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COMPREENSÃO DE TEXTO
EXEMPLIFICANDO – 1, 2, 3 e 4.
A não ser filósofos que afirmaram a liberdade como um poder absolutamente
incondicional da vontade, em quaisquer circunstâncias, os demais, mesmo que tivessem
diferentes concepções, sempre levaram em conta a tensão entre nossa liberdade e as condições
– naturais, culturais ou psíquicas – que nos determinam.
Nosso mundo, nossa vida e nosso presente formam um campo de condições e
circunstâncias que não foram escolhidas e nem determinadas por nós e em cujo interior nos
movemos. No entanto, esse campo é temporal: teve um passado, tem um presente e terá um
futuro cujos vetores e direções já podem ser percebidos e mesmo adivinhados como
possibilidades objetivas. Diante desse campo, poderíamos assumir duas atitudes: ou a ilusão de
que somos livres para mudá-lo em qualquer direção que desejarmos, ou a resignação de que
nada podemos fazer.
Deixado a si mesmo, o campo do presente seguirá um curso que não depende de nós e
seremos submetidos passivamente a ele. A liberdade, porém, não se encontra na ilusão do
“posso tudo”, nem o conformismo do “nada posso”. Encontra-se na disposição para interpretar
e decifrar os vetores do campo presente como possibilidades objetivas, isto é, como aberturas
de novas direções e de novos sentidos a partir do que está dado.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1999 (adaptado)
• Observação da fonte bibliográfica: trata-se de um livro cujo título, por si só, remete ao assunto abordado no
texto. A autora – Marilena Chauí – é renomada filósofa brasileira, publica, frequentemente, artigos em
jornais de circulação nacional.
• Identificação do tipo de texto: os artigos são os mais comuns nas provas da banca em questão. São textos
autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de
persuadir o leitor.
• identificação do tópico frasal: percebido, via de regra, no 1º e no 2º períodos, por meio das palavras-chave:
liberdade sujeita a condições.
• identificação de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque do assunto:
expressões destacadas.
EXEMPLIFICANDO – 5.
Estudo recente patrocinado pela UNESCO sobre a violência na mídia mundial, junto a
5.000 crianças de 12 anos em todo o mundo, mostra indicadores inquietantes sobre o perfil das
preferências desse público.
Um dos dados mais significativos talvez seja o que diz respeito aos personagens de
ficção mais populares entre os entrevistados. Oitenta e oito por cento dos meninos já conhecem
o truculento robô interpretado pelo anabolizado Arnold Schwarzenegger nos filmes “O
Exterminador do Futuro” e “O Exterminador do Futuro 2”. No primeiro, o personagem vilão faz
uma viagem “do futuro para o presente” para matar a mãe do líder da resistência às máquinas.
No segundo, a excursão é do presente para o futuro e o exterminador vem salvar esse mesmo
líder quando criança. O ingrediente comum às duas narrativas é a truculência, instrumentalizada
pela força física e pelas armas de precisão inigualável.
Esse tipo de constatação inevitavelmente conduta à complexa questão sobre a
necessidade de se ter algum controle sobre o que as crianças veem na televisão. E o consenso
em torno de alguma resposta parece ainda muito distante. Para uns, comportamentos violentos
podem ser incentivados pelos meios de comunicação. Para outros, a violência na ficção apenas
reflete o que já se encontra no cotidiano das sociedades.
Distanciando-se dessa dicotomia talvez algo simplista, é possível afirmar que o combate
à violência nos meios de comunicação talvez não devesse concentrar-se apenas neste. O
prioritário seria apresentar às crianças formas de entretenimento que, por sua própria
qualidade, oferecessem alternativas mais saudáveis que a linguagem da violência, infelizmente
hegemônica. Trata-se de apostar na educação como fator preventivo, e não em formas menos
ou mais sofisticadas de censura antidemocráticas e, ademais, ineficientes.
O Exterminador do Futuro. Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 1998.
EXEMPLIFICANDO – 6.
Dizem que quando os dois estavam chegando a Nova York, na amurada do navio, Freud
virou-se para Jung e perguntou:
– Será que eles sabem que nós estamos trazendo a peste?
Não sei se a história, que li num texto do Stephen Greenblatt publicado recentemente
na revista The New Yorker, é verdadeira. Nem sei se Freud e Jung estiveram juntos em Nova
York algum dia. Mas o que Freud pretenderia dizer com “a peste” é fácil de entender. Era tudo o
que os dois estavam explorando em matéria de subconsciente, inconsciente coletivo,
sexualidade precoce – enfim, a revolução no pensamento humano que na Europa já se
alastrava, e era combatida como uma epidemia. Os agentes alfandegários não teriam
identificado o perigo que os dois recém-chegados representavam para as mentes da América,
deixando-os passar para contagiá-las.
Todo desafio ao pensamento convencional e a crenças arraigadas é uma espécie de
praga solapadora, uma ameaça à normalidade e à saúde públicas. Santo Agostinho dizia que a
curiosidade era uma doença. Os que procuravam explicações para o universo e a vida além dos
dogmas da Igreja ou da ciência tradicional eram portadores do vírus da discórdia, a serem
espantados como se espanta qualquer praga, com barulho e fogo. As ideias de Freud e de Jung
divergiram – Jung acabou derivando para um quase misticismo, literariamente mais rico mas
menos consequente do que o que pensava Freud –, mas as descobertas dos dois significaram
uma reviravolta no autoconceito da humanidade comparável ao que significou o heliocentrismo
de Copérnico e as sacadas do Galileu. O homem não só não era o centro do universo conhecido
como carregava dentro de si um universo desconhecido, que mal controlava. Agostinho tinha
razão, a curiosidade debilitava o homem. A partir de Copérnico a curiosidade só levara o homem
a ir desvendando, pouco a pouco, sua própria precariedade, cada vez mais longe de Deus.
Marx, outro pestilento, tinha proposto o determinismo histórico e a luta de classes
como eventuais formadores do Novo Homem, livre da superstição religiosa e de outras tiranias.
Suas ideias, e a reação às suas ideias, convulsionaram o mundo. Esta peste se disseminou com
violência e foi combatida com sangrias e rezas e no fim – como também é próprio das pestes –
amainou. Todas as pestes chegam ao seu máximo e recuam. A Terra há séculos não é o centro
do universo, o que não impede o prestígio crescente da astrologia. O iluminismo do século
dezoito parecia ser o preâmbulo de um futuro racional e prevaleceu o irracionalismo. O Novo
Homem de Marx foi visto pela última vez pulando o muro para Berlim Ocidental. E as teses de
Freud e Jung, que revolucionariam as relações humanas, nunca foram aplicadas nas relações
que interessam, a do homem com seus instintos e a dos seus instintos com uma sociedade
sadia. Foi, como as outras, uma novidade, ou uma curiosidade, que expirou.
Mas também é próprio das pestes serem reincidentes. Cedo ou tarde virá outra
perturbar a paz da ignorância de Santo Agostinho. E passar.
Adaptado de: VERÍSSIMO, L. F. A peste. ZERO HORA, quinta-feira, 1º de setembro de 2011.
EXEMPLIFICANDO – 7.
01. Juventude procura porta-voz. Pode ser sábio, mas não autoritário. Deve ser capaz de dizer a coisa certa sobre
02 dúvidas, não importa se para o corriqueiro ou para o excepcional .
03 O pensamento mágico que chegava pela voz de fadas, bruxas, monstros e heróis tem a cada dia menor utilidade
04 prática. Criados num mundo atravessado pelo saber da ciência, os jovens não encontram na experiência passada
05 orientação para viver no século 21.
06 O bom senso de Dona Benta não dá conta dos problemas do jovem moderno. Ela tem de virar “Dra. Benta” para
07 ensinar a viver com tudo de novo que a ciência introduziu no dia a dia.
08 Onde estão a mãe, o pai ou o avô que sentem firmeza em orientar a ação, os sentimentos e as dores dos filhos?
09 O transcendente e o cotidiano tiveram sua essência modificada pelas ciências do comportamento. O apoio para os
10 momentos difíceis teve de ser inovado.
11 É aí que entra a “nova ficção” ou o relato de aventuras emocionais. Para adultos cujas vidas também se compli-
12 caram, há uma infinidade de títulos da chamada autoajuda, que nada mais é do que a intenção de substituir o bom
13 senso, outrora tão valioso. Tais livros ensinam desde a escrever um currículo até a lidar com a depressão.
14 A linguagem dos livros de autoajuda bate de frente com a ânsia de autonomia do jovem. Ele não aceita receitas
15 nem soluções de cuja concepção não participou. É próprio dos jovens ansiar por resolver a vida, surdos às
16 pregações dos adultos. Daí a atemporal importância das fábulas e das parábolas na tarefa de orientar.
17 O jeito é palpitar por meio da ficção. É chegado o momento de editar livros que falem de angústias de gordinhos,
18 medo do sexo oposto, pânico da humilhação. As consequências psicológicas dos conflitos familiares, das doenças, da
19 morte e do abandono são temas aos quais a sabedoria das avós tem hoje pouco a acrescentar. Como o adulto
20 não se sente eficiente para bem orientar os jovens, é chegada a hora dos artistas. Por meio daquelas histórias, o
21 jovem pode, identificando-se, situar-se diante do moderno.
22 Sair da infância, adolescer e amadurecer é uma aventura para ninguém botar defeito. Parece-me que, diante da
23 insegurança dos adultos, resta a literatura resgatar para o jovem a possibilidade de novas percepções sem
24 obedecer à voz imperativa de um adulto.
25 Harry Potter é um exemplo dessa tendência. São livros que falam de um modo de viver diferente, como uma obra
26 de autoajuda disfarçada de aventura. O palpite chega sem verbo no imperativo, envolto por uma linda história, onde
27 conflitos se resolvem de um jeito novo.
28 Os jovens agradecem as modernas formas de esclarecer e fazer pensar sem o peso da autoridade outrora
29 decretada pela “moral da história”.
(Mautner, Anna Verônica. Aprenda nos romances. Texto adaptado. Folha de S. Paulo, setembro de 2007)
Poucos nomes na história da ciência são tão celebrados quanto Darwin. O que Galileu,
Newton e Einstein representam para a física, Dalton e Lavoisier para a química, Darwin
representa para a biologia. Antes dele, não havia explicações plausíveis para a incrível
diversidade da vida que vemos na natureza, de micróbios unicelulares, plantas e peixes aos
insetos, aves e mamíferos. No mundo ocidental, a explicação aceita era bíblica: Deus criou a
vegetação no terceiro dia, os peixes e as aves no quinto, e os animais terrestres e o homem no
sexto. Mesmo que fósseis de animais estranhos (leia-se dinossauros e mamíferos terrestres
agigantados) fossem conhecidos, o argumento para a sua ausência invocava o Dilúvio e a Arca
de Noé. Pelo jeito, os monstros não foram bem recebidos no grande barco. Talvez alguns
teólogos oferecessem razões mais sofisticadas, mas essa era a opinião de muitos.
De todas as suas características, as que Darwin mais celebrava eram a meticulosidade e
a capacidade de perceber detalhes quando outros não os viam. Quando jovem, atravessou o
mundo no navio Beagle, colhendo espécies diversas da flora, observando o comportamento da
fauna local, colecionando fatos e anotações. Ficou muito impressionado com a beleza do Brasil.
Sua curiosidade pela riqueza com que a vida se manifestava à sua volta e a paixão pelo
conhecimento davam-lhe a infinita paciência necessária para observar as menores variações
dentre espécies de acordo com o ambiente e o clima, a importância da geologia na
determinação das espécies de uma região, a complexa relação entre a flora e a fauna.
Profundamente influenciado pelo geólogo Charles Lyell, que considerava seu mentor,
Darwin aos poucos percebeu que tal riqueza nas espécies só poderia ser possível se pequenas
variações ocorressem ao longo de enormes intervalos de tempo. A filosofia de Lyell pregava que
as rochas terrestres representam a sua longa história, registrando nas suas propriedades as
várias transformações que sofreram ao longo dos milênios. Os mesmos processos que sofreram
no passado continuam ativos no presente. A partir de suas meticulosas observações, Darwin
concluiu que algo semelhante ocorria com os seres vivos; eles também sofriam pequenas
modificações ao longo do tempo. As que facilitavam a sua sobrevivência seriam
passadas de prole em prole mais eficientemente, enquanto que aquelas que dificultavam a
sobrevivência dos animais seriam aos poucos eliminadas. Com isso, após muitas gerações, a
espécie como um todo se alteraria, tornando-se gradualmente distinta de seus ancestrais. A
funcionalidade dos bicos de certos pássaros, por exemplo, ilustra bem a adaptabilidade de
acordo com o ambiente.
Esse processo de seleção natural forneceu, pela primeira vez na história, um mecanismo
racional capaz de explicar a multiplicidade da vida e a sua ligação com o passado. O legado de
Darwin é, antes de mais nada, uma celebração da liberdade que nos é acessível quando nos
dispomos a refletir sobre o mundo em que vivemos.
Adaptado de: GLEISER, M. Celebrando (o estudo d)a vida. Folha de São Paulo. 17 de janeiro de
2009.
05. (FAURGS)Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I - Pelo que se depreende da afirmação “Antes dele, não havia explicações plausíveis para a
incrível diversidade da vida que vemos na natureza”, não é plausível a explicação bíblica para a
criação.
II - A frase “Pelo jeito, os monstros não foram bem recebidos no grande barco.” expressa uma
visão irônica da explicação bíblica.
III - Depreende-se do texto que alguns teólogos forneciam explicações racionais sobre a
multiplicidade das espécies.
IV - A importância de Darwin não está somente no desenvolvimento da teoria da seleção
natural, mas na proposição de uma abordagem científica da natureza.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I e III
(B) Apenas II e III.
(C) Apenas II e IV.
(D) Apenas III e IV.
(E) Apenas I, II e IV.
EXEMPLIFICANDO
VERISSIMO, Luis Fernando. “Momento Mágico”. In: Comédias da Vida Pública. Porto Alegre: L&PM, 1995
EXEMPLIFICANDO
Exame médico
Reforçam-se as evidências da baixa qualidade de ensino em cursos de medicina do país.
Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005, quando o Cremesp (Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação,
facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos.
Neste ano, 56% dos formandos que prestaram o exame foram reprovados. O número já
é expressivo, mas é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior. A
prova não é obrigatória, e os responsáveis por sua execução avaliam que muitos dos maus
alunos boicotam o exame, frequentemente estimulados por suas faculdades.
A prova da Ordem dos Advogados do Brasil pode fornecer um parâmetro, ainda que
imperfeito. Na primeira fase do exame da OAB neste ano, o índice de reprovados na seccional
paulista chegou a 88%. A vantagem do teste entre advogados está em sua obrigatoriedade.
Trata-se de uma prova de habilitação, ou seja, a aprovação é indispensável para o exercício da
profissão. É do interesse da sociedade, da saúde pública e de seus futuros pacientes que os
alunos de medicina também sejam submetidos a uma prova de habilitação obrigatória.
O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de
testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficiente. Devido ao caráter prático da
atividade médica, seria imprescindível, afirma a entidade, a realização de provas que averiguem
essa capacidade entre os recém-formados. Se implementado nesses moldes, um exame
obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados
despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos universitários
de medicina.
(Editorial da Folha de S. Paulo, 17 de dez. de 2009, Opinião, A2)
Notícias são autorais, apesar de, nem sempre, serem assinadas. Seu
objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.
EXEMPLIFICANDO
08. A ideia central do texto baseia-se na visão de que é preciso combater a má nutrição no
mundo. Qual dos trechos da matéria transcritos a seguir apresenta o argumento de
consistência compatível com essa tese?
(A) “Aproximadamente 170 milhões de crianças em todo o mundo têm peso abaixo do
normal, enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos,”
(B) ...“é necessário lutar com urgência contra a má nutrição no mundo, tanto causada pelo
excesso quanto pela falta –”
(C) “calcula-se que há no mundo cerca de 1 bilhão de pessoas com excesso de peso, das
quais 300 milhões são obesas.”
(D) “Todos eles estão mais expostos que os demais a sofrer cardiopatias, acidentes
cardiovasculares, cânceres e diabetes, entre outras doenças ligadas ao excesso de
peso.”
(E) “A OMS adverte que esse problema duplo não é simplesmente de países ricos ou
pobres, mas está ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação.”
Texto Literário
EXEMPLIFICANDO
09. (FAURGS) Considerando o trecho “Preciso prestar atenção para não me encarnar numa
vida perigosa e atraente e que, por isso mesmo eu não queira o retorno a mim mesmo.” , é
correto afirmar que o narrador do texto
EXEMPLIFICANDO
11. Uma charge tem como objetivo, por meio de seu tom caricatural, provocar, no leitor, dada
reação acerca de um fato específico. De acordo com a situação em que foi produzida, a charge
de Ique, aqui apresentada, visa a provocar, no leitor, uma reação de
(A) consternação.
(B) revolta.
(C) alerta.
(D) complacência.
(E) belicosidade.
EXEMPLIFICANDO
Piada
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
15. Da leitura do verbete “quadrilha”, tal como está registrado no minidicionário da Língua
Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda (Curitiba: Editora Positivo, 2008), depreendem-se,
para o termo “quadrilha”, os dois significados a seguir reproduzidos.
EXEMPLIFICANDO
EXERCITANDO
As categorias que um leitor traz para uma leitura e as categorias nas quais essa leitura é
colocada – as categorias cultas sociais e políticas, além das categorias físicas em que uma
biblioteca se divide – modificam-se constantemente e afetam umas às outras, de maneira que
parecem, ao longo dos anos, mais ou menos arbitrárias ou mais ou menos imaginativas. Cada
biblioteca é uma biblioteca de preferências, e cada categoria escolhida implica uma exclusão.
Há bibliotecas cujas categorias não estão de acordo com a realidade. O escritor francês
Paul Masson, que trabalhara como juiz nas colônias francesas, notou que a Biblioteca Nacional
de Paris tinha deficiências de livros em italiano e latim do século XV e decidiu remediar o
problema, compilando uma lista de livros apropriados sob uma nova categoria que “salvaria o
prestígio do catálogo” – uma categoria que incluía somente livros cujos títulos ele inventara.
Quando lhe perguntaram que utilidade teriam livros que não existiam, Masson deu uma
resposta indignada: “Ora, não esperem que eu pense em tudo!”
Uma sala determinada por categorias artificiais, tal como uma biblioteca, sugere um
universo lógico, um universo de estufa onde tudo tem o seu lugar e é definido por ele. Numa
história famosa, o escritor Borges levou esse raciocínio às últimas consequências, imaginando
uma biblioteca tão vasta quanto o universo. Nessa biblioteca (que, na verdade, multiplica ao
infinito a arquitetura da velha Biblioteca Nacional de Buenos Aires, da qual Borges era o diretor
cego), não há dois livros idênticos. Uma vez que as estantes contêm todas as combinações
possíveis do alfabeto e, assim, fileiras e fileiras de algaravia indecifrável, todos os livros reais ou
imagináveis estão representados: “a história minuciosa do futuro, as autobiografias dos
arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração
da falácia desses catálogos, uma versão de cada livro em todas as línguas, as intercalações de
cada livro em todos os livros”. No final, o narrador de Borges (que também é bibliotecário),
perambulando pelos exaustivos corredores, imagina que a própria Biblioteca faz parte de outra
categoria dominante de bibliotecas e que a quase infinita coleção de livros repete-se
periodicamente pela eternidade. E conclui: “Minha solidão alegra-se com essa elegante
esperança”.
Salas, corredores, estantes, prateleiras, fichas e catálogos computadorizados supõem
que os assuntos sobre os quais nossos pensamentos se demoram são entidades reais, e, por
meio dessa suposição, determinado livro pode ganhar um tom e um valor particulares.
Classificado como ficção, As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, é um romance de aventuras
engraçado; como sociologia, é um estudo satírico da Inglaterra no século XVIII; como literatura
infantil, uma fábula divertida sobre anões e gigantes e cavalos que falam; como fantasia, um
precursor da ficção científica; como literatura de viagem, um roteiro imaginário; como clássico,
uma parte do cânone literário ocidental. Categorias são exclusivas;
a leitura não o é – ou não deveria ser. Não importa que classificações tenham sido escolhidas;
cada biblioteca tiraniza o ato de ler e força o leitor – o leitor curioso, o leitor alerta – à resgatar
o livro da categoria a que foi condenado.
Manguel, Alberto. Uma História da Leitura. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. p. 226-227.
17. (FAURGS) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA acerca das
informações contidas no texto.
(A) Diferentes categorizações por que passam os livros no processo de leitura e na
catalogação parecem, por vezes, arbitrárias.
(B) Para o escritor Paul Masson, o prestígio de uma biblioteca dependia da inclusão, em seu
catálogo, de títulos do século XV em italiano e em latim.
(C) O escritor cego Borges foi diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
(D) Borges previa a construção de uma biblioteca eterna, na qual todos os livros poderiam
ser encontrados.
(E) Jonathan Swift escreveu Viagens de Gulliver, livro que faz parte do cânone literário
ocidental.
(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
19. (FAURGS) A segunda palavra de cada uma das alternativas abaixo poderia substituir a
respectiva palavra do texto sem causar alteração de significado, À EXCEÇÃO DE
(A) implica / acarreta.
(B) compilando / reunindo.
(C) indecifrável / incompreensível.
(D) falácia / precisão.
(E) suposição / conjectura.
GABARITO
01. C 02. B 03. D 04. C 05. E 06. B 07. A 08. D 09. E 10. D
11. C 12. B 13. D 14. B 15. B 16. C 17. D 18. E 19. D 20. E
FONÉTICA E ACENTUAÇÃO
Fonética é o estudo dos sons da fala. Letra, fonema, fala, língua, sons da fala, aparelho
fonador são alguns dos conceitos que precisamos conhecer para estudar fonética. É preciso antes
saber a diferença entre língua e fala: língua é um sistema de signos utilizados por uma mesma
comunidade, enquanto fala é o uso que cada pessoa faz da língua. A fala, portanto, é a língua
transformada em sons que são emitidos por nosso aparelho fonador.
Os sons da fala
Quando falamos, produzimos uma corrente de ar que sai de nossos pulmões e vai até
nossa boca, passando por diversos órgãos e estruturas. Os sons da fala são produzidos quando
alguns desses órgãos e estruturas agem sobre essa corrente, ou seja, quando há mudança dessa
corrente de ar. Os sons não se realizam no momento de “inspiração”, mas na “expiração”.
O oxigênio chega até os pulmões pela traqueia. Em seu caminho de volta, ele sofre a
primeira deformação ao chegar à laringe. É na laringe que se definem dois tipos de sons. O fluxo
de ar pode encontrar fechadas ou abertas as pregas vocais. Caso estejam fechadas, o ar força sua
passagem, fazendo-as vibrar e produzir os sons chamados de vozeados. No segundo caso, quando
relaxadas, o ar escapa, com pouca vibração das cordas, produzindo sons chamados de não
vozeados. Enquanto as consoantes, em geral, são classificadas como vozeadas e não vozeadas, as
vogais são sempre vozeadas.
Os sons linguísticos ainda podem ser classificados quanto ao modo articulação e quanto
ao ponto de articulação.
Ponto de articulação, isto é, o local onde os sons são articulados. Eis alguns.
Bilabial: a passagem do ar é obstruído pelos dois lábios. O som é produzido pela junção dos
lábios. Como bilabiais, há [p, b, m]
Labiodental: há sons que são produzidos pela obstrução parcial do ar. Dessa forma, o som é
produzido pela aproximação do lábio inferior e a arcada dentária superior. São labiodentais [f, v].
Dental/Alveolar: os sons são produzidos pelo toque da língua na parte de trás dos dentes
superiores (dentais) ou nos alvéolos (alveolares). São elas [t, d, s, z, l, n, r, R, ]
Velar: estreitamento da cavidade bucal entre o dorso da língua e o véu palatino (ou palato mole).
São velares: [k,g,x].
Quanto ao papel das cordas vocais, os sons podem ser surdos e sonoros. Quanto ao
papel das cavidades bucal e nasal, orais e nasais.
Conceitos
Fonema não é letra. Letra é um sinal gráfico, um desenho. Já fonema constitui uma
unidade sonora, todo som capaz de estabelecer uma diferença entre duas palavras de uma
mesma língua.
FONEMAS – unidades sonoras capazes de estabelecer diferenças de significado.
LETRAS – sinais gráficos criados para a representação escrita das línguas.
CONSOANTES – são os fonemas que só podem ser pronunciados com o apoio das vogais.
Ex.: RaTo.
Encontros Vocálicos
DITONGO – encontro, numa mesma sílaba, de uma vogal e de uma semivogal, ou vice-versa.
Há dois tipos de ditongos:
Encontros Consonantais
Observação
Os encontros consonantais podem ocorrer entre consoantes de uma mesma sílaba (trigo, crítica) ou
de sílabas diferentes (apto, advogado).
É preciso observar que os encontros consonantais separados silabicamente, por serem de difícil
evolução, podem provocar deformações fonéticas e até ortográficas. Ex.: corruptos, cooptados, digno.
Dígrafos
Trata-se de um fonema representado por mais de uma letra. Os principais dígrafos são
CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ, XC, GU, GU, QU. Também são consideradas dígrafos as duplas AM, EM,
IM, OM, UM, AN, EN, IN, ON, UN desde que estejam na mesma sílaba.
Ex.: raiNHa, QUerer, pONto.
Dífonos
Sílaba
As sílabas podem ser abertas ou fechadas. A sílaba aberta termina por uma vogal (ca-va-
lo); a sílaba fechada termina por uma consoante (an-dar).
As palavras (ou vocábulos) são classificadas de acordo com o número de sílabas. Assim, há
monossílabos – uma única sílaba (o, quer, pão)
dissílabos – duas sílabas (ru-a, ca-sa, lá-pis)
trissílabos – três sílabas (ca-der-no, car-tei-ra, a-mi-go)
polissílabos – mais de três sílabas (u-ni-ver-si-da-de, tra-ba-lha-dor, te-le-vi-são)
Tonicidade
Testes
01. Assinale a alternativa na qual a palavra destacada não contém dígrafo.
a) consciência
b) Terra
c) qualidade
d) China
e) ataque
03. Nas palavras listadas abaixo, as letras sublinhadas representam um mesmo fonema, à
exceção de
a) depressão.
b) considerada.
c) prisão.
d) adversidade.
e) sabiamente.
05. A letra n pode integrar um dígrafo nasal. Tal situação verifica-se na palavra da opção
a) oceanos.
b) apenas.
c) nível.
d) higiene.
e) existente.
06. Em uma das opções, todas as palavras têm idêntico número de letras e de fonemas.
Assinale-a.
a) mar, climáticas, salobra, qualidade.
b) outro, fluxo, países, isso.
c) existente, parece, escassez, também.
d) pode, mesma, confiável, crescer.
e) algum, medida, cheias, menos.
07. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno.
b) Chapéu.
c) Flores.
d) Livro
e) Disco.
10. Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxítonas,
EXCETO
a) gratuito
b) silencio
c) insensível
d) melodia
16. Sabendo-se que dígrafo é o grupo de duas letras representando um só fonema, assinale a
palavra que apresenta um dígrafo.
a) Pássaro.
b) Claro.
c) Trato.
d) Droga.
17. Em qual das alternativas abaixo ambas as palavras apresentam 8 letras e 6 fonemas?
a) gasolina – cochicho
b) passarela – passeata
c) assessor – guitarra
d) salsicha – caridade
19. (FAURGS – adaptado) Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre escrita e fala
no que toca a algumas palavras do texto.
I – Na maior parte das variedades de fala do português do Brasil, as palavras ficção e significativos
têm um número de sílabas maior do que aquele que aparece em sua forma escrita.
II – Em algumas variedades do português falado do Brasil, o encontro consonantal presente na
palavra entreter, da qual se origina entretenimento, é alterado por meio da reordenação da
pronúncia de dois fonemas, processo que também se verifica em palavras como prateleira.
III – A pronúncia do conjunto qu-, nas palavras consequência e qualidade, difere da que se
encontra na palavra requisito.
Assinale a alternativa cujas palavras apresentam, na ordem em que são citadas, são os
fenômenos fonéticos acima.
a) reflexões – hábito – executada.
b) herma – clássica – exceção.
c) exceção – fachada – logradouros.
d) fachada – recorremos – reflexões.
e) pontilhada – herma – clássica.
Gabarito
01. C 02. C 03. C 04. C 05. E 06. A 07. B 08. B 09. A 10. A
11. D 12. A 13. B 14. C 15. A 16. A 17. C 18. B 19. E 20. A
ACENTOS E SINAIS
O alfabeto
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
O alfabeto passa a ter 26 letras. São formalmente introduzidas as letras K, W e Y. Na
verdade, já faziam parte da maioria dos dicionários antes da reforma ortográfica. As letras K, W e
Y podem ser usadas nas seguintes situações:
em símbolos de unidades de medida:
km (quilômetro) / kg (quilograma) / W (watt) / www (world wide web, a rede mundial de
computadores)
em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados:
Kuwait, kuwaitiano / Washington / Kiev
em nomes próprios de pessoas e seus derivados:
Franklin, frankliniano / Darwin, darwinismo / Taylor, taylorista
podem ser usadas em palavras estrangeiras de uso corrente:
sexy, show, download, megabyte, playground, playboy
Acento circunflexo
Perdem o acento as palavras com os hiatos OO e EE.
No hiato EE, o circunflexo é eliminado como nas flexões de CRER, DAR, LER e VER e seus derivados
Antes Agora
crêem creem
dêem deem
lêem leem
vêem veem
prevêem preveem
Acento diferencial
Antes Agora
Ela PÁRA a bicicleta Ela PARA a bicicleta
O PÓLO Sul é frio O POLO Sul é frio
Ele joga PÓLO Ele joga POLO
O cão tem PÊLO negro O cão tem PELO negro
A PÊRA é uma fruta A PERA é uma fruta
Acento agudo
A respeito dos ditongos abertos EI e OI, é importante não esquecer que o acento é eliminado
apenas nas palavras paroxítonas, sendo mantido nas oxítonas e nas monossílabas.
Exemplo: HEROICO perde o acento, enquanto HERÓI continua sendo acentuado.
Continuam sendo acentuadas as oxítonas terminadas em ÉI, ÉU e ÓI, inclusive no plural os
seguintes exemplos:
herói (s)
céu (s)
réu (s)
troféu (s)
chapéu (s)
anéis
anzóis
papéis
hotéis
faróis
dói (s)
caracóis
pincéis
rouxinóis
bacharéis
coronéis
Perde acento o U tônico das formas que/i, gue/i, de verbos como apaziguar, arguir, averiguar,
redarguir, obliquar.
Antes Agora
apazigúe(s) apazigue(s)
apazigúem apaziguem
argúi(s) argui(s)
argúem arguem
averigúe(s) averigue(s)
averigúem averiguem
obliqúe(s) oblique(s)
obliqúem obliquem
redargúi(s) redargui(s)
redargúem redarguem
Dica
O Trema será extinto.
Antes Agora
agüentar aguentar
cinqüenta cinquenta
conseqüência consequência
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
eqüino equino
lingüiça linguiça
lingüeta lingueta
pingüim pinguim
qüinqüênio quinquênio
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
argüição arguição
bilíngüe bilíngue
exeqüível exequível
lingüística linguística
ungüento unguento
ubiqüidade ubiquidade
ensangüentado ensanguentado
sagüi sagui
PAROXÍTONAS - acentuam-se as paroxítonas terminadas em us, ei(s), um(uns), l, i(s), r, ã(s), ão(s),
x, n, ps, ditongo crescente(seguido ou não de S), on, ons, om.
DITONGO ABERTO – acentuam-se os ditongos abertos e tônicos éu(s), éi(s) e ói(s) nas oxítonas ou
monossílabas.
Ex.: herói, céu.
ACENTO DIFERENCIAL
CONTER CONVIR
ele contém ele convém
eles contêm eles convêm
Facultativo
O acento será opcional em FÔRMA para diferenciar de FORMA.
Exemplos: A FÔRMA do bolo / A FORMA do atleta.
Testes
01. Se as expressões assinaladas em negrito fossem utilizadas no plural, não seria necessário
acentuar a forma verbal em
a) O resultado da investigação contém informações muito proveitosas.
b) Eu procurava novos dados sobre a participação do brasileiro em trabalhos comunitários.
c) Pesquisa séria se constrói a partir de um planejamento rigoroso.
d) Infelizmente, o relatório confidencial caiu em mãos inescrupulosas.
e) O mais recente estudo sobre o trabalho voluntário vem apresentando conclusões
inesperadas.
04. Se retirarmos o acento gráfico das palavras abaixo, obteremos um equivalente, em língua
portuguesa, exceto em
a) trânsito.
b) dá.
c) está.
d) férias.
e) mídia.
06. Assinale a alternativa em que a palavra está corretamente grafada, conforme as novas
regras ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Bilíngüe.
b) Seqüestro.
c) Argüir.
d) Müller.
07. Assinale a alternativa em que, conforme as novas regras ortográficas da Língua Portuguesa,
não ocorre erro.
a) Caminhando daquele jeito, mais parecia um debilóide.
b) Eu o apóio, mas o apoio está condicionado a sua eterna gratidão.
c) Tornou-se herói ao livrar os amigos de uma fria.
d) Não tinha idéia de que seu ato heróico renderia tantos agradecimentos.
08. Assinale a alternativa em que a grafia da palavra não está correta, conforme as novas regras
ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Tuiuiú. c) Baús.
b) Feiúra. d) Piauí.
09. Assinale a alternativa em que o acento diferencial foi mantido conforme as novas regras
ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Ele pôde viajar em fevereiro de 2012, porque tinha juntado dinheiro durante o ano de
2011.
b) Ele não pára nem para comer; assim, ficará doente.
c) Almoçou apenas frutas: uma pêra, uma ameixa e duas bananas.
d) Tinha tanto pêlo nas costas, que mais parecia um orangotango.
10. Assinale a alternativa em que não ocorre erro conforme as novas regras ortográficas da
Língua Portuguesa.
a) Em seu primeiro vôo de parapente, sentiu o estômago grudar nas costas.
b) Eles não vêem como estão equivocados!
c) É sabido que os brasileiros lêem muito pouco.
d) Eles mudaram muito e não mantêm mais o hábito de criticar gratuitamente os colegas.
11. Assinale a alternativa em que o uso do acento é facultativo, conforme as novas regras
ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Porto Alegre tem o pôr do sol (por do sol) mais lindo do mundo!
b) Mais bonito até do que o do pólo (polo) Norte!
c) Despejou a massa de bolo na fôrma (forma).
d) Ele se péla (pela) para dormir.
12. Assinale a alternativa em que o acento agudo sobre o “u” tônico foi suprimido pela atual
Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
a) Ele não obliqua o carro para estacionar e ocupa, assim, duas vagas.
b) Os mestres arguem os alunos sistematicamente.
c) Quando fico irritado, apaziguo os ânimos com um banho frio.
d) Seria interessante que eles adequassem suas atitudes ao lugar em que se encontram.
Dica
13. “Eu deixo a vida como deixo o tédio.” Assinale a alternativa em que todas as palavras
receberam acento pela mesma tonicidade que levou o poeta a acentuar o termo grifado no
verso acima.
a) também – século – está – nostálgico
b) água – ilegível – regência – nostálgico
c) malícia – sério – história – vestígios
d) silêncio – méritos – apoplético – inúteis
e) próprio – úteis – Taipé – hambúrguer
14. A alternativa em que os exemplos seguem a regra geral de acentuação gráfica referente aos
vocábulos paroxítonos é
a) tem (verbo) / têm (verbo)
b) sabia (verbo) / sábia (adjetivo)
c) pode (verbo) / pôde (verbo)
d) vem (verbo) / vêm (verbo)
e) por (preposição) / pôr (verbo)
17. (FAURGS) assinale a alternativa na qual as duas palavras têm o emprego do acento gráfico
determinado pela mesma regra.
a) arbitrárias – preferências.
b) francês – deficiências.
c) idênticos – também.
d) história – indecifrável.
e) imagináveis – fábula.
19. (FAURGS) As palavras público, fenômeno e temática são acentuadas porque são
a) átonas.
b) quadrissílabas.
c) polissílabas.
d) paroxítonas.
e) proparoxítonas.
Gabarito
01. C 02. C 03. A 04. E 05. C 06. D 07. C 08. B 09. A 10. D
11. C 12. B 13. C 14. B 15. E 16. A 17. A 18. A 19. E 20. C
Estrutura das palavras: estudo dos elementos que formam a palavra, denominados de morfemas.
Morfemas
1. Radical
Contém o sentido básico do vocábulo; permanece inalterado, quando a palavra é modificada.
Ex.: falar, comer, dormir, casa, carro.
Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR.
2. Vogal Temática
Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que
conjugação o verbo pertence:
3. Tema
4. Desinências
Terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de modificá-
las. Modificam-se os verbos, conjugando-os; modificam-se os substantivos e os adjetivos em
gênero e número.
Desinências verbais
a) Modo-temporais = indicam o tempo e o modo.
Ex.: -va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia.
b) Número-pessoais = indicam a pessoa e o número.
Ex.: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele
cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram.
Desinências nominais
a) de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero,
quando houver a oposição masculino X feminino, mesmo que o masculino não seja
terminado em o.
Ex.: cabeleireiro – cabeleireira. / cru – crua / presidente – presidenta / traidor – traidora.
b) de número = indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar o plural da
palavra.
Ex.: cadeiras, pedras, águas.
DERIVAÇÃO
1. Prefixal: acréscimo de um prefixo à palavra já existente.
Ex.: ANTEver, CONter, IMpossível, Ilegal, DESleal.
COMPOSIÇÃO
Formação de uma palavra nova por meio da união de dois ou mais vocábulos primitivos.
1. Justaposição: formação de uma palavra composta sem que ocorra perde de elementos
sonoros.
Ex.: guarda + chuva = guarda-chuva / passa + tempo = passatempo / gira + sol = girassol.
Outros processos
1. Redução: forma reduzida apresentada por algumas palavras; perda de quaisquer
elementos (não a terminação verbal).
Ex.: quilo (quilograma), moto (motocicleta), ceva (cerveja).
-ear, -ejar, -ecer, -escer, -icar, -izar, ... folhear, velejar, envelhecer,
Verbais florescer, adocicar, organizar
-mente cordialmente
Adverbiais
Testes
01. A palavra tijolinho tem, na sua estrutura mórfica, os seguintes elementos:
a) Prefixo, radical.
b) Sufixo, radical.
c) Radical, sufixo.
d) Prefixo, radical, sufixo.
e) Radical, vogal de ligação, sufixo.
05. Assinale a única alternativa em que a primeira palavra apresenta prefixo e a segunda,
sufixo.
a) desgraça – pimenta
b) incômoda – realmente
c) tristeza – calmas
d) refresco – ninguém
e) ridículo – carnaval
08. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo.
a) ajoelhar / antebraço / assinatura.
b) atraso / embarque / pesca.
c) o jota / o sim / o tropeço.
d) entrega / estupidez / sobreviver.
e) antepor / exportação / sanguessuga.
( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) hipótese
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6
d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
11. Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese.
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer.
b) solução, passional, corrupção, visionário.
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente.
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide.
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo.
12. Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação.
a) readquirir, predestinado, propor.
b) irrestrito, antípoda, prever.
c) irregular, amoral, demover.
d) dever, deter, antever.
e) remeter, conter, antegozar.
13. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical.
a) noite, anoitecer, noitada.
b) festa, festeiro, festejar.
c) luz, luzeiro, alumiar.
d) riqueza, ricaço, enriquecer.
e) incrível, crente, crer.
15. Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição,
aglutinação e parassíntese.
a) varapau – girassol – enfaixar.
b) pontapé – anoitecer – ajoelhar.
c) maldizer – petróleo – embora.
d) vaivém – pontiagudo – enfurece.
e) penugem – plenilúdio – despedaça.
16. Nas palavras atenuado, televisão, percurso, há, respectivamente, os seguintes processos de
formação das palavras:
a) parassíntese, hibridismo, prefixação.
b) aglutinação, justaposição, sufixação.
c) sufixação, aglutinação, justaposição.
d) justaposição, prefixação, parassíntese.
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo.
17. "O embarque dos passageiros será feito no aterro". Os dois termos sublinhados
representam, respectivamente, casos de
a) palavra primitiva e palavra primitiva.
b) redução e formação regressiva.
c) formação regressiva e redução.
d) derivação prefixal e palavra primitiva.
e) formação regressiva e formação regressiva.
18. Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivação parassintética), exceto
a) endireitar.
b) desvalorizar.
c) atormentar.
d) soterrar.
e) enlouquecer.
19. Em qual das palavras abaixo não há prefixo igual a da palavra indesejada.
a) Incontinente.
b) Irregular.
c) Impossível.
d) Irritação.
e) Infalível.
20. A palavra antipatias é seguidamente escrita de forma errada devido à similitude sonora
existente entre os prefixos anti- e ante-. Houve escolha correta do prefixo em
a) antecorpos.
b) antiprojetos.
c) anteconcepcional.
d) antibiótico.
e) antidiluviano.
22. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que ocorrem dois prefixos que dão ideia
de negação.
a) impune, acéfalo.
b) pressupor, ambíguo.
c) anarquia, decair.
d) importar, soterrar.
e) ilegal , refazer.
24. Assinale a única palavra que não resulta de um processo de sufixação que transforma
verbos em substantivos.
a) Assaltante.
b) Aprovação.
c) Cotidiano.
d) Experimentação.
e) Resultados.
25. No texto há palavras cuja formação ocorreu pelo acréscimo de um sufixo que transforma
adjetivos em substantivos. Assinale a alternativa em que esse processo de formação pode ser
identificado.
a) Comportamento.
b) Moradia.
c) Homogeneidade.
d) Organização.
e) Tendências.
26. Existem, em Língua Portuguesa, palavras que, embora pertencendo à mesma família,
apresentando pequenas diferenças no radical. É o caso de um dos substantivos abaixo, que, em
relação a um adjetivo da mesma família, apresenta diferença de consoantes do seu radical.
Qual é esse substantivo?
a) Grupos.
b) Incerteza.
c) Esforço.
d) Probabilidade.
e) Êxito.
27. É possível formar novas palavras a partir de encontrar e agregado se acrescentarmos a elas
o prefixo negativo dês (desencontrar e desagregado).
I – feito
II – consideram
III – conectados
Quais delas também poderiam formar novas palavras aceitando o prefixo negativo des-?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
28. O adjetivo que pertence a uma família de palavras onde não ocorre um verbo formado com
o sufixo –izar é
a) objetiva.
b) econômico.
c) eterno.
d) consciente.
e) responsável.
29. Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas pelo prefixo da palavra
“imigrante”.
a) Importação, imersão, implantação.
b) Invasão, ingresso, insatisfação.
c) Ingestão, incineração, imoderação.
d) Intubação, interpretação, incorreção.
e) Intromissão, inserção, imobilização.
32. (FAURGS) Todas as palavras abaixo apresentam sufixo em sua estrutura, à exceção de
a) momento.
b) eleitoral.
c) cidadão.
d) contribuinte.
e) poderoso.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
34. (FAURGS) Quanto à estrutura e à formação das palavras, é correto afirmar que
a) marxistas é formada a partir de substantivo com acréscimo do sufixo –ista.
b) idealista é formada a partir de substantivo com acréscimo do sufixo –ista.
c) revolucionários é formada a partir de adjetivo com acréscimo do sufixo –ário.
d) transformação é formada por parassíntese a partir de adjetivo.
e) autocrítica é formada por parassíntese a partir de adjetivo.
35. (FAURGS) Assinale a alternativa que contém afirmação correta a respeito, respectivamente,
da formação das palavras Ano-Novo – 1 (l. 03) e comentário – 2 (l. 09).
a) 1 – composição / 2 – sufixação.
b) 1 – composição / 2 – prefixação.
c) Ambas decorrem do processo de composição.
d) Ambas decorrem do processo de sufixação.
e) 1 – neologismo / 2 – composição.
Gabarito
01.C 02.A 03.B 04.D 05.B
06.B 07.D 08.B 09.E 10.D
11.A 12.D 13.C 14.A 15.D
16.A 17.E 18.B 19.D 20.D
21.D 22.A 23.E 24.C 25.C
26.D 27.E 28.A 29.A 30.E
31.E 32.A 33.D 34.A 35.A
CRASE
Receitas para o Uso da Crase
Ingredientes
Modo de Preparar
Logo,
Você terá certeza de que a crase é exigida se, ao substituir a palavra feminina por outra
masculina correlata, surgir a combinação AO.
Logo,
Observe.
Obs. Se você não se convenceu com essa substituição, tente outra. Poderá ter certeza de que a
crase é obrigatória nos pronomes demonstrativos, substituindo-os por A este(s), A esta(s), A isto.
Observe.
Fui à Pelotas das confeitarias fantásticas para comer doces, mas acabei degustando um
churrasco.
Observe.
Portanto, antes de
Contudo,
Observe.
Testes
Instrução: a questão de número 01 refere-se ao texto que segue.
“Conclui-se que sua reputação se deve à sua aparência, ao seu rubor lustroso e __ rigidez das
suas formas, [...] E, no meu caso pessoal, continua induzindo ___ desobediência e ao pecado. A
fruta não me seduz, mas não resisto ___ nenhum doce feito com maçã.”
01. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto, na ordem em que
aparecem.
(A) à – à – a
(B) à – à – à
(C) a – a – a
(D) a – à – a
(E) à – a – à
03. As palavras que, na ordem em que se encontram, completam corretamente as lacunas do texto
são
(A) a – a – à – àquelas.
(B) a – a – à – aquelas.
(C) a – a – a – aquelas.
(D) à – à – a – àquelas.
(E) à – a – à – àquelas.
04. Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas das frases que seguem.
Prontificou-se gentilmente _____ atuar como juiz.
O torneio de futebol atingiu o cúmulo da violência no jogo decisivo realizado _____ três
da tarde.
Mas o consumo de chope foi alto e, _______ certa altura, ouviram-se pedidos descabidos.
Têm-se envolvido em brigas durante o horário de trabalho ______ respeito do jogo
inacabado.
(A) a – às – à – a (D) à – às – à – à
(B) a – às – a – a (E) a – às – à – à
(C) à – às – a – a
06. Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito do projeto.
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por
(A) a - a - à (D) à - à - a
(B) a - à - a (E) à - à - à
(C) à - a - à
07. O combate ...... criminalidade é prioridade do poder público, embora os índices de violência
permaneçam altos, devido, principalmente,......certeza da impunidade......seus autores.
As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por
(A) a - a - a (D) à - à - a
(B) à - à - à (E) a - à - à
(C) a - a – à
09. Em vários países, pesquisadores ligados ...... universidades tentam apontar os motivos que
induzem jovens ...... criminalidade, submetendo-os ...... uma série de exames por imagem.
As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por
(A) à - à - a (B) a - à - a (C) a - a - à (D) à - à - à (E) à - a - a
11. A fábula, prendendo-se ...... múltiplas experiências e visões de mundo, inspira nas crianças o
amor ...... verdade e o respeito ..... alguns valores essenciais.
As lacunas da frase apresentada acima estão corretamente preenchidas por
(A) a - a - a (D) à - à - à
(B) a - à - a (E) a - à - à
(C) à - à - a
12. “Por vezes, excelentes candidatos, sob o aspecto do conhecimento jurídico, sucumbem ......
necessidade de uma melhor preparação em Português para ...... dissertações e respostas.....
questões.”
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) à – as – às (D) a – às – às
(B) à – às – às (E) a – as – as
(C) a – às – as
Instrução: para responder às questões 16 a 19, assinale a alternativa que preenche corretamente
as lacunas.
16. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor".
(A) à - a – aquilo
(B) a - a – àquilo
(C) a - à – àquilo
(D) à - à – aquilo
(E) à - à - àquilo
17. "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __ duas quadras da Avenida Central".
(A) à – há (D) à – a
(B) a – à (E) à – à
(C) a – há
18. "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e
se exibe diariamente ___ hora do almoço".
(A) o - à - a (D) o - há - a
(B) ao - há - à (E) o - a - a
(C) ao - a - a
19. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns
dias".
(A) à - àqueles - a - há (D) à - àqueles - a - a
(B) a - àqueles - a - há (E) a - aqueles - à - há
(C) a - aqueles - à - a
22. (FAURGS) Assinale a alternativa que faz uma afirmação correta quanto ao emprego da crase
no texto.
(A) A substituição de necessárias por indispensáveis alteraria as condições para o emprego da
crase no contexto da oração.
(B) A supressão de essa mesma criaria, no contexto da oração, as condições para o emprego da
crase.
(C) A substituição por em vista por com vistas criaria, no contexto da oração, as condições para o
emprego da crase.
(D) A substituição de inclinação por tendência alteraria as condições para o emprego da crase no
contexto da oração.
(E) A substituição por e daí por originando criaria, no contexto da oração, as condições para o
emprego da crase.
23. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto
na sequência em que elas aparecem.
(A) à – a – a – à
(B) à – a – à – à
(C) a – à – à – a
(D) à – à – à – a
(E) à – à – a – à
I – Caso substituíssemos o verbo invocava por recorria, seriam criadas, no contexto da oração, as
condições para o uso da crase.
III – Caso substituíssemos o verbo refletir pelo substantivo reflexão, seriam criadas, no contexto
da oração, as condições para o uso da crase.
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
25. Assinale a alternativa em que a crase seja resultante da fusão de preposição “a” com o
pronome “a”.
(A) O governador concedeu uma entrevista às emissoras de TV.
(B) As perguntas dos adolescentes são iguais às de gerações passadas.
(C) Os estudantes visavam à aprovação.
(D) Entregou as provas às candidatas.
(E) Dirigiu-se às médicas de plantão.
27. A frase em que não deve ser utilizado o acento indicativo de crase é
(A) Entregou o livro as pessoas interessadas.
(B) Fez um relato sobre a compra dos livros a Secretária-Chefe.
(C) O pedido de mais livros foi encaminhado a Sua Senhoria.
(D) Mostrou o exemplar adquirido as encarregadas pela biblioteca.
(E) Dirigiu um ofício a respeito da seleção de novos livros a Senhora Diretora.
31. A frase em que não deve ser empregado o acento indicativo de crase é a da alternativa
(A) O texto faz referência a França e a Inglaterra.
(B) A década de 90 não foi igual a de 70 nas escolas brasileiras.
(C) Entre nós, a oposição a regras disciplinares já não é tão intensa.
(D) Alguns estudantes mostram-se favoráveis a volta do ensino mais exigente.
(E) O incentivo a participação dos alunos deve ser mantido.
32. A frase em que não deve ser utilizado o acento indicativo de crase é
(A) Quanto a população brasileira, muito ainda deve ser conseguido em termos educacionais.
(B) Impõe certas exigências de formação escolar a procura de um emprego.
(C) Milhões de jovens estão condenados a falta de conhecimentos básicos.
(D) Em relação a Austrália, o Brasil mostra uma grande deficiência na área educacional.
(E) A Constituição Federal são feitas algumas críticas.
33. A frase em que a expressão “as vezes” deve receber acento indicativo de crase é
(A) Todas as vezes em que nos visitou trouxe-nos novidades musicais.
(B) Ficou combinado que ele faria as vezes de cantor da banda.
(C) Pouco sabemos sobre as vezes em que aquele extraordinário intérprete sentiu-se
solitário.
(D) A música vinda dos alto-falantes era as vezes interrompida para emitirem-se avisos.
(E) São reduzidas as vezes em que temos oportunidade de usufruir de tranquilidade.
35. A seguir são apresentadas cinco possibilidades de substituição da expressão “se limita”
(Ao longo de 180 páginas, relata o seu cotidiano, que se limita, aqui, ao próprio quarto, à
biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe.). Qual delas manteria as crases?
(A) consiste.
(B) se constitui.
(C) compreende .
(D) não ultrapassa.
(E) se restringe.
38. Identifique a alternativa cujo verbo, ao substituir “sugere”, determinaria crase (ser feliz o
tempo todo, de certa forma, sugere a insipidez daqueles adesivos com rostos sorridentes
que foram moda nos anos setenta.).
(A) determina.
(B) lembra.
(C) insinua.
(D) reflete.
(E) leva.
40. Substitua
1. o substantivo assassinato por morte. (Quando o mundo assiste, estarrecido, ao
assassinato em Timor Leste,...)
2. a expressão Timor Leste por esse país. (Em relação a Timor Leste, o Brasil tem grande
responsabilidade...)
3. o verbo contrariando por desobedecendo. (Novas formas de regência, concordância e
flexão verbal são adotadas, contrariando as normas da língua padrão.)
Considerando-se a modalidade de língua culta, as formas obtidas, no período em que se
encontram, serão, respectivamente,
GABARITO
01.A 02.D 03.A 04.B 05.D 06.B 07.D 08.E
09. B 10.A 11.B 12.A 13.B 14.A 15.C 16.C
17.D 18.B 19.B 20.D 21.C 22.B 23.E 24.C
25.B 26.D 27.C 28.D 29.B 30.D 31.C 32.B
33.D 34.D 35.E 36.B 37.A 38.E 39.B 40.B
Exercícios
1. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário.
a) Chegamos a ideia de que a regra não se refere a pessoas jovens.
b) A todo momento, damos sinais de que nos apegamos a vida.
c) Ela elevou-se as alturas.
d) Os alunos davam valor as normas da escola.
e) As duas horas as pegaríamos a frente da escola.
f) Ele veio a negócios e precisa falar a respeito daquele assunto.
g) Foi a Bahia, depois a São Paulo e a Porto Alegre.
h) Eles tinham a mão as provas que eram necessárias.
i) Graças a vontade de um companheiro de trabalho, reformulamos a agenda da semana.
j) Refiro-me a irmã do colega e as cunhadas, mas nada sei sobre a mãe dele.
k) Aderiu a turma a qual todos aderem.
l) A classe a qual pertenço é a única que não fará a visita aquela praia.
m) Não podemos ignorar as catástrofes do mundo e deixar a humanidade entregue a própria
sorte.
n) Somos favoráveis as orientações dos professores.
o) O ser humano é levado a luta que tem por meta a resolução das questões relativas a
sobrevivência.
p) Sou a favor da preservação das baleias.
q) Fique a espera do chefe, pois ele chegará as 14h.
r) A situação a que me refiro tornou-se complexa, sujeita a variadas interpretações.
s) Após as 18h, iremos a procura de auxilio.
t) Devido a falta de quorum, suspendeu-se a sessão.
u) As candidatas as quais foram oferecidas as bolsas devem apresentar-se até a data
marcada no prospecto.
v) Dedicou-se a uma atividade beneficente, relacionada a continuidade do auxílio as
camadas mais pobres da população.
w) Se você for a Europa, visite os lugares a que o material turístico faz referência.
x) Em relação a matéria dada, dê especial atenção aquele caso em que aparece a crase.
y) Estaremos atendendo de segunda a sexta, das 8h as 19h.
z) A pessoa a quem me refiro dedica-se a arte da cerâmica.
GABARITO