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2015

DESVENDANDO A
ESCRITA CIENTÍFICA
(Mini curso)

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APRESENTAÇÃO

Caros participantes,

Bem-vindos a mais um curso promovido pela Seja Mais, uma excelente oportunidade de
crescimento intelectual. Desta vez estaremos mergulhando no universo da escrita, isto mesmo,
iremos aprender como escrever de forma sistematizada, ter noção dos modelos e principais
regras utilizadas, sabendo definitivamente como realizar trabalhos acadêmicos.
INTRODUÇÃO

No desenvolvimento do homem há, após o nascimento, um período de observação da vida


ao seu redor. Após os primeiros sons, engatinhar e caminhar, a criança começa a riscar o papel e
parede, quando encontra um lápis a sua frente. Uma a dois anos antes de ser alfabetizada ela
desfruta da liberdade de escrever (rabiscar) sem regras; e entre riscos e rabiscos ela se deleita
nas primícias de sua escrita.

Dentre as razões que determinam a realização de um trabalho, podemos destacar


principalmente duas: aquelas de ordem intelectual e as de ordem prática. As primeiras
relacionam-se ao desejo de conhecer, à paixão. As de ordem prática, à necessidade de fazer algo
de maneira mais eficiente, prática.

O formato técnico da escrita cientifica, com regras bem definidas, parece que fica
escondido em prateleiras que só são apresentadas ao jovem quando ele entra na universidade,
local em que tem que ler e escrever trabalhos acadêmicos. Muitos alunos são pegos de surpresa
e a exigência para “digerir” essa nova linguagem, volume de artigos em pouco tempo é tão
grande que muitos entram em pânico. O desespero é tão assustador que ele leva alguns a
desistirem da caminhada ou a lutar de forma desordenada a ponto de entrarem em um colapso
nervoso.

Nada disso é preciso! Você pode escrever bem. Neste curso iremos desmistificar o
processo da escrita no ambiente acadêmico. Vamos lá!

Bons Estudos!!!
1. SOBRE A ARTE DE ESCREVER

Por Paulo Coelho

“Há dois tipos de escritores: aqueles que fazem você pensar e aqueles que fazem você
sonhar”, diz Brian Aldiss, que me fez sonhar por um longo tempo com seus livros de ficção
científica. Por princípio, eu acredito que cada ser humano neste planeta tem pelo menos uma boa
história para contar aos próximos. O que se segue são as minhas reflexões sobre alguns itens
importantes no processo de criação de um texto:

Acima de tudo, o escritor tem que ser um bom leitor. Aquele que se aferra aos livros
acadêmicos e não lê o que outros escrevem (e aqui eu não estou falando apenas de livros, mas
também blogs, colunas de jornal e assim por diante) jamais irá conhecer suas próprias qualidades
e defeitos. Então, antes de começar qualquer coisa, procure pessoas que estão interessadas em
partilhar a sua experiência através de palavras.

Eu não estou dizendo: “busque outros escritores”. O que estou dizendo é: encontre
pessoas com diferentes habilidades, porque escrever não é diferente de qualquer outra atividade
que é feita com entusiasmo. Seus aliados não serão necessariamente aquelas pessoas que todos
olham, se deslumbram, e afirmam: “não há ninguém melhor”. É muito pelo contrário: são as
pessoas que não têm medo de cometer erros, e ainda assim eles cometem erros. É por isso que
o seu trabalho nem sempre é reconhecido. Mas esse é o tipo de pessoa que muda o mundo, e
depois de muitos erros elas conseguem acertar algo que fará toda a diferença em sua
comunidade.

Estas são pessoas que não conseguem ficar esperando que as coisas aconteçam antes de
decidir qual a melhor maneira de narrá-las: elas decidem enquanto agem, mesmo sabendo que
isso pode ser muito arriscado. Conviver com estas pessoas é importante para escritores, porque
eles precisam entender que, antes de colocar qualquer coisa no papel, eles devem ter liberdade
suficiente para mudar de direção conforme sua imaginação vagueia. Quando uma sentença
chega ao fim, o escritor deve dizer a si mesmo: “enquanto eu estava escrevendo eu percorri um
longo caminho. Agora termino este parágrafo com a consciência de que arrisquei o bastante e dei
o melhor de mim mesmo.”

Os melhores aliados são aqueles que não pensam como os outros. É por isso que,
enquanto você estiver procurando seus companheiros, confie em sua intuição e não dê qualquer
atenção para os comentários alheios. As pessoas sempre julgam os outros tendo como modelo
suas próprias limitações – e às vezes a opinião da comunidade é cheia de preconceitos e medos.

Junte-se aos que jamais disseram: “acabou, eu tenho que parar por aqui”. Porque assim como
o inverno é seguido pela primavera, nada chega ao fim: depois de atingir seu objetivo, você tem
que começar de novo, sempre usando tudo que aprendeu no caminho. Junte-se aos que cantam,
contam histórias, aproveitam a vida e têm a felicidade em seus olhos. Porque a alegria é
contagiosa, e sempre consegue impedir que as pessoas se deixem paralisar pela depressão,
solidão e problemas. E conte a sua história, mesmo que seja apenas para a sua família ler.

2. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Baseando-se nas normas da ABNT (NBR 14724, 2002), a estrutura e a elaboração de


trabalhos acadêmicos é composta por:

 Elementos pré-textuais:
Aqueles que vem antes do texto e contém informações de identificação e uso do trabalho.

 Elementos textuais:
Compreende o assunto em estudo.

 Elementos pós- textuais:


São elementos que complementam o trabalho.

Existem elementos obrigatórios e opcionais, vejamos a seguir no quadro apresentado na


figura 1.
2.1 Elementos pré-textuais

2.1.1 Capa:
2.1.2 Folha de Rosto:
2.1.3 Resumo na língua vernácula:

Trata-se da apresentação concisa do texto, em que se destacam os elementos de maior


importância, tais como: o problema, os objetivos, a(s) hipótese(s), metodologia, amostra, os
resultados alcançados, as conclusões e recomendações. É constituído de uma sequência de
frases concisas e objetivas, e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando
500 palavras, seguida, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é,
palavras-chaves e/ou descritores, conforme NBR 6028. O resumo/abstract deve ser digitado em
um só parágrafo, com espaço simples, sendo aconselhável a utilização de uma só página.

É uma parte e extremamente útil para que o leitor possa rapidamente tomar conhecimento do
conteúdo da obra.

2.1.4 Resumo em língua estrangeira – abstract (obrigatório para monografias)

Tendo as mesmas características do resumo em língua vernácula, este elemento e digitado


em fola separada (em inglês, abstract; em espanhol, resumen, em francês, resume; por exemplo).
2.1.5 Sumário

2.2 Elementos textuais

Os elementos textuais são constituídos de três partes fundamentais e obrigatórias:

INTRODUÇÃO:

Parte inicial do texto. Deve conter o assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos
necessários para bem situar o tema que será estudado.

DESENVOLVIMENTO:

Parte mais importante do texto, devendo conter a exposição detalhada do assunto, uma boa
contextualização e fundamentação teórica (figura 2). A estrutura/escopo divide-se em seções e
subseções.

CONCLUSÃO:

É a parte final do texto onde se apresentam as conclusões de estudo realizado, também


conhecida como considerações finais. É interessante apresentar sugestões e possíveis
encaminhamentos futuros sobre o processo da pesquisa.
2.3 Elementos pós-textuais

 Referências bibliográficas

É todo material bibliográfico pesquisado e citado no interior do texto dos trabalhos acadêmicos
e deve seguir a formatação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

EXEMPLO:

ACSELRAD, Henri. A duração das cidades sustentabilidade e risco nas políticas


urbanas. Rio de Janeiro: editora DP&A, 2001.
MEDAUAR, Odete. Coletânea de legislação de direito ambiental, constituição federal. 4
ed., São Paulo: editora Revista dos tribunais, 2005.

3 PRINCIPAIS TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS

3.1 Projeto acadêmico

O Projeto acadêmico requer a realização de pesquisa, visando à construção de trabalhos


científicos. Esse projeto é um processo que requer muita disciplina, reflexões sistemáticas sobre
a realidade empírica a ser pesquisada, fazendo-se frequentes anotações da evolução do
pensamento, leituras realizadas e as observações do fenômeno, quanto ao objeto de estudo.
Antes de formular o projeto de pesquisa, é importante tentar responder mentalmente as questões:

 O que fazer? Por quê? Para quem fazer? Onde? Como? Quando?

Devendo conter, como tópicos essenciais:

Justificativa: Para escrever uma justificativa, considere as seguintes orientações: A justificativa


apresenta os MOTIVOS pessoais ou SOCIAIS da escolha do tema, podendo ser teóricos ou
práticos; Contextualizar o problema na realidade atual; Explicar sobre a relevância de sua
pesquisa e qual a contribuição que dará para a área de conhecimento.
Objetivos (geral e específicos): Cumpre a função de esclarecer para que se produz um
determinado conhecimento e quais os seus propósitos. Devem ser extraídos do problema,
tornando-se claro permitindo ampliar o conhecimento sobre determinado assunto.

Objetivos Gerais: Iniciados com o verbo no infinitivo, os objetivos gerais definem, de modo geral,
o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa, dependendo de sua natureza e
complexidade.

Objetivos Específicos: Definem os aspectos que se pretende estudar e que contribuem para
alcançar o objetivo geral. Sempre com verbos no infinitivo, com, por exemplo: Relacionar, difundir,
realizar, etc.

EXEMPLO:

Hipótese(s): Tentativa de resposta imediata ao problema percebido, segundo Rudio (1983), “


hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se desconhece”, sendo
portanto, provisória, porque ainda não foi estudada.

Fundamentação Teórica: Considera-se que a o aprofundamento teórico seja o cerne do


processo de pesquisa. Não há como ser científico sem que haja estudo de caráter teórico. Aqui, o
pesquisador deve fundamentar-se a partir do que há na literatura sobre seu objeto de estudo.
EXEMPLO:

Metodologia: É o momento de dizer “como” a pesquisa será desenvolvida. Se a


metodologia estiver bem definida a pesquisa será mais segura e tranquila.
Pode-se iniciar a metodologia retomando o objetivo geral da pesquisa.

Cronograma: Indica a distribuição das atividades em diferentes momentos ou etapas do


desenvolvimento da pesquisa.

EXEMPLO:

ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 Levantamento de literatura X

2 Fichamento X

3 Coleta de dados X X X

4 Tratamento dos dados X X X X

5 Elaboração do Relatório Final X X X

6 Revisão do texto X

7 Entrega do TCC X

Referências Bibliográficas: A bibliografia básica é utilizada na construção da fundamentação


teórica durante a elaboração do projeto.

Orçamento: indica os recursos necessários à execução do projeto.

3.2 Relatório

Configura-se como sendo a descrição detalhada da pesquisa realizada, requer uma redação
mais profunda, que implica uma análise de dados coletados ou das observações realizadas
através da utilização de técnicas e fundamentação teórica pertinente ao tema da pesquisa
aplicada. Nesse caso, o relatório acadêmico, além de descrever a consecução ou não dos
objetivos e hipótese(s) do projeto inicial, deve apresentar, de forma consistente, o detalhamento
de todo os estudos realizados (fundamentação teórica).
3.3 Resenha

Apresenta o conteúdo de uma obra sucinta, que é realizada através de análise crítica. Trata-
se de um resumo detalhado da obra, facilita ao leitor interessado no assunto uma visão geral do
tema que se pretende estudar.

4. FORMATAÇÃO DE TRABALHOS

É necessário seguir orientações das Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos 6023 – 10
520 – 14724.

1. Tamanho de fonte: 12 para o texto. 11 para citações recuadas. Podem ser utilizadas fontes
como Arial, Times new Roman ou outras legíveis.

2. Papel formato A4: 210mm X 297mm.

3. Margens:

3.1 Superior 3cm;

3.2 Inferior 2cm;

3.3 Esquerda 3cm;

3.4 Direita 2cm.

4. Espacejamento: entre linhas e entre parágrafos é 1,5. Nas citações recuadas o espaço é
simples.

5. Parágrafos: justificados;

6. Numeração de páginas: no canto superior direito iniciando na introdução do trabalho

7. Estruturas de parágrafos: iniciar sempre o parágrafo com uma tabulação para indicar o início
(um recuo no começo do parágrafo).

8. Tamanho da fonte:

8.1 No título do artigo (em letras maiúsculas) = 12;

8.2 No nome do(s) autor(es) = 10;

8.3 Na titulação (nota de rodapé) 10;


8.4 No resumo = 12;

8.5 Nas palavras-chave = 12;

8.6 Na redação do texto (introdução, desenvolvimento, considerações)= 12;

8.7 Nas citações longas = 11;

8.8 Nas referências = 12

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Escrever não é uma tarefa fácil, principalmente para aqueles que nunca se esforçaram
realmente, pois antes de tudo faz-se necessário entender as diversas técnicas de escrita,
organizar bem as ideias e claro, ter total conhecimento sobre aquilo que quer falar.
Para escrever é preciso ler, saber e só depois opinar.
Como dizia ALBALAT, “o meu alvo é mostrar no que consiste a arte de escrever; decompor
os processos de estilo; expor tecnicamente a arte da composição; ministrar os meios de aumentar
e ampliar as aptidões do estudioso, isto é, duplicar-lhe e triplicar-lhe o talento; em poucas
palavras: ensinar a escrever quem quer que não o saiba, mas que tenha o que é preciso para o
saber.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESTRELA, C. Metodologia Científica. São Paulo: Editora Artes Médicas, 2001


MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São
Paulo: Atlas, 2000.
OLIVEIRA, Maria Marly. Como fazer projetos, relatórios, monografias, dissertações e
teses. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
ANEXOS
LISTA DE CONECTORES PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

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