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Este documento discute o processamento e arranjos de fibras naturais para uso em compósitos. Ele descreve os métodos comuns de extração e beneficiamento de fibras como rippling e retting, e explica como os parâmetros de processamento como temperatura e pressão afetam as propriedades das fibras. O documento também discute técnicas comuns para fabricar compósitos com fibras naturais, como pultrusão, enrolamento filamentar e moldagem por compressão.
Este documento discute o processamento e arranjos de fibras naturais para uso em compósitos. Ele descreve os métodos comuns de extração e beneficiamento de fibras como rippling e retting, e explica como os parâmetros de processamento como temperatura e pressão afetam as propriedades das fibras. O documento também discute técnicas comuns para fabricar compósitos com fibras naturais, como pultrusão, enrolamento filamentar e moldagem por compressão.
Este documento discute o processamento e arranjos de fibras naturais para uso em compósitos. Ele descreve os métodos comuns de extração e beneficiamento de fibras como rippling e retting, e explica como os parâmetros de processamento como temperatura e pressão afetam as propriedades das fibras. O documento também discute técnicas comuns para fabricar compósitos com fibras naturais, como pultrusão, enrolamento filamentar e moldagem por compressão.
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DOS MATERIAIS
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA – IME
Disciplina: CM: 255600 - Materiais Compósitos Reforçados com Fibras Naturais – 1/P - 2019 Prof. Maj. Lucio Fabio Cassiano Nascimento
Aluno: Clarissa Dias de Sousa Data: 15/04/2019
1. Processamento e Arranjos das FNLs:
A primeira etapa de processamento da fibra inicia-se na extração das fibras, os métodos mais comuns de extração são rippling e o retting (orvalho/água) [1]. No método de retting a ação de microrganismos e a umidade degradam parte dos tecidos celulósicos e pectina em volta do feixe da fibra, facilitando assim a separação da fibra do caule.Esse método é muito usado em fibras como haste de linho,cânhamo e fibras de coco [2]. No retting por água, a água penetra no centro do pedúnculo, incha as células internas, estourando a camada mais externa, aumentando assim a absorção da umidade e as bactérias, assim facilitando a retirada das fibras. O retting de orvalho é usado em áreas com recursos hídricos limitados e climas com orvalho intenso a noite e temperaturas quentes ao dia,nesse processo as fibras são espalhados em campos abertos, onde a ação combinada de bactérias, sol, ar e orvalho produz fermentação, dissolvendo grande parte a camada mais externa facilitando assim a separação da fibra. A fibra retida por orvalho é geralmente de cor mais escura e de pior qualidade que a fibra retificada por água [3]. A extração pode ainda ser feita de maneira mecanizada,onde um série de componentes ( rolos, batedores, prensas e etc.) formam um equipamento para separação da polpa e extração da fibras. Cabe ressaltar que o processo de extração mecânica das fibras produz fibras de alta qualidade com menor tempo de produção, no entanto, comparado ao processo de rippling e retting (orvalho/água) essa técnica é mais cara [2]. Após o processo de extração as fibras são quebradas em menores porções, separadas as impurezas da matéria-prima, puxadas e preparadas para serem fiadas (figura 1) [3].
Figura 1 – Beneficiamento das fibras [2-3]
As fibras de bananeira aperfeiçoaram nos últimos anos seu beneficiamento e sua aplicação para produtos como papel para sacos de chá, guardanapos sanitários, notas de moeda e tecidos [5]. O cânhamo de Manila nativo das Filipinas do mesmo gênero da bananeira, teve seu processo de produção em massa aperfeiçoado para transformar as fibras em fios muito finos e baratos que podem ser utilizados para fabricar tecidos para vestuário, decoração e roupa de cama [6].Cabe lembrar que o desempenho e as propriedades das FNLs dependem de sua estrutura, que são determinadas pelo processamento e arranjos em que as mesmas são submetidas. Normalmente, compósitos poliméricos de FNLs são processados usando técnicas de fabricação tradicionais, que são projetadas para compósitos poliméricos reforçados com fibras convencionais e termoplásticos. Essas técnicas incluem moldagem por transferência de resina (RTM), infusão a vácuo, moldagem por compressão, extrusão, composição e moldagem por injeção, pultrasão, fitas reforçadas com fibras (prg-preg), enrolamento por fios entre outros.[7]. A Pultrusão é um processo automatizado muito utilizado, onde as fibras são puxadas e colocadas no laminado na configuração desejada, passando por um banho de resina e, posteriormente, por um sistema aquecedor no qual se completa a impregnação de resina, neste processo se controla a quantidade de resina e se cura o material final [8]. No enrolamento filamentar são produzidas estruturas circulares com diferentes orientações, as fibras são embebidas em resinas e posteriormente enroladas num mandril rotativo,quando se alcança o número de camadas desejado inicia-se o processo de cura e acabamento [8]. O processo de fitas reforçadas com fibras (preg-preg) são utilizadas em estruturas de fibras contínuas pré-impregnadas com resina polimérica parcialmente curadas, essa fita é molda e curada por completo com calor e pressão. Após a remoção do papel de suporte várias camadas são colocadas, em geral com as fibras cruzadas para aumentar desempenho da fibra [8]. A técnica de extrusão no bagaço de cana açúcar , usada LigowskiI (2015), permitiu a obtenção de materiais homogêneos com boas propriedades mecânicas e o planejamento fatorial possibilitou a análise dos fatores que influenciam a obtenção dos compósitos [9].Na análise das fibras de sisal processadas por compressão térmica, Vogt (2009) relata que os parâmetros de processamento: a temperatura, tempo de residência e a pressão de compressão exercem influência na degradação do compósito, sendo que a temperatura é a que apresenta maior influência na degradação da fibra vegetal, especialmente em aquelas de menor comprimento [10]. Os arranjos das fibras podem ser classificados conforme as dimensões (curtas ou longas), a orientação (orientada ou aleatória) e a maneira pela qual as fibras estão unidas (isoladas, tecidas ou coladas). Os arranjos aleatórios são obtidos com mantas enquanto os arranjos orientados são obtidos com tecidos, mechas ou fios. As fibras de sisal, cânhamo, curauá e juta são naturalmente longas e o uso destas para a fabricação de cordas facilitam uso de arranjos orientados enquanto o uso de fibras curtas de, bagaço de cana e coco verde exige o fracionamento [11]. Os tecidos aplicados no processamento de compósitos são arranjos de fios unidos por forças de contato e pelo intertravamento obtido nos diversos métodos de confecção. A produção dos tecidos ocorre pelo entrelaçamento dos fios de trama (0º) com os fios de urdidura (90º), em um arranjo regular, as trama são mostrados na Figura 2 [11].
Figura 2 – Tipos de arranjos de fibras em tecido [11]
Este tipos de arranjo tem sido útil quando as direções das tensões atuantes são conhecidas, podendo-se assim alinhar o reforço à tensão atuante. Os arranjos artesanais não atendem a critérios de qualidade, é necessário o produção industrial de tecidos para refoço de compósitos [11] . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: [1] Oliveira, J.L. Processamento e caracterização compósitos polipropileno reforçados com fibras da palmeira real australiana. Dissertação (mestrado Profissional em materiais).Volta Redonda, 2015. [2] Sanjay, M. R. et al. A comprehensive review of techniques for natural fibers as reinforcement in composites: Preparation, processing characterization. Carbohydrate polymers, 2018. [3] Paridah, M. T. et al. Retting process of some bast plant fibres and its effect on fibre quality: a review. BioResources, v. 6, n. 4, p. 5260-5281, 2011. [4] Bezazi, Abderrezak et al. Novas técnicas de extração, caracterização química e mecânica de fibras naturais de Agave americana L. Compósitos Parte B: Engenharia , v. 66, p. 194-203, 2014. [5] Epinoza, E. et al. Recycled fibers for fluting production: The role of lignocellulosic micro/nanofibers of banana leaves. Journal of cleaner production, v. 172, p. 233-238, 2018. [6] Antony,S.; Cherouat, Abel; M,G.. Experimental, analytical and numerical to investigate the tensile behaviour of hemp fibre. Composite Structures, v. 202, p. 482-490, 2018. [7] Ho, Mei-po et al. Critical factors on manufacturing processes of natural fibre composites. Composites Part B: Engineering, v. 43, n. 8, p. 3549-3562, 2012. [8] Lopes, I. A. F.et al. Estudo do processo de infusão a vácuo em materiais compósitos: Produção de bagageira para autocarro. 2009. [9] LigowskiI, E.; et al,. Materiais compósitos a base de fibras da cana-de-açúcar e polímeros reciclados obtidos através da técnica de extrusão. Polímeros: Ciência e Tecnologia, v. 25, n. 1, 2015. [10] Voft, F.; SANTANA, R. Processamento da moldagem por compressão térmica de compósitos de PP reforçados com fibra de sisal. 9º Congresso Polímeros. , v. 17, n. 4, p. E4-E6, 2007. [11] CARVALHO, Ricardo Fernandes. Compósitos de fibras de sisal para uso em reforço de estruturas de madeira. 2005. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.