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O que aconteceu para que o que nós entendíamos como direitos hoje sejam
vistos como privilégios? O capitalismo moderno funciona colonizando a
imaginação do que nós consideramos possível. Marx já havia percebido
que o capitalismo tinha mais a ver com a apropriação do entendimento
do que com a apropriação do trabalho. O Facebook é a penúltima
apropriação da imaginação: o que víamos como útil agora se revela
como uma forma de entrar na consciência das pessoas antes de que
possamos agir. As instituições que se apresentavam como libertadoras
se transformam em controladoras. Em nome da liberdade, o Google e o
Facebook nos levaram pelo caminho em direção ao controle absoluto.
Seus ensaios são lidos de outra forma após a quebra do Lehman Brothers?
Após esse colapso, as vendas do meu livro A Cultura do Novo
Capitalismo dispararam. Até então as críticas à ordem econômica eram
consideradas nostálgicas. Muitas das coisas que estão acontecendo são
tão incríveis que tendemos a não acreditar, mesmo com elas na nossa
frente.
De que maneiras podem agir hoje os políticos para defender os direitos das
pessoas contra as pressões dos poderes econômicos? A história explica. Há
100 anos Theodore Roosevelt decidiu que o Estado deveria romper os
monopólios. Era conservador. Mas era o presidente de todos os
americanos. O capitalismo tem a tendência a passar com grande
facilidade do mercado ao monopólio. E aí, com a repressão da
concorrência, começam os grandes problemas, a grande desproteção.
Com monopólios, o capitalismo passa de ser o sistema da concorrência a
ser o da dominação. Aumentar a diferença salarial entre os ricos e os
pobres de tal maneira como ocorre agora é o caminho a todos os
populismos. Isso foi Trump. No Reino Unido tivemos o equivalente a
Obama em Tony Blair. Pior do que Obama. Obama é um homem de total
integridade pessoal. E Blair é somente um político.
Ele se levanta para contar a sua esposa, a socióloga Saskia Sassen, que
trabalha no cômodo ao lado. “Você já sabe o que nossos amigos
espanhóis irão perguntar: Espanhola ou catalã?’. Precisamos ter
cuidado”, responde ela.
Conheceu seu pai? Não. E isso faz parte de meu drama pessoal. Conheci
seu irmão mais velho, meu tio Bill, que também lutou na Espanha com os
republicanos.
Sabe por que seu pai foi embora? Tenho certeza de que foi por outra
mulher. Minha mãe não me deu nenhuma explicação. Mas, já que
pergunta, o momento de maior tensão com minha mãe não foi por isso.
Foi por minha decisão de me transformar em violoncelista profissional.
Tinha medo de qualquer coisa que se afastasse dessa segurança. E via
a música como uma vida boêmia.