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SUMÁRIO

AULA 1 5

História da Astrologia. 7
Como e onde surgiu? Quais são as suas correntes?

Definição da Astrologia. 8
Afinal, Astrologia é uma ciência? Como defini-la? Como confiar
em sua eficiência? Quais pesquisas foram feitas em torno do
assunto?

O que a Astrologia não é. 9


Diferença entre Mapa e território. Informações erradas que se
propagam, críticas sem sentido e erros comuns de abordagem
até pelos defensores da Astrologia. Introdução a questões
éticas.

O que é um Mapa Astral de nascimento? 11


Como é a sua estrutura?

AULA 2 15

Os 4 elementos e os 3 ritmos dinâmicos resultando nos 12 16


signos.

Função psíquica dos elementos. 20

AULA 3 21

Os tipos elementais 22

O elemento Fogo e seus signos 23

O elemento Terra e seus signos 27

O elemento Ar e seus signos 31

O elemento Água e seus signos 35


Os tipos mistos [parte 1] 40

Os tipos mistos [parte 2] 42

AULA 4 43

Sol 44
Lua 45
Mercúrio 46
Vênus 47
Marte 48
Júpiter 49
Saturno 50
Urano 51
Netuno 52
Plutão 53

AULA 5 54

As Casas astrológicas 55

Algumas considerações sobre interpretação 56

Não existem “Casas vazias” 57

E os planetas lentos? 59

AULA 6 60

Aspectos 61

Conjunção 62

Oposição 64
Trígono 66

Quadratura 67

Sextil 68

Regras importantes 69

AULA 7 71

Regras e considerações finais 72

Primeiro passo 72
Como o Mapa se distribui?

Segundo passo 73
contagem dos elementos

Terceiro passo 74
eventuais dignidades planetárias

Quarto passo 74
contraste entre signo solar e ascendente

Quinto passo 74
Planetas e signos

Sexto passo 74
Planetas nas Casas

Sétimo passo 75
Aspectos

Oitavo passo 75
Considere o que se repete três vezes
Recomendações 75

BIBLIOGRAFIA 77
Curso Personare: Introdução à Astrologia

AULA 1

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

INTRODUÇÃO

Prezado estudante,

Seja bem-vindo ao nosso curso de Introdução à Astrologia. O presente curso tem


por objetivo familiarizar o estudante com os primeiros elementos fundamentais para
a compreensão da linguagem astrológica. Considere que você está no processo de
aprendizado de um novo idioma e será capaz de ler textos em um Mapa - no caso, os
Mapas Astrais.

Inicialmente, apresentarei algumas considerações filosóficas e definições da Astrologia,


destacando os limites desse saber. O que podemos e o que não podemos fazer por
meio da Astrologia? Ela é uma ciência? Quais seriam as críticas mais recorrentes sobre
o assunto e quais são os equívocos cometidos até por quem trabalha com o tema?

Em seguida, partiremos para o estudo de elementos técnicos: como se estrutura um


Mapa Astral? O que devemos considerar e o que significa cada coisa? Você será
apresentado aos conceitos fundamentais da Astrologia: planetas, Casas, elementos,
ritmos, signos e aspectos. Por fim, abordarei algumas regras iniciais de interpretação e
discorrerei sobre questões éticas da prática astrológica.

Meu objetivo é que você termine esse curso introdutório familiarizado com o beabá
essencial da Astrologia, a fim de que, em cursos vindouros de aperfeiçoamento, você se
torne cada vez mais competente no assunto.

Um abraço e boa viagem de aprendizado!

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

HISTÓRIA DA ASTROLOGIA.
Como e onde surgiu? Quais são as suas correntes?

A respeito da história da Astrologia, convém saber que a expressão “Astrologia” é


utilizada para definir diferentes tipos de conhecimento tradicional. Estes conhecimentos
estão presentes em várias culturas ao redor do mundo há milhares de anos, e não
são necessariamente a mesma coisa, apesar de se pautarem no mesmo fundamento:
haveria uma relação simbólica entre a existência terrestre e as configurações celestiais.
Em nosso curso de Introdução à Astrologia, trataremos do conhecimento ocidental,
herança de um somatório de saberes que se originaram na antiga Mesopotâmia. Outras
correntes astrológicas, como a védica, a chinesa, a maia, a asteca etc., não são objetos
de estudo deste curso.

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DEFINIÇÃO DA ASTROLOGIA.
Afinal, Astrologia é uma ciência? Como defini-la? Como confiar em sua eficiência? Quais
pesquisas foram feitas em torno do assunto?

A respeito de definições e da separação entre a Astrologia e a Astronomia, convém


ter em mente que estes dois termos significavam a mesma coisa até se separarem
gradualmente entre os séculos XVI e XVIII. A Astronomia, expressão que significa
literalmente “lei dos astros”, atualmente é a ciência que estuda os fenômenos físicos
dos corpos celestes. A Astrologia (“estudo dos astros”) pode ser definida como um
conhecimento tradicional que interpreta a simbologia das diferentes configurações
celestiais.

A Astronomia é uma ciência no sentido contemporâneo dado a este termo, e segue


o rigor do método científico. A Astrologia é uma ciência no sentido antigo dado a este
termo, mas é correntemente melhor definida como um conhecimento tradicional da
humanidade que estabelece relações simbólicas entre os movimentos celestiais e a vida
terrestre. Voltaremos a estes dois pontos mais adiante, quando falarmos sobre o método
científico. Caso você tenha interesse em aprofundar o entendimento da estrutura
epistemológica (em termos simples: “estrutura do conhecimento”) da Astrologia, é
recomendável que leia o livro “As Palavras e As Coisas (Martins Editora), do filósofo
francês Michel Foucault (1926-1984). Este livro não é fundamental para um curso
introdutório de Astrologia, mas é precioso para quem desejar aprofundar a questão
histórica e entender o modelo de pensamento vigente na época em que a Astrologia foi
elaborada como um corpo de conhecimento.

Ainda mais antigamente, por volta dos primeiros séculos da Era Cristã, a Astrologia
era conhecida como “matéria” (do latim: matheseos), pois seu conhecimento era
considerado tema de fundamental importância para o entendimento da vida. Caso você
tenha interesse em conhecer uma das obras mais antigas de Astrologia, busque o livro
Matheseos Libri VIII, escrito pelo senador Julius Firmicus Maternus.

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O QUE A ASTROLOGIA NÃO É.


Diferença entre Mapa e território. Informações erradas que se propagam, críticas sem
sentido e erros comuns de abordagem até pelos defensores desse estudo

Para falar de Astrologia, nós temos também que falar de limites – o que a Astrologia
pode e o que a Astrologia não pode fazer. Quando estudamos esse assunto, estudamos
Mapas Astrais, e Mapa não é território. Por exemplo: digamos que eu pegue a carta
geográfica da cidade do Rio de Janeiro. O que eu posso ver nela? Eu posso olhar para
ela e, nunca tendo ido a essa cidade, dizer que ela é litorânea, possui morros, ou seja,
não é uma cidade plana. Por outro lado, eu não sei se a praia é poluída ou limpa, não
sei qual é a praia suja, qual é a praia limpa... Assim como não posso saber se a cidade é
suja ou se é bem cuidada. Só é possível saber esses detalhes indo ao Rio de Janeiro.

Dessa forma, podemos perceber que há a condição natural e a condição contingente,


temporária. A natural se caracteriza pelo fato de a cidade ser litorânea e ter morros,
enquanto que a contingente é definida pela possibilidade de a cidade estar suja ou
limpa, bem cuidada etc. O mesmo ocorre com o Mapa Astral – eu não posso dizer se
uma pessoa é boa ou ruim apenas analisando o Mapa Astral dela. Um exemplo é a
Irmã Dulce, uma grande freira samaritana de Salvador, Bahia, cujo Mapa não indica
necessariamente a pessoa boa que ela era; indica características que podem ser
virtudes ou defeitos. Em resumo: não conhecemos alguém apenas olhando seu Mapa
Astral. Conhecemos suas potencialidades. A forma como a pessoa faz valer essas
potencialidades depende da educação recebida e do ambiente.

Um erro básico que muitos estudantes de Astrologia cometem é dizer que não gostam
de um determinado signo ou de certa posição planetária. Quando, por exemplo, alguém
diz que não gosta do ascendente em Touro, muito provavelmente essa pessoa não
gosta de alguém que possui esse ascendente, e daí constrói um preconceito. Talvez
até por alguma razão do Mapa dela, ela não se dê bem com ascendente em Touro. O
importante é compreender que nenhuma característica astrológica tem, por si, algo que
seja melhor ou pior do que qualquer outro ascendente. Portanto, não existe Mapa bom
ou ruim; existem Mapas com traços positivos e negativos.

É de extrema importância que a Astrologia não seja usada como base para preconceito.
Se, por algum motivo, não gostamos de um determinado signo ou de uma pessoa
daquele signo, isso talvez explique mais a respeito de nós do que a respeito daquela
pessoa, afinal, muitas vezes, quando não gostamos de algo, na realidade estamos
falando da nossa dificuldade em lidar com aquilo.

Outro erro de abordagem muito comum entre astrólogos é o uso equivocado de jargões
científicos para sustentar a validade do conhecimento que eles detêm, como o de que
a Astrologia é provada pela física quântica ou o de que a estatística prova a Astrologia,
por exemplo.
Sobre a física quântica: trata-se de um ramo da física que estuda o comportamento

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de partículas atômicas e subatômicas. Observa-se que, em dimensões subatômicas,


a física clássica não funciona e uma série de fenômenos muito curiosos passa a ser
observada, demonstrando que partículas separadas continuam a se afetar mutuamente.
Alguns astrólogos fazem analogia entre o comportamento dessas partículas com o
fenômeno astrológico, mas é uma analogia falha a partir do momento em que planetas
não são partículas subatômicas. Em dimensões usuais, a física quântica não opera.

A respeito da estatística, alguns estudos demonstram correlações interessantes, muito


embora esses estudos não tenham ainda sido reproduzidos eficientemente com o rigor
que estudos estatísticos exigem. Ainda assim, quando falamos de “validação científica”,
estatísticas não são elementos suficientes para que algo seja considerado “ciência” no
sentido contemporâneo do termo.

No que diz respeito aos céticos, o argumento de que “as constelações mudaram, então
os signos mudaram” também é falho – o estudo que usa as constelações é a Astrologia
védica, e não a ocidental. Além disso, os próprios astrônomos sabem que constelações
são uma coisa e os signos do zodíaco são outra, embora os nomes de ambos sejam
os mesmos. A Astrologia ocidental, além disso, é uma Astrologia trópica. Trata-se de
uma eclíptica virtual em torno da Terra, dividida em 12 faixas iguais, que são os signos.
Não faria sentido também se os signos fossem as constelações por conta da diferença
de tamanho, como a constelação de Escorpião, que é muito maior do que o signo de
Escorpião.

E mais uma questão diz respeito à dita “influência planetária”. Essa ideia provém de
construções linguísticas que, por sua vez, derivam do século XVIII/XIX para cá. Não há
“energias astrológicas” nos afetando na Terra, mas uma relação simbólica entre a vida
humana e as posições planetárias. Essa relação simbólica, que faz parte do modo de
pensar antigo, é muito bem explicada por Foucault no já indicado livro “As Palavras e As
Coisas”.

E, por fim, é crucial que a Astrologia não seja resumida a signo solar, pois Astrologia de
signo solar não é Astrologia. O horóscopo publicado em jornais, por exemplo, não chega
nem a ser horóscopo, pois “horóscopo” significa “espelho da hora”, que, por sua vez, é
baseado no ascendente. Esse tipo de horóscopo é apenas um vestígio da Astrologia e é
superficial, embora agrade muitas pessoas e possa até instigar o interesse pelo assunto.

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O QUE É UM MAPA ASTRAL DE NASCIMENTO?


Como é a sua estrutura?

O objeto de estudo da Astrologia é o Mapa Astral. Um Mapa Astral é confeccionado


de acordo com a data, mês, ano, hora e local de nascimento. Mapas Astrais não
são heliocêntricos (o Sol como centro) nem geocêntricos (a Terra como centro), mas
antropocêntricos: o centro do Mapa é a pessoa que nasceu. Por isso, a importância da
cidade, cuja latitude e longitude permitirá o cálculo do Mapa. Na prática, qualquer coisa
pode ter um Mapa Astral. Além de pessoas, cidades têm Mapas que se baseiam em
suas fundações. Empresas têm Mapas. Qualquer coisa que nasça tem um Mapa Astral.

O Mapa Astral de nascimento leva em conta quatro peças fundamentais:

Os planetas (em número de dez);


Os signos (em número de doze);
As Casas (em número de doze);
Os aspectos (neste curso, estudaremos os cinco principais).

A imagem ao lado mostra o exemplo de um


Mapa Astral. Os símbolos internos são os
planetas. As linhas que conectam os planetas
são os aspectos. O círculo em torno dos
planetas representam os signos e as Casas.

Os corpos celestiais estudados pela Astrologia


ocidental são o Sol, a Lua e os planetas de
nosso sistema solar. O Sol e a Lua também
são chamados de “planetas” pela Astrologia,
mas esta expressão tem um sentido totalmente
diferente pela Astronomia. “Planeta” significa
literalmente “pequeno plano”, e o significado
astrológico é de “corpo que se move” (em
contraposição às estrelas fixas, que na verdade
não são fixas, mas se movem lentamente). Para a Astronomia, “planeta” é o termo dado
a corpos celestes com características muito específicas. Na prática, temos uma mesma
expressão sendo utilizada com significados distintos por diferentes saberes. O fato
de a Astronomia não considerar como “planetas” os mesmos corpos que a Astrologia
considera, não importa. A mesma palavra tem sentidos diferentes para cada um dos
saberes. Evidentemente, um astrólogo sabe que o Sol não é um planeta no sentido
astronômico do termo.

Deste modo, estes são os símbolos que representam os planetas na Astrologia.


Cada planeta representa uma função psíquica. Voltaremos a este assunto mais
profundamente nas aulas seguintes:

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Alguns astrólogos se valem de outros elementos, como asteroides e planetas recém-


descobertos por astrônomos. Neste curso, estudaremos apenas os pontos que
são considerados indubitáveis no conhecimento astrológico. A maioria das novas
descobertas ainda não é consensual para a Astrologia.

As estrelas também são estudadas pela Astrologia ocidental, mas apenas como
material adicional disponível em cursos mais avançados. Na prática, a única estrela que
realmente importa para a Astrologia ocidental é o nosso Sol. As constelações (desenhos
feitos em diferentes culturas, ligando estrelas) não são relevantes para a Astrologia
ocidental, e sim apenas para a Astrologia védica (hindu).

É importante que você entenda que os signos astrológicos não são a mesma coisa que
as constelações e não devem ser confundidos! O que acontece é o seguinte: algumas
constelações foram homenageadas com os nomes de signos zodiacais, e o tamanho
dessas constelações é altamente desigual. As constelações formam o zodíaco sidéreo,
importante para a Astrologia védica. Mas a Astrologia ocidental se vale do zodíaco
trópico, que é produzido como uma projeção virtual a qual chamamos de eclíptica
zodiacal: um círculo dividido em doze faixas idênticas.

Veja abaixo uma ilustração da eclíptica zodiacal:

Deste modo, não importa que as constelações tenham se movido ao longo dos últimos
dois mil anos. Para a Astrologia ocidental, que é o que nós estudamos, os signos não
mudaram e nem podem mudar, pois são projetados a partir da Terra. Na prática, os
signos estão na Terra, e não no céu.

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Veja a seguir uma tabela com os símbolos dos signos zodiacais para sua referência:

Não se preocupe em decorar os símbolos por ora. Com tempo e prática, você os
decorará naturalmente. Até a próxima aula!

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AULA 2

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OS 4 ELEMENTOS E OS 3 RITMOS DINÂMICOS RESULTANDO


NOS 12 SIGNOS

Os signos zodiacais são em número de doze e, como já vimos na apostila anterior,


eles resultam da divisão da eclíptica zodiacal em doze faixas iguais. As constelações
são outra coisa. A palavra “zodíaco” vem do grego e provavelmente deriva de
“zoe”+”dhyakos”, ou “roda da vida”. Alguns dizem que provém do grego “zoo”+”dhyakos”,
ou “roda dos animais”. Entretanto, observem que nem todos os signos zodiacais são
animais. Libra, por exemplo, é um objeto. Faz mais sentido que o termo signifique “roda
da vida”, pois representa os ciclos da existência.

A pergunta “qual é o seu signo?” hoje em dia se refere à posição que o Sol ocupava no
momento de um nascimento. Deste modo, quando alguém diz “meu signo é Câncer”, ela
quer dizer (mesmo que não o saiba) que, quando nasceu, o Sol estava no signo zodiacal
de Câncer (lembrem-se: não a constelação de Câncer, mas o signo de Câncer).

Entretanto, o signo solar é apenas um dos pontos de estudo de um Mapa Astral. Temos
também os signos ativados pela Lua, Mercúrio, Vênus e todos os planetas. Além disso,
temos os signos associados aos quatro pontos fundamentais do Mapa: o ascendente,
o descendente, o meio do céu e o fundo do céu. Cada um destes pontos representa
coisas diferentes. Mercúrio, por exemplo, representa a forma de pensar, de se
comunicar. Deste modo, uma pessoa de Libra com Mercúrio em Virgem tem processos
mentais virginianos, e não librianos. Outro exemplo: Vênus representa os processos
afetivos. Uma pessoa de Peixes com Vênus em Áries se identificará mais com o
comportamento afetivo atribuído ao signo de Áries do que com o comportamento afetivo
atribuído ao signo de Peixes.

Uma diferença prática entre os signos solares e os demais pontos planetários do Mapa,
é que a posição do Sol nos signos é relativamente regular. Ou seja: uma pessoa nascida
no dia 8 de agosto de qualquer ano, em qualquer cidade, terá sem dúvida o Sol em
Leão. Mas para saber os demais pontos astrológicos do Mapa (ascendente, Lua etc.),
é preciso calcular. Notem, entretanto, algo importante: a regularidade do Sol é relativa,
pois a entrada deste astro em cada signo varia levemente de um ano para o outro.
Quando as revistas especializadas em Astrologia dizem, por exemplo, que Áries vai
de 21 de março a 20 de abril, esta é a data aproximada. Na prática, varia de um ano
para o outro. Há anos em que Áries começa no dia 20 de março e termina no dia 19 de
abril. Além disso, a entrada do Sol em um signo não ocorre necessariamente à meia-
noite. Deste modo, duas pessoas podem ter nascido em um mesmo dia (por exemplo,
20 de março) e uma ter o Sol em um signo e a outra ter o Sol no signo seguinte, pois
nasceram em horas muito diferentes do mesmo dia. As pessoas que nasceram em
datas muito próximas às das mudanças de signos só podem ter certeza de seus signos
solares se calcularem seus Mapas de acordo com hora e cidade de nascimento.

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Classificação dos signos por polaridades

Há várias formas de classificar os signos. Uma delas é considerar que existem signos
masculinos e femininos. Notem que isso nada tem a ver com sexualidade, mas com
polaridades que nada dizem sobre orientações sexuais. As designações “positivo”
e “negativo” também não têm nenhum juízo de valor e se referem a polaridades. Os
signos masculinos/positivos são extrovertidos. Os signos femininos/negativos são
introvertidos. Atentem para o fato de que quando nos referimos a “signos”, aqui, não
estamos falando de pessoas que nasceram com o Sol nestes signos. Não é de forma
alguma suficiente analisar o Sol, ou mesmo o ascendente, para definir que uma pessoa
é mais extrovertida ou introvertida. É preciso analisar a predominância de signos em um
dado Mapa.

Para entender quais signos são positivos/masculinos ou negativos/femininos, é bastante


simples: os signos ímpares são positivos/masculinos; os pares são negativos/femininos.
Uma bateria não funciona sem polaridade positiva e outra negativa e, por isso mesmo,
não faz o menor sentido “valorar” as polaridades como melhores ou piores apenas
porque, em linguagem corrente, dizemos que “negativo” é sinônimo de “ruim”. Sem as
polaridades, não existem baterias... E nem zodíaco!

Veja na roda zodiacal abaixo os signos e suas polaridades:

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Classificação dos signos por elementos

As polaridades se dividem também em elementos. A polaridade masculina/positiva se


divide em dois elementos: Fogo e Ar. Do mesmo modo, a polaridade feminina/negativa
se divide em dois elementos: Água e Terra.

O elemento Fogo é o masculino do masculino, o Ar é o feminino do masculino. Do


mesmo modo, a Água é o feminino do feminino e a Terra é o masculino do feminino. Isso
significa que, dentro dos elementos masculinos, há um pouco de feminino, assim como
dentro dos elementos femininos, há um pouco de masculino. Isso nos faz lembrar a
imagem tradicional do TAO, que mostra as polaridades yang (masculino) e yin (feminino)
e como o yang tem um pouco de yin, e vice-versa.

São signos de Fogo: Áries, Leão e Sagitário.


São signos de Terra: Touro, Virgem e Capricórnio.
São signos de Ar: Gêmeos, Libra e Aquário.
São signos de Água: Câncer, Escorpião e Peixes.

O fato de signos serem do mesmo elemento indica características semelhantes. O que


diferencia um signo de outro que seja do mesmo elemento são os ritmos, sobre os quais
você lerá a seguir.

Classificação dos signos por ritmos

Os signos também são classificados por ritmos. Existem três ritmos: cardeal (ou
cardinal), fixo e mutável (mutante).

O ritmo cardeal representa o elemento em seu impulso conquistador, que age por
impulso. Não à toa, os signos cardeais são os que abrem as estações: Áries abre a
primavera no hemisfério norte e o outono no sul; Câncer abre o verão no hemisfério
norte e o inverno no sul; Libra abre o outono no norte e a primavera no hemisfério sul;
Capricórnio abre o inverno no norte e o verão no hemisfério sul.

Já os signos fixos representam, como o nome diz, os elementos em sua mais intensa
concentração, ou seja, representam o ponto mais intenso das estações do ano.
Ao contrário dos signos cardeais, que são impulsivos e agem, os signos fixos são
concentrados e menos dados ao movimento. Como o nome diz, são “fixos”: ficam num
ponto, atraindo as coisas que desejam. Os signos fixos são Touro, Leão, Escorpião e
Aquário.

Por fim, os signos mutáveis representam aqueles signos que representam o momento
em que uma estação vira outra, daí sua característica de mudança, de transição. Não
é à toa que quase todos os signos mutáveis são representados por signos duplos:
Gêmeos, Sagitário (meio humano e meio cavalo) e Peixes (no plural: vários peixes, e

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não apenas um). Virgem é o único signo mutável cuja representação iconográfica é mais
discreta, não explicitando sua mutabilidade.

Multiplicando elementos por ritmos

Considere os quatro elementos e os três ritmos. Multiplicando um pelo outro, você terá:

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FUNÇÃO PSÍQUICA DOS ELEMENTOS

Cada um dos elementos corresponde a uma das quatro funções psíquicas: intuição
(Fogo), sensação (Terra), pensamento (Ar) e sentimento (Água). Fogo e Ar são opostos
complementares, assim como Água e Terra. Como o nome diz, eles se complementam.
Mas há também os opostos psíquicos: Fogo e Terra são opostos psíquicos, assim como
Ar e Água. O conceito de “oposição psíquica” é de diferenciação extrema.

Os opostos complementares (Fogo/Ar e Água/Terra) têm muitos traços semelhantes.


Fogo e Ar são extrovertidos, assim como Água e Terra são introvertidos. Mas os opostos
psíquicos são totalmente diferentes.

O Fogo aborda o mundo a partir de uma perspectiva que atribui simbolismos a tudo,
daí a função intuitiva, que “vê” além do objeto. Já a Terra, oposto psíquico do Fogo, se
relaciona com o mundo a partir de uma perspectiva sensorial, ligada a objetos e fatos.

Ar e Água são funções opostas psiquicamente falando pelas mesmas razões. O Ar


aborda o mundo a partir de uma perspectiva mental, enquanto a Água aborda as
mesmas coisas a partir de uma perspectiva emocional.

Na próxima apostila, vamos abordar uma introdução aos significados dos signos, mas
antes é preciso repetir a importante lição: os traços que serão descritos não se referem
a características comportamentais de pessoas que “são” daqueles signos. Cada planeta,
a depender do signo em que ele se encontre, terá significados diferentes. O fato de uma
pessoa ter o Sol em Touro, por exemplo, não significa que ela “seja” o que será descrito
como o signo de Touro. Nós estudaremos arquétipos, e não pessoas. Para estudar
pessoas, é preciso considerar todo o Mapa Astral e seus diferentes pontos.

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AULA 3

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OS TIPOS ELEMENTAIS
Conforme abordado em aula, são quatro os elementos estruturantes do zodíaco.
Entretanto, são raros os indivíduos que podem ser chamados de “tipos puros”, ou seja,
que possuem apenas um elemento como predominante em suas cartas astrológicas. A
maioria das pessoas é o que se convencionou chamar de “tipo misto”, ou seja, possui a
combinação de dois elementos fortes. É importante compreender o que motiva e o que
repele os tipos, pois uma atitude muito comum é confundir temperamentos elementais
com “coisas”, num estilo de interpretação que procura saber quem seria o melhor
administrador, o melhor padre, o melhor governante etc. Todos os elementos podem
atuar em qualquer área; a diferença está no que os motiva. Para cada um deles, existem
os seguintes ritmos dinâmicos:

O Elemento Fogo nasce cardeal (isto é: ativo, dinâmico), então se


concentra tornando-se fixo e, por fim, conclui tornando-se mutável (isto é,
mais suave e, portanto, um fogo espiritual).

O Elemento Terra nasce fixo (isto é: concentrado, sólido, duro), então


subitamente se transforma e conclui tornando-se cardeal (mais ativo,
dinâmico).

O Elemento Ar nasce mutável (isto é: solto, livre, disperso), então se torna


cardeal e conclui tornando-se fixo (mais concentrado).

O Elemento Água nasce cardeal (mais ativo e dinâmico), então se torna fixo
e conclui tornando-se mutável (mais suave e espiritual).

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O ELEMENTO FOGO E SEUS SIGNOS (INTUITIVO)


O tipo Fogo “puro” se caracteriza por uma elevada função psíquica intuitiva,
cuja marca registrada é a capacidade de se relacionar com o mundo a partir
de uma perspectiva mais simbólica do que objetiva. Os fatos nunca são tão
importantes quanto os significados que se podem extrair deles. Para o tipo
Fogo “puro”, um simples passeio pode ser descrito como uma incrível aventura.

O que motiva o tipo Fogo é a conquista, e o que o repele é o tédio. Um tipo Fogo “puro”
é, sobretudo, motivado pelo desejo de se envolver em aventuras e manter o marasmo
longe, e isso será aplicado em qualquer atividade à qual o sujeito se dedique.

A função inconsciente do tipo Fogo “puro” é a da Terra, de modo que é possível afirmar
que este tipo se incomoda muito e lida mal com limitações terrenas, sobretudo com as
do próprio corpo. O aspecto intuitivo da psique, que tem ideias fabulosas e coloridas,
encontra na realidade objetiva do mundo um grande obstáculo a ser transposto.
Por isso, é comum que pessoas do Fogo fiquem bastante agressivas, irritadiças e
impacientes com o que julgam ser uma lentidão dos outros ou da realidade.

Dentre todos os elementos, é o que mais chama a atenção à primeira vista, o que irradia
mais calor. Entretanto, é também o elemento que agride quando dele nos aproximamos
demais. O Fogo deseja ser mantido livre e não tolera cerceamentos. O exagero disso
faz com que lide mal com tudo o que demande disciplina, cautela, paciência e tempo.

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ÁRIES
Fogo cardeal ou cardinal
Regência: Marte

Áries é o primeiro signo do zodíaco na chamada “ordem natural” e o primeiro também


pertencente ao elemento Fogo. É importante enfatizar esta questão da ordem natural,
pois em verdade o primeiro signo de um Mapa Astral será sempre o ascendente.
Mas, independentemente de Mapas Astrais de pessoas, empresas, nações ou
relacionamentos, Áries representa o início e seu símbolo nos remete tanto aos chifres do
carneiro quanto à ideia de erupção ou até mesmo aos primeiros ramos brotando de uma
semente. Analogamente, Áries é o signo da iniciativa, do impulso primal que desbrava
territórios com determinação, agressividade e destemor. Não é à toa que os aríetes
(máquinas utilizadas em guerras para arrombar portas de castelos) derivam seu nome
da palavra “Áries”.

O animal representativo de Áries é um carneiro, que aponta a cabeça na direção de um


alvo e se arremete na direção deste. O planeta Marte rege este signo. O termo latino
mars significa “crescer, tornar-se grande” e expressa bem os impulsos conquistadores
do primeiro signo do zodíaco natural. Áries é um signo de elemento Fogo e pertence,
junto a Leão e Sagitário, ao rol dos signos caracterizados por espontaneidade,
agressividade e intuição criativa privilegiada. Entretanto, Áries é um signo cardeal,
representando um Fogo mais ativo, dinâmico e agressivo do que o dos outros dois
signos deste mesmo elemento. O temperamento é colérico, mas as cóleras arianas são
tão intensas quanto fugazes.

Principais virtudes: sinceridade, determinação, poder decisório, capacidade de


conquista, iniciativa, energia, clareza.

Principais defeitos: impaciência, destempero, tendência a atropelar, comportamento


invasivo, raiva, excessos, ingenuidade.

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

LEÃO
Fogo fixo
Regência: Sol

Em Leão, o elemento Fogo assume uma conformação diferente, pois agora o Fogo é de
ritmo fixo, sendo, portanto, um Fogo bem mais concentrado do que o do impulso ariano.
A criatividade é um dos traços mais poderosos do signo de Leão, e esta qualidade se
manifesta nas diferentes searas da vida. Com a regência do Sol, Leão se caracteriza
como signo da autoridade. Diferente da agressividade conquistadora de Áries, primeiro
signo de Fogo, em Leão temos o “lugar conquistado”. Por isso mesmo, o signo é
representado por um animal a quem chamamos de “rei das selvas”.

Assim como o Sol é o centro do sistema solar, Leão assume postura centralizadora
que pode ser até egocêntrica, mas jamais é egoísta. Até porque, generosidade é uma
estratégia funcional que garante que o signo esteja sempre em condição central. A
avareza não combina com um tipo cuja representação astral é a do Sol, que a tudo
ilumina com seus generosos raios.

Principais virtudes: generosidade, autoconfiança, criatividade, firmeza, nobreza,
propósito, clareza.

Principais defeitos: arrogância, pretensão, exagero, melodrama, egocentrismo,


vaidade, esnobismo.

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SAGITÁRIO
Fogo mutável ou mutante
Regência: Júpiter

O último dos signos de Fogo do zodíaco natural é também um signo de ritmo mutável.
Isso explica o fato de Sagitário, dos três signos de Fogo, ser aquele cuja agressividade
é menos evidente a um primeiro olhar. A mutabilidade do signo faz com que este
seja um Fogo volátil, um Fogo “espiritual”. As chamas sagitarianas vertem na direção
do intelecto, permitindo ao tipo uma perspectiva da vida que passa pelo altamente
simbólico. Para a natureza sagitariana típica, os fatos não são tão importantes quanto
as lições que eles têm a oferecer. Sagitário guarda com Gêmeos, seu signo oposto, uma
similitude no âmbito da curiosidade. Entretanto, diferente de Gêmeos, que é movido a
perguntas, Sagitário é movido a respostas, fornecendo-as sem pestanejar, e imbuído
das mais poderosas certezas. O símbolo de Sagitário – uma flecha – mostra bem as
aspirações do signo para as alturas, sejam estas alturas de natureza espiritual ou
ambições mais terrenas.

Júpiter é o planeta regente deste signo, o que ilustra bem o ímpeto de Sagitário para
assumir uma postura de autoridade (moral, espiritual, o que for) sobre os outros.
A mutabilidade do signo se expressa em sua natureza dual, meio humano e meio
cavalo, a ilustrar duas coisas: primeiramente, o fato de Sagitário ser o único dos signos
zodiacais que é representado por uma entidade mitológica, uma criatura que não existe
na natureza, mas é fruto da imaginação humana. Explica bem o fato de que típicos
sagitarianos costumam receber comentários do tipo “fulano não existe, foi inventado”.
Em segundo lugar, esta dualidade mostra bem a divisão interna do tipo – de um lado, a
materialidade; do outro, os impulsos espirituais.

Principais virtudes: otimismo, expansividade, curiosidade filosófica, entusiasmo,


generosidade, versatilidade, autoridade.

Principais defeitos: exagero, comportamento intrometido, arrogância intelectual,


moralismo, hipocrisia, pretensão, irresponsabilidade.

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O ELEMENTO TERRA E SEUS SIGNOS (SENSORIAL)


O tipo Terra “puro” tem como marca registrada o fato de que, de todos os
elementos, é o que se modifica com mais vagar. Vislumbre uma rocha:
passam-se séculos e ela continua mais ou menos a mesma. Ela muda,
evidentemente, mas não muda a olhos vistos, a não ser que ocorra algum
fenômeno ambiental de alta agressividade. Do mesmo modo, os indivíduos de Terra se
caracterizam por um temperamento estável, sólido, que muda com vagar e que busca
segurança, estabilidade.

O que motiva a Terra é a estabilidade, e o que a repele é a surpresa. Um tipo Terra


“puro” fará de tudo para erigir uma estrutura bastante sólida em sua existência,
priorizando coisas que demandem tempo para se desenvolver, tal qual uma planta, que
precisa ser pacientemente regada e que tem seu tempo próprio de desenvolvimento.

A função psíquica oposta à da Terra é a função elemental do Fogo, e é possível afirmar


que a Terra se incomoda demais com situações instáveis ou que envolvam estresse e
agressividade. O aspecto sensorial da psique, que necessita experimentar as coisas
para nelas confiar, desconfia de tudo o que é muito teórico ou aventureiro. Quando
colocada em situação instável, a Terra se torna desconfiada, rabugenta, teimosamente
apegada a sensações e sentimentos.

De todos os elementos, a Terra é o tipo no qual mais podemos confiar. Afinal, ao


contrário do Ar e da Água que escapam de nossos dedados, ou do Fogo que nos
queima os dedos, a Terra pode ser tocada. Podemos sentar sobre uma rocha. A Terra
está ali, firme, forte e estável, para o que der e vier.

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TOURO
Terra fixa
Regência: Vênus

Na chamada “ordem natural”, Touro é o segundo signo do zodíaco. Nele, a planta que
brotou em Áries começa a fincar raízes. O símbolo do signo evoca a cabeça de um
touro, mas também a ideia de uma semente a brotar. A diferença entre os símbolos de
Touro e de Áries é que o primeiro signo do zodíaco se traduz mais como uma vida que
emerge, enquanto que em Touro a robustez da semente chama mais a atenção, como
que a prometer: a vida há de ser grande. Touro é o signo da consolidação, das raízes
que se fincam poderosamente na terra. Evidentemente, Terra é o elemento deste signo,
assim como no caso de Virgem e Capricórnio. Entretanto, Touro é um signo de Terra
e de ritmo fixo, evocando a ideia de rocha sólida. Dentre todos os signos de Terra, é o
mais firme, de menor mutabilidade e grande poder de inércia – o que se traduz tanto em
firmeza de propósito (no positivo) quanto em dificuldade para lidar com mudanças (no
negativo).

O signo é representado por um touro, animal de cólera lenta, porém difícil de amansar
se a fúria for evocada. O temperamento é melancólico, mas aqui vale ressaltar que
não se trata de “melancolia” no sentido contemporâneo que esta palavra assume. O
temperamento melancólico, na antiguidade, se referia a traços de solidez, serenidade,
apreço pela vida terrena. A função psíquica sensorial se alia à regência do planeta
Vênus, fazendo de Touro o mais sensual dos signos zodiacais, o mais apegado aos
prazeres terrenos e às boas coisas da vida.

Principais virtudes: firmeza, constância, tranquilidade, poder de consolidação,


sensualidade, magnetismo, confiabilidade.

Principais defeitos: preguiça, gula, teimosia, dificuldade com mudanças, apego,


materialismo, possessividade.

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VIRGEM
Terra mútavel ou mutante
Regência: Mercúrio

O segundo signo de Terra do zodíaco tem ritmo mutável e, portanto, não manifesta a
mesma rigidez de Touro. Virgem expressa sua mutabilidade sob a forma de grandes
interesses intelectuais, que também são marcas registradas da regência de Mercúrio
(regência que compartilha com o outro signo intelectual: Gêmeos). É também o segundo
signo do zodíaco na ordem natural a ser representado por uma figura de forma humana:
uma virgem. A ideia da virgem se traduz como “passo por tudo, mas mantenho minha
pureza”. Não se trata de uma “virgindade” no sentido sexual, mas de uma postura crítica
e autocrítica que não garante, mas estimula um comportamento impoluto.

Perfeccionismo é um dos traços fundamentais do signo que, por ser bastante autocrítico,
custa a dar razão a quem identifica nele tais qualidades. “Eu não sou organizado!”
pode ser uma queixa constante em pessoas tipicamente virginianas, queixa que deriva
de um excesso de humildade misturado com autocrítica severa. As características
mentais são poderosas, mas diferentes das geminianas. Gêmeos tende a ser mais
superficial, enquanto Virgem demanda de si (e dos outros) um nível de detalhamento e
de aprofundamento muitíssimo maior. Há controvérsias sobre o significado do símbolo.
Uma versão diz que o “M” de Virgem tem a ver com uma runa chamada Mannaz, que
representa o poder interior, mas que em Virgem assume uma forma contida, enquanto
que em Escorpião (signo que tem um glifo parecido) assume uma forma agressiva.

Principais virtudes: perfeccionismo, senso crítico, detalhismo, poder organizacional,
humildade, inteligência, dom da pesquisa.

Principais defeitos: crítica excessiva, tendência a se subestimar, manias, hipocondria,


apego a detalhes insignificantes, fobias, insatisfação compulsiva.

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CAPRICÓRNIO
Terra cardeal ou cardinal
Regência: Saturno

O último dos signos de Terra do zodíaco natural é também um signo de ritmo cardeal,
ou seja, que abre uma nova estação (verão no sul, inverno no norte). Signos cardeais,
por natureza, têm uma atitude mais conquistadora, que luta pelas coisas, de modo que
a Terra capricorniana é bem mais ativa e agressiva do que a Terra taurina ou virginiana.
A cabra que sobe a montanha, vencendo as intempéries e jamais abandonando sua
caminhada rumo ao topo, é o animal representativo deste signo, que ilustra bem o
temperamento ambicioso e determinado. Outra representação possível é a de uma
criatura meio cabra e meio peixe: símbolo de uma consciência que sai do estado
indiferenciado (o peixe, que vive em cardumes) para o estado da consciência individual
que almeja o topo das montanhas (a cabra).

Saturno, entidade mitológica romana que representa o tempo, é o planeta regente de


Capricórnio, sugerindo o senso de limites deste signo, assim como sua inclinação para
compreender a importância das coisas que demandam paciência e que são duradouras.
O que é bom e tem valor, Capricórnio bem sabe, vem com o tempo. O temperamento
capricorniano é, como no caso dos outros signos de Terra, melancólico. Mas, aqui,
vale ressaltar o que já foi dito: “melancolia”, em um sentido clássico, não significa
tristeza. Ou, melhor dizendo, não apenas tristeza. As características introspectivas,
desconfiadas, sóbrias e mais lentas do tipo capricorniano também podem tomar a forma
de tristeza eventual, mas também tomam a forma de grande poder realizador.

Principais virtudes: persistência, perseverança, paciência, disciplina, responsabilidade,


ambição, solidez.

Principais defeitos: desconfiança, complicar o que está fácil, rabugice, orgulho, rancor,
materialismo, teimosia.

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O ELEMENTO AR E SEUS SIGNOS (MENTAL)


O tipo Ar “puro” é identificado por ter uma função mental altamente
pronunciada, o que o leva a abordar o mundo a partir de uma perspectiva
teórica e intelectual, principalmente, que procura analisar as coisas e
enxergar as múltiplas facetas de um mesmo objeto ou situação. Assim como
o Fogo (seu par-complementar), o Ar se relaciona com as coisas a partir de uma
perspectiva mais abstrata do que concreta. O Ar analisa, pensa, discute e tenta
compreender os fundamentos teóricos por trás de tudo, como se procurasse uma
fórmula.

O que motiva o Ar é a curiosidade, e o que o repele é a certeza. Situações indiscutíveis


põem o Ar em verdadeiras saias justas, afinal, sua função psíquica principal – a do
pensamento – tem como marca registrada o desejo de aprender, de satisfazer a
curiosidade.

A função psíquica oposta à do Ar é a do elemento Água, de modo que o tipo Ar “puro”


costuma não lidar muito bem com os próprios aspectos emocionais (ou dos outros).
Ainda que se interesse por relações humanas e psicologia, a abordagem do Ar é muito
teórica, sendo que na prática as coisas não são exatamente como estabelecidas pelas
“fórmulas”. Um dos grandes desafios do Ar é aprender que entre a teoria e a prática há
um oceano.

Dentre todos os elementos, o Ar é o que melhor se adapta às circunstâncias, o que tem


o maior poder de se relacionar. Afinal, só nos comunicamos porque existe o Ar como
veículo para o som. Assim, o Ar é o elemento-mor da comunicação, do diálogo, dos
debates e da vida social.

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GÊMEOS
Ar mutável ou mutante
Regência: Mercúrio

Terceiro signo do zodíaco natural e primeiro signo do elemento Ar, Gêmeos é também
o primeiro signo cuja representação imagética é a de seres humanos. Fazendo uma
analogia com o desenvolvimento da vida humana, Áries é como a criança que nasce
e grita sua existência ao mundo; Touro é a criança sendo nutrida e fortalecendo seu
corpo; Gêmeos é quando a criança aprende a falar. Por isso mesmo, as questões de
comunicação são tão importantes para este signo, que, além de regido pelo planeta
Mercúrio (que, na Astrologia, representa a função comunicativa), é também de Ar (o
elemento-mor da comunicação) e de ritmo mutável ou mutante. Portanto, é o Ar mais
“solto” e flexível, se comparado aos outros signos do mesmo elemento (Libra e Aquário).

Os Gêmeos representam a natureza dupla do signo, capaz de ver múltiplos aspectos


de uma mesma questão. Evidentemente, essa característica (como qualquer outra)
pode se manifestar de modo positivo ou negativo. A inteligência rápida é um dos traços
mais marcantes deste signo dado a polêmicas, discussões, debates e contradições. Por
sua natureza mutável, Gêmeos tem um comportamento compensatório: em um dado
ambiente, assume posição oposta como forma – consciente ou não – de estimular o
debate. O temperamento é sanguíneo: ágil, irrequieto, como se sofresse de “coceira
psicológica”.

Principais virtudes: flexibilidade, comunicabilidade, agilidade, rapidez, adaptabilidade,


sagacidade, destreza.

Principais defeitos: contradição, relativização excessiva, dúvida imprópria,


superficialidade, gosto pela intriga, tédio, inconstância.

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LIBRA
Ar cardenal ou cardinal
Regência: Vênus

O segundo signo de Ar do zodíaco natural é regido pelo planeta Vênus e, por isso
mesmo, traz consigo muito mais as qualidades sociáveis do Ar. Enquanto Gêmeos,
o primeiro signo de Ar, é caracterizado por um impulso mercurial à curiosidade e ao
questionamento, Libra é o signo mais voltado para o tema dos relacionamentos. Não
se trata, contudo, de um impulso “romântico”, mas do poderoso desejo intelectual de
compreender como funcionam as relações humanas. Por ser uma versão cardeal do
elemento Ar, Libra é também mais voltado para a conquista. Como signo oposto a
Áries, contudo, Libra não conquista as coisas pela força ou pela agressividade, mas,
sobretudo, pela diplomacia. O símbolo deste signo é autoexplicativo: uma balança.

Chama a atenção o fato de que Libra é um dos únicos signos zodiacais cuja
representação imagética se refere a um objeto construído pelo homem, e não a
algo que exista espontaneamente na natureza. Por isso, Libra é o signo que melhor
representa o impulso civilizacional, a fuga do estado de natureza que nos torna sujeitos
às intempéries desordenadas da vida. Em Libra, a existência assume uma controlada
conformação de harmonia, simetria e sofisticação em um sentido que não existe no
estado natural. Por mais que se fale em “harmonia da natureza”, o estado libriano de ser
é aquele fornecido pelo conforto das civilizações, com seus aparelhos de refrigeração
de ar, as paredes devidamente pintadas e as leis muito bem definidas que permitem que
nós não vivamos em um estado de completa selvageria.

Principais virtudes: senso estético, diplomacia, gentileza, civilidade, capacidade de
escuta, bom gosto, alteridade.

Principais defeitos: futilidade, oportunismo, frivolidade, manipulação intelectual, apego


a teorias pouco práticas, dúvida imprópria, insegurança.

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AQUÁRIO
Ar fixo
Regência: Saturno | Regência moderna: Urano

O último dos signos de Ar do zodíaco natural é também um signo de ritmo fixo. Dentre
todos os signos de Ar, portanto é o mais constante, o mais “sólido” e concentrado. Note
algo importante: o fato de Aquário ser o mais concentrado dos signos de Ar não faz
com que “concentração” seja uma virtude do tipo. É que, comparativamente a Gêmeos
e Libra, Aquário tem uma natureza mais consistente. Se Gêmeos representa os ventos
dispersos e imprevistos e Libra representa a brisa fresca de um agradável fim de tarde,
Aquário toma a forma dos ventos poderosos, constantes, que nos empurram neste ou
naquela direção – que, de preferência, será a direção contrária àquela estabelecida
pela maioria. “Seja diferente” é um poderoso mote do tipo classicamente aquariano, e
ele leva isso muito a sério, contaminando os outros ao redor. O símbolo de Aquário, as
ondas, representam também as ondas da mente: pensamentos transmitidos aos demais,
como que a conclamar o mundo a uma revolução.

A representação do signo é uma figura andrógina que verte um vaso de água para o
chão. Por isso, Aquário também é conhecido como Aguadeiro. Ele está abdicando da
água, entregando-a à terra. Sendo a água um símbolo das emoções e do passado,
quando a figura andrógina se libera do excesso de peso, é porque está se tornando
suficientemente leve para caminhar na direção do futuro.

A regência planetária deste signo é Saturno, e daí deriva o profundo senso de


responsabilidade social de Aquário, assim como sua natureza “envelhecida”, como
se já tivesse visto tudo do mundo e muito mais. Urano é o planeta regente moderno,
representando o apreço do signo para atitudes iconoclastas.

Principais virtudes: originalidade, futurismo, ação transformadora, pureza de
intenções, inteligência, abertura para o novo, humanitarismo.

Principais defeitos: utopias tirânicas, irrealidade, conflito entre teoria e prática, ideias
incompreensíveis, desprezo ao passado, arrogância intelectual.

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O ELEMENTO ÁGUA E SEUS SIGNOS (EMOCIONAL)


A marca registrada de um tipo Água “puro” é a função sentimental
pronunciada, que leva o tipo a abordar o mundo a partir de uma perspectiva
marcadamente emotiva, que lê mais os subtons e subtextos do que aquilo
que está evidente e óbvio. O que importa para a Água não é o que está dito e
posto, mas aquilo que também está presente, mas que poucos conseguem identificar:
as emoções que correm no ambiente, os pequenos sinais, o invisível.

A Água é motivada pela segurança, seja ela emocional ou material. O que repele o tipo é
qualquer situação de desconfiança. Por ter um processamento emocional lento, a Água
costuma ser ressentida, e só se abre e relaxa após muito tempo, caso seja magoada ou
traída.

A função psíquica da Água é oposta à do Ar, ou seja, a partir de sua perspectiva


emocional, a Água tem muitas vezes dificuldade para pensar nas coisas de um modo
desprendido e objetivo, sem envolvimentos. As ideias assumem um valor emocional
muito maior, que incorrem em paixões intensas, sejam elas positivas ou negativas.

A Água é o elemento mais resistente de todos. Apaga o Fogo ou, se o Fogo estiver
forte demais, apenas evapora e vai se condensar em outro lugar. Fertiliza a Terra ou
a converte em lama, mas a Terra não pode destruir a Água – no máximo, desviará o
curso de um rio. A Água passa pelo Ar e nada acontece, mas é impossível respirar
naturalmente o Ar debaixo d’água. Quanto mais o mar recua, maior será a onda
seguinte. A Água é o símbolo da força em seu estado mais bruto, persistente, irresistível.

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CÂNCER
Água cardeal ou cardinal
Regência: Lua

O primeiro signo de Água do zodíaco natural é também o segundo signo de ritmo


cardeal ou cardinal (o primeiro - lembre-se - é Áries). Os signos cardeais, conforme
visto em aula, representam o início das estações e, por isso, evocam exatamente
a simbologia dos novos começos. A Água de Câncer é, portanto, uma função do
sentimento que tem iniciativa, que se move na direção do objeto almejado, ainda que
de modo lateral. Caranguejos e siris jamais atacam diretamente a isca, mas andam
de lado em sua direção. A regência da Lua diz muito a respeito do humor canceriano:
assim como a Lua muda de face noite após noite, o quarto signo do zodíaco natural tem
flutuações de humor que o transformam em uma metamorfose ambulante. Metamorfose
que, vale dizer, é diferente da geminiana. Enquanto em Gêmeos as diferenças
comportamentais se explicam por seu ritmo mutável e trata-se de um traço consciente,
proposital, em Câncer a personalidade se vê arrastada por processos subjetivos e,
sobretudo, emocionais.

Câncer é um signo voltado ao passado, e este traço por si só não é bom ou ruim.
Depende de como a pessoa o vive. Pode se manifestar, por exemplo, como grande
valorização da história e dos processos históricos, mas também pode tomar a forma de
apegos, ressentimentos e rancores. De imaginação poderosa, Câncer é o signo que
melhor representa a capacidade do elemento Água para captar o que ninguém mais
vê, percebendo correntes sutis e aspectos da realidade que passam despercebidos
para outros tipos zodiacais. Assim como Escorpião e Peixes, é um signo de Água e de
temperamento fleumático (aparenta indiferença, mas é profundamente emotivo). A Água
de Câncer, entretanto, por ser cardeal, não é tão vaporosa quanto a de Peixes e nem
tão sólida quanto a de Escorpião.

Principais virtudes: imaginação fértil, empatia, candura, dedicação, tenacidade,


memória, perspicácia.

Principais defeitos: flutuação de humor, ressentimento, apego, chantagem emocional,


paranoia, cobranças excessivas, escapismo.

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ESCORPIÃO
Água fixa
Regência: Marte | Regência moderna: Plutão

O segundo signo de Água do zodíaco natural é também um signo de ritmo fixo, de modo
que “gelo” é a forma mais adequada quando falamos em “água fixa”. Por isso mesmo,
leigos em Astrologia tendem a se surpreender quando descobrem que Escorpião é
um signo de Água. Acontece que as emoções escorpianas são tão concentradas e
poderosas, que assumem uma conformação exterior de indiferença. Característica,
aliás, compartilhada com o primeiro signo de Água, Câncer. Ambos possuem carapaças
duras com interiores moles. Em Escorpião, a superconcentração de Água toma a
forma de grande poder transformador. Nada permanece o mesmo após ser tocado pela
perspectiva escorpiana.

A regência tradicional atribuída a Escorpião é Marte, que neste signo toma a forma de
uma agressividade mais estratégica do que a expressão extrovertida em Áries. Se Áries
é o guerreiro que vai à luta, Escorpião é o estrategista que organiza os movimentos.
Para os astrólogos modernos, Plutão é tido como regente de Escorpião, caracterizando
o aspecto do signo que é ligado à ideia da morte num sentido de transformação, de
eliminação do que não serve mais e deve ser purificado para permitir o renascimento
em novas formas. O símbolo de Escorpião, similar ao de Virgem, evoca a runa Mannaz,
mas em Escorpião assume a forma de ataque, de poder exercido implacavelmente.

Principais virtudes: concentração, transformação, profundidade, destemor, astúcia,
auto-regeneração, resistência.

Principais defeitos: obsessão, paranoia, morbidez, vingança, ressentimento,


crueldade, extremismo.

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PEIXES
Água mutável ou mutante
Regência: Júpiter | Regência moderna: Netuno

O último dos signos de Água do zodíaco natural é também um signo de ritmo mutável.
A Água pisciana, portanto, é a mais móvel dentre todas, jamais se manifestando como
a Água parada e dada ao acúmulo de toxinas de seus irmãos Câncer e Escorpião. A
mutabilidade se manifesta em uma Água que pode ser ora quente e ora fria, podendo
também ser o vapor d’água, volatizando-se para as alturas quando o ambiente está
quente demais, para então se condensar novamente em outro lugar mais aprazível.
O comportamento de fuga, tão forte no signo de Peixes, é tanto estratégia quanto
necessidade. O psiquismo pisciano, altamente influenciável por correntes ambientais,
não lida bem com intempéries e prefere evadir-se a enfrentar.

Note-se que o nome do signo é “Peixes”, no plural. Isso tem a ver com o ritmo mutável,
sempre duplo: não estamos falando de um peixe, mas de vários. Um quer uma coisa,
o outro quer outra e, deste modo, Peixes pode ser tão contraditório quanto Gêmeos ou
Sagitário. Entretanto, quando os peixes estão na harmonia do cardume, duas coisas
são certas: é difícil pegá-los e se você pega um, não pegou todos. Por isso, a despeito
da aparente fragilidade psíquica, é muito difícil vencer Peixes em uma disputa. Como
a Água, em geral, Peixes conquista mesmo que tenha que recuar. Vale lembrar que
quanto mais o mar recua, tanto maior e mais poderosa será a onda.

Júpiter é o regente tradicional deste signo, representando a atração do tipo por questões
de ordem filosófica e espiritual. Netuno é o regente moderno, sugerindo a natureza
compassiva, assim como a inclinação para a ilusão.

Principais virtudes: compaixão, empatia, serviço, doação, senso de coletividade,
afetividade, sensibilidade intuitiva.

Principais defeitos: comportamento de vítima, auto-anulação, contradições, dispersão,


medos, caos mental, desleixo.

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Observando o zodíaco natural, você pode perceber que ele segue uma sequência de
elementos e ritmos, conforme a tabela abaixo:

SIGNO ELEMENTO RITMO


Áries Fogo Cardeal
Touro Terra Fixo
Gêmeos Ar Mutável
Câncer Água Cardeal
Leão Fogo Fixo
Virgem Terra Mutável
Libra Ar Cardeal
Escorpião Água Fixo
Sagitário Fogo Mutável
Capricórnio Terra Cardeal
Aquário Ar Fixo
Peixes Água Mutável

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OS TIPOS MISTOS (PARTE 1)

Tipo misto Fogo-Água (a alma da festa)

Quando o Fogo se une com a Água, temos água fervente ou lava, o que resulta em
uma personalidade em ebulição, mas que apresenta problemas de energia. Pode haver
uma oscilação entre muita disposição e arrefecimento quase total, justificada pelo fato
de Água e Fogo serem elementos que não se harmonizam facilmente. São muitas
emoções o tempo todo - tanto positivas quanto negativas - e o indivíduo não apenas
vê tudo com cores muito carregadas, como colore as coisas de um modo mais intenso
do que elas realmente são. Divertido e criativo, o tipo oscila entre introversão (Água) e
extroversão (Fogo), podendo ser oras caloroso e oras frio, mas quase sempre dramático
em expressão e perspectiva das coisas. Exemplo: Vera Fischer (atriz).

Tipo misto Ar-Terra (o analista)

Apesar de o Ar causar a erosão da Terra, o que resulta em uma contradição bastante


forte entre teoria bonita e realidade do mundo prático, o indivíduo Ar-Terra (ou Terra-Ar)
costuma ter um pensamento objetivo bastante criterioso, sendo dotado de inteligência
para realizar ideias no plano pragmático. É geralmente um tipo mais frio e seco,
justamente por conta da falta de Água-Fogo, relacionando-se com o mundo mais em
termos de teorias e utilidades do que a partir de emoções, consideradas por ele como
sendo “pouco racionais”. Pode-se dizer que é um tipo com a cabeça bastante no lugar,
mas com problemas de recalque emocional. Exemplo: Fernando Pessoa (escritor).

Tipo misto Ar-Água (borboleta)

Exatamente oposto ao tipo Fogo-Terra, caracterizado por sua dureza, o tipo Ar-Água
possui distinguível leveza de personalidade, decorrente da união dos elementos cujas
funções são a mental e a emocional. Sensível e dotado de grande inclinação artística,
o tipo Ar-Água possui notáveis habilidades relacionais e um entendimento natural da
psicologia, tanto das massas quanto dos indivíduos. Todavia, Ar e Água são funções
psíquicas opostas, e isso pode ser identificado em um comportamento contraditório, que
diz uma coisa e pouco depois defende o seu oposto. Fascinado pela beleza, lida mal
com intempéries e teêm pouca resistência física e psicológica a situações de estresse.
Exemplo: Papa Francisco.

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Tipo misto Fogo-Terra (trator)

A união do Fogo com a Terra em uma mesma pessoa desencadeia em primeiro lugar um
tipo de estresse muito fácil de identificar: a pessoa é uma contradição intensa entre um
impulso progressista, inovador e conquistador (Fogo) e uma necessidade de segurança
e estabilidade (Terra). Quando tais forças estão mais ou menos harmonizadas,
manifesta-se um tipo de personalidade que atua como um trator, passando por cima
de qualquer coisa que se coloque entre ela e seu objetivo. A energia do Fogo se une à
capacidade de concretização da Terra, e há pouco que a pessoa não consiga quando
deseja algo. Pode ser um tipo cruel e que desconsidera os aspectos emocionais e, por
isso, costuma ter problemas de relacionamento. Exemplo: Madonna (cantora).

Tipo misto Terra-Água (introvertido)

O tipo misto Terra-Água (ou Água-Terra) é caracterizado pela união dos dois elementos
“negativos”, “femininos”, “yin”. A Água fertiliza a Terra, e, assim, o indivíduo é
extremamente resistente, constante, firme, confiável, mas pode ter dificuldades sérias
para se relacionar ou para lidar com situações que exijam rapidez. Os problemas de
relacionamento decorrem do fato de ser um tipo psicológico que tende ao ressentimento
(Água) e a uma necessidade tão grande de estabilidade (Terra), que o leva a desconfiar
demais. Possui uma perspectiva bastante realista do mundo e das pessoas, ainda que
eventualmente resvale para um pessimismo. É o tipo mais constante e fiel a ideias e
pessoas. Exemplo: Papa João Paulo II.

Tipo misto Fogo-Ar (extrovertido)

O clássico tipo misto Fogo-Ar (ou Ar-Fogo) é caracterizado pela união dos dois
elementos “positivos”, “masculinos”, “yang”. O Ar alimenta o Fogo, de modo que o
sujeito é bastante enérgico, de temperamento aberto e sociável, otimista e confiante,
mas também invasivo e agressivo, e possui dificuldade para cultivar uma vida interior.
Lida mal com solidão, devido ao fato de possuir grande necessidade de interação (Ar)
e dificuldade para ficar parado em um canto (Fogo). Relaciona-se com o mundo de um
modo mais teórico do que objetivo, e pode ter sérias dificuldades com a realidade prática
das coisas. É, contudo, o tipo mais criativo. Exemplo: Barack Obama (presidente dos
EUA).

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

OS TIPOS MISTOS (PARTE 2)

Tipos trinos

Em muitas circunstâncias, o estudante se deparará com combinações trinas de


elementos. O indivíduo pode ter, em seu Mapa, muito Fogo, Água e Ar. Como proceder?
Ele será um tipo Fogo-Água, Fogo-Ar ou Água-Ar?

Uma forma simples de solucionar o problema é considerar o elemento que falta, e


entender que, se aquele elemento falta, ele irá exaltar seu oposto psicológico. No
exemplo dado acima, a Terra é o elemento faltante. E o oposto psíquico da Terra é o
Fogo. Deste modo, o indivíduo poderia se encaixar tanto na tipologia Fogo-Água quanto
na Fogo-Ar. Resta, agora, decidir entre as duas.

Como o Fogo e o Ar possuem mais harmonia relativa do que o Fogo e a Água, o


temperamento será predominantemente Fogo-Ar, com traços de Fogo-Água. Confira
abaixo uma tabela com os opostos psíquicos e os elementos que se harmonizam entre
si, para quando você se deparar com tipos trinos:

Elemento Oposto Psicológico Hamoniza-se com:


Fogo Terra Ar

Terra Fogo Água

Ar Água Fogo

Água Ar Terra

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

AULA 4

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

SOL:
Centro de consciência

O Sol leva exatamente um ano para dar a volta na roda zodiacal. Isso porque o ano, em
nosso calendário, é uma contagem que se pauta no movimento da Terra em torno do
Sol.

Para a Astrologia, o Sol representa o centro organizador da consciência. Sua posição


por signo nos revela a posição astrológica que quase todas as pessoas conhecem.
Quando alguém diz, por exemplo, “eu sou de Peixes”, o que ela quer dizer é que o Sol,
no momento do nascimento dela, estava no signo de Peixes.

Representando a luz e a clareza, a posição do Sol por signo representa algo que está
nítido, claro e consciente em um indivíduo. Já a ocupada pelo Sol representa um setor
da vida em que o indivíduo tende a ver tudo com grande clareza.

O Sol rege Leão e se exalta em Áries, pois estes dois signos possuem características
que se afinam com o Sol. No caso de Leão, a clareza. No caso de Áries, a
espontaneidade. Ele se exila em Aquário e tem queda em Libra, pois estes dois signos
possuem características que o contradizem. Aquário, por exemplo, se preocupa com o
todo, enquanto o Sol é aquela parte de nosso Mapa relacionada ao individualismo. Libra,
por sua vez, é um signo que dá muita importância ao outro, enquanto o Sol se refere à
nossa importância.

Entretanto, ressalto: nada disso significa que, em um Mapa Astral de nascimento, o Sol
em Leão é melhor do que o Sol em Aquário. As dignidades planetárias servem para
ilustrar o fato de que alguns signos têm a natureza de alguns planetas, enquanto outros
não.

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

LUA:
Expressão

A Lua representa a função psíquica relacionada com nossas reações emocionais.


Quando reagimos emocionalmente, é o signo lunar que se manifesta. A Lua também
pode ser compreendida como aspectos pouco conscientes de nossa própria natureza.
O signo lunar representa características extremamente profundas de nossa psique,
características que nem sempre são claras para nós mesmos. Representa, por isso,
nossa zona de conforto mais profunda: sempre que entramos em modo de defesa, o
signo lunar vem à luz.

A Lua fica em torno de dois dias e meio em cada signo, levando cerca de 29 dias para
dar uma volta completa em torno da eclíptica zodiacal. Ao longo de um ano, a Lua
completa a roda zodiacal treze vezes. A Casa ocupada pela Lua representa uma zona
da vida em que nos encontramos especialmente confortáveis e à qual nos dirigimos
sempre que precisamos de um pouco de colo e acolhimento. Em geral, a Casa da Lua
representa uma área da vida sobre a qual temos domínio decorrente do hábito.

A Lua rege Câncer, pois ambas as coisas representam o passado, e se exalta em Touro,
pois ambos representam o conforto. Ela se exila em Capricórnio, pois Capricórnio é
excessivamente ambicioso para as necessidades “lunares” de conforto. E a Lua está em
queda em Escorpião, por motivos semelhantes ao do exílio: o animal escorpião prefere
ambientes inóspitos e está acostumado a lutar, o que contraria o impulso lunar pelo
conforto.

Para pensar: como você acha que reage emocionalmente cada pessoa de acordo
com a Lua em cada signo? Por exemplo: quem é mais explosivo, uma pessoa cuja
Lua está em Áries ou alguém que tem a Lua em Capricórnio? Por quê? Quem tende a
racionalizar as próprias emoções o tempo todo? Alguém com Lua em Câncer ou alguém
cuja Lua está em Aquário? Por quê?

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

MERCÚRIO:
Processos de pensamento e comunicação

Uma vez que o planeta Mercúrio está muito próximo ao Sol, a partir de uma perspectiva
terrestre este planeta sempre estará no mesmo signo que o do Sol, um antes ou um
depois. A título de exemplo: se uma pessoa tem o Sol em Libra, o planeta Mercúrio
só poderá estar em Virgem, Libra ou Escorpião. Qualquer outra posição é impossível.
Também por isso, Mercúrio leva aproximadamente um ano para dar a volta na roda
zodiacal.

A posição de Mercúrio por signo mostra como nos comunicamos, assim como nossos
processos mentais. A posição de Mercúrio por Casa mostra uma área da vida onde
exercitamos nossa comunicação, assim como um setor da existência que tentamos
entender intelectualmente, a partir de pesquisas dedicadas.

Mercúrio rege Gêmeos e Virgem e se exalta também em Virgem. Ambos os signos são
muito racionais e intelectuais, e daí vem a afinidade com Mercúrio.

Mercúrio se exila em Sagitário e Peixes e entra em queda também em Peixes. Ambos os


signos são mais intuitivos e filosóficos, desafiando o lado racional de Mercúrio.

Para pensar: de acordo com o signo em que uma pessoa tem Mercúrio, como ela
se comunica? Como são os processos mentais conforme o posicionamento desse
planeta em cada signo? Quem tende a ser mais concentrado: Mercúrio em Escorpião
ou Mercúrio em Libra? Por quê? Quem fala com mais sinceridade: Mercúrio em Libra ou
Mercúrio em Áries? Por quê?

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

VÊNUS:
Afetividade, gostos

Assim como Mercúrio, o planeta Vênus está muito próximo ao Sol. Em decorrência
dessa proximidade, os signos ocupados por Vênus só podem ser os dois anteriores ao
do Sol, o mesmo signo do Sol ou os dois posteriores. Uma pessoa que tem o Sol em
Câncer, por exemplo, só poderá ter Vênus em Touro, Gêmeos, Câncer, Leão ou Virgem.
Nenhum outro signo será possível. Também por isso, Vênus leva pouco menos de um
ano pra dar a volta na roda zodiacal.

O planeta Vênus representa, para a Astrologia, a nossa dinâmica afetiva. De que


forma amamos? O que achamos belo no mundo e nos outros? Quais as coisas que
valorizamos como boas, bonitas e atraentes no mundo e nas pessoas? Vênus forma
par com o planeta Marte, e a interpretação de ambos nos permite identificar de que
forma agimos quando estamos interessados em alguém. Nossos movimentos, nossa
estratégia de conquista, a forma como vivemos nossa sexualidade, tudo isso é mostrado
pela interpretação astrológica de Vênus e de Marte. A diferença é que, em geral,
Vênus tem mais força nas mulheres e Marte tem mais força nos homens. É importante
salientar que tais diferenças são independentes das preferências sexuais, ou seja, se o
sujeito é homossexual, ele tenderá se identificar mais com Marte (se for homem) e com
Vênus (se for mulher). A diferença se manifesta quando o indivíduo é transexual (o que,
definitivamente, não é o mesmo que ser homossexual). Neste caso, o planeta mais forte
será aquele cuja polaridade se afina com o gênero da mente do indivíduo.

A Casa ocupada por Vênus representará uma área da vida onde tendemos a querer
harmonia e beleza, uma área cujas características valorizamos bastante.

Vênus rege Touro e Libra, pois ambos os signos estão associados a questões de beleza,
conforto, prazeres e relacionamentos. Exalta-se em Peixes, que é onde a afetividade se
encontra de modo mais pleno. Vênus se exila em Escorpião e Áries, signos que tendem
mais à competição e à intranquilidade do que ao afeto e à paz. Vênus está em queda
em Virgem, signo inclinado para o recalque afetivo.

Para pensar: considerando o que você leu na apostila sobre signos e o que aprendeu
sobre elementos, uma pessoa que tem Vênus em Áries será afetivamente mais “atirada”
ou mais contida? Quem é mais dado ao apego nos relacionamentos: quem tem Vênus
em Sagitário ou quem tem Vênus em Câncer? Uma pessoa cuja Vênus esteja em
Aquário valorizará o quê em uma relação amorosa?

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MARTE:
Processos de luta, agressividade

Marte leva aproximadamente dois anos e meio para dar uma volta completa na roda
zodiacal. Quando esse planeta transita por um signo, mostra como a pessoa luta
por seus objetivos. Este planeta faz par com Vênus quando a questão é avaliar a
sexualidade, conforme já explicado anteriormente. Mas, além disso, se o estudante
deseja avaliar de que maneira a pessoa expressa sua agressividade, de que modo luta
pelas coisas, Marte é o planeta mais importante para se analisar. A forma de expressão
da vontade será revelada tanto pela análise do signo solar quanto do signo marciano,
mas Marte assume um significado especial.

Dando um exemplo: se a pessoa tem o Sol em Áries (um signo mais agressivo, diretivo
e competitivo), mas possui Marte em Câncer (um signo muito tenaz, mas que tende
a ações indiretas, laterais, estratégicas), o modo de lutar pelas coisas terá muito
mais a ver com Câncer do que com Áries. Por conta de contradições do tipo, muitas
pessoas depõem coisas do tipo: “eu sou ariano, mas não sou uma pessoa impulsiva.
Normalmente, calculo bem o que vou fazer”. Isso acontece justamente por conta do que
foi explicado: quem mostra de que modo lutamos é a posição de Marte.

A Casa ocupada por Marte representará um setor da existência onde tendemos a brigar,
lutar para conquistar, mas que é também uma zona de estresse.

Marte rege Áries e Escorpião, dois signos voltados para a luta e a conquista. Marte se
exalta em Capricórnio, por conta da afinidade deste signo com metas ambiciosas. Marte
se exila em Libra e Touro, dois signos mais voltados para a sombra e água fresca. Marte
está em queda em Câncer, signo mais voltado para a autopreservação do que para
desafios.

Para pensar: de que modo uma pessoa com Marte em Gêmeos luta pelo que quer?
Quais as diferenças entre ela e alguém que tem Marte em Capricórnio? Quem mais
gosta de desafios difíceis: Marte em Escorpião, Marte em Sagitário ou Marte em Libra?
Por quê?

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

JÚPITER:
Expansão

Júpiter é um planeta semilento, levando em torno de doze anos para dar uma volta
na roda zodiacal. Ou seja: ele permanece em torno de um ano em cada signo. Por
conta disso, a posição por signo do planeta Júpiter diz respeito muito mais a questões
coletivas que tinham importância naquele ano. Em uma análise astrológica individual,
avaliaremos a posição da Casa de Júpiter. O signo importará no sentido de contagem
dos elementos, e também mostrará características coletivas das pessoas nascidas
naquele específico ano.

Para a Astrologia, Júpiter representa os processos de expansão, indicando quais traços


tendemos a amplificar e valorizar num sentido moral e espiritual, ainda que de modo
pouco consciente. Em um ano em que Júpiter ativa o signo de Virgem, por exemplo, a
coletividade humana tende a valorizar muito as características virginianas: o critério, a
crítica, as minúcias, a organização. Pessoas organizadas tenderão a ser exaltadas, e
tudo o que for oposto a isso será considerado de pouco valor.

A Casa ocupada por Júpiter representa tanto um setor da vida onde somos mais
afortunados, quanto experiências nas quais investimos muita energia.

Júpiter rege Sagitário e Peixes, os dois signos mais relacionados a valores espirituais.
Júpiter se exalta em Câncer, outro signo muito apegado a valores em geral. Júpiter se
exila em Gêmeos e em Virgem, os dois signos mais relativistas do zodíaco. Júpiter entra
em queda em Capricórnio, signo pouco expansivo e mais dado a estabelecer limites.

Para pensar: quais os traços mais valorizados quando Júpiter transita por Libra?
Quem valoriza mais a liberdade: Júpiter em Aquário ou Júpiter em Touro? Por quê?
Quem valoriza mais a ordem: Júpiter em Áries ou Júpiter em Capricórnio? Por quê?

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SATURNO:
Contração, restrição

Saturno é, como Júpiter, um planeta semilento. Ele leva quase 29 anos para dar uma
volta completa na roda zodiacal, permanecendo em um mesmo signo por um tempo de
aproximadamente dois anos e meio. Por isso, a posição do signo de Saturno diz mais
respeito à geração em que a pessoa nasceu do que a traços individuais, ainda que
utilizemos o signo de Saturno para calcular a proporção dos elementos. Saturno tem
dois lados: por um lado, representa limitações, restrições, inseguranças. Com o tempo,
se converte em um ponto de maestria.

A Casa ocupada por Saturno, contudo, tem grande importância individual e representará
um setor da existência em que a pessoa sente fortes limitações e restrições, mas que,
com o passar dos anos e o acúmulo de experiência, se converte em um setor da vida
em que a pessoa atinge maestria.

O signo ocupado por Saturno, como já foi dito, representará limitações e inseguranças
coletivas. Pontos frágeis que deverão ser aprofundados e que podem – como
possibilidade, note, mas não como garantia – se converter em sólida estrutura.

Saturno rege Capricórnio e Aquário, signos associados à ideia de maturidade e


responsabilidade social. Exalta-se em Libra, signo também muito voltado para leis
e justiça. Saturno se exila em Câncer e Leão, signos mais voltados para questões
pessoais que coletivas. E encontra sua queda em Áries, signo que não lida muito bem
com a ideia de limites e restrições.

Para pensar: quando Saturno passa por Sagitário, quais os aspectos coletivos
que estão sendo colocados em xeque? Quais as características que se encontram
recalcadas, fragilizadas? Em que podemos nos tornar mestres? E mais: qual
posicionamento de Saturno mostra melhor as crises diplomáticas e coloca em xeque a
ideia de harmonia entre as pessoas: Saturno em Virgem, em Libra ou em Escorpião?
Por quê?

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

URANO:
Revoluções

Urano é um planeta lento, levando em torno de 84 anos para dar a volta em torno
da roda zodiacal, permanecendo em média 7 anos em cada signo. Por isso, não se
considera a interpretação de Urano em um signo como sendo um traço individual, mas
sim um traço geracional. Também não se considera o signo uraniano para cálculo da
proporção dos elementos.

Urano é o símbolo da ruptura e das revoluções. O signo ativado por Urano representará
mudanças sociais intensas, cuja natureza terá a ver com cada signo ativado. Tais
mudanças envolverão toda uma geração de pessoas nascidas naqueles anos. Exemplo:
o começo dos anos 70 do século XX, quando Urano estava em Libra, foi marcado por
uma profunda revolução (Urano) no âmbito dos casamentos (Libra). Divórcios entraram
em pauta com toda força, e as pessoas passaram a experimentar novas formas de viver
juntas.

A análise da Casa de Urano, entretanto, tem importância individual. Representará


um setor da existência onde ocorrem situações imprevistas, chocantes, revoluções
incalculadas que tiram a pessoa de sua zona de conforto e a forçam a lidar com
surpresas.

A Astrologia moderna associa Urano ao signo de Aquário, pois este signo tem tudo a ver
com revoluções e surpresas.

Para pensar: que tipos de mudanças e revoluções eram mais fortes na sociedade
humana durante os anos em que Urano transitou por Escorpião? Pense em contrastes
desta geração com aquela nascida enquanto Urano transitava por Aquário.

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NETUNO:
Transcendência

Netuno é um planeta lento, levando em torno de 160 anos para dar uma volta completa
na roda zodiacal e ficando em torno de 13 anos em cada signo. Em decorrência dessa
lentidão, a análise de um Mapa individual não considera a posição de Netuno por signo,
e sim apenas a posição de Netuno por Casa. Também não se considera Netuno no
cálculo dos elementos.

Netuno tem dois significados muito fortes: por um lado, representa ilusões e enganos.
Em um sentido mais positivo, Netuno representa nossos impulsos espirituais, nossa
ânsia por melhorar o mundo, independentemente de nossas crenças (ou falta delas).

O signo ativado por Netuno nos mostra quais aspectos daquele signo serão
instrumentos de engano e ilusão coletivos para uma dada geração. A Casa ativada por
Netuno nos mostra uma área da vida em que tendemos a nos enganar. Em um sentido
mais positivo, o signo de Netuno mostra características que se tornam importantes em
um sentido coletivo, para que a sociedade se torne melhor. A Casa de Netuno também
pode nos mostrar, em um sentido positivo, uma zona da experiência em que tendemos a
ser mais compassivos, generosos, amorosos e altruístas.

A Astrologia moderna associa Netuno ao signo de Peixes, devido às características


piscianas, tanto as positivas (compaixão) quanto as negativas (autoengano).

Para pensar: que tipos de enganos e ilusões dominam quando Netuno transita por
Sagitário? Qual dos posicionamentos mais tem a ver com as ilusões vendidas pela
indústria bélica: Netuno em Escorpião ou Netuno em Gêmeos? Por quê?

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PLUTÃO:
Transformações, ressignificações

Dentre todos os planetas, Plutão é o mais lento, levando em torno de dois séculos e
meio para dar uma volta no zodíaco. Sua órbita é tão exótica, que ele pode ficar em
um signo por muito mais ou menos tempo. Já houve momentos em que Plutão ficou
em um signo por 15 anos, mas em outro por 30 anos. Em decorrência disso, a análise
do individual não considera a posição do signo de Plutão, mas tão somente a posição
da Casa. Também não se considera o elemento de Plutão no momento do cálculo dos
elementos.

Plutão representa processos de crise, transformações internas e processos de


esvaziamento de significado para que o campo fique limpo e permita novas semeaduras.
Cada geração passa por um processo transformador diferente, testemunhando crises
profundas em determinados aspectos da vida. A geração de Plutão em Escorpião, por
exemplo, nasceu em plena eclosão dos problemas causados pelo vírus da AIDS.

A Casa de Plutão se refere a áreas da vida em que a pessoa tende a passar por
constantes processos de transformação, ainda que tais transformações decorram de
esvaziamentos profundos e desintegração do que estava supostamente estruturado. Ao
mesmo tempo, representa uma zona da vida em que adquirimos profundo poder com o
passar dos anos.

A Astrologia moderna associa Plutão ao signo de Escorpião, uma vez que este signo
tem a ver com processos profundos de transformação.

Para pensar: que tipos de crises e esvaziamentos têm a ver com a posição de Plutão
no presente momento? Plutão está em Capricórnio há alguns anos. Como isso se
contrasta com crises ocorridas quando Plutão transitou pelo signo oposto, Câncer?

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

AULA 5

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AS CASAS ASTROLÓGICAS

Casas astrológicas são zonas de experiência e se dividem em número de doze. Cada


uma das Casas possui significados internos e externos, conforme exposto na tabela a
seguir:

CASA SIGNIFICADO INTERNO SIGNIFICADO EXTERNO

1 O que eu transmito para o mundo. Aparência física.

2 Meu dinheiro, posses, meus bens móveis.


Meus valores.

Minha relação com irmãos e vizinhos.


3 Miha disposição relacional. Representa também estudos em geral e
viagens curtas.

4 Minhas raízes. Para onde me volto quando Família. Representa também as condições de
necessito recarregar baterias. vida na velhice.

5 Minha disposição criativa. Filhos, lazeres principais, romances e sexo.

6 Minha disposição para o trabalho. Saúde, vida cotidiana e animais de estimação.

7 O que busco nos outros. Casamento e inimigos declarados.

8 A morte (em um sentido principalmente


Minha forma de viver crises.
simbólico).

9 Minha disposição para alargar horizontes. Estudos superiores e viagens longas.

10 Minha vocação. Carreira e imagem pública.


11 Minhas esperanças. Amizades.
12 Meus temores secretos. Inimigos ocultos e padecimentos.

Evidentemente, o tema “Casas” é muito complexo e será mais explorado em cursos


posteriores. O objetivo do curso introdutório é familiarizar o estudante com os conceitos
importantes. A complexidade de temas tais quais “planetas”, “Casas” e “aspectos”
praticamente exige um curso só para cada coisa.

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE INTERPRETAÇÃO

Observe que as questões levantadas pelas Casas devem ser interpretadas em conjunto
com outros fatores do Mapa. A Casa 7, por exemplo, representa nossas experiências
relacionais mais íntimas e o que buscamos nas pessoas. É preciso interpretá-la
comparativamente ao planeta Vênus, que também representa o que consideramos belo
e atraente nos outros. As Casas 3 e 9 representam estudos, e devem ser analisadas
em comparação a Mercúrio, planeta que representa nossos processos intelectuais. E há
também os aspectos planetários, tema de nossas aulas finais.

A prática astrológica é simples, mas jamais simplória. O fato de que muitos pontos
parecem se contradizer não configura nenhuma estranheza. Ao contrário: estranho seria
se não houvesse contradição, considerando que a vida é tão complexa. Seres humanos
são, por natureza, contraditórios. Temos muitos lados, e eles muitas vezes estão em
conflito entre si. É como se fôssemos um palco, onde muitos personagens atuam. Às
vezes estes personagens estão em harmonia, mas muitas vezes eles estão em conflito
entre si. Sobre isso, recomendo a leitura de “O Código do Ser”, escrito pelo psicólogo
James Hillman e lançado no Brasil pela Editora Objetiva.

Dando um exemplo simples: imaginemos alguém que tenha Vênus em Sagitário, mas
o signo da Casa 7 seja Escorpião e que ela tenha, ali, o planeta Marte. Vênus mostra
o que essa pessoa considera belo e atraente e, levando em conta o signo de Sagitário,
podemos afirmar que ela aprecia pessoas bem humoradas, de temperamento mais
leve e solto. Seu “estilo amoroso” é mais aventureiro e descolado do que apegado.
Entretanto, Escorpião na Casa 7 mostra que ela atrai tipos mais controladores, mais
dominadores. Pra completar, a presença de Marte na Casa 7 mostra que ela tende a
atrair pessoas mais agressivas e competitivas. Você pode se perguntar: “então, o que
está certo?”. A resposta já foi dada: tudo está certo. Não é nada estranho que uma
pessoa prefira uma coisa, mas atraia outra.

Há, entretanto, uma regra aconselhável: dado o tempo limitado de duração de uma
consulta, e considerando que nem mesmo uma sessão de seis horas esgota os
significados de um Mapa, recomendo que você se concentre em tudo aquilo que se
repetir pelo menos três vezes.

Por exemplo: há três pontos que apontam para um comportamento agressivo? Isso
será dominante, mesmo que a pessoa tenha um ponto que mostra um comportamento
diplomático. A pessoa pode ter a Lua em Libra, cujo significado é de reações emocionais
mais ponderadas e razoáveis, mas se tiver também – por exemplo – Marte na Casa
1 (projeta a si mesma como agressiva), Ascendente em Leão (transmite uma vontade
poderosa) e o Sol conjunto a Júpiter (personalidade intensa, entusiástica e invasiva), fica
evidente que os pontos mais “incendiários” predominarão sobre o ponto “cortês e gentil”.
Assim, não é que o posicionamento que representa diplomacia (Lua em Libra) deixe
de ter valor. Ele continua ali, e sem dúvida se manifestará. Ele é apenas mais fraco se
comparado ao resto.

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Curso Personare: Introdução à Astrologia

NÃO EXISTEM “CASAS VAZIAS”

É importante saber que, em cada Mapa, as Casas podem ser ocupadas ou não por
planetas, mas, na prática, não existem “Casas vazias”. Ainda que determinada Casa não
tenha planetas, haverá um signo que marcará seu início (cúspide). Neste caso, basta
considerar o planeta regente do signo que inicia a Casa e procurar em qual Casa este
planeta incide.

Um exemplo: digamos que a Casa 2 não tenha planetas, mas você deseje verificar as
tendências financeiras da pessoa. Proceda, então, da seguinte forma:

• 1º - Verifique o signo que inicia a Casa 2;


• 2º - Considerando o regente deste signo, procure a Casa em que ele cai.

Exemplo: Casa 2 sem planetas. Gêmeos está no início da Casa 2. Mercúrio, regente
de Gêmeos, está na Casa 7. Há uma ligação direta entre a Casa que representa
recursos financeiros (2) e a Casa que representa casamentos e sociedades (7). Isso
pode significar várias coisas: que os ganhos financeiros da pessoa dependem de
associações, por exemplo.

Conforme dito em aula, as Casas têm tamanhos desiguais, ao contrário dos signos.
Quanto mais para o Norte ou para o Sul, mais diferentes serão os tamanhos das
Casas. Nascimentos ocorridos perto do Equador terão Casas cujas dimensões são
semelhantes.

Para aprofundar o assunto das Casas, o livro mais recomendado é “As Doze Casas”, de
Howard Sasportas (Editora Cultrix).

Confira a seguir uma tabela com alguns significados positivos e negativos dos
planetas tradicionais nas Casas. Levando em conta as tabelas, procure você também
desenvolver raciocínios a partir do que aprendeu. Que outros significados seriam
possíveis para cada planeta nas Casas?

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CASA SOL LUA MERCÚRIO VÊNUS MARTE JÚPITER SATURNO


Expressivo, Imaginativo, Comunicativo, Sedutor, Agressivo, Convicto, Sério,
1 confiante, afetuoso, adaptável, charmoso, independente, entusiasta, conveniente,
egocêntrico oscilante inteligente cativante forte contagiante sábio

Dificuldades
Recursos Conforto Boa sorte
Valores Conflitos por financeiras
2 Claro senso de
valores
sazonais
de múltiplas
fontes. Destreza
financeiro.
Valoriza a
recursos, brigas
financeira.
Risco de
iniciais. Torna-se
(oscilantes) por dinheiro mestre com o
econômica beleza e o luxo desperdícios
tempo

Inicialmente
Palavra hesitante na
Grande Polêmico, dado Persuasivo,
3 Clareza na
comunicação
envolvente,
carismática, fala
habilidades
Diplomacia,
cortesia
a disputas condutor de
comunicação.
Com o tempo:
comunicativas verbais massas
às emoções domínio da
linguagem

Apego ao Recursos Oportunidades Limitações


4 Recursos
interiores vastos
passado, à intelectuais
Busca o
conforto
Disputas
familiares
a partir da impostas pela
família poderosos família família

Diverte-se Diverte-se
5 Diverte-se
criando
Diverte-se com
o passado
Diverte-se com
estudos
Diverte-se com
romances e arte
Diverte-se com
lutas e disputas.
com filosofia e com filosofia e
religião. trabalho

O trabalho
O trabalho Trabalho, pesquisa O trabalho O trabalho O trabalho
6 Brilha no
trabalho
como fonte de e estudos como espaço como espaço
como porta
de grandes
como sacrifício
segurança interligados de harmonia de conflitos necessário
oportunidades

7 Busca o que é
brilhante
Busca o que é
acolhedor
Busca o que é
inteligente
Busca o que é
belo
Busca o que é
forte
Busca o que é
inspirador
Busca o que é
sábio

Crises de
8 identidade
Crises
emocionais
Crises intelectuais Crises afetivas
Crises
competitivas
Crises de ideais Apego a crises

Brilha nos
9 estudos
Conforto na vida
acadêmica
Pesquisas
acadêmicas
Diplomacia na
vida acadêmica
Competição
acadêmica
Oportunidades
acadêmicas
Limitações
acadêmicas
superiores

Influência
Influência Grandes
10 Brilho público
Vida pública
oscilante
intelectual sobre
diplomática
sobre o meio
Poder sobre o
meio
oportunidades Respeito público
o meio de fama

O futuro é O futuro é visto


O futuro é visto O futuro é visto O futuro é visto
11 O futuro é visto
como brilhante
visto como
um retorno ao
como a execução
como lugar de
harmonia
como conflito como espaço de
O futuro é visto
com suspeita
de ideias e teorias constante oportunidades
passado

O isolamento Conflitos Grandes


12 Brilha na
adversidade
Recupera-se no
isolamento
amplia a
Se harmoniza
no isolamento
secretos. oportunidades
Isolamentos
forçados
inteligência Inimigos ocultos no isolamento

Percebe como tabelas do gênero terminam funcionando como resumos que tendem
a ser transformados em “receitas de bolo” superficiais? Elas são necessárias para
introduzir o estudante aos conceitos básicos, mas devem ser discutidas e seus
significados precisam ser expandidos a partir do raciocínio do estudante. Por exemplo:
a Lua na Casa 2 significa “valores sazonais”. Isso pode ser interpretado tanto como
uma pessoa cujos valores flutuam e mudam com mais facilidade do que o normal,
como também pode significar alguém que ganha dinheiro com atividades diferentes que
mudam de acordo com as estações. Algo como dar cursos de inglês por seis meses e
nos outros seis meses gerir uma pousada, por exemplo.

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E OS PLANETAS LENTOS?

Quando a questão envolve planetas lentos (Urano, Netuno e Plutão) nas Casas, é
preciso imenso cuidado. Tabelas-resumo sobre estes planetas nas Casas tendem a ser
extremamente dramáticas, considerando os significados dados pela Astrologia moderna
a estes planetas. Eu evito terminantemente estimular interpretações do tipo “Urano
na Casa 8 = morte súbita”, ou “Plutão na Casa 7 = amores obsessivos”. Não porque
tais interpretações sejam incorretas, mas porque elas – mais do que a dos planetas
tradicionais – demandam muito mais cautela e confirmação de outros pontos do Mapa.

Um próximo módulo será inteiramente dedicado ao tema dos planetas nas Casas. O
tema “Casas” por si só demanda um curso inteiro que permita explorar detalhadamente
os muitos significados de cada planeta em cada Casa. Para quem quiser se adiantar,
sugiro fortemente a leitura de “As Doze Casas”, de Sasportas.

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AULA 6

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ASPECTOS

Os aspectos são um tema dos mais importantes quando o assunto é a interpretação de


Mapas Astrais. Tanto que, quando o assunto é a formação em Astrologia, eu costumo
dedicar um curso inteiro apenas para detalhar os possíveis significados de cada trígono,
quadratura etc. Mas, para chegarmos lá, é preciso passar pela etapa introdutória na
qual você se encontra, assimilando os conceitos básicos. Em cursos posteriores,
abordaremos apenas os aspectos.

É estudando os aspectos que compreendemos que, por exemplo, duas pessoas com
Vênus em Gêmeos terão diferenças significativas entre si. Essas diferenças dizem
respeito não somente às Casas, mas, sobretudo, aos aspectos.

Tecnicamente falando, aspectos são distâncias angulares entre os planetas.


Posicionando cada planeta na roda zodiacal e tomando um transferidor, é possível ver
que haverá um ângulo específico separando um corpo planetário do outro.

Os principais aspectos (ou ângulos) utilizados na prática astrológica são aqueles que
decorrem da divisão do círculo pelos números 1, 2, 3, 4 e 6. Os aspectos podem ser
mais fáceis ou mais difíceis. Harmônicos ou tensos. Vamos a eles?

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CONJUNÇÃO

A conjunção decorre da divisão dos 360 graus do círculo pelo número 1 e, por isso
mesmo, seu significado é de unificação. Quando dividimos 360 por 1, obtemos o próprio
360. Ou seja: dois planetas estão em conjunção se estão no mesmo grau. A distância
exata é considerada de zero grau. A distância máxima é considerada de dez graus para
mais ou para menos. Mas se um dos planetas for o Sol ou a Lua, a distância máxima é
de doze graus para mais ou para menos.

Exemplo: Mercúrio a 24 graus de Câncer e Saturno a 29 graus de Câncer. A diferença é


de cinco graus, logo temos uma conjunção.

Outro exemplo: o Sol a 3 graus de Libra e Júpiter a 15 graus de Libra. A diferença é de


doze graus e um dos astros envolvidos é o Sol, logo temos uma conjunção.

Dois planetas em conjunção fundem suas naturezas. A conjunção costuma ter valor
neutro, ou seja, será um aspecto mais fácil ou mais difícil a depender dos planetas
envolvidos nela.

Veja a seguir o quanto uma conjunção pode ser harmônica ou dissonante:

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PLANETA SOL LUA MERCÚRIO VÊNUS MARTE JÚPITER SATURNO URANO NETUNO PLUTÃO
SOL x Neutro Neutro Harmônico Tenso Harmônico Tenso Neutro Neutro Neutro
LUA x x Neutro Harmônico Tenso Harmônico Tenso Neutro Neutro Neutro
MERCÚRIO x x x Harmônico Neutro Harmônico Neutro Neutro Neutro Neutro
VÊNUS x x x x Neutro Harmônico Tenso Neutro Neutro Neutro
MARTE x x x x x Neutro Tenso Neutro Neutro Tenso
JÚPITER x x x x x x Neutro Neutro Neutro Neutro
SATURNO x x x x x x x Neutro Neutro Tenso
URANO x x x x x x x x Neutro Tenso
NETUNO x x x x x x x x x Neutro

Como podemos entender a conjunção? Pense nos atributos dos planetas sendo
amalgamados quando se conjugam.

Exemplo: Mercúrio em conjunção a Júpiter.
Mercúrio representa pensamento, comunicação.
Júpiter representa expansão, crescimento.

Podemos dizer que uma pessoa que tem Mercúrio em conjunção a Júpiter tem
pensamento rápido, vivaz, ideias que se desenvolvem com facilidade. Podemos dizer
que tende naturalmente ao crescimento (Júpiter) intelectual (Mercúrio).

A interpretação dessa conjunção tenderá ao harmônico, pois, como mostra a tabela,


são dois planetas que se harmonizam quando se conjugam. “Tender ao harmônico”
não significa que defeitos não sejam possíveis como efeito colateral. Uma pessoa
com esta conjunção tende a ser exagerada quando fala, por exemplo. Pode ter ideias
megalomaníacas.

Outro exemplo: Vênus em conjunção a Saturno.
Vênus representa nossos afetos, nosso modo de amar.
Saturno é um símbolo de restrições, de limites.

Uma pessoa com Vênus em conjunção a Saturno é inclinada a restrições afetivas. Se


segura, se contém, ou mesmo impõe limites à própria vida amorosa, limites que podem
se manifestar na forma de autossabotagem.

A interpretação tende ao desarmônico, pois, como se vê na tabela, são dois planetas


que criam um efeito tenso ao se conjugarem. “Tender ao desarmônico” não significa que
qualidades não emerjam. A pessoa com tal conjunção tende a ser muito responsável
(Saturno) na vida amorosa (Vênus), por exemplo.

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OPOSIÇÃO

A oposição decorre da divisão dos 360 graus do círculo pelo número 2 e, por isso
mesmo, seu significado é de oposição: dois planetas em posições diametralmente
opostas no Mapa. Quando dividimos 360 por 2, obtemos 180. A oposição é fácil de
visualizar. A figura a seguir nos mostra planetas em posições opostas. A distância exata
é considerada de 180 graus. A distância máxima é considerada de 190 graus e a mínima
é de 170 graus. Mas se um dos planetas for o Sol ou a Lua, a distância mínima é de 168
graus e a máxima é de 192 graus.

Exemplo: Mercúrio a 17 graus de Touro e Urano a 23 graus de Escorpião. Usando um


transferidor, verificaremos que a distância entre os dois planetas, partindo de Touro para
Escorpião, é de 187 graus. Portanto, oposição.

Evidentemente, não é preciso mais – hoje em dia – calcular os aspectos usando um


transferidor. Programas computacionais calculam tudo muito bem, e sem erros. Mas é
importante que você compreenda como a coisa funciona.

Oposições são sempre desarmônicas, com exceção das oposições que envolvem
Mercúrio. Mercúrio é um planeta que costuma se harmonizar bem com todos os outros.
Assim, podemos considerar as oposições envolvendo Mercúrio como sendo neutras.

Dois planetas em oposição sinalizam forças que concorrem. A tensão da oposição


costuma se manifestar na forma de conflitos com o ambiente.

Vejamos o exemplo da oposição entre Mercúrio e Marte: a pessoa se envolve em


polêmicas e brigas (Marte) de natureza verbal (Mercúrio). Seu pensamento (Mercúrio)

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está recorrentemente entrando em conflito (Marte) com o das pessoas de seu meio.
Como Mercúrio tende mais ao neutro, podemos falar também das qualidades dessa
oposição: pensamento (Mercúrio) ágil (Marte), capacidade de falar (Mercúrio) de
forma contundente e convincente (Marte). Podemos falar de liderança (Marte) cerebral
(Mercúrio), de um bom estrategista (Mercúrio) em guerras e conflitos (Marte) etc.

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TRÍGONO

O trígono decorre da divisão dos 360 graus do círculo pelo número 3. Assim, forma-se a
primeira figura geométrica euclidiana: o triângulo. Quando dividimos 360 por 3, obtemos
120. O significado do trígono é de harmonia forte, ou seja, os planetas cooperam entre
si, causando um efeito em geral positivo. Trígonos ocorrem entre signos do mesmo ele-
mento, o que sugere forte cooperação por harmonia natural.

A distância exata de um trígono é de 120 graus. A mínima é de 114 graus e a máxima


é de 126 graus. Se um dos astros envolvidos for o Sol ou a Lua, a distância mínima é de
113 graus e a máxima é de 127 graus.

Exemplo: Vênus a 9 graus de Touro e Júpiter a 15 graus de Virgem. Temos um trígono,


pois a distância angular entre os planetas é de 124 graus. Neste caso, podemos dizer
que a vida afetiva da pessoa (Vênus) é expansiva e intensa (Júpiter); podemos dizer que
quando ela ama (Vênus), tende a grandes gestos (Júpiter); que quando julga (Júpiter), é
amorosa e diplomática (Vênus).

O trígono, por natureza, tende ao harmônico. Isso não significa que defeitos não ocor-
ram como efeitos colaterais. No caso de Vênus em trígono a Júpiter, podemos ter uma
tendência a exagerar (Júpiter) nos prazeres (Vênus), ou a amar (Vênus) demais (Júpi-
ter), dentre outras coisas.

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QUADRATURA

A quadratura, como o nome diz, decorre da divisão dos 360 graus do círculo pelo nú-
mero 4. Assim, forma-se um quadrado, símbolo esotérico do conflito. Quando dividimos
360 por 4, obtemos 90. O significado da quadratura é de tensão, ou seja, os planetas
competem entre si, causando desarmonia. Quadraturas ocorrem entre signos não-opos-
tos de mesma triplicidade (cardeal, fixo ou mutável), o que sugere atrito, tanto quanto na
oposição.

A distância exata de uma quadratura é de 90 graus. A mínima é de 84 graus e a má-


xima é de 96 graus. Se um dos astros envolvidos for o Sol ou a Lua, a distância mínima
é de 83 graus e a máxima é de 97 graus.

Exemplo: Marte a 2 graus de Câncer e Plutão a 7 graus de Libra. Temos uma quadratu-
ra, pois a distância angular entre os planetas é de 95 graus. Neste caso, podemos dizer
que a pessoa luta (Marte) de modo obsessivo (Plutão); que suas raivas (Marte) tendem
a ser pesadas e intensas (Plutão); que suas transformações (Plutão) tendem a ocorrer
de modo conflituoso, feroz (Marte).

A quadratura, por natureza, tende ao desarmônico. Isso não significa que qualidades
não brotem. No caso de Marte em quadratura a Plutão, verifica-se também, em alguns
casos, uma vontade (Marte) poderosa e destemida (Plutão), uma capacidade de lutar
(Marte) para transformar o mundo (Plutão).

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SEXTIL

O sextil é outro aspecto harmônico, e decorre da divisão dos 360 graus do círculo pelo
número 6. Assim, forma-se uma estrela de seis pontas, símbolo esotérico da harmonia.
Quando dividimos 360 por 6, obtemos 60. O significado do sextil é de colaboração, ou
seja, os planetas se harmonizam entre si. Sextis ocorrem entre signos de elementos
complementares (Fogo versus Ar ou Água versus Terra), mas que não são signos opos-
tos. Exemplo: Touro e Câncer são de elementos complementares (Terra e Água), mas
não são signos opostos.

A distância exata de um sextil é de 60 graus. A mínima é de 55 graus e a máxima é


de 65 graus. Se um dos astros envolvidos for o Sol ou a Lua, a distância mínima é de 54
graus e a máxima é de 66 graus.

Exemplo: O Sol a 13 graus de Libra e Saturno a 12 graus de Leão. Temos um sextil,


pois a distância angular entre os planetas é de 61 graus. Neste caso, podemos dizer
que a pessoa afirma sua identidade (Sol) com muita sobriedade e seriedade (Saturno);
podemos dizer que ela se identifica (Sol) com o que é sólido e estável (Saturno).

O sextil, por natureza, tende ao harmônico. Isso não significa que defeitos não ocorram
como efeitos colaterais. No caso do Sol em sextil a Saturno, podemos dizer que a pes-
soa se leva a sério demais.

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REGRAS IMPORTANTES A CONSIDERAR A RESPEITO DOS ASPECTOS

1. Lembre-se de que as conjunções envolvendo planetas semilentos (Júpiter e Saturno)


e lentos (Urano, Netuno e Plutão) ou lentos e lentos são conjunções cujo valor inter-
pretativo se refere mais a gerações específicas do que a indivíduos. Uma conjunção
entre Urano e Plutão, por exemplo, pode durar anos.

2. Um Mapa com mais harmonias do que desarmonias não é “melhor” do que um Mapa
com mais desarmonias do que harmonias. Uma pessoa com harmonias demais pode
ser preguiçosa, e uma pessoa com desarmonias demais pode ser altamente realiza-
dora! É a desarmonia que nos impele a adiante e nos faz querer lutar.

3. Há posições especiais que fortificam imensamente o aspecto. A principal ocorre


quando os planetas estão em mútua recepção, ou seja, com regências trocadas.
Exemplo: Lua em Capricórnio em oposição a Saturno em Câncer. Além de Lua e
Saturno estarem opostos, a Lua está no signo de Saturno e Saturno está no signo da
Lua. Veja o exemplo abaixo:

4. Além da mútua recepção, temos também as situações nas quais se evidencia que
um planeta está especialmente poderoso por domicílio ou exaltação. Mercúrio em
conjunção a Marte no signo de Áries, por exemplo, é uma conjunção muito mais
potente do que Mercúrio em conjunção a Marte no signo de Leão. No primeiro caso,
temos uma conjunção Mercúrio-Marte ocorrendo em um signo em que Marte é for-
te (domicílio diurno). No segundo caso, temos uma conjunção Mercúrio-Marte que
ocorre em um signo que não tem a ver nem com Mercúrio e nem com Marte: Leão.

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5. Por fim, vale dizer que um aspecto pode existir em versão fraca. É o caso de conjun-
ções que ocorrem em signos diferentes. De trígonos que ocorrem em signos que não
são do mesmo elemento. Oposições que ocorrem em signos não-opostos. Basta,
para tanto, que a distância angular esteja certa. Tomemos um exemplo: Mercúrio a
29 graus de Gêmeos e Vênus a 2 graus de Câncer. Entre um e outro, há três graus
de diferença. Conjunção, portanto. Como envolve signos diferentes, ela é mais fraca.

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AULA 7

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REGRAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final de nosso curso introdutório. Conforme ressaltei ao longo de nossas


aulas, a Astrologia não é um conhecimento simplório, apesar de ser bem simples. Sei
que ela pode parecer complicada, sobretudo quando nos deparamos com a grande
quantidade de regras a serem consideradas. Pensando nisso, esta última apostila que
você tem em mãos serve como um roteiro para que você possa se organizar.

PRIMEIRO PASSO: COMO O MAPA SE DISTRIBUI?

Se mais para a esquerda: predominância do interesse em si.

Se mais para a direita: predominância do interesse social.

Se mais para cima: energia vital voltada para a coisa pública.

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Se mais para baixo: energia vital voltada para o mundo privado.

Se os planetas estão mais concentrados: a consciência se concentra em determinas


áreas da vida e é mais linear.

Se os planetas estão mais espalhados: a consciência se dispersa em interesses


múltiplos e é mais dada a mudanças drásticas.

SEGUNDO PASSO: CONTAGEM DOS ELEMENTOS

1. Qual ou quais o(s) elemento(s) mais forte(s)?


2. Qual ou quais o(s) elemento(s) mais fraco(s)?
3. Considerando os elementos, qual o temperamento?
4. Qual ou quais o(s) ritmo(s) mais forte(s)?
5. Qual ou quais o(s) ritmo(s) mais fraco(s)?
6. Cruze o elemento mais fraco com o ritmo mais fraco e encontre o “signo
problemático”. Ele revelará coisas com que a pessoa tem dificuldade de lidar, seja
em sua vida, seja nas relações.

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TERCEIRO PASSO: EVENTUAIS DIGNIDADES PLANETÁRIAS

Questão: a pessoa apresenta algum planeta em domicílio, exaltação, exílio ou queda?


Guarde esta informação para a análise de aspectos.

QUARTO PASSO: CONTRASTE ENTRE SIGNO SOLAR E ASCENDENTE

Questão: quais os principais pontos em comum e as principais diferenças entre os


signos solar e Ascendente da pessoa? Compreendendo os pontos em comum, você terá
acesso a traços comportamentais bastante previsíveis. Compreendendo as diferenças,
você conhecerá um dos principais conflitos do sujeito: como ele se mostra (Ascendente)
versus como ele se percebe (signo solar).

QUINTO PASSO: PLANETAS NOS SIGNOS

Considere os possíveis significados para as posições de Sol, Lua, Mercúrio, Vênus e


Marte, de acordo com os signos que eles ocupam no Mapa do indivíduo. Considere
Júpiter e Saturno também, mas tenha em mente que estes planetas dizem mais respeito
a características coletivas daquele ano do que a indivíduos em si.

SEXTO PASSO: PLANETAS NAS CASAS

Não se esqueça da Regra de Cardin! Um


planeta que ocupa o último quinto de uma
Casa, age sobre a próxima. Por exemplo: se a
Casa 4 tem 32 graus, então o último quinto
desta Casa são os últimos 6,4 graus. Se um
planeta estiver nesses últimos 6,4 graus, ele
agirá sobre a Casa 5.

Considere os possíveis significados para as


posições de todos os planetas em cada Casa
que eles ocupam.

Observe as Casas sem planetas. Que planetas regem os signos das cúspides (inícios)
dessas Casas? Em que Casas esses planetas estão? De que modo a Casa que esse
planeta ocupa pode afetar a Casa sem planetas que você quer estudar? Exemplo: Casa
6 vazia, mas o regente da signo da Casa 6 está na Casa 11.

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SÉTIMO PASSO: ASPECTOS

Quais os aspectos no Mapa desse indivíduo?


Algum desses aspectos apresenta reforço de mútua recepção ou envolve um planeta
bem dignificado (domicílio/exaltação)? Caso isso ocorra, este aspecto é mais poderoso
que os outros.

OITAVO PASSO: CONSIDERE O QUE SE REPETE TRÊS VEZES

Questão: há características que aparecem repetidas vezes no Mapa analisado? Quais


seriam elas? Entenda que essas características são as mais evidentes no indivíduo.
É o que ele com certeza reconhecerá quando você descrever, e é o que as pessoas
perceberão como mais real e constante nele.

RECOMENDAÇÕES

As condutas éticas que eu mais gostaria de ressaltar são as seguintes:

1. Não se analisa Mapa de uma pessoa para os outros, a não ser que a pessoa tenha
autorizado ou que seja menor de idade ou esteja incapaz.
2. Mapas de pessoas públicas, mesmo que sejam de interesse público, devem ser
analisados com restrições. Mesmo as pessoas públicas têm direito à privacidade.
Uma coisa é avaliar as habilidades de um presidente da República ou ator famoso.
Outra é expor características íntimas que só dizem respeito a eles. Lembre-se: uma
coisa é o que interessa ao público, e há limites para isso. Exercite seu bom senso
caso venha a dar uma entrevista falando de Mapas de pessoas famosas.
3. Não é possível ver caráter ou “evolução espiritual” em um Mapa. Não cometa o erro
primário de tentar identificar se a pessoa é “evoluída” ou não.
4. Pelo exposto anteriormente, é antiprofissional analisar o Mapa de um candidato
a emprego sem considerar como esse candidato usa seu próprio Mapa. Não
considerar a realidade efetiva e se prender apenas ao Mapa é uma forma de
preconceito.
5. A Astrologia não é profissão regulamentada. Ninguém precisa de autorização para
exercê-la. Tenha bom senso: pratique-a profissionalmente, cobrando por leituras,
quando você perceber que está de fato pronto(a). Eu passei dois anos e meio
fazendo muito Mapa de graça, testando meu próprio conhecimento, até começar a
cobrar por isso.

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6. Você pode e deve cobrar por isso, quando estiver pronto(a). A Astrologia é um
trabalho como outro qualquer. Você está dispendendo dinheiro e tempo para estudar
o assunto e gastará mais tempo ainda para estudar e interpretar o Mapa de quem
encomendar esse serviço a você.
7. Nunca pare de estudar o assunto. Há sempre algo novo e interessante a aprender.

Obrigado por sua atenção e até o próximo curso!

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BIBLIOGRAFIA

KAWALL, Tereza et al. Astrologia: VILLEFRANCHE, J. B. Morin FOUCAULT, Michel. As Palavras


doze portais mágicos. São de. Márcia Bernardo, Minha e as Coisas. São Paulo: Martins
Paulo: Talento, 2001. Vida Perante os Astros. Rio de Fontes, 2007.
Janeiro: Espaço do Céu, 2002.

MATERNUS, Julius Firmicus. Jean SASPORTAS, Howard. Mônica AUBIER, Catherine. Dicionário


Rhys Bram, Ancient Astrology: Joseph, As Doze Casas: Uma Prático de Astrologia. São Paulo:
Theory and Practice. Matheseos interpretação dos planetas e dos Melhoramentos,1986.
Libri VIII. Park Ridge: Noyes signos através das casas. São
Press, 1975. Paulo: Pensamento, 1985.

RIBEIRO, Anna Maria da


Costa. Conhecimento da
Astrologia. Rio de Janeiro:
Imperial Novo Milênio, 1988.

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