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Segurança em Hotéis (Safety & Security)

Brasília-DF.
Elaboração

Cesar Augusto Leitão

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

Apresentação.................................................................................................................................. 4

Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa..................................................................... 5

Introdução.................................................................................................................................... 7

Unidade I

Safety................................................................................................................................................... 9

CAPÍTULO 1

Conceitos básicos .............................................................................................................. 9

Capítulo 2

Descrição e características da segurança hoteleira................................................. 11

Capítulo 3

Prevenção de acidentes em hotéis................................................................................... 14

Capítulo 4

Prevenção e resposta em emergências........................................................................... 16

Unidade iI

Security.............................................................................................................................................. 17

Capítulo 1

Conceitos básicos............................................................................................................. 17

Capítulo 2

Crimes em hotéis.................................................................................................................. 25

Capítulo 3

Planos de contingência................................................................................................... 28

Capítulo 4

Preparação e resposta ao terrorismo............................................................................ 36

Anexo I........................................................................................................................................... 46

O que é o Planejamento contingente?......................................................................................... 46

Anexo II.......................................................................................................................................... 48

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS............................................................................................................... 48

Para não Finalizar........................................................................................................................ 57

Referências................................................................................................................................... 58
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos


conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Praticando

Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer


o processo de aprendizagem do aluno.

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Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fixação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,


que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber
se pode ou não receber a certificação.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

6
Introdução
A palavra segurança tem origem no latim, na qual significa “sem preocupações”, e cuja
etimologia sugere o sentido “ocupar-se de si mesmo” (se+ cura).

A etimologia dá-nos um bom conselho de ação política, mas deixa-nos na dúvida sobre
o seu objetivo. Para a esclarecermos, examinaremos o sentido da noção, o seu papel
na filosofia política de matriz greco-romana e o seu enquadramento na organização
política pós-renascentista.

Na definição mais comum, a segurança está referida a “um mal a evitar” (Aquino, sec.
XIII, 1ª parte da 2ª parte, questão 40, art. 8⁰), por isso segurança é a ausência de risco,
a previsibilidade, a certeza quanto ao futuro. Risco é qualquer fator que diminui a
previsibilidade e,portanto, a certeza sobre o futuro.

A segurança é a certeza de que o futuro repete o presente ou de quese houver mudança,


ela é livremente consentida pelo referente. Vista a segurança como relação entre
o segurado e o risco, este é natural ou humano, uma dada catástrofe física ou ação
humana que ameaça o homem.

O risco humano é, para igual dano, considerado pior do que o natural, pois este é
tido por inevitável ao passo que o humano é considerado discricionário. A segurança
é individual quando o ameaçado é um ser humano (crime contra a pessoa ou à
propriedade), é social quando uma dada sociedade ou parte dela é ameaçada por uma
outra parte (sendo o conteúdo da ameaça a subversão ou a revolução), ou é coletiva se
o risco para a sociedade vem de outra organização política.

Trecho de texto de Luís Salgado de Matos.

Dicionário de Filosofia Moral e Política - Instituto de Filosofia da Linguagem.

Objetivos
»» Conceituar Safety e Security.

»» Conceituar a tarefa de segurança.

»» Apresentar os aspectos relevantes de segurança na Gestão Hoteleira.

»» Conhecer o planejamento contingente.

»» Familiarizar-se com a elaboração de planos de contingência.

7
8
Safety Unidade I

CAPÍTULO 1
Conceitos básicos

Definições
Embora em português utilizemos apenas a palavra “Segurança” para definir uma série
de medidas e ações que vão desde a proteção física das pessoas e de instalações, até
aspectos relacionados à saúde do trabalho, em inglês, são utilizadas duas palavras com
conceituação bem distinta: Safety e Security.

O conceito de Safety está voltado para as atividades relacionadas à prevenção de


acidentes, prestação de primeiros socorros, bem como à promoção de ações que visem
proteger a saúde das pessoas em geral. Assim, quem é o responsável pelo socorro às
vítimas em hotéis, deve estar ligado ao setor de Safety, assim como a prevenção de
incêndios e de acidentes em geral.

As operações voltadas à “safety” são direcionadas à proteção de bens e pessoas, diante de


sinistros e ações que são comumente realizadas pelos bombeiros e serviços médicos de
emergência; como nas ações de primeiros socorros, salvamento, prevenção e combate a
incêndios, prevenção de acidentes, saúde ocupacional, entre outras.

Nas empresas, quem realiza ações de Safety, são as Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes (CIPA), as brigadas de incêndio, a engenharia, a medicina e a enfermagem
do trabalho, entre outros.

O conceito de Security, por sua vez, está voltado para a área de proteção propriamente
dita. Cuida da segurança física das instalações hoteleiras, contrassabotagem, assim
como a prevenção e resposta diante de ações criminosas.

9
UNIDADE I │ Safety

Todas as polícias efetuam ações de security. Em empresas, os responsáveis por security,


são comumente chamados de seguranças.

Perceberam a diferença?

Nós utilizaremos estes conceitos também em nosso curso.

Nas corridas de Fórmula 1, com frequência vemos um carro na pista quando há acidentes
e que tem como uma das funções, organizar a fila dos carros que estão competindo para
evitar acidentes.

Como chama este carro? Safety car

A atividade de segurança, seja ela safety ou security, envolve muito mais do que a vigia
e a prevenção de acidentes.

É fundamental que exista um Planejamento de Segurança para essas áreas, composto


por vários Planos de Contingência. Ou seja, dentro do Planejamento de Security,
devemos ter diferentes protocolos a serem seguidos para diferentes situações.

10
Capítulo 2
Descrição e características da
segurança hoteleira

A tarefa de segurança
A tarefa de segurança é um conjunto de atividades direcionadas para um mesmo
objetivo: proporcionar segurança, tranquilidade, confiança e evitar qualquer tipo de
incidente ou acidente individual ou coletivo. Podemos enunciar algumas como sendo:

»» segurança física do pessoal (da planta e do usuário): evitar qualquer


acidente ou incidente dentro da instalação que possa atentar contra a
integridade do indivíduo;

»» segurança biológica do pessoal (da planta e do usuário): evitar qualquer


elemento contaminador capaz de trazer danos à saúde do indivíduo;

»» proteção dos pertences dos usuários: dinheiro, joias, evitar perdas ou


deterioração da bagagem e das roupas dos usuários;

»» proteção contra incêndios: proteger o pessoal contra o perigo do fogo;

»» segurança da instalação: proporcionar à instalação todos os sistemas de


segurança nos seus diversos serviços e em todas as áreas do hotel;

»» segurança externa: assegurar-se de possíveis assaltos, invasões e roubos


por pessoas estranhas à instalação;

»» segurança e ordem interna: vigiar corredores, recepção, salas de estar e


demais ambientes, observar atitudes suspeitas de funcionários e turistas.

»» tranquilidade e ordem: impedir a entrada de visitantes ou viajantes


indesejáveis, desocupados e pessoas suspeitas;

»» cumprimento das normas: todas as que se referem à segurança, como


métodos, procedimentos etc.;

»» capacitação do pessoal: referente ao sistema de segurança;

11
UNIDADE I │ Safety

»» segurança nos eventos: proporcionar controle e segurança adequados


dentro e fora do local do evento;

»» segurança de arquivos e documentação: evitar desaparecimentos ou


perdas de documentos importantes ou de valor;inspeções de segurança:
realizar inspeções permanentes em questões de segurança.

Segurança física

A segurança física da instalação atende à necessidade de se proteger contra riscos


controláveis que provêm de situações puramente técnicas, humanas e do entorno.

As situações de caráter técnico surgem desde o projeto do imóvel, no qual já se procura


identificar a existência de causas que possam induzir a acidentes como não atendimento
às normas de construção, iluminação, instalação elétrica. Aquelas de caráter humano
serão fruto dos hábitos e costumes do pessoal que fará parte da organização.

Aquelas referentes ao entorno, será foco da segurança o estudo do habitat, de


cultura, nível socioeconômico, instalações que o cercam, negócios e atividades que se
desenvolvem ao redor etc.

Segurança interna

Ela abarca desde a entrada do hotel até o interior dos quartos. O projeto original deve
atender a disposições que menos propiciem pontos vulneráveis.

Segurança externa

A segurança física deve ser proporcionada durante as vinte e quatro horas do dia. Esta
abrangerá a segurança do perímetro e a entrada do hotel. A segurança deverá estar
baseada em controle de acessos, guarita, pelas entradas e tem de familiarizar-se com o
serviço de polícia, bombeiros, fornecedor de energia elétrica etc.

Segurança recreativa

Desde o seu planejamento e construção, as instalações destinadas à recreação como


discotecas, piscinas, salas de jogos devem atender ao conceito de segurança, pois
implicam também, risco de acidentes e incidentes.

12
Safety│ UNIDADE I

Segurança no transporte

Aqui, cabe uma distinção entre as modalidades: transporte interno, externo e de grupo.

a. interno - nas áreas de estacionamento, ao veículo em qualquer acidente


envolvendo outros veículos ou partes da construção (muros, paredes,
colunas); segurança contra roubo total ou parcial, segurança pessoal
contra acidente oriundo de circunstâncias inseguras (pisos escorregadios
por diversas razões, obstáculos e segurança contra incêndios.

b. externo - chegada e saída do hotel em viagens de traslado, em táxis a


serviço da instalação.

c. grupos (tours) - quando organizados pelo hotel, este se responsabilizará


pelos possíveis acidentes e incidentes, observando: as condições
dos veículos que não pertencem ao hotel, histórico profissional dos
motoristas etc.

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Capítulo 3
Prevenção de acidentes em hotéis

A segurança hoteleira se apresenta como


necessidade primária por, entre outros, os
seguintes motivos:
»» a expansão hoteleira, com seus mecanismos de diversificação tecnológica,
obriga a um conhecimento maior e alta especialização;

»» o trabalhador pertence a um sistema organizado e, portanto, ampara- se


na segurança pessoal que o defende de qualquer risco;

»» reduzir a frequência de acidentes e as consequentes lesões, com impacto


negativo para o pessoal da instalação e para o usuário;

»» aumentar o moral dos próprios funcionários;

»» manter a boa imagem da instalação hoteleira;

»» criar confiabilidade no turista e no usuário, na segurança oferecida pela


instalação;

»» conscientizar todos os componentes da instalação sobre a importância da


segurança;

»» organizar, planejar e controlar, de forma permanente, um programa de


segurança;

»» integrar e coordenar a segurança no âmbito das atividades;

»» determinar as responsabilidades do pessoal da segurança, a partir


da convicção do gerente geral do hotel a respeito da importância do
programa;

»» aumentar a rentabilidade da instalação como resultado de um plano de


segurança bem executado.

Requisitos para a realização de uma


segurança efetiva:
»» conscientização, convicção e conhecimento da gerência sobre sua
importância, necessidade e sobre os resultados de sua aplicação;

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Safety│ UNIDADE I

»» preparação e motivação dos funcionário para a sua execução;

»» participação ativa da gerência e demais componentes nos planos de


segurança que serão desenvolvidos;

»» a ciência de que qualquer plano de segurança envolve custos, renovação,


atualização de métodos e processos;

»» todo gasto com segurança se reverte, em aumento da produtividade e


rentabilidade hoteleira;

»» a segurança induz o crescimento da demanda dos serviços hoteleiros


pelos usuários.

Ao se tratar sobre segurança, precisa-se considerar o motivo essencial de sua existência,


ou seja, o conhecimento sobre o fenômeno a ser prevenido ou eliminado.

Esse fenômeno é o resultado de uma série de variáveis de entrada, mais ou menos


conhecidas e observáveis, mesmo que – em determinado momento– proporcionem
combinações em situações de incerteza, cujos resultados podem se apresentar de forma
probabilística, mas cujas medições nem sempre obedecem às previstas inicialmente: os
acidentes.

15
Capítulo 4
Prevenção e resposta em emergências

Geralmente se fala em acidentes (fatos consumados) que, de uma forma ou de outra,


permitem analisar seus efeitos, medir suas consequências e adotar medidas preventivas
para evitar sua repetição.

No entanto, melhor seria considerar o conceito de incidente, uma situação anômala,


oriunda de circunstâncias inseguras com tendência a originar uma série de incidentes e
que, posteriormente, culmina em acidentes.

Pensando na prevenção, devemos buscar o enquadramento das ocorrências que


os precedem, pois isto permite propor esquemas racionais e objetivos da origem do
acidente, partindo dos antecedentes que o provocaram.

Circunstâncias inseguras > Procedimentos inseguros > Incidente 1 > Incidente 2 >
Incidente n > Acidente.

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Security Unidade iI

Capítulo 1
Conceitos básicos

As operações voltadas à safety são direcionadas à proteção de bens e pessoas, diante de


sinistros e ações que são comumente realizadas pelos bombeiros e serviços médicos de
emergência, como nas ações de primeiros socorros, salvamento, prevenção e combate a
incêndios, prevenção de acidentes, saúde ocupacionalentre outras.

Prevenção e combate a incêndios


Incêndios em hotéis podem ser os agentes de grandes catástrofes, que vão desde danos
materiais, perda total e óbitos.

O excesso de confiança na nova tecnologia de construção de hotéis faz acreditar que a


existência de estruturas de aço e concreto eliminam os efeitos do fogo. Essas estruturas
estão envoltas em uma variedade de materiais inflamáveis, como papel, pintura, tecidos
diversos, circuitos elétricos, aparelhos que podem ser agentes de um fogo acidental.
A isso se associam atitudes e comportamentos humanos, que por vezes são os que
propiciam o fogo inicial.

O fogo
Conhecido desde o começo da humanidade, o fogo tem desempenhado papel
predominante na vida do homem. No entanto, sua utilidade e poder pode transformar-se
em uma força destruidora. Assim, onde se apresentam condições para sua presença,
surge o risco de incêndio que se agrava em hotéis, pela circunstância de um espaço
limitado no qual se encontram numerosas pessoas. É importante que suas características
sejam conhecidas e suas normas seguidas para evitar resultados indesejados.

17
UNIDADE II │Security

O fogo nada mais é do que conhecemos como combustão que é uma reação química
na qual os elementos carbono e oxigênio produzem fogo na presença de calor, ou
seja, a combinação de dois elementos ou substâncias que produzem uma terceira com
características diferentes daqueles que interagiram na reação.

Incêndio no Hotel Park Plaza - São Bernardo do Campo

Fonte: <g1.globo.com>

Quando uma substância que pode queimar é aquecida até a sua temperatura de
combustão, inflamará e continuará queimando enquanto durar o combustível ou a
temperatura adequada ou ainda, o fornecimento de oxigênio.

Considerado dessa forma, o fogo é resultado de quatro elementos formadores da


pirâmide de fogo e, para sua eliminação, é necessário que se retire um dos elementos
da pirâmide.

O material combustível é constituído por milhares de elementos que, por definição,


pode arder. Sua apresentação pode ser em madeira, papel, tecido, carvão, gasolina,
óleos, álcool,ou gases.

O calor é fornecido pela temperatura e pode ser obtido de eletricidade, chama, raios
solares, fricção, faísca etc.

O calor se transmite por:

»» condução ou contato direto - aplicação direta de uma chama no material;

»» por difusão ou convecção - transmissão do calor em um determinado


perímetro determinado do entorno da chama;

»» por radiação - a energia ou o calor se transmitem em todas as direções e


produzem a sensação de calor (metais).

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Security│ UNIDADE II

O ponto de inflamação produz-se em três situações diferentes de combustão:

1. combustão viva - há a produção de chama e rápida elevação da temperatura


(combustão de gasolina);

2. combustão lenta - não há chama inicial e a elevação da temperatura e


lenta e pouco sensível (madeira prensada);

3. combustão espontânea - produzida por oxidação lenta, ocasionada por


baixas temperaturas (algodão, panos impregnados com gordura).

É necessário que se conheça a reação química do fogo para que se possa combatê-lo
com eficácia. O calor é eliminado por resfriamento cujo agente normalmente é a água, o
oxigênio por asfixia ou sufocação excluindo-se o ar o cobrindo-se o material incendiado
com terra, areia, espuma química etc. O combustível é o mais perigoso e deverá ser
combatido conforme seja líquido, sólido ou gasoso.

Fonte:< https://www.google.com.br/search?q=incendio>

Fonte: <https://www.google.com.br/search?q=incendio>

19
UNIDADE II │Security

Fonte: <https://www.google.com.br/search?q=incendio>

Fogo sob controle

Pode ser entendido de duas formas: quando o incêndio ocasionado pelo fogo foi
controlado ou quando é dominado de forma racional para utilização.

Fogo fora de controle

É aquele que foi produzido por circunstâncias inseguras e em qualquer momento,


provocando incêndios de grande extensão.

Tipos de fogo

Tipo A - é produzido em materiais como panos, papéis, madeira etc. Normalmente se


faz o combate por esfriamento com água ou o químico seco especial (uso múltiplo).

Tipo B - é o que é produzido de dentro para fora, pela mistura de vapores e ar sobre a
superfície de líquidos inflamáveis, como gasolina, óleos, graxas, pintura e solventes. O
combate é feito com o químico seco, dióxido de carbono, espuma e os hidrocarbonetos
halogenados.

Tipo C - produz-se em equipamentos elétricos ou perto deles, casos em que não se


empregam agentes extintores condutores de eletricidade. Usa-se químico seco, dióxido
de carbono, gás inerte comprimido.

Tipo D - produz- se em metais combustíveis, como magnésio, titânio, zircônio, lítio e


sódio. Para esses usam-se agentes extintores, equipamentos e técnicas especiais, pois
existe o risco de ocorrer uma reação química entre o agente extintor e o metal que
queima criando explosões ou maior intensidade do fogo.

20
Security│ UNIDADE II

Materiais perigosos

Em incêndios ou outras situações emergenciais, podem-se encontrar substâncias


químicas com diferentes níveis de inflamabilidade, toxidade e reatividade. Um sistema
de identificação pode ser utilizado de forma a fornecer informações sobre o produto
rapidamente.

Exemplo: cor - nível – risco.

Vermelho

Inflamável

Azul Amarelo

2 3

Saúde Reatividade

Os números variam de 0 a 4 indicando, respectivamente, materiais que expostos ao


fogo não apresentam risco à saúde até o de risco maior.

Identificação e classificação de produtos perigosos

As atividades que são necessárias para controlar uma emergência com produtos
perigosos baseiam-se na identificação dos produtos ou substâncias perigosas envolvidas.

Em alguns casos, os painéis de segurança (placas) e os rótulos de risco (etiquetas), papéis


de embarque (nota fiscal e ficha de emergência) e o conhecimento sobre as substâncias
armazenadas na instalação ou o relatório de uma testemunha ocular, podem facilitar
o processo de identificação. Em outros casos, pode-se perder muito de tempo para
identificar um ou vários produtos envolvidos em um acidente.

21
UNIDADE II │Security

Quando não se conhece quais são os produtos envolvidos, deve-se supor que uma
situação grave existe e devem ser tomadas as medidas de segurança e precauções
máximas para prevenir qualquer efeito indesejável no pessoal de emergência ou em
qualquer outra pessoa na área.

Uma vez que o produto foi identificado, podem-se determinar os riscos associados a
este, e pode-se fazer uma avaliação do seu potencial impacto. As medidas de controle
mais adequadas para este tipo de produto e o seus riscos podem ser estabelecidas, bem
como as medidas de segurança tanto para o pessoal que participa da emergência como
para o resto das pessoas, com respeito aos riscos que estão expostos.

Os produtos perigosos são classificados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em
nove classes de riscos e respectivas subclasses.

Classe 1 – Explosivos:

»» substância e artigos com risco de explosão em massa;

»» substância e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em


massa;

»» substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão


ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa;

»» substância e artigos que não apresentam risco significativo;

»» substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa;

»» artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.

Classe 2 – Gases:

»» gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão normal são


inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar
ou que apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de no mínimo 12%,
independente do limite inferior de inflamabilidade;

»» gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes e oxidantes, que
não se enquadrem em outra subclasse;

»» gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde
das pessoas.

22
Security│ UNIDADE II

Classe 3 - Líquidos Inflamáveis:

»» líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos


que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor
inflamável a temperaturas de até 60,5°C.

Classe 4 - Sólidos Inflamáveis:

»» sólidos inflamáveis, substâncias autorreagentes e explosivos sólidos


insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam
facilmente combustíveis, ou que, por atrito, possam causar fogo ou
contribuir para tal.

»» substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a


aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a
aquecimento em contato com o ar, podendo inflamar-se.

»» substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis:


substâncias que por interação com água, podem tornar-se espontaneamente
inflamáveis, ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas.

Classe 5 - Substâncias Oxidantes e Peróxidos:

»» substâncias oxidantes: são substâncias que podem causar a combustão


de outros materiais ou contribuir para isso.

»» peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, periodicamente


instáveis, podendo sofrer decomposição exotérmica autoacelerável.

Classe 6 - Substâncias Oxidantes e Peróxidos:

»» substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte, lesões


graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem
em contato com a pele.

»» substâncias infectantes: são substâncias que contêm ou possam conter


patógenos capazes de provocar doenças infecciosas em seres humanos
ou animais.

23
UNIDADE II │Security

Classe 7 - Material Radiativo:

»» qualquer material ou substância que contenha radionuclídeos, cuja


concentração de atividade e atividade total na expedição (radiação),
excedam os valores especificados.

Classe 8 - Substâncias Corrosivas:

»» são substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em
contato com tecidos vivos ou outros materiais.

Classe 9 - Substâncias e Artigos Perigosos Diversos:

»» são aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco não abrangido


por nenhuma das outras classes.

Dados sobre incêndios em hotéis da Grã Bretanha em 1972, revelaram:

»» 23% originados em cozinhas,

»» 18% originados nos dormitórios,

»» 4% originados nos bares,

»» 4% originados em cafeterias e salas de espera,

»» 12% originados em áreas de depósitos,

»» 9% originados em vestíbulos, corredores e elevadores.

Em geral, as causas de incêndio obedecem a situações e procedimentos inseguros como


presença de cigarros, falta de ordem e limpeza (acúmulo de resíduos combustíveis,
panos com óleo ou gordura, material empilhado sem circulação de ar no depósito etc.

24
Capítulo 2
Crimes em hotéis

As operações voltadas à safety são direcionadas à proteção de bens e pessoas, diante de


sinistros e ações que são comumente realizadas pelos bombeiros e serviços médicos de
emergência, como nas ações de primeiros socorros, salvamento, prevenção e combate a
incêndios, prevenção de acidentes, saúde ocupacional, dentre outras.

Nem só a incêndios os hotéis estãosujeitos . Pode-se citar, entre outras:

»» inundações;

»» desabamentos;

»» explosões;

»» fenômenos naturais;

»» intoxicações (vazamento de gases ou outros produtos tóxicos);

»» pânico diante de ameaças de bombas ameaças de sequestro ou atentados.

O hotel necessita prever essas possibilidades e prepara-se para elas mediante algumas
providências, como:

»» praticar políticas de prevenção após fazer o levantamento dos riscos


mais prováveis de ameaçar a instituição, considerando sua localização,
estrutura de construção, capacidade de hospedagem e as áreas vulneráveis.

»» manter brigadas de emergência formadas por funcionários.

»» manter aberto um canal de comunicação com o Corpo de Bombeiros,


Defesa Civil e Departamento de Polícia.

»» ter já estabelecido uma sequência de ações que serão praticadas em cada


situação distinta.

»» periodicamente, promover a realização de simulações de diversos tipos


que se ajustem aos riscos previstos.

25
UNIDADE II │Security

Chuva que atingiu Nova Friburgo danificou teleférico e soterrou parte de um hotel.

fonte: <https://www.google.com.br/search?q=catastrofes+em+hoteis>

Autoridades retirando peregrinos dos hotéis de Lourdes

fonte:<http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2838403>

Equipes do Samu, das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros se prepararam


contra incêndios, invasões ao hotel, ameaças de bomba e acidentes. Ação foi um
treinamento para simulação .

26
Security│ UNIDADE II

fonte: <http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/03/hotel-de-brasilia-tem-simulacao-de-emergencia-para-copa-do-
mundo.html>

27
Capítulo 3
Planos de contingência

Dentro do planejamento de segurança, devem-se ter diferentes protocolos a serem


seguidos para diferentes situações.

»» Plano de contingência para Atos Terroristas (em diferentes graus,


incluindo ameaças e com uso de diferentes tipos de ações).

»» Plano de contingência para Emergências Químicas, Radioativas e


Biológicas (o foco aqui é em security e não na resposta de emergência
médica).

»» Plano de contingência para Desastres Naturais (deve ser detalhados


conforme o risco para a região onde o hotel está localizado.

»» Plano de contingência para Atos de Sabotagem.

»» Plano de contingência para Blackouts.

»» Plano de contingência para Distúrbios Civis (manifestações de


vandalismo) nas instalações hoteleiras.

»» Plano de contingência para Grandes Eventos em hotéis.

»» Plano de contingência para Proteção de Autoridades (chegada saída de


autoridades, bem como delegações desportivas que possam atrair grande
público, celebridades).

»» Plano de contingência para Situações com Reféns.

»» Plano de contingência para Sequestro.

»» Plano de contingência para Disparos de Arma de Fogo (situações vistas


em diversas localidades com atiradores disparando contra alunos ou
cidadãos em geral)

»» Plano de contingência para Homicídios.

»» Plano de contingência para sinistros (incêndios, desabamentos etc.).

28
Security│ UNIDADE II

Os exemplos acima são voltados para as principais ocorrências, mas muitos outros
Planos podem surgir e devem ser elaborados, aprovados, testados e divulgados para
quem tem o dever de conhecê-los.

A elaboração de um Plano requer o conhecimento das vulnerabilidades existentes, que


por sua vez são resultantes das deficiências da organização. Assim, o primeiro passo é a
análise do ambiente interno da organização, o que significa levantar todas deficiências
existentes e todos pontos fortes. Este tipo de análise é muito utilizado no Planejamento
Estratégico e conhecido como Matriz SWOT.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Forças
Cultura de TQM 0,25 4 1,00 Cultura da organização é a chave para o sucesso.
Adm. Experiente 0,20 4 0,80 Conhecem do negócio.
Relação com funcionários 0,10 4 0,40 Todos demonstram comprometimento.
Pós-venda 0,10 3 0,30 Bom, mas poderia melhorar com novas ferramentas de
CRM.
Fraquezas
Distribuição 0,20 1 0,20 Ruim, a frota de veículos esta sendo insuficiente.
Operação 0,15 2 0,30 Mesmo motivados os funcionário não estão sendo eficientes
por conta do maquinário defasado.
Instalações 0,10 1 0,10 As instalações estão em um estado muito ruim,
demonstrando infiltrações.

Uma vez identificadas as forças e as fraquezas, passamos para a análise do ambiente


externo, onde estão as oportunidades e as ameaças. Assim, para existir oportunidades,
elas devem estar atreladas às forças existentes e o mesmo pode ser dito com relação às
ameaças.

Uma vez que as ameaças são conhecidas e diante das fraquezas existentes, podemos
então conhecer as vulnerabilidades. Um grande erro muitas vezes cometido é querer
atuar em cima das ameaças, tentando reduzi-las, o que pode ser impossível de ser

29
UNIDADE II │Security

feito e demandar muitos recursos, quando o mais correto seria atuar na redução das
vulnerabilidades.

O quadro de oportunidades e ameaças da mesma empresa:

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Oportunidades
Concorrentes 0,25 4 1,00 Poucos concorrentes na cidade.
Investimentos em 0,20 4 0,80 O governo tem feito melhorias nas ruas da cidade.
infraestrutura
Incentivos fiscais 0,10 4 0,40 Existem linhas de crédito especifico com boas
oportunidades para o ramo de atividade da empresa.
Aumento da demanda de 0,10 3 0,30 A demanda tem se mostrado crescente desde o inicio das
clientes atividades e tendem a aumentar junto ao crescimento da
cidade.
Ameaças
Novos entrantes 0,20 1 0,20 Com o aumento da demanda, novos competidores podem
entrar no mercado.
Clientes 0,15 2 0,30 A falta de estrutura interna para aumentar a eficácia da
operação pode espantar alguns clientes.

Classificação final da situação da empresa

1 - Ruim 2 - Abaixo da média 3 - Média 4 - Muito boa 5 - Excelente

Por exemplo, um atentado terrorista pode ocorrer em qualquer lugar, sem nenhum aviso
prévio. As agências de inteligência e de antiterrorismo trabalham permanentemente
para diminuir a ameaça, mas ela nunca será igual a zero. Não existe cidade segura
no mundo contra atos terroristas. Não acreditar na possibilidade de ser um alvo, não
protege ninguém, mas, ao contrário, aumenta muito a vulnerabilidade de ser atingido.

Agora vamos falar de risco, que nada mais é do que a relação direta entre a ameaça e a
vulnerabilidade.

Assim temos:

Risco elevado = ameaça elevada x vulnerabilidade alta.

Risco médio = ameaça elevada x baixa vulnerabilidade ou ameaça baixa x alta


vulnerabilidade.

Risco baixo = ameaça baixa x vulnerabilidade baixa.

Cada corporação com base nessas premissas possui sua própria forma de interpretar os
riscos e as medidas que devem ser tomadas.

30
Security│ UNIDADE II

Anteriormente já falamos sobre isso, mas vamos esmiuçar e reforçar. É mapear as


áreas de risco. Cada local do hotel deve ser classificado quanto ao risco e às medidas de
mitigação ou diminuição do risco, devem ser apontadas e ações tomadas nesse sentido.

O Planejamento de Segurança é então realizado e deve conter tanto a área de Security


como de Safety. Esse Planejamento equivale ao Planejamento de Desastres e não deve
tratar de situações específicas, que são apresentadas nos Planos de Contingência.

Uma vez que o Planejamento e os Planos de Contingência são elaborados, o passo


seguinte deve ser a aprovação destes documentos pelo responsável pela segurança, que
deve conhecer bem o planejamento e os planos a serem utilizados, uma vez que as
medidas de segurança envolvem todo o hotel.

Aprovados, os documentos devem ser apresentados e discutidos com cada setor,


com ênfase nas ações esperadas de cada um e coletivamente. Basicamente, tanto o
Planejamento (geral) como os Planos de Contingência (específicos) devem responder
às seguintes questões:

»» Para que serve o Plano?

»» Quando será acionado?

»» Por quem será acionado?

»» Como será acionado?

»» As responsabilidades de cada indivíduo e setor durante o acionamento


do Plano?

»» Rotas de fuga, sistemas de alerta, alarme e evacuação (quando e como


será feita?).

»» Como saber quando o Plano será desmobilizado, de que forma e por


quem?

Naturalmente que outras informações podem e devem estar presentes, mas


obrigatoriamente as questões acima devem ser respondidas.

Planos devem ser testados. Não adianta estar só no papel. É de suma importância que
sejam feitos testes e exercícios, que podem ter formatação diversa, para testar se o que
foi planejado é possível de ser realizado e corrigir eventuais falhas.

Com os devidos cuidados, quanto mais próximo da realidade, é um exercício, maiores


as chances de sucesso quando houver necessidade de ser empregado. Isso, no entanto,
não significa que as pessoas devam ser submetidas a riscos, durante exercícios de
simulação, o que seria inaceitável.
31
UNIDADE II │Security

Após os exercícios de simulação, que devem ser devidamente planejados e envolver de


preferência todos os órgãos que serão requeridos em uma emergência real, deve haver
sempre um debriefing, ou seja, uma reunião com todos envolvidos, para discutir o que
funcionou e o que precisa melhorar. Simulados onde tudo deu certo, provavelmente
foram mal conduzidos.

Há, por outro lado, serviços que habitualmente realizam simulados e estão
compromissados com a gestão da qualidade de serviços e com o efetivo funcionamento
do sistema. Para estes serviços, os simulados são excelente fonte de aprendizagem
continuada.

Foto: Simulado de Acidente com múltiplas vítimas

Fonte:<https://www.google.com.br/search?q=imagens>

Foto: Simulado de acidente com múltiplas vítimas

Fonte: <https://www.google.com.br/search?q=imagens>

32
Security│ UNIDADE II

Foto: Simulado de acidente com múltiplas vítimas

Fonte: <https://www.google.com.br/search?q=imagens>

Foto: Simulado de acidente com múltiplas vítimas

Fonte: <https://www.google.com.br/search?q=imagens>

Há ainda algumas considerações que devem ser feitas com relação a simulados.

»» O simulado precisa ser planejado e ter objetivos claros. O que se pretende


simular? Com qual objetivo? O que será testado?

»» Todos os órgãos de resposta previstos para o evento devem participar, o


que inclui hospitais, se for o caso.

»» Simulado não é teatro. Não faz sentido haver treinos e “passos


coreografados” para que as simulações pareçam bonitas.

»» A comunicação e o sistema de resposta devem ser objeto de treinamento


em todas as simulações e devem ser exaustivamente checados, pois é
justamente nessas áreas nas quais ocorre a maior parte dos problemas
em situações reais.

»» O cenário precisa ser o mais próximo da realidade.

33
UNIDADE II │Security

»» Situações sobrepostas devem ser evitadas, a menos que possam ser de fato
testadas. Por exemplo: colocar um prédio em chamas, que é seguido de
um ataque químico e logo depois um atentado com bombas. São muitas
situações, que embora possam ocorrer, se forem apenas sobrepostas, não
trarão benefício.

Assim, uma vez realizada a análise dos ambientes interno e externo, mapa de risco e
elaboração dos Planos de Desastre, de Contingência e de Comunicação em Desastres,
é necessário atuar na redução das vulnerabilidades, por meio das ações de mitigação,
como no exemplo abaixo:

Ponto Fraco Vulnerabilidade Ameaça Risco Mitigação


Equipes de segurança Hóspedes, funcionários e Ataque terrorista. Alta possibilidade de ocorrência Treinamento das
sem treinamento em instalações. de feridos, mortes e danos equipes de segurança
resposta a ataques patrimoniais. em resposta a ataques
terroristas. terroristas.

A matriz acima é tão somente, um exemplo. Naturalmente que outras medidas devem
ser analisadas e tomadas diante da ameaça de ataque terrorista, que no caso de hotéis,
não importa onde estejam localizados, deve sempre ser considerada, para que a
vigilância seja sempre mantida. Ataques podem ocorrer nos locais mais improváveis e
por diferentes razões.

As etapas seguintes ao Planejamento e as ações de mitigação, são:

»» monitoramento;

»» alertas;

»» alarmes.

Como monitoramento, entendemos todas as medidas necessárias para identificar


precocemente ameaças reais ou potenciais. Podem ser realizadas de diversas formas e
incluem as ações de inteligência e contrainteligência (sistemas de vigilância por vídeo,
vigilantes uniformizados em pontos críticos, proteção de áreas e instalações, proteção
de sistemas de informatização, proteção de sistemas de comunicação, proteção de
dados pessoais de funcionários e hóspedes proteção de documentos estratégicos,
o que inclui plantas baixas dos edifícios, bem como medidas de contra terrrorismo,
contrasabotagem e contra propaganda).

A utilização de detectores de raio-X, por exemplo, é uma medida de contrainteligência.


O monitoramento deve estar atrelado ao acionamento de sistemas de alerta e alarme
capazes de desencadeamento dos Planos de Desastre e de Contingência, pois do
contrário seria inócuo.

34
Security│ UNIDADE II

O sistema de alerta deve ser claro no sentido de informar imediatamente, que uma
situação de ameaça real ou potencial está se aproximando e que medidas de resposta
devem estar prontas para emprego.

A forma como o alerta será percebido é uma decisão a ser tomada pelos encarregados
da segurança das instalações hoteleiras, desde que seja eficaz, ou seja, que permita o
acionamento dos respectivos Planos e que todos envolvidos na preparação e resposta
sejam imediatamente informados.

O alarme por sua vez, diz respeito a uma situação que está prestes a ocorrer. Não há mais
tempo de elaborar planos ou de procurar vulnerabilidade. É o momento de proteger as
pessoas e as instalações (nessa ordem) de um evento crítico que ocorrerá em poucos
instantes.

Alarme, no entanto, não é pirotecnia. Ou seja, de nada adianta soar luzes e sirenes, se
não há um plano bem definido que defina bem o que estes sinais significam e o que
as pessoas devem fazer quando isto acontecer. Do contrário, teremos apenas um bom
sistema para produzir pânico.

Todo hotel portanto precisa ter :

»» plano de desastre (geral) ;

»» planos de contingência (específicos, de acordo com cada hipótese


levantada);

»» plano de comunicações para crises.

A Segurança deve prever ainda um Plano de Segurança no qual devem estar previstas
as seguintes ações de Segurança Orgânica :

»» proteção de áreas e instalações;

»» proteção de documentos;

»» proteção de pessoas;

»» proteção de comunicações;

»» proteção de informática.

35
Capítulo 4
Preparação e resposta ao terrorismo

Aqui no Brasil, não temos um histórico de ocorrências de atentados terroristas, mas


não é improvável a existência de hotéis cujos proprietários possam estar ligados a
países que, por características raciais, religiosas ou políticas, possam vir a ser alvos
desses atentados ou, ainda, ao receber hóspedes que possam atender às características
já mencionadas.

Em um artigo publicado pela Visão Consultoria (<http://www.universidadedofutebol.


com.br>) de autoria de Carlos Alberto de Camargo, aponta, no entanto, a hipótese
de que a ação terrorista deve ser seriamente considerada como ameaça possível, no
planejamento estratégico da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016,
no Brasil. Segue, na íntegra, o conteúdo do artigo:

A hipótese de ação terrorista deve ser seriamente considerada como


ameaça possível, no planejamento estratégico da Copa do Mundo de
2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil.

Basta lembrar que a audiência acumulada, na Copa do Mundo, poderá atingir o marco
de 40 milhões de espectadores, significando que uma eventual ação de qualquer,
pequena, desconhecida e inexpressiva organização terrorista terá imediata repercussão
por toda parte do planeta.

O atentado de 11 de setembro, sem dúvida, alterou profundamente o equilíbrio


das relações internacionais, criando um cenário no qual prevalece a fragilidade, a
imprevisibilidade, a incerteza e a possibilidade de efeitos traumáticos de grande
envergadura, na medida em que consolidou o terrorismo transnacional ou expedicionário
– o que nem sempre corresponde a organizações terroristas fortes – e a vulnerabilidade
dos Estados.Conforme afirma Jessica Stern,“no entanto, os atentados terroristas de
grande proporção são elementos marcantes da Nova Ordem Mundial e colocam em
evidência a continuidade dessa estratégia de luta por grupos radicais frente ao Estado
organizado, diante dos quais seriam impotentes num combate frontal”.

Trata-se de uma guerra assimétrica, mas de grandes proporções, que amedronta e


coloca a sociedade em estado permanente de tensão.

O combate ao terrorismo não é uma tarefa a ser realizada em curto prazo, e muitos
acreditam que jamais será vencida.

36
Security│ UNIDADE II

O terrorismo é um inimigo invisível que programa suas ações com o objetivo de causar
o maior impacto possível, por meio de ataques surpresa e, muitas vezes, indiferentes ao
alvo que será atingido.

A questão é, portanto, como prevenir e combater o terrorismo, mais especificamente,


como preveni-lo e combatê-lo em eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos que,
além da enorme audiência, provocam concentração de nacionalidades diversas e suas
respectivas ameaças, de autoridades representando Estados e Governos, de empresários,
tidos por alguns como símbolos das corporações que representam o capitalismo, outras
pessoas emblemáticas de condições que podem catalisar ódios, preconceitos etc., além
de multidões.

O Subsecretário de Segurança do Reino Unido, Alan West, responsável pela Segurança


da Olimpíada de 2012, em Londres, afirmou que a ameaça terrorista nos Jogos será
a maior desde a Segunda Guerra Mundial, o que justificará o nível de alerta “severo”
durante todo o evento.

Embora não seja exatamente alvo, o Brasil pode ser cenário do terrorismo internacional
durante a Copa do Mundo de 2014, devendo, por isso, o planejamento da Segurança
do evento considerar seriamente essa hipótese de risco, até porque as atividades
terroristas têm aumentado em todos os continentes, em quantidade e em impacto na
ordem mundial.

Seria leviano não considerar a possibilidade, já que a própria história nos ensina que
muitos atentados, antes de serem perpetrados, poderiam ser considerados hipóteses
remotas ou mesmo absurdas: Munique – Jogos Olímpicos de 1972 (onze mortos);
Atlanta – Jogos Olímpicos de 1994 (um morto e cento e onze feridos), por exemplo.

Independente da nacionalidade ou motivação, o terrorismo deve ser combatido. O


próprio Comitê Internacional da Cruz Vermelha – CICV o condena. O Protocolo Adicional
I das Convenções de Genebra proíbe, de forma inequívoca, as ações terroristas, tais
como os ataques contra civis ou objetivos civis, e as ameaças de violência cujo objetivo
básico seja disseminar o terror entre a população civil.

Em 10 de março de 2005, o então Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan,


pediu aos Estados-membros que adotassem uma abordagem comum na luta contra o
terrorismo.

Instou especialmente os países a tentarem alcançar uma visão unificada dessa ameaça e
superarem as divergências e as longas negociações sobre a definição de terrorismo que,
durante tanto tempo, enfraqueceram a autoridade moral da Organização.

37
UNIDADE II │Security

Usando da palavra perante uma audiência internacional em Madrid, o Secretário-Geral


enunciou os principais elementos de uma estratégia de todo o sistema. Esses cinco “d”
foram apresentados como eixo da nova estratégia da ONU para combater o terrorismo
no mundo inteiro:

1. desencorajar a escolha do terrorismo por parte dos grupos descontentes


como tática para alcançarem os seus objetivos;

2. denegar aos terroristas os meios de levarem a cabo os seus atentados;

3. dissuadir os Estados de prestarem apoio aos terroristas;

4. desenvolver a capacidade dos Estados em matéria de prevenção ao


terrorismo;

5. defender os direitos humanos no combate ao terrorismo.

O planejamento e a implementação das medidas preventivas de controle e as de reação


imediata, fatalmente colocam os governos democráticos na difícil situação de ter de
restringir direitos dos cidadãos, já que a intensificação das medidas de segurança contra
o terrorismo, via de regra, ocasionam certa limitação às liberdades individuais.

O fato é que os recursos humanos exaustivamente treinados para cumprir as missões


preventivas de vigilância e de pronta resposta, de acordo com detalhados planos de
contingência, deverão ter a capacidade de neutralizar o impacto das medidas impostas
em face dos cidadãos nacionais e dos turistas estrangeiros, sem perder de vista a eficácia
delas.

Os agentes oficiais e o pessoal voluntário, como os comissários de estádios (stewards)


deverão ser rigorosamente competentes, a ponto de serem capazes de exercitar esse
rigor sem perder a característica da cordialidade e do respeito aos cidadãos, sejam
nacionais, sejam de outras nacionalidades.

Os agentes designados para a segurança devem estar motivados e preparados para


reconhecer ameaças potenciais de terrorismo e de reagir convenientemente e com
oportunidade. Aí se enquadram, não só os elementos especializados, mas todos os
agentes públicos e demais pessoas envolvidas, como gerentes e comissários de estádios
e outros.

A Metropolitan Transportation Authority of New York refere-se aos sete sinais da


atividade terrorista potencial.

38
Security│ UNIDADE II

1. Vigilância: alguém que é visto de forma suspeita, observando (vigiando)


a área do alvo, anotando, fotografando ou filmando sua criticabilidade e
vulnerabilidades.

2. Monitoramento: alguém que é observado interagindo no local tentando


conseguir informações (monitorando) sobre determinadas operações em
andamento, como a obtenção de conhecimento sobre a estrutura de um
estádio ou a posição do pessoal da segurança durante o jogo.

3. Testes de segurança: alguém que testa os sistemas de segurança agindo


de tal forma que provoque a reação, como, por exemplo, adentrando em
áreas restritas para medir tipos e tempos da reação.

4. Aquisição de suprimentos: aquisições suspeitas ou de produtos proibidos


ou controlados, como explosivos, armas ou munições no comércio
clandestino, uniformes semelhantes aos da segurança etc.

5. Pessoas suspeitas: podem ser pessoas de sua própria equipe, cujo padrão
de comportamento, relacionamentos, perguntas incomuns que fazem
etc. as tornem suspeitas.

6. Rotas de fuga: antes do ataque final, os terroristas normalmente fazem


uma revisão do plano no local, a fim de detectar problemas inesperados,
medindo o tempo das ações, verificando as possibilidades de respostas
etc.

7. Desdobramento no terreno: posição de ataque. Último sinal. Última


chance de detecção. Os terroristas posicionam pessoal e equipamentos
para ação.

O planejamento da Segurança deve contemplar todas as possíveis modalidades de


terrorismo, como o terrorismo seletivo, que tem como alvo autoridades, personalidades
e pessoas ou grupos emblemáticos; terrorismo contra instalações e serviços críticos; e o
terrorismo contra alvos aleatórios, como multidões.

Deve ter em conta os diversos meios de perpetração como explosivos, recursos químicos,
biológicos, bacteriológicos, radiológicos e nucleares, ou a simples faca ou outra arma
branca.

E também o impressionante emprego de terroristas-suicidas, recentemente relacionados


a ações de grande impacto, com grande número de vítimas.

39
UNIDADE II │Security

Importante destacar que as cidades que sediarão os jogos, seja na Copa do Mundo ou
nas Olimpíadas, devem estruturar e equipar seus organismos de resposta com suficiente
capacidade de atuação, de forma a não colapsá-los em um único evento terrorista.

Devem ter capacidade para atuar com eficiência em ocorrências com até mesmo centenas
de feridos e também de atuar em mais de uma ocorrência simultaneamente, como na
hipótese de sucessivas explosões em locais diferentes, em curto espaço de tempo.

Isso implica na previsão de suficiente capacidade de atendimento policial, atendimento


pré-hospitalar de urgência, de resgate e de transporte de feridos, de hospitalização de
emergência e especializada, de perícia, de investigação e de restauração da normalidade
urbana.

Por isso, o estudo deve ser realizado em cima de todos os cenários possíveis e imagináveis.
A concepção estratégica do planejamento deve fundar-se no princípio da centralização
da responsabilidade de inteligência e na desconcentração da atividade de prevenção e
de pronta resposta.

Embora a responsabilidade seja centralizada, com um único órgão responsável pela


coordenação de todo o esforço, o exercício da atividade de inteligência também precisa
ser desenvolvido de forma desconcentrada, com os diversos órgãos setoriais e regionais
funcionando com autonomia, mas em sistema, envolvendo também a ligação com
órgãos de inteligência estrangeiros, organismos oficiais internacionais (ONU, Interpol
etc.), embaixadas, consulados, segurança pessoal oficial, segurança pessoal privada etc.

Os órgãos de prevenção e de pronta resposta devem desenvolver estudo continuado da


situação, fornecendo e recebendo informações, em ligação permanente com os órgãos
de inteligência.

Todo o pessoal envolvido– inclusive voluntários– deve ser estimulado a permanecer


alerta e ter autonomia para relatar suspeitas. O planejamento deve prever manuais e
treinamentos. Todos devem estar cientes das medidas a serem adotadas em situação de
ameaça ou de consumação de ataque terrorista.

A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos provocam vulnerabilidades específicas, embora


a Copa tenha as importantes vulnerabilidades adicionais de ocorrer simultaneamente
em diversas cidades (em princípio, doze) e envolver outras dezenas, em função de
hospedagem e treinamentos, e de demandar um grande número de deslocamento de
delegações. Ambas implicam na presença de autoridades, personalidades e expressiva
quantidade de turistas.

40
Security│ UNIDADE II

O nível estratégico em que deve ser colocada a preparação da Segurança para a Copa
do Mundo de Futebol (2014) e Jogos Olímpicos (2016) exige um planejamento amplo
que considere não só a prevenção e a pronta resposta, mas também o imediato retorno
à normalidade do funcionamento urbano e da programação dos jogos.

1. Planejamento estratégico para a prevenção:

Deve considerar atentados terroristas como hipóteses realmente possíveis de risco e ser
suficientemente amplo a fim de:

a. contemplar a articulação internacional de inteligência com órgãos


oficiais estrangeiros e internacionais, e mesmo com empresas privadas
de segurança nacionais e internacionais contratadas para a segurança de
personalidades;

b. prevenir proativamente antecipando-se ao movimento da organização


terrorista, detendo-a antes mesmo de sua completa entrada no país;

c. editar leis e criar ou aperfeiçoar controles para fiscalizar o trânsito


internacional de pessoas, materiais e dinheiro;

d. investir na preparação da polícia territorial e das forças especiais para


prevenção e ações de pronta resposta;

e. controlar rigorosamente portos, aeroportos e fronteiras;

f. controlar rigorosamente, no interior do país, locais de eventos esportivos,


eventos relacionados, pontos turísticos, locais de treinamento, hotéis,
transportes públicos, ocupando os espaços ostensivamente;

g. investir no treinamento dos recursos humanos envolvidos;

h. efetuar testes e ensaios;

i. dotar o sistema preventivo da adequada e suficiente plataforma


tecnológica;

j. possibilitar a elaboração de detalhados planos de contingência, tendo em


vista os diversos cenários possíveis.

2. Planejamento estratégico para a pronta resposta:

a. as competências dos níveis de decisão e dos diversos órgãos de execução


devem estar muito bem definidas;

41
UNIDADE II │Security

b. todo o sistema deve estar perfeitamente articulado;

c. cada cidade deve dispor de um centro integrado de apoio ao comando;

d. previsão de redundância para todos os recursos;

e. não deve haver dúvidas sobre quem está no comando e controle, respeitada
a autonomia dos diversos órgãos, nos limites do planejamento;

f. a responsabilidade da polícia territorial, como regra, e a dos


órgãos especializados devem estar muito bem definidas (quanto à
responsabilidade destes, deve ficar claro quando são apoio à polícia
territorial e quando assumem o controle);

g. todos devem estar motivados;

h. todos devem ter completo conhecimento da missão;

i. todos devem estar perfeitamente treinados para suas missões.

3. Planejamento estratégico para manutenção da normalidade (em


coordenação com a defesa civil):

a. as cidades que sediarão os jogos, as que servirão de apoio para


treinamentos e hospedagem, as turísticas, principalmente, e todas as
demais, subsidiariamente, deverão ser preparadas para o impacto de um
atentado terrorista, assimilando-o e retornando imediatamente à rotina
planejada;

b. os serviços públicos devem funcionar para a emergência sem entrar em


colapso, mantendo ainda capacidade funcional para suportar o impacto
de outros atentados simultâneos ou sequênciais;

c. para tanto, cada parte da estrutura (transportes, atendimento pré-


hospitalar de emergência, salvamento e resgate, hospitais, energia
elétrica etc.) deve ter capacidade de enfrentar contingência e retornar
rapidamente à normalidade;

d. partes críticas da estrutura devem ser redundantes;

e. a importância deste planejamento não é apenas funcional, mas deve ter


em vista também que o retorno à normalidade e a rápida assimilação do
trauma, mantendo alto o moral da população, são também uma defesa
contra o objetivo do terrorismo de paralisar pelo medo.

42
Security│ UNIDADE II

f. se, em toda parte do mundo, nem sempre é possível evitar o atentado


terrorista, a capacidade de evitar o colapso e o rápido retorno à
normalidade são condições para a manutenção da segurança, além de
dar a medida da boa organização e, portanto, da credibilidade que ela
deve merecer.

Os planejadores da Segurança contra ações terroristas na Copa do Mundo e nos Jogos


Olímpicos, no mais alto nível, não podem limitar-se a aspectos operacionais internos,
mas devem– até mesmo conforme orientação das Nações Unidas– articularem-se com
todos os países que tenham delegações ou qualquer relação com os eventos, mesmo
indireta, como questões internas que possam vir a ser motivadoras do terrorismo, já
que os grupos terroristas também encontraram na globalização o ambiente favorável à
sua movimentação e expansão.

Importante lembrar, para encerrar, que os cuidados adotados para prevenção– na


hipótese de terrorismo– são absolutamente coerentes com a estratégia de prevenção
criminal comum, complementando-a e reforçando-a.

Ameaças de bomba

Normalmente, este tipo de acontecimento trata-se de alarme falso. No entanto, ainda


que falso, causará danos ou prejuízos ao ameaçado pela paralisação das atividades,
desnecessária evacuação do pessoal e pânico nos indivíduos.

Para este momento, ao receber a ameaça, o melhor a ser feito é:

»» evitar o pânico ao evacuar o local;

»» manter contato com o órgão especializado (ex.: esquadrão de bombas);

»» convocar os responsáveis pela gerência de crises;

»» caso encontrado, não se aproxime de objeto estranho ao local;

»» aguardar o pessoal especializado.

O conhecimento sobre o “modus operandi” dos grupos terroristas em ação ajudaria o


hotel a providenciar contramedidas. A orientação junto às forças policiais envolvidas
também é aconselhável.

43
UNIDADE II │Security

Atentado terrorista ao Hotel Rei Davi - Israel

Fonte: <http://geomouse.blogspot.com.br/2009/08/>

Interior do hotel Marriott destruído após atentado de caminhão bomba.

Fonte:<http://topicos.estadao.com.br/fotos-sobre-terrorismo>

Medidas preventivas:
»» fazer inspeções e varreduras constantes em todos os locais onde haja a
possibilidade de se esconderem artefatos ou bombas;

44
Security│ UNIDADE II

»» depósitos de água (caixa d’águas, cisternas), gás e central elétrica devem


estar protegidos de forma que não permita acesso senão à pessoas
autorizadas;

»» manter um controle rígido sobre a qualidade dos alimentos que estão


sendo preparados e servidos pelo hotel de forma a evitar envenenamentos
e intoxicações;

»» instalar equipamentos de detecção de ligações telefônicas e monitoramento


em todas as áreas críticas.

45
Anexo I

O que é o Planejamento contingente?

Empresas devem se preparar para emergências por meio do planejamento de contingência.


Um plano de contingência é algo que toda empresa precisa ter, mas nenhuma empresa
nunca quer usar. Preparação para emergências que podem interromper as funções de
negócios é fundamental para manter as operações da empresa rentáveis. Ser capaz de
identificar os cenários em que é necessário o planejamento de contingência vai ajudar a
sublinhar a importância da preparação para emergências.

Pessoal chave

Parte do plano de contingência é garantir que as funções de trabalho chave da empresa


sejam preenchidas em todos os momentos. Se algo acontecer com o presidente da
empresa, um plano de sucessão vai transferir temporariamente as responsabilidades
do presidente para outro executivo da empresa. Pessoas importantes podem sair, ser
demitidas ou ter problemas de saúde que os impeçam de ser capaz de continuar a
trabalhar. Um plano de contingência vai garantir que o pessoal-chave seja contabilizado.

Sistemas de computação

Sistemas de computação da empresa requerem vários planos de contingência para


manter as operações da empresa se algo acontecer com a rede de computadores. Um
plano de armazenamento off-site para os dados da empresa de back-up irá permitir dados
importantes para permanecer intacta, se algo vier a acontecer com o site da empresa
principal. Servidores redundantes ajudam a garantir a continuidade da operação da rede
da empresa, mesmo se houver uma falha no servidor principal. Servidores redundantes
estão de prontidão em todos os momentos, mas também são atualizados, juntamente
com os principais servidores para que os servidores redundantes possam assumir se
algo afetar as principais unidades.

Instalações

Sua instalação do escritório pode experimentar uma situação de emergência que pode
forçá-lo a ter que encontrar outras acomodações. Um incêndio, terremoto, inundação,

46
anexos

derramamento de material tóxico ou furacão são apenas algumas das coisas que
podem causar a sua facilidade para ser inabitável. Um plano de contingência para uma
instalação danificada inclui o estabelecimento de uma instalação temporária em um
hotel perto, de espera, ou algum outro local adequado, trazendo o pessoal-chave para
manter as operações acontecendo, criando uma rede de computadores com conexões de
internet temporária para manter contato com fornecedores e clientes, e ter um sistema
de telefone no local para receber chamadas para o número de telefone da empresa.

Perigos de trabalho

As empresas petrolíferas têm planos de contingência criados para lidar com vazamentos
de petróleo, empresas de camionagem desenvolvem planos de contingência para cobrir
caminhões que entram em acidentes, enquanto em suas rotas, e as empresas de ônibus
têm planos de back-up para o caso de um ônibus a caminho de um local sofrer um
acidente . Parte do planejamento de contingência é definir os riscos de fazer negócios,
em seguida, desenvolver planos para combater a crise.

47
Anexo II

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

ES –SC

scogomes@yahoo.com.br

Capitão PMSC ARAÚJO GOMES

defesacivilgomes@yahoo.com.br

O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como


pontua o USMC Planning Manual (United States Marine Corps Planning Manual)
“planejamento em situações críticas é a ação de visualizar uma situação final desejada
e determinar meios efetivos para concretizar esta situação, auxiliando o tomador de
decisão em ambientes incertos e limitados pelo tempo”.

Diversos modelos foram desenvolvidos para auxiliar na construção dessa ferramenta


fundamental para a resposta a eventos potencialmente danosos, sobressaindo-se duas
vertentes mais utilizadas.

A primeira, e mais tradicional, é a que estabelece o planejamento baseado em hipóteses


de emergência específicas, e que determina procedimentos para cada um dos Cenários
Acidentais identificados como relevantes em uma Análise Preliminar de Risco.

A segunda, que vem sendo progressivamente adotada, utiliza o planejamento baseado


nas funcionalidades gerais de uma situação de emergência.

Assim, o corpo principal do documento estabelece as responsabilidades das agências


públicas, privadas e não governamentais envolvidas na resposta às emergências.

Princípios para a elaboração:


»» identificar a responsabilidade de organizações e indivíduos que
desenvolvem ações específicas em emergências;

»» descrever as linhas de autoridade e relacionamento entre as agências


envolvidas, mostrando como as ações serão coordenadas;

48
anexos

»» descrever como as pessoas, o meio ambiente e as propriedades serão


protegidas durante emergências;

»» identificar pessoal, equipamento, instalações, suprimentos e outros


recursos disponíveis para a resposta às emergências e como serão
mobilizados;

»» identificar ações que devem ser implementadas antes, durante e após a


resposta a emergências.

Passos do planejamento

Pesquisa

O primeiro passo é a pesquisa. Ela consiste em uma revisão da estrutura de planos


existentes para a área, análise preliminar de risco, definição da base de dados a ser
adotadas e caracterização dos aspectos da área que possam afetar as emergências.

Revisão da legislação, das normas, dos planos e dos mecanismos de cooperação. É


importante revisar a Legislação Federal, Estadual e Municipal que pode influenciar no
planejamento e resposta a emergências.

Outras normas, administrativas e mesmo internas às agências envolvidas também


devem ser revisadas.

Os planos aplicáveis à área para a qual se vai planejar também devem ser revisados,
bem como aqueles destinados às áreas vizinhas. Finalmente, os mecanismos de ajuda
mútua como convênios, acordos de cooperação.

Análise preliminar de risco

A análise de risco, como foi destacada anteriormente, é fundamental para a identificação


de medidas de prevenção e preparação, com consequências importantes para a resposta
a emergências.

Sob o ponto de vista do planejamento para emergências, a análise de risco auxilia a


equipe de planejamento a definir quais riscos devem ser priorizados, quais ações devem
ser planejadas e que recursos provavelmente serão necessários.

49
anexos

Identificação dos recursos existentes

A equipe de planejamento deve conhecer os recursos disponíveis para a resposta às


emergências. A questão é listar e quantificar os recursos, de forma a permitir uma
comparação entre os recursos existentes e os recursos que serão necessários para uma
resposta efetiva à emergência.

Identificação dos aspectos especiais de


planejamento

A equipe de planejamento também deve identificar aspectos específicos que possam


influenciar o planejamento, tais como características geomorfológicas, dependência de
apenas uma via de transporte, grupos com necessidades especiais, existência de áreas
de interesse especial (reservas e sítios arqueológicos, por exemplo) entre outras.

Desenvolvimento

Uma vez concluída esta pesquisa inicial, a equipe de planejamento construirá o Plano
de Emergência por meio de passos como estes:

Validação

O Plano de Contingência deve ser verificado para identificar sua conformidade com
a legislação pertinente, bem como procedimentos operacionais padronizados pelas
agências com responsabilidade pela sua implementação. s

Uma forma muito útil de verificar essa condição é a realização de simulados de mesa
envolvendo os representantes das agências com responsabilidade pela implementação
do plano elaborado.

Aprovações ao Plano de Contingência

O Plano de Contingência constitui uma exigência de alguns dispositivos legais ou


contratuais e por isto deve receber a aprovação das agências encarregadas da fiscalização
destes requisitos.

Além disso, o envio do Plano de Emergência para o nível superior de agências específicas
de áreas relacionadas ao plano como órgãos ambientais, defesa civil, órgãos de saúde e
outros possibilita que estes sugiram melhorias, baseadas na experiência acumulada em
suas respectivas áreas.

50
anexos

Teste do Plano de Contingência

Para testar um Plano de Contingência novo ou revisado, o uso de exercícios de simulação


total ou parcial (por funcionalidades do sistema ou áreas de resposta) oferece o melhor
caminho, exceto a própria emergência, para verificar se o plano foi compreendido
e funciona. Por isso, deve ser prevista uma sequência de exercícios suficientes para
envolver as principais agências com responsabilidade pela implementação do plano e
as principais funcionalidades previstas.

Manutenção

O Plano de Contingência deve ser visto como um documento dinâmico.

Os problemas surgem, as situações se alteram, falhas são identificadas, a legislação


sofre mudanças e novos conhecimentos são agregados.

Por isso, o Plano de Contingência deve sofrer uma manutenção sistemática, que garanta
a sua aplicabilidade ao longo do tempo.

Processo de melhoria

O processo de melhoria deve estabelecer uma forma de capturar informações dos


exercícios, das avaliações das emergências e mesmo avaliação das agências que
possam indicar deficiências no plano. Deve ainda estabelecer formas de analisar essas
informações e atribuir responsabilidade pelo processo de correção e melhoria.

Processo de revisão

O Plano de Contingência deve prever um processo de revisão, como ação periódica


e sistemática, pelo menos uma vez ao ano. Nesse processo, espera-se que assuntos
e problemas relevantes identificados pelo processo de melhoria sejam abordados,
otimizando a revisão do Plano de Emergência.

Processo de complementação do planejamento

O Plano de Contingência também deve orientar as agências com responsabilidade


pela implementação do Plano de Emergência para que produzam os procedimentos
operacionais padronizados necessários para à sua atuação, uma vez que não se espera
que o plano traga todos os detalhes.

51
anexos

Requisitos do Plano de Contingência

Organização.

As subdivisões do plano devem permitir que os usuários encontrem as informações que


precisam com facilidade.

Progressão
Os elementos de cada parte do plano devem possuir uma sequência racional, que permita
ao usuário do plano identificar a lógica das ações e implementar suas atribuições com
facilidade.

Adaptabilidade
As informações do plano devem ser organizadas de forma a permitir o seu uso em
emergências inesperadas.

Compatibilidade
A estrutura do plano deve facilitar a coordenação com outros planos, incluindo os
adotados por agências governamentais e outras agências privadas.

Componentes

Plano Básico
O Plano Básico formaliza uma visão geral das agências envolvidas na resposta a
desastres e suas responsabilidades. Enumera os requisitos legais para as operações de
emergência, apresenta um sumário das situações em que o plano é aplicável, expõe
a concepção geral das operações e atribui responsabilidades pelo planejamento e
operação em emergências.

Anexos funcionais
Os anexos funcionais organizam as ações relacionadas a uma determinada
funcionalidade das operações em emergências. Uma vez que os anexos funcionais são
orientados para as operações, seus usuários primários consistem nos integrantes das
agências que realizarão as atividades.

52
anexos

Apêndices para ameaças ou perigos específicos

Os apêndices para ameaças ou perigos específicos fornecem informação adicional


detalhada aplicada à execução de funcionalidades específicas nas operações envolvendo
uma ameaça ou perigo em particular. Eles são utilizados quando as características ou
legislação referentes a esta ameaça ou perigo exigem algum procedimento específico.

Procedimentos operacionais padronizados e listas


de verificação

Os procedimentos operacionais padronizados e listas de verificação fornecem


instruções detalhadas que as agências e seus integrantes necessitarão para cumprirem
as atribuições definidas no Plano de Emergência. Estes procedimentos e listas podem
estar no próprio plano ou simplesmente referenciados.

Estrutura do Plano básico

»» material de introdução;

»» finalidade;

»» situação e pressupostos;

»» operações;

»» atribuição de responsabilidades;

»» administração e logística;

»» instruções para uso do plano;

»» instruções para manutenção do plano;

»» distribuição;

»» registro das alterações;

»» estrutura do Plano básico;

»» material de introdução;

O Plano de Contingência deve ser iniciado por certas informações que facilitem o seu
uso e controle. Entre elas recomenda-se as que se apresentam a seguir:

53
anexos

»» documento de aprovação;

»» página de assinaturas;

»» registro de alterações;

»» registro das cópias distribuídas;

»» sumário;

»» finalidade.

A finalidade descreve a motivação pela qual o plano foi elaborado, estabelecendo, de


forma clara, o que se espera do plano. O restante do Plano de Contingência deriva de
forma lógica a partir da finalidade. A finalidade pode ser suportada pela apresentação
de uma sinopse do Plano Básico, dos Anexos Funcionais e dos Apêndices Específicos.

Situação e pressupostos

Após o estabelecimento da finalidade, a descrição de situação estreita o foco delineando


quais as ameaças ou perigos a que o plano se refere, a caracterização das áreas sujeitas
ao plano, e quais as informações utilizadas na preparação do plano que devem ser
tratadas como pressupostos e não com fatos.

Operações

Os usuários do Plano Básico precisam visualizar a sequência e a finalidade das ações


planejadas. A seção de operações expõe a abordagem geral para a emergência. Os seus
tópicos devem incluir:

»» organização local dos órgãos e estruturas de resposta;

»» dispositivos de monitoração, alerta, alarme e acionamento;

»» condições de ativação do Plano de Emergência;

»» níveis de atuação e suas implicações;

»» sequência geral de ação antes, durante e depois da emergência;

»» quem pode solicitar auxilio e em que condições;

»» procedimentos de coordenação, comando e controle.

54
anexos

Atribuição de responsabilidades

Nessa parte do Plano de Contingência, deverão estar descritas as atribuições de


cada uma das agências envolvidas na resposta a emergências e com atribuições na
implementação do plano. Isso inclui uma lista, por agência e departamento, das tarefas
que devem ser executadas, de forma a permitir uma consulta rápida sobre quem faz o
que, sem os detalhes de procedimentos incluídos no anexo funcional.

Quando duas ou mais organizações executarem o mesmo tipo de tarefa, uma deve ser
identificada como responsável primária e as demais conforme receberem as atribuições
de apoio e suporte.

Administração e logística

Essa parte do Plano de Contingência descreve como será fornecido o suporte


administrativo e logístico, indicando convênios e termos de cooperação para a obtenção
de serviços e suprimentos, realocação de pessoal das agências envolvidas, procedimentos
gerais para compra, locação ou contratação de recursos e orientações para o registro da
obtenção, uso e prestação de contas dos recursos financeiros.

Relacionamento com outros planos

Essa parte descreve como o Plano de Contingência se articula com outros planos
com o qual possa ter relação, incluindo os planos de agências governamentais e não
governamentais.

Instruções para uso do plano Eessa parte do plano deve estabelecer claramente, de
forma sucinta, onde o plano será utilizado, incluindo um rol das instalações e percursos
explicitamente considerados no planejamento

Instruções para manutenção do plano

Essa parte deve estabelecer como ocorrerá a manutenção do Plano de Contingência


incluído os processos para:

»» melhoria do Plano de Contingência, incluindo a periodicidade e


modalidade de exercícios e treinamentos, procedimentos para avaliação
das emergências e responsabilidade pela captura das informações;

»» revisão do plano, incluindo a periodicidade e atribuindo responsabilidade;

55
anexos

»» complementação do planejamento, incluído a orientação para que


as agências com responsabilidade pela implementação do Plano de
Contingência produzam os procedimentos operacionais padronizados
necessários para a sua atuação.

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Para não Finalizar

A segurança hoteleira tanto na área de safety como security requer pessoal treinado,
motivado, sistema de comunicações adequado e com bom funcionamento em todos os
locais, sem “zonas de sombra ou penumbra” onde a comunicação não pode ser realizada.

Compete aos gestores de segurança conhecer a realidade de seus hotéis bem como
fazer um adequado mapeamento de riscos e elaboração de Planos de Emergência, de
Comunicação e de Contingência que devem ser do conhecimento de todos envolvidos e
devidamente testado por meio de simulados.

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Referências

ARAUJO, Giovanni Moraes de. Segurança na armazenagem, manuseio e


transporte de produtos perigosos. 2. ed. SP: GVC, 2005. v.1.

CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes. São


Paulo: Atlas, 1999.

CAVASSA, César Ramirez. Hotéis - gerenciamento, segurança e manutenção. Editora


Roca Ltda, 2001.

CAMILLO JR, Abel Batista. Manual de prevenção e combate a incêndios. 5. ed.


SP: SENAC, 2004.

LIMA, D. A. & OLIVEIRA, J. C. de. A formação de recursos humanos para a CIPA: uma
nova abordagem. In: V CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA
DO TRABALHO. Anais... Associação Nacional de Medicina do Trabalho, 1987, p.
555-80.

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