Вы находитесь на странице: 1из 29

DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO


NÃO-- IDEAL Desempenho
Definiu-se o conceito de ampop ideal e apresentaram-se vários circuitos de aplicação. Apesar
de em muitas aplicações, esta suposição ser aceitável, um projectista não pode ignorar as
características dos ampops reais e o seu efeito sobre o desempenho dos circuitos que os
utilizam. As propriedades não ideais do ampop limitarão, obviamente, a gama de funcionamento
dos circuitos analisados atrás.
Passa-se, seguidamente, em revista as propriedades não ideais do ampop, considerando os
seus efeitos.

Ganho em malha aberta e largura de banda finitos

O ganho diferencial em malha aberta de um ampop


Fig. 33
não é infinito; não só é finito
finito, como diminui com a
frequência. A fig. 33 mostra um traçado de |A|, com
valores típicos da maioria dos ampops de uso geral
(como é o caso do ampop 741, produzido por muitos
fabricantes de semicondutores).

48
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO


NÃO-- IDEAL Desempenho

Ganho em malha aberta e largura de banda finitos

Note-se que apesar do ganho ser bastante elevado em d.c.


d c e às baixas frequências,
frequências começa a
diminuir a partir de uma frequência consideravelmente baixa (10 Hz, no nosso exemplo). A
diminuição uniforme à taxa de -20dB/década, que se vê na figura, é típica dos ampops
internamente cujo circuito integrado inclui uma malha (geralmente,
compensados internamente, (geralmente um simples
condensador), cuja função é forçar o ganho em malha aberta a ter a resposta do tipo passa-baixo
ilustrado. Este processo de modificar o ganho em malha aberta é designado compensação de
f
frequência
ê i e o seu propósito
ó it é assegurar que os circuitos
i it com ampops sejam
j estáveis,
tá i i.e.,
i que
não entrem em oscilação. A análise da estabilidade e as técnicas para a garantir serão objecto de
estudo mais adiante, no curso.

O ganho A ( s ) de um ampop internamente compensado pode ser representado pela expressão:

onde Ao representa o ganho em dc e ωb é a frequência de corte (3dB) . Para o exemplo da fig. 33,
Ao = 105 e ωb = 2π × 10 rad/s.
49
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO


NÃO-- IDEAL Desempenho

Ganho em malha aberta e largura de banda finitos


q
Para frequências ω >> ωb ((mais de um década acima),
), o g
ganho p p
pode ser aproximada p
por,,
Aob A
A( j )  A( j )  O b
|A| = 1 (0 dB) para uma frequência designada por t
j 

A frequência ft = ωt/2π é habitualmente especificada nas folhas de dados


dos ampops e é conhecida por largura de banda com ganho unitário.

IMPORTANTE

Conhecida ft (1 MHz no nosso exemplo), pode facilmente estimar-se a amplitude do


ganho do ampop a uma dada frequência f.
f

50
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO


NÃO-- IDEAL Desempenho
Resposta em frequência dos amplificadores realimentados (malha fechada)
Considere-se, agora, o efeito das limitações do ganho e da largura de banda do ampop nas
funções de transferência das duas montagens básicas: o circuito inversor e o circuito não-
inversor.

O ganho em malha fechada do amplificador inversor, admitindo um ganho em malha


aberta A finito para o ampop, foi deduzido atrás como sendo:

Substituindo o valor de A dado por

Com

Para Ao >> 1 + R2 / R1, que é habitualmente o caso,

Apresenta a mesma forma da função de transferência de


um circuito passa-baixo. Assim, o amplificador inversor
tem uma resposta passa-baixo com um ganho dc de
amplitude igual a R2 / R1.
51
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO


NÃO-- IDEAL Desempenho
Resposta em frequência dos amplificadores realimentados Inversor (cont.)

Og q
ganho em malha fechada decresce a uma taxa uniforme de -20 dB/década com uma frequência
de corte (a -3 dB) dada por

Amplificador não
não--inversor

Admitindo um ganho em malha aberta A finito, a função de transferência em malha fechada é:

Substituindo o valor de A, dado por

e fazendo a aproximação Ao >> 1 + R2 / R1, vem:

Assim, o amplificador não-inversor tem uma resposta


passa baixo com um ganho dc de amplitude igual a
passa-baixo
(1+R2 / R1), e uma frequência a 3dB dada por,

52
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO - IDEAL EXEMPLO

Considere um ampop de ft =1 MHz. (a) Determine a frequência a 3dB para amplificadores


com ganhos de +1000, +100, +10, +1, -1, -10, -100, -1000. (b) Represente o módulo da resposta
em frequência para os amplificadores com ganhos malha-fechada de +10 e -10.

Solução
a) A tabela seguinte mostra a frequência de corte de amplificadores realimentados com os valores
do ganho mencionados.

Ganho malha
malha-fechada
fechada R2 / R1 f3dB= ft / (1 + R2 / R1 ) (Hz)

+1000 999 1k
+100 99 10k
+10 9 100k
+1 0 1M
1
-1 1 0.5M
-10 10 90.9k
-100 100 9.9k
-1000
1000 1000 1k
1k

53
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO - IDEAL EXEMPLO


A fig. 34 mostra a resposta em frequência do amplificador cujo ganho é +10 (20dB)

Fig. 34

A fig. 35 mostra a resposta em frequência do amplificador cujo ganho é -10

Fig. 35

54
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL NÃO - IDEAL EXEMPLO

CONCLUSÕES

A tabela anterior permite uma observação interessante: o amplificador inversor de ganho unitário
tem uma frequência de corte (ft /2) que é metade da frequência de corte (ft) do amplificador não-
inversor de ganho unitário.
O exemplo anterior ilustra claramente o compromisso entre ganho e largura de banda: para um
dado ampop, quanto menor for o ganho em malha fechada requerido, maior será a largura de banda
atingida. Na realidade, a configuração não-inversora exibe uma relação ganho-largura de banda
constante igual a ft do ampop.
constante, ampop

EXERCÍCIOS

Resolva os exercícios 2.19 e 2.20 (pág. 93 e 94 Sedra& Smith)

55
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais


Saturação da saída

Analogamente a todos os outros amplificadores, os ampops operam linearmente apenas numa


gama limitada de tensões de saída.
C t
Concretamente,t a saída
íd dos
d ampops saturat d uma forma
com L+ e L-, de f lh t à que vimos
semelhante i no
primeiro capítulo; valores inferiores (em valor absoluto) a 1- 3 V aos valores das tensões positiva e
negativa de alimentação, respectivamente.
Assim,
Assim um amp op alimentado com ±15 V, V saturará quando a tensão de saída atinge cerca de +13 V
na excursão positiva, e -13 V na excursão negativa. Para este ampop a tensão de saída máxima diz-
se que é ±13 V. A fim de evitar o corte dos picos da forma de onda da saída, e a resultante distorção
onda o sinal de entrada deve manter
da forma de onda, manter-se pequeno
se correspondentemente pequeno.

Corrente máxima de saída (outra limitação na operação dos ampops)


A corrente de saída é limitada a um valor máximo especificado. Por exemplo, o ampop 741 é
especificado ter uma corrente de saída máxima de  20 mA.
Se o circuito requerer uma corrente superior, a tensão de saída do ampop irá saturar a um nível
correspondente
d t ao máximo
á i de
d corrente
t de
d saída
íd permitido.
itid
56
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais EXEMPLO

Considere o amplificador não


não-inversor
inversor mostrado na figura 36a.
36a Como é ilustrado,
ilustrado o circuito é
projectado para um ganho nominal (1+R2 / R1) =10. A entrada do ampop é alimentada por um sinal
sinusoidal de baixa frequência com amplitude Vp e é ligado a uma resistência de carga RL. O ampop
p
é especificado para
p ç de  13 V e correntes de saída limitadas a 20 mA.
ter tensões de saturação

a) Especifique o sinal na saída do ampop para Vp= 1 V e RL=1 k

b) Especifique o sinal na saída do ampop para Vp= 1.5 V e RL=1


1 k
c) Para RL=1k, qual é o valor máximo de Vp para o
qual uma saída sinusoidal é obtida sem distorção
d) Para
P Vp = 1V,
1V quall é o menor valor
l d de RL para o
qual uma saída sinusoidal é obtida sem distorção

Resolução

a) Vop = 10 V, onda sinusoidal, inferior à saturação.


A corrente na carga é iL = 10 / 1k = 10 mA. A corrente
na realimentação é 1mA, logo a corrente total á saída
Fig 36a
Fig.
do ampop é 11mA, inferior a 20 mA.
57
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais EXEMPLO (CONT.)

b) Para Vp =1.5V, idealmente, a saída seria uma onda sinusoidal de 15 V de pico


=1 5V idealmente pico. No entanto o ampop
satura a 13V, assim limitando a saída a estes níveis.
A corrente de saída para uma tensão de 13 V e RL = 1k é iL =13 mA e iF = 1.3 mA. Assim,
io=14.3mA,
=14 3mA abaixo do limite de 20mA
20mA. Assim
Assim, a saída será uma onda do tipo representada na fig
fig. 36b

Fig. 36a Fig. 36b

c) O valor máximo de Vp para uma saída sem distorção é 1.3 V. A corrente de pico na saída do
ampop é 14.3 mA.
d) 10  1 10
i 0 max
 20mA  i  i 
F L
 RL  526 
9k RL

58
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais “SLEW RATE”

Slew rate é outro fenómeno que pode causar distorção, em regime de grandes sinais.
Refere-se ao facto de existir uma taxa de variação máxima possível na saída de um ampop real.
Este máximo é conhecido por slew rate (SR) do ampop. É usualmente especificada no datasheet
em V/s e é definido por:

dv0
SR  max
dt

S o sinal
Se i l de
d entrada
d no ampop é tall que este requere uma resposta na saída
íd que é mais
i rápida
á id de
d
que o valor especificado de SR, o ampop não responderá. A saída irá variar á taxa máxima possível
definida pelo seu SR.

59
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais “SLEW RATE”

EXEMPLO

Consideremos o seguidor de ganho unitário da fig. 37(a) e admitamos que o sinal de entrada vI é o
degrau de amplitude V mostrado na fig. 37(b).

Fig.37b

Fig 37a
Fig.37a

A saída do ampop não está apta a subir


instantaneamente para o valor ideal V, em vez
Fig.37c
disso a saída será uma rampa linear de declive
igual a SR,
SR como mostrado na fig.
fig 37c.
37c

60
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais “SLEW RATE”

EXEMPLO (CONT.)

De salientar que se a tensão de entrada em degrau V for suficientemente pequena, a saída pode ser
a rampa
p exponencial
p ilustrada na figura
g 37d. Este tipo
p de saída é esperado
p se a única limitação
ç
verificada no ampop for a largura de banda finita.
A função de transferência do seguidor de tensão é obtida substituindo R1=  e R2 = 0 na expressão
da função de transferência,
transferência

Fig.37d

Resposta passa () 1 / t


passa--baixo com uma constante de tempo (

Resposta em degrau

A inclinação inicial da exponencial é tV

Conclusão: Sempre que V é suficientemente pequeno de


modo que tV  SR a saída será como representado
61
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais “SLEW RATE”

A limitação por taxa de variação causa distorção não linear em ondas sinusoidais. Considere se,
Considere-se,
uma vez mais, o seguidor de ganho unitário, submetido a um sinal de entrada sinusoidal dado por

A taxa de variação desta forma de onda é dada por

Ocorre quando a onda de entrada passa por zero Valor máximo

Saída teórica
Se Vi exceder a taxa de variação do ampop,
ampop a
Fig.38 Saída limitada
forma de onda da saída será distorcida como se pelo slew-rate
mostra na fig. 38. Observe-se que a saída não
pode acompanhar a grande taxa de variação, pelo
que o ampop exibe limitação, respondendo com
rampas lineares.

62
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Funcionamento dos ampops com grandes sinais Largura de banda a plena potência

As datasheets dos ampops especificam, geralmente, uma frequência fM chamada largura de banda a
plena potência, e que é a frequência para a qual uma sinusóide de saída com amplitude igual à
tensão de saída máxima do ampop começa a exibir distorção devida à limitação por taxa de
variação (SR).

Designando por Vomáx a tensão de saída máxima, então fM relaciona-se com SR, através da expressão,

Sinusóides de saída com amplitudes inferiores a Vomáx exibirão distorção por taxa de variação (SR),
para frequências superiores a ωM.

Para uma frequência ω superior a ωM, a amplitude máxima da sinusóide de saída não distorcida é
dada por :

63
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

EXERCÍCIO

. Considere o circuito amplificador da figura 1 em que o Amp Op é ideal.


Determine vo = f (v1 , v2).

SOLUÇÃO: vo = - 3 v1 – v2

64
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua


Desvio de tensão (offset voltage)
 Uma vez que os ampops são dispositivos com grandes ganhos em dc, estes são muito
susceptíveis a problemas associados a este tipo de corrente.
corrente O primeiro de tais problemas é o
desvio de tensão.

 Para se compreender este problema, considere-se a seguinte experiência: Se os dois terminais


de entrada forem ligados conjuntamente à massa, contra o que seria de esperar idealmente,
verifica-se existir uma tensão contínua não nula na saída. De facto, se o ampop tiver um elevado
ganho dc, a saída estará tanto no nível positivo como no negativo de saturação.

Podemos reconduzir a saída do ampop ao seu valor ideal de 0 V, ligando entre os terminais de
entrada do ampop, uma fonte de tensão dc externa com amplitude e polaridade adequadas. A
tensão de offset de entrada (VOS) tem de ser de igual amplitude mas de polaridade oposta à tensão
aplicada externamente.

A tensão de offset de entrada (VOS), resulta de desequilíbrios inevitáveis presentes no andar


diferencial de entrada dentro do ampop.

65
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua


Desvio de tensão (offset voltage)

Efeito de VOS no funcionamento em malha fechada dos circuitos com ampops.

Tendo em conta este objectivo, note-se que os ampops de uso geral exibem valores de VOS na gama
de 1 a 5 mV. Além disso, o valor de VOS depende da temperatura. As datasheets dos ampops
geralmente especificam os valores típico e máximo de VOS à temperatura ambiente,
ambiente bem como o
coeficiente de temperatura de VOS (usualmente em μV/°C). Note-se, todavia, que a polaridade de VOS
não é especificada, uma vez que os desequilíbrios que originam o desvio não são conhecidos a
priori,
i i i.e.,
i dif
diferentes
t unidades
id d dod mesmo tipo
ti ded ampop podem
d t desvio
ter d i positivo
iti ou negativo.
ti

Para analisar o efeito de VOS no funcionamento dos


circuitos com ampops, é útil dispor de um modelo do
ampop com desvio de tensão à entrada (offset). Esse
modelo está representado na fig. 39 e consiste de
uma fonte dc de valor VOS ligada em série com a
entrada não inversora de um ampop sem offset. A
justificação para este modelo decorre do exposto
Fig 39
Fig.
anteriormente.
66
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua


Desvio de tensão (offset voltage)

Efeito de VOS no funcionamento em malha fechada dos circuitos com ampops.

A análise do efeito de VOS realiza-se como segue, quer para a montagem inversora, quer para a não
inversora: Desactiva-se a fonte de sinal (como se trata de uma fonte de tensão, é substituída por um
curto circuito) e substitui-se
curto-circuito) substitui se o ampop pelo modelo da fig.
fig 39.
39 (Note-se
(Note se que a desactivação da fonte de
sinal não é mais do que um passo da aplicação do princípio da sobreposição.) .

O procedimento proposto conduz ao mesmo circuito resultante, quer se trate da configuração


inversora, quer da não inversora, e está mostrado na fig. 40.

Esta tensão contínua de saída pode ser muito grande. Por


exemplo, um amplificador não inversor com um ganho em
malha fechada de 1000, realizado com um ampop com desvio
de tensão de 5 mV, terá uma tensão de saída dc de +5 V ou -5
V dependendo
V, d d d da d polaridade
l id d de
d VOS , em vez do
d valor
l ideal
id l de
d
0 V.
Fig. 40
Se o sinal a amplificar for dc, não saberemos distinguir se a
saída
íd é devida
d id a VOS ou ao sinal.
i l
67
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua


Desvio de tensão (offset voltage)

Efeito de VOS no funcionamento em malha fechada dos circuitos com ampops.

Alguns ampops dispõem de dois terminais próprios para a compensação do desvio de tensão à
entrada. Em geral, a compensação realiza-se ligando um potenciómetro entre esses terminais, com
o ponto médio ligado à fonte negativa, e ajustando o seu valor até anular o desvio da saída (fig.41)
Note-se, entretanto, que esta técnica não permite resolver o problema da deriva de VOS com a
temperatura.

Fig.41

68
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua


Desvio de tensão (offset voltage)

Efeito de VOS no funcionamento em malha fechada dos circuitos com ampops.

Uma maneira de ultrapassar o problema do offset é acoplar capacitivamente o amplificador. Esta


solução, contudo, só é viável se o amplificador realimentado não tiver de amplificar sinais dc ou de
muito baixa frequência.
frequência Ver figura 42a.
42a

Devido à sua impedância infinita em dc, o condensador de acoplamento implica que o ganho seja
zero em dc.

Assim, o circuito equivalente para determinar a tensão de saída dc resultante de uma tensão de
offset de entrada Vos, é o ilustrado na figura 42b.

Fig. 42
69
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua


Desvio de tensão (offset voltage)

Efeito de VOS no funcionamento em malha fechada dos circuitos com ampops.

Assim, a tensão contínua de saída será VOS em vez de VOS(1+R2 /R1), que é o valor sem condensador
de acoplamento. Uma vez que o condensador se comporta como um circuito aberto em dc, é fácil
concluir da fig.
fig 42b que a fonte VOS vê,
vê de facto,
facto um seguidor de tensão de ganho unitário.
unitário

Quando sinais de entrada estão presentes o condensador C forma com R1 um circuito passa-alto
com uma frequência de corte ω0 = 1/CR1.

70
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua

Polarização de entrada e corrente de offset

O segundo problema de dc encontrado nos ampops está ilustrado na fig. 43. A fim de o amplificador
poder funcionar, as suas entradas têm de conduzir correntes contínuas, designadas correntes de
polarização à entrada. Na fig. 43 estas duas correntes são representadas por duas fontes de
corrente, IB1 e IB2 , ligadas aos dois terminais de entrada.

Deve sublinhar-se que as correntes de polarização à entrada são independentes do facto de o


ampop ter resistência de entrada finita (não representada na fig. 43). Os fabricantes de ampops
especificam, em geral, o valor médio de IB1 e IB2 bem como a sua diferença.

Corrente de polarização de entrada

Corrente de offset de entrada

Fig.43

71
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua

Polarização de entrada e corrente de offset

O valores
Os l tí i
típicos para ampops de
d uso gerall realizados
li d com transístores
t í t bi l
bipolares são
ã IB = 100 nA
Ae
IOS = 10 nA. Os ampops que utilizam transístores de efeito de campo no andar de entrada têm
correntes de polarização à entrada muito menores (da ordem dos pico-amperes).

Determine-se, agora, a tensão dc de saída de um amplificador realimentado devido às correntes de


polarização à entrada. Para isso, usa-se a configuração ilustrada na figura (fonte de sinal ligada ao
ground, p
g para ambas as configurações):
g ç )

Este resultado limita, obviamente, o valor superior


de R2.
Todavia, existe uma técnica para reduzir o valor da
tensão contínua de saída devida às correntes de
polarização à entrada.
Esse método consiste em introduzir uma resistência
R3 em série com a entrada não-inversora, como se Fig. 44
mostra na fig. 45.
72
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua

Polarização de entrada e corrente de offset


ç do valor adequado
 Determinação q p
para R3

Tensão de saída

Considere-se primeiro o caso IB1=IB2=IB, resulta:

Fig. 45

Esta expressão VO pode ser anulada escolhendo R3 tal que,

Paralelo de R1 com R2

73
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua

Polarização de entrada e corrente de offset

Tendo seleccionado R3, avalie-se o efeito de desvio ((offset)) de corrente IOS não nulo

substituindo

<<

Uma ordem de grandeza

74
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

O AMPLIFICADOR OPERACIONAL Problemas associados a corrente contínua

Polarização de entrada e corrente de offset

Efeito de desvio ((offset)) de corrente IOS não nulo CONCLUSÕES

Para minimizar o efeito das correntes de polarização à entrada, deve-


se ligar na entrada não-inversora uma resistência igual à resistência
dc, vista da entrada inversora. É importante realçar a referência a dc
na frase anterior; por exemplo, se o amplificador tiver acoplamento de
ac, deve-se fazer R3 = R2, como se mostra na fig. 46. Fig. 46

Para os amplificadores com acoplamento ac,


ac deve-se
deve se sempre
garantir um percurso de c.c. entre as entradas do ampop e a
massa. Por esta razão, o amplificador não-inversor com
acoplamento
l t ac da
d fig.
fi 47 não
ã funcionará
f i á sem a resistência
i tê i R3
ligada à massa.

A inclusão de R3 reduz, todavia, consideravelmente a resistência de Fig. 47


entrada do amplificador em malha fechada.
75
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
DEEC - FCTUC

EXERCÍCIO: (Exame época normal) Mostre que o ganho do amplificador diferencial é dado por
por,

vo R2  R2 
 2 1  
v Id R1  RG 

76
ELECTRÓNICA I - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

Вам также может понравиться