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MANUAL TÉCNICO DE CAMPO

FURNAS Instruções de Manutenção


CENTRAIS ELÉTRICAS SA Módulo 02.02.ZZZ.01/01-R0
Autotransformador

Vigência junho/2004 Página 1/45

AUTOTRANSFORMADOR ANSALDO/BBC (TIPO AE3RF E AE3OF)


AT2 E AT3 750/500/69 kV DAS SUBESTAÇÕES DE STTP.O E STIV.O

Sumário

1. Considerações Preliminares 2
2. Inspeções 5
3. Ensaios Físico Químicos e Análise Cromatográfica do Óleo Isolante 7
4. Ensaios de Rigidez Dielétrica do Óleo Isolante no Campo 8
5. Ensaios Elétricos no Autotrafo e Buchas 8
6. Ensaios em Transformadores de Corrente de Bucha 30
7. Acessórios 34
8. Referências 45

Objetivo
Orientar os Técnicos e Engenheiros (responsáveis pela manutenção) sobre como executar manutenção nos
autotrafos Ansaldo e BBC 750/ 500/ 69 kV

Autores
Helton Guedes Rangel - DMES.O
José Mauro Valério Júnior - DMES.O
Moisés Marcelino - DMES.O

Palavras-Chave
Autotransformador
Manutenção
Ensaios
Ansaldo
BBC
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1. Considerações Preliminares

1.1. Tipos de Ensaio, Inspeção e Periodicidade


Devem ser definidas baseado no Manual Técnico de Campo, Instrução e Controle de Manutenção módulo
99.02.ZZZ.00/01.

1.2. Horário
O encarregado do serviço deverá apresentar-se no local de trabalho antes do inicio do Impedimento do
Sistema e ao término do trabalho deverá acompanhar a normalização do sistema sob impedimento.

1.3. Planejamento
Deverá ser um planejamento detalhado, onde constem os seguintes itens:

1.3.1. Pessoal e Equipe


O encarregado do serviço deverá dividir o pessoal em equipe(s) e definir o(s) serviço(s) de cada equipe.

1.3.2. Ferramentas, Instrumentos, Máquinas etc.


Cabe ao encarregado do serviço, elaborar uma lista com todas as ferramentas, instrumentos, máquinas
(guindaste), equipamento para tratamento de óleo etc. necessárias para execução do serviço.

1.3.3. Pontos de Aterramento


O Encarregado do Serviço deverá reunir sua(s) equipe(s) e planejar os pontos de aterramento do sistema.

1.3.4. Isolação do Sistema


Verificar os limites da isolação do sistema e identificar os serviços com risco para a(s) equipe(s) e o sistema.

1.3.5. Previsão Meteorológica


Em trabalhos em que a chuva e a umidade são fatores determinantes para sua realização, poderá ser
solicitado a Divisão de Hidrologia - DHDR previsão meteorológica ou consultar Furnas Net, para orientação
na condução destes trabalhos.

1.4. Segurança no Trabalho

1.4.1.
Todas as pessoas envolvidas no trabalho deverão ter conhecimento do Manual de Segurança e Higiene
Industrial, módulo 14.1.

1.4.2.
O Encarregado do Serviço deverá verificar a viabilidade da realização do trabalho.

1.4.3.
Delimitar a área de trabalho com fita ou corda de segurança.

1.4.4.
Utilizar EPI’s adequados ao trabalho.

1.4.5.
Verificar se os cartões de segurança estão em locais visíveis.

1.4.6.
Identificar os pontos de isolação do equipamento, e se julgar necessário solicitar esclarecimento ao operador
do sistema.
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1.4.7.
Trabalhar somente em equipamentos devidamente aterrados.

1.4.8.
Devido a semelhança entre os disjuntores, as seccionadoras, os cubículos, os barramentos etc. de uma
subestação o Encarregado de Serviço e sua(s) equipe(s), deverão tomar muito cuidado na identificação dos
equipamentos e trabalhar somente em equipamentos que estão isolados, aterrados e com permissão de
trabalho.

1.4.9.
Para maiores detalhes consultar o Manual de Segurança e Higiene Industrial, módulo 14.1 (Transformador).

1.5. Aterramento

1.5.1.
Verificar as condições dos cabos de aterramento, principalmente nos pontos de conexão dos cabos
condutores.

1.5.2.
Usar bastões isolados.

1.5.3.
Tomar cuidado para não danificar as buchas e conectores.

1.5.4.
Após conectar o cabo de aterramento na malha de terra da subestação através do terminal "sargento",
conectar com auxilio do bastão de aterramento o outro terminal "grampo" no ponto a ser aterrado.1

1.5.5.
Aterrar todos os conectores ligados aos terminais de buchas do equipamento.

1.5.6.
Isolar o(s) circuito(s) de alimentação elétrica dos ventiladores, bombas e SPCI.

1.5.7.
Para maiores detalhes, consultar Instrução Técnica, módulo 9910.ZZZ.00/02 (Instruções Gerais).

1.6. Normalização do Equipamento

1.6.1. Limpeza da Área

1.6.1.1.
Deixar a área de trabalho pelo menos nas mesmas condições de limpeza em que foi encontrada.

1.6.1.2.
Todas as manchas de óleo no tanque do regulador devem ser limpas com solvente adequado, para que não
sejam no futuro uma indicação falsa de vazamento de óleo no equipamento.

1.6.1.3.
Recolher o material utilizado no serviço.

1
Nunca conectar o cabo terra no ponto a ser aterrado sem antes conectá-lo a malha de terra da subestação.
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1.6.2. Reconexões

1.6.2.1.
Mantendo aterrados os conectores principais, reconectá-los ás suas respectivas buchas.

1.6.2.2.
Reconectar qualquer outro condutor desconectado durante o trabalho e que assim permaneça.

1.6.3 Inspeção Final

1.6.3.1
Verificar todos os pontos que foram mexidos durante a manutenção preventiva, ou a aceitação, e se foram
adequadamente recompostas suas condições para operação.

1.6.3.2
Verificar a necessidade de reaperto ou de troca de conectores, parafusos de fixação das buchas,
dispositivos de potencial etc.

1.6.3.3
Fazer uma criteriosa inspeção final complementar á realizada no início do trabalho.

1.6.3.4
Verificar se os dispositivos de alarme estão acionados.

1.6.3.5
Verificar as condições de aterramento do tanque e necessidade de reaperto dos conectores

1.6.4. Remoção dos Aterramentos de Segurança

1.6.4.1.
Desconectar, com auxilio de bastão isolado, os cabos de aterramento dos condutores principais. O
aterramento deve ser retirado desfazendo-se primeiro a conexão com o equipamento e depois a conexão
com a malha de terra, não se podendo, em hipótese alguma alterar esta ordem de desconexões.

1.6.4.2.
A partir do desaterramento não é mais permitido qualquer trabalho no equipamento.

1.6.5. Encerramento da Permissão de Trabalho


Após o término do trabalho e execução dos itens 1.6.1. a 1.6.4., o encarregado do serviço deverá dirigir á
sala de controle da subestação e comunicar ao operador o encerramento do seu trabalho.

1.6.6. Energização do Equipamento

1.6.6.1.
O encarregado do serviço deverá aguardar na subestação a energização do equipamento e caso ocorra
alguma anormalidade, deverá solicitar uma nova permissão de trabalho para correção do problema.

1.6.6.2.
Para maiores esclarecimentos consultar Manual de Operação do Sistema, Módulo 2.2, Impedimento do
Equipamento no Sistema Elétrico.
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2. Inspeções

2.1. Transformador

2.1.1. Pintura
Verificar o estado geral da pintura.

2.1.2. Limpeza
Todas as manchas de óleo devem ser limpas com solvente apropriado.

Para maiores detalhes ver Instrução de Manutenção, módulo 18.55.ZZZ.00/02 (Pasta de Química).

2.1.3. Nível de Óleo


Verificar o nível do óleo do tanque principal, levando em consideração a dilatação do óleo provocado pela
temperatura.

2.1.4. Vazamentos
Verificar a existência de vazamentos principalmente em: janelas de inspeção, tampa do tanque, válvulas,
dreno, tubulações e conexões, bombas de óleo (do tanque principal e do comutador de TAP), indicador de
fluxo de óleo, relé BUCHHOLZ e radiadores.

2.1.5. Visores
Verificar a existência de visores quebrados.

2.1.6. Aterramento
Verificar o estado do aterramento do tanque principal, cubículos, acessórios etc..

2.2. Cubículos

2.2.1. Pintura
Verificar o estado geral da pintura.

2.2.2. Limpeza
Deverão estar livres de poeira, corpos estranhos, umidade, corrosões e manchas de óleo.

2.2.3. Maçanetas e Dobradiças


Trancas, maçanetas e dobradiças deverão estar com boa articulação e ajustadas.

2.2.4. Gaxetas
Verificar o estado das gaxetas e substituir caso não estejam vedando corretamente.

2.2.5. Iluminação
Verificar o estado da alimentação elétrica e substituir as lâmpadas queimadas.

2.2.6. Aquecimento
Verificar sistema de aquecimento dos cubículos. Os resistores devem estar ligados e se houver termostatos
verificar se estão funcionando corretamente.

2.2.7. Conexões Elétricas


Verificar as conexões elétricas e caso necessário reapertar.
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2.3. Buchas

2.3.1.
Os isoladores de porcelana deverão estar limpos.

2.3.2.
Verificar a existência de trincas e partes quebradas.

2.3.3.
Inspecionar o TAP capacitivo, verificar a existência de TAP “colado”. Não forçar a retirada do TAP capacitivo
caso estiver "colado".

2.3.4.
Verificar o cabo de ligação da bucha ao BPD.

2.3.5.
Verificar a existência de vazamento de óleo2.

2.4. Inspeção em Conectores Utilizando Termovisão

2.4.1.
A inspeção com termovisor deve ser realizada após, no mínimo, uma hora de energização do conector.

2.4.2.
A corrente através do conector não deve ser inferior a 50% da corrente nominal (In) naquela instalação.

2.4.3.
As medições efetuadas com valores inferiores a corrente nominal devem ser corrigidas para essa condição
de carga conforme fórmula abaixo3:

1,5
 Im 
∆Tc =   x ∆Tm
 Ii 

Ii = Corrente instantânea no conector onde está sendo efetuada a medição


Im = Corrente máxima permitida no circuito onde está sendo efetuada a medição
∆Tm = Diferença de temperatura medida entre o conector e ponto adjacente (mesma fase) para corrente Ii
∆Tc = Correção de ∆Tm para corrente máxima do circuito

2.4.4.
Para maiores informações consultar Manual Técnico de Campo, Instrução Padrão de Manutenção módulo
19.17.ZZZ.00/01 e para utilização do termovisor consultar manual do fabricante.

2
Vazamentos em buchas, deve ser imediatamente comunicado ao Chefe de Divisão.
3
Utilizar os seguintes valores de In - AT2: 1245A bucha H1, 1861A bucha X1, 3667A buchas Y1Y2 e 616A bucha H0X0.
Utilizar os seguintes valores de In - AT3: 1323A bucha H1, 1861A bucha X1, 2899A buchas Y1Y2 e 538A bucha H0X0.
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2.4.5.
Limites térmicos dos conectores, (ver Tabela 1).

∆T Grau Providências
0°C a 3°C Irrelevante Não há necessidade de manutenção
4°C a 9°C Baixo Conector suspeito. Deve ser mantido sob observação. Revisar torque na
primeira oportunidade
10°C a 35°C Médio O conector deve sofrer revisão no prazo máximo de 30 dias, sendo
trocado se necessário
Acima de 35°C Alto Substituição no menor prazo possível, observadas as condições
operativas do sistema
Tabela 1 - Limites térmicos para conexões aparafusadas

2.5. Acessórios
Ver acessórios (item 7).
3. Ensaios Físico-Químicos e Análise Cromatográfica do Óleo Isolante
3.1.
Todos os cuidados devem ser tomados para se obter amostras que representem as condições reais do óleo
do equipamento. A representatividade dos ensaios depende de uma criteriosa colheita das amostras.
3.2.
A colheita das amostras devem ser efetuadas, por técnicos credenciados pelo Centro Técnico de Ensaios e
Medições (CTE.O).
3.3.
A retirada de amostras não deverão ser efetuada em atmosferas úmidas (umidade relativa do ar superior a
75%), em dias chuvosos ou com grande incidência de poeira.

3.4.
Os frascos de amostragem devem estar limpos e secos antes da colheita das amostras. O CTE.O suprirá as
Divisões de Manutenção Eletromecânica de frascos em condições de uso.
3.5.
As amostras deverão ser enviadas para o CTE.O que é o órgão responsável pelo processamento das
amostras e lançamento dos resultados no computador através do programa Sistema de Informações para
Administração da Manutenção (SIAM).

3.6.
O Departamento de Alta Tensão (DAT.O) é o responsável pela emissão de diagnósticos e recomendações
para troca, tratamento e substituição de óleo isolante.
3.7.
Se durante as inspeções visuais que antecedem a retirada da amostra, for verificada a presença da água
livre (gotículas) ou dissolvida (turvação) ou sedimentos no óleo, comunicar imediatamente á chefia da
Divisão de Manutenção Eletromecânica e anotar na Folha de Registro de Ensaios.

3.8.
A periodicidade dos ensaios físico-químicos e cromatográficos de gases dissolvidos em óleo isolante está
definida na Instrução de Manutenção, módulo 99.02.ZZZ.00/01.
3.9.
Em casos especiais o óleo poderá ser monitorado através do cromatografo portátil.
3.10.
Para maiores detalhes sobre colheita de amostras consultar a Instrução de Manutenção, módulo
18.05.ZZZ.00/01.
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4. Ensaio de Rigidez Dielétrica do Óleo Isolante no Campo

4.1.
A operação do testador de rigidez dielétrica deverá ser feita de acordo com as instruções do fabricante do
instrumento.

4.2.
O ensaio será realizado à temperatura ambiente, porém nunca inferior a 20°C.

4.3.
Escolher o método de ensaio, conforme Tabela 2.

Espaçamento Taxa de Crescimento


Métodos de Ensaio Eletrodos
entre Eletrodos da Tesão Aplicada
IEC -156/VDE-370-78 Calotas Esféricas 2,50 mm 2,0 KV/s
ASTM D1816 Calotas Esféricas 2,04 mm (0,08 pol.) 0,5 KV/S ± 20%
ASTM D1816 Calotas Esféricas 1,02 mm (0,04 pol.) 0,5 KV/s ± 20%
ASTM 0877 Discos 1,02 mm (0,04 pol.) 3 KV/s ± 20%
Tabela 2 - Métodos de Ensaio

4.4.
Comparar o valor encontrado com valores aceitáveis de rigidez dielétrica do óleo, conforme Tabela 3.

Tensão Nominal do Equipamento


Métodos de Ensaio
Até 230 kV Acima de 230 Kv
IEC 156/ VDE-370-78 > 60 kV > 70 kV
ASTM D1816 (0,08 pol.) > 48 kV > 54 kV
ASTM D1816 (0,04 pol.) > 24 kV > 27 kV
ASTM D877 > 30 kV > 35 kV
Tabela 3 - Valores aceitáveis de rigidez dielétrica

4.5.
O resultado da rigidez dielétrica do óleo será registrado no computador através do programa Sistema de
Informações para Administração da Manutenção (SIAM).

4.6.
O DAT.O deverá ser informado quando os resultados encontrados forem menores que os indicados na
Tabela 3.

5. Ensaios Elétricos

5.1. Medidas da Resistência de Isolamento

5.1.1. Considerações Iniciais

5.1.1.1.
A medição da resistência de isolamento é de grande valor para detectar, diagnosticar e prevenir falhas de
isolação.

5.1.1.2.
Na prática emprega-se corrente contínua para medição da resistência de isolamento, sendo o
megaohmímetro o instrumento mais utilizado.
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5.1.2. Normas de Segurança para Utilização do MEGGER

5.1.2.1.
O instrumento de ensaio deve ser aterrado.

5.1.2.2.
O cabo LINE do MEGGER deverá ser colocado o mais distante possível dos pontos aterrados, durante o
ensaio.

5.1.2.3.
O instrumento deverá ser ajustado e nivelado antes da execução do ensaio.

5.1.2.4.
As conexões dos cabos do MEGGER ao instrumento e ao equipamento sob ensaio deverão ser perfeitas.

5.1.2.5
Para maiores detalhes de operação do MEGGER, consultar a Instrução Técnica Módulo 36.10.BID.00/1
(Pasta de Instrumentos) ou o manual de instruções do fabricante.

5.1.3. Ensaio com Tensão Constante


Consiste em aplicar á isolação uma tensão CC constante de valor adequado e fazer leituras aos 15”, 30”, 45”
e 1’, 2’, 3’, e assim sucessivamente até 10 minutos.

5.1.4. Condições da Isolação

5.1.4.1. Índice de Polarização


Cálculo do índice de polarização:
Ip = R1’/R10’ (MEGGER motorizado) ou Ip = R1’/R30 (MEGGER manual)
Ip = Índice de polarização
R1’, R10’ R30’ = Resistência de isolamento indicada no MEGGER

5.1.4.2. Valor da Resistência Mínima de Isolamento


a) Critério 1
Considerar um mínimo de 1 megohm por kV da classe de isolamento.

b) Critério 2
Rmín = V / (kVA + 1.000) megohm (de acordo com AIEE)
Rmín = Resistência mínima de isolamento a 75oC, encontrada após 1 min
KVA = Potência nominal do transformador
V = Tensão nominal, em volts, do enrolamento sob ensaio ou o maior valor entre as tensões nominais
dos enrolamentos sob ensaio

c) Outros Critérios
Consultar Manual Técnico de Campo, Instruções Técnicas no módulo 36.10.BID.00/01.
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5.1.5. Execução dos Ensaios - Tensão Constante4

5.1.5.1.
Desconectar os cabos das buchas.

5.1.5.2.
Ajustar o MEGGER de acordo com o manual de instruções do fabricante ou consultar Instruções Técnicas,
módulo 36.10.BID.00/01.

5.1.5.3.
Curto-circuitar individualmente cada um dos enrolamentos, (ver Figura 1)5.

H1

X1

H0X0

Y1

Y2

Figura 1 - Curto circuito nos enrolamentos

5.1.5.4.
Selecionar a tensão de teste em 5kV.

5.1.5.5.
Conectar o MEGGER de acordo com a Tabela 4 e Figuras 2, 3 e 46.

Conexões dos Terminais do MEGGER


Teste LINE EARTH GUARD Parte Medida
Energia (Terra) (Guarda)
1 Alta Terra Baixa Alta - Terra
2 Baixa Terra Alta Baixa - Terra
3 Alta Baixa Terra Alta - Baixa
Tabela 4 - Conexões do MEGGER para testes de isolamento

4
Durante a medição da resistência de isolamento a tensão aplicada tem que ser mantida constante, pois se houver variações o
resultado será alterado. É importante que o instrumento (MEGGER) seja capaz de manter a tensão constante durante 10 minutos e que
seja compatível com a tensão nominal do transformador sob ensaio.
5
Terminais das buchas H1 com X1 e (H0X0) e terminais das buchas YI com Y2.
6
Considerar a bobina H1X1(H0X0) como bobina de alta e bobina Y1Y2 como bobina de baixa.
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AT
BT

G L E

Figura 2 - Alta contra terra com baixa em GUARD - Teste 1

AT
BT

G L E

Figura 3 - Baixa contra terra com alta em GUARD - Teste 2

AT
BT

G L E

Figura 4 - Alta contra baixa com GUARD aterrado - Teste 3


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5.1.5.6.
Aplicar a tensão de ensaio e anotar os valores de isolamento aos 15”, 30” e 45” e 1’, 2’, 3’ e assim
sucessivamente até 10 minutos.

5.1.5.7.
Anotar a temperatura do óleo no topo do transformador, temperatura ambiente e a umidade relativa do ar.

5.1.5.8.
Corrigir o valor das resistências de isolamento para temperatura de referência 20°C ou 75°C e anotar em
formulário apropriado, ver item 5.16..

5.1.6. Correção de Temperatura do Isolamento


Para efeitos comparativos e para o cálculo dos valores mínimos de isolamento a resistência de isolamento
deve ser corrigida para uma temperatura comum 75°C ou 20°C segundo a fómula abaixo:

a = (75 − t)/10, para 75°C


R75°C / 20°C = Rt / 2 a ou
a = (20 − t)/10, para 20°C
R75°C / 20°C = Resistência de isolamento cor rigida par 75°C ou 20°C.
Rt = Resistência de isolamento med ida a uma temperatur a t.

A Tabela 5 fornece aproximadamente o valor 1/2a para diferentes valores de t.

Fatores de Correção de Temperatura para 20°C


Temperatura Fator de Temperatura Fator de Temperatura Fator de
do Trafo Correção do Trafo Correção do Trafo Correção
0 0,250 27 1,61 54 10,90
1 0,268 28 1,73 55 11,20
2 0,287 29 1,85 56 12,00
3 0,306 30 1,98 57 12,87
4 0,331 31 2,12 58 13,79
5 0,354 32 2,27 59 14,78
6 0,380 33 2,43 60 15,85
7 0,407 34 2,61 61 16,98
8 0,436 35 2,80 62 18,20
9 0,460 36 3,00 63 19,50
10 0,500 37 3,21 64 20,90
11 0,54 38 3,44 65 22,40
12 0,57 39 3,69 66 24,00
13 0,82 40 3,95 67 25,75
14 0,66 41 4,23 68 27,61
15 0,71 42 4,54 69 29,61
16 0,76 43 4,87 70 31,75
17 0,81 44 5,22 71 34,35
18 0,87 45 5,60 72 36,85
19 0,93 46 5,99 73 39,40
20 1,00 47 6,41 74 42,28
21 1,07 48 6,86 75 44,70
22 1,14 49 7,34 76 48,73
23 1,23 50 7,85 77 58,20
24 1,31 51 8,65 78 56,00
25 1,40 52 9,34 79 59,60
26 1,51 53 10,10 80 63,75
Tabela 5 - Correção da Temperatura para 20°C
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5.1.7. Análise dos Ensaios

5.1.7.1.
O valor mínimo da resistência de isolamento utilizando o critério 1, item 5.1.4.2., deverá ser de 751 MΩ.

5.1.7.2.
O valor absoluto da resistência de isolamento não tem muito significado. O critério mais eficaz é a
comparação destes valores com testes anteriores ou de fábrica.

5.1.7.3.
Um decréscimo no isolamento, sobre os últimos testes realizados, é um sinal de que alguma anormalidade
está acontecendo.

5.1.7.4.
Uma isolação em boas condições os valores da resistência de isolamento aumentam progressivamente com
o tempo, 15”, 30”, ...... 10’. Uma isolação pouco satisfatória dará valores pouco variáveis.

5.1.7.5.
Valor de resistência de isolamento baixo para um transformador com óleo em boas condições de umidade,
acidez e filtragem, indica deficiência no isolamento sólido do enrolamento.

5.1.7.6.
Valor de resistência de isolamento baixo para um transformador onde foi detectada umidade do óleo de
25ppm ou mais indica que o enrolamento esta úmido, informação que deve estar coerente com o índice de
polarização; neste caso o bobinado deverá ser secado.

5.1.7.7.
Para o índice de polarização, valores superiores a 1,25 para relação das leituras 1’ e 30” e 2,0 para relação
das leituras 10’ e 1’ são considerados normais.

5.1.7.8.
O transformador só deverá ser energizado se, ao menos uma das condições mínimas, isolamento ou índice
de polarização forem cumpridas.

5.1.7.9.
Antes de condenar o equipamento verificar se o instrumento está calibrado e bem conectado.

5.2. Ensaios de Fator de Potência

5.2.1. Considerações Iniciais

5.2.1.1.
A medida do fator de potência é um ótimo índice para avaliar as condições da isolação, principalmente no
que diz respeito a presença de água, impurezas, calor etc., que causam deterioração da isolação sólida do
transformador.

5.2.1.2.
O ensaio de fator de potência é muito sensível a presença de umidade na isolação.

5.2.1.3.
O fator de potência do isolamento é uma combinação das perdas dielétricas no óleo e nos materiais sólidos
e varia consideravelmente com a temperatura.

5.2.1.4.
O instrumento mais utilizado para medir o fator de potência da isolação é o da marca DOBLE (DOBLE
ENGINEERING COMPANY) tipo MEU 2500 e MH 10.000.
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5.2.2. Normas de Segurança para Utilização do DOBLE

5.2.2.1.
Mover totalmente no sentido anti-horário o dispositivo de controle de tensão (HIGH VOLTAGE CONTROL), a
indicação do medidor de tensão (KILOVOLT METER) deverá ser zero, nas seguintes situações:

a) Antes da conexão e desconexão dos terminais dos cabos HV e LV no instrumento ou transformador;

b) Ao se iniciar ou terminar um ensaio;

O item acima deve ser seguido rigorosamente para evitar a origem de tensões perigosas.

5.2.2.2.
O instrumento de ensaio deve ser aterrado. Para proteção, o DOBLE possui um relé de terra que dá
permissão para execução do ensaio.

5.2.2.3.
O DOBLE possui dois interruptores de segurança: o interruptor que permite energizar o instrumento e o
interruptor de extensão.

O Interruptor de segurança do instrumento só deverá ser operado após a autorização verbal do técnico
responsável pelas conexões dos cabos.

O interruptor de extensão deverá ser acionado pelo técnico responsável pelas conexões.

5.2.2.4.
Durante o ensaio não deverá ficar qualquer pessoa próxima das partes sob tensão de ensaio.

5.2.2.5.
Verificar se o instrumento está convenientemente montado e aterrado e se os cabos estão corretamente
ligados.

5.2.2.6.
Para maiores detalhes de operação do DOBLE, consultar a Instrução Técnica Módulo 36.10.DOB.00/01
(pasta de Instrumentos) ou o manual de instruções do fabricante.

5.2.3. Cálculo da Capacitância e Fator de Potência

5.2.3.1. Capacitância
Para espécimes possuindo fator de potência inferior a 15% a capacitância poderá ser calculada em
PICOFARADAY (erro entre 1% e 5%).
C = 265 x mA (Doble tipo MH 10.000)
C = Capacitância calculada em picofaraday (pF)
mA = Valor (milliamperes) indicado no aparelho
F.P.% = (Watts/mA) x 10 (Doble tipo MH10.000)
F.P.% = Fator de Potência calculado
Watts = Valor (watts) indicado no aparelho
Ma = Valor (milliamperes) indicado no aparelho
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5.2.3.2. Fator de Potência

5.2.4. Ensaio do Isolamento do Transformador

5.2.4.1. Execução dos Ensaios


a) Desconectar os cabos das buchas, inclusive o do neutro.

b) Curto-circuitar individualmente cada um dos enrolamentos, (ver Figura 1)7.

c) Ligar o instrumento de acordo com a Tabela 6 e Figuras 5 e 68.

Conexões Posição da Chave


Teste Parte Medida
Cabo Hv Cabo Lv Lv SWITH
1 Alta Baixa GROUND CA +CAB
2 Alta Baixa GUARD CA
3 Baixa Alta GROUND CB + CAB
4 Baixa Alta GUARD CB
Tabela 6 - Conexões do DOBLE para testes

LV

AT HV
BT

2 - GUARD

1 - GROUND

CAB

CA

Teste 1: Alta energizada e Baixa aterrada - chave na posição GROUND - medido (CA + CAB )
Teste 2: Alta energizada e Baixa em GUARD - chave na posição GUARD - medido (CA)

Figura 5 - Ensaio de fator de potência com lado de alta energizado

7
Terminais das buchas H1 com X1 e (H0X0) e terminais das buchas Y1 com Y2.
8
Considerar a bobina H1X1(H0X0) como bobina de alta e bobina Y1Y2 como bobina de baixa.
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HV

AT LV
BT

2 - GUARD

1 - GROUND

CAB

CB

Teste 3: Baixa energizada e Alta aterrada - chave na posição GROUND - medido (CB + CAB )
Teste 4: Baixa energizada e Alta em GUARD - chave na posição GUARD - medido (CB)

Figura 6 - Ensaio de fator de potência com lado de baixa energizado

d) Selecionar a tensão de teste em 10KV.

e) Calcular o fator de potência.

f) Anotar o valor da temperatura do óleo no topo do transformador.

g) Corrigir o fator de potência para 20°C, multiplicar a temperatura de teste pelo fator de correção da Tabela
7, e anotar em formulário apropriado.

Fatores de correção de Temperatura para 20°C


Fator de Fator de Fator de Fator de
Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura
correção correção correção correção
0 1,57 17 1,07 34 0,73 52 0,49
01 1,54 18 1,05 35 0,71 54 0,47
02 1,50 19 1,02 36 0,70 56 0,45
03 1,47 20 1,00 37 0,69 58 0,43
04 1,44 21 0,98 38 0,67 60 0,41
05 1,41 22 0,96 39 0,66 62 0,40
06 1,37 23 0,94 40 0,65 64 0,38
07 1,34 24 0,92 41 0,63 66 0,36
08 1,31 25 0,90 42 0,62 68 0,35
09 1,28 26 0,88 43 0,60 70 0,33
10 1,25 27 0,86 44 0,59 72 0,32
11 1,22 28 0,84 45 0,57 74 0,31
12 1,19 29 0,82 46 0,56 76 0,30
13 1,16 30 0,80 47 0,55 78 0,28
14 1,14 31 0,78 48 0,54 80 0,27
15 1,11 32 0,76 49 0,52
16 1,09 33 0,75 50 0,51
Tabela 7 - Correção temperatura para 20°C
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5.2.5. Análise dos Ensaios

5.2.5.1.
Quanto menor for o fator de potência melhor será a isolação.

5.2.5.2.
Valores menores que 1% a 20°C do fator de potência são considerados normais.

5.2.5.3.
Os resultados obtidos nos ensaios com DOBLE devem ser comparados com os obtidos na aceitação, no
TEST REPORT e nos ensaios anteriores.

5.2.5.4.
Se o fator de potência aumentar com relação aos anos anteriores mais de 25%, as causas deverão ser
investigadas.

5.2.5.5.
Antes de condenar um equipamento verificar se o instrumento está calibrado e bem conectado.

5.2.6. Ensaio do Isolamento das Buchas

5.2.6.1. Tipos de Ensaio


a) UST (UNGROUNDED SPECIMEM TEST)
O objetivo deste ensaio é medir a capacitância (C1) entre o condutor da bucha e a derivação capacitiva
(TAP).

b) ECT (ENERGIZED CAPACITANCE TAP)


O objetivo deste ensaio é medir a capacitância (C2) entre a derivação capacitiva (TAP) e o flange da bucha.

c) SHC (SINGLE HOT-COLLAR)


Este ensaio tem como objetivo detectar umidade no topo da bucha ou verificar nível baixo de óleo quando o
teste for realizado nas saias superiores e auxilia na determinação de rachaduras nas porcelanas da bucha.
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5.2.6.2. Execução dos Ensaios


A bucha deverá estar limpa e seca para execução do(s) ensaio(s).

a) UST e ECT
Para execução do ensaio ECT a tensão aplicada deverá ser compatível com a tensão nominal da derivação
capacitiva.
a.1) Desconectar qualquer cabo ligado as buchas sob ensaio.

a.2) Ligar o instrumento de acordo com Tabela 8 e Figuras 7 e 8.

Conexões Posição da chave Parte


Teste
Cabo Hv Cabo Lv Lv SWITH Medida
UST Terminal da Bucha Derivação Capacitiva - TAP UST C1
ECT Derivação Capacitiva - TAP Terminal da Bucha Guard C2
Tabela 8 - Conexão do DOBLE para ensaios UST e ECT

HV

LV

Figura 7 - Ensaio UST em bucha

LV

HV

Figura 8 - Ensaio ECT em bucha


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a.3) Calcular a capacitância e o fator de potência.


C = 265 x mA (DOBLE tipo MH 10.000)
C = Capacitância calculada em PICOFARADAY (pF)
mA = Valor (miliamperes) indicado no aparelho
F.P.% = (Watts / mA) x 10 (DOBLE tipo MH 10.000)
F.P.% = Fator de potência calculado(Watts / mA) x 10 (DOBLE tipo MH 10.000)
Watts = Valor (Watts) indicado no aparelho
MA = Valor (miliamperes) indicado no aparelho

a.4) Corrigir o fator de potência para 20°C, multiplicando a temperatura de teste, ver item 5.2.7., pelo fator
de correção da Tabela 9, e anotar em formulário apropriado.

Fator de Correção de Temperatura para 20°C


Temperatura °C Fator de Correção
3a7 0,85
8 a 12 0,90
13 a 17 0,95
18 a 22 1,00
23 a 27 1,05
28 a 32 1,10
33 a 37 1,15
38 a 42 1,20
43 a 47 1,25
48 a 52 1,30
Tabela 9 - Correção do fator de potência para 20°C

b) SHC (Figuras 9)

Figura 9 - Ensaio SHC em bucha

b.1) Colocar o anel de ensaio sob a primeira saia da bucha.

b.2) Conectar o cabo HV ao anel.

b.3) Conectar o cabo LV ao terminal da bucha.

b.4) Executar o ensaio com a chave seletora na posição GROUND.

b.5) Dependendo do resultado deste ensaio pode ser necessário fazê-lo também em saias subseqüentes a
primeira. Ver item 5.2.8.2.
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5.2.7. Temperatura

5.2.7.1. Buchas em Operação


Adotar como temperatura de ensaio a média entre a temperatura do óleo no topo do transformador e a do
ambiente.

5.2.7.2. Buchas Fora de Operação


Adotar como temperatura de ensaio a temperatura ambiente.

5.2.8. Análise dos Ensaios

5.2.8.1. Ensaio UST e ECT


a) De forma geral um aumento do fator de potência indica uma alteração das características do dielétrico.

b) Valores estáveis do fator de potência, são características de buchas em condições satisfatórias.

c) Um aumento da capacitância, e da corrente de carga indicam a existência de curto-circuitos entre as


diferentes capas ou secções do circuito capacitivo.

d) Uma diminuição da capacitância e da corrente de carga indica ruptura em alguma secção de aterramento.

e) Geralmente as buchas serão consideradas aptas para continuar em operação, quando:


Fator de Potência ≤ 2,5% para buchas com tensão nominal ≤ 170 kV (buchas Y1 e Y2).
Fator de Potência ≤ 1,5% para buchas com tensão nominal ≥ 245 kV (buchas H1 e X1).

5.2.8.2. Ensaio SHC


A DOBLE estabelece para ensaio SINGLE HOT–COLLAR, usando-se o MH1000, o seguinte:

a) Se o ensaio acusar uma perda inferior a 0,15 W a isolação é considerada boa (G = GOOD).
Conseqüentemente os ensaios padrões não acusarão alto fator de potência.

b) Se as perdas estiverem compreendidas entre 0,15 e 0,30 W a isolação é considerada duvidosa (I =


INVESTIGATE). Possível umidade no topo da bucha.

c) Se as perdas estiverem compreendidas entre 0,30 e 0,50 W no ensaio executado na primeira saia da
bucha e perdas normais com o ensaio executado na segunda saia, a isolação é considerada duvidosa (I =
IVESTIGATE). Possível umidade no topo da bucha.

d) Se as perdas são superiores a 0,50 W no ensaio executado na primeira saia e normais quando
executados na segunda saia, é possível que a bucha esteja defeituosa. Averiguar.

e) Se as perdas são superiores a 0,50 W no ensaio executado na primeira saia da bucha, e aumentarem
progressivamente, quando executado nas saias subseqüentes, fica evidenciado que há falha distribuída ao
longo da bucha. Nestes casos, a bucha deve ser removida ou recondicionada.

f) Altas leituras de Mva, obtidas com a porcelana limpa e seca, podem indicar um aumento de capacitância,
devido á porcelana estar avariada ou devido á existência de umidade na câmara.

g) Para maiores detalhes consultar a Instrução Técnica Módulo 36.10.DOB.00/01. É importante um perfeito
conhecimento desta instrução para evitar danos nas buchas.
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5.3. Ensaio de Relação de Transformação

5.3.1. Considerações Iniciais

5.3.1.1.
A verificação da relação do número de espiras dos enrolamentos do transformador é um recurso valioso
para se verificar a existência de espiras em curto-circuito, falhas de comutadores de derivações em carga,
ligações erradas de derivações, circuitos abertos e conferir polaridade.

5.3.1.2.
A variação dos valores medidos em relação aos da placa de identificação do transformador não deve ser
maior que ± 0,5%

5.3.1.3.
Os instrumentos mais utilizados de medida de relação são o TTR (TRANSFORMER TURN RATIO TEST)
fabricado pela JAMES G. BIDDLE Co. e o MRT fabricado pela NANSEN S.A.

5.3.1.4.
O TTR tem por finalidade medir, com exatidão, a relação de transformação cuja relação seja menor que 130.

5.3.1.5.
O TTR e MRT pode ser utilizado também para: identificar e conferir os terminais e derivações, determinar ou
conferir a polaridade, detectar curto-circuitos ou circuitos abertos.

5.3.1.6.
As medições com TTR e MRT podem ser executadas de duas maneiras:

a) Direta - a excitação é feita utilizando-se o enrolamento de baixa tensão como primário aproveitando-se
melhor a exatidão do instrumento.

b) Inversa - a excitação é feita utilizando-se o enrolamento de alta tensão como primário. Tal medida deve
ser evitada sempre que possível, pois o método direto é mais preciso.

5.3.2. Execução dos Ensaios

5.3.2.1.
Calibrar o instrumento antes de iniciar os ensaios.

5.3.2.2.
Aterrar o instrumento.

5.3.2.3.
Desconectar os cabos da bucha, inclusive o do neutro.

5.3.2.4.
Conectar o TTR ou MRT de acordo com a Tabela 10 e as Figuras 10, 11 e 12.9

Conexões
Teste Relação Medida
Condutor X1 Condutor X2 Condutor H1 Condutor H2
1 H0X0 X1 H0X0 H1 Secundário - Primário
2 Y1 Y2 H0X0 H1 Terciário - Primário
3 Y1 Y2 H0X0 X1 Terciário - Secundário
Tabela 10 - Conexões do TTR ou MRT para testes de relação de transformação

9
Considerar o enrolamento de 750kV (H1/ H0X0) como primário, 500kV (X1/ H0X0) secundário e 69 kV (Y1/ Y2) terciário.
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H1
X1
H0X

Y1

H1 H2 X1 X2

Y2

H1 H2 X1 X2

Figura 10 - Conexões para medir a relação de transformação entre secundário e primário

C O N D UTO R H 2

C O N D UTO R H 1 H1
X1

H0X0

Y1
C O N D UTO R X1

C O N D UTO R X2

Y2

H1 H2 X1 X2

Figura 11 - Conexões para medir a relação de transformação entre terciário e primário

C O N D UTO R H 1

H1
C O N D UTO R H 2 X1
H0X0

Y1
C O N D UTO R X1

C O N D UTO R X2

Y2

H1 H2 X1 X2

Figura 12 - Conexões para medir a relação de transformação entre terciário e secundário


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5.3.2.5. Verificação da Polaridade


Após as verificações anteriores, ligar o instrumento (TTR) e girar a manivela de 1/4 de volta. Para o MRT
adotar o seguinte procedimento: com todas as chaves de relação na posição 0, gire livremente o Knob de
excitação.

a) Se o ponteiro do galvanômetro defletir para a esquerda, a ligação está correta e a polaridade do


transformador é subtrativa.

b) Se o ponteiro defletir para direita, o transformador é de polaridade aditiva. Neste caso, é necessário
inverter as ligações dos terminais para execução do ensaio.

5.3.2.6.10
Anotar os valores, encontrados em formulários apropriado.

5.3.2.7.
Para maiores detalhes de operação e leitura dos valores de relação do TTR consultar a Instrução Técnica
módulo 36.20.BID.00/01 e para o MRT consultar manual do fabricante.

5.3.3. Condições Anormais

5.3.3.1.
Quando não se consegue o balanceamento do instrumento pode ser indicação de curto circuito ou circuito
aberto.

a) Curto-Circuito - se a corrente de excitação é elevada e a tensão indicada no voltímetro é baixa indicam


curto-circuito em um dos enrolamentos.

a.1) Localização do Curto-circuito - caso o enrolamento possua várias seções, deverão ser ensaiadas cada
um dos enrolamentos separadamente, a fim de se localizar o defeito por eliminação.

b) Circuito Aberto - se a corrente é desprezível a tensão de excitação é normal e o galvanômetro não acusa
deflexão o circuito de enrolamento de um dos transformadores deve estar abertos.

b.1) Localização do Circuito Aberto


Desconectar um dos grampos terminais e colocar uma folha de fibra, isolando o grampo do transformador de
referência do TTR, apertando-o em seguida. Acionar novamente a alavanca. Se o primário está aberto, o
amperímetro não indicará corrente. Se a corrente é normal, pode-se supor que o secundário está aberto.

5.3.3.2.
Se a corrente de excitação é elevada pode ser difícil conseguir balanceamento do instrumento, quando
energizado o enrolamento de baixa tensão. Em tais casos utilizar o método da leitura inversa.

10
No instrumento MRT o valor é lido diretamente nas escalas das chaves de relação. Para o TTR adotar o seguinte procedimento:
copiar as indicações dos dois primeiros mostradores colocados um em seguida do outro, colocar a virgula, e em seguida colocar a
indicação do terceiro e quarto mostradores. Os valores do quarto mostrador abaixo de 10 devem ser antecipados de zero. Por exemplo,
se a leitura for 5, deve-se escrever 05.
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5.4. Medição da Resistência Ôhmica dos Enrolamentos

5.4.1. Considerações Iniciais

5.4.1.1.
Os valores de resistência dos enrolamentos medidos com corrente contínua e comparado com os valores
dos ensaios de fábrica, podem dar indicações sobre a existência de espiras em curto-circuito, conexões e
contatos em más condições.

5.4.1.2.
Normalmente são utilizados dois métodos para medida da resistência ôhmica dos enrolamentos: Método da
queda de tensão e método da ponte (WHEATSTONE, THOMPSON ou KELVIN).

5.4.1.3.
Utiliza-se comumente a ponte WHEATSTONE para medir resistências de 1 a 100.000 ohms e a KELVIN
para medição de resistências de valores menores que 1 ohm.

5.4.1.4.
O critério para seleção deve ser em função da ordem de grandeza da resistência a ser medida. De um modo
geral, pode-se usar um método ou outro, conforme Tabela 11.

Ordem de Grandeza da Resistência Método Utilizado


Inferor a 0,001 ohms Queda de Tensão
Entre 0,001 e 1 ohms Ponte de KELVIN
Acima de 1ohm Ponte de WHEATSTONE
Tabela 11 - Métodos de medição utilizados

5.4.1.5.
As ligações dos ensaios serão feitas conforme recomendações dos fabricantes ou Tabelas 12, 13 e 14.

5.4.1.6.
O método da queda de tensão é normalmente o preferido para medida da resistência ôhmica de
enrolamentos de transformadores, quando não sejam necessários valores extremamente precisos. Para
evitar erros por aquecimento dos enrolamentos pela circulação de corrente, este teste só é válido para
enrolamentos com corrente nominal de 1 ampére ou mais.

5.4.1.7.
Quando se emprega o método da queda de tensão, além das recomendações citadas acima, observar que a
corrente não deve ser superior a 15% da corrente nominal do enrolamento.

5.4.1.8.
Para maiores detalhes sobre medidas de resistência ôhmica consultar Instruções Técnicas Módulo
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5.4.2. Normas de Segurança

5.4.2.1.
Verificar na placa de identificação as ligações internas dos enrolamentos do transformador.

5.4.2.2.
Durante os ensaios utilizando o método da ponte ou queda de tensão, a abertura do circuito de ensaio pode
originar tensões mais elevadas, provocando arcos. Por esta razão, durante o ensaio o contato da ponte deve
ser mantido fechado e, antes de se desligar o circuito de corrente, deve-se desligar o galvanômetro e/ ou
milivoltímetro e curto-circuitar os terminais de enrolamento sob ensaio.

5.4.3. Ensaios11

5.4.3.1. Método da Queda de Tensão

a) Desconectar qualquer cabo ou barramento conectados nas buchas.

b) Colocar os voltímetros na escala adequada.

c) Fazer as ligações conforme Tabela 12 e esquema elétrico da Figura 13 onde Rx corresponde ao


enrolamento do autotrafo.12

Conexões nas Buchas - Figura 13 Enrolamento


Teste
Bucha - 1 Bucha - 2 Medido
1 H1 H0X0 Primário
2 X1 H0X0 Secundário
3 Y1 Y2 Terciário
Tabela 12 - Conexões para medida da resistência ôhmica

Rv
C1
BUCHA 1

C2
+
FONTE Diodo RX
DC mV
_
mV

BUCHA 2

Shunt

Figura 13 - Ensaio de resistência Ôhmica dos enrolamentos

11
Em circuitos com constante de tempo alta (bobinas com núcleo magnético), o tempo de estabilização da corrente poderá ser grande,
nestes casos aumente ligeiramente a tensão acima do valor desejado e logo a reduza lentamente.
Considerar o enrolamento (H1/ H0X0) como enrolamento primário, (X1/ H0X0) secundário e o enrolamento (Y1/ Y2) como enrolamento
terciário.
12
A ordem de ligação dos condutores as buchas 1 e 2 não altera o valor da resistência ôhmica medida ou seja a bucha 1 ou 2 (Figura
13) poderá ser qualquer bucha do enrolamento a ser medido.
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d) Antes do fechamento da chave C1 observar a polaridade do diodo.

e) Fechar as chaves C2 e C1

f) Ajustar o resistor Rv até um valor pré-estabelecido de corrente.

g) Após a estabilização do voltímetro, fazer as leituras da queda de tensão no enrolamento RX e no SHUNT.


Dividir o valor da tensão do SHUNT pela sua resistência encontrando a corrente que circula no circuito.

h) O valor da resistência ôhmica do enrolamento RX será a divisão da tensão indicada no voltímetro


conectado em RX pela corrente que circula no circuito.

i) Para se obter o resultado final, fazer três leituras com valores diferentes de corrente. O valor da resistência
será a média aritmética destas três medidas. Ver fórmula abaixo.

R1 = V1/ I1, R2 = V2/I2, R3 = V3/I3


RX = (R1 + R2 + R3)/ 3
V1,2,3 = Leitura do voltímetro RX, I1, 2, 3 = Corrente no circuito
RX = Resistência calculada

j) Após efetuar as leituras (corrente e tensão), desliga-se primeiro o voltímetro através da chave C2, ajustar
Rv para seu valor máximo e abre-se C1.

k) Após alguns minutos, ajustar o voltímetro conectado em RX na sua maior escala e ligar a chave C2.
Aguardar a leitura do voltímetro RX estar abaixo de 0,2V para iniciar a desconexão dos cabos.

l) Este procedimento deverá ser repetido a cada medição efetuada.

m) Corrigir o valor da resistência encontrada conforme item 5.4.5. e comparar com resultados do fabricante.
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5.4.3.2. Método da Queda de Tensão Utilizando Unidade de Teste13


a) Desconectar qualquer cabo ou barramento conectados nas buchas.

b) Fazer as ligações conforme Tabela 13 e Figura 5.1414.

Conexões nas Buchas da Unidade de Teste e multímetro (2) Enrolamento


Teste
Condutor "resistência" Condutor "comum" Medido
1 H1 H0X0 Primário
2 X1 H0X0 Secundário
3 Y1 Y2 Terciário
Tabela 13 - Conexões para medida da resistência ôhmica utilizando a unidade de teste

Ligação para as buchas do trafo

Multímetro Digital 1 Bateria 12 Vcc V

V Multímetro Digital 2

SHUNT 100mV/ 5A 12 Vcc Resistência Comum

ENTRADA SAÍDA
Amperímetro

Figura 14 - Ensaio de resistência do enrolamento utilizando unidade de teste

c) Ligar o instrumento de acordo com o procedimento elaborado pelo CTE.O.

d) Aguardar a estabilização da tensão.

e) Ajustar a corrente, através do reostato R1, até um valor próximo de 5A.

f) Anotar a leitura do multímetro 1 e dividir por 0,02. Este valor será igual a corrente que circula no
enrolamento escolhido para teste.

g) Dividir o valor anotado no multímetro 2 pela corrente que circula no enrolamento (item a.6) o valor
encontrado será o valor da resistência ôhmica do enrolamento.

h) Corrigir o valor da resistência encontrada conforme item 5.4.5. e comparar com resultados do fabricante.

13
Instrumento desenvolvido pelo CTE.O.
14
Os condutores "comum" e "resistência" poderão ser ligados em qualquer bucha, do mesmo enrolamento, que a resistência ôhmica
deste enrolamento não será alterada.
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5.4.3.3. Método da Ponte de KELVIN

a) Considerações Iniciais

a.1.) Este método é utilizado para medir resistência de baixo valor (entre 0,001 e 1 ohms).

a.2.) Este método consiste basicamente de quatro terminais dois de corrente e dois de tensão; os terminais
de corrente C1 e C2 colocam a resistência a medir em série com uma fonte de corrente interna; os terminais
P1 e P2 levam a diferença de tensão entre os extremos da resistência para o processador calcular e
fornecer diretamente no mostrador a resistência ôhmica.

a.3.) Para uma maior precisão as garras de corrente ligadas aos terminais C1 e C2 deverão ser conectadas
do lado externo ás de tensão.

b) Execução do Ensaio

b.1.) Fazer as ligações conforme Tabela 14 e a Figura 15.15

b.2.) Ligar e operar a ponte de acordo com as recomendações do fabricante.

Conexão nas Buchas da Ponte KELVIN Enrolamento


Teste
Condutor C1 Condutor P1 Condutor C2 Condutor P2 Medido
1 H1 H1 H0X0 H0X0 Primário
2 X1 X1 H0X0 H0X0 Secundário
3 Y1 Y1 Y2 Y2 Terciário
Tabela 14 - Conexões para medida da resistência ôhmica utilizando a ponte KELVIN

RX
Bucha 1 Bucha 2

C abos de ligação a bucha

A G
C1 P1 P2 C2

Figura 15 - Ensaio de resistência ôhmica utilizando a ponte KELVIN

b.3.) Corrigir o valor da resistência encontrada conforme item 5.4.5.3. e comparar com resultados do
fabricante.

15
A ordem de ligação dos condutores (C1 / P1) e (C2 / P2) as buchas 1 e 2 não altera o valor da resistência ôhmica medida ou seja a
bucha 1 ou 2 (fig 5.14.) poderá ser qualquer bucha do enrolamento a ser medido.
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5.4.4. Determinação da Temperatura

5.4.4.5.
A temperatura dos enrolamentos pode ser considerada como sendo a mesma do óleo, desde que o
transformador tenha sido desligado por um período superior a 6 horas e a temperatura ambiente seja estável
durante os ensaios. A temperatura do óleo será aquela indicada pelo termômetro do óleo.

5.4.4.6.
Nos casos em que o transformador foi desligado por um período inferior a 6 horas ou a temperatura
ambiente não se manteve estável adotar um dos seguintes procedimentos:

a) Medir a temperatura do topo do óleo (Termômetro do óleo) e no fundo do tanque (abrir a válvula inferior
do tanque e deixar escorrer o óleo sobre o bulbo do termômetro medindo a temperatura). A temperatura do
ensaio será a média das temperaturas lidas no topo do óleo e no fundo do tanque.

b) Ou usar a seguinte fórmula:


To = Tp +
2
3
(Tp - Ta )
To = Temperatur a do óleo no topo do transforma dor
Tp = Temperatur a da parede superior do transforma dor lida em um termômetro de contato.
Ti + Tf
Ta = Temperatur a ambiente = 2
Ti = Temperatur a ambiente lida no início do ensaio
Tf = Temperatur a ambiente lida no final do ensaio.

5.4.5. Valores de Ensaios

5.4.5.1.
Devido á variação da resistência ôhmica com a temperatura, os valores medidos devem ser referidos a uma
mesma temperatura para efeito de comparação.

5.4.5.2.
A norma ABNT EB-91 recomenda 75°C para transformadores das classes de temperatura de 105°C a 135°C
e 155°C para classes de 155°C a 180°C.

5.4.5.3.
A resistência ôhmica de enrolamentos de cobre (K = 234,5) medida a temperatura t1 e referida à t2, será
calculada pela seguinte fórmula:

Rt 2 = (
234,5 + t 2
234,5 + t 1
) x Rt1
Rt 2 = Resistência calculada a temperatur a t 2 (temperatu ra de referência).
Rt1 = Resistência medida a temperatur a t1 (temperatu ra de ensaio).
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6. Ensaios em Transformador de Corrente de Bucha

6.1. Cuidados Iniciais

6.1.1.
Para execução dos ensaios, a fiação externa deve ser marcada. É importante que esta marcação seja
criteriosa, para evitar problemas graves na reconexão.

6.1.2.
Deve-se tomar cuidado para não desconectar a fiação que pertença também a outros TC’s que façam parte
da malha diferencial, nem colocá-las em curto.

6.2. Descrição dos Ensaios

6.2.1. Resistência de Isolamento

6.2.1.1. Primário e Secundário


O isolamento entre o primário e o secundário do TC de bucha é verificado quando do ensaio de resistência
de Isolamento do transformador.

6.2.1.2. Secundário e Terra, Secundário e Secundário


Executar o ensaio, utilizando MEGGER de 500 V, entre secundários e secundário e terra (neste caso,
executar o ensaio entre os terminais da régua do cubículo e a carcaça do tanque do transformador, ou seja,
considerando-se todos os cabos de fiação interna do equipamento).

6.2.1.3. Valores de Ensaios


Valores acima de 1MΩ são considerados normais.

6.2.2. Curva de Saturação

6.2.2.1. Considerações Iniciais


a) Basicamente este ensaio consiste em aplicar no secundário do TC uma tensão variável e medir a corrente
de excitação correspondente a cada valor de tensão aplicada. A corrente é medida no secundário com o
primário aberto.

b) O ensaio deverá ser executado entre as derivações (TAP’s) extremas.

c) Todos os TC’s de buchas que não estiverem sendo ensaiados deverão permanecer com os secundários
abertos, inclusive o primário.

d) Durante os ensaios a tensão aplicada não deverá ultrapassar o valor máximo de tensão especificada
para cada TC.

Exemplo: 800V para os TC’s de proteção (C800) e 50V para os TC’s de medição (0,3 B 0,5) considerando
fator de sobrecorrente 20.

6.2.2.2. Instrumentos Utilizados


a) Transformador auxiliar de relação 100/1000V (TA).

b) Chave faca 600V (CH).

c) Amperímetro AC (A).

d) Miliamperímetro AC (mA).

e) Voltímetro (V).
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6.2.2.3. Execução dos Ensaios


a) Fazer as ligações conforme esquema elétrico (Figura 16).

I exc.
mA A
VARIAC

CH

TC SOB
127 V V
ENSAIO

TA

Figura 16 - Ensaio de saturação de TC’s de bucha

b) Variar a tensão de 50 em 50V até aproximadamente o ponto de inflexão (tensão máxima de operação do
TC). A partir deste instante variar a tensão de 10 em 10V até obter a saturação do TC. O incremento de
tensão deve ser feito sempre no sentido crescente, não sendo admitido em nenhuma hipótese o decréscimo
da mesma.

c) Observar que ao aproximar-se do final da escala do miliamperímetro deve-se fechar a chave CH e


prosseguir as leituras de corrente no amperímetro.

d) Registrar em formulário apropriado os valores de tensão e corrente.

e) Levantar a curva Vsec = f (I exc.) que será comparada á original levantada pelo fabricante do
equipamento. Esta curva define a tensão secundária a partir da qual o TC começa a saturar; é o ponto de
joelho definido como aquele em que, para se ter um aumento de 10 % de Vsec, precisa-se aumentar 50% a
Iexc.

6.2.3. Relação de Transformação

6.2.3.1. Considerações Iniciais


a) Basicamente o ensaio consiste em aplicar uma tensão em todas as derivações (TAP’s) do secundário do
TC e medir a tensão nos terminais primários, correspondentes a cada relação.

b) Todos os TC’s de buchas que não estiverem sendo ensaiados, deverão permanecer com os secundários
abertos.

c) Utilizar um voltímetro eletrônico de alta impedância para execução dos ensaios.


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6.2.3.2. Instrumentos Utilizados


a) Transformador auxiliar de relação 100/1000V (TA).

b) Voltímetro (V).

c) Voltímetro eletrônico de alta impedância (VE).

d) Variac

6.2.3.3. Execução dos Ensaios


a) Fazer as ligações conforme esquema elétrico (Figura 17).

Term inal Term inal


da Bucha da Bucha
VE
VARIAC

TC SOB
127 V V ENSAIO

TA

ENROLAMENTO DO
TRANSFORMADOR

Figura 17 - Ensaio de relação de transformação de TC’s de bucha

b) Aplicar uma tensão menor do que a tensão máxima especificada para o TC, ao enrolamento total e medir
a tensão nos terminais primários.

c) Aplicar uma tensão, correspondente a 1V por espira, em todas as derivações (TAP’s) do secundário do
TC e medir a tensão nos terminais primários, correspondentes a cada relação.

d) Calcular a relação entre as tensões primárias e secundárias medidas e anotar os valores.

e) Comparar os valores calculados com os valores fornecidos pelo fabricante.


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6.2.4. Resistência Ôhmica


Este ensaio consiste em medir a resistência ôhmica dos enrolamentos secundários do TC em todas as
derivações, utilizando-se o método da ponte de WHEATSTONE.

6.2.4.1. Método da Ponte de WHEATSTONE16


a) Este método é aplicado para a medida direta de resistências superiores a 1 ohm e nos casos em que
sejam necessárias medidas precisas.

b) Quando o valor da resistência for inferior a 10 ohms, deverão ser reduzidos os valores de resistência dos
condutores das garras, para evitar a introdução de erros significativos.

c) A medida de resistência em circuitos indutivos poderá ser demorada, se a constante de tempo for muito
alta; para reduzir o tempo de medida poderá ser colocada uma resistência em série com os enrolamentos de
uma a duas vezes o valor da resistência dos enrolamentos; a resistência neste caso será Rx = Rm – Rd,
sendo Rx a resistência desejada do enrolamento; Rm a resistência medida e Rd, a resistência padrão de alta
precisão (0,3%).

6.2.4.2. Execução dos Ensaios


a) Verificar na placa de identificação as ligações internas dos enrolamentos do transformador de corrente.

b) As ligações dos ensaios serão feitas conforme recomendações do fabricante da ponte.

c) Deve-se esperar a completa estabilização da corrente no circuito para efetuar-se cada medição e observar
que para cada leitura efetuada deve-se subtrair o valor da resistência do cabo da ponte utilizada.

d) Durante os ensaios utilizando o método da ponte ou queda de tensão, a abertura do circuito de ensaio
pode originar tensões mais elevadas, provocando arcos. Por esta razão, durante o ensaio o contato da ponte
deve ser mantido fechado e, antes de se desligar o circuito de corrente, deve-se desligar o galvanômetro
e/ou milivoltímetro e curto-circuitar os terminais de enrolamento sob ensaio.

e) Comparar os valores encontrados com os valores do teste na fábrica.

6.2.5. Polaridade

6.2.5.1. Considerações Iniciais


a) A finalidade deste ensaio é conferir se as marcações de polaridades existentes no diagrama do fabricante
estão de acordo, ou ainda se as ligações do TC não foram invertidas durante a montagem.

b) Este ensaio é feito, normalmente, utilizando-se o método do Golpe Indutivo com corrente contínua.

c) Dependendo da relação do TC, podem aparecer tensões elevadas nos terminais do voltímetro.
Conseqüentemente, deve-se evitar aproximação de pessoas do TC sob ensaio.

d) Nas ligações do circuito de ensaio, observar rigorosamente as polaridades indicadas na figura.

6.2.5.2. Instrumentos Utilizados


a) Voltímetro DC (Vcc).

b) Chave faca (CH).

c) Bateria.

16
Para maiores detalhes sobre medidas de resistência ôhmica consultar Instruções Técnicas Módulo 02.00.ZZZ.00/01.
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6.2.5.3. Execução dos Ensaios


a) Fazer as ligações conforme esquema elétrico (Figura 18).

b) Fechar a chave CH e verificar a deflexão do voltímetro CC no instante do fechamento. Se a deflexão for


para direita à polaridade será subtrativa, se for para esquerda será aditiva.

H1

X1

CH
+
TC SOB
ENSAIO Vcc

_
+
BATERIA
_
X2

H2

Figura 18 - Ensaio de polaridade de TC’s de bucha

7. Acessórios

7.1. Considerações Iniciais

7.1.1. Inspeção
Uma inspeção visual dos acessórios deverá ser feita criteriosamente para verificar possíveis anormalidades:
vidros indicadores trincados ou quebrados, contatos de relés oxidados ou sujos, presença de água nos
microinterruptores, estado das tubulações e dos cabos de conexão aos cubículos, vazamento de óleo,
formação de gás no visor do relé BULCHHOLZ etc.

7.1.2. Alarmes - Proteção


Dispositivos que atuam diretamente na proteção (dispositivos detectores de temperatura, dispositivos de
alivio de pressão etc) devem merecer atenção especial.

7.2. Bombas para Circulação do Óleo


Verificar quanto a ruídos, vibrações e vazamentos.

Verificar o indicador de fluxo, a sinalização e as condições das válvulas.

7.3. Ventiladores
Verificar se estão funcionando adequadamente, se há ruídos anormais e trincas nas pás e se a sinalização
funciona corretamente.
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7.4. Radiadores
Verificar vazamentos, sujeira e ruídos anormais nas aletas de refrigeração, as condições das válvulas
(sujeira e vazamentos).

7.5. Tanque de Expansão


Verificar vazamentos, nível de óleo do tanque principal, sujeira e trincas no visor de óleo.

7.6. Visor do Tanque de Expansão17


A existência de óleo no visor indica rompimento da bolsa ou infiltração de ar no tanque de expansão.

7.7. Cubas de Óleo18


Deverá ser efetuado: limpeza, troca do óleo e vedação das cubas.

7.8. Relé BULCHHOLZ

7.8.1. Verificação do Funcionamento


Acionar botão de teste e verificar, se os contatos de alarme e TRIPPING, localizados no cubículo comum
atuam adequadamente.

7.8.2. Medição da Resistência de Isolamento

7.8.2.1.
Por medida de segurança antes de realizar o ensaio desconectar a fiação de interligação do cubículo do
tanque principal para o cubículo Individual.

7.8.2.2.
Medir o isolamento entre fases e entre fases e terra utilizando MEGGER de 500V. O ensaio deverá se
realizado no cubículo do tanque principal e os resultados não devem ser inferior a 1 MΩ.

7.8.3. Operação do Relé BULCHHOLZ

7.8.3.1.
Após a operação do relé, verificar a existência de gases. Se houver gases, verificar se são inflamáveis
(Teste de Inflamabilidade) e, se forem, encaminhar uma amostra para o laboratório. Se não são inflamáveis,
é provável que seja ar atmosférico retirado do transformador ou penetrado por alguma abertura.

7.8.3.2.
Se não houver gases no relé verificar os circuitos de sinalização e alarmes, e se houve penetração de óleo
nos flutuadores.

7.8.3.3.
O relé pode também ser acionado quando houver um fluxo brusco de óleo através do mesmo, ocasionado
por um aquecimento repentino do óleo por um surto elevado de corrente.

17
Este item é valido somente para o AT2
18
Dispositivo para armazenamento do sensor de temperatura do óleo situado na parte superior do tanque principal do transformador.
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7.8.4. Teste de Inflamabilidade

7.8.4.1.
Antes de enviar uma amostra dos gases ao laboratório, é conveniente verificar se os gases acumulados no
relé são combustíveis.

7.8.4.2.
Retirar com uma seringa, uma pequena quantidade dos gases acumulados no relé pelo bujão de purga.

7.8.4.3.
Aproximar uma chama e pressionar lentamente o êmbolo da seringa. Se os gases forem inflamáveis,
aparecerá uma chama no orifício de saída da seringa, que permanecerá até o completo esvaziamento da
seringa.

7.8.4.4.
Neste caso, coletar uma amostra dos gases e encaminhá-lo para o laboratório para análise cromatográfica.

Figura 19 - Vista lateral do Relé BULCHHOLZ Figura 20 - Vista frontal do Relé BULCHHOLZ

7.9. Indicador Magnético de Nível de Óleo

7.9.1. Verificação do Funcionamento


Remover a parte externa do indicador de nível, acionando seu dispositivo magnético de acoplamento com
uma haste magnética até a indicação de nível mínimo. Observar se o alarme (nível mínimo) foi acionado no
cubículo comum.

Figura 21 - Indicador de Nível de Óleo Figura 22 - Vista traseira do indicador de nível de óleo
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7.9.2. Medição da Resistência de Isolamento

7.9.2.1.
Por medida de segurança antes de realizar o ensaio desconectar a fiação de interligação do cubículo do
tanque principal para o cubículo Individual.

7.9.2.2.
Medir o isolamento entre fases e entre fases e terra utilizando MEGGER de 500V. O ensaio deverá se
realizado no cubículo do tanque principal e os resultados não devem ser inferior a 1 MΩ.

7.10. Indicador de Fluxo de Óleo (Figuras 23 e 24)

Figura 23 - Indicador de Fluxo de Óleo Figura 24 - Visor do Indicador de Fluxo de Óleo

7.10.1. Verificação do Funcionamento


Ligar as bombas e após 30 segundos verificar se o indicador de fluxo inverte de posição (vermelho para
verde - AT2 ou bomba desligada para bomba ligada - AT3), se não inverter o alarme de bomba inoperante
deverá atuar no cubículo comum.

7.10.2. Medição da Resistência de Isolamento


Idem ao descrito para o Indicador Magnético de Nível de Óleo item 7.9.2..

7.10.3. Alarme de Bomba Inoperante


Após a operação do alarme, inspecionar o indicador de fluxo de óleo. Se o indicador estiver funcionando
corretamente verificar: tensão, corrente e inversão nas fases de alimentação do motor da bomba.
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7.11. Válvula de Alívio (Figuras 25 e 26)

Figura 25 - Válvula de Alívio Figura 26 - Detalhe da Válvula de Alívio

7.11.1. Verificação do Funcionamento


Acionar o microinterruptor, localizado na parte inferior da válvula, e observar se seu contato de alarme,
localizado no cubículo comum, atua adequadamente.

7.11.2. Medição da Resistência de Isolamento


a) Por medida de segurança antes de realizar o ensaio desconectar a fiação de interligação do cubículo do
tanque principal para o cubículo Individual.

b) Medir o isolamento entre fases e entre fases e terra utilizando MEGGER de 500V. O ensaio deverá se
realizado no cubículo do tanque principal e os resultados não devem ser inferior a 1 MΩ.

7.12. Motores

7.12.1. Inspeção

7.12.1.1.
Devem operar livremente, sem ruídos ou vibrações. Verificar seu aquecimento, qualquer anormalidade deve
ser investigada.

7.12.1.2.
Nos motores externos, como os dos ventiladores, deve-se verificar a blindagem contra penetração de água,
poeira ou qualquer agente que possa danificar sua parte ativa. Sua carcaça e demais partes expostas à
intempérie devem ser pintadas sempre que apresentarem sinais de oxidação.

7.12.1.3.
Verificar se as tensões de alimentação estão equilibradas nas três fases.

7.12.1.4.
Verificar se as correntes de alimentação estão equilibradas nas três fases; um desequilíbrio superior a 5%
deverá ser investigado.
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7.12.2. Medição da Resistência de Isolamento do Motor

7.12.2.1. Medida no Motor


Desconectar a fiação que liga o motor até o cubículo do tanque principal, retirar a tampa de proteção dos
terminais do motor e utilizando MEGGER de 500 V medir o isolamento entre fases e entre fases e terra. Os
resultados não devem ser inferior a 1 MΩ.

7.12.2.2. Medida no Cubículo do Tanque Principal


Idem ao descrito para a Válvula de Alivio item 7.11.2..

7.12.3. Medição da Resistência Ôhmica

7.12.3.1. Medida no Motor


Desconectar a fiação que liga o motor até o cubículo do tanque principal, retirar a tampa de proteção dos
terminais do motor e utilizando uma ponte de WHEATSTONE medir a resistência ôhmica dos enrolamentos.

7.12.3.2. Medida no Cubículo do Tanque Principal


O ensaio também poderá ser realizado a partir do cubículo do tanque principal. Neste caso deverá ser
levado em consideração, a resistência ôhmica da fiação que liga o cubículo do tanque principal até o motor.

7.12.4. Alarme de Operação do Disjuntor


Após a operação do alarme, no cubículo comum, tentar religar o disjuntor e se não conseguir adotar os
seguintes procedimentos para verificar a provável causa da falha:

7.12.4.1.
Verificar o ajuste do relé térmico do disjuntor, presença de água ou umidade nos bornes do motor.

7.12.4.2.
Medir isolação do motor e do circuito de alimentação do motor.

7.12.4.3.
Medir a corrente de operação do motor, comparar com a corrente indicada nos dados de placa do motor e
verificar se as correntes estão equilibradas.

7.12.4.4.
Verificar se as tensões de alimentação estão equilibradas nas três fases.

7.12.4.5.
No caso de motor para bomba de circulação do óleo verificar se a bomba opera livremente.

7.13. Fiação

7.13.1.
Verificar a fiação quando ao estado de isolação. A isolação de borracha é atacada pelo óleo isolante, que a
dissolve, formando pontos vulneráveis a curto-circuito.

7.13.2.
Verificar, utilizando MEGER de 500V, a isolação entre fases e entre fase e terra de toda a fiação: acessório/
cubículo do tanque principal/ cubículo individual/ cubículo comum. Os resultados não devem ser inferior a 1
MΩ.
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7.14. Sistemas de Comando, Terminais e Contatores

7.14.1.
Verificar as chaves de comando e contatores com relação a contatos e firmeza das ligações. Os contatos
devem ser limpos e se apresentarem sinais de corrosão devem ser recuperados ou substituídos.

7.14.2.
As ligações dos blocos terminais devem estar bem apertadas. Qualquer sinal de oxidação ou aquecimento
deve ser investigado, eliminando-se a causa.

7.14.3.
Observar a existência de ruídos magnéticos de contatores e chaves magnéticas.

7.14.4.
Os contatos devem fechar firmemente, sem ruídos ou vibrações excessivas.

7.14.5.
Verificar com termovisor ou termômetro com infravermelho a existência de ponto quente.

7.15. Secador de Ar (Sílica-Gel)

7.15.1. Inspeção

7.15.1.1.
Verificar as gaxetas e o visor, quanto a correta vedação.

7.15.1.2.
Verificar se há admissão anormal de ar.

7.15.1.3.
Verificar se o nível de óleo está correto e o óleo limpo.

7.15.1.4.
Verificar se a sílica gel esta no estado ativo, ou saturada. Quando estiver saturada deverá ser substituída
(Figura 27)19.

Figura 27 - Saturação da Sílica Gel - 0 A 80% de umidade

19
Quando for utilizada a sílica gel de cor azul esta deverá ser substituída quando estiver com a cor roxeada.
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7.15.2. Substituição da Sílica Gel

7.15.2.1.
Retirar o recipiente de óleo localizado na parte inferior do secador.

7.15.2.2.
Retirar a parte inferior juntamente com o cilindro de vidro que contém grãos.

7.15.2.3.
Lavar e secar o recipiente com um dissolvente adequado e colocar grãos de sílica gel novo.

7.15.2.4.
Fazer a montagem em sentido inverso ao da desmontagem, cuidando para que as juntas vedem
perfeitamente a entrada de ar no reservatório sem passar pela sílica gel.

7.15.2.5.
Limpar e secar o reservatório de óleo e enchê-lo até a marca indicada no cilindro com óleo isolante novo e
seco.

7.16. Termômetro Indicador da Temperatura

7.16.1. Aferição

7.16.1.1.
Desconectar os cabos de interligação do dispositivo ao cubículo comum.

7.16.1.2.
O ensaio de aferição é feito mergulhando-se o bulbo do termômetro sob ensaio num recipiente com óleo,
dentro do qual também é colocado um termômetro aferido, considerado como padrão de referência, que
deve ser mantido próximo ao bulbo do termômetro sob ensaio.

Termômetros de mercúrio ou de álcool em geral conduzem a resultados errôneos devido a diferença de


velocidade de resposta, a menos que se utilize uma cuba especial com estabilização de temperatura.

7.16.1.3.
Aquecer o óleo do recipiente (utilizando um ebulidor de 500W), agitando-o constantemente para
uniformização da temperatura.

7.16.1.4.
Após a estabilização da temperatura, anotar a leitura do termômetro sob ensaio, comparando-a com a leitura
do termômetro de referência. Admiti-se uma tolerância de ± 2°C ao longo da escala.
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7.16.2. Ajustes

7.16.2.1.
Retirar a tampa do termômetro, girar a haste que movimenta o ponteiro indicador de temperatura até atingir
a temperatura de acionamento dos dispositivos de resfriamento (ventiladores e bombas) e de proteção
(alarmes). Anotar a temperatura em que os contatos atuam, verificar se os alarmes correspondentes foram
acionados no cubículo comum e se houve a partida dos ventiladores e bombas do sistema de resfriamento.

7.16.2.2.
Deixar a haste que movimenta o ponteiro indicador de temperatura livre e verificar em que temperatura os
dispositivos de resfriamento foram desligados. Anotar a temperatura em que estes contatos atuam e verificar
se os alarmes correspondentes foram desativados no cubículo comum e se as bombas e ventiladores foram
desligadas .

7.16.2.3.
Ajustar, se necessário, ver Tabela 15.

Ventilador
Bomba de óleo Alarme de Alarme de
Termômetro 1° Estágio 2° Estágio
Advertência Urgência
Liga Desliga Liga Desliga Liga Desliga
Óleo - - - - - - 85°C 95°C
Enrolamento 80°C 70°C 85°C 75°C 85°C 75°C 105°C 120°C
Tabela 15 - Temperatura de Operação dos Termômetros

7.16.2.4.
Repetir este procedimento para todos os termômetros.

7.16.2.5.
É importante verificar se os ventiladores e bombas do sistema de resfriamento entram em operação na
sequência correta quando seus contatos são acionados. Se algum ventilador ou bomba não entrar em
operação quando acionados deverá atuar no cubículo comum alarme de bomba e/ou ventilador inoperante.

7.16.2.6
Não deverá haver diferenças de temperatura superior a 10°C entre as fases quando o transformador estiver
em funcionamento.

Figura 28 - Termômetro Indicador de Temperatura Figura 29 - Detalhes do Ajuste dos Alarmes


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7.16.3. Medição da Resistência de Isolamento

7.16.3.1.
Por medida de segurança antes de realizar o ensaio desconectar a fiação de interligação do cubículo do
tanque principal para o cubículo Individual.

7.16.3.2.
Medir o isolamento entre fases e entre fases e terra utilizando MEGGER de 500V. O ensaio deverá se
realizado no cubículo do tanque principal e os resultados não devem ser inferior a 1 MΩ.

7.17. Dispositivo de Potencial de Bucha - BPD (BUSHING POTENCIAL DEVICE)

7.17.1. Medidas de Resistência de Isolamento do Transformador Principal

7.17.1.1. Execução dos Ensaios


a) Ajustar o MEGGER (5 kV) de acordo com o manual de instruções do fabricante.

b) Curto-circuitar individualmente cada um dos enrolamentos (primário e secundário).

c) Selecionar a tensão de teste em 1kV.

d) Conectar o MEGGER de acordo com a Tabela 16 e Figuras 30, 31 e 32.

Conexões dos Terminais do MEGGER


Teste LINE EARTH GUARD Parte Medida
Energia (Terra) (Guarda)
1 Primário Secundário Terra Primário - Secundário
2 Primário Terra Secundário Primário - terra
3 Secundário Terra Primário Secundário - Terra
Tabela 16 - Conexões do MEGGER para testes de isolamento

1
BOB . ACOPLAMENTO

2
SECUND ÁRIO
PRIMÁRIO

G L E

Figura 30 - Primário contra secundário com GUARD aterrado


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BOB . ACOPLAMENTO
2

SECUND ÁRIO
PRIMÁRIO
3

G L E

Figura 31 - Primário contra terra com secundário em GUARD

1
BOB . ACOPLAMENTO

2
SECUND ÁRIO
PRIMÁRIO

G L E

Figura 32 - Secundário contra terra com primário em GUARD

e) Desconectar os capacitores auxiliares.

f) Aplicar a tensão de ensaio e anotar os valores de isolamento aos 15”, 30” e 45” e 1’, 2’, 3’ e assim
sucessivamente até 10 minutos.

g) Anotar a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar.


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7.17.2. Medidas de Resistência de Isolamento do Transformador de Ajuste

7.17.2.1. Execução dos Ensaios


a) Ajustar o MEGGER de acordo com o manual de instruções do fabricante.

b) Curto-circuitar individualmente cada um dos enrolamentos na barra de terminais (primário, secundário e


terciário).

c) Desconectar os capacitores auxiliares.

d) Aplicar a tensão de ensaio (500V) e anotar os valores de isolamento: primário contra secundário, primário
contra terciário, primário contra terra, secundário contra terciário, secundário contra terra e terciário contra
terra.

7.17.3. Medidas de Resistência Ôhmica


A resistência ôhmica dos enrolamentos deve ser medida no primário e em todas as derivações secundárias
com uma ponte de WHEATSTONE ou KELVIN.

7.17.4. Ensaios de Relação de Transformação

7.17.4.1.
Utilizar o MRT ou TTR para execução dos ensaios.

7.17.4.2.
Efetuar os ensaios para cada derivação secundária atuando nos ajustes médio e fino (SW1, SW2 e SW3).

7.17.4.3.
Antes da execução dos ensaios verificar se os capacitores auxiliares estão desconectados.

7.17.4.4.
Calcular o erro através da fórmula abaixo:

Erro (%) =
(Rc - Rt ) x 100
Rc
Rc = Relação Calculada
Rt = Relação obtida no ensaio

7.17.4.5.
O ensaio também poderá ser realizado aplicando uma tensão no transformador principal e medindo as
tensões secundárias. Calcular o erro conforme item acima.

7.17.5. Medida da Capacitância


Utilizando uma ponte medir as capacitâncias dos capacitores de ajuste e do capacitor auxiliar (C3).
Comparar o resultado encontrado com os valores indicados no capacitor.

8. Referências
Manual Técnico de Campo, Módulo 02.01.ZZZ.00/R4 (Transformador)
Manutenção Elétrica Industrial (Angel Vázques Morãn, Editora Ícone)
Manutenção de Transformadores em Líquido Isolante (Milan Milasch, Editora Edgard Blucher)

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