______  ​ = ​   ​ 
=
​ 2 ​ + ​ 5 ​  ​ 2 ​ – ​ 5 ​  ​( ​dXX
d XX d XX d XX d XX 2 ​  )​ – (​ ​dXX
2
5 ​  )2​ a) I e II apenas.
__ __ b) I e III apenas.
2​dXX
2 ​ – 2​d ​
5 ​   √ 2​√ 2 ​ 
​  2​ 5 ​ -  ​
XX
= ​ _________ = ________
   
  c) II e III apenas.
2–5 3
d) I, II e III.
​dXX
6 ​    ​ 
§§ Vamos racionalizar o denominador de ​ ______ .
4 – d​ XX 5 ​  Resolução:
__
dXX 4+√ d 6 ​ · (​ 4 + d​ XX
​ XX 5 ​  )​
​  ​ 6 ​    ​ 
______ · ​  ______
  5 ​ 
​ __
 ​ = ​  ___________
 ​ 

= I. Correta. Desenvolvendo a subtração:
5 ​  4 + √
4 – d​ XX ​ 5 ​  42 – (​ d​ XX
5 ​  )2​ __ __ __ __
__ ___
2 3 = (2​√23 ​ – 3​√ 
(2 ​√8 ​ – 3​√ 
 ​) 2 ​)3 =
__ __
4​dXX
6 ​ + d​ XXX
30 ​ √ √
= ​ _________  ​ 
   ​ 4​ 6 ​ +  ​
= _________ ​ 30 ​  
  = (2​√22 · 2  ​ – 3​√ 
 ​2 )3 =
16 – 5 11 __ __ __ __ __
= (2​√22  ​ · √
​ 2 ​ – 3​√ 
2 3 = (4​√2 ​ – 3​√2 ​) 3 =
 ​)
__ 3
__
O produto da soma pela diferença de a e b é: = (​ ​√2 ​  )​ = 2​√ 
 ​2
__ ______ __ __
II. Incorreta. 5​√8 ​ = 5​√22 ∙ 2 ​ = 5​√22 ​  · √
​  ​2 =
(a + b) · (a – b) = a – b 2 2
__ __
= 10​√2 ​ < 11​√ 
 ​2

III. Correta. Teremos:


Potência com expoente fracionário __
(6​√ 
3 ​)2 = 36 · 3 = 108
O expoente de uma potência pode ser um núme-
ro em forma de fração. Alternativa B
Veja o significado disso com o exemplo a seguir. 2. Considere as seguintes expressões:
___
___
5 = (​​√5  ​​)  – 1ª propriedade dos radicais
1/2 1/2 2 3​√12 ​
I. ​ ____  ​   = 3​√__ 2 ​ 
2__ __

___
II. (2​ √  ​ ​ 3 ​ ​  
3 ​)-1 = ___
(​​√51/2 ​​) 2 = d​ XXX
51/2 ​ · d​ XXX
51/2 ​ = d​ XXXXXX
51/2 + 1/2 ​ 
– propriedade do 6
​  ​
1
__
2 
__
produto de potências de mesma base III. (2 ) = 2​√ 
4
2 ​

​dXXXXXX = d​ XX
51/2 + 1/2 ​  51 ​ = d​ XX
5 ​  É(são) verdadeira(s), a(s) alternativa(s):
a) I.
Portanto: 51/2 = d​ XX
5 ​. 
b) II.
5 ​,  então 53/2 = (51/2)3 = (​ d​ XX
Se 51/2 = d​ XX 5 ​  )3​ = d​ XX
53 ​  c) III.
d) I e II.
Da mesma forma, podemos escrever outras po-
e) I e III.
tências de expoente fracionário como um radical.
Resolução:
25/3 = 3​d XX
25 ​ 
___ __
__
____ 3​√12 ​
I. Incorreta. ​ ____    ​√3 ​  
3 · 2 · ​
 = ​ ________
[  ] d [  ] √ (  ) d
XXXX XXX  ​  = 3​√ 
3 ​
​ 1 ​   ​  ​ = 3​  ​ __
​  13  ​   ​  ​ = 3​  __
​  16  ​ ​  = __
​ 1 ​ 
2
​ 1 ​   ​ = 3​  ​ __
​ __
2/3 2
2 2
8 8 2 2 4 __ __
__ √  √3
____ II. Correta. (2​√  ​ ​ __
​  1__   ​ · ___
3 ​) = ____ -1
​ ​  
 ​3  ​ = ___  ​ ​ 
2​√3 ​  ​√   ​3 6
(0,3)2/7 = 7​d XXXXX = 7​​√  0,09 ​​ 
(0,3)2 ​ 
__ ​  ​ ​  ​ 1
__ 4
__

III. Incorreta. (24) = 2 = 22 = 4


2 
2 
n m
De modo geral, podemos dizer que a m/n
= ​√ a  ​
   
para todo a [ R+, m [ Z e n [ N, com n ≥ 2. Alternativa B

14
________ ________

√ (  )
____ __
√ (6) 5 ​   -2​  ​  ​  6 ​   ​  ​⇒
2
z = ​√  (2 )  ​ – ​ ​√  56 ​∙  ​  ​ __ – ​ 56/3 ∙​ __
3 3 2 3
3. Assinale a alternativa correta: = 2 6/3

__ __
5
a) ​√4 ​ + √
​ 5 ​  <3 _____
__
b) (​√3 ​ + √
​ 
__
3 2 + (​ ​√ 
2 ​)2 = (​√ 
 ​)
__
2 ​  )2​ = 3 + 2 = 5
__ √
​ 36 ​ ​​  
⇒ 22 – ​​ 52 · ___
25
= 4 – 6 = –2

__
c) ​ ___9__   ​ = 6​√ 
 ​3 Resolução:
​√  ​3
__
__4   ​ 
d) ​ ______ =√ ​ 5 ​ + 1 a) Falso. ​
(​ ​√5 ​ - 1 )​
___
e) ​√16 ​ = ±4 3  ​ ⇒ - __
__ z ​ < – ​ __ 5  ​= – ​ __
​  2  ​ = –2 · ​ __ 5  ​ e – ​ __
5  ​> – ​ __
3  ​.
y 2 __8 8 4 4 2
​   ​ 
5
Resolução:
b) Verdadeiro.
__ __
​ 5 ​ > 3
​ 4 ​ + √
a) Incorreta, pois √ 1  ​ ⇒
x – y < ​ __ ​ 5 ​  –
__ ​ 8 ​  <
__ ​ 1  ​ ⇒ ___
__ ​  1  ​ < __
​ 1 ​ .
__
__ 5 3 5 5 15 5
b) Incorreta, pois ​( ​√3 ​ + √ ​ 2 ​  )2​ =
__ __ __ __ __ c) Verdadeiro.
= (​ √
​ 3 ​  )2​ + 2 √ ​ 2 ​ + (​ √
​ 3 ​ ∙ √ ​ 2 ​  )2 = 5 + 2 √ ​ 
6 ​.
__ __
9__ ___ 9__ ___ √
​ __ 9​√ 
3 ​  ____
 ​3 5  ​ – 2 < 0.
x + z < 0 ⇒ ​ __
___
c) Incorreta, pois ​     ​ = ​     ​ ∙ ​    ​ = ​   ​   = 3
​√  ​3 ​√   ​3 ​√   ​3 3
__
= 3​√ 
 ​.
3 d) Verdadeiro.
__
√ 5 ​ + 1 __
​  __4   
d) Correta, pois ______ ​  ​ __
 ​ · ______   ​= √
​ 5 ​ + 1 . x + y + z ∉ (ℝ – ℚ), pois a soma de três
(​ √​ 5 ​ – 1 )​ ​√5 ​ + 1
___
e) Incorreta, pois ​√16 ​ = 4. números racionais será sempre um número

racional.
Alternativa D

4. Considerando os números reais, Alternativa A


___
x=√
​ 2,7... ​   ___ ___ ___
____ 5. O valor da expressão ​√50 ​ – √
​ 18 ​ + √
​ 98 ​  é:
____
y = ​[ ​√0,25 ​ + (163/4)-1 ]-1​ a) ​√ 130 ​ 
________ __

( 6 )
____ __ b) –5​√2 ​ 
√ ​ 5 ​   ​  ​​ 
​√  5  ​ · ​ __
-2
z = ​√ (2 )  ​ – ​​
3 3 2 3 6
  __
c) 9​√2 ​ 
___
d) 5​ √ 13 ​ 
é FALSO afirmar que: __
e) 15​√2 ​ 
a) ​ 3 ​ 
​ _zy  ​< – __
2 Resolução:
b) x – y < __ ​ 1 ​ 
5 ___ ___ ___
c) x + z < 0 √
​ 50 ​ – √ ​ 98 ​ =
​ 18 ​ – √
__ __ __
= 5​√2 ​ – 3​√2 ​ – 7​√2 ​ =
d) x + y + z ∉ ( ℝ – ℚ) __
= –5​√2 ​ 
Resolução:
_____ ___ Alternativa B
___
x=√ √ ​ 25 ​ ​  = __
​ 7 ​ ​  = ​ ___
​ 2,7... ​ = ​ 2 + __
9 9 3
​ 5 ​  √
___
[  ____ ]
-1
y = ​ ​√0,25 ​  +  (​ ​√  163 ​  )-1​   ​ ⇒
4

(  √ √( ) )
__ _____

( 
-1 -1
​  1 ​  ​ + 4​   ​ ​ ___
⇒ y = ​ ​ __
4
1  ​  3​  ​   ​ ⇒ y = ​ __
16
​  1 ​ + __
2 8
​ 1 ​   ​ )
-1
⇒ y= ​ ​ __
8 ( )
5 ​    ​ ⇒ y = __
​ 8 ​ 
5
15
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR
APLICAÇÃO NOIntrodução
COTIDIANO
INTERDISCIPLINARIDADE
Vídeo à potenciação
Fonte: Youtube

Filme Uma Mente Brilhante

História do matemático John Nash, criador do “Equilíbrio de Nash”, uma teoria com
aplicação em Economia na área de Teoria dos Jogos, teoria que acabou premiando
Nash com o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória, de Alfred Nobel.

ACESSAR

Sites Expoentes, radicais e notação científica

pt.khanacademy.org/math/pre-algebra/pre-algebra-exponents-radicals

16
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
INTERDISCIPLINARIDADE

Imagine um grande prédio a ser construído, com todos os seus elementos e estruturas, fundações, vigas
e tijolos. Fazendo uma analogia com a construção de um prédio, a potenciação e a radiciação são a base para a
construção dos conhecimentos algébricos.
Logo de início, você poderá utilizar os conhecimentos aprendidos de potenciação na disciplina de Física, no
uso da notação científica, e na área de Geografia, mais especificamente na área de cartografia, já que trabalhar
com potências facilita a mudança de escalas.

17
Estrutura Conceitual
EXPOENTE (expoente)

a
n
(quantidade de
vezes que a base
é multiplicada
por ela mesma)
POTENCIAÇÃO
a · a · a · a · ... · a
BASE n vezes
(número a ser
multiplicado)
(base)

(índice)

a
n
Raiz vem do latim RADIX, que
quer dizer lado.

RADICIAÇÃO
OPERAÇÃO INVERSA Quando dizemos raiz quadrada

DA POTENCIAÇÃO de 9, estamos pensando em:


“qual é o lado do quadrado
de área 9?”

(radicando)
1 1 1

9=3 1
1
1
1
1
1
3

18
3
0 40 Equações do primeiro grau
e problemas clássicos

Competência Habilidades
5 19, 21, 22 e 23
© Olaf Speier/Shutterstock
Geralt/Pixabay

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Equações
A primeira referência, ou indício, acerca das equações de que se tem conhecimento está relacionada ao cha-
mado “Papiro de Rhind”, um dos documentos egípcios mais antigos que tratam da Matemática, escrito no ano de
1650 a.C., e que recebe também o nome de Ahmes.
A álgebra começa a ser apresentada a partir do século XI, com a obra de al-Khwarizmi (738-850 d.C), que
designa o estudo das equações com uma ou mais incógnitas em uma resolução de problema. Quando, em sua in-
terpretação, conseguimos representar em linguagem simbólica, na forma de uma equação, temos a equação como
uma consequência da situação-problema. Al-Khwarizmi, um dos maiores matemáticos árabes, resolvia as equações
de uma maneira parecida com a que fazemos hoje: tudo, até mesmo os números, era representado por palavras.
No livro Al-jabr wa’l mugãbalah trazia explicações minuciosas sobre a resolução de equações.
Diofante foi um matemático grego que viveu no século III. Ele se dedicou à Álgebra e usou a ideia de repre-
sentar um número desconhecido por uma letra; por isso, acredita-se que tenha influenciado outros matemáticos.
A equação de 1º grau é definida como “uma sentença aberta que exprime uma igualdade entre duas ex-
pressões numéricas”.
O sentido etimológico da palavra “equação”, deriva do latim equatione, e significa equacionar, igualar. As
expressões numéricas, separadas pelo sinal de igualdade, chamam-se “membros”; cada membro é composto por
“termos”; e esses termos, que multiplicam as letras, chamam-se “coeficientes de termo”.
Considere a seguinte igualdade:

1+x=3

A essa igualdade damos o nome de sentença matemática aberta ou equação, pois pode ser verdadeira
ou falsa, dependendo do valor atribuído à variável x. Neste caso, se o valor de x for 3, por exemplo, a sentença é
falsa. Por outro lado, se o valor atribuído for 2, a sentença é verdadeira. Como x = 2 torna a sentença verdadeira,
dizemos que o número 2 é a raiz da equação. Conjunto solução é o nome que se dá ao conjunto dos valores
que tornam uma equação verdadeira. No caso, o conjunto solução S é:

S = {2}

Exemplos
1. 2x + 4 = 6, para x [ R
O único valor real que torna a equação verdadeira é x = 1, logo S = {1}.

2. x² = 4, para x [ R
Os valores reais que tornam a equação verdadeira são x = 2 ou x = –2, logo S = {–2, 2}.

3. 0x + 1 = 1, para x [ R
Neste caso, vemos que independentemente do valor de x, a equação é verdadeira, logo S = R.

4. x² = –1, para x [ R
Neste caso, vemos que não há valor real de x que torne a equação verdadeira, logo S = Ø.
Para encontrar os valores que compõem o conjunto solução, podemos manipular a equação utilizando algu-
mas propriedades a fim de isolar a variável (incógnita) em um dos membros da equação.

21
Veja alguns exemplos de como manipular as
P1: Se somarmos ou subtraírmos um mesmo equações a fim de isolar a incógnita:
número de ambos os membros de uma igualdade,
esta permanecerá verdadeira. 1. 5(x – 3) = –2(x – 1)
Devemos aplicar a propriedade distributiva, a fim
de eliminar os parênteses, respeitando a regra
Exemplos: de sinais:
1. x – 4 = 10 5x – 15 = –2x + 2
x – 4 + 4 = 10 + 4
Somando 2x em ambos os membros para isolar
x = 14
Logo, S = {14} a incógnita:
5x – 15 + 2x = –2x + 2 + 2x ä 7x – 15 = 2
2. 3 + x = 1
3+x–3=1–3
Somando 15 em ambos os membros e finalmen-
x = –2
Logo, S = {–2} te dividindo por 7, temos:

7x – 15 + 15 = 2 + 15 ä 7x = 17
P2: Se multiplicarmos ou dividirmos por um
mesmo número ambos os membros de uma igual- ​ 17 à x = ___
7x = ___
​ __ ​ 17 ​ 
7 7 7
{  }
dade, esta permanecerá verdadeira. 17
Logo, S = ​ ___
​   ​  ​
7

​  5 ​
x ​= __
2. ​ __
Exemplos: 4 2
Para cancelarmos o denominador 4 da fração ​ __x  ​,
1. ​ __x  ​= 6 4
4 multiplicamos ambos os membros por 4:
​ __x  ​ · 4 = 6 · 4
4
​ 5 ​ · 4
​  x  ​ · 4 = __
__
x = 24 4 2
Logo S = {24} 20
___
x = ​   ​ = 10
2
2. –2x = 6 Logo, S = {10}
6  ​​ 
​​ –2x ​​ = ​​ ___
___
–2 –2 3. ___ ​ 3 ​
​  x   ​= __
x = –3 –4 2
Logo, S = {–3} De maneira análoga ao exemplo anterior, multi-
plicaremos ambos os membros da igualdade por

Equações de primeiro grau


–4:

​  x   ​ · (–4) = __
___ ​ 3 ​ · (–4)
–4 2
Uma equação do primeiro grau é aquela que –12
____
x = ​   ​  = –6
pode ser expressa na forma ax + b = 0, com a i 0, 2
a partir de manipulações algébricas descritas anterior- Logo, S = {–6}.
mente. Uma vez escritas nesta forma, podemos facil-
Uma outra maneira de resolver equações desse
mente encontrar o conjunto solução subtraindo o ter-
tipo é realizando o produto cruzado:
mo independente b de ambos os membros e, depois,
dividindo-os por a.
Em uma equação de primeiro grau, temos ape- ​  a  ​ = ​ __c  ​ à a · d = b · c
__
b d
nas operações de soma, subtração, multiplicação e di-
visão. Logo, podemos reduzir uma equação de primeiro
​ 3 ​ à 2x = 3(–4)
​  x   ​ = __
___
grau à forma ax + b = 0, realizando apenas essas quatro –4 2
operações. 2x = –12 à x = ____ ​ –12 ​  = –6
2
22
x + 2 
4. ​ _____ 5 ​
​ = ​ __ Considere as seguintes equações:
6 3
Realizando o produto cruzado, temos:

3(x + 2) = 6 · 5 à 3x + 6 = 30
3x = 30 – 6 Primeiramente, escolhemos uma das equações
3x = 24 e isolamos qualquer uma das incógnitas. Por exemplo,
24 ​ = 8
x = ​ ___ isolaremos a incógnita x na equação (I):
3
Logo, S = {8}. (I) x + 3y = 11 ä x = 11 – 3y
Agora, substituiremos o valor encontrado para x
12 – ​
x 
5. ​ ​ ______ x  ​
 + 1 = ​ __ na equação (II):
3 2
Quando temos somas ou subtrações de frações, (II) 2x + y = 7
primeiramente encontramos o mínimo múltiplo 2(11 – 3y) + y = 7
comum entre os denominadores. Dessa forma,
22 – 6y + y = 7
reduzimos todos os denominadores a um deno-
minador comum, podendo, então, cancelá-lo: –5y = –15

mmc(1,2,3) = 6 ​ –15 ​ = 3
y = ____
–5
Logo, y = 3.
2 · (12 – x) + 6 · 1 3____
​ ​______________
    ​  = ​  ·  ​
x  
6 6 Com esse resultado, podemos substituir o valor
Multiplicando ambos os membros por 6, cance- de y em quaisquer das equações. Utilizamos a
lamos os denominadores. Efetuando as opera- equação (I):
ções no restante da igualdade, temos:
(I) x + 3y = 11
24 – 2x + 6 = 3x à 30 = 3x + 2x ⇔ 30 = 5x x + 3(3) = 11
30 ​ = 6
x = ​ ___ x + 9 = 11
5
x=2
Logo, S = {6}
Logo, a solução do sistema de equações é x =
2 e y = 3.
Resolvendo sistemas de duas
equações de primeiro grau Método da adição
Esse método consiste em igualar os coeficien-
Em problemas envolvendo equações de primeiro tes de uma das incógnitas em ambas as equações de
grau, é possível ter mais de uma incógnita a ser cal- modo que, ao somá-las, esses coeficientes se anulem,
culada. Neste caso, devemos ter também mais de uma diminuindo assim a quantidade de incógnitas. Observe
equação. Um conjunto de equações determina um sis-
o exemplo:
tema de equações. Existem principalmente dois mé-
Considere o mesmo sistema de equações do
todos para resolver tais sistemas: o método da subs-
exemplo anterior:
tituição e o método da adição.

Método da substituição
Se multiplicarmos a equação (I) por –2, obtere-
Esse método consiste em obter, a partir de uma
mos o seguinte sistema:
das equações, uma incógnita em função das demais. Em
seguida, substitui-se esse resultado nas outras equa-
ções. Veja um exemplo:

23
Somando a equação (I) e (II), temos: 2. Um executivo distribui seus vencimentos
1  ​para o pla-
mensais da seguinte maneira: ​ __
8
1  ​para a poupança, __
no de saúde, ​ __ ​ 1 ​
  para a
4 6
alimentação e a moradia e os R$ 6.600,00
restantes para o lazer. Quanto o executivo
poupa mensalmente?

Observe que a escolha do fator –2 para multi- Resolução:


plicar a equação teve como finalidade igualar 1 ​  para o plano
Quando o problema menciona “​ __
o valor absoluto dos coeficientes da incógnita x 8
de saúde”, entende-se que para o plano de saú-
em ambas as equações.
Agora, a partir do valor de y, basta substituir em ​ 1  ​ do valor total que recebe.
de ele destina __
8
quaisquer das equações. Em (I), temos: Como não sabemos quanto ele recebe ao todo,
denominamos esse valor por x. Assim, podemos
(I) x + 3y = 11 escrever que, para o pagamento do plano de
x + 3(3) = 11 ​ 1 ​ de x, ou seja, ​​ __
1 ​​ ∙ x = __
saúde, ele destina __ ​ x  ​.
x + 9 = 11 8 8 8
Logo, se somarmos todos os valores que ele des-
x=2
tina a cada atividade, teremos o valor total de x:
Logo, como já visto, a solução do sistema de
equações é x = 2 e y = 3. ​  x  ​ + __
__ ​  x  ​ + __
​  x  ​+ 6 600 = x
8 4 6
mmc(4,6,8) = 24

Problemas envolvendo 3 · x + 6 · x +   
4 · ​
x + 24 · 6600 = ​ _____
​ ________________________
   
24
24 ·  ​
24
x  
equações do primeiro grau 13x + 158 400 = 24x
158 400 = 24x – 13x
A resolução de um problema matemático consis-
158 400 = 11x
te em transformá-lo em linguagem matemática, como
uma equação, utilizando os dados fornecidos para che- ​​  158 400
x = _______  ​​ 
 = 14  400
11
gar a uma conclusão, com base no pedido no enunciado.
Veremos através de alguns exemplos como problemas Logo, como denominamos por x o valor total rece-
envolvendo equações de primeiro grau são enunciados: bido mensalmente pelo executivo, temos que o va-
​ 1 ​ de x:
lor P destinado à poupança corresponde a __
4
1. Dado um número x, a soma do dobro desse nú-
mero com 6 equivale à diferença entre o triplo ​ 1 ​ x = __
P = __ ​ 14.400
​ x  ​ = ______ ​  = 3 600
4 4 4
desse número e 4. Qual é esse número?
3. Em um quintal, há galinhas e cabras, perfazendo
Resolução:
o total de 14 cabeças e 38 pés. Calcule o número
§§“soma do dobro desse número com 6”: 2x + 6 de galinhas.
§§ “diferença entre o triplo desse número e 4”:
Resolução:
3x – 4
Sendo x o número de galinhas e y o número de
Logo: cabras, e considerando que cada cabra e cada
2x + 6 = 3x – 4 galinha possuem uma cabeça e que cada gali-
6 + 4 = 3x – 2x nha possui dois pés e cada cabra, quatro. Temos:
10 = x
Portanto, o número pedido é 10.

24
Como desejamos obter o número de galinhas
(x), pelo método da adição, podemos eliminar a
Problemas clássicos
outra incógnita (y). Assim, multiplicamos a equa- Alguns problemas são comuns no vestibular, e
ção (I) por –4 e somamos ambas as equações: não há fórmula para resolvê-los. Porém, estudando a
resolução de alguns deles, podemos utilizar os mesmos
métodos para algum outro problema similar. Veja estes
dois exemplos:
§§ Uma torneira enche um tanque em 16 horas e
outra em 12 horas. Estando o tanque vazio e
Multiplicando ambos os lados da equação por abrindo simultaneamente as duas torneiras, em
–1, temos: quanto tempo encherão o tanque?
§§ Um trabalhador em uma fazenda consegue arar
–2x = –18 à 2x = 18
todo o campo em 16 horas. Um outro trabalha-
x=9 dor consegue arar o mesmo campo em 12 ho-
ras. Sendo assim, em quanto tempo ambos os
Portanto, nesse quintal há 9 galinhas.
trabalhadores conseguem arar um outro campo
idêntico, trabalhando simultaneamente?
4. Em uma academia de ginástica, o salário mensal de
Observe que ambos os problemas, apesar de
um professor é de R$ 800,00.Além disso, ele ganha
tratarem de temas distintos, possuem semelhanças. De
R$ 20,00 por mês por cada aluno inscrito em
fato, a resolução de ambos é idêntica. Desta forma, se
suas aulas. Para receber R$ 2.400,00 por mês,
soubermos resolver um deles, também saberemos resol-
quantos alunos devem estar matriculados em
ver o outro.
suas aulas?
Devido a essa similaridade entre questões, estu-
Resolução: daremos alguns problemas e suas resoluções para que
possamos aplicar os métodos de resolução em outras
Considerando x a quantidade de alunos matricu-
situações que podem aparecer no vestibular.
lados e multiplicando o valor recebido por cada
aluno matriculado (R$ 20,00) pela quantidade
de alunos matriculados, teremos o valor recebido O problema das torneiras
pelo professor por cada aluno inscrito em suas
Uma torneira enche um tanque em 16 horas e
aulas.
outra em 12 horas. Estando o tanque vazio e abrindo
Somando ao valor fixo de R$ 800,00, teremos o
simultaneamente as duas torneiras, em quanto tempo
salário final do professor. Como ele deve receber
encherão o tanque?
mensalmente R$ 2.400,00, temos a seguinte
equação:

20 · x + 800 = 2 400 Comentários


Resolvendo a equação: Nessa situação-problema, não devemos aplicar
a regra de três, uma vez que as capacidades de trabalho
20 · x = 2 400 – 800 das torneiras são diferentes. A saída, aqui, é identificar
20 · x = 1 600 as frações do trabalho que as respectivas torneiras reali-
zam em uma unidade de tempo. No caso, ver a parte do
​ 1.600
x = _____  ​ 
 = 80
20 tanque que cada torneira enche em 1 hora.
Logo, deve haver 80 alunos matriculados. §§ Se a primeira torneira enche o tanque todo em 16
1  ​ do tanque.
horas, então em 1 hora ela encherá ​ ___
16
§§ Se a segunda torneira enche o tanque todo em 12
1  ​ do tanque.
horas, então em 1 hora ela encherá ​ ___
12
25
Solução
Sendo x horas o tempo que as duas torneira gastarão, juntas, para encher o tanque, em uma hora elas
1 ​  = ___
encherão ​ __ 1 ___ 1
x ​ 16  ​ + ​ 12  ​ do tanque.
48  ​ = ______
Daí, ​ ___ ​  3x + 4x 48 ​ = 6 ​ __
 ⇒ x = ​ ___
 ​  6 ​ 
48x 48x 7 7
6  ​h = __
Note: ​ __ ​ 6 ​ · 60 min = ___
​ 360 ​  min = 51 __
​ 3 ​ min
7 7 7 7
6
__ 3
__
Resposta: 6 ​    ​horas ou 6 horas e 51 ​   ​ minutos.
7 7

O problema das lojas


Deborah foi ao shopping center e entrou em 5 lojas. Em cada uma gastou R$ 1,00 a mais do que a metade
do que tinha ao entrar. Ao sair do shopping center, pagou R$ 3,00 de estacionamento e ficou com R$ 2,00. Quanto
Deborah tinha, inicialmente, antes de entrar na primeira loja?

Solução algébrica
Sendo x reais a quantia inicial de Deborah, têm-se:

Loja Entrou com... Gastou Saiu com...

1 x ​ x ​+ 1
__  ​__x ​– 1
2 2

2 ​ x –  2 
____ ​  x –  2 
 ​____ ​ + 1 x –  2 
 ​____ ​ – 1
2 4 4

3 ​ x –  6 
____ ​  x –  6 
 ​____ ​ + 1 x –  6 
 ​____ ​ – 1
4 8 8

4 x – 14
​ _____ ​ 
    x – 14
 ​_____ ​ + 1
    x – 14
 ​_____ ​ – 1
   
8 16 16

5 x – 30
​ _____ ​ 
    x – 30
 ​_____ ​ + 1
    x – 30
 ​_____ ​ – 1
   
16 32 32

Então, após pagar R$ 3,00 de estacionamento, temos que:


x – 30
​ _____ x – 30
 – 1 – 3 = 2 ⇒ ​ _____
 ​   = 6 ⇒ x = 222
 ​ 
32 32

Solução aritmética
Vendo a situação-problema do fim ao começo, têm-se:

54

Resposta: Deborah tinha inicialmente R$ 222,00.


26
O problema das idades
Matheus diz a Gabriel: “Hoje eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha a idade que tu
tens. Quando tu tiveres a idade que eu tenho, a soma das nossas idades será 90 anos”. Determine a idade atual
de cada um.

Comentários
Uma boa saída para os problemas de idade é a construção de uma tabela contendo as idades dos perso-
nagens envolvidos, no presente e /ou no passado e/ou no futuro e, depois, montar equações tendo em vista que a
diferença das idades não muda: “se quando Gabriel nasceu, Matheus tinha x anos, Matheus sempre será x anos
mais velho que Gabriel, no presente, no passado ou no futuro, não importa o tempo.”

Solução
Considerando os dados do problema, temos a seguinte tabela.

Passado Presente Futuro


Matheus y 2x 90 – 2x

Gabriel x y 2x

Se você não entendeu a construção da tabela anterior, veja a sua construção passo a passo:

1. Matheus disse: “Hoje eu tenho o dobro da idade que tu tinhas”. Daí, Matheus, no presente, tem 2x anos e
Gabriel, x anos, no passado.
2. Matheus disse: “...quando eu tinha a idade que tu tem. “Daí, Matheus tinha y anos no passado (quando o
Gabriel tinha x anos), sendo y anos também a idade de Gabriel hoje, no presente.
3. Matheus disse: “...quanto tu tiveres a idade que eu tenho”. Daí, no futuro, a idade de Gabriel será 2x (a
mesma de Matheus hoje, no presente).

4. Matheus disse: “... a soma das nossas idades será 90 anos. “Daí, como no futuro a idade de Gabriel será 2x, a de
Matheus será o que está faltando para completar os 90 anos, ou seja, a idade de Matheus será (90 – 2x) anos.
Observando que, em qualquer tempo, a diferença das respectivas idades será sempre a mesma, da tabela têm-se:
I. y – x = 2x – y ⇒ 2y = 3x
Lembra do artifício do problema da perseguição para evitar as frações?
x = 2k
2y = 3x = 6k ⇔
y = 3k

II. y – x = (90 – 2x) – 2x ⇒ y + 3x = 90


⇒ 3k + 6k = 90 ⇒ k = 10
x = 20

y = 30
Logo, hoje Matheus tem 2x = 40 anos e Gabriel, y = 30 anos.

27
O problema dos tratores O problema da água e do vinho
Para arar certo campo, um primeiro trator gasta 2 Um barril contém 30 litros de água e outro,
horas a menos que o terceiro e uma a hora mais que o
20 litros de vinho. Tomam-se simultaneamente x litros
segundo. Se o primeiro e o segundo tratores trabalharem
juntos, a operação pode ser feita em 1 hora e 12 minutos. de cada barril e permutam-se. Esta operação se repete
Quanto tempo gastam os 3 tratores, juntos, para arar um várias vezes e pode-se comprovar que a quantidade de
outro campo idêntico, nas mesmas condições? vinho em cada barril se mantém constante após a pri-
meira operação. Determinar quantos litros (x) são troca-

Comentários dos em cada operação.

Se, para efetuar um trabalho, gastam-se 3 horas,


Solução
em uma hora faz-se __ ​ 1 ​ desse trabalho. Em geral, se, para
3
efetuar um trabalho, gastam-se x horas, em uma hora De início, temos:
1 ​  desse trabalho.
faz-se ​ __
x água = 30L
No 1º barril:
vinho = 0
Solução No 2º barril:
água = 0
vinho = 20L
Sendo x horas o tempo que o terceiro trator gas-
ta sozinho, temos:
Após a primeira troca, ficamos com:
1. tempo gasto pelo primeiro trator = (x – 2) horas
2. tempo gasto pelo segundo trator = tempo gasto água = (30 – x)L
pelo primeiro trator, menos 1 hora = (x – 3) horas. No 1º barril: vinho = xL
Note: se o primeiro trator gasta uma hora a ​  x   ​ 
fração de vinho = ___
30
mais que segundo, então o segundo gasta uma
hora a menos que o primeiro. água = xL

3. 1h e 20 minutos = ​ 1 + ___ (  60 ) ​ 6 ​ h


​ 12 ​  ​h = __
5
No 2º barril: vinho = (20 – x)L
​ 20 – ​
fração de vinho = _____
20
x 

4. Em uma hora de trabalho, o primei-
1     ​do serviço, o segun-
ro trator faz ​  ____
x – 2 (​ lembre-se: fração = ____
todo )
parte
​   ​  ​
do faz ____ ​ 1     ​, e os dois, juntos, fazem
x – 3 A partir da primeira troca, as quantidades de vi-
__1 5
__
​    ​ = ​   ​ . Daí:
​ 6 ​  6
__ nho, em cada barril, permanecem inalteradas. Então, as
5
6(x – 3) + 6(x – 2) quantidades de vinho trocadas são iguais:
____ ​  5 ​ ⇒ ______________
​  1   ​ = __
​  1   ​ + ____   
​      ​ ⇒
x–2 x–3 6 6(x – 2)(x – 3) Vinho que sai do 1º barril = Vinho que sai do
5(x – 2)(x – 3)
= ___________
​    ​ ⇒ 5x2 – 37x + 60 = 0 ⇒ 2º barril. Daí, obtemos:
6(x – 2)(x – 3)
⇒ x = 5 ou x = 2,4 (não convém)
(
x   ​ · x = ​ ​ _____
​ ___
30 20 )
20 – ​ x 
 ​· x
Assim, o primeiro, o segundo e o terceiro tratores
gastam, respectivamente, x – 2 = 3h, x – 3 = 2h Uma vez que x é diferente de zero, ficamos com:
e x = 5h. Então, se os três, juntos, gastarem y ho-
ras para fazer o serviço, em uma hora eles farão: __ ​ 20 – ​x 
​  x  ​ = _____  ⇒ x = 12
3 2
​  1y ​ = __
__ ​ 1 ​ + __
​  1 ​ + __ ​ 31 ​ 
​  1 ​ = ___
2 3 5 30 Resposta: 12 litros

​  30  ​ horas.
Resposta: ___
31
28
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo The Story of Maths

Fonte: BBC UK

ACESSAR

Sites Introdução às equações e inequações

pt.khanacademy.org/math/cc-sixth-grade-math/cc-6th-equations-and-inequalities

30
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Um exemplo de aplicação de uma equação do primeiro grau no cotidiano ocorre nos restaurantes por quilo,
ou self-service. Quando verificamos a balança, há três informações expressas no leitor: 1) o peso da comida; 2) o
valor por quilo da comida; 3) o valor a ser pago. Se tivermos duas das três informações, podemos verificar a terceira
informação desconhecida por meio de uma equação do primeiro grau:

Peso da comida = x gramas


Valor do kg da comida = R$ 30,00 / kg
Valor a ser pago: R$ 12,00

Valor a ser pago = Peso da comida multiplicado pelo valor do quilo da comida
R$12,00 = x kg ∙ 30 R$/kg
12 = x ∙ 30
12 ​​ 
x = ​​ ___
30
x = 0,4 kg ou 400 g

INTERDISCIPLINARIDADE

Dentre todas as equações estudadas no Ensino Médio, a equação do primeiro grau é a mais simples, po-
rém, não menos importante que as outras. As famosas fórmulas da disciplina de Física, como q = m · c · Dq, que
equaciona a quantidade de calor, vulgo “que macete”, e a equação horária do movimento retilíneo uniforme,
s = S0 + vt, vulgo “sorvete”, são equações do primeiro grau. Aprender a manipular as equações do primeiro grau
fará com que você aumente seus horizontes tanto em matemática como em física.

31
Estrutura Conceitual
CONHECIMENTOS EQUAÇÕES DO 1º GRAU
PRÉVIOS • X é incógnita.

- OPERAÇÕES BÁSICAS
- FRAÇÕES
1+x=3 • Toda equação tem um
conjunto solução.
- DISTRIBUTIVAS 1º membro 2º membro • 2 é a raiz que torna a equação
Igualdade entre os membros
uma SENTENÇA VERDADEIRA.

PROBLEMAS CLÁSSICOS
EXIGE UMA LEITURA ORGANIZAÇÃO NÃO POSSUEM UMA
ATENTA
NAS SOLUÇÕES FÓRMULA PRONTA
PROBLEMAS
∙ Das Torneiras Volume versus tempo
∙ Das Lojas Decréscimos sucessivos
VÁRIOS
∙ Das Idades Organização de tabelas: idade versus tempo
MÉTODOS
∙ Da Água e Vinho Mistura
∙ Dos Tratores Execução de trabalho versus tempo

32
5
0 60 Equações do segundo grau

Competência Habilidades
5 19, 21, 22 e 23
© Syda Productions/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Equações do segundo grau
Uma equação de segundo grau é toda equação que pode ser escrita na forma ax² + bx + c = 0, sendo
a i 0 e a, b e c parâmetros reais. Toda equação desse tipo pode apresentar até duas soluções distintas, ou seja,
pode haver dois valores reais de x que satisfaçam a igualdade. As soluções podem ser encontradas pela fórmula
de Bhaskara:

b ± d​ XXXXXXX
x = –___________
b2 – 4ac ​ 
​      ​  
2a

Sendo a, b e c os coeficientes de uma equação do tipo ax² + bx + c = 0, com a i 0, as duas soluções (de-
nominadas raízes) x1 e x2 são dadas, então, por:
_______
–b + d​ XXXXXXX
b2 ​  e  x
– 4ac ​ 
x1 = ____________
​      –b – √
​ b2  ​​
= ____________
​​    – 4ac ​ 

2a 2 2a

O termo b2 – 4ac, denominado discriminante, é representado pela letra grega delta maiúscula (D). O
valor numérico do discriminante indica a quantidade de raízes reais distintas da equação:
§§ Se D > 0 (discriminante positivo), a equação possui duas raízes reais distintas.
§§ Se D = 0 (discriminante nulo), a equação possui apenas uma raiz real.
§§ Se D < 0 (discriminante negativo), a equação não possui raízes reais.
Para solucionar uma equação do segundo grau, é preciso calcular a raiz quadrada do discriminante. Quando
temos D < 0, o radical é negativo, não sendo definido seu resultado para números reais.

Teoria na prática
1. Encontrar o conjunto solução da equação x² – 5x + 6 = 0.
Identificando os parâmetros, temos:
a=1
b = –5
c=6
Calculamos primeiramente o discriminante:

D = b2 – 4ac = (–5)2 – 4 · 1 · 6 = 1

Como D > 0, a equação apresentará duas raízes reais distintas x1 e x2:

{  ​ 5 + ​
x1 = _____ 1 
 = 3
–b ± dXXXXXXX
​ b 2
____________– 4ac ​
  –(–5) ± ​dXX
_________ 1 ​  _____
5 ± 1       2
x = ​     ​  = ​   ​   = ​   ​   = ​ ​   ​  ​
2a 2·1 2 ​ 5 – ​
x2 = ____ 1 
 = 2
2 ​
Logo, o conjunto solução é S = {2, 3}.

2. Encontrar o conjunto solução da equação 25 + x² – 10x = 0.


Identificando os parâmetros, temos:
a=1
b = –10
c = 25
Observe que os parâmetros a e b são, respectivamente, os coeficientes de x² e x, e c é o termo independente.
não sendo necessariamente o primeiro, segundo e terceiro termos da equação.
35
Obtendo o discriminante:

D = b2 – 4ac = (–10)2 – 4 · 1 · 25 = 0

Como D = 0, a equação apresentará apenas uma raiz real.


_______ __
–b±√
​ b2 ​​
– 4ac ​  –(–10) ± ​√0 ​  ______
x = ____________
​​    = ​​ __________
   ​​   = ​ 10 ± ​
0 
 = 5
2a 2(1) 2

Logo, o conjunto solução é S = {5}.

3. Encontrar o conjunto solução da equação x² + x + 1 = 0.


Identificando os parâmetros, temos:
a=1
b=1
c=1
Calculando o discriminante:

D = b2 – 4ac = (1)2 – 4(1)(1) = –3

Como D < 0, a equação não apresenta raízes reais, portanto não precisamos tentar calcular as raízes.
O conjunto solução é S = Ø.

Condições para o número de raízes reais


Como o valor numérico do discriminante indica o número de raízes reais de uma equação de segundo grau,
podemos, se houver um coeficiente desconhecido, verificar sob quais condições esse parâmetro oferece duas, uma
ou nenhuma raiz real.

Teoria na prática
1. Qual deve ser o valor real do parâmetro k para que a equação 2x² + 4x + k = 0 forneça apenas uma solu-
ção real?

Resolução:

Identificando os parâmetros, temos:


a=2
b=4
c=k
Como a equação deve fornecer apenas uma raiz real, temos que o discriminante deve ser nulo:

D = b2 – 4ac = 0

4² – 4 · 2 · k = 0

16 – 8k = 0
–8k = –16
–16 ​​ = 2
k = ​​ ____
–8
Logo, se tivermos k = 2 na equação 2x² + 4x + k = 0, teremos apenas uma raiz real. Observe que não
precisamos calcular a raiz.
36
2. Quais os valores de m para que a equação §§ Calcule as soluções da equação 2x² – 8 = 0.
mx² – x + 1 = 0 apresente duas raízes reais dis- Isolando o termo x² em um membro da equação
tintas? E para quais valores não apresenta raízes temos:
reais?
2x² = 8
Resolução: x² = 4

Identificando os parâmetros, temos: Como temos dois valores para x, que, quando
a=m elevados à segunda potência, resultam no valor
b = –1 4, as raízes da equação são x1 = 2 e x2 = –2.
c=1 Portanto, S = {–2, 2}.
Para que a equação apresente duas raízes reais, §§ Calcule as soluções da equação x² + 5 = 0.
o discriminante deve ser positivo: Isolando o termo x² temos:
D = b2 – 4ac > 0 x² = –5
(–1)² – 4 · m · 1 > 0
Observe que não há valor que, elevado ao qua-
1 – 4m > 0 drado, resulte em um número negativo. Portanto,
–4m > –1 S = Ø.
1  ​
m < ​ __
4
1  ​ , a equa-
Logo, se o valor de m for menor que ​ __
4 Caso c = 0
ção apresentará duas soluções reais distintas.
Para que a equação não apresente raízes reais, o Caso o termo independente seja nulo, teremos
discriminante deve ser negativo: uma equação do tipo ax² + bx = 0. Essas equações
D = b2 – 4ac < 0 podem ser resolvidas fatorando a expressão:
(– 1)² – 4 · m · 1 < 0 ax² + bx = 0 à x(ax + b) = 0
1 – 4m < 0 Para um produto ser nulo, um dos fatores deve
– 4m < –1 ser nulo, ou seja:
1  ​ x=0
m > ​ __
4 ou
1  ​, a equação
Logo, se o valor de m for maior que ​ __ –b ​​ 
ax + b = 0 à x = ​ ___
a
4
não apresentará raiz real.
​ –b
Portanto, as raízes são x1 = 0 e x2 = ___a ​. 
Veja um exemplo:
Equações de segundo grau §§ Calcule as raízes da equação 4x² – 5x = 0.
incompletas Fatorando o primeiro membro da equação te-
mos:
Quando uma equação do segundo grau
ax² + bx + c = 0 apresenta b = 0 ou c = 0, apesar 4x² – 5x = 0 à x(4x – 5) = 0
de podermos utilizar a fórmula de Bhaskara, há modos Para o produto ser nulo, devemos ter:
mais eficientes de encontrar as raízes.
x=0

Caso b = 0 ou
5  ​
4x – 5 = 0 à x = ​ __
4
Uma equação do tipo ax² + c = 0 pode ser re-
solvida sem o uso da fórmula de Bhaskara. Veja um ​ 5 ​ , ou seja,
Portanto, as raízes são x1 = 0 e x2 = __
4
exemplo:
{  } __5
S = ​ 0, ​   ​   .​
4
37
Soma e produto das raízes de Equações biquadradas
uma equação de segundo grau Quando uma equação do quarto grau possui a
forma:
Considerando uma equação do segundo grau
ax4 + bx² +c = 0 (sendo a i 0)
com ax² + bx + c = 0, com a i 0, as duas soluções x1
e x2 são dadas por: damos a ela o nome de equação biquadrada.
_______ _______
–b+√
​ b2 ​​ 
– 4ac ​  –b–√
​ b2 ​​.
– 4ac ​  Observe que a equação de quarto grau possui apenas
x1 = ____________
​​     e  x2 = ____________
​​     
2a 2a variáveis com expoente par. Veja alguns exemplos de
Sendo S a soma das raízes: equação biquadrada:
__ __
_b+√
________ ​ ∆  – 
 ​ ________b – √ ∆  ​
​ x4 + 2x2 – 1 = 0
S = x1 + x2 = ​​   ​​   + ​​   ​​.  
2a 2a 2x4 – 8 = 0
__ __
–b + ​√∆  ​– ​​.
b–√
​ ∆  ​  x4 – 4x2 = 0
= ​​ _______________
  
2a Casos como:
2b ​ = – __
= – ​ ___ ​ ba ​ .
2a x4 + 2x3 – x2 + 7 = 0
5x4 – 2x2 + x – 1 = 0
​ ba ​ ä –S = __
Logo: S = – __ ​ ba ​ 
não são equações biquadradas, pois possuem
Sendo P o produto das raízes: coeficientes não nulos em variáveis de grau ímpar.
__ __ Esse caso particular de equação incompleta de
​ ∆ )​  ______
(–b + √ (–b –​√∆ )​ 
P = x1 · x2 = _______
​​   ​​·   ​​   ​​    quarto grau pode ser resolvida através de uma substi-
2a 2a
__
(–b)2 – (​√∆  )​ 2 tuição de variável, feita de modo a reduzir a equação de
=​​ __________ ​​=   
4a2 quarto grau a uma de segundo grau.
b –D
2 Considere a equação ax4 + bx² + c = 0, com
= ​ _____ ​ 
 =
4a2 a i 0. Substituindo x² por y, temos:
b2 – (b2 – 4ac)
= ​ ___________
 ​   
=
4a2 x4 = (x²)² = (y)² = y²
b2 – b2 + ​
= ​ __________ 4ac  ​  4ac2 ​ = ​ __ac  ​
= ___

4a2 4a Logo, a equação na variável y é:
Logo: P = ​ __ac  ​ ay² + by + c = 0
Substituindo em ax² + bx + c = 0, consideran-
Como já visto, essa equação possui as raízes:
do o coeficiente dominante igual a 1, temos:
–b + d​ XXXXXXX
b2 ​ e y
– 4ac ​ 
y1 = ____________
​      –b – d​ XXXXXXX
b2  ​
– 4ac ​ 
= ____________
​    . 
x² – Sx + P = 0 2a 2 2a
_
Porém, como x² = y, temos que x = ± √ ​​ y ​​ , logo:
Ou seja, temos que o coeficiente do termo do __
x1 = √
​​ y1 ​​​ 
1º grau será a soma das raízes com o sinal trocado e o
__
termo independente será o produto das raízes. x2 = – √
​​ y1 ​​ 
__
x3 = √
​​​ y2 ​​​  
__
Exemplo: supondo x1 > x2 x4 = – √
​​ y2 ​​ ​

x1 = 2
§§ Se x2 – 3x + 2 = 0, então ​   
​  
{ 
​  ​
x2 = 1 ​

38
x1 = 4
§§ Se x2 – x – 12 = 0, então ​​    

x2 = –3{ 


  ​​ 
Teoria na prática
1. Resolva a equação x4 – 13x² + 36 = 0.
Substituindo x² por y, temos:
y² – 13y + 36 = 0
Essa equação pode ser resolvida através da fórmula de Bhaskara, resultando em y1 = 4 e y2 = 9.
Porém, como x² = y, temos:
§§x² = 4, logo x1 = 2 e x2 = –2.
§§x² = 9, logo x3 = 3 e x4 = –3.
Portanto, o conjunto solução é S = {–2, –3, 2, 3}.

2. Encontre o conjunto solução da equação biquadrada x4 + x2 – 2 = 0.


Substituindo x² por y, temos:
y² + y – 2 = 0
Resolvendo a equação de segundo grau, temos y1 = 1 e y2 = –2.
Retornando à variável x, encontramos:
§§ x² = 1, logo x1 = 1 e x2 = –1.
§§ x² = –2 (não há valores reais de x que satisfaçam essa igualdade)
Portanto, o conjunto solução é S = {–1, 1}.

3. Encontre as raízes da equação x4 – 16 = 0.


Realizando a substituição x² = y, temos:

y² – 16 = 0
y² = 16
y = ± 4, ou seja, y1 = 4 e y2 = –4.
Como x² = y, retornando a equação à variável x, obtemos:
§§ x² = 4, logo x1 = 2 e x2 = –2.
§§ x² = –4 (não há valores reais de x que satisfaçam essa igualdade)
Portanto, o conjunto solução é S = {–2, 2}.

39
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Equação do Segundo Grau - Parte 1 - Elon - 2004


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Introdução às equações e inequações

wpt.khanacademy.org/math/cc-sixth-grade-math/cc-6th-equations-and-inequalities

40
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Um designer de interiores precisa verificar se os móveis de uma casa estão bem dispostos dentro de cada
cômodo. Um pedreiro precisa confirmar a metragem de uma parede antes de levantá-la. Enfim, em todos os mo-
mentos em que um cálculo de área é exigido, a equação do segundo grau será a ferramenta principal para resolver
o problema de cálculo.

INTERDISCIPLINARIDADE

Equações do segundo grau estão intimamente ligadas às funções do segundo grau na disciplina de Física.
​​  1 ​​  at2, para t0 = 0, vulgo “sorvetão”. Com a aplicação da
Uma delas é a equação horária do espaço s = s0 + v0t + __
2
fórmula de Bháskara, a resolução desse tipo de problema se torna mais fácil.

41
Estrutura Conceitual
Fórmula das soluções
da equação do 2º Grau

CONHECIMENTOS EQUAÇÕES DO 2º GRAU


PRÉVIOS

ax2 + bx + c = 0 x = -b ± b -4ac
- FATORAÇÃO 2
- PRODUTO NOTÁVEL

2a
- POTENCIAÇÃO E
RADICIAÇÃO
com a ≠ 0

DISCRIMINANTE
∆>0 há 2 raízes reais e distintas

∆ = b2 -4ac SE ∆=0 há 2 raízes reais e iguais


∆<0 não há 2 raízes reais

42
7
0 80 Teoria dos conjuntos

Competências Habilidades
1, 5 e 6 1, 2, 5, 21, 22,
23 e 25
© A_Lesik/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Teoria dos conjuntos
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência de elemento ao conjunto são definidos como
primitivos, ou seja, são aceitos sem definição.
Intuitivamente, conjunto é um agrupamento de elementos. Veja os exemplos a seguir:
§§ Conjunto dos números naturais menores que 10;
§§ Conjunto das letras do alfabeto;
§§ Conjunto dos números pares;
§§ Conjunto dos dias de uma semana;
§§ Conjunto dos números primos;
§§ Conjunto dos números inteiros negativos;
§§ Conjunto dos polígonos regulares.
Podemos representar um conjunto nomeando seus elementos um a um e organizando-os entre chaves e se-
parados por vírgulas. Nessa representação, dizemos que o conjunto está representado por extensão. Por exemplo,
podemos representar o conjunto A dos números naturais menores que 10 da seguinte forma:

A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}

Temos, então, que os elementos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 pertencem ao conjunto A.


Observação: utilizamos chaves quando queremos representar conjuntos. Ou seja, a e {a} são diferentes:

A representação em extensão pode ser usada para conjuntos infinitos ou finitos, mesmo que o número de
elementos seja muito grande. Exemplos:
§§ Conjunto dos números ímpares positivos:
B = {1, 3, 5,...} é conjunto infinito
§§ Conjunto dos números pares positivos menores que 200:
C = {2, 4, 6,..., 198} é conjunto finito
Podemos também representar um conjunto por meio de uma figura chamada diagramas de Euler-Venn.
Dado um conjunto A = {0, 2, 4, 6, 8}, temos o seguinte diagrama:

Quando é dada uma propriedade característica dos elementos de um conjunto, dizemos que está represen-
tado por compreensão. Veja:

45
Relações de pertinência Considerando os conjuntos A e B representados
pelo diagrama de Venn temos:
Quando queremos indicar que um determinado
elemento x faz parte de um conjunto A, dizemos que o
elemento x pertence ao conjunto A, e simbolizamos
essa relação da seguinte forma:

x[A

Da mesma forma, se queremos indicar que um


elemento x não pertence a um conjunto A, simboliza-
mos por:

xÓA

As relações de pertinência [ e Ó relacionam


um elemento a um conjunto.
Como exemplo, considere o conjunto A = {1, 2,
3, 4, 5}. Podemos realizar as seguintes afirmações: Observação: as relações de pertinência sem-
pre relacionam um elemento a um conjunto, e as rela-
§§ 1 [ A
ções de inclusão relacionam dois conjuntos. Veja alguns
(lê-se: o elemento 1 pertence ao conjunto A) exemplos:
§§ 6 Ó A
§§ 1 , {1, 2, 3}
(lê-se: o elemento 6 não pertence ao conjunto A)
Errado – a relação de inclusão “,” relaciona
dois conjuntos, e 1 é um elemento.

Relações de inclusão §§ {1} , {1, 2, 3}


Correto – o conjunto formado pelo número 1
Para relacionar dois conjuntos, utilizamos as re- está contido no conjunto {1, 2, 3}.
lações de inclusão. Se todo elemento de um conjunto B
está contido em outro conjunto A, dizemos que o con- §§ {2} [ {1, 2, 3}
junto B está contido no conjunto A, e simbolizamos essa Errado – o elemento {2} não pertence ao con-
relação da seguinte forma: junto {1, 2, 3}.

B,A §§ 2 [ {1, 2, 3}
Correto – o elemento 2 pertence ao conjunto
Caso haja algum elemento de B que não perten- {1, 2, 3}
ça ao conjunto A, significa que o conjunto B não está
Podemos, em alguns casos, tratar conjuntos
contido em A. Para representar esta situação utilizamos
como elementos de um outro conjunto, como:
a seguinte notação:
A = {1, 2, 3, {3}}
B÷A
Nesse caso, o conjunto A é composto pelos alga-
rismos 1, 2, 3 e por um conjunto que contém o algarismo
As relações de inclusão , e ÷ relacionam dois 3. Sendo assim, podemos escrever:
conjuntos.
{3} [ {1, 2, 3, {3}}
O conjunto unitário {3} é tratado como sendo um
elemento do conjunto A.

46
Igualdade de conjuntos Representa-se o conjunto vazio por {  } ou Ø.
Observe que, como o símbolo Ø já representa
Dois conjuntos são iguais quando possuem os um conjunto, para representarmos um conjunto vazio
mesmos elementos. Se dois conjuntos A e B são iguais, podemos escrever {  } ou Ø, mas não {Ø}.
indicamos A = B.
A negação da igualdade é indicada por A i B (A
Subconjuntos
é diferente de B), isso significa que um desses conjuntos Consideremos os conjuntos A e B, também re-
possui algum elemento que não pertence ao outro. presentados por diagrama:
Note que, se A , B e B , A, então A = B.

Conjunto universo
Em inúmeras situações, é importante estabelecer
o conjunto U, ao qual pertencem os elementos de todos
os conjuntos considerados. Esse conjunto é chamado de
conjunto universo. A = {1, 3, 7}
Quando estudamos a população humana, por B = {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8}
exemplo, o conjunto universo é constituído de todos os Note que qualquer elemento de A também per-
seres humanos. tence a B.
Para descrever um conjunto A por meio de uma Nesse caso, dizemos que A está contido em B ou
propriedade característica p de seus elementos, deve- A é subconjunto de B.
mos mencionar, de modo explícito ou não, o conjunto Indica-se: A , B (A está contido em B).
universo U no qual estamos trabalhando:
A = {x [ U | x tem a propriedade p} Esse símbolo significa “está contido”.
ou Podemos dizer, também, que B contém A.
A = {x | x tem a propriedade p}, Indica-se: B . A (B contém A)
quando nos referimos a U de modo implícito.
Esse símbolo significa “contém”.

Se existir pelo menos um elemento de A que não


Conjunto unitário pertença a B, dizemos que A não está contido em B, ou
que B não contém A. Exemplo:
Chama-se conjunto unitário aquele que pos-
A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {1, 2, 6}
sui um único elemento.
Considere, por exemplo, o conjunto P = { x | x é
um número primo par e positivo}.
Ora, o único número primo par é 2. Logo, P é um
conjunto unitário e podemos escrever P = {2}.

Conjunto vazio Note que o elemento 4 pertence a A, mas não


pertence a B. Escrevemos:
Chama-se conjunto vazio aquele que não pos-
sui elemento. Veja: A ÷ B (A não está contido em B)
Seja A o conjunto dos números primos menores B À A (B não contém A)
que 2, esse conjunto não possui elemento, pois não há O símbolo ÷ significa “não está contido” e À
número primo menor que 2. significa “não contém”.

47
Um conjunto A é subconjunto de outro conjunto B quando qualquer elemento de A também pertence a B.

Observações:
Se A , B e B , A, então A = B.
Os símbolos ,, ., ÷ e À são utilizados para relacionar conjuntos.
Para todo conjunto A, tem-se A , A.
Para todo conjunto A, tem-se Ø , A, onde Ø representa o conjunto vazio.

Operações
União de conjuntos
Sejam os conjuntos A = {0, 2, 4, 6} e B = {0, 1, 2, 3, 4}.
Vamos determinar um conjunto C, formado pelos elementos que pertencem a A, ou a B, ou a ambos:

O conjunto C é chamado união de A e B.


A união de dois conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
Designamos a união de A e B por A < B (A união B).
O símbolo < significa união ou reunião.

Propriedades da união
P1 A < A = A (idempotente)
P2 A < Ø = A (elemento neutro em relação ao conjunto vazio)
P3 A < B = B < A (comutativa)
P4 (A < B) < C = A < (B < C) (associativa)

Teoria na prática
1. Determine a união dos conjuntos A = {0, 2} e B = {x [ N | x é impar e 0 < x < 6}.
A união dos conjuntos A e B é:

Por diagrama, temos:

Observe que os conjuntos A e B não possuem elementos comuns.

48
2. Determine a união dos conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5, 6}.
A união entre os conjuntos A e B pode ser representada da seguinte forma, pelo diagrama de Venn:

Logo, A < B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.

Intersecção de conjuntos
Sejam os conjuntos A = {0, 2, 4, 6} e B = {0, 1, 2, 3, 4}.
Vamos determinar um conjunto C formado pelos elementos que são comuns a A e a B, ou seja, os elementos
que pertencem a A e também pertencem a B.

O conjunto C é chamado intersecção de A e B.


A intersecção de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que são comuns a A e a B.
Designamos a intersecção de A e B por A > B (A inter B).
A > B = {x | x [ A e x [ B}
O símbolo > significa intersecção.

Propriedades da intersecção
P1 A > A = A (idempotente)
P2 A > U = A (elemento neutro em relação ao conjunto universo)
P3 A > B = B > A (comutativa)
P4 (A > B) > C = A > (B > C) (associativa)

Teoria na prática
1. Em cada caso a seguir, determine A > B e faça a representação em diagrama..
a) A = {0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4}
b) A = {0, 2} e B = {1, 3, 5}
Do enunciado:
a)

Em diagrama:

49
b)

Observe que não há elementos em comum entre A e B, por isso, a intersecção desses conjuntos é vazia.
Quando A > B = Ø, os conjuntos A e B são chamados disjuntos.

Diferença de conjuntos
Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {2, 4, 6, 8}.
Vamos determinar um conjunto C formado pelos elementos que pertencem a A, mas que não pertencem a B:

O conjunto C é a diferença de A e B.
A diferença de dois conjuntos A e B é o conjunto dos elementos que pertencem a A, mas que não pertencem a B.
Designamos a diferença de A e B por A – B (A menos B).

A – B = {x | x [ A e x Ó B}

Em diagrama:

Se B , A, a diferença A – B denomina-se complementar de B em relação a A, e indica-se por C​  AB.​  

C​  AB​  = A – B

Por exemplo, se B = {2, 3} e A = {0, 1, 2, 3, 4}, então C​  AB ​ = A – B = {0, 1, 4}.


Em diagrama:

O complementar de B em relação a A é o que falta para o conjunto B ficar igual ao conjunto A. Logo, o
complementar de B em relação a A só está definido se, e somente se, B , A.

50
Teoria na prática
1. Se A = {4, 5, 6, 7}, B = {5, 6} e E = {5, 6, 8},
Número de elementos em
calcule: um conjunto A: n(A)
a) C​ A B​   Representamos por n(A) o número de elementos
b) B – E contidos no conjunto A. Por exemplo:
A = {x | x representa os dias de uma semana}
Resolução: ä n(A) = 7

a) C​ A B​  = A – B = {4, 5, 6, 7} – {5, 6}


Lembre-se:
C​  AB​  = {4, 7} §§ Conjunto unitário
A = {x | x é dia da semana que começa com a
letra D}
A = {domingo} ä n(A) = 1
§§ Conjunto vazio
A = {x | x é dia da semana que começa com a
letra M}
A = {  } ou Ø ä n(A) = 0
§§ Conjuntos finitos e infinitos
b) B – E = {5, 6} – {5, 6, 8}
A = {2, 3, 4} ä n(A) = 3 ä A é finito
B–E=Ø B = {2, 3, 4,...} ä B é infinito
§§ Conjuntos iguais
A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 2, 3, 3} e
C = {x | x [ N e 1 ø x ø 3}
A=B=C
Em todos os casos, n(A) = n(B) = n(C) = 3.

Conjuntos disjuntos
Principais símbolos lógicos Dois conjuntos A e B, não vazios, são disjuntos
se não possuírem elementos comuns.

/ (tal que) [ (pertence)


ù (intersecção) Ó (não pertence)
ø (união) . (contém)
? (qualquer que seja) À (não contém)
Veja: A > B = Ø
'! (existe um único) , (está contido)
ä (implicar) ÷ (não está contido)
à (equivalente) ' (existe ao menos um) Pertinência e inclusão
` (e) (não existe)
§§ de elemento para conjunto
~ (ou) 5 (igual)
. (maior que) Þ (diferente) [ Ó
, (menor que) < (aproximadamente) (pertence) e (não pertence)

51
§§ de subconjunto para conjunto
Exemplo
, ÷
Sendo A = {1, {1}, 2, 3}, de acordo com as afir-
(está contido) e (não está contido)
mações:
§§ de conjunto para subconjunto 1. 1 [ A (verdadeiro)
2. {1} [ A (verdadeiro)
. À 3. {1} , A (verdadeiro)
(contém) e (não contém) 4. Ø [ A (falso)
5. Ø Ó A (verdadeiro)
A é subconjunto de B.
6. 2 , A (falso)
A , B, lê-se “A está contido em B”. 7. 2 [ A (verdadeiro)
A é parte de B. 8. {2} ÷ A (verdadeiro)

Números de subconjuntos
Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se, e somente se, todo elemento de A pertence também a B.
Com a notação A , B indicamos que “A é subconjunto de B” ou “A é parte de B” ou “A está contido em B”.
A negação de A , B é indicada por A ÷ B, que se lê: “A não está contido em B” ou “B não contém A”.
Simbolicamente A , B à (?x) (x [ A é x [ B).

Exemplo
§§ {1, 2} , {1, 2, 3, 4}
§§ {5} , {5, 6}
§§ {1, 2, 3} ÷ {4, 5, 6}

Nota
1. O conjunto vazio está contido em qualquer conjunto A, isto é, Ø , A, ?A.
2. Qualquer conjunto é subconjunto de si mesmo, isto é A , A, ?A.
3. Chama-se subconjunto próprio de um conjunto A qualquer subconjunto de A que seja diferente de A.
Simbolicamente, B é subconjunto próprio de A, se B ⊂ A e B ∙ A.

52
Teoria na prática
1. Quantos subconjuntos possui o conjunto A = {a, b, c}?
Resolução:
Vamos escrever todos os subconjuntos de A:

Ø; {a}; {b}; {c}; {a, b}; {a, c}; {b, c}; {a, b, c}.

Há, portanto, 8 subconjuntos. Analisando o que acontece com os elementos, em relação aos subconjuntos,
podemos dizer que cada um deles pode ou não aparecer. Então, para o elemento a, temos duas possibilida-
des quanto à sua presença no subconjunto (aparecer ou não aparecer). O mesmo acontece com os elemen-
tos b e c. Portanto, segundo o P.F.C., ou princípio multiplicativo na análise combinatória, temos.

2. Quantos subconjuntos possui um conjunto A com n elementos?


Pelo que foi explicado no exemplo anterior, cada elemento de A pode ou não estar presente num determi-
nado subconjunto C, pelo fato de A ter n elementos, então:

Portanto:
n° de subconjuntos = 2 · 2 · 2 ... 2
n vezes
Com isso:
n° de subconjuntos = 2n

Conjuntos das partes de um conjunto


Seja o conjunto A = {1, 2, 3}, que tem os seguintes subconjuntos:
§§ o conjunto vazio.
§§ os conjuntos de um elemento: {1}, {2} e {3}.
§§ os conjuntos com os dois elementos {1, 2}, {1, 3} e {2, 3}.
§§ o próprio conjunto A.
Denominamos conjunto das partes do conjunto A o conjunto P(A) formado por todos os subconjuntos do
conjunto A:
P(A) = {Ø, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}

Note que o conjunto vazio, o conjunto A e os demais subconjuntos de A são elementos do conjunto P(A).
É correto, por exemplo, dizer que {3} [ P(A), mas errado afirmar que {3} , P(A).

53
Número de elementos do conjunto das partes
Observe o seguinte quadro:

Conjunto A Conjunto P(A) Número de elementos P(A) Potência


Ø {Ø} 1 20

{b} {Ø, {b}} 2 21

{b1, b2} {Ø, {b1}, {b2}, {b1, b2} 4 22

{b1, b2, ... bn,}


{Ø, {b1}, {b2}, ..., {b1, b2, ...,bn}} 2n 2n
n elementos

De modo geral, podemos dizer que:


Se A tem n elementos, então P(A) tem 2n elementos.

Exemplo
Determine quantos elementos tem o conjunto das partes do conjunto A, sabendo que A tem 4
elementos.
Se o conjunto A tem 4 elementos, isto é, n = 4, então P(A) tem 24 elementos, ou seja P(A) tem 16 elementos.

Número de subconjuntos (conjuntos das partes)


Se um conjunto A possui n elementos, então A possui 2n subconjuntos, que podemos representar por:

n(P(A)) = 2n(A)

Números de elementos da união


Entre dois conjuntos:
n(A < B) = n(A) + n(B) – n(A > B)

Exemplo

Observação
Para a união de três conjuntos, temos
n(A < B < C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A > B) – n(B > C) – n(A > C) + n(A > B > C).

54
Estrutura Conceitual
∙ A é um conjunto
A ∙ 0, 2, 4 e 6 são elementos A
·0·2
·4·6 isto é, pertecem a A
·8
∙ O elemento 8 não pertence
ao conjunto A

55
9
0 01 Operações com intervalos

Competência Habilidades
5 19, 20, 21 e 22

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Dados dois números reais a e b, com a < b, definimos como intervalo fechado [a, b] o seguinte conjunto:
[a, b] = {x [ R | a ≤ x ≤ b}
Nesse caso, os elementos a e b pertencem ao intervalo, assim como todos os números reais maiores que
a e menores que b.
Da mesma forma, definimos como intervalo aberto ]a, b[ o conjunto:
]a, b[ = {x [ R | a < x < b}
Observe que, diferentemente do intervalo fechado, nesse conjunto os elementos a e b não pertencem ao
intervalo.
Caso o número real a (chamado de extremo inferior do intervalo) pertença ao intervalo, e o número
b (chamado de extremo superior do intervalo) não pertença, denominamos esse intervalo como fechado à
esquerda (ou aberto à direita), definido pelo conjunto:
[a, b[ = {x [ R | a ≤ x < b}
Do mesmo modo, se a não pertence ao intervalo e b pertence, denominamos esse intervalo como fechado
à direita (ou aberto à esquerda), definido por:
]a, b] = {x [ R | a < x ≤ b}
Também podemos representar intervalos “infinitos”:
[a, +Ü [ = {x [ R | x ≥ a}
]–Ü, a] = {x [ R | x ≤ a}
Como intervalos são, por definição, conjuntos, podemos realizar as operações entre conjuntos, como
união, intersecção e diferença em intervalos também.

Representação geométrica de intervalos na reta real


Podemos representar intervalos na reta real, o que facilita a realização de operações entre intervalos. Ob-
serve o exemplo:
a) [–1, 2]

b) [1, 4[

c) ]–2, 2[

d) [–3, + Ü [

Ao utilizarmos a notação [a, b], estamos então nos referindo, necessariamente, a um conjunto de números
reais. Portanto, o intervalo [1, 2], por exemplo, representa o conjunto de todos os números reais maiores ou
iguais a 1 e menores ou iguais a 2, possuindo infinitos elementos.

59
Operações com intervalos §§ Dados A = {x [ R | –3 < x ≤ 4} e
B = {x [ R | 1 < x < 7}, calcule A – B.

Teoria na prática O conjunto A – B é formado pelos elementos que


pertencem a A e não pertencem a B.
§§ Se A = {x [ R | 2 < x < 5} e
B = {x [ R | 3 ≤ x ≤ 8}, determine A > B.

Observe:
3 é elemento de A e também de B.
5 é elemento de B e não é elemento de A.
Os elementos de 3 até o 5, excluído esse último,
Portanto, A – B = {x [ R | –3 < x ≤ 1}
pertencem a A e a B ao mesmo tempo.

Teoria na prática
1. Se –4 < x < –1 e 1 < y < 2, então ​ _xy ​ e x ∙ y estão
no intervalo:
a) ] – 8, –1[

] 1 ​   ​
b) ​ –2, – ​ __
2 [
Portanto, A > B = {x [ R | 3 ≤ x < 5} c) ] – 2, –1[

§§ Dados A = {x [ R | –2 ≤ x ≤ 0} e
]
d) ​ – 8, – ​ __
2 [
1 ​   ​

B = {x [ R | 2 ≤ x < 3}, determine A > B. ] ​ 1 ​   ​


e) ​ –1, __
2 [
Não há elementos que pertençam aos dois con- Resolução:
juntos ao mesmo tempo. Analisando os valores possíveis para _​ xy ​  e xy nos
extremos, temos:
I) _​ xy ​ 

x = – 4, y= 1⇒ _​  xy ​  = –4

x = –1, y = 1 ⇒ _​ xy ​ = –1
A intersecção é o conjunto vazio: A > B = Ø.
x = – 4, y = 2⇒ _​ xy ​  = –2
§§ Dados A = {x [ R | –2 ≤ x ≤ 3} e
B = {x [ R | 1 < x ≤ 4}, determine A < B. x = –1, y = 2 ⇒ _​  xy ​ = ​ –1
__ ​ 
2
II) xy
x = – 4, y = 1⇒ x ∙ y = – 4
x = –1 ⇒ y = 1 ⇒ x ∙ y= –1

x = – 4, y = 2⇒ x ∙ y = – 8
x = –1, y = 2 ⇒x ∙ y = –2

O menor valor encontrado é – 8 e o maior –1/2.


Assim, o intervalo pedido é ]– 8, –1/2[, lembran-
Portanto, A < B = {x [ R | –2 ≤ x ≤ 4} do que os extremos são abertos, pois os extre-
mos de x e y também são abertos.
Alternativa D

60
Abordagem de TRIGONOMETRIA e de ARITMÉTICA nos principais vestibulares.

FUVEST
Trigonometria no triângulo retângulo é um conteúdo interdisciplinar para a Fuvest, podendo sempre
ser cobrado em física nos problemas de forças e atrito em planos inclinados, assim como em proble-
mas de geometria plana. O mesmo vale para razões e proporções, que se relacionam com física, em
fórmulas que relacionam grandezas físicas, química, em estequiometria, e na própria matemática.

LD
ADE DE ME
D
UNESP
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U Trigonometria no triângulo retângulo é um assunto cobrado pela Vunesp com questões abstra-
tas; e razão, proporção e grandezas proporcionais são cobradas com questões sobre situações
do cotidiano com auxílio de gráficos e tabelas.

UNICAMP
Razão e proporção e trigonometria no triângulo retângulo no vestibular da Unicamp são cobrados
em problemas do cotidiano, com figuras, tabelas e gráficos.

UNIFESP
Razões e proporções são itens cobrados com grande incidência em situações do cotidiano, sem-
pre descritos em texto ou em gráficos; já trigonometria no triângulo retângulo é um assunto
cobrado, em sua maioria, com figuras geométricas.

ENEM/UFMG/UFRJ
Trigonometria no triângulo retângulo, razão, proporção e grandezas proporcionais são conteúdos
com altíssimo índice de incidência no exame do ENEM, sempre aplicados em situações do coti-
diano, como em variações de grandezas de medidas para compreensão da realidade.

UERJ
Trigonometria no triângulo retângulo é cobrada em questões de geometria plana; e razões e
proporções são cobradas em problemas do cotidiano, com figuras, tabelas e gráficos.
1
0 20 Trigonometria no triângulo
retângulo

Competência Habilidades
2 6, 7, 8 e 9

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Razões trigonométricas no triângulo retângulo
Tri gono metria
(três) (ângulo) (medida)

Todos sabem que, se você deseja ser um físico ou engenheiro, deveria


ser bom em Matemática. Mais e mais pessoas estão descobrindo que,
se desejam trabalhar em certas áreas da Economia ou Biologia, de-
veriam rever sua Matemática. A Matemática penetrou na Sociologia,
Psicologia, Medicina e Linguística. Sob o nome de cliometria, está se
infiltrando na História, para sobressalto dos mais velhos.
VIS, Philip J.; KERSH, Reuben. A experiência matemática. Tradução de João Bosco Pitombeira.
Rio de Janeiro: F. Alves, c 1989. 481 p. (Coleção Ciência): The Mathematical experience.

Na origem de sua formação, a Trigonometria era um ramo da Matemática no qual os ângulos de um triân-
gulo e as medidas de seus lados eram relacionados. As razões trigonométricas eram utilizadas pelos egípcios para
resolver problemas de Arquitetura nas construções das pirâmides. O estudo da Trigonometria se ampliou para um
campo mais abstrato, retirando-se das aplicações práticas e surgindo em outros campos do conhecimento, para
solucionar alguns problemas específicos e contribuir indiretamente para seu desenvolvimento por necessidades das
navegações, Astronomia e Agrimensura. Mais tarde, por volta dos séculos XVI e XVII, a Trigonometria aparece na
Física para descrever e explicar alguns fenômenos, tais como:
§§ o movimento periódico dos planetas, trabalhado por Kepler;
§§ o movimento periódico dos pêndulos, trabalhado por Galileu;
§§ a propagação do som no formato de ondas, estudada por Newton; e
§§ a propagação da luz no formato de ondas, estudada por Huyghens.

Se θ é um ângulo interno de um triangulo retângulo, definimos:

medida do cateto oposto a θ medida da hipotenusa


sen θ = ​ ______________________
        ​   cossec θ = _______________________
     ​
​   
medida da hipotenusa medida do cateto a oposto a θ
medida do cateto adjacente a θ medida da hipotenusa
cos θ = ​ ________________________
        ​  → Razões inversas → sec θ = ​ ________________________
    ​
  
medida da hipotenusa medida do cateto adjacente a θ

medida do cateto oposto a θ medida do cateto adjacente a θ


tg θ = ________________________
​             cotg θ = ________________________
​            
medida da cateto adjacente a θ medida do cateto oposto a θ

Aplicando as definições acima, temos:

b ​ e cossec θ = ​ __


sen θ = ​ __ a  ​
a b 0 < sen θ < 1 e 0 < cos θ < 1
​ ac  ​e sec θ = __
cos θ = __ ​ ac ​  cossec θ > 1 e sec θ > 1
tg θ > 0 e cotg θ > 0
b ​  e cotg θ = __
tg θ = ​ __ ​ c  ​
c b

65
Consequência Teoria na prática
1. Calcule o valor de x e y no triângulo retângulo
No triângulo retângulo ABC abaixo, β + γ = 90º, ABC a seguir:
^​ ^
ou seja ​​B ​  e C ​
​​ ​  são complementares.

Resolução:
Observe que o cateto AC é oposto ao ângulo
de 30º, ao passo que o cateto AB é adjacente.
Calculando o cateto oposto ao ângulo dado, temos:
​ ba ​ 
sen β = __ cateto oposto ao 30º
sen β = cos γ sen 30º = ​ ________________
       ​ .
hipotenusa
​ ba ​ 
cos γ = __ Substituindo o valor de seno de 30° obtido da
tabela:
1  ​ = __y
​ ac  ​
sen γ = __ ​ __ ​    ​ ⇒ y = 1
2 2
sen γ = cos β
Agora, calculemos o cateto adjacente a 30º:
​ ac  ​
cos β = __
cateto adjacente ao 30º
cos 30º = __________________
​        ​ .
hipotenusa
Dessa forma, temos que em um triângulo retân- Substituindo o valor de cosseno de 30° obtido
gulo, o seno de um ângulo agudo é igual ao cosseno de da tabela:
dXX
seu complemento. ​ ​ 3 ​ ​  = ​ __x  ​ ⇒ x = d​ XX
___ 3 ​ 
De fato, o nome cosseno se origina de seno do 2 2
__
Logo, x = √
​​ 3 ​​ m e y = 1m.
ângulo complementar.
2. Calcule a altura de um triângulo equilátero de

Razões trigonométricas lado a.


Resolução:
(valores notáveis) A partir de um triângulo equilátero ABC, temos
que a altura relativa à base BC é o segmento AP,
θ sen cos tg cossec sec cotg perpendicular à BC, onde P é ponto médio de BC.
(graus) θ θ θ θ θ θ Lembre-se que em um triângulo equilátero, as
alturas coincidem com as medianas:
30º 1  ​
​ __ ___​dXX
3 ​   ___​dXX
3 ​   2 2​dXX
3 
____ d
​   ​  ​   ​   ​    ​ 3 ​XX 
2 2 3 3

d
​ XX
___ 2 ​   ___d
​ XX
2 ​  
45º ​   ​  ​   ​  1 ​dXX
2 ​  ​dXX
2 ​  1
2 2

d
​ XX
3 ​   1  ​ 2​dXX
3 ​  ​dXX
3 ​  
60º ___
​   ​  ​ __ d
​ XX
3 ​    ____ ​   2 ___
​   ​ 
2 2 3 3

66
Como sabemos, os ângulos internos de um triân- Racionalizando o resultado, temos:
gulo equilátero medem 60º. Assim, podemos uti- __
16​dXX
AC = ​ ______ 2 ​   ​ 
= _____
dXX2 ​  
​  16​  ​  = 8​​√2 ​​ 
lizar a trigonometria no triângulo retângulo ACP: d 2 ​ ⋅ d​ XX
​ XX 2 ​  2
cateto oposto AP
sen 60º = _____________
​     ​
  
hipotenusa AC §§ Triângulo ABH:
dXX 
a​dXX ​ a​ 3 ​
3 ​ = 2h ⇒ h = ____  ​   O segmento AH representa o cateto oposto ao
2
ângulo de 60°, portanto podemos calcular o ca-
Portanto, dado um triângulo equilátero de lado
dXX 
​ a​ 3 ​
a, sua altura vale ____  ​.   teto BH através da tangente de 60°.
2
cateto oposto à 60º
tan 60º = ​ _________________
  
   ​
3. Dado um triângulo ABC, calcule a medida dos três cateto adjacente à 60º
lados sabendo que a altura relativa à base BC é 8,
​^​ ​^​ d
​ XX ​  8   ​ ⇒ BH​dXX
3 ​ = ___ ​​  8__   ​​ ​ 
3 ​ = 8 ↔ BH = ___
o ângulo A​​C ​​ B é 45° e o ângulo A​​B ​​ C é 60°. BH ​√3 ​ 
Racionalizando o resultado, temos:
Resolução:
dXX dXX 
​  8​ 3 ​    ​ 
BH = _______ ​  8​ 3 ​
= ____  ​  
A figura descrita no problema é: ​ 3 ​ ⋅ ​ 3 ​ 
d XX d XX 3

Como AB é hipotenusa do triângulo ABH, temos:


cateto oposto à 60º
sen 60º = _______________
  
​      ​
hipotenusa
Observe que também poderíamos utilizar o cos-
seno, porém como o cateto oposto AH mede 8 e
8​dXX
o cateto adjacente mede ​ ____3 ​
 ​  ,  o cálculo é mais
3
simplificado utilizando seno.
​dXX
3 ​ ​  = ​ ___
​ ___ 8   ​ ⇒ AB​dXX ​ 16  ​
3 ​ = 16 ⇒ AB = ___
2 AB d
​ XX
3 ​ 
Repare que o triângulo ABC não é retângulo.
Porém, observe que a altura sempre é perpen- Racionalizando o resultado, temos:
dicular à base. 16​dXX
3 ​   ​  dXX
AB = ​ ______ = _____ 3 ​  
​ 16​  ​  
Assim, os triângulos ACH e ABH são retângulos ​ 3 ​ ⋅ ​ 3 ​ 
d XX d XX 3
e podemos calcular seus catetos e hipotenusas: Portanto, temos:
dXX
​ 16​  ​
AB = _____ 3 ​  

§§ Triângulo ACH: 3
O segmento AH representa o cateto oposto ao AC = 8​dXX
2 ​ 
ângulo de 45°, portanto podemos calcular o ca- 8​dXX3 ​
CB = CH + BH = 8 + ​ ____
 ​ 
  
3
teto adjacente CH através da tangente de 45°.

cateto oposto à 45º


tan 45º = ​ _________________
  
   ​.
cateto adjacente à 45º

​  8   ​ ⇒ CH = 8
1 = ___
CH
Como AC é a hipotenusa do triângulo ACH,
temos:
cateto adjacente à 45º
cos 45º = _________________
​        ​ .
hipotenusa
​dXX
2 ​ ​  = ​​ ___
​ ___ 8   ​​ ⇒ d​ XX ​ 16  ​
2 ​ AC = 16 ⇒ AC = ___
2 AC d
​ XX
2 ​ 

67
Introdução ao Cada ângulo diferente determina um ponto P
distinto na circunferência, sendo, assim, o seno e o
ciclo trigonométrico cosseno de um ângulo são definidos por:

sen θ = ordenada de P
O estudo aprofundado da trigonometria será
cos θ = abscissa de P
feito mais adiante, porém, é importante abordarmos al-
gumas noções básicas para a resolução de alguns pro- tg θ = _____
​​  sen θ  
​​ com cos θ ≠ 0
cos θ
blemas em Geometria Plana.
No sistema cartesiano, se a ordenada de P (co-
Considere uma circunferência de raio unitário com
ordenada em y) se encontra “acima” da origem, o
centro na origem de um sistema cartesiano de coorde- seno do ângulo será positivo, enquanto que se a
nadas: ordenada de P se encontra “abaixo” da origem,
o seno do ângulo será negativo. Analogamente, se
a abscissa de P (coordenada em x) se encontra à
direita da origem, o cosseno do ângulo será posi-
tivo, enquanto que se a abscissa de P se encontra
à esquerda da origem o cosseno do ângulo será ne-
gativo.

Vamos utilizar esses conceitos para calcular o


valor do seno, cosseno e tangente de um ângulo maior
que 90°, que não se encontra na tabela de ângulos
notáveis. Veja onde se encontra o ângulo de 150° na
Nesta circunferência, os ângulos são medidos circunferência trigonométrica:
no sentido anti-horário a partir do ponto A, ou seja, os
pontos A, B, A’ e B’ equivalem aos ângulos 0º, 90º, 180º
e 270º, respectivamente.
Observe como localizar o ângulo de 30º no cír-
culo trigonométrico:

Considerando o triângulo retângulo OPB, temos:

​ BP ​ 
sen 30º = ___
1

​ 1 ​  e encontra-se acima


Logo, a ordenada de P é __
2
da origem, portanto, sen 150° = ​ __1  ​.
2
Repare que o 30º determina um ponto P na cir-
cunferência, determinando, assim, o triângulo retângulo
OBP.

68
Do mesmo modo, calculando a medida do cateto
OB:
​ OB ​ 
cos 30º = ___
1
d
​___3 ​ dXX
​ ​ 3 ​ ​  
XX OB
​   ​ = ​   ​ ⇒ OB = ___
  ___
2 1 2
d
​ XX
3 ​ ​  , pois se encontra à
Logo, a abscissa de P é – ​ ___
2
esquerda da origem, portanto, cos 150° = – ​ ___ 3  ​  ​.
​dXX
2

69
INTERATIVI
A DADE

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Vídeo Trigonometria básica | Geometria ...


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Sites Trigonometria com triângulos retângulos

pt.khanacademy.org/math/trigonometry/trigonometry-right-triangles

70
APLICAÇÃO
APLICAÇÃONO
NOCOTIDIANO
COTIDIANO

Engenheiros civis, ao estudar e medir a topografia do terreno de interesse, se utilizam de instrumentos, como
o teodolito, que se baseiam na trigonometria do triângulo retângulo para medir as elevações e desníveis do terreno.
Veja um exemplo prático disto:
1. (PUC) Um determinado professor de uma das disciplinas do curso de Engenharia Civil da PUC solicitou como
trabalho prático que um grupo de alunos deveria efetuar a medição da altura da fachada da Biblioteca Central
da PUC usando um teodolito. Para executar o trabalho e determinar a altura, eles colocaram um teodolito a
metros da base da fachada e mediram o ângulo, obtendo, conforme mostra a figura abaixo. Se a luneta do
teodolito está a 1,70 m do solo, qual é, aproximadamente, a altura da fachada da Biblioteca Central da PUC?

Dados (sen 30º = 0,5; cos 30º = 0,87 e tg 30º = 0,58)


a) 5,18 m
b) 4,70 m
c) 5,22 m
d) 5,11 m
e) 5,15 m
Resolução:

Considerando h como sendo a altura da fachada da Biblioteca, temos:

h − 1,7
tg30° =
6
h − 1,7 =6 ⋅ tg30°
h= 6 ⋅ 0,58 + 1,7
h = 5,18m

INTERDISCIPLINARIDADE

A trigonometria no triângulo retângulo é a base para a resolução de exercícios de física nos tópicos de
estudo de forças com e sem atrito no plano inclinado. Decomposição de vetores, inclinação do plano, coeficiente
estático, todos, sem exceção, dependem do conhecimento de trigonometria no triângulo retângulo para as suas
resoluções.

71
Estrutura Conceitual

Hipotenusa
Lado oposto ao
ângulo reto

Cateto Oposto
Lado oposto ao
ângulo θ

cateto oposto
Seno θ =
hipotenusa
Cateto Adjacente
cateto adjacente
lado próximo ao Cosseno θ =
ângulo θ hipotenusa
cateto oposto
Tangente θ =
cateto adjacente

72
3
0 40 Produtos notáveis

Competência Habilidades
5 19 e 21
© Aleksandar Todorovic/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Produtos notáveis
No cálculo algébrico, alguns produtos são frequentes, como:

(x + y) · (x – y) Produto da soma pela diferença de dois termos.

(x + y) · (x + y) = (x + y)2 Quadrado da soma de dois termos.

(x – y) · (x – y) = (x – y)2 Quadrado da diferença de dois termos.

Por serem frequentes na resolução de problemas, tais produtos são chamados de produtos notáveis.
Porém, antes de estudar esses produtos, é importante lembrar algumas propriedades elementares das ope-
rações de adição e multiplicação da álgebra:
Considere dois números reais a e b:

a+b=b+a Propriedade comutativa da adição.

a + (b + c) = (a + b) + c Propriedade associativa da adição.

0+a=a Elemento neutro da adição.

ab = ba Propriedade comutativa da multiplicação.

a(bc) = (ab)c Propriedade associativa da multiplicação.

1a = a Elemento neutro da multiplicação.

(a + b)c = ac + bc Propriedade distributiva da multiplicação.

Quadrado da soma de dois termos


Considere a expressão (x + y)². Ela representa o quadrado da soma de dois termos. Aplicando a propriedade
distributiva, temos:

(x + y)² = (x + y)(x + y) = x(x + y) + y(x + y) = x² + xy + yx + y² = x² + 2xy + y²

Logo, temos a seguinte igualdade:

(x + y)² = x² + 2xy + y²

Utilizando um exemplo numérico, temos:

(3 + 5)² = 3² + 2 · 3 · 5 + 5² = 9 + 30 + 25 = 64

O resultado obtido está correto, pois (3 + 5)² = (8)² = 64.

75
Podemos, também, observar essa relação geo-
metricamente. A partir de um quadrado de lado a, em
Quadrado da diferença de dois termos
que prolongamos dois lados consecutivos a um compri- A expressão (x – y)² representa o quadrado da
mento b, de modo a obter um quadrado de lado a + b: diferença de dois termos. Aplicando a propriedade dis-
tributiva, temos:

(x – y)² = (x – y)(x – y) = x(x – y) – y(x – y) =


= x² – xy – yx + y² = x² – 2xy + y²

Logo, temos a seguinte igualdade:

(x – y)² = x² – 2xy + y²

Utilizando um exemplo numérico, temos:


Calculando as áreas de cada quadrado e retân- (6 – 4)² = 6² – 2 · 6 · 4 + 4² = 36 – 48 + 16 = 4
gulo formados, temos:
O resultado obtido está correto, pois (6 – 4)² =
= (2)² = 4.
Analogamente ao quadrado da soma, podemos
demonstrar geometricamente essa identidade a partir
de um quadrado de lados a – b em que prolongamos
dois lados consecutivos a um comprimento b, obtendo,
assim, um quadrado de lado a:

Podemos, então, calcular a área total (A) de duas


maneiras:
1ª maneira:
Considerando que o quadrado maior possui la-
dos a + b, sua área é dada por A = (a + b)².

2ª maneira:
Somando todas as áreas no interior do quadrado
maior, temos:
A = a² + ab + ab + b² = a² + 2ab + b²
Da mesma forma, podemos calcular as áreas dos
Portanto, concluímos que:
quadrados e retângulos formados na figura. A área do
(a + b)² = a² + 2ab + b²
quadrado de lados (a – b) pode ser calculada de duas

Exemplos: maneiras:
1ª maneira:
§§ (3 + x)² = 3² + 2 · 3 · x + x² = 9 + 6x + x²
O quadrado possui lado (a – b), portanto, a área
§§ (2a + 3b)² = (2a)² + 2 · 2a · 3b + (3b)² =
A é dada por: A = (a – b)²
= 4a² + 12ab + 9b²
§§ (x + 1)² = x² + 2 · x · 1 + 1 = x² + 2x + 1 2ª maneira:
§§ (ab² + 1)² = (ab²)² + 2 · ab² · 1 + 1² = Podemos calcular a área desejada subtraindo da

= a²b4 + 2ab² + 1 área do quadrado de lado a a área dos retângu-


los de lados b e (a – b) e quadrado de lado b:
(  ) (  )
​ 1 ​ + x  ​ = ​ __
​ 1 ​   ​ + 2 ∙ __
​ 1 ​  ∙ x + x2 = __
​ 1 ​ + x + x2
2 2
§§ ​ __ A = a² – b(a – b) – b(a – b) – b² = a² –2ab + b²
2 2 2 4

76
Portanto: Resumindo os produtos notáveis vistos, temos:

(a – b)² = a² – 2ab + b² Produto da soma pela diferença de


(x + y)(x – y) = x² – y²
dois termos

Exemplos: (x + y)² = x² + 2xy + y² Quadrado da soma de dois termos

§§ (y – 3)² = y² – 2 · y · 3 + 3² = y² – 6y + 9 (x – y)² = x² – 2xy + y² Quadrado da diferença de dois termos

§§ (3a – 5b)² = (3a)² – 2 · 3a · 5b + (5b)² =

= 9a² – 30ab + 25b²

§§ (x – 1)² = x² – 2 · x · 1 +1² = x² – 2x + 1

§§ (x² – 3y)² = (x²)² – 2 · x² · 3y + (3y)² =

= x4 – 6x²y + 9y²

(  ) (  )
​  x  ​– 4  ​ = ​ __
​  x  ​  ​ – 2 · __
​ x  ​· 4 + 42 = __ ​ 8x ​ + 16
​ x  ​ – __
2 2 2
§§ ​ __
3 3 3 9 3

Produto da soma pela


diferença de dois termos
Por fim, a expressão (x + y)(x – y) representa o
produto entre a soma e a diferença entre dois termos.
Aplicando a propriedade distributiva, temos:

(x + y)(x – y) = x(x – y) + y(x – y) = x² – xy + xy – y² =

= x² – y²

Logo, temos a seguinte igualdade:

(x + y)(x – y) = x² – y²

Utilizando um exemplo numérico, temos:

(5 + 3)(5 – 3) = 5² – 3² = 25 – 9 = 16

Novamente, podemos verificar que o resultado


obtido está correto, pois (5 + 3)(5 – 3) = (8)(2) = 16.

Exemplos
§§ (x – 2)(x + 2) = x² – 2² = x² – 4

§§ (2a + 3b)(2a – 3b) = (2a)² – (3b)² = 4a² – 9b²

§§ (y – 1)(y +1) = y² – 1² = y² – 1

§§ (x2 + y²)(x² – y²) = (x²)² – (y²)² = x4 – y4

(  ) ( 
​  a  ​ – b3  ​ ​ __ ) (  )
​ a  ​  + b3  ​= ​ __
​  a  ​    ​ – (b3)2 = __
​​ a  ​​  – b6
2 2 2 2 4
§§ ​ __
3 3 3 9

77
INTERATIVI
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Sites Mais exemplos de produtos notáveis

pt.khanacademy.org/math/algebra2/arithmetic-with-polynomials/multiplying-polynomials-
review/v/special-products-of-binomials

78
Estrutura Conceitual
QUADRADO DA SOMA

( x + y )2 = x2 + 2 . x . y + y2
Quadrado do Mais Duas vezes o 1° Mais Quadrado do
1° termo vezes o 2° 2° termo
1° termo 2° termo

QUADRADO DA DIFERENÇA

( x - y )2 = x2 - 2.x.y + y2
Quadrado do Menos Duas vezes o 1° Mais Quadrado do
1° termo vezes o 2° 2° termo
1° termo 2° termo

79
5
0 60 Fatoração

Competência Habilidades
5 19 e 21

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Fatorar uma expressão significa transformá-la em fatores de um produto. Por exemplo:

x² – 5x + 6 = (x – 2)(x – 3)
Forma não fatorada   Forma fatorada

Apesar das expressões x² – 5x + 6 e (x – 2)(x – 3) serem equivalentes, a segunda está representada como
uma multiplicação de fatores (x – 2) e (x – 3).
Muitas vezes, para simplificar uma expressão algébrica, é preciso fatorá-la, ou seja, escrevê-la em forma de
produto. Neste exemplo, podemos simplificar assim:

x2 – 5x + ​
​ _________ 6 
, 
com x ≠ 3
x–3
Como sabemos, x² – 5x + 6 = (x – 2)(x – 3). Substituindo na expressão, temos:

x2 – 5x + ​
6  (x – 2)(x – 3)
​ _________ = ​ __________
   ​  =x–2

x–3 x–3
Estudaremos nesta aula algumas formas de se fatorar uma expressão algébrica.

Fator comum em evidência


Em geral, todos os casos de fatoração têm por base a propriedade distributiva, propriedade conhecida pelos
antigos gregos através da geometria, mais especificamente no cálculo das áreas:

A área do retângulo maior pode ser calculada por:

Aretângulo maior = base × altura = a · (x + y)

Por outro lado, esse mesmo retângulo está decomposto em dois retângulos menores, cujas áreas são ax e
ay. Assim, a área do retângulo maior também pode ser calculada pela soma dessas áreas:

Aretângulo maior = ax + ay

Dessa forma, temos a área do mesmo retângulo calculada de duas maneiras diferentes, o que demonstra a
propriedade distributiva em relação à adição algébrica. Veja:

a(x + y) = ax + ay

Portanto, quando, numa soma ou subtração, houver um mesmo fator em comum nas parcelas, podemos
colocá-lo em evidência.

83
Substituindo na expressão, temos:
Teoria na prática
ab · ab² + ab · a²b³ + ab, logo, o fator comum é ab:
1. Fatore a expressão 2x + 2y.

( 
​ a b ​ + ____
​  a b ​ + __ )
​  ab  ​  ​ =
2 3 3 4
Neste caso, é fácil identificar o fator em comum: a²b³ + a³b4 + ab = ab ​ ____
2. Como estamos fazendo o processo inverso da ab ab ab
propriedade distributiva da multiplicação, pode- = ab(ab² + a²b³ + 1)
mos dividir cada termo pelo fator comum para
encontrar a forma fatorada: Agrupamento
2x + 2y = 2 ​ __
2 ( 
​ 2x ​ + __
2y
)
​   ​   ​= 2(x + y)
2 É possível, em um polinômio, não ter um fator
comum a todos os seus termos. Porém, talvez seja pos-
Para verificar se a fatoração está correta, apli-
sível fatorá-lo em grupos, fazendo surgir um novo fator
camos a propriedade distributiva e comparamos
comum aos grupos fatorados. Assim, é só colocar esse
com a expressão original.
novo fator comum em evidência.
2. Fatore a expressão 10a + 15b.
Observe que, neste caso, o fator comum não Teoria na prática
aparece explicitamente em nenhum dos termos. Fatore os seguintes polinômios:
Porém, podemos expressar os coeficientes por 1. x2 + ax + bx + ab
meio de produtos, veja: Temos: Novo fator comum
x2 + ax + bx + ab = x (x + a) + b (x + a)
10a + 15b = 5 · 2a + 5 · 3b 1º grupo 2º grupo
Desta forma, fica claro que o fator comum é o x2 + ax + bx + ab = (x + a)(x + b)
número 5, portanto:
Então, x2 + ax + bx + ab = (x + a)(x + b).
10a + 15b = 5 ​ ​ ___ (
10a ​  + ___
5 5 )
​ 15b ​   ​= 5(2a + 3b)
2. 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2
3x + 6y
3. Simplifique a expressão ​ ______  ​.    Temos:
3
Fatorando o numerador 3x + 6y, temos que 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2
3x + 6y equivale à 3x + 2 · 3y. Logo, o fator 1º grupo 2º grupo
comum é o número 3, portanto: No segundo grupo, pode-se colocar em destaque
( 
​  3x ​ + __
3x + 6y = 3 ​ __
3
6y
)
​   ​   ​= 3(x + 2y)
3
o fator –by ou +by. Porém, destacando o fator
–by, mudam-se os sinais dos termos do grupo,
Substituindo o valor encontrado na expressão:
deixando-os iguais aos sinais do primeiro grupo.
3x + 6y _______
______ 3(x + 2y)
​   ​  = ​   ​   = x + 2y 2ax2 + 3axy – 2 bxy – 3by2 =
3 3
ax(2x + 3y) – by(2x + 3y)
4. Fatore a expressão x³ – 2x. 1º grupo 2º grupo
O termo x³ pode ser escrito como x · x², desta
2ax2 + 3axy – 2 bxy – 3by2 = (2x + 3y)(ax – by)
forma:
Então, 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (2x + 3y)
x³ – 2x = x · x² – 2x
(ax – by).
Observe que o fator comum é x, logo:
3. y3 – y2 + y – 1
​  x³
x³ – 2x = x ​ __ (  __2x
)
x ​ – ​  x ​   ​= x(x² – 2) Temos:
y3 – y2 + y – 1
5. Fatore a expressão a²b³ + a³b4 + ab. 1º grupo 2º grupo
Reescrevendo os dois primeiros termos, temos:
 o segundo grupo, pode-se colocar em evidên-
N
a²b³ = ab · ab² cia o fator 1 ou –1. Para deixar os sinais iguais
a³b4 = ab · a²b³ aos do primeiro grupo, usa-se o 1.
84
Já no primeiro grupo, coloca-se em evidência y2.
36x²y4 _____
3. ​ _____
25
 – ​  121a ​ 
 ​ 
16
4
 = ​ ____
5( 
6xy² 11a² ____
​   ​  + ​ ____
4 ) ( 
6xy² 11a²
 ​ ​ ​   ​  – ​ ____
 ​  
5 4
 ​  
 ​ )
(  )
Veja: 2
​ 11a ​  
2
____
 ​  ​
y – y + y – 1 = y (y – 1) + 1 · (y – 1)
3 2 2
4

(  )
2
1º grupo 2º grupo 6xy2
____
​   ​   ​
 ​
y3 – y2 + y – 1 = (y – 1)(y2 + 1) 5
Então, y3 – y2 + y – 1 = (y – 1)(y2 + 1). 4. (7x + 3y)2 – 16a2 =
(4a)2
4. ax + ay – x – y
= [(7x + 3y) + 4a] · [(7x + 3y) – 4a] =
Temos:
= (7x + 3y + 4a) · (7x + 3y – 4a)
ax + ay – x – y = a (x + y) – 1· (x + y)
1º grupo 2º grupo 5. (3a + 2b)2 – (3a – 2b)2 =
ax + ay – x – y = (x + y) (a – 1) = [(3a + 2b) + (3a – 2b)] · [(3a + 2b) – (3a – 2b)]
= [(3a + 2b) + (3a – 2b)] · [(3a + 2b) – (3a –
Então, ax + ay – x – y = (x + y)(a – 1).
2b)] = [6a][4b] = 24ab
5. axy + bcxy – az – bcz – a – bc
6. (x + 2y)2 – (2x – y)2 = [(x + 2y) + (2x – y)] · [(x +
Temos:
2y) – (2x – y)] = (3x + y) · (3y – x)
axy + bcxy – az – bcz – a – bc =
7. 1 – (x2 – 1)2 =
1º grupo 2º grupo 3º grupo
(1)2
= xy(a + bc) – z(a + bc) – 1(a + bc)
= [1 + (x2 – 1)] · [1 – (x2 – 1)] =
axy + bcxy – az – bcz – a – bc = = x2 · [2 – x2]
= (a + bc) (xy – z – 1)
Então, axy + bcxy – az – bcz – a – bc = (a +
bc)(xy – z – 1). Trinômio quadrado perfeito
Um monômio é quadrado perfeito, assim como
Diferença de dois quadrados os números quadrados perfeitos, quando ele é igual ao
quadrado de outro monômio. Assim, todo monômio qua-
A partir da propriedade simétrica da igualdade drado perfeito, não nulo, tem expoentes pares.
(se a = b, então b = a), pode-se dizer que: São exemplos de monômios quadrados perfeitos:

(  )
__
​  1  ​ x8 = ​ __
​  1 ​ x4  ​ e 5x² = (​x√
2
se (x + y)(x – y) = x2 – y2, então x2 – y2 = (x + y)(x – y) 9m4x² = (3m²x)², ___ ​​ 5 ​​)  ²
16 4
Observando, então, que esse binômio é compos-
Já o monômio 25x3 não é monômio quadrado
to pela diferença do quadrado de dois termos, podemos
perfeito pois o expoente da variável não é par.
fatorá-lo facilmente, escrevendo-o como produto da
Todo polinômio com três termos que apresen-
soma pela diferença desses termos.
ta dois monômios quadrados perfeitos (a2 e b2), cujo
terceiro termo é igual a duas vezes o produto das ba-
Teoria na prática ses desses monômios quadrados perfeitos, em módulo
Fatore os seguintes polinômios: (±2ab), é um trinômio quadrado perfeito, isto é,
1. x2 – 9 = (x + 3)(x – 3) pode ser reduzido a uma das seguintes formas:
(3)2
(x)2 a2 + 2ab + b2  ou  a2 – 2ab + b2

2. 16a4 – 25b2 = (4a2 + 5b)(4a2 – 5b)


  (5b)2
  (4a2)2

85
Como sabemos, esses resultados são produtos 3. 4x² – 16x + 16
notáveis. Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadra-
§§ O primeiro é quadrado da soma: dos, temos:
(a + b) = a + 2ab + b .
2 2 2

§§ O segundo é o quadrado da diferença:


(a – b)2 = a2 – 2ab + b2

Usando, então, a propriedade simétrica da igual-


dade (se x = y, então y = x), pode-se dizer que um tri-
nômio quadrado perfeito tem uma das seguintes formas Como 2ab = 16x, o trinômio é quadrado perfei-
fatoradas: to, e sua forma fatorada é:

a2 + 2ab + b2 = (a + b)2   4x² – 16x + 16 = (a – b)² = (2x – 4)²


ou 

Trinômio do segundo grau


a2 – 2ab + b2 = (a – b)2

Teoria na prática Mesmo um trinômio não sendo quadrado perfei-


Verifique se os trinômios a seguir são quadrados to, é possível fatorá-lo. Para isso, basta associá-lo a uma
perfeitos e, caso sejam, fatore-os. equação do 2º grau e conhecer as suas raízes. Para um
trinômio do tipo ax2 + bx + c, a equação associada a ele é
1. x² + 4x + 4
ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0), na qual suas raízes são
Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadra-
​ ba ​  e x1 · x2 = __
x1 + x2 = – __ ​ ac  ​.
dos, temos:
Manipulando o trinômio ax2 + bx + c, onde
a ≠ 0, temos:

ax2 + bx + c = a ​ x² + __ ( 
​ bx __c
a ​ + ​ a  ​  ​ )
[  (  ) (  ) ]
​ ba ​    ​x + ​ __
ax2 + bx + c = a ​ x2 – ​ – __ ​ ac  ​  ​  ​

Caso 2ab seja igual ao termo 4x, o trinômio é


Substituindo x1 + x2 = – ​ __ba ​ e x1 · x2 = __
​ ac  ​, obtemos:
quadrado perfeito:
ax2 + bx + c = a[x2 – (x1 + x2) x + x1x2] =
2ab = 2 · x · 2 = 4
(logo, x² + 4x + 4 é quadrado perfeito) = a[x2 – x1x – x2x + x1x2] =
= a[x(x – x1) – x2(x – x1)] =
Agora, fatorando o trinômio, teremos:
= a[(x – x1)(x – x2)]
x² + 4x + 4 = (a + b)² = (x + 2)²
Daí, ax2 + bx + c = a(x – x1) ∙ (x – x2)
2. 4x² + 4x + 25
Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadra- Observe que, se um trinômio for quadrado
perfeito e soubermos suas raízes, podemos fatorá-lo
dos temos:
desta forma também.

Como 20x ≠ 4x, o trinômio não é quadrado per-


feito.

86
Portanto, x² – 3x + 2 = (x – 2)(x – 1). Substituin-
Teoria na prática do temos:
1. Fatore o trinômio x² – 5x + 6, sabendo que suas
x2 – 3x + ​
2  (x – 2) (x – 1)
raízes são x1 = 2 e x2 = 3.  ​_________ = ​ ___________
   ​   
=x–2
x–1 x–1
Resolução:
Como sabemos as raízes e que o coeficiente do-
minante é 1, temos:
x² – 5x + 6 = a(x – x1) · (x – x2) =
= 1(x – 2)(x – 3) = (x – 2)(x – 3)

2. Encontre as raízes e fatore o trinômio 2x² – 8x + 6.

Resolução:
Como as raízes de um polinômio são os valores
de x para que o polinômio se anule, fazemos:
2x² – 8x + 6 = 0
Para resolver essa equação, utilizamos a fórmula
de Bhaskara. Primeiramente identificamos os co-
eficientes: a = 2; b = –8; c = 6
Calculando o discriminante:
∆ = b² – 4ac = (–8)² – 4(2)(6) = 16
Logo, as raízes são:

–b ± ​dXXXXXXX
b2 ​
– 4ac ​  –(–8) ± ​dXXX
16 ​  _____
x = ​ ____________
   = ​ __________
   ​   = ​ 8 ± ​ 
4  
2a 2(2) 4
​ 8 + ​
x1 = _____ 4  = 3
4
​ 8 – ​
x2 = ____ 4  = 1
4

Como x1 = 3, x2 = 1 e a = 2, a forma fatorada

do trinômio é:
2x² – 8x + 6 = 2(x – 3)(x – 1)

x2 – 3x + ​
2 
3. Simplifique a expressão ​ _________  
x–1
Resolução:
O numerador apresenta um trinômio que, se
soubermos as suas raízes, podemos fatorar:
x² – 3x + 2 = 0
∆ = b² – 4ac = (–3)² – 4(1)(2) = 1
Logo, as raízes são:
dXXXXXXX –(–3) ± ​dXX
1 ​  _____
​ –b ± ​ b  ​
– 4ac ​  = ​ 3 ± ​ 
1 
2
x = ____________
    = ​ _________
 ​     
2a 2(1) 2
​ 3 + ​
x1 = _____ 1   = 2
2
​ 3 – ​
x2 = ____ 1   = 1
2 87
Estrutura Conceitual
CASO O FATOR COMUM NÃO
FATORAR É TRANSFORMAR IDENTIFIQUE O FATOR
TENHA FÁCIL IDENTIFICAÇÃO,
UMA EXPRESSÃO EM COMUM, COLOCANDO-O
BUSQUE PRODUTOS NOTÁVEIS
FATORES DE UM PRODUTO EM EVIDÊNCIA
QUE VOCÊ JÁ CONHEÇA

. DIFERENÇA DE DOIS QUADRADOS PROCURE IDENTIFICAR OS PADRÕES DE


. TRINÔMIO QUADRADO PERFEITO FORMAÇÃO DOS PRODUTOS NOTÁVEIS
. TRINÔMIO DO SEGUNDO GRAU PARA CONSEGUIR FATORAR EXPRESSÕES
. ENTRE OUTROS COM MAIS FACILIDADE

88
7
0 80 Conjuntos numéricos

Competência Habilidades
5 1, 3, 4 e 5
© Simone Simone/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Conjunto dos números naturais (N)
O conjunto dos números naturais, cujo símbolo é N, é formado pelos números 0, 1, 2, 3,... , ou seja, o con-
junto dos números naturais é representado:
N = {0, 1, 2, 3, ...}
Excluindo-se o zero, temos o conjunto dos números naturais não nulos, indicado por:
N* = {1, 2, 3, ...} que é um subconjunto de N.
Os números naturais surgiram com a necessidade de contar objetos. Os conjuntos numéricos subsequentes
surgiram conforme novas necessidades foram se apresentando, sendo eles ampliações do conjunto dos números
naturais.

Conjunto dos números inteiros (Z)


São chamados de números inteiros ou simplesmente inteiros, os números ..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,..., cujo
conjunto é representado pela letra maiúscula Z.
Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}.
O conjunto dos números inteiros contém o conjunto dos números naturais.
Nesse conjunto, destacamos os seguintes subconjuntos:
1. Conjunto Z* dos números inteiros não nulos:
Z* = {x [ Z | x i 0} = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...}
2. Conjunto Z*+ = N* dos números inteiros positivos não nulos:
Z+* = N* = {x [ Z | x > 0} = {1, 2, 3, ...}
3. Conjunto Z+ = N dos números inteiros não negativos:
Z+ = N = {x [ Z | x ù 0} = {0, 1, 2, 3, ...}
4. Conjunto Z–* dos números inteiros negativos não nulos:
Z–* = {x [ Z | x < 0} = {–1, –2, –3, ...}
5. Conjunto Z– dos números inteiros não positivos:
Z– = {x [ Z | x ø 0} = {0, –1, –2, –3, ...}
No conjunto dos números inteiros, podemos definir o conceito de divisor e de números primos.

Divisor de um número inteiro


Sendo a, b e c números inteiros, dizemos que a é divisor de b, se existe um número inteiro c, de forma que:
ac = b
Por exemplo:
§§ 5 é divisor de 10, pois 5 · 2 = 10
§§ 3 é divisor de 12, pois 3 · 4 = 12
§§ 4 não é divisor de 9, pois não existe número inteiro c, de forma que 4 · c = 9
§§ 2 é divisor de 0, pois 2 · 0 = 0
§§ 0 não é divisor de 2, pois não existe número inteiro c, de forma que 0 · c = 2
§§ –6 é divisor de 18, pois (–6) · (–3) = 18

91
Observe que:
§§ 0 não é divisor de nenhum número.
Qualquer número inteiro.
§§ todo número é um divisor de 0.
§§ 1 é divisor de qualquer número inteiro. Exemplos
§§ todo número é um divisor de si mesmo.
Representamos o conjunto de todos os divisores 0  ​
§§ 0 = ​ __
1
de um número a por D(a):
2
__
§§ 2 = ​    ​
1
–5 ​ 
§§ –5 = ​ ___
Exemplo 1
§§ D(6) = {–6, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 6} Em geral, os números inteiros podem assumir a
§§ D(10) = {–10, –5, –2, –1, 1, 2, 5, 10} forma ​ __a  ​, onde a [ Z, b [ Z* e a é múltiplo de b.
§§ D(12) = {–12, –6, –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, 6, b
12}
Qualquer decimal exato
Números primos (numerais que apresentam um
Um número inteiro p é considerado primo, se: número finito de algarismos de-
D(p) = {–1, 1, –p, p} cimais diferentes de zero)
Podemos dizer que um número primo é um nú-
mero que possui apenas como divisores o número 1, –1, Exemplos:
o oposto e ele próprio. O conjunto dos números primos
é infinito, como provado por Euclides. A seguir, estão 21  ​
§§ 2,1 = ​ ___
alguns números primos em ordem crescente: 10
–1  ​ 
§§ –0,001 = ​ ____
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 1000
47, 53, 59, 61,... 3454545
§§ 3,454545 = ​​ _______
 ​​ 

106
Observe que:
§§ o número 1 não é um número primo.
Observação:
§§ o número 2 é o único número primo par.
2,1 = 2,10 = 2,100 = 2,1000 = ... é um decimal exato.

Números racionais
Qualquer fração de numerador inteiro
Os números que podem ser expressos na for-
a
__
ma ​    ​, onde a e b são inteiros e b i 0, são chamados de e denominador inteiro não nulo
b
números racionais. Em outras palavras, são racionais os
números que são razões (quocientes) de dois números Exemplos:
inteiros. Simbolicamente, representa-se o conjunto dos
números racionais (Q) assim: 1  ​
§§ – ​ __
4

{  ​ a  ​| a [ Z e b [ Z*  ​
Q = ​ x = __
b } 3
§§ ​ ___  ​ 
19
2122 ​ 
§§ ​ ____
São, portanto, números racionais: 990

92
Qualquer decimal periódico As dizimas periódicas que apresentam parte não
periódica são chamadas de compostas, e as que não
(numerais formados por infinitos apresentam, de simples.

algarismos decimais que se São exemplos de dízimas periódicas compostas:

repetem periodicamente)

Exemplos:
São exemplos de dízimas periódicas simples
3  ​ou 0,​3​ = __
§§ 0,333... = ​ __ ​  3 ​ (período = 3)
9 9 0,333... e 1,424242...
31
___
§§ –0,313131... = – ​    ​ Sendo uma dízima periódica um numerador
99
racional (razão de dois inteiros), como proceder para
31
___
ou – 0,31 = – ​   ​ (período = 31)
99 obter a sua representação na forma de fração? Como
§§ 4,1666... = 4,16 = ​ ___ 25 ​ (período = 6) encontrar a chamada fração geratriz de uma dízima pe-
6
riódica? Para responder a esse questionamento, consi-
dere inicialmente os exemplos:

Dízima periódica
a) 0,3333... ou 0,​3​ 
Fazendo x = 0,3333..., temos:

Uma fração irredutível corresponderá a uma dízi-


ma periódica quando o denominador apresentar, em sua
decomposição em fatores primos distintos, pelo menos
um fator primo diferente de 2 e 5, pois assim o denomi- Notas:
nador não será divisor de uma potência de base 10. §§ 10x = 3,33333... foi obtido a partir de
x = 0,3333..., multiplicando-o por 10.

Exemplos §§ Os números 10x = 3,33333... e


x = 0,3333... têm a mesma parte de-
cimal.
7  ​= 2,333 = 2,​3​ (período = 3)
§§ ​ __
3
25 ​ = –4,1666 = –4,1​6​ (período = 6)
§§ – ​ ___
6 Subtraindo x e 10x, as partes decimais anulam-
56 
§§ ​ ___  ​= 5,090909... = 5,​09​ (período = 09) -se e ficamos com:
11

Em uma dízima periódica, usaremos a seguinte


nomenclatura:
§§ Período (P): algarismos ou grupos de algaris- ​ 3 ​ 
10x – x = 3 – 0 ä 9x = 3 [ x = __
9
mos que se repetem indefinidamente na parte  __ 3
Então, 0,​3​ = ​   ​ [ 
decimal; 9
§§ Parte não periódica (A): algarismos ou gru-
Note que, para obter uma fração cor-
pos de algarismos que aparecem logo após a vír- respondente (fração geratriz) ao decimal
gula e que não se repetem. Uma dízima periódi- periódico, o segredo é encontrar dois núme-
ca pode apresentar ou não parte não periódica; ros com a mesma parte decimal e subtrair
um do outro a fim de eliminar as infinitas
§§ Parte inteira (I): algarismos ou grupos de alga- casas decimais.
rismos que antecedem a vírgula.

93

b) 2,1434343... ou 2,1​​43​​ 
Nota:

Nesse caso, perceba que obteremos dois núme-


ros com a mesma parte decimal quando, a partir
de x, deslocarmos para a parte inteira:
1. a parte decimal que não se repete. Para isso, Assim, podemos usar a seguinte regra prática para
obtenção da fração geratriz de uma dízima periódica:
multipliquemos x por 10 (A tem 1 algarismo):
IAP – IA  ​,
I, APPPP...= ___________
​   
10x = 21,434343... 99...9 00...0

2. a parte decimal que não se repete e um perí- n algarismos m algarismos


odo completo. Para isso, multipliquemos x por
em que m é a quantidade de algarismos de A e
10 · 102 =1 000 (A tem 1 algarismo e P tem 2):
n, a de P.
Subtraindo 10x de 1 000x, as partes decimais
se anulam e ficamos com: Exemplos
§§ 0,23666...
Note que P = 6 tem um algarismo e
A = 23 tem dois algarismos, então o denomi-
1 000x – 10x = 2143 – 21 ä nador da fração geratriz terá um algarismo 9 e
dois algarismo 0, enquanto o numerador será
​ 2143 – ​
ä x = ________ 21  ​ 2122 ​ 
[ x = ____

990 990 IAP – IA = 0236 – 023. Daí:

​ 2122 ​ [ Q.
Então, 2,143 = ____ 0236 –  ​023 
0,23666 ... = ​ _________ ​ 213  ​ = ___
= ___
  ​  71  ​ 
990 900 900 300
Em geral, para obter a fração geratriz da dízima
— §§ 2,614614614...
periódica x = I, APPPP... (ou x = I,A​​P​​)  , em que o período
Note que P = 614 tem três algarismos e A não
P tem n algarismos, a parte decimal que não se repete
existe, então o denominador da fração geratriz
(A) tem m algarismos e a parte inteira uma quantidade
terá apenas três algarismos 9 (não terá zero), en-
qualquer (I), procedemos assim: quanto o numerador será IAP – IA = 2614 – 2.
Daí:
2614 – ​2 
2,6146146146 146 = ​ _______  ​  2612 ​ 
= ____
999 999

Subtraindo membro a membro essas duas igual-


§§ –0,454545... = – ​ ______
99 ( 
​ 045 – ​ 
0 
)
 ​= – ___
99
​  5  ​ 
​ 45 ​ = – ___
11
dades, as partes decimais se anulam e ficamos com: 08 – ​
0 
§§ 0,888...= ​ _____ ​ 8 ​ 
 = __
10m · 10nx – 10mx = IAP – IA ä 9 9
ä10m x (10n – 1) = IAP – IA ä 068 – ​ 06 
§§ 0,6888... = ​ _______ ​ 62  ​ = ___
 = ___ ​ 31 ​ 
90 90 45
13241 –  ​132 
§§ 1,32414141... = ​ __________ ​  13109 ​ 
= _____

9900 9900

( 
00013 – 0001
§§ –0,00133... = – ​ ___________
​   
9000
 ​  ​= – ____
9000)
​  12  ​ 

​  1   ​ 
ou – ___
750
94
Subconjuntos Propriedades dos
importantes do conjunto números racionais
dos números racionais No conjunto dos números racionais, valem as se-
guintes propriedades:
Com relação aos conjuntos numéricos N, Z e Q, P1: O resultado da soma de dois números racionais
temos a seguinte relação de inclusão: quaisquer é igual a um número racional.

N,Z,Q Exemplo
Usando diagramas, podemos representar essa
reação assim:
P2: O resultado da diferença entre dois números ra-

cionais quaisquer é igual a um número racional.

 Exemplo

P3: O resultado da produto de dois números racio-


nais quaisquer é igual a um número racional.

Além do conjunto dos números naturais (N) e Exemplo


dos conjuntos dos números inteiros (Z), também são
subconjuntos especiais do conjunto dos números racio-
nais (Q):
P4: O resultado do quociente de dois números racio-
nais, sendo o divisor diferente de zero, é igual a
1. Conjunto dos números racionais não nulos: um número racional.
Q* = {x [ Q | x i 0}; Exemplo

2. Conjunto dos números racionais não negativos:

Q+ = {x [ Q | x ù 0};

3. Conjunto dos números racionais positivos: Números irracionais (R - Q)


__
Q*+ = {x [ Q | x > 0}; Números como √ ​​ 2 ​​  = 1,4142135..., cuja repre-
sentação decimal é infinita e não periódica, são cha-
4. Conjunto dos números racionais não positivos:
mados de números irracionais, isto é, não racionais
Q– = {x [ Q | x ≤ 0}; e, sendo assim, não inteiros nem razão de dois inteiros,
mas podem representar medidas no nosso mundo real,
5. Conjunto dos números racionais negativos: como a medida da diagonal do quadrado de lado igual
Q–* = {x [ Q | x < 0}. a 1, por exemplo.
Veja outros exemplos de números irracionais:
§§ 0,1234567891011...
§§ 1,01002000300004000005...
__
§§ ​​√3 ​​  = 1,7320508
§§ p = 3,141592...

95
Esse último exemplo (p = 3,141592...) é o mais famoso dos números irracionais, pois é a razão entre o com-
primento de uma circunferência e seu diâmetro (2R):
C  ​ = p
​ ___
2R

Conjunto dos números reais (R)


A união dos números racionais com os números irracionais resulta no conjunto dos números reais (). Usando
diagramas, podemos representar essa união assim:

 

No conjunto dos números reais (R), temos:


1. Q < {irracionais} = R
2. Q > {irracionais} = Ö, isto é, Q e {irracionais} são conjuntos disjuntos.
3. (R – Q) = {irracionais}
4. N , Z , Q , R

Observação

Alguns autores usam a notação ​Q​  = (R – Q) = {irracionais} para representar o conjunto dos números
irracionais.

Podemos, também, visualizar o conjunto dos números reais e seus principais subconjuntos através do qua-
dro sinóptico:

Também merecem destaque os seguintes subconjuntos de R:


§§ R* = {x [ R | x i 0} ä conjunto dos números reais não nulos
§§ R+ = {x [ R | x ù 0} ä conjunto dos números reais não negativos
§§ R+* = {x [ R | x > 0} ä conjunto dos números reais positivos
§§ R– = {x [ R | x < 0} ä conjunto dos números reais não positivos
§§ R*– = {x [ R | x < 0} ä conjunto dos números reais negativos

96
Propriedades dos números reais
Com relação ao conjunto dos números reais e seus subconjuntos, valem as seguintes propriedades:
__ __
P1: Se o número ​​n√  a ​​,  com n [ N* e a [ N não é inteiro, então n​​√  a ​​  é irracional.
§§ ​dXX2 ​ [ (R – Q)
§§ ​d  3 ​ [ (R – Q)
3 XX

§§ ​5d XX
8 ​ [ (R – Q)
§§ ​d  1 ​ Ó (R – Q), pois 4​d XX
4 XX
1 ​ = 1 [ Q
§§ ​d  27 ​ Ó (R – Q), pois ​d  27 ​ = 3 [ Q
3 XXX 3 XXX

§§ ​9d XX
0 ​ Ó (R – Q), pois 9​d XX
0 ​ = 0 [ Q

P2: O resultado da soma de um número racional com um número irracional é igual a um número irracional.
§§ 1  +  3,14159265... = 4,14159265...
Racional   Irracional    Irracional

P3: O resultado da diferença entre um número racional e um número irracional, em qualquer ordem, é igual a
um número irracional.
§§ 1  –  3,14159265... = 2,14159265...
Racional   Irracional   Irracional

P4: O resultado do produto de um número racional, não nulo, por um número irracional é igual a um número
irracional.

dXX
§§ 2 · ​ 4 ​ · d​ XX
3 ​ = ​dXX 3 ​ = d​ XXXX =​dXXX
4 · 3 ​  12 ​ 
Racional  Irracional        Irracional

P5: O resultado do quociente de um número racional, não nulo, por um número irracional é igual a um número
irracional.

dXX _____ dXX


§§ 12 : ​ ​  12 · ​ 6 ​  
​  12  ​ = ______
6 ​   = ___
dXX 6 ​  
 ​ = ​  12​  ​   = 2​dXX 4 ​ · d​ XX
6 ​ = d​ XX 6 ​ = d​ XXX
24 ​ 
d d d
​ 6 ​  ​ 6 ​ · ​ 6 ​ 
XX XX XX 6
Racional  Irracional                Irracional
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Malba Tahan – O Homem que Calculava

O Homem que Calculava, de Malba Tahan, mostra as proezas


matemáticas do calculista persa Beremiz Samir, que tornaram-
-se lendárias na antiga Arábia, encantando reis, poetas, xeiques
e sábios. Neste livro, Malba Tahan relata as incríveis aventuras
deste homem singular e suas soluções fantásticas para problemas
aparentemente insolúveis.

98
Estrutura Conceitual
REAIS
R
RACIONAIS (Q) IRRACIONAIS
(R - Q)
Z
INTEIROS
NNATURAIS

99
9
0 01 Razão, proporção e
grandezas proporcionais

Competências Habilidades
3e4 10, 11, 12, 13,
14, 15, 16, 17 e
18
© Pinkyone/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Razão
A razão entre duas grandezas é o quociente entre elas. Assim, por exemplo, se numa festa compareceram
20 homens e 30 mulheres, dizemos que:

I. A razão entre o número de homens e o de mulheres na festa é:


n° Homens 
​ _________ ​  20  ​ = __
= ___
 ​  ​ 2 ​ (lê-se: 2 para 3)
n°Mulheres 30 3
Isso significa que para cada 2 homens existem 3 mulheres.

II. A razão entre o número de mulheres e o total de pessoas na festa é:


______________
​   
   30   ​ 
n° Mulheres  ​ =​ _______ ​ 30  ​ = __
= ___ ​ 3 ​ (lê-se: 3 para 5)
n°Total de Pessoas 20 + 30 50 5
Isso nos diz que para cada 5 pessoas na festa, 3 são mulheres.
As grandezas envolvidas em uma razão podem ser de espécies diferentes. Por exemplo, se, na festa citada,
as mulheres consumiram 120 salgadinhos e os homens consumiram 100, dizemos que:

III. A razão entre o número consumido pelos homens e o número de homens foi de:
5 salgados
________
​   ​ (lê-se: 5 salgados por homem)

homem
Isto significa que, em média, cada homem consumiu 5 salgados.

IV. A razão entre o número de salgados consumidos e o número de pessoas foi de:

___________ 4,4 salgados


(120 + 100) salgados __________
n° de salgados ________________
  
​   ​ 
= ​       ​ = ​  pessoa ​  (lê-se: 4,4 salgados por pessoa)

n° de pessoas (30 + 20) pessoas
Isto é, em média, cada pessoa consumiu 4,4 salgados.
Em geral, dados dois números reais a e b, com b ≠ 0, usamos ​ __a  ​ou a : b para indicar a razão entre a e b,
b
respectivamente.
Na razão (lê-se: a para b), o número a é chamado de antecedente e o número b, de consequente.

​ a  ​
Razão entre a e b = __
b

Proporção
Proporção é uma igualdade entre duas razões. Quando dizemos que os números reais a, b, c e d, não nulos,
formam, nessa ordem, uma proporção, significa que se tem a seguinte igualdade:

​ __a  ​ = __
​  c  ​ou a · d = c · b (lê-se: a está para b, assim como c está para d)
b d
Observe, na última igualdade acima, que os termos a e d ficaram nas extremidades (a e d são chamados de
extremos da proporção), já os termos b e c ficaram no meio (b e c são chamados de meios da proporção).

103
Propriedades da proporção I. Na primeira jarra:
poupa 3 ____________ poupa
​ _____ ​ = ​ __  ​ ä ​     ​  3   ​ ä
   ​ = _____
água 7 (poupa + água) 3 + 7
Se __​  a  ​ = ​ __c  ​, com a, b, c e d, reais não nulos, te-
b d 3  ​ · J e água = ___
__a c
__ ä poupa = ​ ___ ​  7  ​ · J
mos ​    ​ = ​    ​= k, em que k é chamado de constante de 10 10
b d
Note: poupa + água = J (volume da jarra)
proporcionalidade. Essa constante k é o número de ve-
II. Na segunda jarra:
zes que cada antecedente é maior que seu respectivo poupa __ poupa
consequente. Veja:
_____
​   ​ = ​ 3  ​ ä ____________
​     ​  3   ​ ä
   ​ = _____
água 5 (poupa + água) 3 + 5
​  a  ​ = __
__
b d { 
​  c  ​= k ä ​ a   
​ = k · b ​  
c = k · d​
​ poupa = __ ​ 3 ​ · J e água = __
8
​ 5 ​ · J
8
Sendo assim, temos as seguintes propriedades: III. Juntando-se as duas jarras, obteremos:
3  ​ · J + __
​ ___ ​ 3 ​ · J
P1: ​ __a  ​ = __
​  c  ​ ä ad = bc (propriedade fundamental) poupa __________
_____
​   ​ = ​  10 8    ​ ä
b d água ___ ​    ​ · J + ​ 5 ​ · J
7 __
“Numa proporção, o produto dos meios é igual 10 8
ao produto dos extremos”. 12J +  ​
​ ________ 15J   
ä ​  ________ 40   ​  27  ​= 27:53
= ___
 ​ 
Veja: 28J + 25J
______
​   ​   53

{ a · d = (kb) · d = kbd
​ ​       
   ​ ​ ä a · d = b · c
b · c = b · (kd) = kbd ​
40
Daí, a proporção ideal consiste em 27 partes de
poupa de fruta para 53 partes de água.
P2: ​ __a  ​ = __
​  c  ​ ä __
​  a  ​ = __
​  c  ​ = _____
​  a + c 
 ​  2. Um bar vende suco e refresco de tangerina. Am-
b d b d b+d
bos são fabricados diluindo em água um con-
Veja:
centrado dessa fruta. As proporções são de uma
a + c 
​ _____ ​ kb + kd ​ 
 ​ = ______   ä parte de concentrado para três de água, no caso
b+d b+d
k(b + d) do suco, e de uma parte de concentrado para seis
a + c 
ä ​ _____  ​ = _______
​  ä
 ​ 

b+d b+d de água, no caso do refresco. Faltando refresco e
a + c  sobrando suco, o chefe de cozinha do bar poderá
ä ​ _____  ​ = k = __ ​  a  ​ = __
​  c  ​
b+d b d transformar o suco em refresco. Mas, para isso, ele
deverá saber quantas partes de suco (x partes) ele
P3: ​ __a  ​ = __
​  c  ​ ä _____
​  a   ​ = ____
​  c   ​  deverá diluir em Y partes de água. A relação entre
b d a+b c+d
X poderá ser obtida através das proporções. Veja:
Veja: I. Para o suco:
a   ​ = ____
​ _____ ​  c   ​ ä _____
​  bk   ​  ​  dk   ​ 
= _____ concentrado
a+b c+d bk + b dk + d
ä ​ __________  ​    ​ 1 ​ 
= __
água 3
bk   ​  concentrado ​  1   ​ 
ä ​ _______ ​  dk   ​ 
= _______ (verdade). ä ________________
​     ​ = _____
  
b(k + 1) d(k + 1) (concentrado + água) 1 + 3

äConcentrado = ​ __ 1  ​do suco e


4
Teoria na prática 3
__
água = ​    ​do suco
4
1. Duas jarras idênticas contêm poupa de fruta e Note: concentrado + água = suco (todo)
água nas proporções: 3:7 na primeira e 3:5 na
II. Para o refresco, obtido a partir do suco:
segunda. Julgando o suco da primeira “muito
​  1 ​ x
__
fraco” e o da segunda “muito forte”, Dona Ben- ​  concentrado
__________  ​   = ​   ​ ä ​  4    ​ 
1
__ _____ ​  1 ​ 
= __
ta resolveu juntar os conteúdos das duas jarras água 6 y + __ 3
​   ​ x 6
4
numa vasilha maior, obtendo, a seu ver, um suco ä ​ __ 6  ​x = y + __
​ 3 ​ x ä __
​ 3 ​ x = y
na proporção ideal de poupa de fruta e água. 4 4 4
ä 3x = 4y ä _​ xy ​ = __ ​ 4 ​ 
Considerando J o volume de uma jarra, podemos 3
descobrir essa proporção ideal utilizando as pro- Observe que, ao adicionar x copos de suco, te-
priedades das proporções. Veja: remos __ ​ 1 ​ x de concentrado, e de água teremos os
3
3  ​x do suco mais y copos de água.
​ __
104 4
Assim, conhecendo a quantidade de copos de 5. Uma empresa fabricante de suco que envasava
suco disponíveis, o chefe saberá quantos copos o produto em frascos de vidro passou a fazer o
de água deverá acrescentar para obter o refres- envasamento em um novo vasilhame plástico
co. Por exemplo, se sobrarem 8 copos de suco 2  ​da capacidade do frasco anterior.
com ​ __
3
(x = 8), deverão ser adicionados 6 copos de água A lanchonete revendedora enche de suco um
​ 8 ​ = __
(y = 6), pois __ ​ 4 ​ . copo com capacidade de __ ​ 1 ​ do frasco de vidro.
6 3 5
A quantidade de copos de suco (inteiro + fração)
3. Um carpinteiro fabrica portas retangulares maci-
que a lanchonete obtém com um frasco do novo
ças, feitas de um mesmo material. Por ter recebi-
vasilhame é igual a:
do de seus clientes pedidos de portas mais altas, a) 1 copo e 2/3
1 ​ , preservando suas es-
aumentou sua altura em ​ __
8 b) 2 copos e 1/3
pessuras. A fim de manter o custo com o material c) 2 copos e 2/3
de cada porta, precisou reduzir a largura. d) 3 copos e 1/3
Qual a razão entre a largura da nova porta e a e) 3 copos e 2/3
largura da porta anterior?
Resolução:
Resolução:
Volume do frasco de vidro: v
Sejam x, y e z, respectivamente, a altura, a espes-
Volume do frasco de plástico: ​ __ 2v ​ 
sura e a largura da porta original. Logo, segue 3
que o volume da porta original é igual a x · y · z v
__
Volume do copo: ​    ​
5
Aumentando-se em __ ​ 1 ​ a altura da porta e preser-
8 ​ 2v ​ 
__
Número de copos:​ ___ 3 __ 2v __ 5 ___ 10
vando sua espessura, deve-se ter, a fim de man- v​    ​  ​ = ​  3 ​ ∙ ​  v ​ = ​  3 ​ 
__
ter o custo com o material, __ ​ 9x ​ ∙ y · z1 = x ∙ y ∙ z 5
8 1  ​
8z
__ Ou seja, 3 copos e ​ __
⇔ z1 = ​   ​ com sendo a largura da nova porta. 3
9
z1 __ 8
Portanto, a razão pedida é ​ __ z ​ = ​ 9 ​ 
Alternativa D

6. As dimensões de um paralelepípedo retângulo


4. Por um terminal de ônibus passam dez linhas di-
são proporcionais aos números 1, 2 e 3 e sua
ferentes. A mais movimentada delas é a linha 1:
quatro em cada sete usuários do terminal viajam área total é igual a 198 cm2. Sobre esse parale-
nessa linha. Cada uma das demais linhas trans- lepípedo, assinale o que for correto.
porta cerca de 1.300 usuários do terminal por dia. a) Seu volume vale 162 cm3.
Considerando que cada passageiro utiliza uma b) As suas dimensões formam uma progressão
única linha, a linha 1 transporta, por dia, cerca de aritmética.
a) 5.200 usuários do terminal. c) A soma das medidas de todas as suas ares-
b) 9.100 usuários do terminal. tas é 72 cm.
c) 13.000 usuários do terminal. d) Sua diagonal é maior que 11 cm.
d) 15.600 usuários do terminal.
e) 18.200 usuários do terminal. Resolução:
Resolução: Sejam a, b e c as dimensões do paralelepípedo
retângulo. Tem-se que:

{ 
Seja T o total de usuários do terminal. Sabendo
   a=k
que 9 linhas transportam 1.300 usuários por dia, __ ​  b  ​ = __
​  a  ​ = __ ​  c  ​= k ⇔ ​ b  
​  = 2k   

4  ​dos usuários do terminal utilizam a linha 1 2 3
e que ​ __ c = 3k
7 3  ​com k sendo um número real positivo.
1, tem-se __
​   ​ ∙ T = 9 ∙ 1300 ⇒ T = 3 ∙ 7 ∙ 1300
7 ​
Dado que a área total é igual a 198 cm2, vem:
Portanto, o resultado pedido é ​ __ 4  ​ ∙ 3 ∙ 7 ·
4 ​  ∙ T = ​ __
7 7 2(ab + ac + bc) = 198 ⇔ k ∙ 2k + k ∙ 3k + 2k ∙
1300 ⇒ T = 15.600
3k = 99 ⇔ k2 = 9 ⇒ k = 3
Alternativa D
105
Por conseguinte, encontramos a = 3 cm, b = 6 cm Teoria na prática
e c = 9 cm
a) Correto. O volume do paralelepípedo vale
1. Se (a, b, 20) e ​3, ​ __
3 (  )
2  ​, 5  ​são proporcionais,
determine o coeficiente de proporcionalidade e
a · b · c = 3 · 6 · 9 = 162 cm3 os valores de a e b.

b) Correto. As dimensões formam uma progres- ​ __a  ​ = __ ​ 20 ​ ä __


​  b  ​ = ___ ​  a  ​ = ___
​ 3b ​ = 4
3 ​ __ 2 ​  5 3 2
são aritmética com primeiro termo igual a 3 e 3
razão igual a 3. Coeficiente de proporcionalidade:
c) Correto. A soma das medidas de todas ares-
tas é igual a
4(a + b + c) = 4(3 + 6 + 9) = 72 cm
d) Correto. A diagonal do paralelepípedo mede
_________ __________
2. Os irmãos João Victor, Gabriela e Matheus têm 16
____
d = ​√a + b + c
2 2 2
=​√32 + 62 + 92 ​ 
 ​   = ​√126 ​ cm anos, 14 anos e 10 anos, respectivamente. Se o
____ ____ pai deles distribuir R$ 240,00 reais entre eles, em
Portanto, temos ​√126 ​ cm > ​√121 ​ cm = 11 cm.
partes diretamente proporcionais às idades, quan-
to receberá cada um?
Grandezas diretamente e Sendo k a constante de proporcionalidade, a
parte de cada um será k vezes a respectiva idade,
inversamente proporcionais ou seja, as partes serão 16 k (João Victor), 14 k
(Gabriela) e 10 k (Matheus).
Considere as seguintes sequências numéricas:
1ª sequência: (2, 6, 4, 10)
2ª sequência: (6, 18, 12, 30)
Nessas sequências, observe que elas crescem ou
decrescem na mesma razão inversa, isto é, se um dado
João Victor, Gabriela e Matheus receberam,
elemento de uma delas triplica, por exemplo, o corres-
pondente desse elemento na outra sequência também respectivamente, R$ 96,00, R$84,00 e R$60,00
triplica. Em outras palavras, os elementos correspon- Observação: o mais velho recebe mais pois as
dentes nas duas sequências estão na mesma razão. partes são diretamente proporcionais às idades.
Quanto mais velho, mais recebe.

Números inversamente
proporcionais
Em geral, dizemos que os números da sucessão
numérica (a1, a2, a3,..., an) são diretamente proporcio- Considere as seguintes sequências numéricas:
nais (ou simplesmente proporcionais) aos números da
sucessão (b1, b2, b3, ..., bn) quando as razões entre seus
​ 1 ​ ; ​ __
1ª sequência: ​__
2 6 4 10 ( 
1  ​; ​ __
1  ​; ​ ___
)
1  ​  ​formada pelos

respectivos correspondentes forem iguais, ou seja: respectivos inversos de (2, 6, 4, 10).


2ª sequência: (6, 18, 12, 30)
Nessas sequências, observe que elas crescem ou
decrescem na razão inversa, isto é, se dado elemento de
uma delas triplica, por exemplo, o correspondente deste
elemento na outra sequência reduz-se a sua terça parte.
Esta razão constante k é chamada de fator de Note que os inversos dos números da 1ª sequ-
proporcionalidade e indica quantas vezes cada antece- ência são diretamente proporcionais aos números da
dente é maior que o respectivo consequente. 2ª sequência.

106
Inversos da 1ª sequência (2, 6, 4, 10) Teoria na prática
Em geral, dizemos que os números da sequência 1. Se (a, 8, b) e (3, c, 5) são inversamente propor-
(a1, a2, a3, ..., an) são inversamente proporcionais aos cionais e têm coeficiente de proporcionalidade
números da sequência (b1, b2, b3, ..., bn) quando os nú- igual a 120, calcule a, b e c.
meros de uma delas forem, respectivamente, diretamen- Os produtos dos respectivos elementos devem
ser iguais ao coeficiente de proporcionalidade.
te proporcionais aos inversos da outra, ou seja:

a a2 __ a a Daí:
__
​  1  ​ = __
​    ​ = ​  3  ​= ... = __
​  n  ​= k
​  1  ​  __
__ ​  1  ​  __
​  1  ​  ​  1  ​ 
__
b1 b2 b3 bn

Ou de outra forma:

a1b1 = a2b2 = a3b3 = ... = anbn = k 2. Os funcionários de uma fábrica, Lucas, Raquel e
Elias, no mês de maio, faltaram ao serviço 8 dias,
Aqui, a constante k também é chamada de fator
5 dias e 2 dias, respectivamente. Se o diretor fi-
ou coeficiente de proporcionalidade e indica o produto
nanceiro dessa fábrica dividir R$ 396,00 entre os
entre os respectivos elementos das sequências inversa- citados funcionários, em partes inversamente pro-
mente proporcionais. porcionais às faltas, quanto receberá cada um?
Em resumo, considerando as sequências (a1, a2, As partes procuradas devem ser diretamente
..., an) e (b1, b2, ..., bn), temos: proporcionais aos inversos dos números de falta
Se elas são diretamente proporcionais, as razões
entre os respectivos elementos são iguais:
( ​ 1 ​ , __
​ __
8 5 )
​ 1 ​  e ​ __
1  ​  ​, respectivamente. Sendo k a
2
constante de proporcionalidade, as par-
tes são, então, __ ​  1  ​· k
1  ​· k (Lucas), __
​ 
8 5
1
__
(Raquel) e ​   ​ · k (Elias).
2
Daí:

Se elas são inversamente proporcionais, os pro-


dutos entre os respectivos elementos são iguais:

Lucas, Raquel e Elias receberão R$ 60,00,


R$ 96,00 e R$ 240,00, respectivamente.

Observação: quem faltou mais recebe menos,


pois as partes são inversamente proporcionais.
Quanto mais falta, menos recebe.

107
2. Rafaela, Augusto e Moacir têm 14,12 e 9 anos e
Sequências proporcionais tiraram notas iguais a 7, 9 e 6, respectivamente,
na prova de Português. Se o pai deles repartir
a várias outras 92 reais em partes inversamente proporcionais
às idades e diretamente proporcionais às notas
Se os números de uma sequência são proporcio-
entre eles, quanto irá receber cada um?
nais aos respectivos números de várias outras sequên-
Sendo k o coeficiente de proporcionalidade, as
cias, eles são números proporcionais.
partes devem ser:
Teoria na prática ​ k  ​
1  ​ · 7 · k = __
§§ Rafaela = ​ ___
14 2
1. Usando a constante de proporcionalidade k, re-
presente quantidades:
1
§§ Augusto = ​ ___  ​ · 9 · k = __ ​ 3k ​ 
12 4
a. Diretamente proporcionais a 2, 5 e ​ __ 3  ​ 1 2k
8 §§ Moacir = ​ __  ​· 6 · k = __
​   ​ 
9 3
Se a 1º quantidade é k vezes maior que o 1º
número (2), a 2º e a 3º quantidades devem Daí,
ser também k vezes 5 e k vezes __​ 3 ​ , respecti-
8 __ ​ 3k ​ + __
​  k  ​ + __ ​ 2k ​ = 92 ä
vamente. Daí: 2 4 3

1ª quantidade = 2 · k ä 6k + 9k + 8k = 92 · 12
2ª quantidade = 5 · k
3  ​ k ​ 92 · 12
⇒ k = ______  ​  ä k = 48
3ª quantidade = ​ __ 23
8
Assim,
b. Inversamente proporcionais a __ ​ 1 ​ , __
​ 1 ​ e 21
3 6
As quantidades devem ser diretamente pro- 48 ​
​ __k  ​ = ___
​  3k ​  = ​  3 _____
  = 24; __
​  · 48
 ​
   = 36 e
1  ​ (inversos dos números 2 2 4 4
porcionais a 3, 6 e ​ __
21
dados), respectivamente. ​  2 · 48
​  2k ​ = _____
__  ​  = 32
3 3
Daí:
1ª quantidade = 3 · k Rafaela deve receber 24 reais; Augusto, 36 reais
e Moacir, 32 reais.
2ª quantidade = 6 · k

​  1  ​ · k
3ª quantidade = ___
Grandezas diretamente
21

c. Diretamente proporcionais a 2, ​ __ 3  ​e 9 inversa-

​ 3 ​ , 6 e __
mente proporcionais a __
5
​ 1 ​ .
proporcionais
2 8
As quantidades devem ser diretamente Observe na tabela seguinte as quantidades (Q)

(  ) ( 
de picolés comprados a R$ 3,00 reais cada um e os
3  ​, 9  ​e ​ __
proporcionais a ​ 2, ​ __
5
​  2 ​ , ​ __
36 )
1  ​e 8  ​, os inversos
respectivos valores pagos:
( 
​ __
2 8 )
​ 3 ​ , 6, __
​ 1 ​   .​
Valor(V) 3 6 15 24 18 36
Assim, as quantidades serão proporcionais
Quantidade (Q) 1 2 5 8 6 12
aos produtos 2 · __ ​ 3 ​ · __
​ 2 ​ ; __ ​  1 ​ e 9 · 8
3 5 6
Daí: Note que as razões obtidas entre os respectivos
elementos das sequências de valores (V) e de quantida-
1ª quantidade = 2 · ​ __ 2  ​· k = __ ​ 4 ​ k
3 3 de (Q) são iguais.
3 ​  1 ​ · k = ___
2ª quantidade = ​ __  ​ · __ ​  k  ​ 
5 6 10 ​ 3 ​ = __
V  ​ = __
​ __ ​ 6 ​ = ___
​  15 ​ = ... ___
​ 36  ​ ä __
​  V  ​= 3
Q 1 2 5 21 Q
3ª quantidade = 9 · 8 · k = 72 k

108
Em geral, dizemos que duas grandezas, A e B,
são diretamente proporcionais quando uma aumenta Grandezas
e outra também aumenta na mesma proporção, isto é,
quando as razões obtidas entre os valores assumidos inversamente proporcionais
por uma das grandezas e os respectivos valores assumi-
Matheus quer dividir todos os seus 60 bombons
dos pela outra forem iguais.
entre seus amigos em parte iguais. Observe na tabe-
Em símbolos:
la seguinte os possíveis números de amigos (A) e as
A ​  = k,
A∝B à ​ __
B respectivas quantidades (B) de bombons recebidos por
cada amigo.
em que k é a constante de proporcionalidade.
Número de
2 3 4 5 6 10 30
amigos (A)
Teoria na prática Bombons
1. As grandezas X e Y são diretamente proporcio- 30 20 15 12 10 6 2
recebidos (B)
nais.
Quando X vale 28, tem-se Y valendo 12. Assim, se Note que os produtos obtidos entre os respec-
Y = 15, quanto vale X? tivos elementos das sequências “números de amigos”
Devemos ter ​ __ X ​  = k, onde k é a constante. Daí: (A) e “número de bombons recebidos” (B) são iguais:
Y
X
I. ​ __ ​  = k ä ___ ​  28 ​ = k ä = __ ​ 7 ​  A · B = 2 · 30 = 3 · 20 = ... = 30 · 2 ä A · B = 60
Y 12 3
X ​  = __
II. ​ __ ​ 7 ​ ä ___​  X  ​ = __
​ 7 ​ ä X = 35 Em geral, dizemos que duas grandezas, A e B,
Y 3 15 3
são inversamente proporcionais quando uma aumenta
2. Um trabalhador limpará dois terrenos circulares e a outra diminui na razão inversa, isto é, quando os
cujos raios medem 5 e 15 metros. Se, para lim- produtos obtidos multiplicando-se cada valor assumido
par o primeiro terreno, esse trabalhador gastou
por uma das grandezas pelo respectivo valor assumido
3 horas, considerando os dois terrenos com igual
pela outra forem iguais.
dificuldade de limpeza, ele poderá estimar quan-
Em símbolos:
to tempo levará para limpar o segundo terreno?
As grandezas "quantidade de horas" (T) e 1  ​ à A · B = K
A a ​ ____
“área a limpar” (A) são diretamente propor- B
cionais (note: “quanto maior a área, mais tem-
T  ​= k em onde k é a constante de proporcionalidade.
po se gasta para limpá-la”). Daí, ​ __
A
que k é a constante de proporcionalidade e
A = p (raio)2. Teoria na prática
1. Duas grandezas V e W são inversamente pro-
Assim, devemos ter, considerando os dois terre- porcionais. Quando V vale 18, tem-se W valendo
nos: ​ __ ​  3   
T  ​ = _____ ​  x   
 ​ = ______  ​= k (constante) em 24 ​ , quanto vale V?
20. Assim, se W vale ​ ___
A p · 52 p · 152 7
que x é o tempo, em horas, gasto na limpeza do Devemos ter V · W = k, onde k, é a constante.
Daí:
segundo terreno.
I. V · W = k ä 18 · 20 = k ä k = 360
3 · 15
Daí x = ​ _____
 ​ 

2
= 27 II. V · W = 360 ä V · ​  24 ​
___  = 360 ä
52 7
360 · ​7 
ä V = ​ ______  ä V = 105
24

109
2. Se 20 operários, todos com a mesma capacida-
Teoria na prática
de de trabalho, realizam determinado serviço 1. Três grandezas X, Y e Z são tais que X é
em 15 dias, podemos deduzir em quantos dias diretamente proporcional a Y e inversamente
24 desses operários farão serviço idêntico. Para proporcional a Z. Quando X vale ​ __ 2  ​, tem-se Y
3
isso, note que as grandezas “nº de operários”
valendo __ ​  3 ​  e Z valendo __
​ 9  ​. Assim, se Y vale __​  7 ​  e z
(H) e "nº dias" (D) são inversamente proporcio- 5 5 8
1  ​ ​, qual o valor de X?
vale ​ __
nais (note: “quanto mais homens trabalhando, 4
menos tempo eles gastam”). Daí, H · D = k, em
​ X ·  ​
Devemos ter ____ Z 
 = K onde k é a constante. Daí:
que k é a constante. Y
2  ​ · ​ __
​ __ 9  ​
Assim, para os dois serviços, deveremos ter: X·Z
____ ____3 5  6  ​ · ​ __
5  ​= K ä K = 2
I. ​   ​   = K ä ​   ​  = K ä ​ __
Y __3 5 3
H · D= 20 · 15 = 24 · x = k (constante), onde x ​   ​ 
5
é número de dias para realizar o outro serviço. 1  ​
X · ​ __
X·Z
____ 4  X ​  = __
20 · 15
Logo, x = ​ ______
 ​ 
 = 12,5. II. ​   ​  ____
 = 2 ä ​   ​  = 2 ä ​ __ ​  7 ​ ä X = 7
24 Y __7 4 4
​   ​ 
8
2. Para construir uma barragem de 22 metros de
Grandezas proporcionais a comprimento por 0,9 metro de largura, 20 operá-
rios gastam 11 dias, trabalhando 8 horas por dia.
duas ou mais outras grandezas Em quanto tempo 8 operários, trabalhando 6 horas
por dia, construirão uma barragem de 18 metros de
Se uma grandeza A é proporcional às grandezas
comprimento, 0,3 metro de largura e com o dobro
B e C, então A é proporcional ao produto B · C, isto é:
da altura da primeira, se a capacidade de trabalho
A   ​ = k em que k é a constante do 2º grupo é o dobro da do 1o grupo?
​ ____
B·C Tomando a grandeza "nº de dias" (D) como
referência (a grandeza cujo valor se quer des-
Essa propriedade se estende para mais de duas
cobrir), são diretamente proporcionais a ela:
outras grandezas. Por exemplo:
comprimento (C), largura (L), altura (A) (note:
a. A grandeza X é proporcional às grandezas Y, Z e
quanto maior é o C, L ou A, maior é o D). Já as
W. Então:
grandezas "nº de operário" (P), "horas por dia
X   ​ 
​ _______ = constante de trabalho" (H) e "capacidade" (E) são inversa-
Y·Z·W mente proporcionais a D (note: quanto maior é o
b. A grandeza M é diretamente proporcional às P, H ou E, menor é o D). Considerando a primei-
grandezas A e B e inversamente proporcional à ra barragem de altura 1, a segunda terá altura
grandeza C. Então: 2,e considerando a capacidade de trabalho do
1º grupo 1, a do 2º grupo será 2. Daí:
M · C ​ = constante
​ _____
A·B D · P · H · ​
E 
​ _________  = K, onde k é a constante.
C·L·A
c. A grandeza X é inversamente proporcional às
11 · 20 · 8 · 1
grandezas P, Q, R e diretamente proporcional à I. ​ ___________
22 · 0,9 · 1
  
 ​ ​ 80  ​ ä K = ___
= K ä K = ___ ​ 800 ​
  
0,9 9
grandeza S. Então:
D ·P · H · E ___
II. ​ ________
C·L·A
= ​  800 ​  ä ​  D
 ​ 
  · 8 · 6 · 2 ​ 
_________ 800 ​  ä
= ​ ___
9 18 · 0,3 · 2 9
X·P·Q·R
_________
​   ​  = constante
  800 · 3 · 0,3
S D = ​ __________
 ​  ä D = 10

9·8
Observações: os valores de uma mesma gran-
deza devem estar numa mesma unidade.

110
Regra de três simples e
regra de três composta
Existe uma regra prática que nos permite relacio- Após serem recortadas, as duas figuras são pe-
nar dois valores de uma grandeza A com dois valores, sadas em uma balança de alta precisão, que indica uma
de outras grandezas proporcionais à grandeza A. massa de 1,44 g para o quadrado da cartolina. Desse
Essa regra pode ser resumida assim: modo, usando grandezas proporcionais, os botânicos
podem determinar a área das folhas. Supondo que o
§§ 1º passo: montamos uma tabela colocando em
botânico obteve a massa da figura da folha igual a 3,24
cada coluna, ordenadamente, os valores de cada
g, ele poderia usar a seguinte regra de três:
grandeza.
§§ 2º passo: escolhemos uma grandeza para servir Área (cm2) Massa (g)
de referência, de preferência a que se quer saber 100 1,44
x 3,24
o valor.
§§ 3º passo: à grandeza de referência, associamos 1,44
​  100
Daí, ___ ____
x ​  = ​  3,24  ​ é 1,44x = 324 ä x = 225
uma seta com sentido para baixo (é só uma con-
Logo, a área da folha é 255 cm2.
venção, poderia ser para cima).
§§ 4º passo: comparamos essa grandeza de referên- 2. As grandezas X e Y são diretamente proporcio-
cia a cada uma das outras, isoladamente, identi- nais. Quando X vale 28, tem-se Y valendo 12.
ficando se há proporcionalidade direta (setas no Assim se Y vale 15, quando vale X?
mesmo sentido) ou inversa (setas invertidas). Usando regra de três, temos:
§§ 5º passo: colocamos a razão da grandeza de re-
Grandeza X Grandeza Y
ferência isolada no 1º membro e, no 2º membro,
28 12
colocamos a outra razão ou o produto das outras a 15
grandezas, caso tenha mais de uma outra, lem-
​  28
Daí, ___ 12
___ 15 · 28 ä a = 35
______
a ​ = ​ 15 ​ ä a = ​  12 ​ 
brando que se houver proporcionalidade em re-
lação à grandeza de referência, devemos inverter
3. Duas grandezas V e W são inversamente pro-
os elementos da respectiva coluna e escrever a porcionais. Quando V vale 18, tem-se W valendo
razão inversa no membro da igualdade formada. 24 ​ , quanto vale V?
20. Assim, se W vale ​ ___
Se o problema envolve apenas duas grandezas 7
Usando regra de três, temos:
proporcionais, temos uma regra de três simples. Caso
o problema envolva mais de duas grandezas proporcio- Grandeza V Grandeza W

nais, trata-se de uma regra de três composta. 18 20


x 24 ​ 
​ ___
7
Teoria na prática
1. Para analisar a transpiração das plantas, os bo- Observe que a grandeza W é inversamente pro-
tânicos precisam conhecer a área das suas fo- porcional à V, logo, invertemos a razão no cálculo.
lhas. Essa área pode ser obtida pelo seguinte
​ 24 ​ 
___
18
___ ___ ​ 18
Daí, ​  x ​ = ​  7  ​ ä ___ 24 ___
___ 1 18 · 7 · 5 ä
_______
x ​ = ​  7 ​ · ​ 20  ​ ä x = ​  6 ​ 
processo: coloca-se a folha da planta sobre uma
20
cartolina e traça-se o seu contorno. Na mesma
cartolina, desenha-se um quadrado com 10 cm ä x = 105
de lado, como mostram as figuras a seguir:

111
4. Vinte operários, todos com a mesma capacidade de trabalho, realizam determinado serviço em 15 dias.
Usando regra de três, também podemos deduzir em quantos dias 24 desses operários farão serviço idêntico.
Veja:
nº de operários Dias
20 15
24 x
(Note: quanto mais operários trabalham, menos dias são gastos.)

​ 15
Daí, ___ 24
___ 15 · 5 ä x = 12,5
_____
x ​ = ​ 20  ​ ä x = ​  6 ​ 
Logo, eles farão o serviço em 12,5 dias.

5. Três grandezas X, Y e Z são tais que X é diretamente proporcional a Y e inversamente proporcional a Z.


Quando X vale ​ __ ​ 3 ​ e Z valendo __
2  ​, tem-se Y valendo __ ​ 9 ​ . Assim, se Y vale __
​ 7 ​ e Z vale __
​ 1 ​ , qual o valor de x?
3 5 5 8 4
Usando regra de três, temos:

Grandeza X Grandeza Y Grandeza Z

​ 2 ​ 
__ ​ 3 ​ 
__ ​ __9  ​
3 5 5
a ​  7 ​ 
__ ​ 1 ​ 
__
8 4

​ 2 ​  __
__ ​  3 ​  __
​ 1 ​ 
__3 __ 5 __ ​  3 ​ · __
​  2  ​ = __
Daí , ​ a ​ = ​   ​  · ​  4  ​  ä __ ​ 8 ​ · __ ​  5 ​ ä __
​  1 ​ · __ ​ 6 ​ · 7 ä a = 7
​  2  ​ = __
__ 7 __9
​   ​  ​   ​  3a 5 7 4 9 3a 9
8 5
6. Para construir uma barragem de 22 metros de comprimento por 0,9 metros de largura, 20 operários gastam
11 dias, trabalhando 8 horas por dia. Em quanto tempo 8 operários, trabalhando 6 horas por dia, construirão
uma barragem de 18 metros de comprimento, 0,3 metro de largura e com o dobro da altura da primeira, se
a capacidade de trabalho do 2º grupo é o dobro da do 1º grupo. Veja:

Comprimento Largura Operários Dias Horas por dia Altura Capacidade


22 0,9 20 11 8 1 1
18 0,3 08 x 6 2 2

0,9 ___ 8 __ 6 __
​ 11
Daí, ___ 22 ___
___ 1 __ 2
x ​ = ​ 18 ​ · ​ 0,3  ​ · ​ 20  ​ · ​ 8 ​ · ​ 2 ​ · ​ 1 ​ 
Resolvendo a proporção, obtemos x = 10. Logo, eles construirão em 10 dias.

7. Três irmãs – Jasmim, Flora e Gardênia – reservaram para as compras de Natal as quantias de 600 reais, 360
reais e 120 dólares, respectivamente. Antes de sair às compras, as três fizeram o seguinte acordo: o total
de reais reservados por Jasmim e Flora seria igualmente dividido entre as três, enquanto que, os dólares re-
servados por Gardênia seriam totalmente repassados a Jasmim e Flora em partes proporcionais às quantias
que cada uma delas tinha inicialmente.
Considerando que o acordo foi cumprido, quantos dólares Jasmim recebeu a mais que Flora?
Resolução:

Equacionando as informações dadas no enunciado, tem-se:


Jasmin ​ 
​ _____ Flora ​ ä ​ ___________
 = ​ ____ Jasmin +  ​
   Flora   ​  120  ​ = __
= ___ ​ Jasmin ​ 
​ 1 ​ ä ___________ 1  ​ ä Jasmin = 75 dólares
 = ​ __
600 360 960 960 8 600 8
Flora ​ = ​ __
​ ____ 1  ​ ä Flora = 45 dólares
360 8
Jasmin recebeu (75 – 45), isto é, 30 dólares a mais que Flora.

112
8. Já que em determinadas situações, e também Resolução:
para algumas pessoas, “Tempo é dinheiro”, uma
O enunciado descreve uma função y . x = k,
ação na Bolsa de Valores apresentou a seguinte
sendo k uma constante. Ou seja: y = ​ _kx ​ , o que
evolução: nos primeiros 30 minutos do pregão,
confere com a informação do enunciado de que
o preço de compra da ação, passou de R$ 12,00
para R$ 12,75. Um investidor comprou 1000 x e y são inversamente proporcionais. Ainda de
dessas ações ao preço de R$ 12,00 no início acordo com o informado, quando y = 6, x é igual
do pregão e vendeu todas elas após 18 minu- a 25, logo:
tos. Supondo que a variação desse preço tenha y = _​ kx ​ ⇒ 6 = ___
​  k  ​ ⇒ k = 150
25
ocorrido igualmente distribuída nos 30 minutos
​ 150
Portanto, a função descrita será: y = ___x  ​.  Logo,
iniciais do pregão, o lucro bruto alcançado por
quando x = 15, y terá valor igual a 10.
esse investidor, em 18 minutos, foi de:
a) R$ 450,00 Alternativa B
b) R$ 325,00
c) R$ 750,00
d) R$ 900,00
e) R$ 250,00

Resolução:

Se as ações aumentaram de R$ 12,00 para


R$ 12,75 em 30 minutos, então pode-se dizer
que a variação foi de 0,75 em 30 minutos. As-
sim, pode-se escrever:
0,75 —— 30min
x —— 18 min
x = 0,45

Ou seja, aos 18 minutos, as ações compradas


por R$ 12,00 já valiam R$ 12,45 cada uma.
Se o investimento inicial foi de R$ 12.000,00
(1000 x R$ 12,00) e após 18 minutos elas foram
todas vendidas por um total de R$ 12.450,00
(1000 x R$12,45) o lucro bruto foi de R$ 450,00.

Alternativa A

9. Duas grandezas positivas x e y são inversamen-


te proporcionais se existir uma correspondência
bijetiva entre os valores de x e os valores de y
e um número constante positivo k tal que, se o
valor y for o correspondente do valor x então y ·
x = k. Nessas condições, se o valor y = 6 é cor-
respondente ao valor x = 25, então o valor y que
corresponde ao valor x = 15 é:
a) 8
b) 10
c) 12
d) 14

113
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Proporcionalidade e Funções Afins - Elon - 2001


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Expoentes, radicais e notação científica

pt.khanacademy.org/math/algebra2/rational-expressions-equations-and-functions/direct-
and-inverse-variation/v/direct-and-inverse-variation

114
APLICAÇÃO
APLICAÇÃONO
NOCOTIDIANO
COTIDIANO

No seu futuro cotidiano como estudante de medicina, aluno Hexag, você terá que lidar com dosagens de
medicamentos para seus pacientes. Veja um exemplo prático na seguinte questão:
1. A heparina é um medicamento de ação anticoagulante prescrito em diversas patologias. De acordo com a
indicação médica, um paciente de 72 kg deverá receber 100 unidades de heparina por quilograma por hora
(via intravenosa).
No rótulo da solução de heparina a ser ministrada consta a informação 10.000 unidades/50 mL.
a) Calcule a quantidade de heparina, em mL, que esse paciente deverá receber por hora.
b) Sabendo que 20 gotas equivalem a 1 mL, esse paciente deverá receber 1 gota a cada x segundos. Calcule x.
Resolução:
a) O paciente deverá receber 7.200 unidades de heparina em uma hora. Sabendo que existem 10.000
unidades de heparina a cada 50 mL da solução, pode-se escrever:
7200 · 50
​ ________ ​ 
= 36 mL

10000
Esse paciente deverá receber 36 mL de heparina por hora.
b) Transformando mililitros em gotas, pode-se escrever:
36∙20 = 720 gotas
Sabendo que uma hora corresponde a 3.600 segundos, pode-se escrever:
1 gota
​  720  ​ = _________
____ ​    ​ 
3600 5 segundos
Ou seja, esse paciente deverá receber uma gota a cada 5 segundos.

INTERDISCIPLINARIDADE

Devido ao caráter interdisciplinar de razão, proporção e grandezas proporcionais, torna este assunto com
altíssimo grau de incidência nos vestibulares. Proporcionalidade está intimamente ligada com estequiometria na
disciplina de Química, como na variação de grandezas no estudo do comportamento dos gases, na disciplina de
física, e também com a mudança de escalas da cartografia, na disciplina de geografia.

115
Estrutura Conceitual
RAZÃO
RAZÃO É O QUOCIENTE ENTRE DUAS GRANDEZAS

EX.: O ARTILHEIRO FEZ 45 GOLS EM 9 JOGOS


HÁ UMA RAZÃO DE 5 GOLS POR JOGO

A
RAZÃO ENTRE A E B: B

PROPORÇÃO
IGUALDADE ENTRE DUAS RAZÕES

( )
a1 a Quando uma grandeza aumenta
PROPORÇÃO DIRETA: = 2 = K a outra também aumenta
b1 b2

( )
a1 a2 Quando uma
PROPORÇÃO INVERSA: = = K grandeza aumenta
1 1
a outra diminui
b1 b2

116
Abordagem de GEOMETRIA PLANA nos principais vestibulares.

FUVEST
Vestibular com tradição de elevado grau de exigência em geometria plana, com exercícios de alto grau
de abstração, exigindo do candidato que este desenhe a figura a partir de instruções, ou fornecendo
figuras para resolução de problemas.

LD
ADE DE ME
D
UNESP
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U A Vunesp, com questões claras e diretas, busca o conhecimento básico do candidato tanto em
resoluções de situações-problema que envolvam espaço e localização do mundo físico, como
questões abstratas que exigem a inciativa do aluno para o desenho da figura.

UNICAMP
A Comvest busca selecionar o aluno com exercícios aplicados em situações-problema do cotidiano.
Como introdução, a geometria plana é um assunto básico, que serve para matérias a serem estu-
dadas mais adiante.

UNIFESP
A geometria plana no ENEM geralmente é aplicada em representações da realidade, com exercí-
cios que buscam do aluno uma solução de um problema do cotidiano.

ENEM/UFMG/UFRJ
Trigonometria no triângulo retângulo, razão, proporção e grandezas proporcionais são conteúdos
com altíssimo índice de incidência no exame do ENEM, sempre aplicados em situações do coti-
diano, como em variações de grandezas de medidas para compreensão da realidade.

UERJ
Trigonometria no triângulo retângulo é cobrada em questões de geometria plana; e razões e
proporções são cobradas em problemas do cotidiano, com figuras, tabelas e gráficos.
1
0 20 Introdução à geometria
plana

Competência Habilidades
2 6, 7, 8 e 9
© Sascha Corti/Shutte

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Postulados e teoremas
Conceitos primitivos
Conceitos primitivos, entes primitivos ou entes geométricos são as figuras ponto, reta e plano. Eles não
possuem definição. Suas representações são dadas por:

Geralmente, denotamos esses entes geométricos da seguinte maneira:


§§ Ponto: representamos com letras latinas maiúsculas: A, B, C, P,...
§§ Reta: representamos com letras latinas minúsculas: a, b, c, r, t,...
§§ Plano: representamos com letras gregas minúsculas: a, b, g, p,...
Dentro da Geometria, também existem postulados (ou axiomas). Também são verdades matemáticas aceitas
sem demonstração:

§§ Posição relativa entre um ponto e uma reta §§ Dois pontos distintos determinam uma
única reta que os contém. Sejam os pon-
tos A e B, a reta determinada por eles é
‹___›
escrita como ​AB 
    ​.

Na figura, temos que o ponto P pertence à reta r, en-


quanto que o ponto Q não pertence à reta r, ou seja,
P [ r e Q Ó r.
§§ Três pontos distintos não colineares de-
§§ Em uma reta, há infinitos pontos, assim
terminam um único plano que os contém.
como em um plano.
§§ Por um ponto P, passam infinitas retas.

121
Algumas definições importantes Segmentos de reta e definições
Pontos colineares Segmento de reta
Dois pontos são colineares caso ambos estejam ‹___› 
Dada uma reta ​AB ​
   ,  o segmento de reta AB​
​  é a
contidos na mesma reta. parte limitada entre os pontos A e B.

No caso da figura, os pontos A, B e C são coline-


ares, pois A [ r, B [ r e C [ r. Semirreta
Pontos coplanares Uma semirreta é uma das partes de uma reta
limitada por um único ponto P.

Um conjunto de pontos é dito coplanar caso


pertença ao mesmo plano.

Figuras geométricas Segmentos de reta consecutivos


São conjuntos não vazios de pontos. Dois segmentos de reta serão consecutivos se
houver uma extremidade P em comum.

Segmentos de reta colineares


Dois segmentos de reta serão colineares se esti-
verem contidos na mesma reta.

122
Segmentos de reta adjacentes
Dois segmentos de reta serão adjacentes se fo-
rem consecutivos, colineares e apresentarem apenas
um ponto em comum.

Unidades de medida de ângulos


§§ Grau: se, ao dividirmos uma circunferência de
centro O em 360 partes iguais, e, a partir dela,
Segmentos de reta congruentes formarmos um ângulo com origem em O e lados
  que passam por duas divisões subsequentes, te-
Dois segmentos de reta AB​ ​   serão con-
​   e CD​
remos um ângulo com medida de um grau (1°).
gruentes quando possuírem o mesmo comprimento,
Os submúltiplos mais usuais do grau são o mi-
na mesma unidade de medida. nuto e o segundo, definidos da seguinte forma:

​ 1°  ​
1’ (um minuto) = ___
60
Ponto médio ​ 1’  ​ 
1’’ (um segundo) = ___
60
 
Se os segmentos ​QP​  e ​PR​  forem congruentes,
 §§ Radiano: quando, em qualquer circunferência,
então P é ponto médio de QR​
​ . 
a medida do arco de um ângulo central é igual à
medida do raio dessa circunferência, diz-se que
esse ângulo mede 1 rad (um radiano).

Ângulos e definições
Pode-se concluir que qualquer ângulo a, medido
Ângulo em radiano, recebe a seguinte definição:

Ângulo é a parte do plano delimitada por duas a = _​ Lr ​ rad


semirretas de mesma origem. Chama-se de lado as em que L é o comprimento do arco do ângulo
duas semirretas que formam o ângulo, e de vértice a central a, inscrito em uma circunferência e r é o raio
origem comum às duas semirretas. dessa circunferência.

123
Ângulos consecutivos Ângulos opostos pelo vértice (O.P.V.)
Dois ângulos serão consecutivos se, e somente
Dois ângulos serão opostos pelo vértice (O.P.V.)
se, possuírem um lado em comum.
quando um deles for composto pelas semirretas opos-
tas do outro.

​^​ ​^​
Logo: A​O ​ B > C​O ​D
 .

Bissetriz
​^​ ​
_____› Dado um ângulo
​^​
A​O ​B,
  dizemos que a semirreta​
​^​ ​^​
OP ​  é bissetriz de A​O ​B  se, e somente se, A​O ​ P > P​O ​ B. Ou
seja, uma bissetriz divide um ângulo em dois ângulos
congruentes.

Ângulos adjacentes
Dois ângulos serão adjacentes se forem consecu-
tivos e não possuírem pontos internos em comum.

Ângulos suplementares adjacentes


​^​
Dado um ângulo _B​ O ​C,
  o ângulo determinado
​____› ​_____›
pela semirreta oposta a OC ​
​   e à semirreta OB ​
​   é seu
suplementar adjacente. Dessa forma, temos que a
soma de um ângulo e de seu suplementar adjacente é
sempre 180°, que denominamos como ângulo raso.

124
Ângulo obtuso
Um ângulo obtuso é todo ângulo maior que o
ângulo reto.

Ângulo reto
Um ângulo é denominado reto quando é côn-
gruo a seu suplementar adjacente. A medida angular de
um ângulo reto é 90°.
Ângulos complementares
Dois ângulos são complementares quando sua
soma equivale ao ângulo reto.

Ângulos suplementares
Dois ângulos são suplementares quando sua
soma equivale a 180º.

Ângulos replementares
Dois ângulo são replementares quando sua
soma equivale a 360°.

Ângulo agudo
Ângulos determinados por duas
Um ângulo agudo é todo ângulo menor que o
retas e uma transversal
ângulo reto.
Sejam r e s duas retas paralelas e uma reta t,
concorrente a r e s:

125
A reta t é denominada transversal às retas r e s. O quadro a seguir resume as classificações
Sua intersecção com as retas determina oito ângulos. quantos aos ângulos formados:
Com relação aos ângulos formados, podemos classificá-
-los como:
§§ Ângulos alternos:
1 e 7, 2 e 8, 3 e 5, 4 e 6.
§§ Ângulos correspondentes:
1 e 5, 2 e 6, 3 e 7, 4 e 8.
§§ Ângulos colaterais:
1 e 8, 2 e 7, 3 e 6, 4 e 5.

Além dessa classificação, com relação aos ângu-


los alternos e colaterais temos:
§§ Ângulos alternos internos:
3 e 5, 4 e 6; externos: 1 e 7, 2 e 8
§§ Ângulos colaterais internos:
4 e 5, 3 e 6; externos: 1 e 8, 2 e 7

126
Consequências
Como os ângulos alternos (internos e externos)
são congruentes, temos que os ângulos corresponden-
tes também são congruentes, assim como os ângulos
colaterais são suplementares:

Teoria na prática
1. Observe a figura a seguir:

Se a e b são paralelas, calcule o valor, em graus,


de x.
Resolução:
Como a e b são paralelas, temos que ângulos
correspondentes são congruentes, logo, pode-
mos reescrever o ângulo 20° + x na reta b:

Agora, como os ângulos x e 20° + x são suple-


mentares, temos:
x + 20° + x = 180°
2x = 160°
x = 80°

127
Estrutura Conceitual
PONTO
ENTENDER PRIMEIRO OS ENTENDER O
CONCEITOS PRIMITIVOS RETA “MATEMATIQUÊS”

PLANO

RETAS E DEFINIÇÕES ÂNGULOS E DEFINIÇÕES COLINEAR: MESMA RETA


COPLANAR: MESMO PLANO
SEGMENTOS DE RETA GRAU: Divisão da circunferência
(parte delimitada entre em 360° ÂNGULOS DETERMINADOS
dois pontos) POR DUAS RETAS E UMA
RADIANO: Medida do arco TRANSVERSAL
A B dividida pela medida do raio
•Alternos
SEMIRRETA •Correspondentes
ÂNGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE
(reta delimitada por •Colaterais
um ponto) D A •Internos
A •Externos
P C B

128
3
0 40 Ângulos num triângulo e
ângulos numa circunferência

Competência Habilidades
2 6, 7, 8 e 9

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Triângulos
Um triângulo é a figura geométrica constituída a partir de três segmentos de reta cujas extremidades são
três pontos distintos e não colineares.

No triângulo da figura (indicado por DABC), temos os seguintes elementos:


§§ Os pontos A, B e C são os vértices;
  
§§ Os segmentos ​AB​,  BC​ ​  são os lados;
​  e AC​
§§ Os ângulos a, b e g são os ângulos internos;
§§ Os ângulos ae, be e ge são os ângulos externos, obtidos a partir do prolongamento dos lados.
Observe que cada ângulo interno e seu respectivo ângulo externo são suplementares adjacentes.

Classificação dos triângulos


Podemos classificar os triângulos quanto às medidas dos lados ou quanto aos seus ângulos internos.

Quanto aos lados


§§ Triângulo equilátero: apresenta os três lados §§ Triângulo isósceles: apresenta dois lados con-
congruentes. gruentes.

Como os três lados são congruentes, os três an- Na figura acima, o lado BC é chamado de base,
gulos internos também são congruentes e medem 60°. e os ângulos relativos aos vértices B e C são
chamados ângulos da base, os quais são con-
gruentes.

131
§§ Triângulo escaleno: apresenta os três lados
com medidas diferentes entre si. Ângulos em um triângulo

Soma dos ângulos internos


Considere um triângulo DABC e uma reta r para-

lela ao lado ​BC​,  contendo o vértice A:

Quanto aos ângulos


§§ Triângulo retângulo: apresenta um ângulo
interno reto e, consequentemente, dois ângulos
agudos.

Considere a, b e u os ângulos internos relativos


aos vértices A, B e C, respectivamente. Observe que a
reta r determina também outros dois ângulos g e r.
Observe que:
g + a + r = 180°
Porém, g e b, assim como r e u são ângulos al-
Os ângulos relativos aos vértices A e C são com-
ternos internos, portanto, congruentes. Dessa forma,
plementares.
podemos escrever:
§§ Triângulo acutângulo: apresenta os três ân-
gulos internos agudos. a + b + u = 180°
Logo, concluímos que:

A soma dos ângulos internos de qualquer


triângulo é igual a 180°.

Teoria na prática
1. Determine o valor de x no triângulo ABC a se-
§§ Triângulo obtusângulo: apresenta um ângulo guir:
obtuso e, consequentemente, dois ângulos agu-
dos.

132
Resolução: Subtraindo a equação (II) da (I), temos:

Como a soma dos ângulos internos deve ser a + b + g – (u + g) = 180° – 180° ä


180° temos: äa + b – u = 0 ä a + b = u

82° + 32° + x = 180° Logo u = a + b.

114° + x = 180° Conclui-se, então, que o ângulo externo u, re-


x = 180° – 114° lativo ao vértice C, equivale à soma dos dois ângulos
x = 66° internos relativos a A e B. Podemos, então, enunciar o
teorema do ângulo externo:
2. Determine o valor de x no triângulo isósceles de-
____
base BC a seguir: Em um triângulo ABC qualquer, o ângulo
externo relativo a um determinado vértice equi-
vale à soma dos outros dois ângulos internos, não
adjacentes a ele.

Ou seja, sendo u o ângulo externo relativo ao


​^​ ​^​
vértice C, temos que u = ​A ​ + ​B ​ .

Teoria na prática
1. Calcule o valor de x sabendo que o triângulo
Resolução: 
DABC é isósceles de base ​BC​ e o ângulo interno
Como o triângulo é isósceles, o ângulo relativo relativo ao vértice C vale 35°.
ao vértice B também mede 50°, portanto:

50° + 50° + x = 180° ä 100° + x = 180° ä


ä x = 180° – 100°
ä x = 80°

Teorema do ângulo externo


Considere o DABC a seguir:
Resolução:
​^​ ​^​
Como o triângulo é isósceles, ​C ​ = ​B ​ = 35°, logo,
pelo teorema do ângulo externo:
x = 35° + 35° = 70°

2. Calcule o valor de x sabendo que o triângulo



DABC é isósceles de base ​BC​. 

O ângulo u é o ângulo externo relativo ao y

vértice C. Dessa forma, temos:


§§ (I) a + b + g = 180° (soma dos ângulos internos)
§§ (II) u + g = 180° (ângulos suplementares adja-
centes)

133
Resolução:

Teorema da soma dos

Como o triângulo é isósceles de base ​BC​,  temos​
^​ ​^​
B ​ = ​C ​ = y. Logo:
ângulos externos
100° + y + y = 180°
Considere o triângulo DABC e seus ângulos ex-
2y = 180° – 100°
ternos ae, be e ge.
2y = 80°
y = 40°

Agora, como x é o ângulo externo do triângulo


ABC:
x = y + 100°
x = 40° + 100°
x = 140°

3. Sabendo que AB = AC = BC = DC, calcule o valor


de x na figura abaixo:

Pelo teorema do ângulo externo, temos:


​^​ ​^​
ae = ​B ​ + ​C ​ 
​^​ ​^​
be = ​A ​ + ​C ​ 
​^​ ​^​
ge = ​A ​ + ​B ​ 

Somando as três igualdades, temos:


Resolução:
​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​
ae + be+ ge = 2​A ​ + 2​B ​ + 2​C ​ = 2(​A ​ + ​B ​ + ​C ​ )
O triângulo ABC é equilátero, logo seus ângu-
​^​
​^​ ​^​ ​^​
los internos medem 60°. Sabendo disso, o ângulo A​C ​ D Como ​A ​  + ​B ​  + ​C ​  = 180° (soma dos ângulos
mede 120° (suplementar de 60°). internos de um triângulo):
​^​
O triângulo ACD é isósceles, então, fazendo C​A ​ 
​^​ ae + be+ ge = 2(180°) = 360°
D = C​D ​A
  = y, temos:

120° + y + y = 180° Portanto, em qualquer triângulo, sendo ae, be e


2y = 60° ge os ângulos externos, temos:
y = 30°
ae + be+ ge = 360°
​^​
O ângulo A​D ​E  é externo relativo ao triângulo
ACD, logo:
​^​
A​D ​E  = 30° + 120°
​^​
Ângulos em uma
A​D ​E  = 150° circunferência
Finalmente, somando os ângulos internos do tri-
ângulo ADE: Circunferência
x + 2x + 150° = 180° É o conjunto dos pontos do plano situado à mes-
3x = 180° – 150° ma distância de um ponto fixo. O ponto fixo é chamado
3x = 30° centro.
x = 10°

134
Posições relativas entre reta e circunferência

Tangentes Secantes Externas


(um único ponto comum) (dois pontos comuns) (nenhum ponto comum)

dC,r = raio dC,s < raio


dC,u > raio

Propriedade da reta tangente à circunferência


Caso a reta seja tangente à circunferência, o segmento determinado pelo raio e a reta tangente formam, no
ponto de tangência, um ângulo reto.

Na figura, a distância CP equivale ao raio da circunferência e o ponto P é denominado ponto de tangên-


cia da reta r e da circunferência.

Propriedade da reta secante à circunferência


Considere uma circunferência de centro C e uma reta r, secante à circunferência, que forma os pontos A e B:

 
Sendo M o ponto médio de AB​ ​  será perpendicular à reta secante r.
​ ,  temos que o segmento CM​

135
Posições relativas entre duas circunferências
São dadas em função do número de pontos comuns às circunferências. Sendo O1 e O2 os centros, e r1 e r2 os
respectivos raios, com r1 > r2, obteremos:

Distância entre os centros


Pontos comuns Posição relativa Figura
em função dos raios

2 Secantes r1 – r2 < d < r1 + r2

Tangentes internas d = r1 – r2

Tangentes externas d = r1 + r2

Internas concêntricas d=0

Internas não concên-


0 tricas
d < r1 – r2

Externas d > r1 + r2

Observações
1. No caso das circunferências serem tangentes, os centros e os pontos de tangência são sempre colineares.
2. Caso sejam concêntricas, satisfazem a condição d < r1 – r2, pois perfazem um caso particular de circunferências internas.

136
Ângulos na circunferência Propriedade
Se um ângulo central e um ângulo inscrito em
Ângulo central
uma mesma circunferência têm o mesmo arco corres-
É um ângulo que tem como vértice o centro da pondente, então a medida do ângulo central equivale
circunferência e seus lados passam por pontos perten- ao dobro da medida do ângulo inscrito.
centes a ela. Podemos considerar três situações:

Observação
​^​
Um ângulo central A​O ​ B determina na
circunferência dois arcos, cujas medidas somam 360°.

Ângulo inscrito
É aquele cujo vértice é um ponto da circunfe-
rência e cujos lados passam por dois outros pontos da
circunferência.

137
Note que, dessa propriedade, conclui-se que, Resolução:
​^​ ​^​
para um mesmo arco BC, não importa a posição do
Observe que os ângulos A​D ​ C e A​ B ​ C determinam
​  x  ​  ​
ponto A nos três casos, o valor de y é o mesmo ​__
2 (  ) o mesmo arco AC. Portanto, são iguais.
, pois todos eles “enxergam” o mesmo arco. Ou seja,
qualquer ângulo inscrito que determine o mesmo arco
terá o mesmo valor:

Agora, podemos calcular a medida do ângulo


​^​
C​O ​ D :
​^​ ​^​
​^​
  + 30°+ 40° = 180° à C​O ​D
C​O ​D   = 110°
Na figura anterior, se A​O ​B  é um ângulo central
​^​ ​^​ ​^​
de medida x, todos os ângulos inscritos A​M​ B, A​N ​ B e A​P ​  ​^​
  e a são opostos pelo vértice O, temos:
Como C​O ​D
B possuem a mesma medida: __ ​ x  ​.
2 a = 110°
Como consequência, temos que, se um ângulo
​^​ 
central A​O ​B  descreve um arco de 180°, onde ​AB​ é o
diâmetro, ao tomar um ponto P qualquer na circunfe-
​ Ângulo de segmento
rência, o triângulo ABP será retângulo, pois o ângulo A​
^​
P ​ B será reto (180°/2 = 90°): É um ângulo que tem como vértice um ponto da
circunferência, um lado secante à circunferência e outro
tangente a ela.

Teoria na prática
1. Calcular o ângulo a na circunferência abaixo:

Na figura, como a reta t é tangente à circunfe-


rência e o segmento AB é secante, a é um ângulo de
segmento.

138
2. Em 5 partes de 72°
Propriedade
A medida do ângulo de segmento é metade da
medida angular do arco determinado na circunferência
por um de seus lados.

Polígonos regulares inscritos


na circunferência
Sabemos que polígono regular é aquele que
possui todos os lados congruentes, assim como todos
os ângulos. Assim, se dividirmos uma circunferência em
partes iguais, unindo os pontos obtidos por segmentos,
determinaremos um polígono regular. Para isso, basta
dividirmos 360° (em torno do centro) pelo número de
partes que quisermos obter.

Exemplos
1. Em 4 partes de 90°

139
Estrutura Conceitual
ÂNGULOS NUM TRIÂNGULO E ÂNGULOS NUMA CIRCUNFERÊNCIA

LEMBRE-SE DAS CLASSIFICAÇÕES - EQUILÁTERO = 3 lados iguais


QUANTO AOS LADOS
DOS TRIÂNGULOS - ISÓSCELES = 2 lados iguais
- ESCALENO = 3 lados diferentes

- RETÂNGULO = 1 ângulo de 90°


QUANTO AOS
ÂNGULOS - ACUTÂNGULO = 3 ângulos internos
agudos
- OBTUSÂNGULO = 1 ângulo obtuso
(maior que 90°)

ÂNGULOS EM UM TRIÂNGULO

 

+  +  = 180°
SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS
 

ALTERNOS
INTERNOS

 ÂNGULO EXTERNO  É A SOMA


+  =  DOS DOIS ÂNGULOS INTERNOS
NÃO ADJACENTES A ELE.

  

140
5
0 60 Razão proporcional e
teoremas de Tales e da
bissetriz interna
Competências Habilidades
2e3 6, 7, 8, 9 e 14
© pyansetia2008/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Razão proporcional
Quatro números a, b, c e d, não nulos, formam, nessa ordem, uma proporção quando:
​  c  ​
​ __a  ​ = __
b d
Dizemos que a e b são proporcionais a c e d.
   
Agora, observe os segmentos ​PQ​,  RS​
​ ,  TU​
​  e VX​
​ : 

   
Calculando a razão entre os segmentos PQ​
​  e RS​
​ ,  e a razão entre TU​
​  e VX​
​ ,  temos:
PQ 3 __
​ ___ ​ = ​ __   ​ = ​ 1 ​ 
RS 9 3
​  TU  ​ = __
___ ​ 2 ​ = __ ​ 1 ​ 
PQ TU __ VX 6 3
Observe que: k = ___
​   ​ = ​ ___  ​ = ​  1 ​ .
RS VX 3

Quando temos uma igualdade entre razões, dizemos que há uma proporção entre as medidas dos segmen-
   
tos. Dessa forma, os segmentos ​PQ​ e RS​
​  são proporcionais aos segmentos TU​
​  e VX​
​ . 
   
Assim, os segmentos PQ​
​ ,  RS​
​ ,  TU​ ​  , nessa ordem, são segmentos proporcionais.
​  e VX​

   
Quatro segmentos ​AB​,  ​CD​,  ​EF​ e ​GH​ , nessa ordem, são segmentos proporcionais se existe a
AB  ​ = ___
proporção ​ ___ ​  EF  ​ .
CD GH

Teoria na prática
   
1. Considere os segmentos ​AB​,  CD​
​ ,  EF​
​  e GH​
​  representados na figura:

—— —— — ——
Vamos verificar se AB​​
​​  e CD​​​
​​  são segmentos proporcionais aos segmentos EF​​
​​  e GH​​​
​​ . 

143
Calculando as razões entre eles, temos: Resolução:

___ ​  5  ​ = __
​  AB  ​ = ___ ​ 1 ​ e ___ ​  20 ​ = __
​  EF  ​ = ___ ​ 1 ​  Se o ponto R estiver a uma distância x do ponto
CD 10 2 GH 40 2
P, estará a uma distância 8 – x do ponto Q. Veja
EF  ​ ; logo, ​
AB  ​ = ​ ___   
​ ___ AB​,  ​CD​,  ​EF​ e ​GH​ , nessa ordem, a figura:
CD GH
são segmentos proporcionais.
 
Agora, vamos verificar se AB​
​  e GH​
​  são segmen-
 
tos proporcionais aos segmentos EF​
​  e CD​
​ . 
Calculando as razões entre eles, temos:
   
Logo, para que os segmentos AB​
​ ,  BC​
​ ,  PR​
​  e RQ​
​  
___ ​  5  ​ = __
​  AB  ​ = ___ ​ 1 ​ e ___ ​  20  ​ = __
​  EF  ​ = ___ ​ 2 ​ 
GH 40 8 CD 10 1 sejam proporcionais, devemos ter:

AB  ​ i ___
​ ___
   
​  EF  ​ ; então, AB​
​ ,  GH​
​  , EF​
​  e CD​
​ , nessa ordem, ​  AB ​ = ​ ___
___ PR  ​ 
GH CD BC RQ
não são segmentos proporcionais. Assim:
10 ​ = ____
​ ___ ​​  x   
 ​​ à10(8 – x) = 3x ⇒ 80 – 10x = 3x
2. Considere dois segmentos adjacentes e conse- 3 8–x
 
cutivos ​AB​ e ​BC​,  sendo que AB mede 12 e BC ​ 80  ​
⇒ 80 = 13x ⇒ x = ___
13
mede 8. Dado outro par de segmentos adjacen-
 
tes e consecutivos ​PQ​ e ​QR​ , com PQ medindo 4,
quanto deve ser a medida do segmento QR​

​  de Teorema de Tales
   
modo que os segmentos ​AB​,  ​BC​,  ​PQ​ e ​QR​ sejam
proporcionais?
Feixe de retas paralelas
Feixe de retas paralelas são duas ou mais retas em
um mesmo plano que, tomadas duas a duas, são sempre
paralelas.
Resolução:
   
Para que AB​
​ ,  BC​
​ ,  PQ​
​  e QR​
​  sejam segmentos pro- Reta transversal
porcionais, devemos ter:
PQ
AB ​ = ​ ___ Se uma reta intercepta uma das retas do feixe de
​ ___   ​
BC QR retas paralelas, necessariamente intersecta as demais.
Logo: Essa reta que corta o feixe de retas paralelas é chamada
12 ​​ = __
​​ ___ ​​  4 ​​ ⇒ 12x = 32 ⇒ x = ___ ​ 8 ​ 
​ 32  ​ = __ reta transversal.
8 x 12 3

3. Considere os segmentos de reta da figura a


seguir, sendo os pontos A, B e C colineares e
AB = 10, BC = 3 e PQ = 8.

A que distância do ponto P deve estar um pon-



to R, contido no segmento ​PQ​ de modo que os
   
segmentos AB​
​ , BC​
​ , PR​
​  e RQ​
​  sejam proporcionais?

144
Teorema de Tales Aplicação do teorema de Tales
Considere o triângulo ABC:
Se um feixe de retas paralelas é cortado
por duas retas transversais, os segmentos deter-
minados sobre a primeira transversal são pro-
porcionais a seus correspondentes determinados
sobre a segunda transversal.

Vamos analisar o Teorema de Tales considerando


os dois casos a seguir:

Traçamos uma reta r paralela ao lado ​BC​,  de-
 
terminando os pontos D e E sobre os lados AB​ ​  e AC​
​ , 
Caso 1 respectivamente.
Considere, agora, uma reta auxiliar r’, paralela a
Observe o feixe de retas paralelas a, b e c, cor-
r, que passa pelo vértice A.
tadas pelas transversais r e s, em que AB = BC. Se os
 
segmentos AB​
​  e ​BC​ são congruentes, a razão entre as
​ AB ​ = 1.
medidas deles é 1, isto é: ___
BC

​ AD ​ = ___
Pelo Teorema de Tales, temos: ___ ​ AE ​ .
DB EC
Quando uma reta paralela a um lado de um tri-
ângulo intercepta os outros dois lados em dois pontos
PQ AC ___
​ AB ​ = ​ ___  ​ e ___
Por Tales ___ ​   ​ = ​  PR  ​ distintos, ela determina sobre esses lados segmentos
BC QR AB PQ
proporcionais.
Caso 2
Na figura, o feixe de retas paralelas r, s e t é cor- Teoria na prática
tado por duas retas transversais, m e n, determinando
  1. Calcular o valor de x no triângulo abaixo, saben-
os segmentos AB​
​  e BC​
​ ,  que não são congruentes e têm 
do que a reta r é paralela ao lado BC​
​ . 
como medida números racionais.


Como r é paralela a BC​ ​ ,  temos:
3,5
2  ​ = ___
Por Tales ___
PQ AC ___
​  AB ​ = ​ ___  ​ e ___
​   ​ = ​  PR  ​. ​ __ ​  x ​ ⇒ 2x = 28 ⇒ x = 14
BC QR AB PQ 8

145
Portanto, o triângulo ACE é isóceles, com
Teorema da bissetriz interna AC = AE. Sendo assim, temos a seguinte proporção no
triângulo:
 ​^​
No triângulo ABC abaixo, AD​
​  é bissetriz de ​A ​ :
​​ AB ​​ = ___
___ ​  AE  ​
BD DC

A bissetriz do ângulo interno de um triân-


gulo divide o lado oposto a esse ângulo em dois
segmentos proporcionais aos lados adjacentes a
esses segmentos.

​^​ ​^​
Logo, med(B​A ​D  ) = med(D​A ​C
  ) = x.

Considere agora uma reta r paralela a AD​
​  pas-
sando pelo vértice C.


​  até interceptar a reta r.
Prolongando o lado AB​ Teoria na prática

1. No triângulo ABC a seguir, o segmento AP​ ​  é bis-
​^​
setriz interna do ângulo ​A ​. Encontre o valor de x.


Pelo Teorema de Tales, podemos escrever: ​  Como o segmento ​ BC​   mede 9, temos que
AB ​ = ___
___ ​  AE  ​. PC = 9 – x. Pelo teorema da bissetriz interna, temos:
BD DC
Porém, temos que: ​ ___ AC ​ ⇒ __
AB ​ = ​ ___ ​ 4x ​ = ____
​​  12  ​​ ⇒ 4(9 – x) = 12x ⇒
​ ​
BP PC 9–x
​ ​
^ ^
D​A ​ C = A​C ​ E = x (alternos internos)
​^​ ​^​ ⇒ 36 – 4x = 12x à 16x = 36 à x = __ ​ 9 ​ 
B​​A ​​ D = A​ E ​C
  = x (correspondentes)
4

146
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Assim como na natureza, a arte e as construções realizadas pelo homem estão repletas de razões propor-
cionais para garantir a harmonia visual. Veja um exemplo:
(Fepar 2017) O retângulo áureo é uma forma de grande apelo estético e das mais utilizadas na arquitetura
antiga e moderna (as pirâmides e o Partenon, por exemplo, têm as dimensões frontais do retângulo áureo). A pro-
porção áurea também é recorrente em outras obras de arte; é comum sua utilização em pinturas renascentistas,
como as do mestre Giotto e as de Leonardo da Vinci.
Phi, como é denominado o número de ouro, está vinculado à lógica da natureza (nas constelações, nas
estruturas biológicas) e pode ser verificado no homem (o tamanho das falanges dos dedos, por exemplo). Justa-
mente por ser encontrado em estruturas naturais, o número de ouro ganhou status de "ideal", tornando-se tema
de pesquisadores, artistas e escritores. O fato de ser expresso em matemática é que o torna fascinante.
Matematicamente falando, a proporção áurea é uma constante real algébrica irracional obtida quando
dividimos uma reta em dois segmentos, de forma que o segmento mais longo, dividido pelo segmento menor, dê
um número igual ao da reta completa dividida pelo segmento mais longo.

1. Considere o retângulo PQST semelhante ao retângulo RSTU. Sabendo que o triângulo não é isósceles,
avalie as afirmativas.
Considere ϕ = ​​ __a  ​​
b

( ) Em razão da semelhança entre os dois retângulos, é possível afirmar que a2 – ab – b2 = 0.


( ) A razão entre a área do quadrado PQRU e a área do retângulo RSTU é ϕ.
( ) Em razão da semelhança entre os dois retângulos, é possível afirmar que ϕ2 – ϕ – 1 = 0
( ) A proporção a/b + a/b = 1 é verdadeira. __
a(​√5 ​ – 1)
________
( ) A relação entre os lados b e a é dada por b = ​​   ​​.  
2
148
Resolução:

(V) Teremos:
​​  a   ​​ → ab + b2 = a2 → a2 – ab – b2 = 0
​​ __ba ​​  = _____
a+b

(V) Teremos:
SPQRU a2 __a
​​ ____ ​​ = __
​​    ​​ = ​​    ​​ = ϕ
SRSTU ab b

(V) Utilizando-se a relação encontrada no primeiro item, teremos:


​​ a – ab2 ​​
– b2  0  ​​ → __
​​  a2  ​​ – __
​​  ab2 ​​ – __
​​  b2 ​​ = 0 → __ ​​  a2  ​​ – __
​​  a  ​​– 1 = 0 → ϕ2 - ϕ – 1 = 0
2 2 2 2
_________ = ​​ __

b b 2
b b b b b
​​ a2  ​​ – __
​​  a  ​​= 1, conforme calculado no item anterior.
2
(F) Não, a proporção verdadeira é __
b b
(V) Utilizando-se a relação encontrada no terceiro item, teremos:
​​  a2  ​​ – __
​​  a  ​​– 1 = 0 → ϕ2 – ϕ – 1 = 0
2
__
b b
∆ = (–1)2 – 4 · 1 · (–1) = 5
__ __ __
​​  1 ±  ​​

​ 5 ​   √  1 – ​√ ​​
ϕ = ______ ​​  1 + ​ ​​
 → ______  ​5  
  ou ​​ ______ 5 ​  

2 __ 2 2 __ __ __ __
__ 1
a​​    ​​ = ______ – √
​ 5 ​
  b
__ ______ 2 2 · (1 + √
__________ –1 · (1 + ​√5 ​) 
​ 5 ​)  ___________ b
__ (​√5 ​ – 1)
_______ a · (​√5 ​ – 1)
__________
​​   ​​  → ​​  a ​​  = ​​     ​​ 
__ = ​​   ​​  = ​​ 
   ​​  → ​​  a ​​  = ​​ 
   ​​   → b = ​​   ​​   
b 2 1–√ ​ 5 ​  –4 2 2 2
Portanto: V – V – V – F – V.

INTERDISCIPLINARIDADE

Esta parte do conteúdo da geometria plana é intimamente ligada com a parte histórica da Grécia Antiga. Os
matemáticos gregos estavam no auge de suas descobertas, enquanto a cultura grega aflorava se expandia. Fique
ligado nas questões de Grécia Antiga que relacionam sua arquitetura com a matemática. Razões proporcionais e,
principalmente, a razão áurea são os temas frequentes nos vestibulares.

149
Estrutura Conceitual
RAZÃO PROPORCIONAL
EXEMPLO: 4 MEDIDAS SÃO SEGMENTOS
PQ = 3 cm PROPORCIONAIS
RS = 9 cm 3 = 2
TU = 2 cm 9 6
VX = 6 cm
DIVISÃO EQUIVALENTE 1 = 1
3 3

1) RETAS PARALELAS
LEMBRAR DO TEOREMA
DE TALES 2) CORTADAS POR DUAS TRANSVERSAIS
3) SEGMENTOS DAS DUAS RETAS TRANVERSAIS
SÃO PROPORCIONAIS

R S

A P

B Q

C R

150
7
0 80 Pontos notáveis de
um triângulo

Competência Habilidades
2 6, 7, 8 e 9
© Reeed/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Mediana
É o segmento que contém um dos vértices e o ponto médio do lado oposto:

 
Na figura, o segmento AM​​
​​  é a mediana relativa ao lado BC​
​ ,  pois BM = CM.
Todo triângulo possui três medianas que se encontram em um ponto chamado baricentro, simbolizado na
figura pela letra G:

O baricentro divide cada mediana de forma que:

AG = 2GMBC

BG = 2GMAC

CG = 2GMAB

Com isso, concluímos que podemos dividir a mediana pelo baricentro das seguintes formas equivalentes:

Em função da distância GM
Em função da mediana
(distância do baricentro ao lado)

153
Bissetriz Altura
Segmento com uma extremidade em um vér- Segmento cuja extremidade é um vértice do tri-
tice que divide o ângulo interno formado por ele em
ângulo e que é perpendicular ao seu lado oposto (ou do
dois ângulos congruentes:
prolongamento dele):


Na figura, o​ segmento ​BS​ é a bissetriz interna 
^​ 
relativa ao ângulo ​B ​,  pois determina nesse ângulo dois O segmento ​AH​ é a altura relativa ao lado BC​
​ , 
 
ângulos congruentes. Todo triângulo possui três bisse- pois AH​
​  é perpendicular à BC​
​ . 
trizes que se encontram em um ponto denominado in- Quando o triângulo é obtusângulo, a intersecção
centro, simbolizado na figura pela letra I:
de duas das alturas se dá com o prolongamento dos
lados:

O incentro determina o centro da circunferência


inscrita ao triângulo: Veja que não há perpendicular relativa ao lado​

BC​ que encontre o vértice A, internamente ao triângulo,

portanto devemos prolongar o lado ​BC​. 
O centro da circunferência inscrita ao Todo triângulo possui três alturas que se encon-
triângulo ABC coincide com seu incentro. tram em um ponto denominado ortocentro, simboli-
zado na figura pela letra H:

Como a circunferência inscrita tangencia os la-


dos do triângulo, temos que o centro dessa circunferên-
cia (incentro) é equidistante dos três lados.

154
Teoria na prática
Mediatriz
1. Determine os raios das circunferências inscrita e
Qualquer segmento de reta perpendicular a um circunscrita a um triângulo equilátero de lado a.
lado do triângulo e que passa por seu ponto médio. Resolução:
Em um triângulo equilátero, o baricentro, orto-
centro, incentro e circuncentro são coincidentes.

A reta r é a mediatriz do triângulo ABC relativa


 
ao lado BC​ ​  e M é ponto mé-
​  pois é perpendicular a BC​
dio desse lado.
Todo triângulo possui três mediatrizes que se
Sabemos que a altura h de um triângulo equi-
encontram em um ponto denominado circuncentro, a​dXX3 ​
látero de lado a vale ​ ____
 ​  .  Como a altura coin-
simbolizado na figura pela letra C: 2
cide com a mediana relativa a uma mesma base,
temos que o baricentro divide a altura em dois
segmentos, sendo que o maior corresponde tam-
bém ao raio R da circunferência circunscrita ao
triângulo e o segmento menor corresponde ao
raio r da circunferência incrita ao triângulo. Logo:
d
​ XX ​dXX
3 ​ ​  = a​ ___
3 ​ ​  
​ 2 ​ h = __
R = __ ​ 2 ​ a ​ ___
3 3 2 3
Portanto, podemos dizer que, em um triângulo
O circuncentro de um triângulo é o centro da cir-
equilátero, se R é o raio da circunferência cir-
cunferência circunscrita a ele:
cunscrita e r o raio da circunferência inscrita ao
triângulo, temos que:
R = 2r
O centro da circunferência
circunscrita ao triângulo 2. No triângulo ABC a seguir, o ponto I é o incentro
ABC coincide com seu
circuncentro. do triângulo. Calcule a distância do ponto I até o

lado ​AB​ do triângulo.

155
Resolução:

Se I é o incentro, ele equidista de todos os lados


do triângulo. Logo, calcularemos apenas a dis-
tância de I até o ponto P.
Como o triângulo IPC é retângulo, podemos es-
crever:

sen 30º = ​ __ IP  ​ = __


​ IP ​ 
IC 5
​  1 ​ = __
__ ​ IP ​  ↔ IP = __ ​ 5 ​ 
2 5 2

Como IP é a distância de I até o lado AC​
​ ,  e I
equidista de todos os lados, a distância de I até

​ 5 ​ .
o segmento ​AB​ é de __
2

156
9
0 01 Semelhança de triângulos

Competências Habilidades
2e3 6, 7, 8, 9, 12 e 14
© Dudarev Mikhail/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Semelhança de triângulos
Vamos analisar se os triângulos ABC e A’B’C’ são semelhantes:

De acordo com a definição de semelhança, dois polígonos são semelhantes quando seus lados correspon-
dentes são proporcionais e os ângulos correspondentes congruentes.
Nos triângulos acima, temos:
​^​ ​^​
§§ ​A ​ ≅ A'​
​  
​^​ ​^​
§§ ​B ​ ≅ B'​
​  
​^​ ​^​
§§ ​C ​ ≅ C'​
​  
E também:

​  BC  ​ = ____
AB  ​ = ____
​ ____ ​  CA  ​ = __
​  7 ​ —— razão de semelhança
A'B' B'C' C'A' 5
Aplicando a definição geral de semelhança dos polígonos, podemos dizer que:

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, seus ângulos correspondentes são congruentes e os lados
correspondentes são proporcionais.

Nesse caso, a razão entre os lados correspondentes também é chamada razão de semelhança.

Exemplo
§§ Os triângulos abaixo são semelhantes?

​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​


Observe que os ângulos correspondentes são congruentes, ​A ​ ≅ ​D ​,  ​B ​ ≅ ​E ​ e ​C ​ ≅ ​F ​ 
Calculando a proporção entre os lados correspondentes, temos:
​ AB ​ = ___
___ ​ 12 ​ = 3
DE 4

​ ___ ​  18 ​ = 3
BC ​ = ___ razão de semelhança
EF 6

​  AC ​ = ​ __
___ 9  ​= 3
DF 3
Portanto, como os ângulos correspondentes são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais,
podemos afirmar que os triângulos ABC e DEF são semelhantes.
159
Teorema fundamental da semelhança de triângulos
Se uma reta é paralela a um dos lados de um triângulo e intercepta os outros dois lados em pontos distintos,
então o triângulo que ela determina com esses lados é semelhante ao primeiro.
   
Supondo que a reta r é paralela ao lado AB​
​  (r // AB​ ​ , vamos mostrar que DABC ~ DDEC.
​  ) e, portanto, ​DE​ // AB​

 
Como DE​ ​ ,  então: ___
​  // AB​ ​  CE  ​  (I)
​  CD  ​ = ___
CA CB
Temos ainda:
​^​ ​^​
§§ A​C ​ B ≅ D​C ​ E (ângulo comum aos dois triângulos)
​^​ ​^​
§§ B​A ​ C ≅ E​D ​C
  (ângulos correspondentes em retas paralelas) (II)
​^​ ​^​
§§ A​B ​ C ≅ D​E ​C
  (ângulos correspondentes em retas paralelas)

Casos de semelhança
Nem sempre é necessário conhecer a medida de todos os lados e de todos os ângulos de dois triângulos
para verificar se eles são semelhantes.
Observe os três casos de semelhança de triângulos.
1º. Caso: Ângulo – Ângulo (AA)
Conhecemos dois ângulos dos triângulos em que:
​^​ ​^​ ​^​ ​^​
C​A ​ B ≅ C'​ 
A A B ​ C ≅ A'​ 
 ​'B' e ​ B ​'C'

DABC ~ DA'B'C'

Se dois triângulos têm dois ângulos correspondentes congruentes, então esses triângulos são semelhantes.

160
2º. Caso: Lado – Ângulo – Lado (LAL)
​^​ ​^​
Conhecemos dois lados dos triângulos e o ângulo formado por eles, em que: ____ ​  CA  ​ e C​A ​ B ≅ C'​ 
​ AB  ​ = ____ A
 ​'B'
A'B' C'A'

DABC ~ DA'B'C'

Demonstração:
    
No DABC, construímos DE​
​  de forma que AD​
​  = A’B’​
​  e DE​
​  // BC​
​ . 

Se dois triângulos têm dois pares de lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos por
esses lados são congruentes, então esses triângulos são semelhantes.

3º. Caso: Lado – Lado – Lado (LLL)


​  CA  ​ = ____
AB  ​ = ____
Conhecemos os três lados dos triângulos em que: ​ ____ ​  BC  ​ 
A'B' C'A' B'C'

DABC ~ DA’B’C’
Se dois triângulos têm os três pares de lados correspondentes proporcionais, então esses triângulos são
semelhantes.

Consequência da semelhança de triângulos


Observe os triângulos semelhantes ABC e A’B’C’:

   
Nesses triângulos, AH​
​  e A’H’​
​  são as alturas e AM​
​  e A’M’​
​  são as medianas.

161
Pela semelhança de dois triângulos, é possível verificar que, se a razão de semelhança entre ABC e A’B’C’ é
um número real k, então:
AH  ​ = k
§§ A razão entre duas alturas correspondentes é k, ou seja: ​ ____
A’H’
AM  ​ = k
§§ A razão entre duas medianas correspondentes é k, ou seja: ​ ____
A’M’
a + b + c 
§§ A razão entre os perímetros é k. ​ _________  ​ 
=k
a’ + b’ + c’
 
Observação: Em um triangulo ABC qualquer, unindo os pontos médios dos lados ​AB​ e ​AC​,  obtemos um

segmento cuja medida é a metade da medida do terceiro lado BC​
​ . 

​ 1 ​ BC
MN = __
2
Essa consequência é conhecida como base média de um triângulo.

Portanto, os triângulos BPS e CQR são seme-


Teoria na prática
1. Encontre o comprimento do lado do quadrado lhantes (caso AA):
__
PQRS na figura a seguir: ​  3x ​ ⇒ x2 = 6 ⇒ x = √
​  x  ​ = __
__ ​ 6 ​
2
2. Numa festa junina, além da tradicional brinca-
deira de roubar bandeira no alto do pau-de-
-sebo, quem descobrisse a sua altura ganharia
um prêmio. O ganhador do desafio fincou, pa-
ralelamente a esse mastro, um bastão de 1 m.
Medindo-se as sombras projetadas no chão pelo
bastão e pelo pau-de-sebo, ele encontrou, res-
pectivamente, 25 dm e 125 dm. Portanto, a altu-
ra do pau-de-sebo, em metros, é
Resolução: a) 5,0.
​^​ ​^​
Denominando o ângulo P​B ​ S = a e P​S ​ B = b, b) 5,5.
 c) 6,0.
temos que a e b são complementares. Como ​SR​ 
 ​ ​
^
​ ,  temos que A​S ​ R = a e, conse-
é paralelo a BC​ d) 6,5.
​^​ ​^​
quentemente, A​R ​ S = b. Da mesma forma, Q​C ​ R Resolução:
​^​
= b e C​R ​ Q = a:
Sabendo que a altura é proporcional ao com-
primento da sombra projetada, segue-se que a
altura h do pau-de-sebo é dada por
h   ​ =​ ___
​ ___ ​  125 ​ 
1  ​ ⇒ 25 × h = 125 ⇒ ___
125 25 25
⇒h=5m

Alternativa A

162
3. Considere a imagem abaixo, que representa o Desse modo, pode-se afirmar que, com uma hora
fundo de uma piscina em forma de triângulo de viagem, a distância, em quilômetros, entre os
isósceles com a parte mais profunda destacada. dois navios e a velocidade desenvolvida pelo navio
C, em quilômetros por hora, serão, respectivamente:
a) 30 e 25.
b) 25 e 22.
c) 30 e 24.
d) 25 e 20.
e) 25 e 24.
Resolução:
O valor, em metros, da medida x é y = 18 ∙ 0,5 = 9 km
a) 2
b) 2,5 Logo, aplicando o teorema de Pitágoras:
c) 3 x2 + 92 = 152 ⇒ x2 + 81 = 225 ⇒ x2 =225 – 81
d) 4 ⇒ x2 = 144 ⇒ x = 12 km
e) 6
Depois de uma hora de viagem, as distâncias
Resolução: serão dobradas, portanto, a distância entre os
navios B e C será de 30 km.
O navio C se locomove de 12 km a cada meia
hora, ou seja, sua velocidade é de 24 km/h.
Alternativa C

5. Uma bola de tênis é sacada de uma altura de


21 dm com alta velocidade inicial e passa rente
à rede a uma altura de 9 dm.
O triângulo ADE é isósceles, logo AD = 8m. Desprezando-se os efeitos do atrito da bola com
O triângulo ABC é semelhante ao triângulo ADE, o ar e do seu movimento parabólico, considere a
portanto: trajetória descrita pela bola como sendo retilínea
e contida num plano ortogonal à rede. Se a bola
​  x   ​ → 8x =24 ⇔ x = 3m
​  2 ​ = ___
__
8 12 foi sacada a uma distância de 120 dm da rede, a
Alternativa C que distância dela, em metros, a bola atingirá o
outro lado da quadra?
4. Suponha que dois navios tenham partido ao
Resolução:
mesmo tempo de um mesmo porto A em dire-
ções perpendiculares e a velocidades constan- Considere a figura abaixo.
tes. Sabe-se que a velocidade do navio B é de A
18 km/h e que, com 30 minutos de viagem, a
D
distância que o separa do navio C é de 15 km,
conforme mostra a figura:
B E C
raio C
Os triângulos retângulos ABC e DEC são seme-
x
A C lhantes por AA.
Portanto, sabendo que AB = 21 dm, DE = 9 dm
y
15
e BE = 120 dm, temos:
raio B
​  BC  ​ ⇔ ___
​ AB ​ = ___
___ ​ 120 + ​
​ 21 ​ = ________EC 
 ⇒
DE EC 9 EC
⇒ 7 ∙ EC = 360 + 3 ∙ EC
B
⇒ EC = 90 dm = 9 m
163
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 12 - Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.

Dentro do terceiro eixo-cognitivo do Enem, a habilidade 12 exige do aluno a capacidade de resol-


ver uma situação proposta com conhecimentos de geometria.

Modelo
(Enem) A rampa de um hospital tem na sua parte mais elevada uma altura de 2,2 metros. Um
paciente ao caminhar sobre a rampa percebe que se deslocou 3,2 metros e alcançou uma altura de
0,8 metro.
A distância em metros que o paciente ainda deve caminhar para atingir o ponto mais alto da rampa
é.
a) 1,16 metros.
b) 3,0 metros.
c) 5,4 metros.
d) 5,6 metros.
e) 7,04 metros.

Análise Expositiva

Habilidade 12
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e utilizar seus conheci-
mentos de geometria básica para a resolução da mesma.

Alternativa D

164

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