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1- INTRODUÇÃO 3
2- PASSADO DO TAYLORISMO 4
5- CONCLUSÃO 11
6- BIBLIOGRAFIA 12
ÍNDICE DE IMAGENS
ÍNDICE DE TABELAS
1- INTRODUÇÃO
2- PASSADO DO TAYLORISMO
Taylor desenvolveu novas técnicas, fez com que os operários aumentassem a sua
eficiência e especialização, dividiu o trabalho e limitou cada operário à realização de uma única
tarefa de forma repetitiva e contínua.
Nos finais do século XVIII é lançada uma obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações,
que consistia num estudo realizado numa fábrica de alfinetes. Com o estudo foi possível concluir
que se uma tarefa for dividida por várias pessoas a produção será maior, visto que cada
trabalhador é especializado na sua área. Um século depois do lançamento da obra de Adam
Smith, Taylor apoiou-se neste estudo e efectuou um processo parecido na empresa onde
trabalhava. Frederick estudou de modo pormenorizado os processos industriais de modo a dividi-
los de maneira simplificada e mais organizada. Segundo o mesmo, todas as tarefas podem ser
discutidas de forma a determinar a melhor forma a serem realizadas.
O Taylorismo não foi apenas um estudo, uma vez que teve impacto na produção industrial
de todo o mundo. Muitas foram as fábricas aderiram às técnicas Tayloristas, de modo a
rentabilizar ao máximo a sua produção. Os empregados eram muito controlados de forma a
assegurar que o trabalho fosse finalizado de forma eficaz, de acordo com as especificações
estabelecidas a partir do estudo acima referido. Foi ainda introduzido um sistema de remuneração
de modo a incentivar os trabalhadores. Os seus salários eram deferidos de acordo com as taxas
de produtividade. Taylor deu pouca atenção aos resultados dessa eficiência, uma vez que uma
produção em série necessita de mercados em massa.
Esta teoria foi excessivamente criticada nos meios operários, que a acusaram de estar na
origem da fadiga, do excesso e da monotonia de tarefas. O taylorismo provoca o automatismo,
diminui a qualificação profissional, favorece o desemprego, aumenta a duração do trabalho e,
consequentemente a diminuição os salários. Tal crítica decorre no filme “Tempos Modernos” de
Charlie Chaplin. Todavia, devem-se a Taylor indicações lúdicas sobre a preparação do trabalho e
ainda investigações sobre diversos aspectos da actividade industrial que ainda se mantêm actuais.
Taylor, defendia que não compete ao trabalhador planear o seu trabalho ou discutir as
orientações que lhe foram dadas, mas simplesmente executar as tarefas de uma forma
disciplinada.
A obra de Taylor “Princípios da Administração Científica” tem por base alguns princípios:
Princípio da Remuneração
- O salário definido consoante o trabalho que cada operário faz, sendo que o que mais
trabalho realiza e com melhor qualidade ao longo do período de trabalho receberá um
salário melhor, para que o desempenho dos trabalhadores melhore e se torne competitivo.
São estabelecidos prémios e incentivos, para quando forem atingidas as metas estipuladas
de produção e incentivos maiores para quando se ultrapassar estas metas.
Neste princípio podemos verificar a aplicação de uma racionalização do trabalho, pois as
vantagens que resultam do aumento da produção são divididas proporcionalmente entre a
empresa, os accionistas, os trabalhadores e os consumidores.
Princípio da Excepção
- Taylor criou um sistema de controlo operacional bastante simples e que se baseava não
no desempenho médio, mas na verificação da excepção ou desvios dos padrões normais.
Noutros termos, tudo o que ocorre dentro dos padrões, ou seja, as excepções, para corrigi-
las adequadamente. Desta forma, tanto os desvios positivos quanto negativos que fugissem
dos padrões normais deveriam ser rapidamente identificados e localizados para a devida
tomada de providências. Daí o princípio da excepção, segundo o qual as decisões mais
frequentes devem reduzir-se à rotina e delegadas aos subordinados, deixando os problemas
mais sérios e importantes para os superiores. O princípio da excepção é um sistema que
apresenta os seus dados somente quando os resultados efectivamente verificados na
prática divergem ou se distanciam dos resultados previstos em algum programa.
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Tabela 1 - Princípios da Administração Científica
O filme “Tempos Modernos”, elaborado por Charlie Chaplin (1936), ilustra a grande
depressão de 1929-1941, período marcado pelo desemprego em massa e pela queda acentuada
do produto interno bruto em decorrência do declínio da produção industrial e dos preços das
acções, subsequente à fractura da Bolsa de Nova Iorque em 1929.
No filme podemos observar o forte controlo por parte da gerência (o presidente), este
encontrava-se numa sala isolada envolto por um sistema de vídeo e som, onde observava tudo o
que se passava na fábrica e transmitia a informação que achasse pertinente, este é um dos
princípios do taylorismo, o controlo acentuado dos operários.
A velocidade do trabalho não era conduzida pelos trabalhadores, mas sim por um técnico
que operava um mecanismo de controlo automático do processo de produção, ficando os
trabalhadores dependentes da velocidade de trabalho que o gerente definia e que o técnico
aplicava. Muitas vezes a velocidade tornava-se humanamente impossível de acompanhar.
À frente dos operários passava uma esteira que definia a acção que cada iria
desempenhar, as acções eram constituídas por movimentos simples e repetitivos o que é visível
na imagem 1.
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Tabela 1 – Os princípios descritos foram adaptados a partir do site www.scribd.com/doc/272091/A-Obra-
de-Taylor-Principios-da-Administracao-Cientifica
Universidade de Aveiro – Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Águeda
Gestão Publica de Autárquica – 1º Ano, 1º Semestre 7
Introdução à Gestão 2009
Passado, presente e futuro do Taylorismo
À volta dos operários, existiam supervisores que controlavam o ritmo e a adequação das
tarefas, eliminando as ocorrências externas que pudessem atrapalhar o trabalho. São
responsáveis pelas “relações humanas” no trabalho, o supervisor chega a intervir numa discussão
entre Chaplin e o seu colega de bancada.
Assim podemos considerar que os operários que trabalhavam na esteira eram vistos como
complementos da máquina, os supervisores e o gerente ocupavam a função de cérebros,
controlando todo o processo, sendo possível identificar o princípio de selecção do taylorismo.
Este tipo de trabalho, como se pode verificar no filme, causa uma grande pressão nos
trabalhadores e stress. Chaplin, numa das suas pausas após ter parado o trabalho (apertar
parafusos), continuava a fazer os mesmos movimentos, já fora do contexto.
Também durante o filme é-nos apresentada uma máquina alimentadora, com o intuito de
que os trabalhadores não perdessem tempo com a hora de almoço. Segundo o taylorismo os
trabalhadores não precisavam de “saber-saber” mas sim “saber-fazer”, logo era possível almoçar e
trabalhar ao mesmo tempo, visto que o trabalho efectuado consistia em movimentos simples e
requeriam pouca concentração. Em suma, o gerente da fábrica achou que a máquina não era
prática, a practicidade era um aspecto importante pois quanto mais prático fosse, mais tempo se
poupava.
Após o almoço é aumentada a velocidade das máquinas para o máximo das capacidades
dos trabalhadores e Chaplin é engolido por uma máquina, uma metáfora de como as máquinas
tinham a capacidade de absorver completamente o ser humano, de como se tornavam mais
importantes que ele, aqui reside uma crítica ao taylorismo e à desvalorização do homem.
Após ser liberto da máquina Chaplin enlouquece e vai para um hospício, devido à carga
de trabalho e ao descontentamento por ele sentido, este caso ilustra o clima sentido por muitos
trabalhadores.
Tal como Chaplin refere, a procura da felicidade era não encontrada na fábrica, era uma
constante.
Hoje em dia um trabalhador não ocupa apenas uma função, mas sim, um conjunto de
funções tornando-se mais polivalente e menos especializado. Ao contrário dos tempos passados
os trabalhadores são valorizados humanamente e intelectualmente. Agora a satisfação e
motivação dos trabalhadores é apreciada. Após vários estudos, verificou-se que um trabalhador
motivado produzia mais e melhor, ou seja, produtos com mais qualidade. No passado as tarefas
eram estritamente simplificadas e no presente/futuro tendem a ser mais complexas, pois os
trabalhadores para além de “mãos” também são “cérebros”.
Uma das falhas da teoria apresentada é a alienação ao meio exterior à empresa, isto é,
para que esta seja bem sucedida é necessário não só analisar o ambiente interno como defende
Taylor, mas também o ambiente externo, assim, é possível avaliarmos todos os riscos e
oportunidades.
A teoria de Taylor é aplicada em grandes empresas dos dias de hoje, como alguns
Franchising, empresas de atendimento ao público, fast-foods como o Mcdonald’s.
5- CONCLUSÃO
O taylorismo constitui a base de toda a gestão, embora nos dias de hoje não esteja
presente no seu formato original, isto é, ao longo dos tempos foi adaptado á economia
presente.
Para o compreendermos, é necessário conhecer os seus princípios entre eles
destacamos o princípio do planeamento, da execução, do controlo e da selecção.
O visionamento do filme “Tempos Modernos “- de Charlie Chaplin foi um recurso
importante para a compreensão do trabalho organizado cientificamente.
A obra de Taylor foi essencial para o desenvolvimento da economia moderna, inspirando
muitos autores. Ao longo do trabalho tentamos contra-balançar as vantagens e as
limitações desta teoria.
Visto que é um tema abrangente, esperamos ter alcançado os objectivos proposto pelas
Docentes das disciplinas de Introdução à Gestão e Técnicas de Expressão Oral e Escrita.
Deparamo-nos com alguma dificuldade em encontrar obras relacionadas com o presente
e futuro do taylorismo, como se encontra tão enraizado nos modelos de gestão actuais
existem poucas referências da sua prática, optamos pela leitura de várias obras e sites,
fazendo assim uma compilação de toda a informação que consideramos pertinente.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Obras consultadas:
RODRIGUES, Joaquim Vicente; CAMERA, Pedro B.; GUERRA, Paulo Balreira (2001) -
Humanator – Recursos Humanos & Sucesso Empresarial, Lisboa, 6ª Edição, colecção “
Gestão e Inovação” e Série “Ciências de Gestão”.
CUNHA, Miguel Pina; REGO, Arménio; CUNHA, Rita Campos; CABRAL, Carla (2007) –
Manual de Comportamento Organizacional e Gestão, Lisboa, Editora RH, 6ª Edição,
ISBN: 978-972-8871-16-1
Sites Consultados:
www.scribd.com/doc/272091/A-Obra-de-Taylor-Principios-da-Administracao-Cientifica
(10 de Dezembro de 2009)
www.scribd.com/doc/406402/Taylor-Superstar
(10 de Dezembro de 2009)
www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/cab3f008df2e175e03256d110062efc4/c9e5fc
7934d9146003256d520059b317/$FILE/260_1_Arquivos_adm.pdf
(10 de Dezembro de 2009)
Filmes