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90
Fluidos
extracelulares
Fluido
Extracelular
misturam-‐se
constantemente
• 20%
do
peso
corporal
o Fluido
intersticial
–
¾
o Plasma
–
¼
Plasma
e
fluidos
intersticiais
§ Parte
não
celular
do
sangue
têm
a
mesma
composição
§ Troca
contínua
de
substâncias
com
o
fluido
(excepto
para
as
proteínas,
intersticial
através
de
poros
das
membranas
dos
em
maior
concentração
no
capilares
plasma
–
os
capilares
têm
baixa
permeabilidade
para
as
è Proteínas
plasmáticas
têm
proteínas
plasmáticas)
carga
negativa,
portanto
tendem
a
ligar-‐se
a
catiões
como
Sódio
e
Potássio,
havendo
então
mais
quantidade
destes
catiões
no
plasma
è Aniões
estão
em
ligeiramente
maior
concentração
no
fluido
intersticial,
pois
as
cargas
negativas
das
proteínas
plasmáticas
tendem
a
repelir
estes
è Na
prática
considera-‐se
que
a
concentração
de
iões
é
aproximadamente
igual
è O
fluido
extracelular
contém
então
grandes
quantidades
de
iões
Sódio
e
Cloro,
quantidades
razoáveis
de
bicarbonato
e
apenas
pequenas
quantidades
de
potássio,
cálcio,
magnésio,
fosfato
e
iões
ácidos
orgânicos.
è A
composição
do
fluido
extracelular
é
regulada
pelos
rins
Fluido
Intracelular
(dentro
das
células)
• 40%
do
peso
corporal
total
de
uma
pessoa
• Concentrações
das
substâncias
semelhantes
de
célula
para
célula
• Composição
semelhante
em
diferentes
animais
è Separado
do
Fluido
Extracelular
por
uma
membrana
celular
muito
permeável
à
água
mas
não
para
a
maioria
dos
electrólitos
no
corpo
è Contém
apenas
pequenas
quantidades
de
iões
sódio
e
cloro,
e
quase
nenhum
cálcio.
Pelo
contrário,
contém
grandes
quantidades
de
potássio
e
fosfato,
bem
como
quantidades
moderadas
de
magnésio
e
iões
sulfato
è As
células
contêm
grandes
quantidades
de
proteínas
Volume
sanguíneo
è Especialmente
importante
no
controlo
da
dinâmica
cardiovascular
è Volume
sanguíneo
=
7%
do
peso
corporal
≃
5
litros
o 60%
-‐
plasma
o 40%
-‐
eritrócitos
Sangue:
• Fluido
extracelular
(no
plasma)
e
Fluido
intracelular
(nos
eritrócitos)
• Circula
numa
câmara
própria,
o
sistema
circulatório
à
compartimento
fluido
separado
Hematócrito:
• Fracção
do
sangue
constituída
por
eritrócitos
• Homens
=
0,40
• Mulheres
=
0,36
• Anemia
severa
à
pode
descer
até
0,10
• Policitémia
(produção
excessiva
de
eritrócitos)
à
pode
subir
até
0,65
91
Diminuição
do
⇧
formação
de
Retenção
a…luxo
angiotensina
II
adicional
de
sal
sanguíneo
aos
Secreção
de
renina
e
⇧
secreção
de
e
água
pelos
EDEMA
rins
aldosterona
rins
NOTA:
Falência
do
lado
esquerdo
do
coração
à
sangue
é
bombeado
normalmente
para
os
pulmões,
mas
não
consegue
retornar
pelas
veias
pulmonares
ao
lado
esquerdo
do
coração
à
pressões
vasculares
pulmonares
elevam-‐se
acima
do
normal
à
EDEMA
PULMONAR
• Bloqueio
linfático
à
Incapacidade
do
sistema
linfático
de
fazer
retornar
o
líquido
do
interstício
à
circulação
o Pode
ser
extremamente
severa
quando
ocorre
por
infecção
por
filaria
nematodes
o Pode
ocorrer
nalguns
tipos
de
cancro
ou
após
a
cirurgia
em
que
os
vasos
linfáticos
são
removidos
ou
obstruídos
As
proteínas
plasmáticas
que
extravasam
para
o
interstício
Aumenta
a
pressão
osmótica
Acumulação
de
ainda
mais
não
têm
maneira
de
ser
do
…luido
intersticial
…luido
fora
dos
capilares
removidas
Factores
que
geralmente
previnem
o
edema
• Baixa
compliance
do
interstício
quando
a
pressão
é
negativa
o Na
maioria
dos
tecidos
subcutâneos
laxos
do
organismo,
a
pressão
do
líquido
intersticial
é
ligeiramente
inferior
à
atmosférica
à
há
um
ligeira
sucção
nos
tecidos
que
os
ajuda
a
manter
unidos
o Enquanto
a
pressão
do
fluido
intersticial
livre
é
negativa,
pequenas
mudanças
no
volume
do
fluido
intersticial
estão
associadas
a
mudanças
relativamente
grandes
na
pressão
hidrostática
do
fluido
intersticial
à
a
compliance1
dos
tecidos
é
baixa
1
Compliance
dos
tecidos
–
mudança
no
volume
dos
tecidos
por
cada
alteração
de
um
milímetro
de
mercúrio
de
pressão
94
o Em
tecidos
com
pressão
do
fluido
intersticial
negativa,
quase
todo
o
fluido
intersticial
está
sob
a
forma
de
gel,
encarcerado
numa
rede
de
proteoglicanos,
não
existindo
espaços
líquidos
livres
à
previne
o
fluido
de
fluir
facilmente
através
dos
tecidos
o Em
tecidos
com
pressão
do
fluido
intersticial
positiva:
acumulam-‐se
Pressão
do
…luido
⇧
muito
a
…ilamentos
de
intersticial
sobe
compliance
dos
proteoglicanos
líquido
pode
…luir
grandes
EDEMA
livremente
quantidades
de
"DEPRESSÍVEL"
positiva
tecidos
afastados
…luido
nos
tecidos
Edema
depressível
Edema
não-‐depressível
quando
as
células,
e
não
o
interstício,
ao
pressionar
a
área
tecidual
com
um
dedo,
o
incham,
ou
quando
o
líquido
no
interstício
líquido
desloca-‐se
para
outras
áreas
coagula
com
o
…ibrinogénio,
…icando
impedido
de
se
movimentar
livremente
• Aumento
do
fluxo
linfático
o Sem
o
retorno
contínuo
das
proteínas
ao
sangue,
o
volume
plasmático
seria
rapidamente
suprimido,
ocorrendo
edema
intersticial
o Quando
o
fluido
se
começa
a
acumular
nos
tecidos,
o
fluxo
linfático
consegue
aumentar
de
10
a
50
vezes
o Permite
que
os
linfáticos
consigam
transportar
grandes
quantidades
de
fluido
e
proteínas
em
resposta
ao
aumento
da
filtração
capilar,
evitando
o
aumento
da
pressão
intersticial
para
valores
positivos
• “Lavagem”
das
proteínas
do
fluido
intersticial
Fluxo
linfático
Arrasta
as
proteínas
Reduz
a
pressão
do
aumenta
do
interstício
…luido
intersticial
Fluidos
nos
“espaços
potenciais”
do
corpo
o Espaços
potenciais:
cavidade
pleural,
pericárdica,
peritoneal
e
cavidades
sinoviais
o Possuem
superfícies
quase
em
contacto,
separadas
apenas
por
uma
fina
camada
de
fluido
• Troca
de
líquidos
entre
os
capilares
e
os
espaços
potenciais
A
membrana
de
um
espaço
potencial
geralmente
não
oferece
grande
resistência
à
passagem
de
fluidos,
electrólitos
e
até
mesmo
proteínas
àdeslocam-‐se
em
ambos
os
sentidos,
entre
o
espaço
e
o
líquido
intersticial
circundante
• Vasos
linfáticos
drenam
as
proteínas
dos
espaços
potenciais
• Líquido
de
edema
nos
espaços
potenciais
à
acumula-‐se
à
derrame
(no
caso
de
se
tratar
da
cavidade
abdominal,
denomina-‐se
ascite
o A
infecção
local
em
qualquer
uma
das
cavidades
geralmente
bloqueia
a
drenagem
linfática,
levando
à
formação
de
um
edema
isolado
• A
pressão,
na
maioria
dos
espaços
potenciais,
é
normalmente
negativa.
95
A
medula
está
dividida
em
múltiplas
pirâmides
renais.
Iniciam-‐se
ao
nível
do
limite
córtex-‐medula
e
terminam
nas
papilas.
Estas
projectam-‐se
para
o
bacinete
(pelve
renal),
que
é
contínuo
com
o
ureter.
Artéria
Renal
Os
rins
localizam-‐se
O
bacinete
divide-‐se
em
grandes
na
parede
posterior
cálices,
que
por
sua
vez
se
dividem
Veia
Renal
Túbulo
Proximal
Ansa
de
Henle
Túbulo
Distal
Túbulo
Conector
Tubo
Colector
(ou
Tubo
Contornado
Proximal)
(ou
Tubo
Contornado
Distal)
(corCcal
-‐>
medular)
No
final
do
segmento
espesso
do
ramo
ascendente
da
Ansa
de
Henle
encontra-‐
Ramo
se
a
mácula
densa,
uma
placa
na
parede
do
túbulo
que
tem
papel
importante
Descendente
no
controlo
funcional
do
nefrónio.
Porção
Fina
da
Ansa
de
Henle
Ramo
Cerca
de
10
tubos
colectores
corticais
(junção
de
túbulos
colectores)
reúnem-‐se
Ascendente
para
forma
um
tubo
colector
medular,
que
se
vai
reunindo
progressivamente
a
Porção
Espessa
outros,
até
chegar
ao
bacinete
pela
extremidade
da
papila
renal.
do
Ramo
Ascendente
97
Córtex
• Cerca
de
70
a
80%
• Localizam-‐se
na
zna
corCcal
externa
Nefrónio
• Possuem
ansas
de
Henle
curtas
(entram
pouca
na
medula)
CorCcal
• Todo
o
sistea
tubular
é
envolvido
por
uma
extensa
rede
de
capilares
peritubulares.
Medula
Micção
Processo
pelo
qual
a
bexiga
se
esvazia
quando
está
cheia.
Divide-‐se
em
dois
passos:
1ºenchimento
progressivo
da
bexiga
até
a
tensão
na
parede
atingir
um
nível
limiar.
2ºreflexo
nervoso
que
esvazia
a
bexiga
ou,
pelo
menos,
gera
um
desejo
consciente
de
o
fazer
(embora
seja
autónomo,
pode
ser
inibido
ou
facilitado
pelos
centros
cerebrais).
Anatomia
Fisiológica
e
Conexões
Nervosas
da
Bexiga
A
bexiga
é
uma
câmara
de
músculo
liso
(designado
detrusor),
dividida
em
duas
partes:
-‐
corpo,
a
parte
principal
onde
a
urina
é
armazenada.
-‐
colo,
extensão
afunilada
de
2-‐3cm,
que
se
conecta
com
a
uretra
(parte
inferior
do
colo
é
a
uretra
posterior).
É
composto
por
músculo
detrusor
entrelaçado
com
tecido
elástico,
originando
o
esfíncter
interno,
cujo
tónus
evita
o
esvaziamento
da
bexiga
até
que
a
pressão
não
esteja
acima
do
nível
crítico.
A
contracção
do
detrusor
é
o
passo
principal
para
o
esvaziamento
da
bexiga.
As
células
musculares
estendem-‐se
em
todas
as
direcções
e
estão
acopladas
através
de
vias
de
baixa
resistência
eléctrica
que
permitem
a
contracção
conjunta
da
bexiga
pela
difusão
do
potencial,
que
causa
aumento
da
pressão
intra-‐
vesical
(pode
atingir
40-‐60mmHg).
Existe
uma
zona
de
mucosa
lisa
(contrariamente
à
restante
mucosa
rugosa),
o
trígono
vesical,
cujo
ápice
se
abre
na
uretra
posterior
e
os
dois
ureteres
entram
na
bexiga
pelos
orifícios
superiores.
O
principal
suprimento
nervoso
são
nervos
pélvicos
(de
S2-‐S3
principalmente),
que
têm
dois
tipos
de
fibras:
sensitivas,
que
detectam
a
distensão
da
parede
vesical
e
motoras
que
são
fibras
parassimpáticas.
Além
dos
nervos
pélvicos:
-‐
fibras
motoras
do
nervo
pudendo,
que
são
fibras
somáticas
que
inervam
e
controlam
o
esfíncter
externo
-‐
nervos
hipogástricos
(de
L2),
que
providenciam
inervação
simpática
aos
vasos
sanguíneos
Transporte
da
Urina:
do
Rim
à
Bexiga
Fluxo
de
urina
nos
tubos
Distensão
dos
tubos
Início
de
contracções
Difusão
de
contracções
colectores
colectores
peristálCcas
no
bacinete
e
ureter
Cada
onda
peristáltica
ao
longo
do
ureter
vai
aumentar
a
pressão
no
interior
deste,
provocando
a
abertura
da
parte
que
atravessa
a
parede
vesical,
Contracções
Peristálticas:
permitindo
o
fluxo
de
urina
para
a
bexiga.
↑
por
estímulo
O
tónus
normal
do
detrusor
comprime
a
parte
do
ureter
que
atravessa
a
parassimpático
bexiga,
evitando
o
refluxo
de
urina
quando
há
aumento
de
pressão
intra-‐vesical
98
(micção
ou
compressão).
Se
esta
parte
do
ureter
é
inferior
ao
normal,
isso
origina
situações
de
reflexo
vesico-‐
ureteral,
que
podem
levar
a
aumento
do
diâmetro
dos
ureteres
ou
aumento
da
pressão
em
estruturas
renais.
Reflexo
uretero-‐renal
–
reflexo
simpático
que
leva
à
constrição
das
arteríolas
renais,
diminuindo
o
fluxo
de
urina,
o
que
evita
o
excesso
de
líquido
no
bacinete
em
casos
de
obstrução
do
ureter
(causam
muita
dor
pela
existência
de
muitas
terminações
nervosas).
Enchimento
da
Bexiga
e
Tónus
da
Parede
Vesical
Não
há
urina
na
bexiga
–
pressão
intravesical
é
0
Enchimento
com
30
a
50mL
–
pressão
eleva-‐se
5
a
10
cm
de
água
Acumulação
de
urina
até
200-‐300mL
–
pequena
elevação
da
pressão
Além
de
300-‐400mL
–
causa
a
maior
elevação
de
pressão
Ondas
de
micção
–
aumentos
rápidos
e
periódicos
de
pressão
que
duram
entre
alguns
segundos
e
1minuto
e
se
sobrepõem
às
alterações
de
tónus,
sendo
causados
por
reflexos
de
micção.
Reflexo
de
Micção
É
um
reflexo
de
estiramento
iniciado
pelos
receptores
sensoriais
de
estiramento
presentes
na
parede
vesical,
sobretudo
na
uretra
posterior.
Os
sinais
dos
receptores
são
conduzidos
aos
segmentos
sagrados
da
medula
pelos
nervos
pélvicos
e,
em
arco
reflexo,
o
sinal
volta
à
bexiga
pelas
fibras
parassimpáticas
dos
mesmos
nervos.
Quando
a
bexiga
está
apenas
parcialmente
cheia,
estas
contracções
de
micção
desaparecem
espontaneamente
(relaxamento
do
detrusor).
À
medida
que
a
bexiga
enche,
os
reflexos
tornam-‐se
mais
frequentes
e
com
contracções
mais
fortes
do
detrusor.
Este
reflexo
é
um
ciclo
único
e
completo
(aumento
rápido
e
progressivo
da
pressão
-‐>
pressão
mantida
-‐
>
regresso
ao
tónus
basal),
sendo
auto-‐regenerativo:
a
contracção
inicial
da
bexiga
activa
mais
estímulos
sensoriais,
que
levam
a
um
aumento
reflexo
da
contracção
da
bexiga,
ciclo
que
se
repete
até
que
a
bexiga
atinja
um
alto
grau
de
contracção.
Quando
o
reflexo
de
micção
se
torna
suficiente
para
ocorrer
o
esvaziamento
causa
a
geração
de
um
reflexo
para
relaxamento
do
esfíncter
externo
(nervos
pudendos),
só
a
existência
dos
dois
permite
a
micção.
Este
é
um
reflexo
espinhal
totalmente
autónomo,
mas
que
pode
ser
inibido
ou
facilitado
pelos
centros
cerebrais,
que
exercem
controlo
final:
manter
reflexo
parcialmente
inibido,
evitar
micção
pela
contracção
do
esfíncter
externo
e
os
centros
corticais
facilitam
o
reflexo
de
micção
e
inibem
contracção
do
esfíncter
externo.
Reflexo
de
Contracção
Entrada
de
Aumento
da
Micção
+
voluntária
da
urina
no
colo
Distensão
das
EsCmulação
dos
MICÇÃO
pressão
intra-‐ Inibição
do
musculatura
vesical
e
uretra
paredes
vesicais
receptores
VOLUNTÁRIA
vesical
Esfincter
abdominal
posterior
Externo
Anomalias
na
Micção
• Causada
por
destruição
das
fibras
nervosas
sensiCvas
(esmagamento
na
região
sagrada/tabes
dorsalis)
Bexiga
Atónica
Destruição
de
fibras
-‐>
impede
sinais
de
esCramento
-‐>
perda
de
controlo
vesical
-‐>
inconCnência
de
superenchimento
Bexiga
• Causada
por
Lesão
na
Medula
Espinhal
acima
da
Região
Sacral
AutomáCca
(reflexos
de
micção
ocorrem
sem
controlo
final
dos
centros
cerebrais)
Bexiga
• Causada
por
lesão
parcial
da
medula
espinhal
ou
tronco
cerebral,
interrompendo
a
maioria
dos
sinais
inibitórios
Neurogénica
• Caracteriza-‐se
por
micção
frequente
e
relaCvamente
descontrolada
Não
Inibida
99
101
A
TFG
corresponde
a
20%
do
fluxo
plasmático
renal
(125mL/min
ou
180L/dia)
e
é
tão
elevada
devido
à
alta
pressão
hidrostática,
alto
coeficiente
de
filtração
e
um
pouco
pelas
características
da
membrana
capilar.
Fluxo
Sanguíneo
Renal
O
fluxo
sanguíneo
renal
é
cerca
de
22%
do
débito
cardíaco
(homem
de
70kg-‐>1100mL/min),
um
fluxo
extremamente
alto
(quase
7x
maior
em
relação
ao
cérebro)
para
apenas
0,4%
do
peso
corporal.
Para
além
de
fornecer
nutrientes
e
remover
produtos
de
excreção,
a
quantidade
adicional
de
fluxo
torna
possíveis
as
altas
taxas
de
filtração
glomerular
e
consequente
controlo
preciso
dos
líquidos
corporais
e
das
concentrações
de
solutos.
Os
rins
consomem
2x
mais
oxigénio
que
o
cérebro,
sendo
que
grande
fracção
deste
está
relacionada
com
a
alta
taxa
de
reabsorção
activa
de
sódio
pelos
túbulos
renais.
O
consumo
de
oxigénio
renal
varia
proporcionalmente
com
a
reabsorção
de
sódio
nos
túbulos,
estando
esta
em
relação
com
a
TFG
e
a
taxa
de
sódio
filtrado
(↓fluxo
sanguíneo
renal
+
↓TFG
-‐>
↓[Na+]filtrado
-‐>
↓reabsorção
de
Na+
e
↓O2).
Se
a
filtração
cessar
completamente,
a
reabsorção
também
cessa
e
o
consumo
de
O2
diminui
para
¼
do
normal
(valor
correspondente
às
necessidades
metabólicas).
Determinantes
do
Fluxo
Sanguíneo
Renal
Este
é
determinado
pelo
gradiente
de
pressão
através
da
vasculatura
renal
(diferença
entre
as
pressões
hidrostáticas
na
artéria
renal
e
na
veia
renal)
dividido
pela
resistência
vascular
total
renal.
A
pressão
na
artéria
renal
é
aproximadamente
igual
à
pressão
arterial
sistémica
e
a
pressão
na
veia
renal
é
em
média
3-‐4mmHg.
A
resistência
vascular
total
renal
é
determinada
pela
soma
das
resistências
nos
segmentos
vasculares
individuais,
sendo
que
a
maior
parte
reside
em
3
segmentos:
artérias
interlobulares,
arteríolas
aferentes
e
arteríolas
eferentes.
É
controlada
pelo
sistema
nervoso
simpático,
por
hormonas
e
por
mecanismos
de
controlo
local.
[↑RVT
-‐>
↓fluxo
sanguíneo
/
↓RVT
-‐>
↑fluxo
sanguíneo]
Os
rins
possuem
o
mecanismo
de
auto-‐regulação
para
manutenção
do
fluxo
renal
e
da
TFG
relativamente
constantes
numa
faixa
de
80-‐170mmHg.
O
córtex
renal
recebe
a
maior
parte
do
fluxo
sanguíneo
renal,
enquanto
para
a
medula
renal
vai
apenas
1-‐2%
do
fluxo,
através
dos
vasa
recta,
vasos
especializados
que
têm
um
papel
importante
na
formação
de
urina.
Controlo
Fisiológico
da
Filtração
Glomerular
e
do
Fluxo
Sanguíneo
Renal
Os
determinantes
da
TFG
mais
sujeitos
a
controlo
fisiológico
incluem
pressão
hidrostática
glomerular
e
a
pressão
coloidosmótica
capilar
glomerular.
Este
controlo
é
feito
através
do
sistema
nervoso
simpático,
hormonas,
autacóides
(substâncias
vasoactivas
que
actuam
localmente)
e
outros
controlos
intrínsecos
por
feedback.
Todos
os
vasos
sanguíneos
são
ricamente
inervados
pelas
fibras
nervosas
simpáticas.
Uma
forte
activação
simpática
traduz-‐se
na
constrição
das
arteríolas
renais
e
na
diminuição
do
fluxo
sanguíneo
renal
e
da
TFG,
enquanto
uma
estimulação
moderada
tem
pouca
influência.
Controlo
Hormonal
e
Autacóide
da
Circulação
Renal
-‐
Norepinefrina
e
epinefrina
–
hormonas
da
supra-‐renal
que
provocam
constrição
das
arteríolas
aferentes
e
eferentes,
causando
a
redução
da
TFG
e
do
fluxo
sanguíneo.
Como
acompanham
a
actividade
simpática,
estas
têm
pouca
influência
sobre
a
hemodinâmica
renal,
excepto
em
situações
extremas.
-‐
Endotelina
–
péptido
vasoconstritor
poderoso,
libertado
pelas
células
endoteliais
vasculares
lesionadas.
Sabe-‐se
que
pode
contribuir
para
a
hemostasia,
em
caso
de
lesão
endotelial
de
um
vaso
(provoca
aumento
dos
níveis
de
endotelina),
minimizando
a
perda
sanguínea,
através
da
vasoconstrição
e
da
diminuição
da
TFG.
-‐
Angiotensina
II
–
poderoso
vasoconstritor
renal
(funciona
como
hormona
circulante
e
como
autacóide
local).
O
aumento
dos
níveis
de
angiotensina
II
(normalmente
associado
à
diminuição
da
pressão
arterial
ou
deplecção
volumétrica)
provoca
a
constrição
das
arteríolas
eferentes
e
elevação
da
pressão
hidrostática
glomerular
e
da
TFG,
com
consequente
redução
do
fluxo
sanguíneo
renal,
o
que
contribui
para
fluxo
reduzido
nos
capilares
peritubulares
com
aumento
de
reabsorção
de
sódio
e
água,
o
que
ajuda
a
restaurar
o
volume
e
pressões
sanguíneas.
102
-‐
Óxido
Nítrico
(NO)
–
autacóide
libertado
pelo
endotélio
vascular,
que
diminui
a
resistência
vascular
renal.
Um
nível
basal
de
NO
é
importante
para
a
manutenção
da
vasodilatação
renal,
permitindo
que
os
rins
excretem
quantidades
normais
de
sódio
e
água.
Inibição
da
produção
de
NO
-‐>
↑
resistência
vascular
renal
-‐>
↓TFG
-‐>
↓excreção
urinária
de
Na+
-‐>
↑PA
-‐
Prostaglandinas
e
Bradicininas
–
causam
vasodilatação
e
aumento
do
fluxo
sanguíneo
renal
e
da
TFG.
Não
têm
um
papel
principal,
mas
podem
amenizar
os
efeitos
vasoconstritores
renais
(do
SNS
e
da
angiotensinaII),
especialmente
ao
nível
das
artérias
aferentes,
ajudando
a
evitar
reduções
excessivas
na
TGF
e
no
fluxo
sanguíneo
renal
Auto-‐regulação
da
Taxa
de
Filtração
Glomerular
e
do
Fluxo
Sanguíneo
Renal
A
auto-‐regulação
define-‐se
como
a
relativa
constância
dos
valores
de
TFG
e
de
fluxo
sanguíneo
renal,
apesar
das
variações
da
pressão
arterial,
obtida
através
de
mecanismos
de
feedback
intrínsecos.
A
principal
função
desta
auto-‐regulação
nos
rins
é
manter
uma
TFG
relativamente
constante
e
um
controlo
preciso
da
excreção
renal
de
água
e
solutos.
Embora
a
TFG
e
o
fluxo
sanguíneo
renal
sejam
auto-‐regulados
em
paralelo,
a
TFG
é
mais
eficientemente
auto-‐regulada
(em
certas
condições).
Os
mecanismos
auto-‐regulatórios
do
rim
não
são
100%
perfeitos,
mas
evitam
grandes
alterações
a
nível
de
excreção
renal.
Normalmente,
a
TFG
é
180L/dia
e
a
reabsorção
tubular
é
178,5L/dia,
deixando
uma
excreção
de
1,5L
de
líquido
para
ser
excretado.
Caso
a
auto-‐regulação
não
funcionasse,
um
aumento
pequeno
na
PA
provocaria
um
aumento
de
25%
na
TFG,
o
que
mantendo
a
reabsorção
tubular,
se
traduz
num
volume
de
46,5L/dia
para
excretar.
Na
realidade,
uma
pequena
alteração
de
PA
exerce
menos
efeito
no
volume
de
urina,
uma
vez
que
a
auto-‐regulação
renal
evita
grandes
alterações
na
TFG
e
que
há
mecanismos
adaptativos
adicionais
nos
túbulos
renais,
que
permitem
aumenta
a
taxa
de
reabsorção
quando
a
TFG
se
eleva
(balanço
glomerulotubular).
Ainda
assim,
alterações
na
pressão
arterial
têm
efeitos
significativos
na
excreção
renal
de
água
e
sódio,
diurese
e
natriurese
pressórica,
cruciais
na
regulação
do
volume
de
líquido
corporal
e
na
pressão
arterial.
Para
realizar
a
função
de
auto-‐regulação,
os
rins
possuem
mecanismos
de
feedback,
que
relacionam
as
mudanças
na
concentração
de
NaCl
na
mácula
densa
com
o
controlo
da
resistência
arteriolar
renal.
Este
feedback
permite
assegurar
um
fornecimento
relativamente
constante
de
NaCl
ao
túbulo
distal
e
ajuda
a
prevenir
flutuações
na
excreção
renal,
que
de
outro
modo
ocorreriam.
É
este
mecanismo
que
auto-‐regula
o
fluxo
sanguíneo
renal
e
a
TFG.
O
mecanismo
de
feedback
tubuloglomerular
tem
dois
componentes:
um
mecanismo
de
feedback
arteriolar
aferente
e
um
mecanismo
de
feedback
arteriolar
eferente,
ambos
dependentes
do
complexo
justa-‐glomerular.
O
complexo
justa-‐glomerular
consiste
no
conjunto
de
células
da
mácula
densa
(especialmente
as
da
porção
inicial
do
túbulo
distal)
e
de
células
justa-‐glomerulares.
As
células
da
mácula
densa
detectam
alterações
no
volume
que
chega
ao
túbulo
distal
por
meio
de
sinais
(não
completamente
entendidos).
A
diminuição
da
TFG
torna
o
fluxo
na
ansa
de
Henle
mais
lento,
causando
a
reabsorção
aumentada
de
iões
de
sódio
e
cloreto
no
ramo
ascendente
e
reduzindo
assim
a
concentração
de
cloreto
de
sódio
nas
células
da
mácula
densa.
A
redução
na
concentração
de
cloreto
de
sódio
inicia
um
sinal
que
tem
dois
efeitos:
reduz
a
resistência
ao
fluxo
sanguíneo
nas
arteríolas
aferentes
(o
que
eleva
a
pressão
hidrostática
glomerular,
ajudando
na
normalização
da
TFG)
e
aumenta
a
libertação
de
renina
pelas
células
justa-‐glomerulares
das
arteríolas
aferentes
e
eferentes.
A
renina
vai
funcionar
como
uma
enzima
que
aumenta
a
formação
de
angiotensina
I,
que
é
convertida
a
angiotensina
II
(pela
ECA),
esta
última
provoca
a
contracção
das
arteríolas
eferentes,
o
que
aumenta
a
pressão
hidrostática
glomerular
e
normaliza
a
TFG.
Estes
dois
efeitos
operam
em
conjunto
através
de
uma
estrutura
do
aparelho
justa-‐glomerular
que
fornece
sinais
de
feedback
às
arteríolas,
permitindo
um
controlo
preciso
da
TFG,
mesmo
em
casos
de
grande
flutuação
na
PA.
A
acção
preferencial
da
angiotensina
II
nas
arteríolas
eferentes
ajuda
a
evitar
reduções
graves
na
pressão
hidrostática
glomerular
e
na
TFG
em
casos
de
perfusão
renal
diminuída,
logo
a
administração
de
103
drogas
que
bloqueiam
a
formação
(inibidores
da
ECA)
ou
a
acção
(antagonistas)
da
angiotensina
II
causam
reduções
drásticas
na
TFG.
Logo,
uma
das
complicações
que
surge
nos
hipertensos
tratados
é
a
estenose
da
artéria
renal,
uma
diminuição
grave
da
TFG
que
pode
levar
à
insuficiência
renal
aguda.
Auto-‐regulação
miogénica
do
fluxo
sanguíneo
renal
e
TFG
A
capacidade
de
resistência
ao
estiramento
dos
vasos
sanguíneos,
durante
o
aumento
da
PA,
é
outro
mecanismo
para
a
manutenção
do
fluxo
sanguíneo
renal
e
da
TFG.
Este
baseia-‐se
no
facto
dos
vasos
produzirem
a
contracção
do
músculo
liso
em
resposta
ao
aumento
da
tensão
na
parede
(esta
provocou
o
movimento
aumentado
de
iões
de
cálcio).
A
contracção
evita
a
hiperdistensão
do
vaso
e
ajuda
a
prevenir
um
aumento
excessivo
no
fluxo
sanguíneo
e
na
TFG,
pela
elevação
da
resistência
vascular.
Embora
seja
provavelmente
um
mecanismo
generalizado,
a
sua
importância
é
questionada
a
nível
renal
pela
falta
de
sensibilidade
às
alterações.
Outros
factores
que
aumentam
o
fluxo
sanguíneo
renal
e
a
TFG:
elevada
ingestão
proteica
e
glicémia
aumentada
Embora
o
fluxo
sanguíneo
renal
e
a
TFG
se
mantenham
estáveis
na
maior
parte
das
condições,
existem
situações
nas
quais
se
alteram
significativamente.
Um
desses
exemplos
é
uma
elevada
ingestão
proteica
(ex.:
grandes
quantidades
de
carne),
que
aumenta
tanto
a
TFG
como
o
fluxo
sanguíneo
renal
(cerca
de
duas
horas
após
a
ingestão
de
proteínas
verifica-‐
se
um
aumento
de
20
a
30%),
devido
parcialmente
ao
aumento
de
tamanho
dos
rins.
O
mecanismo
exacto
não
é
completamente
entendido,
mas
uma
das
hipóteses
explicativas
é
que
a
refeição
rica
em
proteínas
aumenta
a
libertação
de
aminoácidos
para
o
sangue.
Estes
são
reabsorvidos
nos
túbulos
proximais,
tal
como
o
sódio,
o
que
leva
a
que
quando
aumenta
a
reabsorção
de
aminoácidos,
aumente
também
a
de
sódio.
Isto
traduz-‐se
na
diminuição
do
aporte
de
sódio
para
a
mácula
densa,
levando
à
diminuição
da
resistência
das
arteríolas
aferentes,
que
resulta
num
aumento
da
TFG
e
do
fluxo
sanguíneo
renal.
Também
no
caso
de
glicémias
elevadas
(casos
de
diabetes
mellitus
não
tratado)
ocorre
um
aumento
marcado
da
TFG
e
do
fluxo
sanguíneo
renal,
por
um
mecanismo
semelhante
ao
anterior:
a
glicose
é
também
reabsorvida
a
nível
do
túbulo
proximal,
então
um
aumento
de
reabsorção
de
glicose
traduz-‐se
numa
reabsorção
excessiva
de
sódio,
diminuindo
o
aporte
deste
à
mácula
densa
e
causando
a
dilatação
das
arteríolas
aferentes
e
consequente
aumento
de
TFG
e
de
fluxo
sanguíneo
renal.
O
principal
objectivo
do
feedback
tubuloglomerular
é
assegurar
um
aporte
constante
de
cloreto
de
sódio
ao
túbulo
distal,
onde
ocorre
o
processamento
final.
Desta
forma,
distúrbios
que
tendem
a
aumentar
a
reabsorção
de
sódio
antes
da
mácula
levam
ao
aumento
da
TFG
e
do
fluxo
sanguíneo
renal
contribuindo
para
a
normalização
do
aporte,
mantendo
taxas
de
excreção
de
sódio
e
de
água.
Numa
sequência
oposta,
a
reabsorção
tubular
proximal
reduzida
leva
a
que
grandes
quantidades
de
sódio
atinjam
o
túbulo
distal,
o
que
se
não
for
compensado,
causa
deplecção
excessiva
de
volume.
Uma
das
repostas
compensatórias
é
a
vasoconstrição
renal,
mediada
por
feedback
do
excessivo
aporte
de
cloreto
de
sódio
à
mácula
densa,
o
que
só
mostra
a
importância
deste
mecanismo
de
feedback
para
assegurar
o
correcto
aporte
de
cloreto
de
sódio
e
outros
solutos
ao
túbulo
distal
e
também
um
volume
de
líquido
adequado
para
excreção
de
quantidades
apropriadas
de
substância.
104
Ao
longo
do
trajecto
acima
referido,
algumas
substâncias
passam
por
reabsorção
selectiva
e
retornam
ao
sangue,
enquanto
outras
são
secretadas
a
partir
do
sangue
para
o
lúmen
tubular.
A
secreção
é
responsável
pelo
aparecimento,
na
urina,
de
quantidades
significativas
de
iões
potássio,
iões
hidrogénio
e
algumas
outras
substâncias.
-‐
A
reabsorção
tubular
é
selectiva
e
quantitativamente
grande
Os
processos
de
filtração
glomerular
e
de
reabsorção
tubular
são,
quantitativamente
muito
grandes
em
relação
à
excreção
urinária
de
muitas
substâncias.
Assim,
uma
pequena
alteração
na
filtração
glomerular
ou
na
reabsorção
tubular
pode,
potencialmente,
produzir
uma
variação
relativamente
grande
na
excreção
urinária.
A
filtração
glomerular
é
relativamente
não-‐selectiva.
Já
a
reabsorção
tubular
é
muito
selectiva.
A
glicose
e
os
aminoácidos
têm
reabsorção
quase
completa.
Muitos
iões
no
plasma,
como
o
sódio,
o
cloreto
e
o
bicarbonato,
também
são
altamente
reabsorvidos,
no
entanto
a
sua
reabsorção
e
excreção
urinária
são
variáveis,
dependendo
das
necessidades
do
organismo.
Por
outro
lado,
certos
produtos
de
degradação,
como
a
ureia
e
a
creatinina,
são
pouco
reabsorvidos
a
partir
dos
túbulos
e,
por
isso
são
excretados
em
quantidades
relativamente
grandes.
Os
rins
regulam
a
excreção
de
solutos,
independentemente
um
do
outro
–
capacidade
essencial
para
o
controle
preciso
da
composição
dos
líquidos
corporais.
A
reabsorção
tubular
inclui
mecanismos
passivos
e
activos
Uma
substância
reabsorvida
é
transportada
através
das
membranas
epiteliais
tubulares
para
o
líquido
intersticial
renal
e
a
seguir
através
da
membrana
dos
capilares
peritubulares
de
volta
ao
sangue.
Consequentemente,
a
reabsorção
de
água
e
de
solutos
inclui
uma
série
de
etapas
de
transporte.
A
reabsorção
através
do
epitélio
tubular
para
o
líquido
intersticial
inclui
o
transporte
activo
ou
passivo.
Via
transcelular
à
a
água
e
os
solutos,
por
exemplo,
que
são
transportados
através
das
próprias
membranas.
Via
paracelular
à
também
a
água
e
os
solutos
quando
são
transportados
através
dos
espaços
juncionais
entre
as
células.
Fluxo
de
massa
à
quando,
após
a
absorção,
a
água
e
os
solutos,
são
transportados
através
das
paredes
dos
capilares
peritubulares
para
o
sangue,
por
ultrafiltração,
que
é
mediada
por
forças
hidrostáticas
e
coloidosmóticas.
à
Existe
uma
força
reabsortiva
efectiva,
que
desloca
o
líquido
e
os
solutos
do
interstício
para
o
sangue.
105
-‐Transporte
activo
Desloca
um
soluto
contra
o
seu
gradiente
electroquímico,
exigindo
energia
derivada
do
metabolismo.
Transporte
activo
primário
à
transporte
que
está
directamente
acoplado
a
uma
fonte
de
energia
(ATP).
Transporte
activo
secundário
à
transporte
acoplado
indirectamente
a
uma
fonte
de
energia,
como
a
decorrente
de
um
gradiente
iónico
à
reabsorção
de
glicose
pelo
túbulo
renal,
por
exemplo.
Osmose
à
é
um
mecanismo
físico
passivo
que
se
refere
à
difusão
da
água
de
uma
região
de
baixa
concentração
de
solutos
(alta
concentração
de
água)
para
uma
região
de
alta
concentração
de
solutos
(baixa
concentração
de
água).
Os
solutos
reabsorvidos
ou
secretados
podem
ser
transportados
através
das
células,
por
via
transcelular,
ou
por
entre
as
células,
através
das
junções
fechadas
e
dos
espaços
intercelulares,
pela
via
paracelular.
O
sódio
desloca-‐se
por
ambas
as
vias,
apesar
de
a
maior
parte
ser
transportada
pela
via
transcelular.
No
entanto,
no
túbulo
proximal
a
água
também
é
reabsorvida
pela
via
paracelular.
A
importância
especial
do
transporte
activo
primário
reside
na
sua
capacidade
de
deslocar
solutos
contra
um
gradiente
electroquímico.
Os
transportes
activos
primários
conhecidos
incluem
a
bomba
sódio-‐
potássio
ATPase,
a
hidrogénio
ATPase,
a
hidrogénio-‐potássio
ATPase
e
a
cálcio
ATPase.
Um
dos
exemplos
de
um
transporte
activo
primário
é
a
reabsorção
de
iões
sódio
através
da
membrana
tubular
proximal,
uma
vez
que,
ao
mesmo
tempo,
o
potássio
é
transportado
do
interstício
para
o
interior
da
célula.
A
reabsorção
activa
do
sódio
pela
sódio-‐potássio
ATPase
ocorre
na
maioria
das
porções
do
túbulo.
No
transporte
activo
secundário,
duas
ou
mais
substâncias
interagem
com
uma
proteína
específica
da
membrana
e
são
transportadas
juntas
através
da
membrana.
À
medida
que
uma
das
substâncias
(p.
ex
o
sódio)
se
difunde
ao
longo
do
seu
gradiente
electroquímico,
a
energia
libertada
é
utilizada
para
impulsionar
outra
substância
(p.
ex.
glicose)
contra
o
seu
gradiente
electroquímico.
A
fonte
directa
de
energia
é
a
libertada
pela
difusão
facilitada
simultânea
de
outra
substância
transportada
ao
longo
do
seu
próprio
gradiente
electroquímico.
Assim,
a
reabsorção
da
glicose
é
denominada
“transporte
activo
secundário”,
visto
que
a
própria
glicose
é
reabsorvida
contra
um
gradiente
químico,
porém
“secundária”
ao
transporte
activo*
primário
do
sódio.
Contratransporte
à
a
energia
libertada
a
partir
do
movimento
de
uma
das
substâncias
(por
exemplo,
iões
sódio)
permite
o
movimento
de
uma
segunda
substância
na
direcção
oposta.
Um
exemplo
de
contratransporte
é
a
secreção
activa
de
iões
hidrogénio
acoplada
à
reabsorção
de
sódio
na
membrana
luminal
do
túbulo
proximal.
*Nota:
Uma
substância
passa
por
transporte
“activo”,
quando
pelo
menos
uma
das
etapas
da
reabsorção
envolve
um
transporte
activo
primário,
ou
secundário,
embora
outras
etapas
do
processo
de
reabsorção
possam
ser
passivas.
-‐
Pinocitose
–
Mecanismo
de
transporte
activo
para
a
reabsorção
de
proteínas
No
túbulo
proximal,
ocorre
a
reabsorção
de
grandes
moléculas,
como
as
proteínas,
por
pinocitose.
Como
a
pinocitose
requer
energia,
é
considerada
uma
forma
de
transporte
activo.
-‐
Transporte
máximo
de
substâncias
que
são
reabsorvidas
activamente
Transporte
máximo
à
limite
para
a
intensidade
com
que
o
soluto
pode
ser
transportado.
Este
limite
ocorre
devido
à
saturação
dos
sistemas
de
transporte
específicos
envolvidos,
quando
a
quantidade
de
soluto
que
chega
ao
túbulo
(carga
tubular)
excede
a
capacidade
das
proteínas
transportadoras
e
das
enzimas
envolvidas
no
processo
de
transporte.
Ex.:
sistema
de
transporte
da
glicose
no
túbulo
proximal.
Quando
a
carga
filtrada
excede
a
capacidade
dos
túbulos
de
reabsorver
a
glicose,
ocorre
excreção
urinária
de
glicose.
O
excesso
de
glicose
filtrada
não
é
reabsorvido
e
passa
para
a
urina.
Note-‐se
que
o
aparecimento
da
glicose
na
urina
(no
limiar)
ocorre
antes
de
o
transporte
máximo
ser
alcançado.
Uma
razão
para
a
diferença
entre
o
limiar
e
o
transporte
máximo
é
que
nem
todos
os
nefrónios
têm
o
mesmo
transporte
106
máximo
para
a
glicose,
e
alguns
dele
excretam
a
glicose
antes
dos
outros
terem
alcançado
o
seu
transporte
máximo.
O
transporte
máximo
global
para
os
rins
é
alcançado
quando
todos
os
nefrónios
atingem
a
sua
capacidade
máxima
de
reabsorver
a
glicose.
Este
transporte
máximo
pode
ser
aumentado
em
resposta
a
certas
hormonas
como
a
aldosterona.
-‐
Substâncias
que
são
transportadas
mas
que
não
apresentam
transporte
máximo
Transporte
por
gradiente-‐tempo
à
são
as
substâncias
reabsorvidas
passivamente,
visto
que
a
intensidade
do
transporte
depende
do
gradiente
electroquímico
e
do
tempo
em
que
a
substância
permanece
no
túbulo,
o
que,
por
sua
vez,
depende
da
velocidade
do
fluxo
tubular.
Algumas
substâncias
activamente
transportadas
também
possuem
características
de
transporte
por
gradiente-‐tempo.
Ex.:
reabsorção
de
sódio
no
túbulo
proximal
–
quanto
maior
a
concentração
de
sódio
nos
túbulos
proximais,
maior
a
sua
reabsorção.
Além
disso,
quanto
mais
lenta
a
intensidade
do
fluxo
do
líquido
tubular,
maior
a
percentagem
de
sódio
que
pode
ser
reabsorvida
a
partir
dos
túbulos
proximais.
-‐
A
reabsorção
passiva
de
água
por
osmose
está
acoplada,
principalmente,
à
reabsorção
de
sódio
Tracção
pelo
solvente
à
processo
pelo
qual
se
dá
o
transporte
de
alguns
solutos
pela
água,
à
medida
que
esta
atravessa
as
junções
fechadas
por
osmose.
A
permeabilidade
à
água
nas
últimas
porções
dos
túbulos
–
túbulos
distais,
túbulos
colectores
e
ductos
colectores
–
pode
ser
alta
ou
baixa,
dependendo
da
presença,
ou
da
ausência,
de
ADH.
-‐
Reabsorção
de
cloreto,
ureia
e
outros
solutos
por
difusão
passiva
O
sódio
é
reabsorvido
através
da
célula
epitelial
tubular,
os
iões
negativos,
como
o
cloreto,
são
transportados
juntamente
com
o
sódio,
devido
aos
potenciais
eléctricos.
Os
iões
cloreto
têm
uma
difusão
passiva
através
da
via
paracelular.
Ocorre
reabsorção
adicional
de
iões
cloreto,
devido
ao
gradiente
de
concentração
do
cloreto
que
se
desenvolve
quando
a
água
é
reabsorvida
do
túbulo
por
osmose,
concentrando,
assim,
os
iões
cloreto
no
lúmen
tubular.
Por
conseguinte
a
reabsorção
activa
de
sódio
está
estreitamente
acoplada
com
a
reabsorção
passiva
de
cloreto
através
de
um
potencial
eléctrico
e
de
um
gradiente
de
concentração
de
cloreto.
Os
iões
cloreto
também
podem
ser
reabsorvidos
por
transporte
activo
secundário.
A
ureia
também
tem
reabsorção
passiva
a
partir
do
túbulo,
porém
em
muito
menor
grau
do
que
os
iões
cloreto.
Outro
produto
da
degradação
do
metabolismo
é
a
creatinina,
uma
molécula
maior
do
que
a
ureia.
A
membrana
tubular
é
completamente
impermeável
à
mesma.
Por
conseguinte,
não
há
qualquer
reabsorção
da
creatinina
filtrada,
de
modo
que
praticamente
toda
a
creatinina
filtrada
pelo
glomérulo
é
excretada
na
urina.
Reabsorção
Tubular
Proximal
Os
túbulos
proximais
reabsorvem
cerca
de
65%
de
sódio,
cloreto,
bicarbonato
e
potássio
filtrados
e
praticamente
toda
a
glicose
e
os
aminoácidos
filtrados.
Os
túbulos
roximais
também
secretam
ácidos
orgânicos,
bases
e
iões
hidrogénio
para
o
lúmen
tubular.
Na
primeira
metade
do
túbulo
proximal,
o
sódio
é
reabsorvido
por
co-‐transporte,
juntamente
com
a
glicose,
aminoácidos
e
outros
solutos.
Na
segunda
metade
permanece
pouca
quantidade
de
glicose
e
aminoácidos
para
ser
reabsorvida.
Assim,
o
sódio
é
reabsorvido
com
iões
cloreto.
-‐
Concentrações
dos
solutos
ao
longo
do
túbulo
proximal
A
quantidade
de
sódio
no
líquido
tubular
diminui
acentuadamente
ao
longo
do
túbulo
proximal,
a
concentração
de
sódio
(e
a
osmolaridade
total)
permanece
relativamente
constante,
uma
vez
que
a
107
permeabilidade
dos
túbulos
proximais
à
água
é
tão
grande,
que
a
reabsorção
de
água
acompanha
o
ritmo
da
reabsorção
do
sódio.
Os
solutos
orgânicos
(a
glicose,
os
aminoácidos
e
o
bicarbonato)
são
reabsorvidos
muito
mais
avidamente
do
que
a
água,
de
modo
que
as
suas
concentrações
diminuem
acentuadamente
ao
longo
do
comprimento
do
túbulo
proximal.
Outros
solutos
orgânicos
aumentam
a
sua
concentração
ao
longo
do
túbulo
uma
vez
que
este
é
impermeável
aos
mesmos.
Um
exemplo
é
a
creatinina.
-‐
Secreção
de
ácidos
e
bases
orgânicas
pelo
túbulo
proximal
O
túbulo
proximal
também
constitui
um
local
importante
para
a
secreção
de
ácidos
e
bases
orgânicos,
como
sais
biliares,
oxalato,
urato
e
catecolaminas.
Ansa
de
Henle
A
ança
de
henle
é
constituída
por
3
segmentos
funcionalmente
distintos:
ramo
descendente
delgado;
ramo
ascendente
delgado
e
ramo
ascendente
espesso.
A
parte
descendente
é
muito
permeável
à
água
e
moderadamente
permeável
à
maioria
dos
solutos,
incluindo
ureia
e
sódio.
Cerca
de
20%
da
água
filtrada
é
reabsorvida
na
ança
de
henle,
e
quase
toda
a
reabsorção
ocorre
no
ramo
descendente
delgado,
visto
que
o
ramo
ascendente,
incluindo
as
porções
tanto
delgada
quanto
espessa,
é
praticamente
impermeável
à
água,
característica
importante
para
a
concentração
de
urina.
O
segmento
delgado
do
ramo
ascendente
tem
a
capacidade
de
reabsorção
muito
menor
que
a
do
segmento
espesso,
e
no
ramo
descendente
delgado
não
se
reabsorve
quantidade
significativa
de
qualquer
um
desses
solutos.
No
ramo
ascendente
espesso
da
ança
de
henle,
o
movimento
do
sódio
através
da
membrana
luminal
é
mediado,
primariamente,
por
co-‐transportador
de
1
sódio,
2
cloretos
e
1
potássio.
Devido
ao
segmento
espesso
do
ramo
ascendente
espesso
da
ança
de
henle
ser
praticamente
impermeável
à
água,
a
maior
parte
da
água
que
chega
a
este
segmento
permanece
no
túbulo,
a
despeito
da
reabsorção
de
grande
quantidade
de
soluto.
O
líquido
tubular
no
ramo
ascendente
fica
muito
diluído
À
medida
que
flui
em
direcção
ao
túbulo
distal,
característica
importante
ao
permitir
a
diluição,
ou
a
concentração,
da
urina
pelos
rins
em
diferentes
condições.
Túbulo
distal
inicial,
final
e
túbulo
colector
cortical
108
O
túbulo
distal
inicial
apresenta
muitas
das
mesmas
características
que
o
ramo
ascendente
espesso
da
ança
de
henle
e
reabsorve
sódio,
cloreto,
cálcio
e
magnésio,
porém
é
praticamente
impermeável
à
água
e
à
ureia.
Os
túbulos
distais
finais
e
os
túbulos
colectores
corticais
são
compostos
por
dois
tipos
celulares
distintos:
as
células
principais
e
as
células
intercaladas.
As
células
principais
reabsorvem
sódio
do
lúmen
e
secretam
iões
potássio
para
o
lúmen.
As
células
intercaladas
reabsorvem
iões
potássio
e
bicarbonato
do
lúmen
e
secretam
iões
hidrogénio
para
o
lúmen.
A
reabsorção
de
água
a
partir
desse
segmento
tubular
é
controlada
pela
concentração
da
hormona
antidiurética
(ADH).
Ducto
Colector
Medular
É
o
local
final
de
processamento
da
urina
e,
portanto,
desempenham
papel
extremamente
importante
na
determinação
do
débito
urinário
final
de
água
e
solutos.
A
permeabilidade
do
ducto
colector
medular
à
água
é
controlada
pelo
nível
de
ADH.
Os
ductos
colectores
medulares
reabsorvem
activamente
iões
sódio
e
secretam
iões
potássio
e
são
permeáveis
à
ureia,
que
é
reabsorvida
nesses
segmentos
tubulares.
Regulação
da
reabsorção
tubular
Balanço
tubulo-‐glomerular
à
capacidade
intrínseca
dos
túbulos
de
aumentar
a
sua
reabsorção
em
resposta
à
carga
tubular
aumentada
(aumento
do
fluxo
tubular).
O
balanço
tubulo-‐glomerular
refere-‐se
ao
facto
de
a
intensidade
total
da
reabsorção
aumentar
à
medida
que
aumenta
a
carga
filtrada,
embora
a
percentagem
da
FG
reabsorvida
no
túbulo
proximal
permaneça
relativamente
constante
em
cerca
de
65%.
O
balanço
tubulo-‐glomerular
ajuda
a
impedir
a
sobrecarga
dos
segmentos
tubulares
distais
quando
a
FG
aumenta.
Ao
actuarem
em
conjunto,
os
mecanismos
auto-‐reguladores
e
os
mecanismos
do
balanço
tubuloglomerular
impedem
a
ocorrência
de
alterações
pronunciadas
do
fluxo
de
líquido
nos
túbulos
distais,
quando
a
pressão
arterial
se
altera
ou
quando
existem
outros
distúrbios
que,
de
outro
modo,
prejudicariam
a
manutenção
da
homeostasia
do
sódio
e
do
volume.
-‐
Regulação
das
forças
físicas
nos
capilares
peritubulares
A
pressão
hidrostática
nos
capilares
peritubulares
é
influenciada
pela
pressão
arterial
e
pela
resistência
das
arteríolas
aferentes
e
eferentes.
Os
dois
determinantes
da
reabsorção
nos
capilares
peritubulares
que
são
directamente
influenciados
por
alterações
hemodinâmicas
renais
são
a
pressão
hidrostática
e
a
pressão
coloidosmótica
dos
capilares
peritubulares.
A
pressão
hidrostática
nos
capilares
peritubulares
é
influenciada
pela
pressão
arterial
e
pela
resistência
das
arteríolas
aferentes
e
eferentes.
O
aumento
da
pressão
arterial
tende
a
elevar
a
pressão
hidrostática
nos
capilares
peritubulares
e
a
diminuir
a
reabsorção.
O
aumento
da
resistência
das
arteríolas
aferentes,
ou
eferentes,
reduz
a
pressão
hidrostática
dos
capilares
peritubulares
e
tende
a
aumentar
a
reabsorção.
Apesar
de
a
constrição
das
arteríolas
eferentes
aumentar
a
pressão
hidrostática
nos
capilares
glomerulares,
ela
reduz
a
pressão
hidrostática
nos
capilares
peritubulares.
A
elevação
da
pressão
coloidosmótica
aumenta
a
reabsorção
capilar
peritubular.
A
pressão
coloidosmótca
dos
capilares
peritubulares
é
determinada
pela
pressão
coloidosmotica
sistémica
do
plasma
e
pela
fracção
de
filtração.
A
elevação
da
concentração
plasmática
de
proteínas
no
sangue
sistémico
tende
a
elevar
a
pressão
coloidosmótica
dos
capilares
peritubulares,
com
o
consequente
aumento
da
reabsorção.
Quanto
maior
a
fracção
de
filtração,
maior
a
fracção
do
plasma
filtrado
pelo
glomérulo
e,
portanto,
mais
concentrada
a
proteína
no
plasma
que
ficou
para
trás.
Por
conseguinte
o
aumento
da
fracção
de
filtração
também
aumenta
a
reabsorção
pelos
capilares
peritubulares.
-‐
Regulação
das
forças
físicas
nos
capilares
peritubulares
As
alterações
das
forças
físicas
nos
capilares
peritubulares
influenciam
a
reabsorção
tubular,
ao
alterar
as
forças
físicas
no
interstício
renal
que
circunda
os
túbulos.
Por
exemplo,
uma
redução
da
força
reabsortiva
através
das
membranas
dos
capilares
peritubulares,
causada
por
aumento
da
pressão
hidrostática
ou
por
109
redução
da
pressão
coloidosmótica
nos
capilares
peritubulares,
reduz
a
captação
de
líquido
e
de
solutos
do
interstício
para
o
interior
dos
capilares
peritubulares.
Por
sua
vez,
essa
situação
eleva
a
pressão
hidrostática
e
diminui
a
pressão
coloidosmótica
do
líquido
intersticial
renal,
devido
à
diluição
das
proteínas
no
interstício
renal.
A
seguir,
essas
alterações
diminuem
a
reabsorção
efectiva
de
líquido
a
partir
dos
túbulos
renais
para
o
interstício,
sobretudo
nos
túbulos
proximais.
Em
geral,
as
forças
que
aumentam
a
reabsorção
capilar
peritubular
também
aumentam
a
reabsorção
a
partir
dos
túbulos
renais.
Por
outro
lado,
as
alterações
hemodinâmicas
que
inibem
a
reabsorção
capilar
peritubular
também
inibem
a
reabsorção
tubular
de
água
e
de
solutos.
-‐
Efeito
da
pressão
arterial
sobre
o
débito
urinário
–
os
mecanismos
de
natriurese
por
pressão
e
diurese
por
pressão
Até
mesmo
a
ocorrência
de
pequenas
elevações
da
pressão
arterial
muitas
vezes
provoca
aumento
acentuado
da
excreção
urinária
de
sódio
e
de
água
–
Natriurese
e
Diurese
por
pressão.
O
segundo
efeito
da
elevação
da
pressão
arterial
renal
que
aumenta
o
débito
urinário
consiste
na
diminuição
da
percentagem
da
carga
filtrada
de
sódio
e
de
água
que
é
reabsorvida
pelos
túbulos.
Os
mecanismos
responsáveis
por
esse
efeito
resultam,
em
parte,
do
pequeno
aumento
da
pressão
hidrostática
nos
capilares
peritubulares,
sobretudo
nos
vasos
rectos
da
medula
renal,
e
do
subsequente
aumento
da
pressão
hidrostática
do
líquido
intersticial
renal.
O
aumento
da
pressão
hidrostática
do
líquido
intersticial
renal
acentua
o
refluxo
do
sódio
para
o
lúmen
tubular,
reduzindo
assim
a
reabsorção
efectiva
de
sódio
e
de
água
e
aumentando
ainda
mais
o
débito
urinário
quando
a
pressão
arterial
renal
aumenta.
O
terceiro
factor
que
contribui
para
os
mecanismos
da
natriurese
por
pressão
e
da
diurese
por
pressão
consiste
na
formação
reduzida
de
angitensina
II.
A
angiotensina
II
aumenta
a
reabsorção
de
sódio
pelos
túbulos
e
estimula
a
secreção
de
aldosterona,
o
que
aumenta
ainda
mais
a
reabsorção
de
sódio.
Assim,
a
redução
da
formação
de
angiotensina
II
contribui
para
a
reabsorção
tubular
diminuída
de
sódio
que
ocorre
quando
a
pressão
arterial
aumenta.
-‐
Controle
hormonal
da
reabsorção
tubular
O
quadro
seguinte
apresenta
algumas
das
hormonas
mais
importantes
para
regular
a
reabsorção
tubular,
os
seus
principais
locais
de
acção
sobre
o
túbulo
renal
e
os
seus
efeitos
sobre
a
excreção
de
solutos
e
água.
110
111
Mecanismos
Renais
para
a
Excreção
de
uma
Urina
Diluída
Após
a
ingestão
de
água
em
excesso,
o
rim
elimina-‐a
do
corpo,
porém
sem
aumentar
a
excreção
de
solutos.
O
filtrado
glomerular
recém-‐formado
tem
uma
osmolaridade
semelhante
à
do
plasma
(300
mOsm/L).
Para
excretar
o
excedente
de
água,
há
necessidade
de
uma
diluição
do
filtrado
à
medida
que
ele
passa
ao
longo
do
túbulo.
A
diluição
é
obtida
pela
reabsorção
de
solutos
em
escala
maior
que
a
água,
no
entanto,
isso
ocorre
apenas
em
certos
segmentos
do
sistema
tubular
renal:
Túbulo
Proximal
à
líquido
tubular
isosmótico
à
300
mOsm/L
Ramo
Descendente
da
Ansa
de
Henle
à
líquido
tubular
hiperosmótico
(concentrado)
à
600
mOsm/L
Ramo
Ascendente
da
Ansa
de
Henle
à
líquido
tubular
hiposmótico
(diluído)
à
100
mOsm/L
112
113
Passos
Envolvidos
na
Geração
de
um
Interstício
Medular
Renal
Hiperosmótico
1.
A
ansa
de
Henle
é
2.
A
bomba
activa
do
ramo
ascendente
espesso
3.
Rápido
equilíbrio
osmótico
atingido
4.
Fluxo
adicional
de
líquido
do
preenchida
por
um
na
ansa
de
Henle
é
accionada,
reduzindo
a
entre
o
líquido
tubular
no
ramo
túbulo
proximal
para
a
ansa
de
líquido
com
300
concentração
tubular
e
elevando
a
descendente
da
ansa
de
Henle
e
o
Henle,
fazendo
com
que
o
mOsm/L,
a
mesma
concentração
do
interstício;
essa
bomba
líquido
intersticial,
devido
ao
líquido
hiperosmótico
formado
daquela
que
deixa
o
estabelece
um
gradiente
de
200
mOsm/L
entre
movimento
de
água
por
osmose
para
no
ramo
descendente
flua
para
túbulo
proximal
os
líquidos
tubular
e
intersticial
fora
do
ramo
descendente
o
ramo
ascendente
A
reabsorção
repetida
de
NaCl
pelo
ramo
ascendente
espesso
da
ansa
de
Henle
e
o
influxo
contínuo
de
novo
NaCl
do
túbulo
proximal
para
a
ansa
de
Henle
recebem
o
nome
de
Multiplicador
de
Contracorrente
5.
Com
essa
osmolaridade
no
ramo
ascendente,
6.
Mais
uma
vez,
o
7.
Com
um
período
de
tempo
suficiente,
esse
processo
mais
iões
serão
bombeados
para
o
interstício
até
líquido
no
ramo
gradativamente
retém
solutos
na
medula
e
multiplica
o
gradiente
que
se
estabeleça
um
gradiente
osmótico
de
200
descendente
atinge
o
de
concentração
estabalecido
pelo
bombeamento
activo
de
iões
mOsm/L
novamente,
elevando
a
osmolaridade
do
equilíbrio
com
o
líquido
para
fora
do
ramo
ascendente
espesso
da
ansa
de
Henle,
liquido
intersticial
para
500
mOsm/L
já
que
essa
intersticial
medular
elevando,
por
fim,
a
osmolaridade
do
líquido
intersticial
para
parte
d a
a nsa
é
impermeável
à
á gua.
hiperosmótico.
1.200
a
1.400
mOsm/L.
Papel
do
Túbulo
Distal
e
dos
Ductos
Colectores
na
Excreção
de
Urina
Concentrada
A
quantidade
de
água
reabsorvida
no
túbulo
colector
cortical
é
criticamente
dependente
da
concentração
plasmática
de
ADH.
Quando
há
uma
alta
concentração
plasmática
de
ADH,
o
túbulo
colector
cortical
torna-‐se
altamente
permeável
à
água;
desse
modo,
uma
grande
quantidade
de
água
passa
a
ser
reabsorvida
do
túbulo
para
o
interstício
cortical,
local
onde
ela
é
removida
pelos
capilares
peritubulares
de
fluxo
rápido.
O
facto
dessa
grande
quantidade
de
água
ser
absorvida
no
córtex,
e
não
na
medula
renal,
auxilia
na
conservação
da
alta
osmolaridade
do
líquido
intersticial
medular.
À
medida
que
o
líquido
tubular
flui
ao
longo
dos
ductos
colectores
medulares,
há
uma
reabsorção
hídrica
adicional
do
líquido
tubular
para
o
interstício,
mas
a
quantidade
total
de
água
é
relativamente
pequena,
em
comparação
àquela
adicionada
ao
interstício
cortical.
O
líquido
no
final
dos
ductos
colectores
tem
basicamente
a
mesma
osmolaridade
do
líquido
intersticial
da
medula
renal
–
aproximadamente
1.200
mOsm/L.
A
Ureia
Contribui
para
um
Interstício
Medular
Renal
Hiperosmótico
e
para
a
Formação
de
Urina
Concentrada
A
taxa
de
excreção
da
ureia
é
determinada
principalmente
por
2
factores:
• Concentração
desse
metabolito
no
plasma;
• Taxa
de
filtração
glomerular
(TGF).
114
CH2O
>
0
à
osmolaridade
urinária
<
osmolaridade
plasmática
à
excreção
excessiva
de
água
pelos
rins
CH2O
<
0
à
osmolaridade
urinária
>
osmolaridade
plasmática
à
remoção
do
excesso
de
solutos
do
sangue
pelos
rins
e
conservação
de
água
Distúrbios
da
Capacidade
de
Concentração
Urinária
Uma
incapacidade
dos
rins
em
concentrar
ou
diluir
a
urina
de
forma
apropriada
pode
ocorrer
se
existir:
• Secreção
inadequada
do
ADH;
• Mecanismo
contracorrente
inadequado;
• Incapacidade
do
túbulo
distal,
do
túbulo
colector
e
dos
ductos
colectores
em
responder
ao
ADH.
Produção
Insuficiente
de
ADH:
Diabetes
Insípido
“Central”
Sintomas:
formação
de
um
grande
volume
de
urina
diluída
com
tendência
à
desidratação.
Tratamento:
administração
de
um
análogo
sintético
do
ADH,
a
desmopressina
(actua
selectivamente
sobre
os
receptores
V2,
de
modo
a
aumentar
a
permeabilidade
da
parte
final
dos
túbulos
distais
e
dos
túbulos
colectores
à
água).
Insensibilidade
dos
Rins
ao
ADH:
Diabetes
Insípido
“Nefrogénico”
Sintomas:
formação
de
um
grande
volume
de
urina
diluída
com
tendência
à
desidratação.
Tratamento:
correcção,
se
possível,
do
distúrbio
renal
subjacente.
Controlo
da
Osmolaridade
e
da
Concentração
de
Sódio
do
Líquido
Extracelular
A
regulação
da
osmolaridade
e
a
concentração
de
sódio
do
líquido
extracelular
estão
intimamente
relacionadas,
já
que
o
sódio
é
o
ião
mais
abundante
no
compartimento
extracelular.
Concentração
Plasmática
de
Sódio
=
140
mEq/L
<
x
<
145
mEq/L
Osmolaridade
Média
=
300
mOsm/L
±
2
a
3%
Estimativa
da
Osmolaridade
Plasmática
a
partir
da
Concentração
de
Sódio
no
Plasma
Posm
=
2,1
x
Concentração
plasmática
de
sódio
2
Sistemas
primários
estão
particularmente
envolvidos
na
regulação
da
concentração
de
sódio
e
da
osmolaridade
do
líquido
extracelular:
• Sistema
osmorreceptor-‐ADH;
• Mecanismo
da
sede.
Sistema
de
Feedback
Osmorreceptor-‐ADH
A
Troca
por
Contracorrente
nos
Vasa
Recta
Mantém
a
Hiperosmolaridade
da
Medula
Renal
As
células
dos
núcleos
supraópticos
sintetizam
5/6
do
ADH
total
libertado
pela
hipófise,
e
os
núcleos
paraventriculares,
1/6.
Ambos
os
núcleos
possuem
prolongamentos
axonais
em
direcção
à
hipófise
posterior.
Uma
segunda
área
neuronal
importante
no
controlo
da
osmolaridade
e
da
secreção
de
ADH
está
situada
ao
longo
da
região
ântero-‐ventral
do
III
ventrículo,
conhecida
como
região
AV3V.
Na
parte
superior
desta
região,
há
uma
estrutura
denominada
órgão
subfornical,
e
na
parte
inferior,
há
uma
outra
estrutura
chamada
órgão
vasculoso
da
lâmina
terminal.
Localizado
entre
esses
dois
órgãos,
temos
o
núcleo
pré-‐óptico
mediano,
que
apresenta
múltiplas
conexões
nervosas
com
os
dois
órgãos,
bem
como
com
os
núcleos
supraópticos
e
os
centros
de
controlo
da
pressão
sanguínea
na
medula
cerebral.
Nas
proximidades
da
região
AV3V
e
dos
núcleos
supraópticos,
há
células
neuronais
que
se
excitam
com
pequenos
aumentos
na
osmolaridade
do
líquido
extracelular
(osmorreceptores).
Essas
células
enviam
sinais
nervosos
aos
núcleos
supraópticos
para
controlar
os
seus
disparos
e
a
secreção
de
ADH.
116
Tanto
o
órgão
subfornical
como
o
órgão
vasculoso
da
lâmina
terminal
apresentam
aportes
vasculares
sem
a
barreira
hematoencefálica
típica,
que
impede
a
difusão
da
maior
parte
dos
iões
do
sangue
ao
tecido
cerebral.
Isto
torna
possível
a
passagem
de
iões
e
outros
solutos
do
sangue
para
o
líquido
intersticial
dessa
região.
Como
resultado,
os
osmorreceptores
respondem
rapidamente
às
alterações
na
osmolaridade
do
líquido
extracelular,
exercendo
um
controlo
poderoso
sobre
a
secreção
de
ADH
e
a
sensação
de
sede.
Estimulação
Reflexa
Cardiovascular
da
Libertação
de
ADH
pela
Queda
na
Pressão
Arterial
e/ou
no
Volume
Sanguíneo
A
libertação
de
ADH
também
é
controlada
por
reflexos
cardiovasculares,
que
respondem
a
quedas
na
pressão
sanguínea
e/ou
no
volume
sanguíneo,
e
incluem:
• Reflexos
barorreceptores
arteriais;
• Reflexos
cardiopulmonares.
Os
estímulos
aferentes
são
conduzidos
pelos
nervos
vago
e
glossofaríngeo,
fazendo
sinapses
nos
núcleos
do
tracto
solitário.
As
projecções
a
partir
desses
núcleos
retransmitem
os
sinais
aos
núcleos
hipotalâmicos,
que
controlam
a
síntese
e
a
secreção
de
ADH.
O
Papel
da
Sede
no
Controlo
da
Osmolaridade
e
da
Concentração
de
Sódio
do
Líquido
Extracelular
Centros
da
Sede
no
Sistema
Nervoso
Central
A
mesma
área
ao
longo
da
parede
ântero-‐ventral
do
III
ventrículo
que
promove
a
libertação
de
ADH
também
estimula
a
sede.
Situada
ântero-‐lateralmente
no
núcleo
pré-‐óptico,
há
uma
outra
área
diminuta
que,
quando
estimulada
electricamente,
provoca
sede
imediata,
que
continua
enquanto
durar
a
estimulação.
Todas
essas
áreas
juntas
recebem
o
nome
de
centro
da
sede.
Estímulos
para
a
Sede
Limiar
para
o
Estímulo
Osmolar
da
Ingestão
de
Água
Quando
a
concentração
de
sódio
aumenta
apenas
em
torno
de
2mEq/L
acima
do
normal,
o
mecanismo
da
sede
é
activado,
causando
o
desejo
de
beber
líquidos
(limiar
para
a
ingestão
de
água).
Assim,
até
mesmo
pequenos
aumentos
na
osmolaridade
plasmática
costumam
ser
acompanhados
pela
ingestão
de
água,
o
que
normaliza
o
volume
e
a
osmolaridade
do
líquido
extracelular.
O
Papel
da
Angiotensina
II
e
da
Aldosterona
no
Controlo
da
Osmolaridade
e
da
Concentração
de
Sódio
do
Líquido
Extracelular
Quando
a
ingestão
de
sódio
é
baixa,
o
aumento
dos
níveis
de
angiotensina
II
e
aldosterona
estimula
a
reabsorção
desse
ião
pelos
rins
e,
consequentemente,
evita
maiores
perdas.
Por
outro
lado,
em
casos
de
alta
ingestão
de
sódio,
a
diminuição
na
formação
dessas
hormonas
possibilita
a
excreção
renal
de
grandes
quantidades
desse
ião.
Apesar
de
aumentarem
a
quantidade
de
sódio
no
líquido
extracelular,
essas
hormonas
também
elevam
o
volume
desse
líquido,
por
aumentar
a
reabsorção
de
água
juntamente
com
o
sódio.
Portanto,
a
angiotensina
II
e
a
aldosterona
exibem
um
pequeno
efeito
sobre
a
concentração
de
sódio,
excepto
sob
condições
extremas.
Mecanismo
de
Apetite
pelo
Sal
para
o
Controlo
do
Volume
e
da
Concentração
de
Sódio
no
Líquido
Extracelular
Os
2
estímulos
primários
que
supostamente
aumentam
o
apetite
pelo
sal
são:
• Redução
da
concentração
de
sódio
no
líquido
extracelular;
• Queda
na
pressão
e
no
volume
sanguíneos
associada
à
insuficiência
circulatória.
117
118
Secreção
de
Potássio
pelas
Células
Principais
dos
Túbulos
Colectores
Corticais
Distais
Finais
As
células
nos
túbulos
colectores
corticais
e
distais
finais
que
secretam
potássio
são
referidas
como
células
principais,
constituindo
cerca
de
90%
das
células
epiteliais
nessas
regiões.
A
secreção
de
potássio
do
sangue
para
o
lúmen
tubular
é
um
processo
em
2
etapas:
1. Captação
de
potássio
do
interstício
para
a
célula
pela
bomba
ATPase
de
sódio-‐potássio
presente
na
membrana
basolateral
da
célula;
2. Difusão
passiva
do
potássio,
do
interior
da
célula
para
o
líquido
tubular.
Controlo
da
Secreção
de
Potássio
pelas
Células
Principais
Os
factores
mais
importantes
que
controlam
a
secreção
de
potássio
pelas
células
principais
dos
túbulos
colectores
corticais
e
distais
finais
incluem:
• Actividade
da
bomba
ATPase
de
sódio-‐potássio;
• Gradiente
electroquímico
para
a
secreção
de
potássio
do
sangue
para
o
lúmen
tubular;
• Permeabilidade
da
membrana
luminal
para
o
potássio.
As
Células
Intercaladas
Podem
Reabsorver
o
Potássio
durante
a
Depleção
de
Potássio
Nas
condições
associadas
à
grave
depleção
de
potássio,
há
uma
interrupção
da
sua
secreção
e,
na
verdade,
uma
reabsorção
efectiva
nos
túbulos
colectores
distais
finais.
Essa
reabsorção
dá-‐se
por
meio
de
células
intercaladas.
Resumo
dos
Factores
que
Regulam
a
Secreção
de
Potássio:
Concentração
Plasmática
de
Potássio,
Aldosterona,
Taxa
de
Fluxo
Tubular
e
Concentração
de
Ião
Hidrogénio
FACTORES
QUE
REGULAM
A
EXCREÇÃO
DE
POTÁSSIO
PELAS
CÉLULAS
PRINCIPAIS
Estimulam
Reduzem
Concentração
elevada
de
potássio
no
líquido
extracelular
Altos
níveis
de
aldosterona
Aumento
da
concentração
de
ião
hidrogénio
(acidose
aguda)
Aumento
da
taxa
de
fluxo
tubular
O
Aumento
na
Concentração
de
Potássio
no
Líquido
Extracelular
Estimula
a
Secreção
de
Potássio
Existem
3
mecanismos
pelos
quais
o
aumento
da
concentração
de
potássio
no
líquido
extracelular
eleva
a
sua
secreção:
Sistema
de
Feedback
da
• Estimula
a
bomba
ATPase
de
sódio-‐potássio;
Aldosterona
• Aumenta
o
gradiente
de
potássio
do
líquido
intersticial
renal
para
o
interior
da
célula
epitelial;
• Incita
a
secreção
de
aldosterona
pelo
córtex
supra-‐renal
(sistema
de
feedback
da
aldosterona).
Plasma
K+
concentration
A
Aldosterona
Estimula
a
Secreção
de
Potássio
A
aldosterona
tem
2
efeitos
que
estimulam
a
secreção
de
potássio:
• Estimula
a
bomba
ATPase
de
sódio-‐potássio;
• Aumenta
a
permeabilidade
da
membrana
luminal
para
o
potássio.
119