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FACULDADE DE DIREITO
Metodologia Jurídica
Comentario do texto
Guiao de Correcção:
1
Introdução
O comentário que segue versa em torno de um preâmbulo que é a essência, onde vêem
narrado de forma sucinta os principais objectivos do texto constitucional. Neste sentido,
torna-se necessário clarificar que a Constituição da República é o espelho de anseio secular
do povo moçambicano na autodeterminação, para guiar as suas vidas. E para tal, torna-se
necessário ainda que a autodeterminação seja seguida por vias internacionalmente aceites.
Dito deste modo, o alcance da independência significou necessariamente o nascimento de um
novo Estado, Estado este que deve emanar do povo soberano e que se guia pelos ditames
legalmente instituídos.
Assim, os dirigentes do Estado devem ser designados conforme o preceituado na Lei como a
nomeação, concurso público ou eleição. Estes que serão dirigentes do Estado devem pautar
pelos princípios juridicamente instituídos e os éticos que permeiam a lisura na actuação,
respeitando os seus cidadãos, garantindo os direitos, as liberdades e garantias fundamentais,
promovendo o bem-estar social, económico e cultural.
Comentário
2
desencadeasse a guerra civil e recrudescimento da economia, tendo no início de ano 80 o
Presidente Samora Machel ter começado a olhar para o Ocidente para a busca de apoio dado
o isolamento e a pobreza que o país a cada dia se encontrava e em 1987, reformas profundas
na economia centralizada e o sistema monopartidário que acabou por ser aprovada a CRM de
1990 com a consagração de sistema multipartidário e uma economia do mercado onde os
sectores público, privado, familiar, cooperativo coexistem, os cidadãos vêem os seus direitos,
liberdades e garantias fundamentais amplamente previstas e efectivadas embora em menor
grau.
Com a consagração da CRM de 1990, os três poderes clássicos da República são nitidamente
separados e interdependentes onde os tribunais exercem o seu poder jurisdicional,
teoricamente, sem interferência do preponderante poder executivo, o poder legislativo deixa
de ser encabeçado pelo Presidente da República e tem o seu próprio Presidente até aos dias
actuais e o poder executivo também executa as suas actividades com maior participação de
fiscalização dos poderes legislativo e judicial, no caso a jurisdição administrativa, e o
Ministério Público autónomo embora o Chefe do próprio Ministério Público seja nomeado
pelo Presidente da República.
3
Conclusão
Como pode-se notar, a luta heróica pelo estabelecimento de um Estado de todos para todos
sempre foi um anseio desde a primeira penetração colonial no país que hoje é Moçambique
onde coexistem diversas raças, cores, religiões, orientações políticas, sexuais. Esta
coexistência pacífica não sempre foi assim, existindo erros e acertos em todos os lados.
Importante é que enquanto Estado temos muito que aprender mas muito amadurecimento
democrático já foi alcançado fincando a luta para a consolidação daquilo que foi a conquista
secular. Torna-se necessário cada vez mais a devolução do poder aos seus legítimos titulares
e mais medidas tendentes a melhorar a vida democrática, económica e social do povo
moçambicano e o respeito por este da parte dos dirigentes.
BIBLIOGRAFIA