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O documento resume os principais aspectos da economia e da sociedade da época moderna na Europa, incluindo a evolução demográfica, o modelo social hierárquico do Antigo Regime, as transformações econômicas propiciadas pelo mercantilismo e o crescimento do poderio comercial inglês.
O documento resume os principais aspectos da economia e da sociedade da época moderna na Europa, incluindo a evolução demográfica, o modelo social hierárquico do Antigo Regime, as transformações econômicas propiciadas pelo mercantilismo e o crescimento do poderio comercial inglês.
O documento resume os principais aspectos da economia e da sociedade da época moderna na Europa, incluindo a evolução demográfica, o modelo social hierárquico do Antigo Regime, as transformações econômicas propiciadas pelo mercantilismo e o crescimento do poderio comercial inglês.
- Evolução demográfica: crescimento no séc. XVI, abrandamento no séc. XVII e crescimento a partir de 1840; - Economia pré-industrial: larga base agrícola e evolução tecnológica lenta (utensílios rudimentares, sem fertilizantes). Modelo Demográfico Antigo - Elevada mortalidade (sobretudo infantil), mas a natalidade também era alta; - Ocorrência de crises demográficas (devido a fome ou epidemias). Século XVII - Conjugação de fome, epidemias e guerra; - Arrefecimento climático, destruição de colheitas; - Clima de guerra permanente (destaque para a Guerra dos Trinta Anos) Século XVIII - Período de crescimento longo e continuado; - Diminuição da mortalidade, da fome e da doença; - Desenvolvimento da agricultura, da indústria, dos transportes e da medicina; - Rejuvenescimento da população (natalidade alta, recuo da mortalidade). Antigo Regime - Sociedade hierarquizada em ordens ou estados; - A ordem é obtida pelo nascimento ou pelas funções desempenhadas e confere aos seus membros: honras, direitos e deveres; - Divisão da sociedade do Antigo Regime: clero, nobreza e povo; Clero (Primeiro Estado) -Primeiro estado da nação por ser o mais próximo de Deus; - Goza de privilégios: isenção de impostos e de serviço militar, tem o seu conjunto de leis e tribunal próprio; - Divisão do Clero: Alto Clero – vida de luxo, boa educação e desempenham altos cargos; Baixo Clero – vida simples e desfavorecida; fazia o verdadeiro trabalho de clero. Nobreza (Segundo Estado) - Proximidade do rei; - Ocupação de altos cargos na administração do reino e do exército; - Goza de privilégios: regime jurídico próprio e isenção de impostos; - Divisão da Nobreza: nobreza de sangue; nobreza de espada; nobreza administrativa (ou de toga). Povo (Terceiro Estado) - Ordem mais heterogénea; - No topo do Terceiro Estado, estão os homens de letras, seguidos pelos financeiros e mercadores, depois vinham os ofícios superiores (joalheiro; chapeleiro) – todos estes podiam usar o título de burguês e formavam a Elite do Terceiro Estado; - No fim do Terceiro Estado, vinham todos aqueles cujo trabalho assentava no corpo; - Todos pagam impostos e a maior parte são camponeses. Comportamentos na sociedade de ordens - Cada estado tinha as suas insígnias e distintivos; - Cada um esperava receber o tratamento a que tinha direito; - Diferenciação no tratamento jurídico. Mobilidade Social - Ascensão do Terceiro Estado; - Decadência do critério de nascimento; - Casamentos entre a nobreza e burguesia. Fundamentos do absolutismo régio - É sagrado, provém da vontade de Deus, que o confere aos reis; - É paternal, o rei deve proteger o seu povo e satisfazer as suas necessidades; - É absoluto, o rei deve tomar as suas decisões com total liberdade; - Está submetido à razão, pois Deus dotou os reis das capacidades necessárias para fazer o bem ao seu povo. Autoridade Real - Concentração da autoridade do Estado no rei: ele legisla, ele executa e ele julga; - O rei tomou o lugar de Estado; - Os monarcas absolutos dispensam o auxílio das outras forças políticas; - Nenhuma instituição foi abolida, pois fazê-lo seria uma afronta aos privilégios estabelecidos que ao rei cabia preservar; - Rei como garante da ordem social estabelecida. A Corte Régia - Espelho do poder; - Frequentar a corte era estar próximo do poder e do dinheiro que o Rei distribuía; - Hierarquia rígida e etiqueta minuciosa; - Opulência dos banquetes e riqueza dos vestuários; - O rei e a sua família representavam o poder em todas as circunstâncias, cada gesto do monarca tinha um significado; - O melhor exemplo é Versalhes e Luís XIV em França. Sociedade e poder em Portugal – Papel da Nobreza - Os nobres restauraram a monarquia portuguesa e foram um suporte indispensável na guerra em Castela, reforçando o poder político da nobreza; - Os cargos superiores da monarquia estavam reservados aos nobres; - À atividade administrativa real, a nobreza junta a atividade mercantil: cavaleiro- mercador; - Dificuldade afirmação da burguesia devido ao papel da coroa e da nobreza. Aparelho Burocrático do Estado absoluto português - Reestruturação da burocracia do estado para uma melhor eficiência; - Criação de órgãos sob o controlo direto do Rei; - D. João IV cria um núcleo administrativo central – as secretarias – que intervêm em áreas como a defesa, finanças e justiça; - O reforço do poder real atenuou o poder da nobreza e apagou a atuação das Cortes. Absolutismo Joanino - D. João V como imagem do rei absoluto, centro das atenções e centro do poder; - Período de paz e riqueza (ouro e diamantes do Brasil); - Reforma das secretarias para melhor controlo; - Magnificência e culto da pessoa régia, luxo e etiqueta (imitação de Luís XIV); - Recusa em reunir Cortes e controlo pessoal sob a administração pública; - Expressão de superioridade face à nobreza - Política de Mecenato das Artes e das Letras / Política de Grandes Construções; - Neutralidade face aos conflitos europeus. Afirmação da Burguesia nas Províncias Unidas - Formada por sete pequenos estados sob a hegemonia da Holanda; - Descentralização governativa e domínio da burguesia; - Disputa dos altos cargos pelos nobres e pelos burgueses; - Os nobres tomavam conta das funções militares e os burgueses dominavam os conselhos das cidades e das províncias. Grotius e a legitimação da liberdade dos mares - Holandeses iniciam a exploração marítima e contrariam direitos antigos já estabelecidos, que favoreciam Portugal e Espanha (Tratado de Tordesilhas); - Apreensão da nau de Santa Catarina pela Companhia das Índias Orientais holandesa; - Grotius publica em 1608 “Mare Liberum”, rejeitando o direito das nações ibéricas à exclusividade das navegações transoceânicas. Recusa do absolutismo na sociedade inglesa - Magna Carta (1215), proteção de arbitrariedades do poder real e do lançamento de impostos sem o consentimento do povo; - Fracasso na tentativa de impor o absolutismo. Primeira revolução e instauração da república - O soberano Carlos I reivindica autoridade total; - Tensões entre Carlos I e o parlamento, leva a que o Rei o dissolva; -Sob a influência de Cromwell, um parlamento sem elementos moderados condena o Rei ao cadafalso; - A República instaurada por Cromwell acabaria em ditadura e sem parlamento. Restauração da monarquia - Morte de Cromwell em 1658 e Carlos II restaura a monarquia; - Reforço das liberdades individuais dos ingleses (Habeas Corpus); - Jaime II sucede ao irmão, desagrada aos ingleses, abre portas às intenções do genro, Guilherme III, stathouder da Holanda, casado com uma das filhas do rei. - Guilherme de Orange vai depor Jaime II, é coroado rei juntamente com a sua mulher e juram respeitar a Declaração dos Direitos, reforçando as liberdades individuais. Locke e a justificação do parlamentarismo - Os homens “nascem livres, iguais e autónomos”, só do seu consentimento pode existir um poder a que obedeçam; - Todo o poder depende da vontade dos governados, que têm o direito de se revoltar, caso os governantes não cumpram as suas funções. O tempo do grande comércio oceânico - Destaque para Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, que tinham a maior fatia do comércio internacional; - Era do Capitalismo Comercial – papel importante do comércio, procura do maior lucro e espírito de concorrência; - Comércio triangular: Europa, Ásia e América - Surgimento do tráfico negreiro. O Mercantilismo - Teoria económica que defendia uma forte intervenção do Estado na economia; - Pretendia-se uma balança comercial favorável e a maior acumulação possível de metais preciosos, importar menos e produzir mais internamente; - Adoção do Protecionismo para salvaguardar os produtos nacionais; - Os governos deviam aumentar a produção industrial, rever as tarifas alfandegárias e incrementar o comércio externo. Mercantilismo Francês (Colbert) - Importância do setor manufatureiro e destaque para a sua feição dirigista; - Criação de novas indústrias para evitar importações; - Em troca de privilégios e subsídios, o Estado tinha o direito de regulamentar a atividade industrial; - Investimento na frota mercante e na marinha de guerra, bem como a criação de grandes companhias monopolistas. Mercantilismo Inglês - Caráter mais flexível, as medidas foram implementadas de forma lenta; - Valorização da marinha e do setor comercial; - Promulgação dos Atos de Navegação, para banir os holandeses das áreas de comércio britânico; - Criação de grandes companhias de comércio. Disputa das áreas coloniais pelos europeus - As medidas protecionistas são um entrave à circulação de mercadorias na Europa e as atenções voltam-se para as áreas coloniais; - Sistema de exclusivo colonial: a metrópole regulava as produções e os preços, sem ter de se preocupar com a concorrência, pois tudo estava reservado para a mesma. - Conflitos pela supremacia do grande comércio marítimo: entre a Holanda e a Inglaterra (1651-1689); e entre a França e a Inglaterra, cuja tensão iria culminar na Guerra dos Sete Anos (1756-1763); em ambos os conflitos a Inglaterra sai vitoriosa e reforça a sua hegemonia. Condições do sucesso inglês - Agricultura: sistema de rotação de culturas; processo de vedação das propriedades (enclosures); melhor criação de gado; - Crescimento demográfico e a urbanização: aumento da natalidade e diminuição da mortalidade; aumento da taxa de atividade; migração para os centros urbanos; - Criação de um mercado nacional: livre circulação de produtos e mão de obra; melhoramento dos transportes; desenvolvimento das vias de circulação; - Alargamento do mercado externo: apesar das medidas protecionistas, os produtos ingleses impunham-se no continente, pela sua qualidade e baixo preço; o triângulo comercial era muito benéfico para as transações inglesas; - Sistema financeiro: criação de uma das primeiras bolsas de comércio da Europa, a atividade bolsista permitiu financiar empresas; criação do Banco de Inglaterra (1694) e criação dos country banks (pequenos bancos). Revolução industrial - Início em Inglaterra na segunda metade do séc. XVIII; - Deve-se às condições do sucesso inglês já referidas. Desenvolvimento da Indústria Têxtil - Aumento de procura interna e externa; - Abundância de matéria prima proporcionada pelas colónias; - Invenção da lançadeira volante e mais tarde da Jenny; - Algodão como o responsável pelo “take off” (arranque industrial). Desenvolvimento da Indústria Metalúrgica - Fornecedora de máquinas e equipamentos, indispensável à industrialização; - Uso do coque como material energético e aplicação de foles para ventilação dos altos fornos; - Ferro como material de primeira escolha. A força do vapor - Vapor como força motriz; - Primeiro motor artificial da História; - A manufatura cede o lugar à maquinofatura. Mudanças sociais causadas pela revolução industrial - Migração dos camponeses para as cidades; - Guetização humana; - Surge uma nova classe social: burguesia industrial; - Aceleração dos transportes; - Entrada na era do capitalismo industrial. As dificuldades portuguesas no reinado de D. João V - Holanda, França e Inglaterra, os principais mercados de Portugal, passam a consumir as suas próprias produções, reduzindo as compras aos portugueses; - Política protecionista de Colbert (França) e a concorrência sofrida no comércio asiático, geram uma crise comercial grave; - Maior a oferta que a procura dos produtos portugueses; O surto manufatureiro português - Destaque para D. Luís de Menezes, 3º Conde de Ericeira, que ficou conhecido como o Colbert português; - Medidas: importação de técnicos estrangeiros; criação de indústrias, às quais concedeu privilégios e subsídios; uso do protecionismo (leis pragmáticas); desvalorização monetária, tornando os produtos portugueses competitivos; criação de companhias monopolistas. Fim das dificuldades portuguesas - Escoamento dos stocks em armazém; - Aumento do preço dos produtos portugueses; - Descoberta de importantes jazidas de ouro pelos Bandeirantes. Perda do ouro brasileiro - Importação dos produtos industriais necessários ao consumo interno (desvalorização do esforço industrializador); - Incumprimento das Pragmáticas e uma produção de fraca qualidade; - Assinatura do Tratado de Methuen; - Dependência face a Inglaterra, que era o principal importador dos vinhos portugueses, o défice comercial atingia valores alarmantes, défice esse pago com a riqueza vinda do Brasil. Política económica e social pombalina - Objetivos: redução do défice e nacionalização do sistema comercial português; - Meios: diminuir as importações, relançar as indústrias e oferecer ao comércio português segurança e estabilidade; - Medidas: criação da Junta de Comércio (1755), que regulava a atividade económica; criação de companhias monopolistas privilegiadas (Companhia das Vinhas do Alto Douro); revalorização do setor manufatureiro; concessão de privilégios a todas as manufaturas pombalinas; promoção social da burguesia (criação da Aula do Comércio); fim da distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. Resultados da política pombalina - Prosperidade das áreas económicas sob controlo das companhias monopolistas; - Aumento das exportações; - Substituição das importações pela produção interna; - Saldo positivo na balança comercial. Iluminismo - Conjuntos de novas ideias que evoca a saída das trevas; - Raciocínio humano como um dom prodigioso; - Crença no valor da razão humana como motor de progresso e como luz que guiaria a Humanidade. O direito natural e o valor do indivíduo - A valorização da razão estabelece um princípio de igualdade; - Todos os indivíduos possuem determinados direitos e deveres que lhes são conferidos pela Natureza; - Conjunto básico dos direitos inerentes à natureza humana: liberdade, a um julgamento justo, à posse de bens e à liberdade de consciência. - Crença no valor próprio do indivíduo. Defesa do contrato social e da separação dos poderes - Rousseau afirma que o poder político deriva do pacto entre o povo e os governantes, e todo o poder emanava do povo (soberania popular). - Montesquieu formulou a teoria da separação dos poderes: poder legislativo, poder executivo e poder judicial. A concentração desses poderes equivale à tirania, mas só a sua separação garante a liberdade dos cidadãos. A reforma das instituições portuguesas pelo Marquês de Pombal - Necessidade de racionalizar o aparelho de Estado e colocar ordem nas finanças; - Criação do Erário Régio (1761) para uma melhor gestão das contas públicas; - Reforma do sistema judicial, lançamento de abundante legislação; - Criação da Intendência-Geral da Polícia; - Supressão de direitos antigos. A submissão das forças sociais - Reações excessivas do Marquês de Pombal quanto à oposição; - Um atentado contra o rei D. José vai gerar uma repressão sem paralelo; - Subordinação do Tribunal do Santo Ofício à Coroa; - Criação da Real Mesa Censória: organismo de censura estatal; - Expulsão da Companhia da Jesus de Portugal e das suas colónias. O reordenamento urbano - Terramoto de Lisboa (01 de novembro de 1755); - No calor da tragédia, Pombal mais mostrar a sua valia e a sua eficiência; - Arrasou-se o que restava da zona atingida e procedeu-se à sua reconstrução segundo um traçado completamente novo; - O centro da cidade passa a ser constituído por artérias largas e retilíneas, inscritas numa geometria rigorosa; - Fachadas de quatro andares; - Soluções para a distribuição de água e para a drenagem de esgotos; - Uso do sistema de construção antissísmica “gaiola”. A reforma do ensino - Criação do Real Colégio dos Nobres destinado aos jovens nobres com o objetivo de os preparar para o desempenho dos altos cargos do Estado; - Criação da Aula de Comércio; - Criação da Junta da Previdência Literária (1768) para estudar a reforma da universidade; - Relevância para a Universidade de Coimbra; - Reorganização de todos os graus do ensino.