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A participação da família na prevenção e no tratamento de

dependência de álcool e outras drogas: o papel dos pais e dos


1. SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
cônjuges

1.1 Saúde Mental, Atenção Primária e Integralidade

1.1.1 INTRODUÇÃO
A mudança do modelo de atenção em Saúde Mental tem como principal objetivo:

A ampliação e a qualificação do cuidado às pessoas com transtornos mentais nos


serviços comunitários, com base no território.

O que essencialmente muda?


No novo modelo, a atenção hospitalar deixa de ser o centro, como era antes, tornando-se complementar.
Trata-se de mudança fundamental na concepção e na forma como deve se dar o cuidado: mais próximo da rede
familiar, social e cultural do paciente, para que seja possível a reapropriação de sua história de vida e de seu
processo de saúde/ adoecimento.
Aliado a isso, adota-se a concepção de que a produção de saúde é também produção de sujeitos. Os
saberes e práticas não somente técnicos devem se articular à construção de um processo de valorização da
subjetividade, onde os serviços de saúde possam se tornar mais acolhedores, com possibilidades de criação de
vínculos.
A Política Nacional de Saúde Mental do SUS tem como diretriz principal a redução gradual e planejada de
leitos em hospitais psiquiátricos, com a desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internações.

Ao mesmo tempo, prioriza a implantação e implementação de uma rede diversificada de serviços de


Saúde Mental de base comunitária eficaz, capaz de atender com resolutividade aos pacientes que necessitem de
cuidado. Além da criação de uma série de dispositivos assistenciais em Saúde Mental, a desinstitucionalização
pressupõe também transformações culturais e subjetivas na sociedade.

A expressão “reabilitação ou atenção psicossocial” é utilizada para indicar que: devem


ser construídas, com as pessoas que sofrem transtornos mentais, oportunidades de exercerem
sua cidadania e de atingirem seu potencial de autonomia no território em que vivem.

A rede de Saúde Mental, segundo essa perspectiva, deve ser composta por diversas ações e serviços de
Saúde Mental:
 Ações de Saúde Mental na Atenção Primária;
 Centros de Atenção Psicossocial – CAPs;
 Ambulatórios;
 Residências terapêuticas;
 Leitos de atenção integral em Saúde Mental (em CAPs III e em hospital geral);
 Programa de Volta para Casa;
 Cooperativas de trabalho e geração de renda;
 Centros de convivência e cultura, entre outros.
A participação da família na prevenção e no tratamento de
dependência de álcool e outras drogas: o papel dos pais e dos
Considerações
cônjuges
Deve-se levar em conta que existe um componente de sofrimento subjetivo associado a toda e qualquer
doença, às vezes atuando como entrave à adesão a práticas de promoção da saúde ou de vida mais saudáveis.
Poderíamos dizer que:
 Todo problema de saúde é também – e sempre – mental;
 Toda saúde mental é também – e sempre – produção de saúde;
Nesse sentido será sempre importante e necessária a articulação da Saúde Mental com toda a rede de
saúde e, sobretudo, com a Atenção Primária/Saúde da Família (BRASIL, 2004).

1.1.2 Equipes de Saúde da Família e de Saúde Mental


Há princípios comuns entre a atuação das equipes de Saúde da Família e de Saúde Mental:
 Atuação a partir do contexto familiar;
 Continuidade do cuidado;
 Organização em rede - que deve se articular para a produção de cuidados em Saúde Mental no
território.

É primordial, então, incluir ativamente nas políticas de expansão, formulação e avaliação da


Atenção Primária, as ações de Saúde Mental que, com potencial transversal, devem ajudar as equipes a
trabalhar a dimensão do sofrimento psíquico, o qual é mais que uma simples ameaça à integridade
biológica, como também à sua integridade como ser humano, como sujeito de ação e reação, que possui
necessidades próprias e específicas.
Assumir esse compromisso é uma forma de responsabilização em relação à produção de saúde, à
busca da eficácia das práticas e à promoção da eqüidade, da integralidade e da cidadania, efetivando os
princípios do SUS.
As equipes de Saúde da Família (SF) precisam ter o apoio e trabalharem próximas aos profissionais
e serviços de Saúde Mental. Precisam ter competência para atuar nas questões de saúde mental
pertinentes ao seu nível de atenção.
O trabalho integrado das equipes de SF e Saúde Mental potencializa o cuidado e facilita uma
abordagem integral, aumentando a qualidade de vida dos indivíduos e comunidades. Também propicia um
uso mais eficiente e efetivo dos recursos e pode aumentar as habilidades e a satisfação dos profissionais.
(SARAIVA e CREMONESE, 2008).

1.1.3 Qualificação do trabalho das equipes em Saúde Mental


Como já estudado anteriormente, o Ministério da Saúde criou, em 2008, os Núcleos de Apoio à Saúde da
Família (NASF) para ampliar, qualificar e aumentar a resolutividade do trabalho da Estratégia Saúde da Família,
principalmente no que tange o atendimento de casos em saúde mental e psiquiatria.
Porém, os NASF não constituem a única opção para a qualificação do trabalho das equipes em Saúde
Mental. Os gestores locais, juntamente com as equipes de saúde, podem identificar meios possíveis para
melhorar o conhecimento dos profissionais nessa área.
Opções para levar conhecimento e qualificação em Saúde Mental aos trabalhadores das equipes Saúde da
família:
 Escolas Técnicas do SUS – ETSUS;
 Telessaúde;
A participação da família na prevenção e no tratamento de
dependência
 Equipes de álcool
de matriciamento e outras
formadas a partirdrogas: o humanos
dos recursos papel dos pais e dos
disponíveis;
cônjuges
 Matriciamento a partir do CAPs, dos NASF e dos ambulatórios gerais;
 Ofertas de cursos de aperfeiçoamento e especialização em saúde mental.
A Organização Mundial da Saúde – OMS (2001) reforça que o manejo e o tratamento de transtornos
mentais no contexto da Atenção Primária é um passo fundamental para possibilitar a um maior número de
pessoas o acesso mais facilitado e rápido ao cuidado em Saúde Mental. Isso não só proporciona uma atenção de
melhor qualidade, como também reduz exames supérfluos e tratamentos impróprios ou não específicos.

1.1.4 Cenário Atual


Segundo dados de prevalência internacionais, adotados pelo Ministério da Saúde:
 3% da população apresentam transtornos mentais severos e persistentes, necessitando de cuidados
contínuos;
 Mais 9 a 12% (totalizando cerca de 12 a 15% da população geral do país, em todas as faixas
etárias) apresentam transtornos mentais leves, que necessitam de cuidados eventuais. (BRASIL,
2006).
Quanto aos transtornos decorrentes do uso prejudicial de álcool e de outras drogas, estima-se que as
dependências de álcool e outras drogas (exceto tabaco) atingem cerca de 6% da população.

Se considerarmos apenas o álcool, entre os 12 e 65 anos de idade, de 9% a 11% de pessoas


são dependentes, de acordo com pesquisas realizadas no Brasil, pela UNIFESP (Carlini e col,
2007).

Os usuários que já apresentam padrão de dependência para substâncias psicoativas não constituem a
maior parcela da população de consumidores destas substâncias. Para a maioria dos casos é mais útil pensar em
“problemas associados ao uso de álcool e/ou outras drogas” do que em “dependência”, uma vez que não só a
dependência deve ser tratada, mas também todas as formas de uso que tragam prejuízo à saúde e ao bem-estar do
usuário, sua família e seu meio.
As diferentes formas de sofrimento psíquico são importante causa de perda de qualidade de vida na
população em geral. A realidade das equipes de Saúde da Família demonstra que, cotidianamente, elas se
deparam com problemas de “saúde mental”: 56% das equipes de Saúde da Família referiram realizar “alguma
ação de Saúde Mental” (OPAS/MS, 2002).
Estudos desde a década de 80 demonstram que, entre os pacientes que procuram as Unidades de Atenção
Primária, uma grande proporção apresenta transtornos mentais, revelando que entre 33% a 56% dos pacientes
atendidos, nesse nível assistencial, podem apresentar sintomas de transtornos mentais comuns (Mari, Vilano,
Fortes, 2008).
Um estudo da OMS (WHO, 2001) levantou a coexistência de depressão e ansiedade como um dos
problemas psicológicos mais frequentes na Atenção Primária. Outras evidências apontaram (Who, 2001; Araya et
al., 2001; Fortes et al, 2008) que os sintomas físicos persistentes, sem explicação médica, também podem estar
associados a questões de saúde mental.
Diante dessas prevalências, é preciso, portanto, qualificar a Atenção Primária para o atendimento
adequado de tais problemas.

Uma das principais estratégias para ampliação do acesso ao cuidado em Saúde Mental é a
priorização das ações de saúde mental na Atenção Primária.
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cônjuges
Experiências municipais
Diversas experiências municipais já consolidadas demonstram que o apoio matricial em Saúde Mental melhorou
a efetividade da atuação das equipes de Saúde da Família. Um levantamento preliminar de 2006, realizado pela
Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde, em 12 estados da federação (Brasil, 2006), constatou que 16,3%
dos municípios pesquisados realizam ações sistemáticas de Saúde Mental na Atenção Primária.
No entanto, são referidas dificuldades pelos profissionais de Atenção Primária para lidar com o sofrimento
psíquico de seus pacientes, incluindo especialmente a abordagem das questões psicossociais da clientela por eles
atendida e o manejo de transtornos mentais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com a Associação Mundial de Médicos de Família
(Wonca), recentemente apontaram as principais razões para a integração de Saúde Mental na Atenção Primária
(Who/Wonca, 2008):
 Relevante magnitude e prevalência dos transtornos mentais;
 Necessidade de um cuidado integral em saúde devido à indissociação entre os problemas físicos e de Saúde
Mental;
 Altas prevalências de transtornos mentais e baixo número de pessoas recebendo tratamento;
 Aumento do acesso aos cuidados em Saúde Mental, quando realizados na Atenção Primária;
 Maior qualificação das ações e dos serviços, propiciando o respeito aos direitos humanos;
 Redução de custos indiretos com a procura de tratamento em locais distantes;
 Bons resultados para a integralidade da saúde de sujeitos com sofrimento psíquico.

1.1.5 Saúde Mental na Atenção Primária: diretrizes e prioridades


Diante do cenário apresentado, consideramos que a inclusão de ações de Saúde Mental na Atenção Primária
deve ser prioridade na organização das redes de saúde.

Para o melhor manejo da Saúde Mental na Atenção Primária propõe-se um trabalho compartilhado
de suporte às equipes de SF através do desenvolvimento do apoio matricial em saúde mental.

O que é o apoio matricial?


O Apoio Matricial é um arranjo técnico-assistencial que visa à ampliação da clínica das equipes de Saúde
da Família, superando a lógica de encaminhamentos indiscriminados para uma lógica de corresponsabilização
entre as equipes de Saúde da Família e Saúde Mental, com a construção de vínculos entre profissionais e
usuários, pretendendo uma maior resolutividade na assistência em saúde (Campos e Domitti, 2007).
O Apoio Matricial tem duas dimensões:
1. Suporte assistencial, que vai demandar uma ação clínica direta com os usuários;
2. Suporte técnico-pedagógico, que vai demandar uma ação e apoio educativo com e para a equipe.
Ao aumentar a capacidade das equipes de Saúde da Família em lidar com o sofrimento psíquico e
integrá-las com os demais pontos da rede assistencial, o apoio matricial possibilita que a prevenção e o
tratamento dos transtornos mentais, assim como a promoção da saúde e a reabilitação psicossocial,
aconteçam a partir da Atenção Primária. A co- responsabilização pela demanda – tanto a equipe de
Saúde da Família como a equipe de Saúde Mental são responsáveis por determinado território –, leva
A participação da família na prevenção e no tratamento de
dependência de álcool
à desconstrução da lógicae de
outras drogas:
referência o papel dos
e contra-referência, pais ea dos
que favorece desresponsabilização e
cônjuges
dificulta o acesso da população. (Brasil, 2004; Saraiva E Cremonese, 2008).
O cuidado compartilhado prevê uma rede de ações, dispositivos de saúde e dispositivos comunitários que
possibilitem que o processo de cuidar se organize tendo como eixo central o sujeito e seu processo de
saúde/doença. O locus do tratamento se revela mutável ao longo do tempo, com intensificação no ponto da rede
em que a atenção demonstra ser mais viável, seja este na Atenção Primária, nos serviços especializados ou em
ambos. Assim, todos são responsáveis pela garantia do acesso, da equidade e da universalidade (Pereira, 2007).
A responsabilização compartilhada pelos casos visa aumentar a capacidade resolutiva da equipe local,
estimulando a interdisciplinaridade e a aquisição de novas competências (BRASIL, 2004). Esse cuidado torna-se
um dispositivo para que os usuários também possam se responsabilizar pelo seu tratamento, pelos seus sintomas e
pela sua vida, produzindo outras relações com o seu processo de adoecimento.

No planejamento e organização destas ações devem ser consideradas as seguintes


diretrizes gerais:
Deve-se identificar, acolher e atender as demandas de saúde mental do território, em seus
graus variados de severidade – os pacientes devem ter acesso ao cuidado em Saúde Mental o
mais próximo possível do seu local de moradia, de seus laços sociais e familiares.
Devem ser priorizadas as situações mais graves, que exigem cuidados mais imediatos
(situações de maior vulnerabilidade e risco social).
As intervenções devem se dar a partir do contexto familiar e comunitário – a família e a
comunidade devem ser parceiras no processo de cuidado.
É fundamental a garantia de continuidade do cuidado pelas equipes de Saúde da Família,
seguindo estratégias construídas de forma interdisciplinar;
As redes sanitária e comunitária são importantes nas estratégias a serem pensadas para o
trabalho conjunto entre Saúde Mental e equipes de Saúde da Família.
O cuidado integral articula ações de prevenção, promoção, tratamento e reabilitação
psicossocial;
A Educação Permanente deve ser o dispositivo fundamental para a organização das ações
de Saúde Mental na Atenção Primária.

Geralmente, as necessidades complexas expressas por parte significativa da população não


podem ser satisfeitas com base apenas em tecnologias utilizadas por esta ou aquela especialidade,
mas sim, exigem:
 Esforços criativos e conjuntos inter e transdisciplinares;
 Mobilização de recursos institucionais e comunitários;
 Recursos materiais e subjetivos, que somente podem ser articulados a partir da construção de
projetos terapêuticos singulares, pactuados com o usuário e sua rede social significativa
(SMS, Aracaju, 2003).

As particularidades da Saúde Mental na Atenção Primária e a necessidade de “ampliação da clínica”


(Goldberg, 1996) devem fazer parte do conhecimento e do cotidiano das equipes de Saúde Mental que trabalharão
junto às equipes de Saúde da Família.
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dependência de álcool e outras drogas: o papel dos pais e dos
cônjuges

Situações de riscos e definição de prioridades


As equipes da Atenção Primária se deparam com situações de risco psicossocial que exigem intervenção
urgente, tais como:
 Cárcere privado, abuso ou negligência familiar;
 Suspeita de maus tratos, abuso sexual de crianças e adolescentes;
 Violência intrafamiliar;
 Situações de violência entre vizinhos;
 Situações de extremo isolamento social;
 Situações de grave exclusão social (idoso ou pessoa com deficiência em situação de abandono,
crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social, população em situação de rua, etc);
 Indivíduos com história de múltiplas internações psiquiátricas, sem tratamento extra-hospitalar;
 Uso de medicação psiquiátrica por longo tempo sem avaliação médica;
 Problemas graves relacionados ao abuso de álcool e outras drogas;
 Crises psicóticas;
 Tentativas de suicídio;
 Crises convulsivas e conversivas.

Determinantes sociais do sofrimento psíquico


As doenças crônicas não transmissíveis, em especial hipertensão e diabetes mellitus, muitas vezes exigem
escuta ampliada dos aspectos subjetivos a elas vinculados. Frequentemente, casos considerados de difícil atenção
estão associados a sofrimento psíquico e a problemas psicossociais. Essa situação também pode ocorrer na
relação mãe-bebê e no cuidado ao desenvolvimento da criança, pois, muitas vezes, crises do ciclo vital não
raramente são acompanhadas de sofrimento mental, o que gera prejuízos ao efetivo cuidado da criança.
Por atuarem no território, as equipes de Saúde da Família se deparam cotidianamente com a violência, que
apresenta profundos enraizamentos nas estruturas sociais, econômicas e políticas. Agressão física, abuso sexual,
violência psicológica e violência institucional são formas de violência presentes cotidianamente na vida de grande
parte dos brasileiros e brasileiras – todas elas, com um importante componente de sofrimento psíquico. O
entranhamento do racismo e da homofobia na cultura brasileira e a persistente situação de desigualdade das
mulheres na sociedade, sendo alguns dos determinantes da violência, são também determinantes sociais do
sofrimento psíquico.
As ações de saúde pública são sempre práticas sociais e o entendimento dos determinantes sociais são
fundamentais para entender os processos de adoecimento (Onocko Campos & Gama in Campos e Guerreiro,
2008). Dessa forma, as equipes da Saúde da Família, na medida em que reconhecem estes determinantes sociais
do sofrimento, são estratégicas para a prevenção dos agravos decorrentes dos efeitos da discriminação social e da
exclusão social.
Muitos usuários da Atenção Primária frequentemente apresentam vários problemas simultaneamente
(problemas psicológicos, físicos e sociais) e alto grau de comorbidade. Geralmente, há coexistência de quadros
depressivos, ansiosos, de somatização e abuso de substâncias. Isso aponta para a necessidade de aumentar a
detecção e a capacidade resolutiva para o tratamento das pessoas com transtornos mentais, bem como
A participação da família na prevenção e no tratamento de
dependência
desenvolvimento de álcool
de ações preventivas e deepromoção
outras àdrogas: o tanto,
saúde. Para papel dosnecessário:
faz-se pais e dos
cônjuges
 Ampliar as ações de saúde mental na Atenção Primária;
 Qualificar as equipes de Saúde da Família, juntamente com as equipes dos NASF e dos serviços de
Saúde Mental.

Articulação das equipes de Saúde da Família com a rede de serviços de Saúde Mental
A articulação com os serviços especializados, principalmente com os CAPs, dentro da lógica matricial,
organiza o fluxo de atendimento e o processo de trabalho de modo a tornar horizontais as especialidades e
permitir que estas permeiem toda a atuação das equipes de saúde. Muitos casos graves, que necessitariam de
acompanhamento mais intensivo em um dispositivo de Saúde Mental de maior complexidade, permanecem na
Atenção Primária por questões vinculares, geográficas e sócio-econômicas, o que reforça a importância das ações
locais de Saúde Mental.

O CAPs é um serviço de referência para casos graves, que necessitem de cuidado mais intensivo
e/ou de reinserção psicossocial, e ultrapassem as possibilidades de intervenção das equipes de Saúde
da Família e das intervenções conjuntas das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família
(NASF) e Saúde da Família (Saraiva e Cremonese, 2008). A Atenção Primária deve buscar uma
integração permanente com o CAPs de seu território, levando em conta que também é tarefa do CAPs
realizar ações de apoio matricial para a Atenção Primária.

Destaca-se a importância da integração entre as equipes de Saúde da Família e o CAPs, com a organização de
espaços coletivos de trocas, discussões de casos, construções de projetos terapêuticos, intervenções conjuntas
entre as diferentes equipes, tendo como foco a singularidade de cada situação de saúde mental.
A política de atenção aos usuários de álcool e outras drogas propõe a constituição de uma rede que articlue a
Atenção Primária à Saúde, os CAPS àlcool e Drogas (CAPS-AD), os leitos para internação em Hospitais Gerais
(para desintoxicação e outros tratamentos), as Estratégias de Redução de Danos, os Consultórios na rua para
usuários que estejam em situação de rua, Unidades de Acolhimento, dentre outras estratégias.
Os municípios que não possuem CAPS ou outros serviços de Saúde Mental poderão apoiar a Atenção
Primária à Saúde/Saúde da Família para a atenção em saúde mental, implantando atratégia do apoio matricial,
através do suporte de profissionais da área da saúde mental.
Além dos serviços específicos de cuidados em Saúde Mental, das equipes de Saúde da Família e dos NASF,
que viabilizam a construção de uma rede de atenção, estes dispositivos devem estar articulados à rede de saúde
em geral e também a outros recursos intersetoriais e da comunidade. Como exemplo, podemos citar os Centros de
Convivência e Cultura, que existem em alguns municípios brasileiros, constituídos na intersetorialidade (saúde,
ação social e cultura), que se configuram como dispositivos importantes de inclusão social das pessoas com
transtornos mentais, assim como outros dispositivos e experiências de promoção da Saúde Mental, criados na
diversidade sócio-cultural brasileira a partir das necessidades de cada realidade local.
A participação da família na prevenção e no tratamento de
dependência de álcool e outras drogas: o papel dos pais e dos
cônjuges
2. PAPEL DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DO DEPENDENTE
A presença da droga na sociedade exige investimento em programas de prevenção e de tratamento. Esse
assunto provoca reações variáveis: desde os temores de pais de crianças e jovens que nunca fizeram uso de álcool
e outras drogas, de que seus filhos venham a usá- las, até sentimentos de raiva e impotência nas famílias que já
convivem com o abuso ou a dependência. O objetivo deste Capítulo é definir o conceito de família e analisar sua
participação, tanto na prevenção do uso de álcool e outras drogas como no tratamento da sua dependência.

O que é a “família”?
A família é a referência básica na formação de uma pessoa. Em seu interior, ocorrem as primeiras
experiências de vínculos e ela tem sido objeto de estudo de várias áreas do conhecimento.
Na família as pessoas desempenham “papéis familiares”, isto é, existem “lugares” que cada pessoa ocupa
dentro da família. Há necessidade de duas ou mais pessoas para que esses papéis possam ser “postos em prática”
e sirvam de referência na construção de modelos de identificação e socialização de um indivíduo. Isso ocorre com
a formação de uma família composta inicialmente pelos cônjuges e depois na relação destes com os filhos e o
contexto social (ARAÚJO, 1999; OAKLANDER, 1980; PEDROSA, 2004). Veja algumas definições de família:

“A família é um sistema semiaberto, com regras, costumes e crenças, em constante


troca com o meio social. Assim, a família transforma e é transformada pelo ambiente. Isto é,
o que acontece com um membro da família afeta a todos os demais; assim como o que
ocorre na família influencia todos os seus membros.”
(MINUCHIN, 1997; ANDOLFI; ANGELO, 1988).

“A família é um organismo vivo com leis próprias de funcionamento.”


(BATESON, 1976)

A família brasileira enfrenta atualmente um processo de transformações em seu


modelo de organização nuclear tradicional (pai, mãe e filhos vivendo sob o mesmo teto).
A inserção da mulher no mercado de trabalho, a ampliação do papel paterno, para
além das tarefas de provedor, e o fato de existirem mulheres sozinhas cuidando da família
são alguns dos inúmeros aspectos que têm contribuído para essas mudanças.
As modificações, pelas quais passam as famílias, estão diretamente relacionadas às
da sociedade.
Essas mudanças provocaram muitos desafios: lidar com as ansiedades e temores
frente à violência urbana, o desemprego, a sobrecarga de trabalho, a globalização, as
doenças sexualmente transmissíveis, a violência doméstica e o abuso de drogas lícitas e
ilícitas.
(SILVA, 2001)
Família é um grupo de pessoas que convivem sob o mesmo teto, desempenhando
uma série de papéis relacionados aos processos de aprendizagens, integrando aspectos
emocionais, cognitivos, sociais e culturais.
(KALINA, 1991)
Não se esqueça de que as estratégias de prevenção em
relação ao papel da família devem estar vinculadas a outras
ações conjuntas da escola e da comunidade como um todo.

Como a família constitui uma das principais fontes formadoras de comportamentos e


de crenças sobre saúde, tanto a prevenção ao uso de álcool e outras drogas como os
tratamentos devem incluir a sua participação.
(OLIVEIRA, 2001)

2.1 O papel dos pais e dos cônjuges na prevenção e no tratamento de drogas

Mas afinal, o que é PREVENÇÃO?


É grande o número de estudos sobre a prevenção ao uso abusivo de drogas. Alguns utilizam como base os
níveis clássicos de prevenção: primária, secundária e terciária.
Recentemente, a prevenção tem sido vista como um continuum, de um tipo mais geral para um mais
específico:
 Prevenção Universal: Está dirigida à população em geral (comunidade nacional ou local). O trabalho
é feito por mensagens e programas cujos objetivos são prevenir ou retardar o uso nocivo de álcool,
tabaco e outras drogas;
 Prevenção Seletiva: Está dirigida a subgrupos específicos, ou seja, população de risco de uso de
álcool e outras drogas, como: filhos de dependentes, adolescentes em conflito com a lei, jovens que
abandonaram a escola etc.;
 Prevenção Indicada: A importância do envolvimento do sistema familiar nas práticas preventivas em
relação ao uso de álcool e outras drogas têm sido destacadas desde a década de 60. A família deve ser
orientada, motivada e informada para participar deste continuum de prevenção nos vários locais:
comunidade, escola, centros de saúde etc. (NIDA, 2002).
Caplan (1964) enfatizou que a prática preventiva é a estratégia mais adequada para evitar o consumo
problemático de substâncias psicoativas entre jovens, e ressaltou que isso não seria possível sem o envolvimento
dos pais. Nas décadas de 80 e 90, houve um aumento do uso de álcool e outras drogas lícitas e ilícitas, por
adolescentes, todo o mundo. Programas preventivos envolvendo família, escola e comunidade passaram a ser
encorajados.
Em todo o mundo, uma das principais barreiras para as práticas preventivas, em relação ao abuso de
álcool e outras drogas, é dificuldade de abordagem e a participação das famílias nos programas (OMS, 1989;
GALZURÓZ; NOTO; CARLINI et al, 2002; NIDA, 2002; CANOLETTI; SOARES, 2004/2005; PATTERSON,
1982). O que se observa na prática é que, na maioria das vezes, a família fica fora dos programas de prevenção
relacionados ao uso de álcool e outras drogas em muitos países, inclusive no Brasil ((BORDIN, 2004;
OLIVEIRA, 2001)).
Alguns objetivos básicos dos programas de prevenção:
 Um programa de prevenção, envolvendo a família, deve ser claro nos seus objetivos e voltado para as
necessidades reais da população, levando em consideração os contextos nos quais as famílias estão
inseridas;
 Conhecer a cultura familiar, sua linguagem, crenças e normas também é importante na construção de
um programa de prevenção.
Alguns estudos mostram que os programas de prevenção ao uso de álcool e outras drogas envolvendo a
família enfrentam um conflito que deve ser considerado: por um lado, a família é a base para a saúde preventiva,
mas por outro lado muitos ambientes familiares podem ser desfavoráveis, predispondo seus membros ao uso
abusivo de álcool e outras drogas. Ou seja, a família pode ser tanto um fator de proteção quanto de risco para o
uso/ abuso de substâncias psicotrópicas (OLIVEIRA, 2001; SZAPOCZINIK; PEREZ, 1996).

2.2 Fatores de risco e proteção na família


Os fatores de risco e de proteção, em relação ao uso de álcool e outras drogas, são variáveis e envolvem
aspectos psicológicos, ambientais, comportamentais e genéticos. Ou seja, estão tanto no próprio indivíduo como
na família, na escola, na comunidade e na sociedade em geral. Um mesmo fator pode representar risco para uma
pessoa e proteção para outra. Em um programa de prevenção, os fatores familiares de risco devem ser detectados
e abordados sob a perspectiva da saúde, evitando visões deterministas, culpabilizadoras e moralistas.

Fatores de Risco
São circunstâncias sociais, familiares ou características da pessoa que a tornam mais vulnerável a assumir
comportamentos arriscados, dentre eles usar álcool e outras drogas (OMS, 1989; NIDA, 2002):

 Pais que fazem uso abusivo de álcool e outras


drogas;
 Pais com transtornos psiquiátricos;
 Regras familiares rígidas ou ausência de regras e
limites.

Fatores de Proteção

São aqueles que equilibram as vulnerabilidades 2, reduzindo a chance de uma pessoa usar álcool e outras
drogas (OMS, 1989; NIDA, 2002), como:

 Pais que acompanham atividades dos filhos;


 Regras claras e negociadas;
 Envolvimento afetivo com os filhos.
Estudos sobre o uso de álcool e outras drogas com filhos de pais
dependentes de álcool e/ou outras drogas mostram que eles têm
uma chance quatro vezes maior de também se tornarem
dependentes (PATTERSON, 1982; BRICKMAN et al, 1988;
WANG et al, 1995).

A prevenção do uso de álcool e outras drogas no ambiente familiar depende do desempenho da família no
seu papel de cuidar, valorizando as relações e os princípios básicos de uma comunicação clara e autêntica. Os
limites e as regras precisam estar presentes e, no contexto no qual está inserida, a família deve ser coerente nos
atos e nas palavras.
O ciclo de vida da família, assim como a função que os cônjuges e pais exercem na formação de uma
pessoa, também deve ser considerado em uma proposta de prevenção. De modo geral, é na adolescência que os
jovens experimentam ou entram em contato com o álcool e outras drogas. É um período de muitas transformações
e convida os cônjuges e pais a uma reorganização de seus papéis, funções e estabelecimentos de novas regras e
limites. São necessárias adaptações, na organização familiar, para preparar o adolescente para a vida adulta
(SPOTH; REDMOND, 1994).
A coerência entre os cônjuges, em relação às regras e normas na família, principalmente em relação ao
uso de álcool, tabaco e outras drogas, pode contribuir para uma tomada de decisão do jovem em experimentá-las
ou não. Crianças que crescem com regras claras, geralmente, são mais seguras. Quando se defrontam com um
limite, sabem lidar com a frustração, por terem desenvolvido recursos próprios para superá-la.
Quando a família não tem regras claras, é provável que o jovem se sinta inseguro e, na tentativa de
descobrir as regras da sociedade, testará seus limites, deparando-se com frustrações. É nesse momento que o
álcool e as outras drogas surgem como “solução rápida”: o efeito imediato que a substância proporciona faz com
que os sentimentos desagradáveis desapareçam por um tempo transitório (OLIVEIRA, 2001; BORDIN, 2004).
Ao falar sobre álcool e outras drogas na família, é indicado que os pais respeitem as diferentes faixas
etárias dos filhos e se preparem para abordar o assunto de forma assertiva e segura, pois, caso contrário, “podem
cair em descrédito” com os filhos, em relação às informações sobre álcool e outras drogas. Os pais têm como
função orientar os filhos e conscientizá-los dos riscos que as drogas lícitas podem trazer, pois às vezes
supervalorizam e temem as drogas ilícitas, mas minimizam o prejuízo das drogas lícitas (MALUF et al, 2002).
Entretanto, vale ressaltar que muitas vezes a família, cuja
tarefa básica é cuidar, encontra-se também em estado de
vulnerabilidade, dificultando, assim, o exercício dessas tarefas ao
longo do ciclo vital familiar.
2.3 A participação da família no tratamento da dependência de álcool e outras drogas
Os tratamentos para pessoas com dependência de álcool e outras drogas devem ser multidisciplinares e
preferencialmente integrados: psicoterapia, orientação familiar, entrevista motivacional, programa de
desintoxicação domiciliar, prevenção de recaída e reinserção social e familiar do usuário. De maneira geral, as
psicoterapias familiares têm se destacado como uma abordagem de escolha na área de tratamento de dependentes
de álcool e outras drogas no Brasil.

A família é uma das instituições mais antigas da humanidade; entretanto, o cuidado em


relação ao tratamento familiar ainda é recente.

A psicoterapia familiar desenvolveu-se nos Estados Unidos, na década de 50, a partir do esforço de
várias áreas da ciência: Medicina, Psicologia, Sociologia, Antropologia etc. A psicoterapia familiar sistêmica
parte da premissa de que aquilo que ocorre com um indivíduo da família atinge todos os demais, direta ou
indiretamente. Reciprocamente, o que acontece à família influencia o indivíduo. Por isso, sua proposta é tratar o
sistema como um todo e não apenas o indivíduo.
Nas décadas de 70 e 80, houve uma ampliação de várias escolas das chamadas psicoterapias familiares
sistêmicas, e essa forma de tratamento psicológico envolvendo toda a família tem sido a mais utilizada nas
abordagens de saúde. A dependência de álcool e outras drogas é um fenômeno complexo, com múltiplas causas,
envolvendo não só aspectos biológicos, como também os psicológicos, sociais e familiares. Em geral, a presença
de uso de álcool e outras drogas traz muito desconforto, sofrimento psíquico e crises no sistema familiar.
Normalmente, a procura de tratamento para a dependência ocorre nesses momentos. A pessoa que está usando
droga busca tratamento “por livre e espontânea pressão”.
Outras vezes, algum familiar procura auxílio para “alguém” de sua família que está com problema de uso
de álcool e outras drogas. As principais queixas e sentimentos da família são: cansaço, impotência,
culpabilização, estresse, raiva e medo.

Como lidar com isso?


Vejamos os principais aspectos das abordagens voltadas para a família dos dependentes de álcool e outras
drogas:
 Acolhimento. No primeiro contato, é feita uma avaliação geral da pessoa dependente e de sua relação
com o contexto social e familiar, tendo por objetivo iniciar a inclusão no tratamento;
 Preferencialmente as famílias devem ser atendidas no momento em que procuram o tratamento; listas
de espera desencorajam a adesão ao serviço;
 A equipe mínima deve ser composta por um médico e um psicólogo familiar com capacitação na área
de dependência de álcool e outras drogas. Estes podem formar multiplicadores para lidar com o tema
adequadamente, evitando reforçar preconceitos, crenças moralistas e culpabilizações sobre o
problema, comumente presentes na família;
 A motivação da família para o tratamento é um fator importante a ser avaliado, assim como a
orientação familiar na fase da desintoxicação;
 Uma das metas do tratamento é a proposta do resgate da autonomia de cada um e da família como um
todo, da competência familiar, do treino de novas habilidades, principalmente em relação à
comunicação e às mudanças de estilo de vida, e o encorajamento para as mudanças.
O que costuma ser abordado na Psicoterapia Familiar?
Em geral, com base na avaliação inicial, na primeira sessão da psicoterapia são discutidas as metas e os
objetivos do tratamento, as metas em relação à interrupção do uso do álcool e outras drogas, e é feito um
“contrato terapêutico”, ou seja, são estabelecidas as “regras” do tratamento. Os períodos de terapia são variáveis,
de três a doze meses, em geral, e cada sessão tem a duração de cerca de uma hora e meia.
A fim de auxiliar a família a resgatar ou desenvolver competências, a psicoterapia familiar deve trabalhar
com temas como: a presença da droga no sistema, a orientação em relação às recaídas, a afetividade, a
comunicação, as tarefas, as defesas e as crenças. Um aspecto importante a ser considerado, no início do
tratamento familiar com dependentes de álcool e outras drogas, é a compreensão dos papéis que cada um exerce
no contexto familiar. No caso de pessoas dependentes de álcool e outras drogas, é comum ocorrer uma inversão
de papéis, quando, mesmo sem estarem preparados emocionalmente para isso, os filhos assumem o papel de
cuidar que deveria ser exercido pelo pai (ou mãe) dependente de álcool ou outras drogas. A esposa se
sobrecarrega de tarefas e, com o decorrer do tempo, assume a “liderança” da casa (papel tradicionalmente
exercido pelo homem), porém com grau alto de estresse.

SAIBA QUE:
Manter a motivação da família durante o tratamento é muito importante. Se puder, assista ao menos a
um dos filmes listados a seguir, cujas tramas envolvem a família e o abuso de drogas:
 Bicho de Sete Cabeças. Brasil, 2001, direção: Lais bodanzky, com: Rodrigo Santoro,
Othon Bastos, Cassia Kiss.
 Traffic EUA, 2000, direção: Steven Soderbergh, com: Michael Douglas, Don Cheadle,
Benício Del Toro, Dennis Quaid, Catherine Zeta Jones.
 Diário de um adolescente, EUA, 1995, direção: Sscott Kalvert, com: Leonardo Dicaprio,
Ernie Hudson, Patrick Mcgaw, James Madio, Mark Wahlberg.

Outro aspecto importante é lidar com a ambivalência. Os modelos de afeto, o apoio e a segurança criam
uma situação de ambivalência para esposa e filhos: no período de abstinência existe carinho e na embriaguez
predomina a agressão. É comum também a oscilação de humor do cônjuge, no estado de embriaguez, refletindo
diretamente sua atitude “mal-humorada” para com os filhos (SPOTH; REDMOND, 1994; GRYNN, 1981).

RESUMO
 A família é a referência básica na formação de uma pessoa e seu conceito é amplo;
 A família brasileira tem passado por transformações e enfrentado vários desafios contemporâneos, entre
eles o abuso e a dependência de álcool e outras drogas;
 A prevenção e o tratamento do uso abusivo de álcool e outras drogas devem incluir a família;
 Atualmente, o enfoque da prevenção é considerado um continuum;
 Um programa de prevenção envolvendo a família deve ser claro nos seus objetivos e voltado para as
necessidades reais da população, levando em consideração os contextos nos quais as famílias estão
inseridas;
 Conhecer a cultura familiar, sua linguagem, crenças e normas também é importante na construção de
programas de prevenção;
 A dependência de álcool e outras drogas é um fenômeno complexo, multicausal, de características
biológicas, psicológicas e sociais;
 As psicoterapias familiares vêm se destacando como uma abordagem importante na área de tratamento de
dependentes de álcool e outras drogas;
 A família deve ser acolhida, orientada e motivada para participar do tratamento.

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