Вы находитесь на странице: 1из 4

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE DIREITO

Metodologia Jurídica

Comentario do texto

Exercício: O preambulo da CRM/2004

Guiao de Correcção:

 Situação: data: 16/11/*2004, Autor: Assembleia da República, Referência: texto


narrativo, Local: Maputo, Moçambique.
 Palavras-chaves: País, luta armada, anseios seculares do povo moçambicano, Estado
de Direito democrático, liberdade, Unidade nacional, justiça, direitos e liberdade
fundamentais, carácter soberano, separação e interdependência dos poderes e
pluralismo,
 Sentido ou contexto do texto: trata-se de fundamentos, do prefácio onde estão os
principais objectivos do Texto Constitucional, enunciando os princípios
constitucionais mais valiosos, assim como as ideias essenciais que alimentaram o
processo de criação da Constituição, enfim, é onde reside a essência dos pontos
centrais da CRM.
 Plano:
Introdução
- Libertar a terra e o Homem
- A Constituição de 1990 introduziu o Estado de Direito Democrático
- Separação e interdependência dos poderes e no pluralismo
- A presente Constituição consagra o carácter soberano do Estado de Direito
democrático
Conclusão
Bibliografia

1
Introdução

O comentário que segue versa em torno de um preâmbulo que é a essência, onde vêem
narrado de forma sucinta os principais objectivos do texto constitucional. Neste sentido,
torna-se necessário clarificar que a Constituição da República é o espelho de anseio secular
do povo moçambicano na autodeterminação, para guiar as suas vidas. E para tal, torna-se
necessário ainda que a autodeterminação seja seguida por vias internacionalmente aceites.
Dito deste modo, o alcance da independência significou necessariamente o nascimento de um
novo Estado, Estado este que deve emanar do povo soberano e que se guia pelos ditames
legalmente instituídos.

Assim, os dirigentes do Estado devem ser designados conforme o preceituado na Lei como a
nomeação, concurso público ou eleição. Estes que serão dirigentes do Estado devem pautar
pelos princípios juridicamente instituídos e os éticos que permeiam a lisura na actuação,
respeitando os seus cidadãos, garantindo os direitos, as liberdades e garantias fundamentais,
promovendo o bem-estar social, económico e cultural.

Comentário

1. Libertar a terra e o Homem


Com a colonização impingida ao povo há quase dois séculos, fez com que o clamor pela
liberdade, autodeterminação enquanto povos com dignidade idêntica aos seus colonizadores e
o anseio pela propriedade milenar das suas terras, fez com que o movimento armado de
libertação nacional, movido pelo espírito acima identificado, desencadeasse, durante 10 anos,
a luta armada de libertação do povo e da terra que outrora lhes pertencia e culminou com a
libertação destes e nascimento de um Estado soberano e de direito democrático em 25 de
Junho de 1975.

1. A Constituição de 1990 introduziu o Estado de Direito Democrático


Com o alcance da independência em 1975, o Estado moçambicano adoptou o sistema
monopartidário, onde a FRELIMO, era o único partido permitido legalmente, um sistema
marxista-leninista, de modelo soviético onde as liberdades fundamentais eram praticamente
violadas numa base diária em nome da revolução e época, o que fez com que se

2
desencadeasse a guerra civil e recrudescimento da economia, tendo no início de ano 80 o
Presidente Samora Machel ter começado a olhar para o Ocidente para a busca de apoio dado
o isolamento e a pobreza que o país a cada dia se encontrava e em 1987, reformas profundas
na economia centralizada e o sistema monopartidário que acabou por ser aprovada a CRM de
1990 com a consagração de sistema multipartidário e uma economia do mercado onde os
sectores público, privado, familiar, cooperativo coexistem, os cidadãos vêem os seus direitos,
liberdades e garantias fundamentais amplamente previstas e efectivadas embora em menor
grau.

2. Separação e interdependência dos poderes e no pluralismo

Com a consagração da CRM de 1990, os três poderes clássicos da República são nitidamente
separados e interdependentes onde os tribunais exercem o seu poder jurisdicional,
teoricamente, sem interferência do preponderante poder executivo, o poder legislativo deixa
de ser encabeçado pelo Presidente da República e tem o seu próprio Presidente até aos dias
actuais e o poder executivo também executa as suas actividades com maior participação de
fiscalização dos poderes legislativo e judicial, no caso a jurisdição administrativa, e o
Ministério Público autónomo embora o Chefe do próprio Ministério Público seja nomeado
pelo Presidente da República.

O amadurecimento da democracia conhece o seu auge em 2018 com a consagração na nossa


ordem jurídica de órgãos de governação descentralização.

3. A presente Constituição consagra o carácter soberano do Estado de Direito


democrático

Em 1975 havia sido consagrada a soberania do povo e consequentemente o Estado de Direito


democrático, melhor consolidado em 1990 e em 2004 culminando ainda com a
institucionalização dos órgãos de governação descentralizada com a revisão constitucional de
2018. O povo torna-se mais soberano com muitas opções sobre quem vai lhe dirigir. As
primeiras eleições multipartidárias gerais de 1994, com as primeiras eleições autárquicas de
2003 e as a seguir de 2008, 2013, 2018 sedimentaram a soberania popular bem como as
eleições gerais e as primeiras de nível provincial de 2018 e a cada dia o Estado de Direito
democrático está a se consolidar em que o respeito pelos direitos, liberdades e garantias
fundamentais se mostra cada vez mais efectivado embora a luta pela plenitude ainda seja
longa.

3
Conclusão

Como pode-se notar, a luta heróica pelo estabelecimento de um Estado de todos para todos
sempre foi um anseio desde a primeira penetração colonial no país que hoje é Moçambique
onde coexistem diversas raças, cores, religiões, orientações políticas, sexuais. Esta
coexistência pacífica não sempre foi assim, existindo erros e acertos em todos os lados.

Importante é que enquanto Estado temos muito que aprender mas muito amadurecimento
democrático já foi alcançado fincando a luta para a consolidação daquilo que foi a conquista
secular. Torna-se necessário cada vez mais a devolução do poder aos seus legítimos titulares
e mais medidas tendentes a melhorar a vida democrática, económica e social do povo
moçambicano e o respeito por este da parte dos dirigentes.

Então, é necessário que os dirigentes respeitem os direitos, as liberdades e garantias


fundamentais, pautando por posturas positivas e adoptando medidas educativas para incutir a
cultura democrática e jurídica do mesmo povo.

BIBLIOGRAFIA

 Constituição da República de Moçambique de 2004, actualizada pela Lei nº 1/2018,


de 12 de Junho, BR. n.º 115, 1ª Série , de 12 de Junho de 2018

Вам также может понравиться