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Realização de despesas para a satisfação de necessidades. Para isto existir é preciso haver
receitas. É chamada atividade financeira dos entes públicos, isto é, a atividade de obtenção e
gestão de receitas e de realização das despesas publicas, reconduz-se quase á perceção,
gestão e dispêndio de dinheiro ou meios pecuniários obtidos junto dos agentes económicos.
Porquê que temos os impostos? O estado tem de ter atividade? Tem de fazer despesas? Se
tivesse não precisava de meios de financiamento e não precisava de haver impostos.
Necessidades coletivas
Satisfação ativa: Numa necessidade de satisfação ativa a pessoa tem de procurar o bem
para satisfazer a necessidade (ex: pequeno almoço, a pessoa tem de procurar o pão na
padaria).
Está justificado o porquê de o estado ter de fazer despesas, porque a prestação de bens
pelos quais não se pode exigir uma contraprestação é uma atividade que não é levada a cabo
pelos particulares, pois os particulares movem-se pelo fito do lucro e o estado não. Por força
da CRP cabe ao estado produzir estes bens a que chamamos coletivos / bens públicos porque
satisfazem as tais necessidades coletivas ou públicas de satisfação passiva.
O estado faz despesa e vai precisar de ter meios de financiamento para fazer face às
despesas.
Meios de financiamento
Preços
Empréstimos
Impostos
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As receitas podem ser preços (o estado tem bens dos quais pode exigir uma contrapartida,
como por exemplo terrenos para arrendar, etc. Receitas patrimoniais), recorrer a empréstimos
/ ao crédito público (estado a contrair empréstimos) e impostos (cuja grande característica são
prestações que o estado está legitimado a exigir aos cidadãos sem ter de dar nada em troca.
Por um lado, o estado é obrigado a realizar atividades, produzir bens pelos quais tem despesa
relativamente aos quais não pode exigir nenhuma contraprestação. Por outro lado, é aquele a
quem a CRP consente e prevê a possibilidade de exigir contribuições sem lhes dar nada em
troca. Por um aldo há a produção do bem que acaba por ser disponibilizado porque há
passividade no consumo, mas por outro lado tem legitimidade de exigir prestações aos
cidadãos independentemente de uma contraprestação).
Do lado das receitas devemos separar estes 3 tópicos em receitas voluntários e receitas
coativas.
Receitas voluntarias (há vontade de quem realiza a prestação) – Preços que decorram de
negócios jurídicos que os estados realizem à semelhança dos particulares (receitas
patrimoniais); em regra os empréstimos são voluntários pois são um tipo de divida publica,
tirando situações excecionais de empréstimos públicos forçados, os capitalistas apenas
emprestam se quiserem.
Receitas coativas (não há elemento de vontade) – preços fixados autoritariamente pela lei
(taxas), como no caso das consultas do médico, não podemos negociar.
Quando estamos perante as taxas aqueles bens que satisfazem as necessidades coletivas
(de satisfação passiva) são chamos bens públicos, mas o estado também produz bens que para
além de satisfazer necessidades coletivas satisfazem necessidades individuais (satisfação
ativa). O bem do SNS satisfaz necessidades públicas (as pessoas sentem-se seguras com as
vacinações, rastreios e etc.) mas ao mesmo tempo se um individuo precisa de uma consulta
procura o bem e aí já lhe é exigida uma contraprestação. As taxas dizem respeito a bens
públicos, mas como eles satisfazem 2 necessidades (coletivas e individuais) por isso são bens
semipúblicos. Por fim encontramos os impostos.
Este direito financeiro público como conjunto de regras do estado acaba por se desdobrar
em normas jurídicas que nos permitem identificar um direito das despesas, (regras, etc.) um
direito das receitas e um direito da administração financeira onde na prática releva o direito
orçamental.
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atividade financeira dos entes públicos não é uma atividade homogénea pois está diversificada
em diversas operações relativas aquisição e à gestão das receitas e à realização das despesas.
Compreendemos assim porque que o direito financeiro se apresenta como heterogéneo de
normas jurídicas.
Neste direito podemos falar num direito patrimonial (diz respeito como se regula e
enquadra o património do estado e a possibilidade de alienar e gerar receita), direito do
crédito públicos (normas dentro do direito financeiro onde o estado contrai empréstimo) e
direito das receitas (direito tributário porque aquelas prestações coativas (receitas coativas -
taxas e impostos) são qualificadas como tributos. Quando se fala em tributação em sentido
rigoroso estamos a referir as receitas que o estado obtém pelas receitas fixadas).
O que difere os países de pagar mais ou menos impostos? Porque que a noruega paga
menos impostos? É um país que vende petróleo, logo o estado tem um património que gera
receita de vulto por isso é menos justificado o estado ir buscar aos cidadãos receita através de
impostos.
Com o advento do estado liberal o estado foi esvaziado do património, a ideia de que o
estado não devia interferir na sociedade levou a um esvaziamento patrimonial do estado, o
estado tem bens e empresas, mas o que tem foi porque se foi apropriar delas em processos.
Prof Casalta Nabais diz que o nosso estado não tem património suficiente para satisfazer
necessidades coletivas para fazer face a estas despesas.
Passando à hipótese dos empréstimos, a crise da dívida pública em 2007 e 2008 pôs o
nosso país numa situação complicada. Antes da intervenção da TROIKA os juros eram
altíssimos porque tinha medo que o estado não pagasse. Nestes anos mais recentes o estado
não patrimonial com limites fortes ao endividamento a pressão das receitas começou a
aumentar, por isso os impostos e as taxas foram agravados porque a pressão maior vai para o
tributo, pois o estado sendo não patrimonial e estando com limitações relativamente ao
crédito.
Direito tributário
O quê que os une? São tributos, prestações coativas, prestações fixadas por lei.
Impostos
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Qual é o critério e pressuposto para exigir imposto ao cidadão? Rendimento.
O estado precisa de dinheiro e tem de procurar junto de quem tenha dinheiro. Quem tem
dinheiro? Quem tem rendimento, património (manifestações de riqueza/ capacidade
contributiva). Os impostos decorrem pela capacidade contributiva.
O período referido é o período do ano financeiro, sabemos que coincide com o ano civil (1
de janeiro a 31 de dezembro). O ano para efeitos contabilísticos e para efeitos fiscais (em
particular imposto sobre o rendimento) coincide com o ano civil.
O que interessa é como começamos e como acabamos. Não interessa as oscilações durante
o ano.
RENDIMENTO
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Rendimento
Porquê que é acrescido do consumo? Ao rendimento bruto ou líquido devem ser deduzidos
os encargos necessários. (Ex: imóvel arrendado, tem o dinheiro das rendas, mas, no entanto,
tem os encargos de pagamento dos condomínios, despesas de conservação do imóvel, etc.)
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IRS consideram-se: Rendimentos + despesas. Não se é perguntado o que fez aos
rendimentos. Desconsidera o que pode ter desaparecido nesse acréscimo por via do consumo.
As retenções na fonte (descontos) é uma dedução feita ao rendimento que assim a pessoa
tem o tal valor bruto e já vai descontar uma parte deduzida para respetivos impostos que
deverá pagar, assim se gastar tudo os impostos já foram pagos ao longo do ano senão o estado
corria o risco de ao fim do ano as pessoas gastarem o dinheiro e não terem para pagar.
Elemento objetivo
Elemento subjetivo
Elemento teleológico ou finalista
Objetivo:
Muitas vezes houvesse a expressão “definitiva e não reembolsável” as pessoas pensam que
recebem reembolso do IRS, mas a obrigação de imposto é cobrada ao longo do ano, através do
pagamento de conta e retenção na fonte. Ao fim do ano, verifica-se o que se foi pagando, se
foi pago a menos deve o contribuinte pagar o restante, se foi pago o devido não há qualquer
problema, se for pago a mais há que entregar esse valor a mais o que é uma espécie de
reembolso, um reembolso do valor pago em excesso e não um reembolso do IRS como é
entendido pela comunidade.
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Coativa - Art.36º/1 e 2 LGT - a prestação de imposto é fixada por lei, a fonte da
obrigação de imposto é a lei, daí que se diga que se trata de uma obrigação ex legis.
Não se confunda quando se aponta como característica dos tributos a coatividade porque o
que está a querer dizer é que a coatividade tem como fonte a lei e que o nascimento da
obrigação vai resultar de se verificarem os pressupostos que a lei estabelece (factos
tributários).
Se não se pagar o imposto quando ele é devido no prazo de pagamento – execução fiscal
para cobrança coerciva.
Esta característica também existe nas taxas. Nas taxas pode-se optar por querer ou não
querer certo serviço e a vontade já releva e pode-se optar.
Subjetivo:
Teleológico:
Ponto 2.1. livro – 9 linhas – “o imposto é objetivamente uma prestação coativa … vontade
das partes”. – Porquê que o imposto é uma prestação coativa explicação do livro
“Nasce … encontro com a lei” - o encontro do facto com a previsão da norma faz existir
imposto.
A matéria relativa aos impostos está prevista nos Art.103 e 104º da CRP. Todos têm de
pagar impostos não deve haver discriminação, o critério utilizado é o da capacidade
contributiva. A lei tem uma revisão que estabelece os factos que geram a obrigação de
imposto então os factos da vida que se subsumem na lei implicam que a pessoa em questão
pague o imposto. A CRP determina que a competência é da AR, ou ela legisla sozinha ou
autoriza o governo a legislar.
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as ditas taxas. Nos casos em que há bilateralidade não há controlo parlamentar e já há
possibilidade de o estado e os entes públicos menores (autarquias) de base territorial poderem
criar taxas.
Hoje sente-se muita pressão sobre os tributos supostamente bilaterais. Em alguns são
criados como tributos bilaterais, mas, no entanto, não encontramos a contraprestação. Se não
encontrarmos a contraprestação e não tem origem um ente público não há admissibilidade de
pagamento e é inconstitucional. Os contribuintes podem resistir ao pagamento e negá-lo.
Unilateralidade do imposto.
O pressuposto para que alguém tenha de pagar imposto é a sua capacidade contributiva.
Quando se usa um tributo bilateral de forma particular a onerosidade é a regra já se for um
uso comum (ex: usar a via publica) não deve existir cobrança.
Nota 23- usar um jardim, circular no passeio – uso comum do domínio publico, mas que
estabelece um tributo unilateral quando se trata do uso comum é excecional. No entanto,
quando se trata de usar como uso privado a onerosidade é a regra.
Licenciamento
Conceito das licenças fiscais – não é um conceito legal – a doutrina tem reconhecido
situações em que lhe podemos chamar licenças fiscais (não está na lei), a doutrina criou este
conceito para as situações em que o limite jurídico não existe, o obstáculo não é um obstáculo
real em razão de um interesse público administrativo que interessa acautelar, mas o limite
jurídico foi artificialmente erguido para poder lugar a um processo de licenciamento que o
remova e possa ser exigida a taxa. Ex: fixação de painéis publicitários nos automóveis, etc.
05/03/2020
Continuação do imposto
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6. Remoção do obstáculo jurídico.
Art.4º/3 LGT refere as contribuições especiais. Casalta Nabais questiona se será uma
terceira categoria de tributos.
As contribuições financeiras diferem-se das taxas, embora pelo seu regime sejam
consideradas taxas têm natureza grupal tal como as contribuições especiais. Tem a ver com
situações em que ao contrário da prestação do serviço publico, portanto das taxas existe
uma relação para comutativa. Há uma presunção de que os destinatários retiram benefício
do ente publico ou causam custos/prejuízos ao ente publico.
A figura dos tributos tem sido objeto de uma visão dicotómica bipartida e binaria que os
distribui por tributos unilaterais ou impostos e tributos bilaterais ou taxas, ou de uma
divisão tripartida ou ternária, que distingue entre impostos, taxas e contribuições ou
tributos especiais.
As contribuições financeiras diferem-se das taxas. Têm natureza grupal, tal como as
contribuições especiais. Tem a ver com situações em que, ao contrário da prestação do
serviço público concreto, portanto, nas taxas, existe uma relação paracomotativa, há uma
presunção de que os destinatários retiram benefício do ente publico ou causam custos
(prejuízo) ao ente publico.
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Tributo Estrutura Critério/medida
Imposto Unilateral Capacidade contributiva
Taxa Bilateral Proporcionalidade/
prestações/ contraprestações
Contribuições especiais Unilateral Cap. contributiva
Contribuições financeiras Bilateral Proporção entre prestação
e contraprestação
1. O da bilateralidade
2. O da proporcionalidade.
Não basta que um tributo tenha caracter bilateral para aferir da sua constitucionalidade, é
necessário que tenha uma proporcionalidade. Se concluirmos pela inexistência de
bilateralidade, já não vale a pena fazer o teste da proporcionalidade. Só passamos ao teste da
proporcionalidade se houvesse bilateralidade, ou seja, os requisitos são cumulativos.
O imposto obedece ao princípio da legalidade fiscal e a sua medida tem como base o
princípio da capacidade contributiva.
Tarifas
A questão das tarifas é um modo que surge na lei de identificar taxas em que se reconhece
um certo tipo de características que não é um conceito legal.
É uma taxa, mas além da exigível equivalência jurídica de prestações que é própria da taxa
na tarifa tende haver uma equivalência económica, ou seja, o produto pago tende a ter
equivalência económica ao serviço que é prestado.
Ex: uma consulta no centro de saúde e paga pela consulta não há de todo equivalência
económica, muito menos se partirmos para a parte dos exames em que se paga 4/5€ quando
na realidade eles custam muito mais.
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Art.3º/3 LGT
No caso dos tributos bilaterais não há reserva de lei parlamentar para os criar.
Temos uma crise legislativa tributária porque até hoje a Assembleia não aprovou o regime
geral das taxas e das contribuições financeiras.
Há um regime geral das taxas das autarquias locais, como não há reserva de lei parlamentar
para criar taxas, a lei por força do Art.165º CRP aprovou o regime geral das taxas das
autarquias locais o que quer dizer que ela tem de se conformar. Art.4º/2 RGTAL
Direito público
Constituição fiscal, nós somos um estado fiscal/ ume estado não patrimonial.
Existem muitos conceitos que provém de outros ramos de direito (ex: herdeiros, salários…)
que são aplicados em Direito Fiscal da exata forma como são definidos no ramo de direito de
que provêm. Existem algumas exceções, casos em que o Direito Fiscal molda o conteúdo ou
conceito do termo usado, mais isso deve constar da própria norma.
Há quem considere que o Direito Fiscal é um sub-ramo do Direito Administrativo, uma vez
que a cobrança de imposto é uma atividade administrativa. Mais do que os impostos, são os
tributos.
O Direito Fiscal está relacionado com o Direito Penal e contraordenacional devido aos
atrasos no pagamento por parte dos contribuintes. As contraordenações, muitas vezes, são
institutos de opressão, principalmente quanto a pessoas coletivas, visto que o valor pedido no
fundo é a “sentença de morte” da pessoa coletiva.
O Direito Fiscal também está intimamente ligado ao Direito Privado, em especial o Direito
das Obrigações.
Ideia de nascimento e morte. Precisamente porque o que se suscita tem a ver com o seu
nascimento e a sua morte (extinção da obrigação de imposto).
2 Momentos essenciais:
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1. Estabelecimento / criação / instituição ou incidência - momento legislativo de
intervenção da lei que vai criar o imposto. Trata-se de definir o se e o quanto a pagar, ou seja,
define-se o facto gerador de imposto ou o facto tributário, os sujeitos ativos e passivos, como
se quantifica o rendimento e como se qualifica o montante a pagar.
Ponto 3 no livro
Não tem assente ou fonte na lei. Distinção que a doutrina faz que pelas suas características
procede à sua catalogação.
Quanto aos económicos aponta-se o critério financeiro, critério económico strito sensu ou
da contabilidade nacional e o critério da repercussão económica.
1. Critérios económicos
1.1. Critério financeiro
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O IMT (imposto municipal de transmissão onerosa de imoveis).
IRS – imediato
Este critério tem em conta a natureza económica dos impostos integrando-os ou não nos
custos de produção das empresas.
Diretos – não integram preços (não constituem custos de produção das empresas).
IRC – numa sociedade é considerado como custo para apurar o próprio rendimento da
sociedade? Não. Nesta medida é imposto direto. Uma sociedade quando apura um lucro paga
esse lucro, mas esse lucro não é dedutível.
Dedutíveis – indiretos.
Repercutíeis – indiretos.
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Repercutir significa transmitir, releva falar do IVA – Art.37º do CIVA – há uma obrigação
formal de repercussão. Quanto ao IVA do imput é a compra do que vai vender e o IVA do
autput será a venda a 3º do que comprou.
IVA – imposto que incide sobre a despesa. O comprador paga o preço + o IVA. Desde que se
começa a produção de um bem e há uma venda para um sujeito passivo que vende a outro,
cada um na transação que faz a seguir está a exigir preços superiores e sobre isso líquido
imposto. A quem ele comprou pagou imposto (IVA dos inputs, das entradas) mas quando ele
vende ele cobra imposto ele próprio (IVA dos autputs).
EX: empresa de peles 1000€ + 23% do IVA. Alguém fez a tintura das peles para vender para
a indústria do sapato e vai vender por 2000€ + 23% do IVA.
Quem é a pessoa que o imposto/a lei pretende que sofra o desfalque com o imposto?
Consumidor.
Nesta operação acima, como se faz para que aquele que comprou por 1230€ não sofra os
230€ de imposto? Método da subtração indireta - 460output - 230input= 230€ a entregar ao
Estado. Este agente económico suporta de IVA 0€. Se aos 460€ fica com 230€ para si.
O consumidor pode repercutir este imposto? Não. Porque se isto é o imposto sobre o
consumo visa que a manifestação da capacidade de consumir manifesta-se no consumidor. O
IVA é um imposto de repercussão.
O IVA é repercutivel porque a própria lei permite que ele funcione assim. Já o IRS não é um
imposto de repercussão.
Cidadão individual cobra 100€ pelo serviço de canalização temos aqui um rendimento. 100€
- IRS. Se emitir um recebo está a denunciar que recebe 100€ deduzido o imposto imaginemos
de 25% se a pessoa quer recibo o preço tende a aumentar.
2. Critérios jurídicos
são impostos diretos ou com lançamento naqueles em que haja um ato administrativo de
lançamento ou ato tributário e impostos indiretos ou sem lançamento aqueles em que esse
ato não tenha lugar
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2.2. Critério do rol administrativos
Se o facto tributário tiver caráter duradouro ou continuado (tem por base situações
estáveis que se prolongam no tempo mantendo-se ano após ano gerando obrigações
periódicas) estamos perante um facto sobre o qual recai um imposto direto já se o facto
tributário tiver caráter instantâneo (existência de um facto isolado ou factos sem continuidade
entre si) estamos perante um facto gerador de impostos indiretos.
Esta distinção vem coincidir com a distinção entre impostos periódicos (duradouros) e
impostos de obrigação única (instantâneos).
Elemento temporal do facto tributário – o IRS incide sobre que rendimento? Art.1º Sobre o
rendimento anual. O aspeto temporal é uma realidade que assenta continuada no tempo.
Há outros impostos que o facto tributário não tem esta natureza continuada, mas é
instantâneo. Ex: facto tributário é cada transação que há. IMT – sobre a transmissão, mas o
sujeito passivo é o transmissário. Ele é instantâneo não tem aspeto temporal duradouro. Já o
IMI não, ele incide sobre o proprietário que detém o imóvel, ainda que o sujeito passivo seja o
proprietário a 31 de dezembro o IMI tem natureza continuada. Quem tiver imoveis e os detém
há 2 ou 3 anos ao fim de cada ano paga o IMI.
Os prazos nos impostos periódicos contam-se a partir do fim doa no em que se verificou o
facto tributário. Os prazos nos impostos de obrigação única contam-se a partir da data em que
ocorreu o facto tributário.
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Há impostos que tributam a matéria coletável objetivamente determinada, é a incidência
real ou objetiva sobre a qual recai essencialmente o imposto real. No imposto pessoal a
tributação ocorre tendo em conta a pessoa do contribuinte, recai maioritariamente sobre a
incidência pessoal ou subjetiva.
O imposto real tem incidência real e pessoal e o imposto pessoal tem incidência pessoa e
real (ex: IMI incide sobre o valor patrimonial do imóvel, ao que se designa incidência real e
recai sobre o proprietário do imóvel, ou seja, é a incidência pessoal, no entanto, o imposto
foca-se na matéria coletável e não no contribuinte, não considera as situações de vida das
pessoas, o imposto é sempre o mesmo, por isso, é um imposto real).
IMI é um imposto que incide sobre o valor patrimonial dos imoveis – incidência real
IMI não vai ter qualquer atenuação conforme o ganho de cada pessoa etc. O IMI tem
incidência real. Pode haver elementos de pessoalização. De há uns anos para cá previu uma
situação que relativamente a imóveis de valor reduzido em que o titular e o seu agregado
familiar têm rendimentos baixos consagra isenção de imposto.
Nos impostos de quota fixa a lei determina que o montante a pagar por cada contribuinte é
uma importância fixa, nos impostos de quota variável o imposto a pagar determinado por lei
varia em função da matéria coletável ou tributável.
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Camisa com preço de 100€ o IVA é de 23%
O imposto apurado ao aplicar esta taxa, o montante de imposto varia ou não? Sim, porque
se comprar a camisa por 100€ pago 23€ de imposto, ou seja 123€, se comprar a camisa por
50€ pago de imposto apenas 11,5€, por isso paga-se 61,5€. A quota de imposto variou em
razão da matéria coletável. Só que variou proporcionalmente, o imposto que é exigido por
cada euro de matéria coletável é sempre o mesmo. Por cada euro paga-se sempre 0.23€.
Noa é uma tipologia legal, esta distinção faz-se com base na titularidade ativa (Art.18º/2 da
LGT) de impostos quando o credor ativo seja o estado ou entes territoriais públicos.
Públicos - Se forem regiões autónomas são impostos regionais, ou podem ser impostos
locais se se tratar de autarquias.
Ex: O IRS tributa o rendimento das pessoas coletivas e o rendimento do jogo é especial.
(ponto 4.6 do livro) IMI e imposto selo são impostos especiais. No património não há impostos
gerais sobre o património, porque isto seria haver um imposto a todo o património que temos,
temos impostos especiais que tributam parcelas do património - caso do IMI que tributa o
património imobiliário.
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Existem por si ou depende a sua existência da pré-existência de outros impostos.
Atendendo a técnica de incidência os impostos acessórios podem assumir 2 modalidades:
adicionamentos e adicionais.
A finalidade típica dos impostos é a obtenção de receitas. A própria CRP tem como critério
e medida a capacidade contributiva, o que nos reporta ao elemento teleológico ou finalista do
conceito de imposto (atras abordado). Os impostos fiscais têm esta finalidade de obtenção de
receita, já os impostos extrafiscais têm outras finalidades, têm objetivos de natureza
económica e social. Ex: impostos para evitar a poluição.
O direito dos impostos está moldado pela constituição fiscal, ou seja, por um conjunto de
princípios jurídico constitucionais disciplinares quer de “quem”, “como”, “quando” tributar
(limites à tributação de caracter formal), quer do “que” e do “quanto” tributar (limites À
tributação de caracter material).
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Ao nível dos limites de caracter formal releva o princípio da legalidade fiscal, o princípio da
segurança jurídica e a proibição do referendo fiscal.
Ao nível dos limites de caracter de caracter material releva o princípio da igualdade fiscal, a
consideração fiscal da família, o respeito pelos direitos fundamentais e o princípio do estado
social.
Há normas que regulam essas matérias mais relevantes que outras. Uma norma que fixe o
âmbito da obrigação do sujeito passivo (tributar todos os rendimentos) têm a mesma
dignidade que as normas que fixe a forma de pagamento (dinheiro, transferência)? É mais
grave em termos do interesse do contribuinte definir o novo facto tributário Art.15º do que
alterar as regras sobre a cobrança.
Os ADT (acordos de dupla tributação) eles são acordos de eliminação da dupla tributação.
Pode haver acordos destes entre mais do que dois estados? Podem, mas de acordo com a
convenção modelo da OCDE que é uma convenção quadro, tendem a ser bilaterais, mas nada
impede que sejam multilaterais.
“Do quem” – neste quem estão as pessoas que têm capacidade contributiva.
“O que” – matéria coletável, quando falamos da incidência real e pessoal usa-se uma
expressão não técnica dissemos que são as que determinam o que é tributado e no pessoal
quem é que é tributado.
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“Quanto”
Tem relevância devido à reserva legal da criação do imposto, ou seja, a CRP vai determinar
a quem compete a criação do imposto. Resulta da CRP a autoimposição do imposto, isto
significa que os impostos têm de ser aceites pelos contribuintes, é a ideia de Auto
consentimento ou Auto tributação. Esta ideia de autoimposição desdobra-se em 2 pontos:
votação anual dos impostos (todos os anos são renovados) e a exigência de criação através de
lei dos impostos.
Princípio da legalidade
Formal – temos de ter em conta que os elementos essências do imposto previsto do 103º/2
da CRP são aqueles sobre os quais este princípio incide uma vez que só haverá intervenção
parlamentar para fixar ou para criar o imposto se se verificarem um destes elementos. De
acordo com o art.165º/1, i), 1ª parte da CRP a AR quando tem competência para legislar sobre
o imposto poderá autorizar o governo a proceder a essa legislação, consiste numa delegação
de competência. Temos de ter em conta que o governo quando tiver autorização para legislar
só pode fazer por decreto-lei. O Ministro das finanças não tem capacidade para legislar sobre o
imposto uma vez que utiliza um regulamento.
Outras matérias dos impostos que não sejam discriminadas no Art.103º/2 da CRP como por
exemplo os prazos ou os modos de pagamento não serão fixadas por reserva legal
parlamentar.
Art.103º/3 da CRP e deve-se ter em conta o Art.8º/2, a) da LGT estes dois artigos levam a
conclusão de que a liquidação e a cobrança dos impostos não podem ser disciplinadas por
regulamentos. Há, no entanto, uma exceção: regulamentos das autarquias locais que podem
versar sobre a matéria essencial dos impostos.
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Significa que por razoes de justiça é permitido ao legislador, entre outras coisas usar
conceitos indeterminados. Ex: Art.2º/4 do CIVA
É possível dizer que o primeiro vetor do princípio da segurança jurídica está desativado
devido ao princípio da não retroatividade do Art.103º/3 da CRP.
Até à revisão de 1997 não havia uma redação relativa à não retroatividade, mas isso queria
dizer que se aceitava a retroatividade? E a proibição da retroatividade que surgiu em 1997 é
uma retroatividade total? O princípio da segurança jurídica vem resolver estes problemas,
chega-se à ideia de retroatividade verdadeira ou própria, sendo necessário distinguir os seus
vários graus de retroatividade.
Art.12º da LGT (nível legal) – é a eficácia temporal da lei fiscal que aborda a retroatividade.
Deve-se atender ao ponto 21.1. do livro
O Art.12º da LGT tem por destinatários os aplicadores das normas (juízes, particulares,
administração, etc.).
A preocupação em proibir o referendo fiscal foi tao grande que levou o constituinte a
proibi-lo duas vezes do Art.115º/4, b) da CRP, proibindo-o enquanto matéria tributária e
enquanto matéria financeira (onde está incluída a matéria tributária).
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A maioria dos argumentos contra o referendo fiscal podem servir igualmente contra a regra
“um homem um voto”, ou seja, contra o princípio da universalidade do voto.
Casalta Nabais defende que o referendo fiscal não deve ser excluído absolutamente, pois
pode vir a ser um instrumento que altere para melhor o atual estado fiscal (“domesticação” do
estado fiscal).
O estado deve ou não cobrar impostos? Não. Punha em causa se o estado é ou não um
estado fiscal. Seria a negação do estado. Nesta medida o livro faz uma “proibição” do
referendo fiscal nos princípios anteriores.
Não há um princípio da igualdade fiscal expresso na lei, este decorre do princípio geral de
igualdade presente no Art.13º da CRP.
2. Uniformidade – o pagamento dos impostos deve ser feito segundo um critério uniforme.
É assumido o critério da capacidade contributiva, o que implica igual imposto para os que
dispõem de igual capacidade contributiva (igualdade fiscal horizontal) e diferente imposto para
os que dispõem de diferente capacidade contributiva, mas o pagamento do imposto deve ser
feito de forma proporcional a essas diferenças (igualdade fiscal vertical). Neste segundo caso, a
proporcionalidade encontra o seu fundamento no princípio do estado social, essencialmente
de acordo com a distribuição dos rendimentos e não encontra esse fundamento no princípio
da igualdade.
Princípio do rendimento disponível: impõem que à soma dos rendimentos líquidos sejam
abatidas as despesas privadas, sejam as imprescindíveis à própria existência do contribuinte
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(mínimo de existência individual), sejam as necessárias à subsistência do casal e sua família
(mínimo de existência conjugal ou familiar). Este princípio tem expressão no Art.104º/1 da
CRP, bem como no Art.6º/1 da LGT.
O direito dos impostos não está imune à influência dos direitos fundamentais é em
homenagem a esses direitos que algumas constituições estabelecem imunidades fiscais que
alargam o conteúdo constitucional desses direitos.
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Princípio do estado social
Estado Social = Estado Robim dos Bosques. O Estado não é liberal, este quer intervir
corrigindo desigualdades e dirigir o comportamento dos cidadãos.
O Art. 81º, b) do CRP diz que o Estado deve assumir a tarefa de diminuir as desigualdades,
corrigir a injustiça na distribuição do rendimento e que o sistema fiscal é um instrumento de
correção das desigualdades (objetivo da igualdade social).
O Art. 103º/1 da CRP diz expressamente que cabe ao sistema fiscal uma função
redistributiva do rendimento e da riqueza, isto é, o sistema fiscal deve corrigir essa distribuição
do rendimento e da riqueza, usando o imposto para que quem obtém mais rendimento e, por
conseguinte, mais riqueza contribua mais.
Assim sendo, conjugando o Art. 81º, b), 103º/1, 104º/1 da CRP verifica-se que é de a
incumbência do Estado usar os impostos para tributar mais aqueles que têm níveis mais
elevados de rendimento e riqueza, para por essa via conseguir realizar mais prestações sociais
– verifica-se aqui a situação em que o princípio do estado social que conflitua com o princípio
da igualdade fiscal.
Em suma: este pode ser próprio (incide sobre impostos próprios da UE; Ex: pauta aduaneira
comum.) ou interestadual (releva nas relações entre estados, especialmente determinando
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impostos através de diretivas; também existe ao nível dos rendimentos das pessoas coletivas;
Ex: IVA).
Convenções:
de dupla tributação (CDT) – têm também presente a luta contra a evasão e
fraude fiscal. São baseadas no Modelo de Convenção Fiscal sobre o Rendimento e no
Património na OCDE.
Acordos de troca de informação (ATI) – assentes também num Modelo de
Convenção da OCDE tendo tido um desenvolvimento extraordinário nos últimos anos.
IRS
É um imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (residentes em território nacional
que são tributadas pela totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora de
Portugal, segundo o princípio da universalidade – World Wide Income Principle – e não
residentes que são tributados pelos rendimentos obtidos em Portugal).
Art.104º da CRP é o rendimento da pessoa singular física, o qual é único e progressivo,
atendendo a necessidades e rendimentos do agregado familiar.
Decreto-lei 442-A/88 de 30 de novembro – manifesta a coatividade do IRS.
Rendimento - noções fiscais:
• rendimento em sentido estrito - é um acréscimo em bens obtidos durante o período a
título de contribuição para a atividade produtiva. É o que é adquirido sob a forma de salários,
juros, rendas ou lucros. E como a soma destes rendimentos individuais corresponde ao valor
dos produtos, temos aqui o rendimento-produto.
• rendimento em sentido lato - é qualquer acréscimo em bens obtidos durante o período
e que podem ser utilizados sem dano do património inicial. Pode ser heranças, ganhos e lucros
de jogos (ex: totoloto), mais-valias e pensões. Este rendimento engloba o rendimento-produto
e outros acréscimos patrimoniais. Trata-se do rendimento-acréscimo.
O rendimento que se diz ser índice da capacidade tributária é o rendimento-acréscimo.
Contudo, tanto o rendimento-produto como o rendimento-acréscimo são líquidos.
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O rendimento pode ser obtido em dinheiro (monetário) ou pode ser obtido em bens
(espécie). Todavia, estes últimos, muitas vezes, não são tributáveis, porque o fisco não se
apercebe da sua existência, por exemplo. Por outro lado, o rendimento pode ser constante ou
variável, regular ou irregular. Nos casos em que o rendimento é irregular, por norma, os
contribuintes pagam mais imposto, podendo gerar-se desigualdades.
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Atualmente - Art.2º a 12º do CIRS:
• categoria A - manteve-se como estava anteriormente.
• categoria B - passou a denominar-se rendimentos patrimoniais e profissionais.
• categoria C e D - fundiram-se na categoria B.
• categoria E - manteve-se.
• categoria F - manteve-se.
• categoria G - passou a denominar-se incrementos patrimoniais (englobam as mais-
valias, entre outros, inicialmente os jogos e concursos inseriam-se aqui, mas passaram a ser
tributados no imposto de selo).
• categoria H - manteve-se.
• categoria I – desapareceu.
O Art. 8º/1 CIRS reflete o momento dos factos geradores de imposto, os factos tributários,
neste caso, o rendimento.
Também se tem de fixar quem são os sujeitos, em especial os sujeitos passivos, assim
sendo, tendo em conta que o 1º momento estava referido nos Art.2º a 12º CIRS, recorre-se
aos Art.13º a 21º do CIRS.
O sujeito ativo não é referido no Código, mas este é o Estado, uma vez que é a entidade
que cobra o imposto.
O sujeito passivo, em regra, é o contribuinte, mas pode haver outros sujeitos (Ex: alguém
obrigado à prestação por sucessão mortis causa; alguém que tenha responsabilidade fiscal
relativa a sociedades comerciais - gerente).
Art. 5º/2, h) do CIRS - se a sociedade tem o lucro, a distribuição do lucro pelos sócios será
tributada como categoria E. O lucro é tributado em IRS à sociedade. O sócio, em posição
singular, pode ser tributado nessa sua parcela de lucro se exercer a atividade em nome
próprio, a título individual (Ex: numa mercearia, o proprietário do negócio compra bens para
vender, é a categoria B – Art.3º/1, a) CIRS).
Art. 1º a 11º + 12º do CIRS - incidência real.
Art. 2-A e 12º CIRS - são normas de delimitação negativa da incidência. Não são tributados,
então pergunta-se se são isenções? A resposta é não, não serão verdadeiras isenções, mas sim
situações de não incidência ou não sujeição.
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As deduções fazem-se individualmente a cada imposto, daí se designarem deduções
especificais - Art.22º/1 do CIRS "...deduções..." Art.25.º a 54.º do CIRS (cat. A a H).
Havendo perdas aplica-se o Art.55º do CIRS (benefício das perdas).
Aos rendimentos em que se vai aplicar a regra geral do englobamento Art.22.º/1 do CIRS
aplicam-se as taxas progressivas do Art.68º do CIRS. Aos rendimentos em que não se aplica o
englobamento vai-se aplicar as taxas especificas dos Art.71º e 72º do CIRS.
N.º 3, a) não residentes
Nº 3, b) residentes. Dos Art.71.º e 72.º do CIRS
Dedução da categoria A
Não permite fazer deduções de despesas em concreto. A única dedução é de 4 104€ (ex:
despesas com combustível, aquisição de materiais, etc… não é dedutível).
Em algumas categorias, após as deduções, o rendimento pode dar negativo. Tal é frequente
nos rendimentos da categoria F.
Art.55º do CIRS – dedução das perdas: vai ser redutível aos rendimentos da mesma
categoria (o valor negativo pode ser reportado aos 6 anos seguintes). Antes de 2015, haveria
comunicabilidade entre as categorias, pelo que se fazia a compensação. Agora não há
comunicabilidade das perdas.
Art.25º/1, a) do CIRS – Ex: o contribuinte tem um rendimento de salários de 6 000€, o
rendimento líquido é de 1 896€; se o rendimento dos salários for 4 000€ no que toca a
rendimento líquido, só iremos deduzir 4 000€, ou seja, não há dedução (“até à sua
concorrência”).
Art.25º/1, b) do CIRS – outras deduções que se podem fazer (ex: quotizações sindicais –
alínea c); rescisão unilateral do contrato – indeminização).
Art.25º/2 do CIRS – contribuições para a segurança de 6 000€, pode haver a dedução desse
valor.
Tudo isto aplica-se à categoria H.
Dedução da categoria E
Art.40º do CIRS - presunção de rendimentos se tivesse havido empréstimo.
Art.40º-A do CIRS – os rendimentos de capitais estão sujeitos ao englobamento?
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Art.22º/3, b) e 71º/1, a) do CIRS – quanto aos lucros distribuídos aos sócios. Portanto não
haverá englobamento. Eventualmente, também podem ser tributados pelo Art.72º/1, d) do
CIRS (se não houver retenção na fonte). Porem, o contribuinte tem a opção de englobar.
Considerados em apenas 50% do valor. Distribuídos os lucros pela sociedade, com sede em
Portugal – 50% dos lucros que optou por englobar.
Lucros = 10 000€, 50% = 5 000€. A sociedade vai fazer ainda assim a retenção na fonte de
28%, contudo, este valor vai ser deduzido à coleta.
Nos termos do Art.28º/2 do CIRS se no ano seguinte não ultrapassar os 200.000€, aplica-se
o regime simplificado. Se ultrapassar, aplica-se o regime da contabilidade, mas se estivermos
no regime da contabilidade e o valor for superior a 200 000€, será dada a opção de escolha dos
regimes ao sujeito – Art.28º/3 do CIRS.
O Art.28º do CIRS deve ligar-se ao Art.31º do CIRS
O nº3 permite que o sujeito passivo possa optar pelo regime.
• Ex: se ligarmos o 28 ao 31º, a determinação do rendimento líquido tributável, obtém-
se através dos seguintes quocientes:
Alíneas do 31/1
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a) 0,5
b) 0,75 (tabela 151º)
Dedução da categoria G - Art.42º e ss do CIRS: não existem deduções, exceto nas mais-
valias – Art.43º do CIRS.
Art.10º/1 e 4 CIRS - é necessário tê-lo em conta para as deduções da categoria G.
Art.43º/2, b) CIRS - anteriormente só existia a alínea b), a alínea a) agora serve para
situações excecionais (não é muito relevante). A situação mais comum é a da alínea b), depois
de calculada a mais-valia, só será englobado 50% da mais-valia.
Se a aquisição do imóvel foi anterior à entrada em vigor do CIRS (1/1/1989), a mais-valia
não estará sujeita a dedução - Art.5º Decreto-lei 442-A/88 de 30 de novembro.
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Cláusulas anti abuso: Art.38 nº2 LGT - é uma cláusula geral, existindo um procedimento
próprio. Exemplo disto será a dedução da categoria F - Art. 41 CIRS que desconsidera o gasto
em eletrodomésticos, mobiliários, etc… para evitar o abuso.
Eficácia das normas jurídico-fiscais: existe a eficácia temporal e a eficácia espacial. Quanto à
temporal, colocam-se 3 problemas: o início da vigência, a cessação e a sucessão das normas
(aqui levanta-se a questão da não retroatividade).
Quanto à espacial, rege-se pelo princípio da territorialidade. O legislador desconsidera a
nacionalidade e opta pelo critério da residência. Aqui releva a incidência pessoal e real. Art. 13
LGT - refere-se à aplicação da lei no espaço.
Substituição tributária
Art.20º da LGT – a prestação tributaria exige-se a outra pessoa que não o contribuinte.
Ocorre em situações de retenção na fonte Art.34º da LGT.
Art.19º da LGT – domínio fiscal.
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Pagamento por conta – Art.33º LGT que remete para o Art.102 do CIRS.
Art.21º da LGT – solidariedade passiva.
Art.22º e 23º da LGT – responsabilidade tributaria.
Art.22º da LGT – refere o próprio devedor e aquilo que ele tem de prestar, mas a
verdadeira responsabilidade tributaria é aquela em que, para além do devedor originário,
existem devedores que são terceiros e que têm igualmente responsabilidade.
Art.23º da LGT – consagra o regime da responsabilidade subsidiaria e remete para o
Art.159º e 160º do CIRS.
Art.24º da LGT - Casalta Nabais chama à atenção da diferença entre a alínea a) e b) do nº1
que têm haver com a prova de culpa. Na alínea a) o gerente, administrador ou diretor é
responsável pelas dívidas, onde haja culpa sua pelo património da empresa não ser suficiente
para o pagamento da dívida. Na alínea b) o sujeito passivo é responsável pelas dívidas, cujo
prazo de pagamento tenha terminado durante o exercício do seu cargo, mas não há culpa da
sua parte. Existe aqui um sistema duplo, dependendo do momento em que se exerce funções,
em que surge o facto tributário e em que se dá a necessidade de pagamento, o regime poderá
ser diferente. Releva também a culpa do agente, sendo que na alínea b) há uma presunção de
culpa, o sujeito tem de provar que não tem culpa.
Art.28º da LGT - é a responsabilidade do substituído, exceto nos casos em que o valor é
retido e não entregue ao Estado, sem responsabilidade do substituído. Porém, o substituído
poderá ser responsabilizado pela diferença do que deveria ter sido retido e do que foi retido
efetivamente (Ex: deveriam ter sido retido 200€, mas só foram retidos 150€, os 50€ de
diferença são recebidos pelo sujeito substituído e, como tal, ele será responsabilizado). O
substituto só é responsabilizado pelo que entregar a mais. Existem situações de retenção na
fonte com natureza de imposto ou pagamento por conta (natureza provisória) - Art.98 CIRS ou
natureza definitiva - Art.71º do CIRS. A retenção na fonte era regulamentada pelo Decreto-lei
41/91 de 2 de janeiro que foi revogado pela reforma do IRS de 2015 e incorporado no CIRS.
Art.99º do CIRS - retenção na fonte para as categorias A e H.
Art.101º do CIRS - retenção na fonte para as categorias B, E, F e G (exceto nas mais-valias,
onde não há retenção).
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diferença será 58 000€. Aos 200 000€ retira-se os 142 000€ acrescidos das despesas de, por
exemplo, 15 000€, o que dá 43 000€. Pelo Art.43º/2 do CIRS engloba-se 50% desse valor,
portanto, 21 500€.
Se a aquisição tiver sido anterior a 1989, já não se aplicará esta dedução, aplica-se o regime
transitório.
O Art.71º do CIRS é uma retenção na fonte a título definitivo. Então o devedor dos
rendimentos substitui-se ao contribuinte no dever de prestar o imposto. Há substituição
tributária – Art.20º da LGT e Art.21º do CIRS.
Art.73º do CIRS - tributa despesas e não rendimentos, são uma taxa de tributação
autónoma.
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