Вы находитесь на странице: 1из 5

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA

ATO INFRACIONAL E CRIME

LUCAS MONTEIRO
BARRA DO GARÇAS/MT – 2010
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA

ATO INFRACIONAL E CRIME

Trabalho elaborado para fins de


Avaliação Parcial das disciplinas de
Estatuto da Criança e do Adolescente e
do Idoso - Direito Penal, Lei Penal e
Teoria Geral do Crime, do Curso de
Direito, sob orientação dos discentes
João Paulo de Jesus Severo da Costa e
Gisele Barbosa Castello.

2
BARRA DO GARÇAS/MT – 2010
ATO INFRACIONAL E CRIME

O presente trabalho tem por objetivo traçar em


linhas gerais o aspecto penal do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), informando o leitor de forma simples e
objetiva, de que forma a lei trata os menores de idade infratores
e os maiores de idade infratores.

Assim sendo, delito é a ação ou omissão,


imputável a uma pessoa, lesiva ou perigosa a interesse penalmente
protegido, constituída de determinados elementos e eventualmente
integrada por certas condições ou acompanhada de determinadas
circunstâncias previstas em lei. Crime é um fato típico e
antijurídico; a culpabilidade constitui pressuposto da pena.

Fato típico é o comportamento humano (positivo


ou negativo) que provoca um resultado (em regra) e é previsto em
lei penal como infração.

Destarte, ato infracional encontra fundamento no


art. 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente como “conduta descrita
como crime ou contravenção penal”. Sempre que houver a violação de uma
norma que define crime ou contravenção penal cometida por crianças ou
adolescentes se estará diante de um ato infracional. Saraiva, senão
vejamos:

“Só há ato infracional se houver figura típica penal que


o preveja. E este conceito, para submeter-se o
adolescente a uma medida socioeducativa, manifestação de
Poder do Estado em face de sua conduta infratora, esta
ação há de ser antijurídica e culpável. O garantismo
penal impregna a normativa relativa ao adolescente
infrator como forma de proteção deste em face da ação do
Estado. A ação do Estado, autorizando-se a sancionar o
adolescente e infligir-lhe uma medida socioeducativa,
fica condicionado à apuração, dentro do devido processo
legal, que este agir típico se faz antijurídico e
reprovável – daí culpável”1.

1 SARAIVA, João Batista Costa. Compêndio de Direito Penal Juvenil – adolescente


e ato infracional. 3 ed. rev. Porto Alegre: Livraria do Advogado Ed., 2006

3
Contudo, o que acontece com os que possuem
maioridade, o menor infrator só poderá ser apreendido, senão em
flagrante ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária.

Não obstante, as diferenças surgem após a esta


fase de apreensão em flagrante, quando há possibilidade da
autoridade judiciária examinar a possibilidade de liberação
imediata do menor infrator. Em não sendo caso de liberação, poderá
ser determinada a INTERNAÇÃO PROVISÓRIA, antes da sentença, pelo
prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, devendo tal decisão
ser fundamentada e baseada em indícios suficientes de autoria e
materialidade.

Essas medidas são as chamadas medidas sócio-


educativas e são aplicadas quando do cometimento de um ato
infracional, àqueles entre 12 anos completos e 18 anos incompletos
– os adolescentes. Após atingir a maioridade, 18 anos completos,
os delitos passam a ser da esfera de competência do Código Penal,
sendo que as medidas sócio-educativas aplicadas quando
adolescentes não podem se configurar como maus antecedentes
posteriormente. Há que se lembrar que sempre se considera a data
do fato, da prática do ato infracional, para ensejar a aplicação
de uma medida socioeducativa ou de uma pena.

Diante disto, todos os atos infracionais


praticados por adolescente são equiparados aos crimes tipificados
no Código Penal e nas leis extravagantes, bem como na Lei de
Contravenções Penais.

As medidas sócio-educativas têm uma natureza


híbrida, porque possuem, de um lado, um caráter pedagógico e de
outro, um caráter sancionatório. Elas não objetivam pura e
simplesmente punir, não tem o caráter retributivo. Elas visam à
reintegração do adolescente infrator com a sociedade. Todavia,

4
além do caráter pedagógico, educativo, ela visa responsabilizar o
adolescente por sua conduta. No sentido, alerta Saraiva:

“Há que existir a percepção que o Estatuto da Criança e


do Adolescente impõe sanções aos adolescentes autores de
ato infracional, e que a aplicação destas sanções, aptas
a interferir, limitar e até suprimir temporariamente a
liberdade dos jovens, há que se dar dentro do devido
processo legal, sob princípios que são extraídos do
direito penal, do garantismo jurídico, e, especialmente,
da ordem constitucional que assegura os direitos de
cidadania”2.

As medidas sócio-educativas são aplicadas


quando do cometimento de um ato infracional, àqueles entre 12 anos
completos e 18 anos incompletos – os adolescentes. Após atingir a
maioridade, 18 anos completos, os delitos passam a ser da esfera
de competência do Código Penal, sendo que as medidas sócio-
educativas aplicadas quando adolescentes não podem se configurar
como maus antecedentes posteriormente. Há que se lembrar que
sempre se considera a data do fato, da prática do ato infracional,
para ensejar a aplicação de uma medida socioeducativa ou de uma
pena.

Portanto, os atos ilícitos praticados pelos


maiores de 18 anos são condicionado pelo Código Penal, e aplicado
a pena que a lei requer, porquanto, no que tange os atos
praticados pelo adolescentes, são condicionados pela lei especial,
ou seja, respondem pelo Estatuto da Criança e do Adolescente,
sofrendo apenas medidas sócioeducativas.

REFERÊNCIAS
ISHILDA, Valter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente; 3 ed.
São Paulo – SP: Atlas, 2006.

SARAIVA, João Batista Costa. Compêndio de Direito Penal Juvenil – adolescente e


ato infracional. 3 ed. rev. Porto Alegre: Livraria do Advogado Ed., 2006

2 SARAIVA, João Batista Costa. Compêndio de Direito Penal Juvenil – adolescente


e ato infracional. 3 ed. rev. Porto Alegre: Livraria do Advogado Ed., 2006

Вам также может понравиться