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Turma: Direito Previdenciário – Matutino

Atividade referente a aula do dia 18 de março de 2020.


Trabalho 1
Entrega: 25 de março de 2020.
Pontuação: 1,0
Nome: Raique Lucas de Jesus Correia

• Arts. 20 a 21, Lei nº 8.742/1993


• Decreto nº 6.214/2007
• Arts. 623 a 631, IN 20/2007 – INSS/PRES

1) Qual o objetivo da Assistência Social?


A assistência social é um seguimento autônomo da Seguridade Social, que tem como
principal objetivo "tratar dos hipossuficientes, ou seja, daqueles que não possuem
condições de prover sua própria manutenção" (TORRES, 2012), sem que exiga deles
qualquer tipo de constribuição. Neste sentido, pode-se dizer que a assistência social
"serve para cobrir as lacunas deixadas pela previdência social que, devido a sua
natureza contributiva, acaba por excluir os necessitados" (TORRES, 2012).
São objetivos específicos da assistência social (cf. art. 203 da Constituição Federal):
• Proteção da família, da maternidade, infância, adolescência e velhice;
• Amparo às crianças e adolescentes carentes;
• Promoção da integração ao mercado de trabalho;
• Habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção da
sua integração à vida comunitária;
• Garantia de 1 salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a sua própria subsistência,
nem de tê-la provida por sua família.

2) Discorra sobre:
a. Benefício de prestação continuada – BPC;
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS) é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por
sua família. Para ter direito, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja
menor que 1/4 do salário-mínimo. Por se tratar de um benefício assistencial, não é
necessário ter contribuído para o INSS para ter direito a ele. No entanto, este benefício
não paga 13º salário e não deixa pensão por morte.
b. Diretrizes e princípios da assistência social;
Os princípios regentes da assistência social, além daqueles que a CF elencou, estão
no art. 4º da LOAS onde determina que assistência social rege-se pelos seguintes
princípios:
I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica;
II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação
assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e
serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se
qualquer comprovação vexatória de necessidade;
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer
natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem
como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
As diretrizes da organização da assistência social estão no art. 5° da LOAS, onde tem
como base as seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;
III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência
social em cada esfera do governo.
c. Organização e gestão da assistência social;
Art. 6º/LOAS: A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a
forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), com os seguintes objetivos:
I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre
os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não
contributiva;
II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social:
III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação,
manutenção e expansão das ações de assistência social:
IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais:
V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;
VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;
VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos.
d. Benefícios eventuais e serviços da Assistência Social;
Os Benefícios Eventuais são previstos pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS)
e oferecidos pelos municípios e Distrito Federal aos cidadãos e às suas famílias que
não têm condições de arcar por conta própria com o enfrentamento de situações
adversas ou que fragilize a manutenção do cidadão e sua família.
O benefício deve ser oferecido nas seguintes situações:
- Para atender as necessidades do bebê que vai nascer; apoiar a mãe nos casos em
que o bebê nasce morto ou morre logo após o nascimento; e apoiar a família em caso
de morte da mãe.
- Para atender as necessidades urgentes da família após a morte de um de seus
provedores ou membros; atender as despesas de urna funerária, velório e
sepultamento, desde que não haja no município outro benefício que garanta o
atendimento a estas despesas.
- Para o enfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à integridade da pessoa
e/ou de sua família e outras situações sociais que comprometam a sobrevivência.
- Para garantir os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o
objetivo de assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e
famílias atingidas.
e. Programas assistenciais e projetos de enfrentamento da pobreza;
Segundo prevê a LOAS, "para o enfrentamento da pobreza, a assistência social
realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e
provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a
universalização dos direitos sociais ". Na seção V do mesmo diploma, os artigos 25 e
26 regulamentam os projetos de enfrentamento da pobreza, compreendidos pela
"instituição de investimento econômico-social nos grupos populares, buscando
subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade
produtiva e de gestão para melhoria das condições gerais de subsistência, elevação do
padrão da qualidade de vida, a preservação do meio-ambiente e sua organização
social". Ademais, tais incentivos devem "assentar-se-á em mecanismos de articulação
e de participação de diferentes áreas governamentais e em sistema de cooperação
entre organismos governamentais, não governamentais e da sociedade civil".
Por essa razão, uma vez considerada como política pública estratégica no
enfrentamento da pobreza, "a assistência social precisa se consolidar e se efetivar de
modo a romper com as velhas e tradicionais práticas que sempre a colocaram
subalterna na hierarquização com as demais políticas. Esse processo de afirmação da
assistência social conclama, na lógica dos direitos, por novas relações e modos
operacionais inclusivos e participativos ao desenvolver os serviços socioassistenciais
que lhe são de competência em compartilhamento entre governos, setores de políticas,
usuários e sociedade em geral, nos territórios de abrangência" (LUNELLI;
COMERLATTO, 2014, p. 56). Os programas sociais, sobretudo, os programas de
transferência direta de renda, surgem, portanto, como um grande aliado no combate a
miséria e carências sociais que tanto assombram nosso país, "combinando ações que
visam promover a justiça social e contemplar oportunidades às famílias pobres de
assegurar patamares de vida digna e autônoma" (LUNELLI; COMERLATTO, 2014, p.
53).
f. Financiamento da assistência social
O financiamento federal na Assistência Social é operacionalizado por meio de repasses
fundo a fundo, diretamente do Fundo Nacional de Assistência Social aos Fundos de
Assistência Social Municipais, Estaduais, e do Distrito Federal.
g. Bolsa família
É um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação
de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, de modo que consigam superar a
situação de vulnerabilidade e pobreza. O programa busca garantir a essas famílias o
direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde. Em todo o Brasil, mais de 13,9
milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.
Emtre os objetivos do programa, estão:
• Combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional;
• Combater a pobreza e outras formas de privação das famílias;
• Promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação,
segurança alimentar e assistência social.
A população alvo do programa é constituída por famílias em situação de pobreza ou
extrema pobreza. As famílias extremamente pobres são aquelas que têm renda mensal
de até R$ 89,00 por pessoa. As famílias pobres são aquelas que têm renda mensal
entre R$ 89,01 e R$ 178,00 por pessoa. As famílias pobres participam do programa,
desde que tenham em sua composição gestantes e crianças ou adolescentes entre 0 e
17 anos.
O Programa Bolsa Família está previsto em lei (Lei Federal nº 10.836, de 9 de janeiro
de 2004) e é regulamentado pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004, e
outras normas.
REFERÊNCIAS:
LUNELLI, Luciana; COMERLATTO, Dunia. Política de Assistência Social no
Enfrentamento da Pobreza: estratégias e conceituação. Textos & Contextos (Porto
Alegre), v. 13, n. 1, p. 47-57, 2014.
TORRES, Fabio Camacho Dell'Amore. Seguridade social: conceito constitucional e
aspectos gerais. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 98, 2012.
Páginas oficiais da Caixa Econômica Federal, da Secretaria Especial de
Desenvolvimento Social e do Governo Federal.

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