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RECOMENDAÇÕES DE CONTROLE
AMBIENTAL PARA PRODUÇÃO DE CACHAÇA
Vitória
2001
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SUMÀRIO
1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................... 3
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 28
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1 APRESENTAÇÃO
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2 UM POUCO DE HISTÓRIA
A aguardente, então, foi da Europa para o Oriente Médio, pela força da expansão do Império
Romano. Foram os árabes que descobriram os equipamentos para a sua destilação,
semelhantes aos que conhecemos hoje. Eles não usavam a palavra “al kuhu” e sim “al
raga”, originando o nome da mais popular aguardente da Península Sul da Ásia: o Arak, que
é uma aguardente misturada com licores de anis e degustada com água.
Num engenho da Capitania de São Vicente, entre 1532 e 1548, foi descoberto o vinho de
cana-de-açúcar (garapa azeda), originário dos tachos de rapadura que ficavam ao relento,
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em cochos de madeira, para alimentar os animais. Os Senhores de Engenho passaram a
servir o tal caldo, denominado cagaça, aos escravos. Daí, rapidamente passou-se à
destilação da cagaça, nascendo então a cachaça.
A cachaça era inicialmente reservada aos escravos, que nos engenhos do Nordeste
brasileiro era bebida na primeira refeição do dia, a fim de que pudessem suportar melhor o
trabalho árduo dos canaviais. Com o passar do tempo, e com a instalação da Corte
Portuguesa no Brasil, ela se tornou a bebida dos “brasileiros”.
Dos meados do Século XVI até a metade do Século XVII, as "casas de cozer mel", como
está registrado, se multiplicavam nos engenhos. A cachaça tornou-se moeda corrente para
compra de escravos na África. Alguns engenhos passaram a dividir a atenção entre o
açúcar e a cachaça.
Atualmente, em pleno Século XXI, a cachaça não é mais apenas bebida de pessoas
simples; é de rico também. Não é só de brasileiros, mas é também apreciada no exterior. Se
não vai pura, é servida em drinques como a caipirinha e nas batidas.
Há, por exemplo, registro do embarque, em 1826, pelo Porto de São Mateus, de 200 pipas
de cachaça, e de 166 pipas em 1827.
Atualmente, existem no Espírito Santo pouco mais de uma centena de fábricas e cerca de
duas dezenas de empresas engarrafadoras ou padronizadoras de cachaça registradas no
Ministério da Agricultura, através da Delegacia Federal de Agricultura. Estima-se, porém, em
mais de 300 o número total de produtores em atividade (grande parte na informalidade),
sendo que as maiores concentrações encontram-se nas regiões de Cachoeiro do
Itapemirim, Castelo, São Roque do Canaã e Nova Venécia.
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A indústria da cachaça no Espírito Santo, devido às suas características, tem a sua
produção fortemente ligada ao setor agrícola, sendo a maioria das fábricas instalada em
áreas rurais. Há, neste Estado, fabricantes de aguardente de cana industrial, produzida em
grandes volumes (até 15.000 litros/dia) e de cachaça de alambique, cuja produção varia de
10.000 até 100.000 litros/ano.
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8. Promoveu-se uma aproximação dos produtores capixabas junto aos centros mais
desenvolvidos e qualificados de produção e de tecnologia, como os de Minas Gerais
(AMPAQ e Universidade Federal de Viçosa);
9. Os produtores, através das suas cooperativas e da Associação Capixaba os
Produtores de Cachaça de Qualidade (a ACAPEQ, criada em setembro 2000),
passaram a participar da recém criada FENACA – Federação Nacional das
Organizações Estaduais de Produtores de Cachaça de Alambique, ensejando uma
divulgação nacional da cachaça capixaba;
10. Os produtores começaram-se a receber informações técnicas sobre design, com
auxílio do Centro de Artes da UFES.
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4 ASPECTOS GERAIS DO CULTIVO DA CANA-DE-AÇÚCAR
De uma maneira geral, a cana-de-açúcar se adapta a uma ampla faixa de clima, desde as
latitudes 35º N a 30º S, sendo normalmente plantada em altitudes de até 1.000m em relação
ao nível do mar.
No Brasil, a cana-de-açúcar é cultivada em todos os Estados, sendo que em São Paulo se
concentra a maioria das lavouras (mais de 40%). Em seguida vem os Estados de
Pernambuco, com 20% e Alagoas, com 17%. Minas Gerais e Rio de Janeiro têm, juntos,
15% da área plantada.
A cana-de-açúcar é uma planta semi-perene (de vida útil limitada). No início do seu
desenvolvimento vegetativo, necessita de períodos alternados de intensa umidade e
temperaturas elevadas. Sem essas condições a produção é reduzida. A melhor temperatura
situa-se entre 30 e 34°C. Abaixo de 20°C e acima de 35°C, o crescimento é muito lento e
além de 38°C é nulo. Somente quando cessa seu crescimento vegetativo é que o teor de
açúcar começa a se elevar, fato que ocorre quando a temperatura abaixa e diminui a
disponibilidade de água.
O índice pluviométrico anual mínimo exigido para o cultivo da cana é de 1.200 mm, com
chuvas bem distribuídas. A preparação do terreno é um dos suportes básicos para um bom
rendimento da cultura de cana. O solo deve ser leve, sem excesso de umidade, rico em
matéria orgânica e minerais. Solos pesados, argilosos e mal drenados são limitantes para o
seu cultivo. Para a formação dos canaviais são preferíveis os solos aluviais, localizados nas
baixadas, planos, profundos, porosos e férteis. Solos ácidos ou salinos são limitantes. Por
ocasião do plantio e anualmente é recomendado fazer a análise do solo. Alguns
pesquisadores indicam o seu cultivo em solo com reação próxima à neutralidade (pH = 7,0).
Entretanto, a cana se desenvolve bem em solos de pH 5,5 a 6,5, sendo que a correção é
exigida em casos dos solos mais ácidos. A adubação fosfatada deve ser feita na cova de
plantio, enquanto a potássica é indicada em cobertura após o pegamento das mudas. A
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fonte de nitrogênio pode ser a mineral ou originada da simbiose com bactérias fixadoras. No
primeiro caso, ela deve ser adicionada junto com o potássio. No segundo caso, a inoculação
se dá nos primórdios do desenvolvimento da planta, por um processo ainda em pesquisa na
EMBRAPA. Por ocasião da adubação, se possível, deve-se incorporar os adubos a 10 cm
de profundidade. Em áreas onde se utiliza o vinhoto como fonte de nutrientes, pode-se
reduzir ou até mesmo suprimir a adubação potássica e nitrogenada.
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Nos canaviais irrigados, a produtividade pode ser superior a 100 toneladas por hectare,
sendo conveniente fazer a rega à noite, quando, em geral, os ventos são mais fracos, não
há sol (que eleva a evapotranspiração), possibilitando, assim, o menor consumo de água e,
conseqüentemente, menor consumo de energia. É recomendada a reutilização de águas
das unidades industriais de modo a reduzir a captação de água dos mananciais.
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5 PROCESSOS DE PRODUÇÃO
• o corte deve ser feito rente ao solo, possibilitando uma rebrota mais eficiente
e com plantas mais resistentes, aumentando a longevidade do canavial;
• tanto no corte manual como no mecânico, a limpeza deve ser uma
preocupação constante, visando a obtenção de um caldo rico em açúcar e livre de
impurezas;
• a cana deve ser cortada madura, devendo ser colhida somente após atingir o
ponto mínimo de maturação, em torno de 18º Brix;
• a matéria-prima deve ser moída no mesmo dia do corte, não devendo ficar
estocada por mais de 36 horas (tanto no canavial quanto na fábrica). Nas primeiras 24
horas após o corte, normalmente, não são verificadas grandes perdas. Mas com o passar
do tempo, as perdas de açúcar são muito grandes. Para a cana queimada no campo por
ocasião da colheita a deterioração é maior e mais rápida;
• apesar de destinada a facilitar a colheita da cana-de-açúcar, a prática de
queimar os canaviais é um fator prejudicial à qualidade da cachaça e ao meio
ambiente. Tal procedimento acelera a inversão da sacarose em glicose e frutose. Além
disso, acarreta o acúmulo de cinzas nas dornas de fermentação, interferindo
negativamente no processo de fermentação e alterando substancialmente o paladar da
aguardente, diminuindo a qualidade do produto. Essa prática, ainda, elimina grande
parte da matéria orgânica (nutrientes) presente no solo, empobrecendo-o
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gradativamente, polui o ar através do lançamento de cinzas e fuligem no ar, perturbando
populações vizinhas.
• o depósito da cana deve ser feito em local limpo, em piso de cimento ou
similar, coberto, protegido contra sol e chuva, e fresco, para evitar perda de água por
transpiração.
• a demora no transporte e moagem da cana cortada, especialmente nos
períodos úmidos e quentes, aumenta a perda de açúcar, favorecendo a formação de
inibidores da fermentação.
5.2 Moagem
Moagem é o ato de se extrair o caldo existente nos colmos da cana-de-açúcar que, em
geral, apresenta de 85 a 92% de caldo e de 8 a 15% de fibras. Na cana madura, o caldo
possui de 75 a 82% de água e de 18 a 25% de açúcares, sendo que de 16 a 23%
constituídos de sacarose (constituinte básico do açúcar cristal e refinado) e
aproximadamente 2% de glicose e frutose. Como há vários tipos de equipamentos de
moagem, também varia a eficiência de obtenção do caldo neste processo. O rendimento de
extração média observada no Espírito Santo é de 550 litros de caldo para uma tonelada de
cana. Este rendimento é muito baixo, e representa um perda considerável para os
produtores.
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Na operação de moagem, a assepsia (limpeza) dos equipamentos e instalações constitui
prática indispensável. As moendas, coadores, os tanques de decantação e de recepção,
assim como as tubulações devem ser lavados com abundância de água potável, água
quente ou vapor. Essa operação diminui as possibilidades de infecções (contaminação do
mosto), capazes de prejudicar a fermentação do caldo e, conseqüentemente, a qualidade
do produto. Para melhorar o rendimento do processo, é conveniente embeber o bagaço com
água potável e submetê-lo a uma nova compressão.
Cana crua que chega limpa da lavoura não necessita ser lavada.
Recomenda-se que o corte, no caso de cana crua, só aconteça se ela for moída e
processada (fermentada e destilada), no máximo, até o dia seguinte. Neste caso, se não se
trabalha aos sábados, a cana não deve ser cortada na sexta-feira anterior.
A água de lavagem da cana (500 litros/tonelada de cana) deve ser reciclada (recuperada),
sendo parcialmente complementada com água “nova”.
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impurezas nas dornas de fermentação, deve-se filtrar o mosto, por meio do uso de telas e
de um pequeno tanque de decantação.
2- Efluentes:
a) Água utilizada na lavagem da cana antes da moagem. Quando produzido em
grandes quantidades, esse efluente terá que sofrer um processo de tratamento, que
consiste na decantação dos sólidos constituídos sobretudo de solo, carvão e cinzas e
filtração de restos vegetais que normalmente ficam em suspensão. Em seguida, pode
ser reutilizada no processo de lavagem.
b) Água utilizada na assepsia da moenda, coadores, tanques de decantação e recepção
e tubulações. Um destino apropriado é seu lançamento no tanque de vinhoto.
c) Óleo/graxa utilizados na manutenção da máquina de moagem (moenda). Devem ser
armazenados em tambores, para envio a empresas que realizam o
reaproveitamento/reciclagem deste resíduo.
5.3 Fermentação
Mosto é o nome que se dá ao caldo de cana que receberá a adição de fermento (pé-de-
cuba). A substância mais importante no mosto é o açúcar, pois é ele que será transformado
em álcool durante a fermentação. O açúcar existente no caldo é que vai ser desdobrado
pelos microrganismos (leveduras) contidos no fermento para produzir o álcool.
A dorna é onde ocorre a fermentação. Recomenda-se que ela deve ser de aço inoxidável,
para facilitar o controle da temperatura de fermentação, possibilitando obter-se um fermento
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de melhor qualidade, aliado aos fatores limpeza e durabilidade. Além de dornas de aço, são
encontradas de fibra de vidro, de alvenaria e de madeira. Normalmente, a opção por um
material depende de fatores, como tradição regional e disponibilidade de recursos materiais
e financeiros. As dornas de alvenaria são geralmente revestidas de ardósia ou cerâmicas,
porém por serem materiais que esfriam com facilidade, na época do inverno prejudicam a
fermentação.
Quanto ao formato, as dornas cilíndricas são as mais recomendadas, uma vez que ocupam
menor espaço nas salas de fermentação. O fundo da dorna deve ser cônico, com registro
(válvula) para esgotamento do pé-de-cuba, além de facilitar a sua limpeza.
O tamanho das dornas está relacionado ao volume do caldo a ser destilado (“alambicado”).
O volume de pé-de-cuba ou fermento deve corresponder a 20% do volume útil da dorna,
podendo ser ajustado, através de uma bóia, conforme a necessidade. As dornas deverão
apoiar-se em suportes que as afastem, no mínimo, cerca de 80cm do solo, devendo ser
separadas das demais e das paredes por espaços que permitam a lavagem e limpeza
adequada do local.
De um modo geral, a capacidade total de dornas deve ser de 15 vezes a “litragem” (volume)
diária de aguardente produzida. Nas pequenas fábricas, é recomendado destilar-se
(“alambicar”) o conteúdo de cada dorna de uma só vez.
A fermentação é dita artesanal quando acontece de forma natural, a partir da cana moída. O
tempo indicado para a fermentação completa é de 24 horas.
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Na fermentação principal o mosto modifica-se progressiva e visivelmente: as bolhas
formadas inicialmente se avolumam e ocupam grande parte do espaço vazio da dorna,
chegando a derramar se o enchimento for feito além dos limites usuais (falta de controle do
volume/quantidade do pé-de-cuba).
A fermentação ideal ocorre com o mosto numa concentração de açúcares em torno de 15º
Brix. Normalmente, o caldo apresenta uma concentração de açúcares de 14º a 22º Brix.
Acima de 15º Brix, é necessário diluir o caldo de cana utilizando água potável, para que a
estabilidade do fermento seja mantida ao longo de todo o processo de fermentação. Para
entender a quantidade de água potável a ser adicionada em função do grau Brix do caldo,
consulte o Quadro 2. O pH desejável do caldo a ser fermentado situa-se entre 4,0 e 5,0. Já
o caldo da cana madura pode estar entre 5,0 e 6,0, o que demonstra a necessidade de
aumento da acidez para se obter uma boa fermentação.
Quadro 1 - Quantidade de água potável a ser adicionada a cada 100 litros de garapa para
redução do grau Brix para 14.
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Grau de açúcar da garapa (°Brix) Volume (litros) de água a adicionar
17 21
18 28
19 35
20 42
21 50
22 57
23 64
5.4 Destilação
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GL), correspondendo a 19,85 a 20,47º Cartier. A porcentagem em volume representa a
porcentagem de álcool em volume na cachaça.
os produtos de uma destilação são divididos em três frações (partes), de acordo com a
seqüência que são produzidos: “cabeça”, “coração” e “cauda”. Os destilados de
“cabeça” e de “cauda” são os principais responsáveis pela “ressaca” e dor de cabeça,
devendo ser, portanto, eliminados. Os produtos de “coração” são a melhor fração do
destilado.
1) VINHOTO
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superficiais. Por isso, não é admissível que seja disposto de forma inadequada, sendo
recomendado, tecnicamente, seu reaproveitado como fertilizante do solo.
O tanque de vinhoto deverá estar afastado pelo menos 50 metros de cursos d’água
naturais, e protegido por dique de contenção (de terra), de capacidade pouco superior à do
tanque de vinhoto, para que, em caso de acidente com o tanque, não haja risco de
contaminação dos cursos d’água pelo vinhoto.
1 tonelada de cana com 18o Brix gera, em média, os seguintes produtos e resíduos;
Comprimento: 1,00 m
Largura: 1,00 m
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Altura: 1,00 m
Mas a aplicação deve ser feita de forma correta e ordenada pois, do contrário, pode
provocar danos irreparáveis aos ecossistemas. Além disso, o vinhoto fermentado pode ser
usado em outras culturas (diluído em média a 2%), como adubo foliar.
De poluente a energia: Uma tonelada de cana rende em média 240 quilos de bagaço,
quando seco ou desidratado. Esse montante de bagaço tem potencial para gerar 70
quilowatts/hora de energia elétrica, por meio de sua queima e transformação de energia
calorífica (em fornalhas) em energia mecânica (em caldeiras que produzem movimento em
geradores elétricos).
2) ÁGUAS RESIDUAIS
A água utilizada em todo o processo de limpeza e lavagem da cana deve ter um tanque
específico de decantação.
Dimensões do tanque:
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Comprimento =1,0 0 m
Largura = 1,00 m
Altura = 0,80 m
2) Rótulos de papel, cortiça, tampinhas de garrafa, restos de cola, cacos de vidro etc.
3) CINZAS
São subprodutos resultantes da queima do bagaço de cana (previamente seco por dois a
três dias em área coberta) nas fornalhas dos alambiques de um terno (para alambiques
acima de dois ternos, a queima pode ser imediata). Na maioria das fábricas de cachaça, as
cinzas de bagaço são desperdiçadas. No entanto, é nela que está a maioria dos nutrientes
minerais que estavam no bagaço, com exceção de parte que volatilizou na queima. As
cinzas, mesmo vitrificadas por altas temperaturas (transformando-se em escória insolúvel),
podem ser moídas e aplicadas a solos de cultivo, contribuindo para a elevação da
produtividade.
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5.5 Envelhecimento
É a fase de repouso após a destilação. Sabe-se que a aguardente, logo depois de destilada,
ainda não está pronta para o consumo. Há necessidade de um período variável, de um a
dois meses de descanso, para completar a sua qualidade sensorial. Uma cachaça de boa
qualidade, torna – se melhor após o processo de envelhecimento em seu aspecto, na sua
côr e sabor, dando como resultado maior lucratividade. Antes de ser colocado no mercado,
o produto deve ser acondicionado em recipientes apropriados (aço carbono, aço inoxidável,
madeira, ou concreto revestido com parafina) em local fresco e bem protegido, evitando
temperaturas altas.
O envelhecimento é um processo de melhoria da qualidade e que confere valor à cachaça,
graças ao seu armazenamento em depósitos, por um período superior a doze meses. No
caso de recipientes de madeira (os preferidos para o envelhecimento), estes são
classificados como “barril”, quando o seu volume útil é menor do que 700 litros, e como
“tonel”, quando maiores do que 700 litros. Os barris ou tonéis de madeira devem estar
localizados em áreas com paredes espessas, arejadas (ventilação natural), com umidade
relativa entre 70% e 90%, temperaturas inferiores a 25°C, com pé direito maior que 5
metros, em ambiente isolado termicamente. A legislação atual só classifica como
“envelhecida” a cachaça armazenada em barris, e que forem lacrados pelo Ministério da
Agricultura.
Considera-se que dois anos é um bom período para o envelhecimento em barris, ainda que
a cachaça envelhecida por três anos seja melhor, não se justificando, entretanto,
envelhecimentos superiores a 36 meses, comercialmente.
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5.6 Engarrafamento
1) descrição do empreendimento;
2) localização do empreendimento;
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Documentos Necessários para requerimento da Licença Prévia (LP):
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1- Fluxograma do processo;
2- Lay-out do empreendimento;
4- Capacidade de produção;
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8- Desenho contendo a localização da(s) chaminé(s), indicando sua(s) dimensão(ões),
principais poluentes, eficiência dos equipamentos de controle da poluição do ar
(ciclones, multiciclones, filtros, precipitadores eletrostáticos, lavadores de gases etc).
Licença de Operação (LO) – É emitida após a instalação dos equipamentos e toda a infra-
estrutura necessária à operação do empreendimento, bem como a implantação dos
sistemas de controle de poluição hídrica, atmosférica e de resíduos sólidos, ruídos e
vibrações. Com esta Licença, o empreendedor poderá iniciar a operação de suas
atividades, devendo, porém, ter cumprido as condicionantes (exigências) no verso da
Licença de Instalação. O prazo de validade dessa Licença varia de 04(quatro) a 06(seis)
anos.
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4- Comprovante de recolhimento do valor da taxa correspondente ao Licenciamento
Ambiental.
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8. BIBLIOGRAFIA
RIBEIRO, José Carlos Gomes Machado. Fabricação artesanal da cachaça mineira. Belo
Horizonte: Perform, 1997.
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