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DANOS
Objetivos
• Conhecer os danos e suas prováveis causas.
2 Manual de DANOS
Índice
Conhecendo o pneu........................................................................ 04
Danos............................................................................................... 10
Formas de desgastes...................................................................... 20
Câmara de ar................................................................................... 28
Protetor........................................................................................... 30
Conselhos........................................................................................ 31
Manual de DANOS 3
Conhecendo o pneu
Diferenças entre pneu diagonal e radial
Diagonal
A carcaça diagonal
É composta de várias lonas têxteis, cruzadas entre si no
carcaça
sentido diagonal em relação ao centro do pneu.
A banda de rodagem
banda de
Não é estabilizada. A banda de rodagem é solidária aos rodagem
flancos; quando o pneu roda, todas as flexões do flanco
são transmitidas à banda de rodagem, provocando:
• Uma deformação da área de contato pneu/solo.
• Lixamento da banda de rodagem transversal com
o solo.
A carcaça radial
Radial
É composta de uma só lona de cabos de aço, dispostos
paralelos entre si, perpendiculares ao plano de rodagem do
pneu e orientados radialmente em relação ao centro do pneu. carcaça
A banda de rodagem
É estabilizada por uma cinta composta de várias lonas
banda de
também de cabos de aço. rodagem
Cada parte do pneu, flanco e banda de rodagem, trabalha
de maneira independente; quando o pneu roda, apenas os
flancos flexionam, propiciando:
• Redução das deformações da área de contato com o solo.
• Redução do lixamento transversal com o solo.
4 Manual de DANOS
Conhecendo o pneu
Esquema das principais partes de um pneu
Manual de DANOS 5
Conhecendo o pneu
Composição de um conjunto pneumático
6 Manual de DANOS
Conhecendo o pneu
Influência dA carga, da pressão, da velocidade e da
temperatura no rendimento dos pneus
Exemplos:
1-U
ma pressão inferior a 25% do recomendado, podemos ter uma queda de até 55% na
performance do produto.
2-U
ma pressão superior a 20% do recomendado, podemos ter uma queda de até 22% na
performance do produto.
A curva do gráfico acima mostra que a partir de 15% de variação na pressão, para mais ou para
menos, a interferência na performance do produto aumenta de intensidade.
Manual de DANOS 7
Conhecendo o pneu
Influências da pressão na vida da carcaça
Neste gráfico verificamos que a curva é assimétrica, porém, é diferente do gráfico anterior. Esta curva
refere-se à resistência da carcaça na zona baixa e na região do bloco de lonas. Estas duas partes são as
que mais sofrem quando se utiliza uma pressão inadequada, podendo comprometer a recapabilidade
do pneu.
Exemplos:
1-A
pressão insuficiente aumenta a flexibilidade do pneu, podendo provocar uma abertura na região
do cordão de centragem.
2-C
om uma pressão superior a 15% do recomendado, podemos ter uma queda de aproximadamente
5% na performance do produto.
8 Manual de DANOS
Conhecendo o pneu
Temperatura x Durabilidade
Observamos que, com o uso a uma temperatura de 80°C, o pneu pode durar 10.000 horas ou mais.
No entanto, se a temperatura for de 180°C, poderá durar menos de 1 hora.
Nota: Esse tipo de dano ocorre pelo nível elevado da temperatura na região dos talões, provocado
pelos tambores de freio. Em alguns casos, o conjunto pneumático pode entrar em combustão pelo
excesso de temperatura.
Manual de DANOS 9
Danos
Separação entre lonas de topo
Caracteriza-se pela separação entre a segunda e a terceira lona de trabalho, podendo ser localizada ou
generalizada. Este dano tem origem térmica ou mecânica.
Térmica
O aquecimento excessivo dos pneus pode provocar a
separação entre as lonas de trabalho, deixando-as com um
aspecto azulado. Este aquecimento tem como origem três
fatores principais, definidos abaixo:
Mecânica
São separações que podem se confundir com as separações
térmicas, no entanto, neste caso, as lonas de topo não irão
apresentar uma coloração azulada. Uma das características
da separação mecânica é a agressão na região do ombro,
provocada pelo arraste do pneu sobre o solo.
10 Manual de DANOS
Danos
Conselhos
• Utilizar a dimensão e o tipo de pneu mais adequado às condições de rodagem.
• Controlar as pressões dos pneus, adequadas às cargas e velocidades usuais.
• Evitar fortes arrastes laterais dos pneus: manobras que exijam esforços, principalmente
com os pneus quentes.
• Observar regularmente a banda de rodagem quanto a cortes acidentais e se atingem as
lonas. Neste caso, providenciar imediatamente a reparação do pneu.
Conselhos
• Verificar e adequar as pressões ao uso.
• Aplicar a melhor escultura para o tipo de uso.
• Evitar frenagens bruscas em solos com pedras.
Conselhos
• Adaptar as pressões às condições de rodagem.
• Montar o pneu mais adaptado às condições de
utilização.
• Retirar o pneu para recapar antes que os
cortes e a oxidação comprometam a vida
futura do mesmo.
Manual de DANOS 11
Danos
Ruptura do bloco de topo
Conselhos
• Evitar a passagem sobre objetos e/ou buracos
(crateras) durante o uso.
• Verificar as pressões regularmente.
Nota: Se houver uma reparação na região do dano, não classificar como ruptura e sim como uma
anomalia na reparação.
12 Manual de DANOS
Danos
Conselhos
• Evitar contato com combustíveis, lubrificantes, óleo queimado, graxas, etc.
• Na montagem, utilizar somente o lubrificante vegetal neutro recomendado pelo
fabricante de pneus.
• Observar, nos veículos, que não haja derivados de petróleo (graxa, diesel, etc) sobre os
pneus, inclusive o(s) estepe(s).
Conselhos
• Ao detectar uma fuga de ar no conjunto
pneumático, efetuar as reparações conforme
recomendações do fabricante. O ar não
deve ficar aprisionado entre a câmara de
ar e o pneu, caso contrário, ele pode criar
movimentos entre a câmara e o protetor,
podendo ocasionar ruptura da mesma.
• Calibrar e verificar, periodicamente, os pneus,
seguindo as orientações do fabricante.
Manual de DANOS 13
Danos
Deterioração por objeto entre
pneus geminados
Qualquer objeto (pedra, madeira, ferro, etc) que se aloje
entre os pneus geminados pode provocar deteriorações
visíveis ou não, além de rupturas nos flancos.
Conselho
• Verificar, frequentemente, a parte interna do
conjunto geminado quanto à existência de
objetos entre os mesmos.
Conselhos
• Verificar se existem partes fixas do veículo em
contato com o pneu (feixe de mola, parafuso,
grampo em U, pára-lama, etc).
• Evitar patinagens.
14 Manual de DANOS
Danos
Corte ou arranhões acidentais
no flanco
Dano causado por beliscão em decorrência do contato ou
subidas em guias, meios-fios, buracos ou crateras, etc.
Conselhos
• Verificar regularmente as pressões.
• Evitar subidas bruscas em meios-fios.
Conselhos
• Manter as pressões conforme recomendação
do fabricante.
• Reparar os danos para evitar a condenação da
carcaça.
Manual de DANOS 15
Danos
Corte no flanco (atingindo somente a borracha)
Um corte no flanco que atinge apenas a borracha pode
não ter consequências imediatas, mas é possível que se
agrave até a ruptura da carcaça, devido à oxidação dos
cabos. Normalmente, este dano ocorre por agressões de
objetos pontiagudos ou contundentes, que deixam marcas
visíveis no local danificado. Não confundir este dano com
rachaduras radiais ocasionadas por choque.
Conselhos
• Reparar todos os cortes ou danos na região do
flanco para evitar oxidações dos cabos.
• Na maioria dos casos, estas agressões devem
ser reparadas, seja por preenchimento de
goma ou por manchões, para evitar a evolução
das mesmas.
Conselho
• Evitar a raspagem dos pneus nas guias, mas
caso isso ocorra, observar regularmente os
flancos para que o dano não se agrave (cortes
na borracha, por exemplo). O rodízio dos pneus
poderá prolongar a vida útil dos mesmos.
16 Manual de DANOS
Danos
Rupturas por choques (interior da carcaça)
Quando um pneu sofre um impacto contra um obstáculo, ocorre uma
deformação brutal da carcaça, podendo ocasionar até sua ruptura. Em alguns
casos, a ruptura poderá ocorrer posteriormente ao choque, dependendo de
que maneira a carcaça ficou afetada no momento do impacto. Por exemplo, se
os cabos da carcaça ficarem vincados, a contínua flexão do pneu, em rodagem,
se encarregará de quebrá-los naquele ponto, ocasionando a ruptura do pneu.
Estas rupturas internas podem provocar a infiltração de ar,
principalmente nos pneus sem câmara.
Conselhos
• Evitar os impactos sobre os obstáculos.
• Não sobreinflar os pneus.
• Ao perceber um impacto acidental, observar
as consequências no pneu, consertando-o
imediatamente quando for possível.
Manual de DANOS 17
Danos
Conselhos
• Reparar todo e qualquer dano que possa causar a fuga de ar (perfurações, quebra dos
talões, etc), obedecendo as recomendações técnicas de reparação.
• Evitar as quebras dos talões, durante o processo de montagem e/ou desmontagem.
Temperatura x Durabilidade
Conselhos
• Utilizar freio motor para evitar a elevação da temperatura dos tambores de freios.
• Manter a regulagem do sistema de freios conforme a orientação do fabricante e
substituir os componentes danificados.
• Evitar aproximação do conjunto pneumático quando sua temperatura estiver elevada
por medida de segurança.
18 Manual de DANOS
Danos
Conselhos
• Seguir as orientações de montagem e desmontagem do fabricante, não esquecendo os
itens de segurança (gaiola, estado de conservação dos aros e rodas, lubrificação, etc).
• Utilizar máquinas e ferramentas adequadas de acordo com o produto (pneus de carga,
passeio, agrícola, fora-de-estrada, etc).
• Ao iniciar a operação de inflagem, assegurar-se de que os talões acomodem-se na
posição correta.
Abertura circunferencial na
região do talão, próximo ao
cordão de centragem, em pneus
sem câmara de ar
Normalmente esse dano está relacionado à sobrecarga, baixa
pressão, aquecimento ou largura de aros não recomendados para a dimensão do pneu.
Arrancamento de borracha na
parte interna do talão do pneu
sem câmara de ar
Este dano ocorre em rodas com HUMP. Normalmente, no lado
interno do talão, montado no lado do HUMP do aro.
Manual de DANOS 19
Formas de desgastes
Desgaste anormal rápido
Caracteriza-se pelas estrias visíveis sobre a banda de rodagem e/ou por rebarbas sobre a borda dos
sulcos principais, provocadas pela rodagem do pneu com arraste sobre o solo.
Em todas as situações de exame da banda de rodagem, devem ser verificados os seguintes itens:
20 Manual de DANOS
Formas de desgastes
• Os pneus rodaram sempre no veículo que estamos examinando e neste eixo?
• Qual a quilometragem atual dos pneus?
• O motorista reclama que o veículo puxa para um lado ou outro?
• Qual o traçado da linha habitual do veículo?
• Qual a configuração do veículo?
Obtidas essas respostas, podemos encontrar as seguintes situações:
Nos casos de divergências e convergências, devemos medir o paralelismo dianteiro, mas antes é
importante a verificação dos seguintes pontos:
Nota: Em caso de desregulagem do eixo de tração, os pneus deste eixo não serão afetados, no
entanto, os pneus da dianteira sofrerão os desgastes, já que eles são os responsáveis por manter
o veículo em sua trajetória. Esta forma de desgaste da dianteira é semelhante ao desgaste por
paralelismo, porém, um dos pneus marca convergente e o outro, divergente. Esta anomalia mecânica
pode provocar também um problema de comportamento do veículo. Uma das maneiras de identificar
esta desregulagem é observar o veículo em movimento na pista e comparar sua trajetória com a faixa
contínua de sinalização.
Conselhos
Verificar se o alinhamento entre eixos está correto. Os defeitos
mais frequentes são provocados por:
• Folgas ou rupturas nas articulações do sistema de alinhamento.
• Grampos em “U” empenados, pinos de centro de feixe de
molas tortos ou quebrados, etc.
• Ruptura da lâmina mestra do feixe de molas.
Manual de DANOS 21
Formas de desgastes
Desgaste normal rápido
É considerado quando o rendimento quilométrico da
banda de rodagem é bem inferior à média geral da
empresa, quando comparado com a mesma dimensão
e escultura. Para avaliar efetivamente o rendimento
quilométrico, é necessário comparar:
Conselho
• Verificar regularmente o estado da banda de
rodagem do pneu.
22 Manual de DANOS
Formas de desgastes
Conselhos
•V
erificar e corrigir, se necessário, a cambagem.
•V
erificar a deformação dos eixos.
•C
orrigir anomalias mecânicas.
•E
vitar sobrecargas.
•G
irar o pneu na roda.
• F azer rodízio.
Conselhos
•M
anter o pneu na mesma posição, pois
a alteração no sentido de rodagem só irá
inverter o desgaste.
•V
erificar pressões.
Nota: É importante ressaltar que este desgaste não compromete a performance do pneu.
Manual de DANOS 23
Formas de desgastes
DesgasteS próximoS aos ombros
Mais pronunciado sobre os ombros em relação ao centro da banda de rodagem, este desgaste é
causado pelos esforços e lixamento daquela região sobre o solo.
subinflado
Conselhos
• Observar as pressões dos pneus.
• Evitar sobrecarga.
• Verificar as condições de utilização (peso,
Nota: Os trajetos com muitas curvas
podem provocar desgastes nos ombros.
velocidade e piso).
sobreinflado
Conselhos
• Verificar carga e pressão, adequando-as às
condições de uso.
24 Manual de DANOS
Formas de desgastes
Desgastes irregulares
Também chamados “ONDULADOS”, “FACETADOS”, “ABATATADOS”, podem ter várias origens:
Conselhos
• Verificar e corrigir, se necessário, a suspensão do veículo,
sistema de freio e o balanceamento (estático e dinâmico) do
conjunto pneumático.
• Adaptar as pressões à carga.
• Efetuar rodízios preventivos a tempo de evitar o agravamento
dos desgastes.
Manual de DANOS 25
Formas de desgastes
Desgaste em “trilhos”
Tem formato mais ou menos circular, em forma de
trilhos, concentrando-se próximo aos sulcos profundos
da banda de rodagem. Esta forma de desgaste ocorre
sob duas condições: escultura pouco lamelizada aplicada
em trajetos retilíneos e planos e onde não existem fortes
solicitações da banda de rodagem.
Conselhos
• Verificar se o tipo de escultura está adaptado
às condições de utilização.
• Para minimizar os desgastes da banda de
rodagem, efetuar rodízios dos pneus entre
os eixos.
Nota: Este tipo de desgaste não interfere na performance do pneu e sim no aspecto visual.
Causa:
Freada por emergência ou bloqueio no sistema de
frenagem causado por uma anomalia mecânica.
Conselhos
• Efetuar a manutenção preventiva e substituir,
se necessário, os componentes danificados do
sistema de freios.
• Evitar frenagens bruscas.
26 Manual de DANOS
Formas de desgastes
Desgaste mais rápido nos pneus
internos (geminados)
Este tipo de desgaste pode ocorrer em rodovia com perfil
arredondado (ex.: pista simples), onde percebe-se uma
variação de carga entre os quatro pneus do mesmo eixo,
sobrecarregando os pneus internos. A sobrecarga aumenta os
esforços e o atrito da banda de rodagem com o solo, podendo
provocar uma diferença de quilometragem entre os pneus.
Fenômeno idêntico pode ocorrer quando há diferenças de
pressão entre os pneus geminados.
Conselhos
• Os geminados devem ser montados com
pneus da mesma marca, dimensão e
escultura.
• Verificar regularmente as pressões.
Conselhos
• Manter as pressões corretas.
• Efetuar rodízios preventivos, evitando o
agravamento do desgaste.
Manual de DANOS 27
Câmara de ar
Câmara dilatada
Apresenta-se excessivamente acima das dimensões
originais e esta dilatação ocorre pelo excesso de uso ou
por agressões térmicas do conjunto.
Causas:
• Uso excessivo por várias montagens;
• Aquecimento excessivo durante uso.
Conselho
• Substituição da câmara de ar.
Conselhos
• Não utilizar uma câmara de ar dilatada,
fazendo sua substituição.
• Por questões de segurança, não
recomendamos a reparação do dano na região
da emenda.
28 Manual de DANOS
Câmara de ar
Câmara cortada por fricção com a borda do protetor
Este corte pode ser provocado por dois fatores bem diferentes: corte pela borda do protetor ou corte
pelas dobras na borda do protetor. Os cortes se apresentam no sentido circunferencial.
Causas:
• Fricção da borda do protetor com a câmara de ar durante a rodagem;
• Ausência de lubrificação do conjunto câmara + protetor.
Conselhos
• Seguir as orientações de montagem do
fabricante.
• Lubrificar o conjunto.
• Pré-inflar o conjunto.
Manual de DANOS 29
Protetor
Deformação no reforço protetor
Provocada pela janela da roda, em função do
aquecimento excessivo e/ou excesso de uso.
Conselhos
• Verificar o estado do protetor.
• Montar o protetor com uma proteção
de lata ou alumínio na janela da roda.
Corte no protetor
Provocado pela borda do anel removível durante a montagem ou uso.
Conselhos
• Lubrificar o conjunto.
• Verificar regularmente o estado
de conservação dos anéis.
Conselhos
• Limpar a roda antes da montagem
ou substitui-la, se necessário.
30 Manual de DANOS
Conselhos
Diversos são os fatores que influenciam no desgaste, na segurança e no
desempenho dos pneus. Por este motivo, é fundamental o respeito às
recomendações e informações a seguir.
Montagem / desmontagem
A - Verificar se os componentes (aro/roda, câmara, protetor, etc) estão limpos e em perfeitas condições
para efetuar a montagem.
B - Montar em pneus novos, câmaras e protetores novos.
G - Pré-inflar o conjunto até obter o perfeito encaixe dos talões no aro/roda respeitando o limite de
40 psi (lbs/pol²). Ao estar corretamente encaixado, desinflar o conjunto e colocar na pressão de
utilização. Caso o encaixe ainda não tenha sido atingido com 40 psi, desinflar o conjunto e verificar
o estado do aro/roda e/ou anéis e sua limpeza e lubrificação.
Obs.: Em pneus sem câmara, utilizar um anel de vedação entre o aro/roda e o talão do pneu, a fim de
facilitar a pressurização do conjunto ou outros equipamentos disponíveis no mercado, exemplo:
botijão de ar comprimido.
A desmontagem deve ser feita com o pneu totalmente vazio, tomando todo o cuidado ao
desencaixar os talões da roda para não danificá-los.
Nota: Durante as operações de pré-inflação ou inflação, os pneus deverão estar em uma gaiola de
proteção, a fim de se evitar graves acidentes. Caso não seja possível a utilização de uma gaiola, evite
posicionar-se na possível trajetória que os elementos do aro/roda tomariam no caso de uma explosão.
Manual de DANOS 31
Conselhos
Pressões dos pneus
Devem ser corrigidas sempre com os pneus frios (temperatura ambiente) no mínimo 2 vezes ao mês,
com um manômetro previamente aferido.
Evitar:
A - Patinagens, arrancadas ou freadas bruscas.
E - O uso excessivo dos freios, utilizando o freio motor em descida de serras ou para frenagem do
veículo em movimento. Isto evita superaquecimento dos freios, risco de acidentes e danos aos
pneus.
32 Manual de DANOS
Conselhos
D - Reparações: seguir as orientações da MICHELIN.
Obs.: Ao substituir os pneus, assegurar se eles correspondem às condições de utilização do veículo e
às capacidades de carga e velocidade.
Ressulcagem
A - Os pneus MICHELIN, para serem ressulcados, devem apresentar um baixo nível de agressão na banda de
rodagem, ou seja, o pneu não deve apresentar nenhum tipo de arrancamento de borracha ou perfurações
profundas com o aço aparente. O bom senso é fundamental na decisão de se ressulcar o pneu.
B - Executar a ressulcagem sempre antes que a escultura desapareça por completo para se ter uma reprodução
do desenho original mais fiel e sem dificuldades, além de facilitar a regulagem de profundidade. Desta
forma se conserva uma espessura suficiente entre o fundo do sulco e as lonas de trabalho.
C - A profundidade mínima do sulco original deve estar entre 2 e 3mm. Abaixo destes valores consulte o
especialista MICHELIN.
D - As lonas de trabalho nunca devem estar aparentes (com o aço aparente).
Obs.: Utilizar a ressulcagem significa ganhar até 255 em rodagem e, para que isso ocorra, temos que tomar
alguns cuidados.
Manual de DANOS 33
Conselhos
Folga no embuchamento
Ainda com o auxílio da alavanca, examinar a folga no
embuchamento do pino mestre.
Folga no rolamento
Verificar a folga no cubo, utilizando o apoio das mãos. Se a
dúvida persistir, frear o veículo, a folga que desaparecer é a
do rolamento do cubo. Já a que permanecer, é a folga no
embuchamento do pino mestre.
Repartição de carga
Existem três maneiras de se determinar a pressão de um pneu:
A - Lei da balança
São os valores de pressão determinados pelo CNT e pela lei da tolerância, que utilizam valores padronizados
baseados em velocidade, carga, terreno, etc.
B - Pesagem
É efetuada a pesagem por eixo do veículo e feita a aplicação destes valores nas tabelas da Michelin,
chegando assim na pressão de cada pneu.
C - Repartição de carga
Na impossibilidade de pesagem do veículo, procure um técnico Michelin para o cálculo das pressões. Para
isso temos que saber:
34 Manual de DANOS
CAI 192409N FEV/10