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Português – TJ - Técnico

COMPREENSÃO DE TEXTO

Considerando-se a complexidade da leitura e o número significativo de elementos que


interferem em sua realização, não se pode estabelecer uma lista fechada de itens que
funcionem como um “programa” eficaz de leitura e de compreensão. No entanto, é possível
listar alguns procedimentos que podem auxiliar o aluno a se comportar criticamente diante do
texto:
1. observar a fonte bibliográfica, o autor e o título;
2. identificar o tipo de texto – os mais frequentemente apresentados por essa banca
(artigo, crônica, editorial, notícia, textos literários, científicos, charges, etc.);
3. identificar o “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º
períodos do texto;
4. identificar termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque do
assunto;
5. não interromper a leitura se encontrar palavras desconhecidas; é provável que
paráfrases esclareçam o significado;
6. optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas (a mais
“gordinha” = “chute”!!!!!!!); geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é
construída por meio de palavras e de expressões “abertas”, isto é, que apontam para
“possibilidades”, “hipóteses”;
7. observar expressões de certeza ou de ênfase (certamente, inegavelmente, etc.), de
relevância (sobretudo, primordialmente, etc.) e restritivas, de cunho categórico (só,
somente, todos, tudo, nada, sempre, nunca, etc.) especialmente nas alternativas;
8. observar ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura
do texto, visto que ele autoriza certas deduções; são as que respondem às perguntas
do tipo “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.

EXEMPLIFICANDO – 1, 2, 3 e 4.
A não ser filósofos que afirmaram a liberdade como um poder absolutamente
incondicional da vontade, em quaisquer circunstâncias, os demais, mesmo que tivessem
diferentes concepções, sempre levaram em conta a tensão entre nossa liberdade e as condições
– naturais, culturais ou psíquicas – que nos determinam.
Nosso mundo, nossa vida e nosso presente formam um campo de condições e
circunstâncias que não foram escolhidas e nem determinadas por nós e em cujo interior nos
movemos. No entanto, esse campo é temporal: teve um passado, tem um presente e terá um
futuro cujos vetores e direções já podem ser percebidos e mesmo adivinhados como
possibilidades objetivas. Diante desse campo, poderíamos assumir duas atitudes: ou a ilusão de
que somos livres para mudá-lo em qualquer direção que desejarmos, ou a resignação de que
nada podemos fazer.
Deixado a si mesmo, o campo do presente seguirá um curso que não depende de nós e
seremos submetidos passivamente a ele. A liberdade, porém, não se encontra na ilusão do
“posso tudo”, nem o conformismo do “nada posso”. Encontra-se na disposição para interpretar
e decifrar os vetores do campo presente como possibilidades objetivas, isto é, como aberturas
de novas direções e de novos sentidos a partir do que está dado.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1999 (adaptado)

• Observação da fonte bibliográfica: trata-se de um livro cujo título, por si só, remete ao assunto abordado no
texto. A autora – Marilena Chauí – é renomada filósofa brasileira, publica, frequentemente, artigos em
jornais de circulação nacional.
• Identificação do tipo de texto: os artigos são os mais comuns nas provas da banca em questão. São textos
autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de
persuadir o leitor.
• identificação do tópico frasal: percebido, via de regra, no 1º e no 2º períodos, por meio das palavras-chave:
liberdade sujeita a condições.
• identificação de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque do assunto:
expressões destacadas.

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01. (FAURGS) De acordo com o texto,


(A) há apenas duas concepções de liberdade entre os filósofos.
(B) a vontade do indivíduo, no pensamento filósofo, não está relacionada com sua
liberdade.
(C) o exercício da liberdade, segundo certo pensamento filosófico, implica a avaliação das
circunstâncias presentes.
(D) a resignação é a unidade mais adequada diante da vida, pois sempre estamos
submetidos a condições que não foram escolhidas por nós.
(E) aquele que se ilude com a crença de que pode fazer qualquer coisa é conformista.

EXEMPLIFICANDO – 5.

Estudo recente patrocinado pela UNESCO sobre a violência na mídia mundial, junto a
5.000 crianças de 12 anos em todo o mundo, mostra indicadores inquietantes sobre o perfil das
preferências desse público.
Um dos dados mais significativos talvez seja o que diz respeito aos personagens de
ficção mais populares entre os entrevistados. Oitenta e oito por cento dos meninos já conhecem
o truculento robô interpretado pelo anabolizado Arnold Schwarzenegger nos filmes “O
Exterminador do Futuro” e “O Exterminador do Futuro 2”. No primeiro, o personagem vilão faz
uma viagem “do futuro para o presente” para matar a mãe do líder da resistência às máquinas.
No segundo, a excursão é do presente para o futuro e o exterminador vem salvar esse mesmo
líder quando criança. O ingrediente comum às duas narrativas é a truculência, instrumentalizada
pela força física e pelas armas de precisão inigualável.
Esse tipo de constatação inevitavelmente conduta à complexa questão sobre a
necessidade de se ter algum controle sobre o que as crianças veem na televisão. E o consenso
em torno de alguma resposta parece ainda muito distante. Para uns, comportamentos violentos
podem ser incentivados pelos meios de comunicação. Para outros, a violência na ficção apenas
reflete o que já se encontra no cotidiano das sociedades.
Distanciando-se dessa dicotomia talvez algo simplista, é possível afirmar que o combate
à violência nos meios de comunicação talvez não devesse concentrar-se apenas neste. O
prioritário seria apresentar às crianças formas de entretenimento que, por sua própria
qualidade, oferecessem alternativas mais saudáveis que a linguagem da violência, infelizmente
hegemônica. Trata-se de apostar na educação como fator preventivo, e não em formas menos
ou mais sofisticadas de censura antidemocráticas e, ademais, ineficientes.
O Exterminador do Futuro. Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 1998.

02. (FAURGS) Assinale a alternativa que indica corretamente o significado da expressão


“dessa dicotomia” no texto.
(A) constatação inquietante de que os personagens mais violentos são os de presença mais
disseminada na programação infantil.
(B) discordância com relação ao papel da programação oferecida pelos meios de
comunicação, se estimuladora da violência ou simples reflexo dela.
(C) complexidade da questão relativa ao controle da programação infantil na televisão.
(D) divisão nítida entre o bem e o mal representada pelo papel de exterminador nos dois
filmes citados no segundo parágrafo.
(E) disparidade dos dois caminhos de combate à violência sugeridos – censura e educação
preventiva.

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EXEMPLIFICANDO – 6.

Dizem que quando os dois estavam chegando a Nova York, na amurada do navio, Freud
virou-se para Jung e perguntou:
– Será que eles sabem que nós estamos trazendo a peste?
Não sei se a história, que li num texto do Stephen Greenblatt publicado recentemente
na revista The New Yorker, é verdadeira. Nem sei se Freud e Jung estiveram juntos em Nova
York algum dia. Mas o que Freud pretenderia dizer com “a peste” é fácil de entender. Era tudo o
que os dois estavam explorando em matéria de subconsciente, inconsciente coletivo,
sexualidade precoce – enfim, a revolução no pensamento humano que na Europa já se
alastrava, e era combatida como uma epidemia. Os agentes alfandegários não teriam
identificado o perigo que os dois recém-chegados representavam para as mentes da América,
deixando-os passar para contagiá-las.
Todo desafio ao pensamento convencional e a crenças arraigadas é uma espécie de
praga solapadora, uma ameaça à normalidade e à saúde públicas. Santo Agostinho dizia que a
curiosidade era uma doença. Os que procuravam explicações para o universo e a vida além dos
dogmas da Igreja ou da ciência tradicional eram portadores do vírus da discórdia, a serem
espantados como se espanta qualquer praga, com barulho e fogo. As ideias de Freud e de Jung
divergiram – Jung acabou derivando para um quase misticismo, literariamente mais rico mas
menos consequente do que o que pensava Freud –, mas as descobertas dos dois significaram
uma reviravolta no autoconceito da humanidade comparável ao que significou o heliocentrismo
de Copérnico e as sacadas do Galileu. O homem não só não era o centro do universo conhecido
como carregava dentro de si um universo desconhecido, que mal controlava. Agostinho tinha
razão, a curiosidade debilitava o homem. A partir de Copérnico a curiosidade só levara o homem
a ir desvendando, pouco a pouco, sua própria precariedade, cada vez mais longe de Deus.
Marx, outro pestilento, tinha proposto o determinismo histórico e a luta de classes
como eventuais formadores do Novo Homem, livre da superstição religiosa e de outras tiranias.
Suas ideias, e a reação às suas ideias, convulsionaram o mundo. Esta peste se disseminou com
violência e foi combatida com sangrias e rezas e no fim – como também é próprio das pestes –
amainou. Todas as pestes chegam ao seu máximo e recuam. A Terra há séculos não é o centro
do universo, o que não impede o prestígio crescente da astrologia. O iluminismo do século
dezoito parecia ser o preâmbulo de um futuro racional e prevaleceu o irracionalismo. O Novo
Homem de Marx foi visto pela última vez pulando o muro para Berlim Ocidental. E as teses de
Freud e Jung, que revolucionariam as relações humanas, nunca foram aplicadas nas relações
que interessam, a do homem com seus instintos e a dos seus instintos com uma sociedade
sadia. Foi, como as outras, uma novidade, ou uma curiosidade, que expirou.
Mas também é próprio das pestes serem reincidentes. Cedo ou tarde virá outra
perturbar a paz da ignorância de Santo Agostinho. E passar.
Adaptado de: VERÍSSIMO, L. F. A peste. ZERO HORA, quinta-feira, 1º de setembro de 2011.

03. (FAURGS) Assinale a alternativa correta sobre o que é dito no texto.


(A) Segundo o texto, é improvável que Freud e Jung tenham chegado juntos no mesmo
navio à América.
(B) Faz sentido dizer que Freud e Jung trouxeram a peste para os Estados Unidos, tamanho
o impacto negativo que as suas teorias tiveram no pensamento americano.
(C) Os funcionários da alfândega em Nova York não estavam treinados para identificar casos
de perigo de contágio através de passageiros infectados.
(D) O prestígio da astrologia, em princípio, estaria relacionado à ideia de que a Terra é o
centro do universo.
(E) A partir de Copérnico, a curiosidade do homem só fez com que ele se tornasse cada vez
mais fragilizado.

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EXEMPLIFICANDO – 7.

01. Juventude procura porta-voz. Pode ser sábio, mas não autoritário. Deve ser capaz de dizer a coisa certa sobre
02 dúvidas, não importa se para o corriqueiro ou para o excepcional .
03 O pensamento mágico que chegava pela voz de fadas, bruxas, monstros e heróis tem a cada dia menor utilidade
04 prática. Criados num mundo atravessado pelo saber da ciência, os jovens não encontram na experiência passada
05 orientação para viver no século 21.
06 O bom senso de Dona Benta não dá conta dos problemas do jovem moderno. Ela tem de virar “Dra. Benta” para
07 ensinar a viver com tudo de novo que a ciência introduziu no dia a dia.
08 Onde estão a mãe, o pai ou o avô que sentem firmeza em orientar a ação, os sentimentos e as dores dos filhos?
09 O transcendente e o cotidiano tiveram sua essência modificada pelas ciências do comportamento. O apoio para os
10 momentos difíceis teve de ser inovado.
11 É aí que entra a “nova ficção” ou o relato de aventuras emocionais. Para adultos cujas vidas também se compli-
12 caram, há uma infinidade de títulos da chamada autoajuda, que nada mais é do que a intenção de substituir o bom
13 senso, outrora tão valioso. Tais livros ensinam desde a escrever um currículo até a lidar com a depressão.
14 A linguagem dos livros de autoajuda bate de frente com a ânsia de autonomia do jovem. Ele não aceita receitas
15 nem soluções de cuja concepção não participou. É próprio dos jovens ansiar por resolver a vida, surdos às
16 pregações dos adultos. Daí a atemporal importância das fábulas e das parábolas na tarefa de orientar.
17 O jeito é palpitar por meio da ficção. É chegado o momento de editar livros que falem de angústias de gordinhos,
18 medo do sexo oposto, pânico da humilhação. As consequências psicológicas dos conflitos familiares, das doenças, da
19 morte e do abandono são temas aos quais a sabedoria das avós tem hoje pouco a acrescentar. Como o adulto
20 não se sente eficiente para bem orientar os jovens, é chegada a hora dos artistas. Por meio daquelas histórias, o
21 jovem pode, identificando-se, situar-se diante do moderno.
22 Sair da infância, adolescer e amadurecer é uma aventura para ninguém botar defeito. Parece-me que, diante da
23 insegurança dos adultos, resta a literatura resgatar para o jovem a possibilidade de novas percepções sem
24 obedecer à voz imperativa de um adulto.
25 Harry Potter é um exemplo dessa tendência. São livros que falam de um modo de viver diferente, como uma obra
26 de autoajuda disfarçada de aventura. O palpite chega sem verbo no imperativo, envolto por uma linda história, onde
27 conflitos se resolvem de um jeito novo.
28 Os jovens agradecem as modernas formas de esclarecer e fazer pensar sem o peso da autoridade outrora
29 decretada pela “moral da história”.
(Mautner, Anna Verônica. Aprenda nos romances. Texto adaptado. Folha de S. Paulo, setembro de 2007)

04. (FAURGS) Em seu texto, a autora aborda


(A) a forma como os livros de autoajuda servem de amparo para as angústias de pessoas de
todas as idades.
(B) a conveniência de que os jovens retornem à tradição para encontrar respostas às suas
angústias.
(C) a possibilidade de a literatura trazer contribuições para as dúvidas e angústias dos
jovens no mundo contemporâneo.
(D) o fato de que os jovens só desenvolverão hábitos de leitura se houver livros escritos
especialmente para eles.
(E) a contribuição das ciências do comportamento para a resolução dos problemas
existenciais dos jovens.

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EXEMPLIFICANDO – 8.

Poucos nomes na história da ciência são tão celebrados quanto Darwin. O que Galileu,
Newton e Einstein representam para a física, Dalton e Lavoisier para a química, Darwin
representa para a biologia. Antes dele, não havia explicações plausíveis para a incrível
diversidade da vida que vemos na natureza, de micróbios unicelulares, plantas e peixes aos
insetos, aves e mamíferos. No mundo ocidental, a explicação aceita era bíblica: Deus criou a
vegetação no terceiro dia, os peixes e as aves no quinto, e os animais terrestres e o homem no
sexto. Mesmo que fósseis de animais estranhos (leia-se dinossauros e mamíferos terrestres
agigantados) fossem conhecidos, o argumento para a sua ausência invocava o Dilúvio e a Arca
de Noé. Pelo jeito, os monstros não foram bem recebidos no grande barco. Talvez alguns
teólogos oferecessem razões mais sofisticadas, mas essa era a opinião de muitos.
De todas as suas características, as que Darwin mais celebrava eram a meticulosidade e
a capacidade de perceber detalhes quando outros não os viam. Quando jovem, atravessou o
mundo no navio Beagle, colhendo espécies diversas da flora, observando o comportamento da
fauna local, colecionando fatos e anotações. Ficou muito impressionado com a beleza do Brasil.
Sua curiosidade pela riqueza com que a vida se manifestava à sua volta e a paixão pelo
conhecimento davam-lhe a infinita paciência necessária para observar as menores variações
dentre espécies de acordo com o ambiente e o clima, a importância da geologia na
determinação das espécies de uma região, a complexa relação entre a flora e a fauna.
Profundamente influenciado pelo geólogo Charles Lyell, que considerava seu mentor,
Darwin aos poucos percebeu que tal riqueza nas espécies só poderia ser possível se pequenas
variações ocorressem ao longo de enormes intervalos de tempo. A filosofia de Lyell pregava que
as rochas terrestres representam a sua longa história, registrando nas suas propriedades as
várias transformações que sofreram ao longo dos milênios. Os mesmos processos que sofreram
no passado continuam ativos no presente. A partir de suas meticulosas observações, Darwin
concluiu que algo semelhante ocorria com os seres vivos; eles também sofriam pequenas
modificações ao longo do tempo. As que facilitavam a sua sobrevivência seriam
passadas de prole em prole mais eficientemente, enquanto que aquelas que dificultavam a
sobrevivência dos animais seriam aos poucos eliminadas. Com isso, após muitas gerações, a
espécie como um todo se alteraria, tornando-se gradualmente distinta de seus ancestrais. A
funcionalidade dos bicos de certos pássaros, por exemplo, ilustra bem a adaptabilidade de
acordo com o ambiente.
Esse processo de seleção natural forneceu, pela primeira vez na história, um mecanismo
racional capaz de explicar a multiplicidade da vida e a sua ligação com o passado. O legado de
Darwin é, antes de mais nada, uma celebração da liberdade que nos é acessível quando nos
dispomos a refletir sobre o mundo em que vivemos.
Adaptado de: GLEISER, M. Celebrando (o estudo d)a vida. Folha de São Paulo. 17 de janeiro de
2009.
05. (FAURGS)Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I - Pelo que se depreende da afirmação “Antes dele, não havia explicações plausíveis para a
incrível diversidade da vida que vemos na natureza”, não é plausível a explicação bíblica para a
criação.
II - A frase “Pelo jeito, os monstros não foram bem recebidos no grande barco.” expressa uma
visão irônica da explicação bíblica.
III - Depreende-se do texto que alguns teólogos forneciam explicações racionais sobre a
multiplicidade das espécies.
IV - A importância de Darwin não está somente no desenvolvimento da teoria da seleção
natural, mas na proposição de uma abordagem científica da natureza.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I e III
(B) Apenas II e III.
(C) Apenas II e IV.
(D) Apenas III e IV.
(E) Apenas I, II e IV.

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Outros tipos de texto


 Os cronistas retratam a realidade subjetivamente. A crônica é a
fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares.
Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano,
para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de
texto é predominantemente coloquial.

EXEMPLIFICANDO

VERISSIMO, Luis Fernando. “Momento Mágico”. In: Comédias da Vida Pública. Porto Alegre: L&PM, 1995

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06. (FAURGS) Considere as afirmações.


I – A consciência só cala a boca quando a pessoa está conversando e está sob efeito do álcool.
II – O voto é um ato que realça no indivíduo o sentimento de cidadania.
III – Os momentos em que estamos sós são momentos de autoencontro e, por isso, são sempre
momentos filosóficos.
Quais estão de acordo com o texto?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) I, II e III.

 O editorial é um texto opinativo/argumentativo, não assinado, no


qual o autor (ou autores) não expressa a sua opinião, mas revela o
ponto de vista da empresa. Geralmente, aborda assuntos bastante
atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado
tema, dirigindo-se (explícita ou implicitamente) às autoridades, a
fim de cobrar-lhes soluções.

EXEMPLIFICANDO

Exame médico
Reforçam-se as evidências da baixa qualidade de ensino em cursos de medicina do país.
Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005, quando o Cremesp (Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação,
facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos.
Neste ano, 56% dos formandos que prestaram o exame foram reprovados. O número já
é expressivo, mas é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior. A
prova não é obrigatória, e os responsáveis por sua execução avaliam que muitos dos maus
alunos boicotam o exame, frequentemente estimulados por suas faculdades.
A prova da Ordem dos Advogados do Brasil pode fornecer um parâmetro, ainda que
imperfeito. Na primeira fase do exame da OAB neste ano, o índice de reprovados na seccional
paulista chegou a 88%. A vantagem do teste entre advogados está em sua obrigatoriedade.
Trata-se de uma prova de habilitação, ou seja, a aprovação é indispensável para o exercício da
profissão. É do interesse da sociedade, da saúde pública e de seus futuros pacientes que os
alunos de medicina também sejam submetidos a uma prova de habilitação obrigatória.
O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de
testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficiente. Devido ao caráter prático da
atividade médica, seria imprescindível, afirma a entidade, a realização de provas que averiguem
essa capacidade entre os recém-formados. Se implementado nesses moldes, um exame
obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados
despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos universitários
de medicina.
(Editorial da Folha de S. Paulo, 17 de dez. de 2009, Opinião, A2)

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07. Considere as afirmações abaixo sobre o editorial.


I. Faz sugestivo jogo de palavras: usa a expressão Exame médico, que remete à inspeção feita no
corpo de um indivíduo para chegar a um diagnóstico sobre seu estado de saúde, para referir
uma prova de avaliação a ser realizada por formandos em medicina.
II. Aproxima a área médica e a área do direito, acerca da avaliação dos indivíduos que desejam
exercer as respectivas profissões, de modo a evidenciar o reconhecimento, em plano mundial,
da fragilidade da formação desses futuros profissionais.
III. Critica a imperfeição do sistema de avaliação dos formados em direito, considerando essa
falha como fator que tira da prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil a possibilidade
de ser tomada como padrão para outras áreas do conhecimento.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) II.
(E) II e III.

 Notícias são autorais, apesar de, nem sempre, serem assinadas. Seu
objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.

EXEMPLIFICANDO

MUNDO TEM MAIS OBESOS DO QUE DESNUTRIDOS


Segundo a OMS, 300 milhões são muito gordos e 170 milhões estão abaixo do peso
GENEBRA. Aproximadamente 170 milhões de crianças em todo o mundo têm peso
abaixo do normal, enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos, informou ontem a
Organização Mundial da Saúde (OMS), na abertura da 33ª sessão anual do Comitê Permanente
de Nutrição, em Genebra.
Reunido até sexta-feira, o organismo formado por representantes de várias agências da
Organização das Nações Unidas (ONU) pretende elaborar um plano de ação que ajude as
autoridades nacionais a enfrentar os problemas.
– Para alcançar as Metas do Milênio estabelecidas pela ONU e controlar a epidemia
crescente das doenças crônicas, é necessário lutar com urgência contra a má nutrição no
mundo, tanto causada pelo excesso quanto pela falta – afirmou a presidente do comitê,
Catherine Bertini.
Das 170 milhões de crianças desnutridas, cerca de três milhões morrem a cada ano, de
acordo com os dados fornecidos pela OMS. No extremo oposto, calcula-se que há no mundo
cerca de 1 bilhão de pessoas com excesso de peso, das quais 300 milhões são obesas. Todos eles
estão mais expostos que os demais a sofrer cardiopatias, acidentes cardiovasculares, cânceres e
diabetes, entre outras doenças ligadas ao excesso de peso.
A OMS adverte que esse problema duplo não é simplesmente de países ricos ou pobres,
mas está ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação.
O Globo,14 mar. 2006.

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08. A ideia central do texto baseia-se na visão de que é preciso combater a má nutrição no
mundo. Qual dos trechos da matéria transcritos a seguir apresenta o argumento de
consistência compatível com essa tese?
(A) “Aproximadamente 170 milhões de crianças em todo o mundo têm peso abaixo do
normal, enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos,”
(B) ...“é necessário lutar com urgência contra a má nutrição no mundo, tanto causada pelo
excesso quanto pela falta –”
(C) “calcula-se que há no mundo cerca de 1 bilhão de pessoas com excesso de peso, das
quais 300 milhões são obesas.”
(D) “Todos eles estão mais expostos que os demais a sofrer cardiopatias, acidentes
cardiovasculares, cânceres e diabetes, entre outras doenças ligadas ao excesso de
peso.”
(E) “A OMS adverte que esse problema duplo não é simplesmente de países ricos ou
pobres, mas está ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação.”

 Texto Literário

EXEMPLIFICANDO

09. (FAURGS) Considerando o trecho “Preciso prestar atenção para não me encarnar numa
vida perigosa e atraente e que, por isso mesmo eu não queira o retorno a mim mesmo.” , é
correto afirmar que o narrador do texto

(A) encarna em pessoas para poder aconselhá-las com mais segurança.


(B) não consegue retornar à sua própria vida.
(C) gostaria de poder encarnar a vida religiosa de uma missionária.
(D) percebe como corrigir os defeitos das pessoas logo que as observa.
(E) considera importante evitar encarnar-se na vida de algumas pessoas.

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 Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar


algum acontecimento atual com uma ou mais personagens
envolvidas. Apesar de ser confundida com cartum, é considerada
totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece uma crítica
contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da
sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica
político-social mediante o artista expressa graficamente sua visão
sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da
sátira.

EXEMPLIFICANDO

Instrução: as questões 10 e 11 referem-se ao texto que segue.


A charge a seguir trata da situação crítica a que está submetido o País em relação à dengue.

10. Essa charge


(A) compara a luta contra a dengue a uma situação de guerra.
(B) coloca em situação de oposição o homem e a sociedade.
(C) suaviza a gravidade da questão a partir do humor.
(D) dá características humanas ao mosquito.
(E) propõe que forças bélicas sejam usadas na prevenção da doença.

11. Uma charge tem como objetivo, por meio de seu tom caricatural, provocar, no leitor, dada
reação acerca de um fato específico. De acordo com a situação em que foi produzida, a charge
de Ique, aqui apresentada, visa a provocar, no leitor, uma reação de
(A) consternação.
(B) revolta.
(C) alerta.
(D) complacência.
(E) belicosidade.

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 Peça publicitária: a propaganda é um modo específico de


apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou
política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em
relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial
é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta
informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência.
Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas
conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma
resposta emocional e não racional à informação apresentada.
Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem
direta, utilizando o modo imperativo e elementos não verbais para
reforçar a mensagem.

EXEMPLIFICANDO

Instrução: a questão 12 refere-se ao texto que segue.


O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.

12. A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e


substitui a palavra
(A) vida. (D) história.
(B) corpo. (E) postura.
(C) jeito.

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 Piada
EXEMPLIFICANDO

Instrução: o texto que segue refere-se às questões 13 e 14.

13. Na piada acima, o efeito de humor


(A) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos
quando a mulher o cumprimentou.
(B) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia
entendido o teor da pergunta do outro.
(C) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
(D) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
(E) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego
malicioso da expressão sua protetora.

14. É legítima a afirmação de que, na piada,


(A) ouve-se exclusivamente a voz de personagens, exclusividade que é condição desse tipo
de produção humorística.
(B) há a presença efetiva de um narrador, expediente típico desse tipo de texto.
(C) as falas das personagens constituem recurso para a defesa de um ponto de vista, sinal
da natureza dissertativa desse específico texto.
(D) os elementos caracterizadores da mulher, dados na descrição, são contrastados com a
sua profissão.
(E) ocorre uma inadequação, dadas as normas da narrativa: a introdução à fala da primeira
personagem está no próprio trecho em que se compõe a cena introdutória.

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 Intertextualidade = um texto remete a outro, contendo em si – muitas vezes –


trechos ou temática desse outro com o qual mantém “diálogo”.

EXEMPLIFICANDO

15. Da leitura do verbete “quadrilha”, tal como está registrado no minidicionário da Língua
Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda (Curitiba: Editora Positivo, 2008), depreendem-se,
para o termo “quadrilha”, os dois significados a seguir reproduzidos.

Qua.dri.lha - Substantivo feminino.


1.Bando de ladrões ou malfeitores.
2.Contradança de salão que forma figuras.

Considere, agora, os textos pictórico e verbal, abaixo selecionados

Disponível em: www.ena.ena@terra.com.br. Acessado em dez. 2009

Na composição imagem/texto verbal, a pintura de Volpi atuou como


(A) artifício pictórico decorativo para, simplesmente, emprestar peso cultural à questão.
(B) elemento que concorreu para a fixação do segundo significado dicionarizado do termo
que dá título ao poema.
(C) estratégia estética reveladora, antes do mais, da inserção temporal da criação artística
ora expressa em dupla linguagem.
(D) procedimento que fundiu os sentidos dicionarizados do termo, ampliando-lhe o sentido
e o significado.
(E) recurso expressivo que, ao entremear os dois significados dicionarizados, criou novo
termo a ser dicionarizado.

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Português – TJ - Técnico

 Extratextualidade = a resposta à questão formulada por meio do texto


encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno conhecimento mais amplo de
mundo.

EXEMPLIFICANDO

Atenção: a questão de número 16 refere-se à charge abaixo.

(Folha de S. Paulo, 9 de dez. de 2009, Opinião, A2)

16. Na charge, o efeito de humor deve-se prioritariamente


(A) à deselegância do garçom ao anunciar, em tom coloquial e em voz alta, a falta de gelo.
(B) ao descabido uso de fones pelas personagens que compõem a cena.
(C) à possibilidade de se entender a fala do garçom como alusão a questões climáticas do
planeta.
(D) à indiferença da plateia diante da inesperada notícia.
(E) à inadequação de bebidas serem servidas em reunião de líderes das principais nações
do mundo.

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EXERCITANDO
As categorias que um leitor traz para uma leitura e as categorias nas quais essa leitura é
colocada – as categorias cultas sociais e políticas, além das categorias físicas em que uma
biblioteca se divide – modificam-se constantemente e afetam umas às outras, de maneira que
parecem, ao longo dos anos, mais ou menos arbitrárias ou mais ou menos imaginativas. Cada
biblioteca é uma biblioteca de preferências, e cada categoria escolhida implica uma exclusão.
Há bibliotecas cujas categorias não estão de acordo com a realidade. O escritor francês
Paul Masson, que trabalhara como juiz nas colônias francesas, notou que a Biblioteca Nacional
de Paris tinha deficiências de livros em italiano e latim do século XV e decidiu remediar o
problema, compilando uma lista de livros apropriados sob uma nova categoria que “salvaria o
prestígio do catálogo” – uma categoria que incluía somente livros cujos títulos ele inventara.
Quando lhe perguntaram que utilidade teriam livros que não existiam, Masson deu uma
resposta indignada: “Ora, não esperem que eu pense em tudo!”
Uma sala determinada por categorias artificiais, tal como uma biblioteca, sugere um
universo lógico, um universo de estufa onde tudo tem o seu lugar e é definido por ele. Numa
história famosa, o escritor Borges levou esse raciocínio às últimas consequências, imaginando
uma biblioteca tão vasta quanto o universo. Nessa biblioteca (que, na verdade, multiplica ao
infinito a arquitetura da velha Biblioteca Nacional de Buenos Aires, da qual Borges era o diretor
cego), não há dois livros idênticos. Uma vez que as estantes contêm todas as combinações
possíveis do alfabeto e, assim, fileiras e fileiras de algaravia indecifrável, todos os livros reais ou
imagináveis estão representados: “a história minuciosa do futuro, as autobiografias dos
arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração
da falácia desses catálogos, uma versão de cada livro em todas as línguas, as intercalações de
cada livro em todos os livros”. No final, o narrador de Borges (que também é bibliotecário),
perambulando pelos exaustivos corredores, imagina que a própria Biblioteca faz parte de outra
categoria dominante de bibliotecas e que a quase infinita coleção de livros repete-se
periodicamente pela eternidade. E conclui: “Minha solidão alegra-se com essa elegante
esperança”.
Salas, corredores, estantes, prateleiras, fichas e catálogos computadorizados supõem
que os assuntos sobre os quais nossos pensamentos se demoram são entidades reais, e, por
meio dessa suposição, determinado livro pode ganhar um tom e um valor particulares.
Classificado como ficção, As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, é um romance de aventuras
engraçado; como sociologia, é um estudo satírico da Inglaterra no século XVIII; como literatura
infantil, uma fábula divertida sobre anões e gigantes e cavalos que falam; como fantasia, um
precursor da ficção científica; como literatura de viagem, um roteiro imaginário; como clássico,
uma parte do cânone literário ocidental. Categorias são exclusivas;
a leitura não o é – ou não deveria ser. Não importa que classificações tenham sido escolhidas;
cada biblioteca tiraniza o ato de ler e força o leitor – o leitor curioso, o leitor alerta – à resgatar
o livro da categoria a que foi condenado.
Manguel, Alberto. Uma História da Leitura. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. p. 226-227.

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17. (FAURGS) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA acerca das
informações contidas no texto.
(A) Diferentes categorizações por que passam os livros no processo de leitura e na
catalogação parecem, por vezes, arbitrárias.
(B) Para o escritor Paul Masson, o prestígio de uma biblioteca dependia da inclusão, em seu
catálogo, de títulos do século XV em italiano e em latim.
(C) O escritor cego Borges foi diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
(D) Borges previa a construção de uma biblioteca eterna, na qual todos os livros poderiam
ser encontrados.
(E) Jonathan Swift escreveu Viagens de Gulliver, livro que faz parte do cânone literário
ocidental.

18. (FAURGS) Considere os seguintes conceitos.


I - categorização
II - preferência
III - tirania
Quais deles estão associados às bibliotecas, de acordo com o texto?

(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

19. (FAURGS) A segunda palavra de cada uma das alternativas abaixo poderia substituir a
respectiva palavra do texto sem causar alteração de significado, À EXCEÇÃO DE
(A) implica / acarreta.
(B) compilando / reunindo.
(C) indecifrável / incompreensível.
(D) falácia / precisão.
(E) suposição / conjectura.

20. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações relativas ao significado de palavras do texto.

I - O emprego do advérbio periodicamente contribui para a frase no sentido de especificar


que a repetição da coleção de livros seria uma ocorrência aleatória por toda a eternidade.
II - A expressão estudo satírico permite a interpretação de que, com relação à sociedade inglesa
do século XVIII, As viagens de Gulliver é uma obra jocosa, que ironiza e ridiculariza as
características de tal sociedade.
III - O emprego da palavra precursor informa que a obra ali comentada é anterior e pioneira
com relação às obras de ficção científica.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) Apenas II e III.

GABARITO
01. C 02. B 03. D 04. C 05. E 06. B 07. A 08. D 09. E 10. D
11. C 12. B 13. D 14. B 15. B 16. C 17. D 18. E 19. D 20. E

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FONÉTICA E ACENTUAÇÃO

Fonética é o estudo dos sons da fala. Letra, fonema, fala, língua, sons da fala, aparelho
fonador são alguns dos conceitos que precisamos conhecer para estudar fonética. É preciso antes
saber a diferença entre língua e fala: língua é um sistema de signos utilizados por uma mesma
comunidade, enquanto fala é o uso que cada pessoa faz da língua. A fala, portanto, é a língua
transformada em sons que são emitidos por nosso aparelho fonador.

Os sons da fala
Quando falamos, produzimos uma corrente de ar que sai de nossos pulmões e vai até
nossa boca, passando por diversos órgãos e estruturas. Os sons da fala são produzidos quando
alguns desses órgãos e estruturas agem sobre essa corrente, ou seja, quando há mudança dessa
corrente de ar. Os sons não se realizam no momento de “inspiração”, mas na “expiração”.
O oxigênio chega até os pulmões pela traqueia. Em seu caminho de volta, ele sofre a
primeira deformação ao chegar à laringe. É na laringe que se definem dois tipos de sons. O fluxo
de ar pode encontrar fechadas ou abertas as pregas vocais. Caso estejam fechadas, o ar força sua
passagem, fazendo-as vibrar e produzir os sons chamados de vozeados. No segundo caso, quando
relaxadas, o ar escapa, com pouca vibração das cordas, produzindo sons chamados de não
vozeados. Enquanto as consoantes, em geral, são classificadas como vozeadas e não vozeadas, as
vogais são sempre vozeadas.
Os sons linguísticos ainda podem ser classificados quanto ao modo articulação e quanto
ao ponto de articulação.

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Alguns modos de articulação


a) oclusivas: o fluxo de ar encontra uma interrupção total. São elas [p, b, t, d, k , g ].
b) fricativas: há um estreitamento da passagem do ar, que resulta em um ruído semelhante ao de
uma fricção. São fricativas, por exemplo, [f, v, s, z, ...].
c) africadas: na realização dessas consoantes, há a soma da oclusão e da fricção. É o que acontece
na realização de [tS, Dž].
d) nasal: aquele som que, na sua realização, parte do ar sai pelo trato vocal e parte pelas fossas
nasais, a exemplo de [m, n].
e) laterais: a língua, ao tocar os alvéolos, obstrui a passagem do ar nas vias superiores, mas
permite que o ar passe através das paredes laterais da boca, a exemplo de [l].
f) vibrantes: caracteriza-se pelo movimento vibratório e rápido da língua, provocando, assim,
breves interrupções na corrente de ar. Para a vibrante, temos [r]. Palavras como “caro”, “barato”
apresentam este som.

Ponto de articulação, isto é, o local onde os sons são articulados. Eis alguns.
Bilabial: a passagem do ar é obstruído pelos dois lábios. O som é produzido pela junção dos
lábios. Como bilabiais, há [p, b, m]
Labiodental: há sons que são produzidos pela obstrução parcial do ar. Dessa forma, o som é
produzido pela aproximação do lábio inferior e a arcada dentária superior. São labiodentais [f, v].
Dental/Alveolar: os sons são produzidos pelo toque da língua na parte de trás dos dentes
superiores (dentais) ou nos alvéolos (alveolares). São elas [t, d, s, z, l, n, r, R, ]
Velar: estreitamento da cavidade bucal entre o dorso da língua e o véu palatino (ou palato mole).
São velares: [k,g,x].

Quanto ao papel das cordas vocais, os sons podem ser surdos e sonoros. Quanto ao
papel das cavidades bucal e nasal, orais e nasais.

Conceitos

Fonema não é letra. Letra é um sinal gráfico, um desenho. Já fonema constitui uma
unidade sonora, todo som capaz de estabelecer uma diferença entre duas palavras de uma
mesma língua.
FONEMAS – unidades sonoras capazes de estabelecer diferenças de significado.
LETRAS – sinais gráficos criados para a representação escrita das línguas.

Classificação dos Fonemas


VOGAIS – sons que não precisam do amparo de outros para ser emitidos. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Em termos práticos, isso significa que, em toda
sílaba, há necessariamente uma vogal.
Ex.: cAixA.
SEMIVOGAIS – são os sons /I/ e o /U/ quando se juntam a uma vogal para com ela formar uma
sílaba. As semivogais nunca funcionam como base da sílaba.
Ex.: caIxa.
/A/ = sempre é vogal.

/O/, /E/ = normalmente são vogais.

CONSOANTES – são os fonemas que só podem ser pronunciados com o apoio das vogais.
Ex.: RaTo.

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Encontros Vocálicos
DITONGO – encontro, numa mesma sílaba, de uma vogal e de uma semivogal, ou vice-versa.
Há dois tipos de ditongos:

 crescente – SV + V Ex.: glórIA, tênUE.

 decrescente – V + SV Ex.: pAI, chapÉU.

TRITONGO – SV + V + SV Ex.: averigUEI, sagUÃO.

HIATO – V + V Ex.: rA-Iz, pA-Í-ses.

Encontros Consonantais

Encontro de consoantes num mesmo vocábulo.


Ex.: aDVérbio, BRasil.

Observação
Os encontros consonantais podem ocorrer entre consoantes de uma mesma sílaba (trigo, crítica) ou
de sílabas diferentes (apto, advogado).
É preciso observar que os encontros consonantais separados silabicamente, por serem de difícil
evolução, podem provocar deformações fonéticas e até ortográficas. Ex.: corruptos, cooptados, digno.

Dígrafos

Trata-se de um fonema representado por mais de uma letra. Os principais dígrafos são
CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ, XC, GU, GU, QU. Também são consideradas dígrafos as duplas AM, EM,
IM, OM, UM, AN, EN, IN, ON, UN desde que estejam na mesma sílaba.
Ex.: raiNHa, QUerer, pONto.

Dífonos

Trata-se de dois fonemas representados por uma única letra.


Ex.: táXi, tóXico.

Devido à existência de dígrafos e de dífonos, nem sempre o número de fonemas em uma


palavra é igual ao número de letras e vice-versa.

Sílaba

As sílabas podem ser abertas ou fechadas. A sílaba aberta termina por uma vogal (ca-va-
lo); a sílaba fechada termina por uma consoante (an-dar).
As palavras (ou vocábulos) são classificadas de acordo com o número de sílabas. Assim, há
 monossílabos – uma única sílaba (o, quer, pão)
 dissílabos – duas sílabas (ru-a, ca-sa, lá-pis)
 trissílabos – três sílabas (ca-der-no, car-tei-ra, a-mi-go)
 polissílabos – mais de três sílabas (u-ni-ver-si-da-de, tra-ba-lha-dor, te-le-vi-são)

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Tonicidade

Quando pronunciamos uma palavra qualquer, sempre enfatizamos (acentuamos) uma de


suas sílabas. Essa sílaba, chamada de “sílaba forte”, é denominada tônica e as demais, que não
recebem qualquer ênfase ou acento, são as átonas.
Dependendo do lugar onde esteja a sílaba tônica, as palavras com mais de uma sílaba
podem ser classificadas como oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
 oxítonas – a sílaba tônica (sílaba forte) recai na última sílaba.
Exemplos: futebol, herói, computador.
 paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima sílaba.
Exemplos: menina, aniversário, sacola.
 proparoxítonas – a sílaba tônica recai na antepenúltima sílaba.
Exemplos: pássaro, matemática, botânica

Os monossílabos podem ser átonos ou tônicos. Os átonos são pronunciados levemente.


Exemplos: artigos definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uns); pronomes pessoais oblíquos (me,
te, se, o, a, lhe,nos, vos, os, as, lhes), etc.
Os monossílabos tônicos são pronunciados fortemente.
Exemplos: céu, flor, lá, lei, mão, pó, sou, três, etc.

Testes
01. Assinale a alternativa na qual a palavra destacada não contém dígrafo.
a) consciência
b) Terra
c) qualidade
d) China
e) ataque

02. Ao pronunciar palavras como adeptos, os falantes da Língua Portuguesa tendem a


acrescentar-lhes uma vogal não representada na língua escrita. Observe as alternativas abaixo.
I. perseguem – homossexuais
II. rachar – igualdade
III. facção – significa
Em quais delas ambas as palavras sofrem o mesmo processo?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

03. Nas palavras listadas abaixo, as letras sublinhadas representam um mesmo fonema, à
exceção de
a) depressão.
b) considerada.
c) prisão.
d) adversidade.
e) sabiamente.

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Português – TJ - Técnico

04. Na fonologia, temos os sons, os fonemas; na escrita, os fonemas são graficamente


representados por letras. Por vezes, usamos duas letras para representar um só fonema e vice-
versa. Assinale a opção na qual todas as palavras têm número idêntico de fonemas e de letras.
a) também, participa, corrente
b) fechado, governo, perceber
c) palavra, diminuir, escritura
d) seguir, passagem, almoço
e) representam, porque, narina

05. A letra n pode integrar um dígrafo nasal. Tal situação verifica-se na palavra da opção
a) oceanos.
b) apenas.
c) nível.
d) higiene.
e) existente.

06. Em uma das opções, todas as palavras têm idêntico número de letras e de fonemas.
Assinale-a.
a) mar, climáticas, salobra, qualidade.
b) outro, fluxo, países, isso.
c) existente, parece, escassez, também.
d) pode, mesma, confiável, crescer.
e) algum, medida, cheias, menos.

07. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno.
b) Chapéu.
c) Flores.
d) Livro
e) Disco.

08. Assinale a alternativa em que a palavra apresente um hiato.


a) arrogância
b) distinguia
c) mão
d) chaleira
e) transportou

09. Indique em qual alternativa encontramos uma paroxítona.


a) pudico
b) mister
c) paroxítona
d) obus

10. Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxítonas,
EXCETO
a) gratuito
b) silencio
c) insensível
d) melodia

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11. Assinale a alternativa em que as duas palavras apresentam encontro consonantal.
a) Admitir – passo.
b) Canto – passo.
c) Admitir – canto.
d) Admitir – pneu.

12. Assinale a alternativa em que as informações apresentadas para a palavra em destaque


estejam totalmente CORRETAS.
a) hexacampeão: 10 fonemas, um dífono, um dígrafo.
b) companhia: 7 fonemas, um encontro consonantal, um dígrafo.
c) português: 8 fonemas, um ditongo crescente, um encontro consonantal.
d) quotista: 8 fonemas, um encontro consonantal, um ditongo crescente.

13. Assinale o vocábulo com ditongo crescente.


a) Réu
b) Água
c) Pão
d) rói

14. Quantos fonemas há, respectivamente, nas seguintes palavras CHAMPANHA –


MANDAMENTO – ENGARRAFAMENTO.
a) 9-10-13.
b) 6-6-8.
c) 6-8-11.
d) 6-8-10.

15. Observe o emprego da letra X em quatro vocábulos: reflexão, auxiliar, almoxarifado,


exercer. Assinale a alternativa que analisa corretamente o referido emprego.
a) A letra X representa, em todos os quatro vocábulos, fonemas diferentes.
b) Em reflexão e auxiliar a letra X está representando o mesmo fonema.
c) A letra X representa o mesmo fonema em almoxarifado e exercer.
d) Em almoxarifado e explicação, o X vale o mesmo fonema.

16. Sabendo-se que dígrafo é o grupo de duas letras representando um só fonema, assinale a
palavra que apresenta um dígrafo.
a) Pássaro.
b) Claro.
c) Trato.
d) Droga.

17. Em qual das alternativas abaixo ambas as palavras apresentam 8 letras e 6 fonemas?
a) gasolina – cochicho
b) passarela – passeata
c) assessor – guitarra
d) salsicha – caridade

18. São exemplos de hiato e ditongo, respectivamente,


a) lei / ministério
b) dias / loquaz
c) saúde / raízes
d) vestiu / mães

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19. (FAURGS – adaptado) Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre escrita e fala
no que toca a algumas palavras do texto.

I – Na maior parte das variedades de fala do português do Brasil, as palavras ficção e significativos
têm um número de sílabas maior do que aquele que aparece em sua forma escrita.
II – Em algumas variedades do português falado do Brasil, o encontro consonantal presente na
palavra entreter, da qual se origina entretenimento, é alterado por meio da reordenação da
pronúncia de dois fonemas, processo que também se verifica em palavras como prateleira.
III – A pronúncia do conjunto qu-, nas palavras consequência e qualidade, difere da que se
encontra na palavra requisito.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

20. (FAURGS) Considere os fenômenos fonéticos a seguir.


(1) letra que representa mais de um fonema;
(2) letra que não representa nenhum fonema;
(3) correspondência total entre fonemas e letras.

Assinale a alternativa cujas palavras apresentam, na ordem em que são citadas, são os
fenômenos fonéticos acima.
a) reflexões – hábito – executada.
b) herma – clássica – exceção.
c) exceção – fachada – logradouros.
d) fachada – recorremos – reflexões.
e) pontilhada – herma – clássica.

Gabarito
01. C 02. C 03. C 04. C 05. E 06. A 07. B 08. B 09. A 10. A
11. D 12. A 13. B 14. C 15. A 16. A 17. C 18. B 19. E 20. A

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ACENTOS E SINAIS

 O acento agudo ( ´ ) assinala as vogais tônicas (timbre aberto em ‘e’ / ‘o’).


 O acento circunflexo ( ^ ) indica o timbre fechado.
 O acento grave ( ` ) indica a crase, ou seja, a fusão de dois ‘as’.
 O til ( ~ ) é colocado sobre as vogais a e o para indicar sua nasalidade.
 A cedilha ( ) é um sinal colocado sob a letra c quando ela aparece antes de a , o e u,
dando a ela valor fonético /s/.
 O apóstrofo ( ’ ) serve para assinalar a ausência de um fonema, geralmente uma vogal.
Ex.: d’água.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

O alfabeto

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
O alfabeto passa a ter 26 letras. São formalmente introduzidas as letras K, W e Y. Na
verdade, já faziam parte da maioria dos dicionários antes da reforma ortográfica. As letras K, W e
Y podem ser usadas nas seguintes situações:
 em símbolos de unidades de medida:
km (quilômetro) / kg (quilograma) / W (watt) / www (world wide web, a rede mundial de
computadores)
 em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados:
Kuwait, kuwaitiano / Washington / Kiev
 em nomes próprios de pessoas e seus derivados:
Franklin, frankliniano / Darwin, darwinismo / Taylor, taylorista
 podem ser usadas em palavras estrangeiras de uso corrente:
sexy, show, download, megabyte, playground, playboy

Acento circunflexo
Perdem o acento as palavras com os hiatos OO e EE.
No hiato EE, o circunflexo é eliminado como nas flexões de CRER, DAR, LER e VER e seus derivados
Antes Agora
crêem creem
dêem deem
lêem leem
vêem veem
prevêem preveem

Acento diferencial
Antes Agora
Ela PÁRA a bicicleta Ela PARA a bicicleta
O PÓLO Sul é frio O POLO Sul é frio
Ele joga PÓLO Ele joga POLO
O cão tem PÊLO negro O cão tem PELO negro
A PÊRA é uma fruta A PERA é uma fruta

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Acento agudo
A respeito dos ditongos abertos EI e OI, é importante não esquecer que o acento é eliminado
apenas nas palavras paroxítonas, sendo mantido nas oxítonas e nas monossílabas.
Exemplo: HEROICO perde o acento, enquanto HERÓI continua sendo acentuado.
Continuam sendo acentuadas as oxítonas terminadas em ÉI, ÉU e ÓI, inclusive no plural os
seguintes exemplos:
herói (s)
céu (s)
réu (s)
troféu (s)
chapéu (s)
anéis
anzóis
papéis
hotéis
faróis
dói (s)
caracóis
pincéis
rouxinóis
bacharéis
coronéis

Perdem o acento as paroxítonas com os ditongos abertos EI e OI:


Antes Agora
alcatéia alcateia
alcalóide alcaloide
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
assembléia assembleia
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia

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Português – TJ - Técnico
Perdem o acento as paroxítonas com I e U tônicos depois de ditongo
Já com o I e U tônicos, as palavras só perdem o acento se essas vogais forem precedidas de
ditongo, e apenas nas paroxítonas. São casos raros.
Antes Agora
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
reiúno reiuno

Perde acento o U tônico das formas que/i, gue/i, de verbos como apaziguar, arguir, averiguar,
redarguir, obliquar.
Antes Agora
apazigúe(s) apazigue(s)
apazigúem apaziguem
argúi(s) argui(s)
argúem arguem
averigúe(s) averigue(s)
averigúem averiguem
obliqúe(s) oblique(s)
obliqúem obliquem
redargúi(s) redargui(s)
redargúem redarguem
Dica
O Trema será extinto.
Antes Agora
agüentar aguentar
cinqüenta cinquenta
conseqüência consequência
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
eqüino equino
lingüiça linguiça
lingüeta lingueta
pingüim pinguim
qüinqüênio quinquênio
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
argüição arguição
bilíngüe bilíngue
exeqüível exequível
lingüística linguística
ungüento unguento
ubiqüidade ubiquidade
ensangüentado ensanguentado
sagüi sagui

Exceção: o trema permanece em nomes estrangeiros e nos seus derivados.


Exemplo: Müller, mülleriano / Hübner, hübneriano

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Português – TJ - Técnico

Logo, após a reforma, a viger obrigatoriamente no Brasil a partir de 2013, temos

PROPAROXÍTONAS – TODAS são acentuadas. Ex.: quiséssemos, catástrofe.

PAROXÍTONAS - acentuam-se as paroxítonas terminadas em us, ei(s), um(uns), l, i(s), r, ã(s), ão(s),
x, n, ps, ditongo crescente(seguido ou não de S), on, ons, om.

usei um lirão xn ps ditongo crescente (s)

Ex.: vírus, ministério.

OXÍTONAS – acentuam-se as oxítonas terminadas em o(s), e(s), a(s), em, ens.


Ex.: escrevê-lo, atrás.

MONOSSÍLABAS TÔNICAS – acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas em o(s), e(s), a(s).


Ex.: três, gás.

HIATO – acentuam-se as letras i e u se


 formarem sílaba sozinhas ou seguidas de s;
 forem precedidas de vogal;
 não forem seguidas de nh (rainha);
 não forem “dobrados” (xiita).

Ex.: baú, saíste.

DITONGO ABERTO – acentuam-se os ditongos abertos e tônicos éu(s), éi(s) e ói(s) nas oxítonas ou
monossílabas.
Ex.: herói, céu.

ACENTO DIFERENCIAL

pôr – verbo por - preposição


ele tem eles têm
ele vem eles vêm
pôde – verbo no pretérito pode – verbo no presente

CONTER CONVIR
ele contém ele convém
eles contêm eles convêm

Facultativo
O acento será opcional em FÔRMA para diferenciar de FORMA.
Exemplos: A FÔRMA do bolo / A FORMA do atleta.

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Testes
01. Se as expressões assinaladas em negrito fossem utilizadas no plural, não seria necessário
acentuar a forma verbal em
a) O resultado da investigação contém informações muito proveitosas.
b) Eu procurava novos dados sobre a participação do brasileiro em trabalhos comunitários.
c) Pesquisa séria se constrói a partir de um planejamento rigoroso.
d) Infelizmente, o relatório confidencial caiu em mãos inescrupulosas.
e) O mais recente estudo sobre o trabalho voluntário vem apresentando conclusões
inesperadas.

02. O vocábulo “mendicância” é acentuado pela mesma razão de


a) libertá-los.
b) dá-se.
c) perpétua.
d) miserável.
e) após.

03. Considere as seguintes informações sobre acentuação gráfica:


I. Ao retirarmos o acento de “anúncio”, ocorrerá uma mudança de classe gramatical e de
sentido.
II. Os vocábulos “última”, “terapêutico” e “genéticas” são acentuados pelo mesmo motivo.
III. A forma verbal “são” recebe til por ser um monossílabo tônico.
Quais estão corretas?
a) Apenas I e II. d) Todas estão corretas.
b) Apenas I e III. e) Todas estão incorretas.
c) Apenas II e III.

04. Se retirarmos o acento gráfico das palavras abaixo, obteremos um equivalente, em língua
portuguesa, exceto em
a) trânsito.
b) dá.
c) está.
d) férias.
e) mídia.

05. Assinale a alternativa correta quanto à acentuação.


I. As palavras útil, fiéis e vitória são acentuadas, porque são paroxítonas.
II. A palavra país é acentuada pela mesma razão que a palavra balaústre.
III. A palavra início constitui uma paroxítona terminada em ditongo crescente.
Das afirmações acima,
a) apenas a II está correta.
b) apenas a III está correta.
c) Apenas a II e a III estão corretas.
d) todas estão corretas.
e) todas estão incorretas.

06. Assinale a alternativa em que a palavra está corretamente grafada, conforme as novas
regras ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Bilíngüe.
b) Seqüestro.
c) Argüir.
d) Müller.

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07. Assinale a alternativa em que, conforme as novas regras ortográficas da Língua Portuguesa,
não ocorre erro.
a) Caminhando daquele jeito, mais parecia um debilóide.
b) Eu o apóio, mas o apoio está condicionado a sua eterna gratidão.
c) Tornou-se herói ao livrar os amigos de uma fria.
d) Não tinha idéia de que seu ato heróico renderia tantos agradecimentos.

08. Assinale a alternativa em que a grafia da palavra não está correta, conforme as novas regras
ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Tuiuiú. c) Baús.
b) Feiúra. d) Piauí.

09. Assinale a alternativa em que o acento diferencial foi mantido conforme as novas regras
ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Ele pôde viajar em fevereiro de 2012, porque tinha juntado dinheiro durante o ano de
2011.
b) Ele não pára nem para comer; assim, ficará doente.
c) Almoçou apenas frutas: uma pêra, uma ameixa e duas bananas.
d) Tinha tanto pêlo nas costas, que mais parecia um orangotango.

10. Assinale a alternativa em que não ocorre erro conforme as novas regras ortográficas da
Língua Portuguesa.
a) Em seu primeiro vôo de parapente, sentiu o estômago grudar nas costas.
b) Eles não vêem como estão equivocados!
c) É sabido que os brasileiros lêem muito pouco.
d) Eles mudaram muito e não mantêm mais o hábito de criticar gratuitamente os colegas.

11. Assinale a alternativa em que o uso do acento é facultativo, conforme as novas regras
ortográficas da Língua Portuguesa.
a) Porto Alegre tem o pôr do sol (por do sol) mais lindo do mundo!
b) Mais bonito até do que o do pólo (polo) Norte!
c) Despejou a massa de bolo na fôrma (forma).
d) Ele se péla (pela) para dormir.

12. Assinale a alternativa em que o acento agudo sobre o “u” tônico foi suprimido pela atual
Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
a) Ele não obliqua o carro para estacionar e ocupa, assim, duas vagas.
b) Os mestres arguem os alunos sistematicamente.
c) Quando fico irritado, apaziguo os ânimos com um banho frio.
d) Seria interessante que eles adequassem suas atitudes ao lugar em que se encontram.
Dica
13. “Eu deixo a vida como deixo o tédio.” Assinale a alternativa em que todas as palavras
receberam acento pela mesma tonicidade que levou o poeta a acentuar o termo grifado no
verso acima.
a) também – século – está – nostálgico
b) água – ilegível – regência – nostálgico
c) malícia – sério – história – vestígios
d) silêncio – méritos – apoplético – inúteis
e) próprio – úteis – Taipé – hambúrguer

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14. A alternativa em que os exemplos seguem a regra geral de acentuação gráfica referente aos
vocábulos paroxítonos é
a) tem (verbo) / têm (verbo)
b) sabia (verbo) / sábia (adjetivo)
c) pode (verbo) / pôde (verbo)
d) vem (verbo) / vêm (verbo)
e) por (preposição) / pôr (verbo)

15. A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação em um dos vocábulos é


a) lápis – júri
b) bônus – hífen
c) ânsia – série
d) raízes – amável
e) Anhangabaú – bambú

16. Observe as palavras sublinhadas.


I. Ele bateu o recorde sul-americano.
II. Coloque sua rubrica em todas as páginas.
III. Nesse ínterim, a campainha tocou.
Seguindo as regras de acentuação, determina-se que
a) apenas no item III, a palavra sublinhada é acentuada.
b) apenas no item II, a palavra sublinhada é acentuada.
c) apenas no item I, a palavra sublinhada é acentuada.
d) nos itens I, II e III as palavras sublinhadas são acentuadas.
e) nos itens I, II e III, as palavras sublinhadas não são acentuadas.

17. (FAURGS) assinale a alternativa na qual as duas palavras têm o emprego do acento gráfico
determinado pela mesma regra.
a) arbitrárias – preferências.
b) francês – deficiências.
c) idênticos – também.
d) história – indecifrável.
e) imagináveis – fábula.

18. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre acentuação.


I – A palavra indevassável também recebe acento gráfico em sua forma plural.
II – A mesma regre preceitua o emprego de acento gráfico nas palavras lá, só e aí.
III – A mesma regra preceitua o emprego de acento gráfico nas palavras vê e têm.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

19. (FAURGS) As palavras público, fenômeno e temática são acentuadas porque são
a) átonas.
b) quadrissílabas.
c) polissílabas.
d) paroxítonas.
e) proparoxítonas.

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20. (FAURGS – adaptada) Associe as colunas, relacionando a razão da acentuação e a
correspondente palavra do texto.
(1) oxítona
(2) paroxítona
(3) proparoxítona
(4) ditongo decrescente
(5) hiato
( ) papéis
( ) teríamos
( ) construídos
( ) responsável
A alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses da segunda coluna, de
cima para baixo, é
a) 3 – 1 – 2 – 5
b) 4 – 2 – 3 – 1
c) 4 – 3 – 5 – 2
d) 5 – 2 – 4 – 1
e) 5 – 3 – 4 – 2

Gabarito
01. C 02. C 03. A 04. E 05. C 06. D 07. C 08. B 09. A 10. D
11. C 12. B 13. C 14. B 15. E 16. A 17. A 18. A 19. E 20. C

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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Estrutura das palavras: estudo dos elementos que formam a palavra, denominados de morfemas.

Morfemas

1. Radical
Contém o sentido básico do vocábulo; permanece inalterado, quando a palavra é modificada.
Ex.: falar, comer, dormir, casa, carro.
Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR.

2. Vogal Temática
 Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que
conjugação o verbo pertence:

• 1ª conjugação = verbos terminados em AR.


• 2ª conjugação = verbos terminados em ER.
• 3ª conjugação = Verbos terminados em IR.
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer.

 Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que


ela termine em consoante.
Ex.: camisa, leite, ...

3. Tema

Radical + vogal temática.


Ex.: casa – cas = radical; a = vogal temática; casa = tema.
Ex.: leal – o radical e o tema são o mesmo elemento, pois não há vogal temática.

4. Desinências
Terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de modificá-
las. Modificam-se os verbos, conjugando-os; modificam-se os substantivos e os adjetivos em
gênero e número.

 Desinências verbais
a) Modo-temporais = indicam o tempo e o modo.
Ex.: -va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia.
b) Número-pessoais = indicam a pessoa e o número.
Ex.: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele
cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram.

 Desinências nominais
a) de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero,
quando houver a oposição masculino X feminino, mesmo que o masculino não seja
terminado em o.
Ex.: cabeleireiro – cabeleireira. / cru – crua / presidente – presidenta / traidor – traidora.
b) de número = indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar o plural da
palavra.
Ex.: cadeiras, pedras, águas.

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5. Afixos
São elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras.
 Prefixo = antes do radical.
Ex.: destampar, incapaz, amoral.
 Sufixo: depois do radical, do tema ou do infinitivo.
Ex.: pensamento, acusação, felizmente.

6. Vogais e consoantes de ligação


São vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e eufônica a
pronúncia de certas palavras.
Ex.: bambuzal, gasômetro.

Família de Palavras (etimológica) ou Cognatos


Palavras que possuem o mesmo radical e significado afim.
Ex.: desejar (verbo) / indesejável (adjetivo) / desejo (substantivo).

Processos de Formação de Palavras


Palavras primitivas e palavras derivadas

Primitivas: são palavras que dão origem a outras.


Derivadas: são palavras que se originam de outras.
Ex.: pedra pedraria
primitiva derivada

 DERIVAÇÃO
1. Prefixal: acréscimo de um prefixo à palavra já existente.
Ex.: ANTEver, CONter, IMpossível, Ilegal, DESleal.

2. Sufixal: acréscimo de um sufixo à palavra já existente.


Ex.: lealDADE, laranjAL, felizMENTE.

3. Prefixal e Sufixal: acréscimo de um prefixo e de um sufixo à palavra já existente, porém


não simultaneamente.
Ex.: DESlealDADE, INfelizMENTE.

4. Parassintética: acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo à palavra já existente.


Ex.: EMpobrECER, AnoitECER, DESalmADO.

5. Regressiva: perda de elemento de uma palavra já existente. Ocorre, geralmente, de um


verbo para substantivo (também chamada de deverbal).
Ex.: cantar – o canto / combater – o combate / chorar – o choro / vender – a venda.

6. Imprópria: muda-se a classe gramatical sem alterar a forma da palavra.


Ex.: Ele é um gato. / Fiz um xerox do trabalho. / Encontrei Violeta no parque.

 COMPOSIÇÃO
Formação de uma palavra nova por meio da união de dois ou mais vocábulos primitivos.
1. Justaposição: formação de uma palavra composta sem que ocorra perde de elementos
sonoros.
Ex.: guarda + chuva = guarda-chuva / passa + tempo = passatempo / gira + sol = girassol.

2. Aglutinação: formação de uma palavra composta com perda de elementos sonoros.


Ex.: plano + alto = planalto / água + ardente = aguardente / perna + alta = pernalta / em + boa +
hora = embora.

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Outros processos
1. Redução: forma reduzida apresentada por algumas palavras; perda de quaisquer
elementos (não a terminação verbal).
Ex.: quilo (quilograma), moto (motocicleta), ceva (cerveja).

2. Hibridismo: formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.


Ex.: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego),
sambódromo (samba – português brasileiro + o + dromo – grego)

3. Onomatopeia: criação de palavras por meio da tentativa de imitar vozes ou sons da


natureza.
Ex.: cocoricó, tique-taque, miau...

4. Sigla: formação de palavras oriundas de siglas.


Ex.: ibope, petista...

Principais Prefixos Latinos e Gregos e alguns de seus significados

Prefixos Significado Exemplos


1. a-, ab-, abs-(lat.) 1. afastamento, separação 1. afastar , abdicar, abstrair
2. a-, ad- (lat.) 2. aproximação 2. achegar, advogado.
3. a- (lat.) 3. transformação 3. apodrecer
4. a-, an- (gr.) 4. negação 4. ateu, anestesia
5. ambi (lat.) 5. movimento contrário 5. anagrama
6. ana- (gr.) 6. duplicidade 6. ambidestro
7. anfi- (gr.) 7. de um e outro lado 7. anfíbio
8. ante- (lat.) 8. diante de 8. antepor
9. anti- (gr.) 9. ação contrária 9. antiácido
10. apo- (gr.) 10. separação 10. apócrifo
11. arque/i- (gr.) 11. primeiro, princípio 11. arquétipo, arquibancada
1. bem (-n), bene- (lat.) 1. bondade, excelência 1. bem-amado, benquisto
2. bi-, bis- (lat.) 2. duplicidade 2. bilíngue
1. cata- (gr.) 1. em regressão 1. catálise
2. circu(m/n-) (lat.) 2. em torno 2. circunavegação
3. co-, com/n- (lat.) 3. companhia 3. condomínio
4. contra- (lat.) 4. oposição 4. contraveneno
1. de- (lat.) 1. procedência, sentido contrário 1. decair, depenar
2. des-, dis- (lat.) 2. negação 2. desonesto
3. di- (gr.) 3. duplicidade 3. dissílabo
4. dia- (gr.) 4. através 4. diacronia
1. e/-s/-x- (lat.) 1. movimento para fora 1. exportar
2. em-/n- (lat.) 2. movimento para dentro 2. embarcar
3. endo- (gr.) 3. movimento para dentro 3. endovenoso
4. entre-, inter- (lat.) 4. posição intermediária 4. entrelinhas
5. epi- (gr.) 5. posição superior 5. epiderme
6. eu-, ev- (gr.) 6. bem, bom 6. evangelho
7. ex-/-o/ec- (gr.) 7. movimento para fora 7. êxodo
8. extra- (lat.) 8. posição exterior 8. extrauterino

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Prefixos Significado Exemplos


1. hemi- (gr.) 1. metade 1. hemisfério
2. hiper- (gr.) 2. excesso 2. hipertensão
3. hipo- (gr.) 3. deficiência 3. hipotensão
1. i-, im-/-n (lat.) 1. negação 1. impune
2. i-,in- (lat.) 2. movimento para dentro 2. imerso
3. infra- (lat.) 3. posição inferior 3. infra-estrutura
4. intra-, intro- (lat.) 4. movimento para dentro 4. intramuscular
1. justa- (lat.) 1. posição ao lado 1. justaposição

1. mal-, male- (lat.) 1. mal 1. maldizer


2. meta- (gr.) 2. mudança 2. metamorfose
1. o-, ob- (lat.) 1. posição em frente 1. ocorrer
1. para- (gr.) 1. proximidade, semelhança 1. parapsicologia
2. per- (lat.) 2. movimento através 2. percorrer
3. peri- (gr.) 3. posição em torno 3. perímetro
4. pré-, pre- (lat.) 4. anterioridade 4. preexistente
5. pró-, pro- (lat./gr.) 5. movimento para frente, a favor 5. próclise, progresso, pró-
socialista
1. re- (lat) 1. repetição 1. reaver
2. re- (lat.) 2. movimento para trás 2. regredir
3. retro- (lat.) 3. movimento para trás 3. retrospectiva
1. si-/m-/-n (gr.) 1. reunião, ação conjunta 1. sinfonia
2. semi- (lat.) 2. metade 2. semicírculo
3. so-, sob-, sub- (lat.) 3. posição inferior 3. subestimar
4. sobre-,super-, supra- (lat.) 4. posição superior 4. supercílio
1. tra-, trans-, tras-, tres- (lat.) 1. movimento para além de, através 2. tresnoitar

1. ultra- (lat.) 1. além de, em excesso 1. ultramar, ultrarromântico

Principais Sufixos e alguns de seus significados


Sufixos Principais sufixos Exemplos
1. aumentativo: -alhão, -ão, -anzil, -arra, -orra, -ázio 1. copázio, bocarra, corpanzil,
2. diminutivo: -acho, -eto, -inho (a), -ote casarão
3. superlativo: -íssimo, érrimo, -limo 2. riacho, filhote
Nominais: 4. lugar: -aria, -ato, -douro, -ia 3. belíssimo, paupérrimo, facílimo
formam 5. profissão: -ão, -dor, -ista 4. papelaria, internato, bebedouro
substantivos 6. origem: -ano, -eiro, -ês 5. diarista, vendedor, dentista
e adjetivos 7. coleção, aglomeração, conjunto: -al, -eira, -ada, - 6. francês, paraibano, brasileiro
agem 7. folhagem, feijoada, capinzal
8. excesso, abundância: -oso, -ento, -udo 8. cheirosos, ciumento, narigudo

-ear, -ejar, -ecer, -escer, -icar, -izar, ... folhear, velejar, envelhecer,
Verbais florescer, adocicar, organizar

-mente cordialmente
Adverbiais

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Testes
01. A palavra tijolinho tem, na sua estrutura mórfica, os seguintes elementos:
a) Prefixo, radical.
b) Sufixo, radical.
c) Radical, sufixo.
d) Prefixo, radical, sufixo.
e) Radical, vogal de ligação, sufixo.

02. Nas palavras incomunicável e perturbável há, respectivamente, um processo de


a) prefixação e sufixação / sufixação.
b) parassíntese / sufixação.
c) justaposição / aglutinação.
d) aglutinação / prefixação.
e) prefixação / parassíntese.

03. A formação do vocábulo destacado na expressão "o canto das sereias" é


a) composição por justaposição.
b) derivação regressiva.
c) derivação sufixal.
d) palavra primitiva.
e) derivação prefixal .

04. Com o mesmo radical da palavra “passíveis” é formada a palavra


a) passado
b) inultrapassável
c) capacidade
d) impassibilidade
e) pacífico.

05. Assinale a única alternativa em que a primeira palavra apresenta prefixo e a segunda,
sufixo.
a) desgraça – pimenta
b) incômoda – realmente
c) tristeza – calmas
d) refresco – ninguém
e) ridículo – carnaval

06. Considere as seguintes significações:

Escolha a alternativa cujas palavras traduzem os significados apresentados acima.


a) pentágono, plutocracia, eufonia, mialgia.
b) eneágono, oligarquia, eufonia, cefalalgia.
c) nonangular, democracia, cacofonia, dispneia.
d) eneágono, aristocracia, sinfonia, cefalalgia.
e) hendecágono, monarquia, sonoplastia, cefaleia.

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Texto para a questão 07.


Em nossa última conversa, dizia-me o grande amigo que não esperava viver por muito tempo, por
ser um “cardisplicente”.
— O quê?
— Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
— “Cardisplicente” não existe, você inventou — triunfei.
— Mas se eu inventei, como é que não existe?

07. Conforme sugere o texto, “cardisplicente” é


a) um jogo fonético curioso, mas arbitrário.
b) palavra técnica constante de dicionários especializados.
c) um neologismo desprovido de indícios de significação.
d) uma criação de palavra pelo processo de composição.
e) termo erudito empregado para criar um efeito cômico.

08. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo.
a) ajoelhar / antebraço / assinatura.
b) atraso / embarque / pesca.
c) o jota / o sim / o tropeço.
d) entrega / estupidez / sobreviver.
e) antepor / exportação / sanguessuga.

9. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à


direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência numérica
encontrada

( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) hipótese
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6
d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6

10. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria?


a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação.
b) Zambeli estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens, bobagens!
c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!
d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.
e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.

11. Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese.
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer.
b) solução, passional, corrupção, visionário.
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente.
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide.
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo.

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12. Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação.
a) readquirir, predestinado, propor.
b) irrestrito, antípoda, prever.
c) irregular, amoral, demover.
d) dever, deter, antever.
e) remeter, conter, antegozar.

13. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical.
a) noite, anoitecer, noitada.
b) festa, festeiro, festejar.
c) luz, luzeiro, alumiar.
d) riqueza, ricaço, enriquecer.
e) incrível, crente, crer.

14. Em todas as frases, o termo grifado exemplifica corretamente o processo de formação de


palavras indicado, exceto em
a) derivação parassintética - Onde se viu perversidade semelhante?
b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem percorri.
c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã, sem falta.
d) derivação sufixal - As moças me achavam maçador, evidentemente.
e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo pelo jantar.

15. Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição,
aglutinação e parassíntese.
a) varapau – girassol – enfaixar.
b) pontapé – anoitecer – ajoelhar.
c) maldizer – petróleo – embora.
d) vaivém – pontiagudo – enfurece.
e) penugem – plenilúdio – despedaça.

16. Nas palavras atenuado, televisão, percurso, há, respectivamente, os seguintes processos de
formação das palavras:
a) parassíntese, hibridismo, prefixação.
b) aglutinação, justaposição, sufixação.
c) sufixação, aglutinação, justaposição.
d) justaposição, prefixação, parassíntese.
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo.

17. "O embarque dos passageiros será feito no aterro". Os dois termos sublinhados
representam, respectivamente, casos de
a) palavra primitiva e palavra primitiva.
b) redução e formação regressiva.
c) formação regressiva e redução.
d) derivação prefixal e palavra primitiva.
e) formação regressiva e formação regressiva.

18. Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivação parassintética), exceto
a) endireitar.
b) desvalorizar.
c) atormentar.
d) soterrar.
e) enlouquecer.

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19. Em qual das palavras abaixo não há prefixo igual a da palavra indesejada.
a) Incontinente.
b) Irregular.
c) Impossível.
d) Irritação.
e) Infalível.

20. A palavra antipatias é seguidamente escrita de forma errada devido à similitude sonora
existente entre os prefixos anti- e ante-. Houve escolha correta do prefixo em
a) antecorpos.
b) antiprojetos.
c) anteconcepcional.
d) antibiótico.
e) antidiluviano.

21. Os prefixos das palavras expressam ideias opostas, exceto na alternativa


a) intrínseco – extrínseco.
b) promover – regredir.
c) anteceder – pospor.
d) diálogo – transformação.
e) subestimar – superestimar.

22. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que ocorrem dois prefixos que dão ideia
de negação.
a) impune, acéfalo.
b) pressupor, ambíguo.
c) anarquia, decair.
d) importar, soterrar.
e) ilegal , refazer.

23. O prefixo indica duplicidade em


a) êxodo.
b) antídoto.
c) compor.
d) revisar.
e) díptero.

24. Assinale a única palavra que não resulta de um processo de sufixação que transforma
verbos em substantivos.
a) Assaltante.
b) Aprovação.
c) Cotidiano.
d) Experimentação.
e) Resultados.

25. No texto há palavras cuja formação ocorreu pelo acréscimo de um sufixo que transforma
adjetivos em substantivos. Assinale a alternativa em que esse processo de formação pode ser
identificado.
a) Comportamento.
b) Moradia.
c) Homogeneidade.
d) Organização.
e) Tendências.

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26. Existem, em Língua Portuguesa, palavras que, embora pertencendo à mesma família,
apresentando pequenas diferenças no radical. É o caso de um dos substantivos abaixo, que, em
relação a um adjetivo da mesma família, apresenta diferença de consoantes do seu radical.
Qual é esse substantivo?
a) Grupos.
b) Incerteza.
c) Esforço.
d) Probabilidade.
e) Êxito.

27. É possível formar novas palavras a partir de encontrar e agregado se acrescentarmos a elas
o prefixo negativo dês (desencontrar e desagregado).
I – feito
II – consideram
III – conectados
Quais delas também poderiam formar novas palavras aceitando o prefixo negativo des-?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

28. O adjetivo que pertence a uma família de palavras onde não ocorre um verbo formado com
o sufixo –izar é
a) objetiva.
b) econômico.
c) eterno.
d) consciente.
e) responsável.

29. Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas pelo prefixo da palavra
“imigrante”.
a) Importação, imersão, implantação.
b) Invasão, ingresso, insatisfação.
c) Ingestão, incineração, imoderação.
d) Intubação, interpretação, incorreção.
e) Intromissão, inserção, imobilização.

30. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre a estrutura das palavras.


I – As palavras imaginativas, imagináveis e imaginário pertencem à mesma família.
II – Originado de um verbo, o adjetivo indecifrável tem sufixo e prefixo em sua estrutura.
III – A partir da palavra categoria, forma-se um verbo por meio do mesmo prefixo que ocorre em
tiraniza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

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31. (FAURGS)Todas as palavras abaixo são formadas por sufixo, à exceção de


a) francês.
b) somente.
c) exaustivos.
d) corredores.
e) valor.

32. (FAURGS) Todas as palavras abaixo apresentam sufixo em sua estrutura, à exceção de
a) momento.
b) eleitoral.
c) cidadão.
d) contribuinte.
e) poderoso.

33. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre a estrutura de algumas palavras do


texto.
I – As palavras gremial, medievais e feudais apresentam o mesmo sufixo.
II – As palavras vinculação, relações e centralização apreentam o mesmo sufixo.
III – As palavras desaparecida e desordenado apresentam prefixo cujo significado é equivalente
ao do advérbio não.
Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

34. (FAURGS) Quanto à estrutura e à formação das palavras, é correto afirmar que
a) marxistas é formada a partir de substantivo com acréscimo do sufixo –ista.
b) idealista é formada a partir de substantivo com acréscimo do sufixo –ista.
c) revolucionários é formada a partir de adjetivo com acréscimo do sufixo –ário.
d) transformação é formada por parassíntese a partir de adjetivo.
e) autocrítica é formada por parassíntese a partir de adjetivo.

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35. (FAURGS) Assinale a alternativa que contém afirmação correta a respeito, respectivamente,
da formação das palavras Ano-Novo – 1 (l. 03) e comentário – 2 (l. 09).
a) 1 – composição / 2 – sufixação.
b) 1 – composição / 2 – prefixação.
c) Ambas decorrem do processo de composição.
d) Ambas decorrem do processo de sufixação.
e) 1 – neologismo / 2 – composição.

Gabarito
01.C 02.A 03.B 04.D 05.B
06.B 07.D 08.B 09.E 10.D
11.A 12.D 13.C 14.A 15.D
16.A 17.E 18.B 19.D 20.D
21.D 22.A 23.E 24.C 25.C
26.D 27.E 28.A 29.A 30.E
31.E 32.A 33.D 34.A 35.A

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CRASE
Receitas para o Uso da Crase
Ingredientes

 Preposição A (exigida por um verbo ou por um nome)


 Artigo A, AS
ou

 A QUAL (AS QUAIS) (pronome relativo)


ou

 AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO (pronome demonstrativo)


ou

 A(S) = aquela(s) (pronome demonstrativo)

Modo de Preparar

Em primeiro lugar, a preposição A (exigida pelo verbo ou pelo nome) é indispensável à


receita. Os demais ingredientes variam conforme a situação linguística.

Logo,

 O concurseiro sofrido e amargurado chega à cozinha.

 Chegar a + a (artigo) cozinha.

Você terá certeza de que a crase é exigida se, ao substituir a palavra feminina por outra
masculina correlata, surgir a combinação AO.

Logo,

 O concurseiro sofrido e amargurado


chega ao fogão.

Observe.

 Eis a receita à qual nos referimos.

 Eis o miojo ao qual nos referimos.

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 Obedecemos àquela receita.

 Obedecemos àquele modo de


preparo.

Obs. Se você não se convenceu com essa substituição, tente outra. Poderá ter certeza de que a
crase é obrigatória nos pronomes demonstrativos, substituindo-os por A este(s), A esta(s), A isto.

 Obedecemos a este modo de


preparo.

 Sua receita é igual à (= àquela) que fizemos ontem.

 Seu miojo é igual ao que


fizemos ontem.

Receitas Especiais do Uso da Crase

1) Diante de Nomes de Lugar

 Fui à Bahia para comer acarajé, mas acabei degustando um carreteiro de


charque.
 Fui a Pelotas para comer doces, mas acabei degustando um churrasco.

Observe.

 Venho da Bahia, onde degustei


Em “à Bahia”, houve crase, porque carreteiro de charque.
“se, quando eu venho, eu venho da,

quando eu vou, craseio o a”.

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No entanto, em “a Pelotas”, não houve


 Venho de Pelotas, onde degustei
crase, porque “se, quando eu venho, eu um churrasco.
venho de, quando eu vou, crase pra quê?”

Entretanto, caso “Pelotas” esteja especificado, a crase será obrigatória.

 Fui à Pelotas das confeitarias fantásticas para comer doces, mas acabei degustando um
churrasco.

2) Quando estiverem subentendidas as palavras MODA, EDITORA, SOCIEDADE ou


termo anteriormente citado.

 Fizemos miojo à Casa do Concurseiro.


 Tratava-se de uma receita semelhante à (receita) de sua vizinha.

3) Diante de Pronomes Possessivos Femininos

 Pediu um lanche a (à) sua irmã. Não à minha.


 Pediu um lanche a nossas colegas. Não às nossas professoras.

Observe.

Se substituirmos por palavras masculinas, obteremos

 Pediu um lanche a (ou ao) seu irmão. Não ao meu.


 Pediu um lanche a nossos colegas. Não aos nossos
professores.

Portanto, antes de

 Possessivo adjetivo feminino singular – crase facultativa.


 Possessivo substantivo feminino singular – crase obrigatória.
 Possessivo feminino plural – crase obrigatória.
 A singular (preposição) + possessivo feminino plural – nunca ocorre crase.

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4) Diante de Locuções Adverbiais e Prepositivas Femininas

 O restaurante fica à esquerda da avenida.


 À medida que comia, sentia-se mais feliz.

5) Diante das Palavras CASA, TERRA e DISTÂNCIA

Vá à Casa do Concurseiro. Matricule-se em todos os cursos preparatórios e pegue o


material. Volte a casa e analise as apostilas. Encantado com a qualidade, você chegará às nuvens.
Quando voltar a terra, lance todos os outros materiais à terra do terreno baldio ao lado. Fique,
pois, a distância de polígrafos de qualidade duvidosa. De preferência, à distância de cem
quilômetros.

Portanto, antes da palavra

 Casa especificada – crase obrigatória.


 Terra = solo – crase obrigatória.
 Distância determinada – crase obrigatória.

6) Diante Horas Determinadas

 Preparou o jantar às 19h33min.

Contudo,

 Desde as 19h33min, preparava o jantar.

Observe.

 Preparou o jantar ao meio-dia.


mas

 Desde o meio-dia, preparava o jantar.


Isso se deve ao fato de, antes de preposição, não ocorrer crase, exceto antes da preposição
ATÉ, quando a crase é facultativa.

Diante de nomes próprios femininos, a crase é facultativa.


 Enviei uma receita de miojo a (à) Gertrudes.

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NUNCA use a crase

1. diante de palavra masculina – Comprou os alimentos a prazo.


2. diante de verbo – Começou a comer.
3. diante do artigo indefinido UMA – Dirigiu-se a uma lancheria.
4. diante de pronomes pessoais retos ou oblíquos – Pediu a ela o cardápio.
5. diante de pronomes indefinidos – Ofereceu o jantar a alguém interessante.
6. diante dos pronomes demonstrativos ESSA/ESTA – Não acrescente alho a essa receita.
7. antes dos pronomes QUEM e CUJA. – A pessoa a quem servi massa passou mal.
8. diante de pronomes de tratamento iniciados por SUA e VOSSA – Fiz um convite a Vossa
Excelência para comer miojo.
9. quando o A estiver no singular, e a palavra seguinte, no plural – Obedeça a receitas feitas
com ingredientes naturais.
10. entre palavras repetidas – Adicione o adoçante gota a gota.

Testes
Instrução: a questão de número 01 refere-se ao texto que segue.
“Conclui-se que sua reputação se deve à sua aparência, ao seu rubor lustroso e __ rigidez das
suas formas, [...] E, no meu caso pessoal, continua induzindo ___ desobediência e ao pecado. A
fruta não me seduz, mas não resisto ___ nenhum doce feito com maçã.”
01. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto, na ordem em que
aparecem.
(A) à – à – a
(B) à – à – à
(C) a – a – a
(D) a – à – a
(E) à – a – à

Instrução: a questão de número 02 refere-se ao texto que segue.


“Pior do que isso, porém, é constatar que toda essa violência só pode existir com ___ conivência,
cumplicidade e ativa participação de grupos da polícia, membros do Legislativo de todos os níveis,
setores do aparelho burocrático civil e até autoridades do Judiciário. ___ corrupção está
indissoluvelmente associada ___ violência, uma incrementando ___ outra, sendo faces da mesma
moeda, como já foi dito. Esse processo vem se acelerando nas últimas décadas, atingindo
proporções assustadoras que põem em cheque o próprio Estado Nacional, ___ medida que o
poder público não só não consegue mais controlar a criminalidade, mas aparece gravemente
contaminado por ela.”

02. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.


(A) a – A – a – a – a.
(B) a – A – a – a – na.
(C) a – A – à – a – na.
(D) a – A – à – a – à.
(E) a – A – à – a – a.

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Instrução: a questão de número 03 refere-se ao texto que segue.


“É disso que fala Paulo Freire: nossa leitura se nutre daquilo que experimentamos, observando,
compreendendo, reconhecendo seu sentido, desde nosso quintal, desde _______ relação
estabelecida entre percepção e emoção, desde ________ simples apreensão de elementos
concretos ______ simbologia que lhes atribuímos, desde nossas experiências efetivas _______
virtuais ou imaginárias, sempre nossas, vividas internamente.”

03. As palavras que, na ordem em que se encontram, completam corretamente as lacunas do texto
são
(A) a – a – à – àquelas.
(B) a – a – à – aquelas.
(C) a – a – a – aquelas.
(D) à – à – a – àquelas.
(E) à – a – à – àquelas.

04. Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas das frases que seguem.
 Prontificou-se gentilmente _____ atuar como juiz.
 O torneio de futebol atingiu o cúmulo da violência no jogo decisivo realizado _____ três
da tarde.
 Mas o consumo de chope foi alto e, _______ certa altura, ouviram-se pedidos descabidos.
 Têm-se envolvido em brigas durante o horário de trabalho ______ respeito do jogo
inacabado.
(A) a – às – à – a (D) à – às – à – à
(B) a – às – a – a (E) a – às – à – à
(C) à – às – a – a

05. No apogeu da exploração de diamantes, no então arraial do Tijuco, o português João


Fernandes era o responsável pelo envio das pedras ...... Coroa, obrigando a sociedade da época
...... estender seus tapetes ...... uma ex-escrava, que se tornou sua mulher.
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por
(A) a - à - a (D) à - a - a
(B) a - a - à (E) à - à - a
(C) à - a - à

06. Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito do projeto.
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por
(A) a - a - à (D) à - à - a
(B) a - à - a (E) à - à - à
(C) à - a - à

07. O combate ...... criminalidade é prioridade do poder público, embora os índices de violência
permaneçam altos, devido, principalmente,......certeza da impunidade......seus autores.
As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por
(A) a - a - a (D) à - à - a
(B) à - à - à (E) a - à - à
(C) a - a – à

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08. A ocorrência do sinal de crase justifica-se apenas na frase
(A) Há máscaras que envergamos com relativa naturalidade e àquelas de que nos socorremos com
grande constrangimento.
(B) As máscaras à que recorrem os atores lembram as que também nós envergamos em nosso dia
a dia.
(C) Quando assistimos à uma peça teatral, intensificamos nossa percepção das verdades
simuladas.
(D) As mentiras, por vezes, não se distinguem das verdades, sobretudo quando se passa a
considerar àquelas como absolutamente necessárias.
(E) O autor não se refere a um amigo qualquer, mas àquele a quem pedimos que nos olhe nos
olhos.

09. Em vários países, pesquisadores ligados ...... universidades tentam apontar os motivos que
induzem jovens ...... criminalidade, submetendo-os ...... uma série de exames por imagem.
As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por
(A) à - à - a (B) a - à - a (C) a - a - à (D) à - à - à (E) à - a - a

10. Justificam-se as duas ocorrências do sinal de crase em


(A) Caberá à maioria das pessoas decidirem se continuarão preferindo a velocidade à qualidade
mesma das experiências.
(B) O valor atribuído à velocidade está prestes à ser substituído por algum parâmetro que leve em
conta a ecologia.
(C) Desde que se alçou à tal poder, o fator velocidade não tem encontrado oponentes à altura de
seu prestígio.
(D) Dada à importância que assumiu na informática, a velocidade dos processos tornou-se
indispensável à massa dos internautas.
(E) Sabe-se que, à curto prazo, o fator velocidade será submetido à uma mais rigorosa e justa
avaliação.

11. A fábula, prendendo-se ...... múltiplas experiências e visões de mundo, inspira nas crianças o
amor ...... verdade e o respeito ..... alguns valores essenciais.
As lacunas da frase apresentada acima estão corretamente preenchidas por
(A) a - a - a (D) à - à - à
(B) a - à - a (E) a - à - à
(C) à - à - a

12. “Por vezes, excelentes candidatos, sob o aspecto do conhecimento jurídico, sucumbem ......
necessidade de uma melhor preparação em Português para ...... dissertações e respostas.....
questões.”
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) à – as – às (D) a – às – às
(B) à – às – às (E) a – as – as
(C) a – às – as

13. Está correto o emprego ou a ausência do sinal de crase na frase


(A) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação, submetem-se as
exigências dos credores a fim de obterem crédito.
(B) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais baixos ascenderam a uma
classe social superior.
(C) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo estão a disposição da classe
C, por conta do crédito fácil.
(D) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas pertinentes, as necessidades
das classes mais desfavorecidas.
(E) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos destinados à uma classe
emergente cada vez maior

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14. Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a frase inteiramente correta é
(A) Não falta à perspectiva adotada pelo autor o subjetivismo de quem se apega àquelas razões
que a ciência não considera.
(B) Os homens desconheciam, à princípio, que o sol constituía o centro do nosso sistema, que
cabia à essa estrela a primazia de protagonista.
(C) Na Antiguidade, àqueles astrônomos e teólogos que consideravam a Terra como o centro do
universo não se oferecia à menor contestação.
(D) Sempre coube a grande poesia, como no caso da de Fernando Pessoa, celebrar às visões
totalizadoras do nosso planeta.
(E) Uma à uma, as teorias da astrofísica vão atualizando os conhecimentos que se destinam à
descrever o funcionamento do universo.

15. Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?


(A) Minhas ideias são semelhantes às suas.
(B) Ele tem um estilo à Eça de Queirós.
(C) Dei um presente à Mariana.
(D) Fizemos alusão à mesma teoria.
(E) Cortou o cabelo à Justin Bieber.

Instrução: para responder às questões 16 a 19, assinale a alternativa que preenche corretamente
as lacunas.
16. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor".
(A) à - a – aquilo
(B) a - a – àquilo
(C) a - à – àquilo
(D) à - à – aquilo
(E) à - à - àquilo

17. "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __ duas quadras da Avenida Central".
(A) à – há (D) à – a
(B) a – à (E) à – à
(C) a – há

18. "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e
se exibe diariamente ___ hora do almoço".
(A) o - à - a (D) o - há - a
(B) ao - há - à (E) o - a - a
(C) ao - a - a

19. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns
dias".
(A) à - àqueles - a - há (D) à - àqueles - a - a
(B) a - àqueles - a - há (E) a - aqueles - à - há
(C) a - aqueles - à - a

20. Assinale a frase gramaticalmente correta.


(A) O homem caminhava à passo firme.
(B) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
(C) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
(D) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
(E) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.

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Instrução: a questão 21 refere-se ao texto que segue.


“Diante desse campo, poderíamos assumir duas atitudes: ou a ilusão de que somos livres para
mudá-lo em qualquer direção que desejarmos, ou a resignação de que nada podemos fazer.”
21. (FAURGS) Caso o verbo assumir fosse substituído pela expressão ser levados, em quantos
contextos, nessa frase do texto, seriam criadas condições para o emprego do sinal de crase?
(A) Nenhum.
(B) Um.
(C) Dois.
(D) Três.
(E) Quatro.

Instrução: a questão 22 refere-se ao texto que segue.


“Onde prevaleça uma forma qualquer de moral do trabalho, dificilmente faltarão a ordem e a
tranquilidade entre os cidadãos, porque são necessárias, uma e outra, à harmonia dos interesses.
[...] À autarquia do indivíduo, à exaltação extrema da personalidade, paixão fundamental e que
não tolera compromissos, só pode haver uma alternativa: a renúncia a essa mesma personalidade
em vista de um bem maior. [...] As ditaduras do Santo Ofício parecem constituir formas tão típicas
de seu caráter como a inclinação à anarquia e à desordem. [...] Hoje, a simples obediência como
princípio de disciplina parece uma fórmula caduca e impraticável e daí, sobretudo, a instabilidade
constante de nossa vida social.”

22. (FAURGS) Assinale a alternativa que faz uma afirmação correta quanto ao emprego da crase
no texto.
(A) A substituição de necessárias por indispensáveis alteraria as condições para o emprego da
crase no contexto da oração.
(B) A supressão de essa mesma criaria, no contexto da oração, as condições para o emprego da
crase.
(C) A substituição por em vista por com vistas criaria, no contexto da oração, as condições para o
emprego da crase.
(D) A substituição de inclinação por tendência alteraria as condições para o emprego da crase no
contexto da oração.
(E) A substituição por e daí por originando criaria, no contexto da oração, as condições para o
emprego da crase.

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23. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto
na sequência em que elas aparecem.

(A) à – a – a – à

(B) à – a – à – à

(C) a – à – à – a

(D) à – à – à – a

(E) à – à – a – à

Instrução: a questão 24 refere-se ao texto que segue.


“Mesmo que fósseis de animais estranhos (leia-se dinossauros e mamíferos terrestres
agigantados) fossem conhecidos, o argumento para a sua ausência invocava o Dilúvio e a Arca de
Noé. [...] Sua curiosidade pela riqueza com que a vida se manifestava à sua volta e a paixão pelo
conhecimento davam-lhe a infinita paciência: [...] O legado de Darwin é, antes de mais nada, uma
celebração da liberdade que nos é acessível quando nos dispomos a refletir sobre o mundo em
que vivemos.”

24. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre o emprego da crase no texto.

I – Caso substituíssemos o verbo invocava por recorria, seriam criadas, no contexto da oração, as
condições para o uso da crase.

II – Na sequência manifestava à sua volta a crase é obrigatória.

III – Caso substituíssemos o verbo refletir pelo substantivo reflexão, seriam criadas, no contexto
da oração, as condições para o uso da crase.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

25. Assinale a alternativa em que a crase seja resultante da fusão de preposição “a” com o
pronome “a”.
(A) O governador concedeu uma entrevista às emissoras de TV.
(B) As perguntas dos adolescentes são iguais às de gerações passadas.
(C) Os estudantes visavam à aprovação.
(D) Entregou as provas às candidatas.
(E) Dirigiu-se às médicas de plantão.

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26. A frase em que deve ser empregado o acento indicativo de crase é


(A) A arte ajuda as pessoas a se entenderem reciprocamente.
(B) A arte conduz a humanidade a uma convivência harmoniosa.
(C) homem deve resistir a toda tentativa de desunião.
(D) O indivíduo se opõe a guerra com todas as suas forças.
(E) A arte influencia as pessoas positivamente.

27. A frase em que não deve ser utilizado o acento indicativo de crase é
(A) Entregou o livro as pessoas interessadas.
(B) Fez um relato sobre a compra dos livros a Secretária-Chefe.
(C) O pedido de mais livros foi encaminhado a Sua Senhoria.
(D) Mostrou o exemplar adquirido as encarregadas pela biblioteca.
(E) Dirigiu um ofício a respeito da seleção de novos livros a Senhora Diretora.

28. A frase em que deve ser empregado o acento indicativo de crase é


(A) A instituição universitária é convidada a trabalhar pelo bem comum.
(B) A Universidade é chamada a participar do desenvolvimento da sociedade.
(C) A instituição universitária é destinada a formar futuros elementos atuantes na sociedade.
(D) A Universidade é oferecida a oportunidade de colaborar com a sociedade.
(E) A instituição universitária não é obrigada a prestar serviços a grupos sociais.

29. A frase em que falta o acento indicativo de crase é


(A) Aquela jornalista é surpreendida pela repercussão da notícia.
(B) Aquela jornalista é atribuída a melhor versão do fato.
(C) Aquele jornalista é auxiliado pela comunidade.
(D) Aquela jornalista é elogiada por seu trabalho.
(E) Aquele jornalista é destacado por sua imparcialidade.

30. A frase em que deve ser utilizado o acento indicativo de crase é


(A) O estudante deve dar valor a manifestações culturais.
(B) O estudante dedica-se a uma leitura informativa.
(C) O candidato a uma vaga no serviço público estuda a toda hora.
(D) O candidato destina um longo tempo a revisão de seus conhecimentos.
(E) O estudante solicita esclarecimentos a pessoas versadas no assunto em questão.

31. A frase em que não deve ser empregado o acento indicativo de crase é a da alternativa
(A) O texto faz referência a França e a Inglaterra.
(B) A década de 90 não foi igual a de 70 nas escolas brasileiras.
(C) Entre nós, a oposição a regras disciplinares já não é tão intensa.
(D) Alguns estudantes mostram-se favoráveis a volta do ensino mais exigente.
(E) O incentivo a participação dos alunos deve ser mantido.

32. A frase em que não deve ser utilizado o acento indicativo de crase é
(A) Quanto a população brasileira, muito ainda deve ser conseguido em termos educacionais.
(B) Impõe certas exigências de formação escolar a procura de um emprego.
(C) Milhões de jovens estão condenados a falta de conhecimentos básicos.
(D) Em relação a Austrália, o Brasil mostra uma grande deficiência na área educacional.
(E) A Constituição Federal são feitas algumas críticas.

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33. A frase em que a expressão “as vezes” deve receber acento indicativo de crase é
(A) Todas as vezes em que nos visitou trouxe-nos novidades musicais.
(B) Ficou combinado que ele faria as vezes de cantor da banda.
(C) Pouco sabemos sobre as vezes em que aquele extraordinário intérprete sentiu-se
solitário.
(D) A música vinda dos alto-falantes era as vezes interrompida para emitirem-se avisos.
(E) São reduzidas as vezes em que temos oportunidade de usufruir de tranquilidade.

34. Considere as seguintes afirmações acerca do uso da crase no texto.


I. Caso substituíssemos “nos” (Pedia-nos um prato de comida.) por “todas as pessoas”,
seriam criadas as condições necessárias para o uso da crase.
II. Caso substituíssemos “eram parte” (Eram parte da vizinhança.) por “pertenciam”, seriam
criadas as condições para o emprego da crase.
III. Caso substituíssemos “dar” (A urbanização do Brasil deu à miséria certa impessoalidade.)
por “emprestar”, seriam mantidas no contexto da frase as condições para o emprego da
crase.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

35. A seguir são apresentadas cinco possibilidades de substituição da expressão “se limita”
(Ao longo de 180 páginas, relata o seu cotidiano, que se limita, aqui, ao próprio quarto, à
biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe.). Qual delas manteria as crases?
(A) consiste.
(B) se constitui.
(C) compreende .
(D) não ultrapassa.
(E) se restringe.

36. Considere as seguintes afirmações sobre o uso da crase.


I. Caso substituíssemos a expressão “faz parte” (Ele já faz parte da própria natureza do
brasileiro.) pelo verbo “compõe”, seriam criadas, no contexto da oração, as condições para
o uso da crase.
II. Caso substituíssemos a forma verbal “incorpora” (o futebol incorpora a graça do balé.) por
“remete”, seriam criadas, no contexto da oração, as condições para o uso da crase.
III. Caso substituíssemos a forma verbal “criou” (Assim criou sua própria semântica.) por
“fixou”, seriam criadas, no contexto da oração, as condições para o uso da crase.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) Apenas II e III.

37. Marquea opção em que ocorre erro no acento indicativo de crase.


(A) À noite, exatamente às dez horas, mataram o felino à tiros.
(B) As críticas eram endereçadas a pessoas ausentes.
(C) Fiz referência a V. S.ª e não à senhora que o acompanha.
(D) Eu já conhecia a fazenda, por isso fui à cidade apreciar as praças.
(E) Ficaram frente a frente, a se olharem, pensando no que dizer uma à outra.

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38. Identifique a alternativa cujo verbo, ao substituir “sugere”, determinaria crase (ser feliz o
tempo todo, de certa forma, sugere a insipidez daqueles adesivos com rostos sorridentes
que foram moda nos anos setenta.).
(A) determina.
(B) lembra.
(C) insinua.
(D) reflete.
(E) leva.

39. Assinale a única questão que tem a crase empregada corretamente.


(A) Os cientistas solicitaram análise dos resultados da pesquisa à uma empresa especializada.
(B) Os cientistas foram à Bahia analisar o efeito estufa.
(C) Os cientistas foram à Porto Alegre estudar sobre o efeito estufa.
(D) Deu muito trabalho à eles verificar o efeito estufa em outros planetas.
(E) A queima de combustíveis é prejudicial à todos.

40. Substitua
1. o substantivo assassinato por morte. (Quando o mundo assiste, estarrecido, ao
assassinato em Timor Leste,...)
2. a expressão Timor Leste por esse país. (Em relação a Timor Leste, o Brasil tem grande
responsabilidade...)
3. o verbo contrariando por desobedecendo. (Novas formas de regência, concordância e
flexão verbal são adotadas, contrariando as normas da língua padrão.)
Considerando-se a modalidade de língua culta, as formas obtidas, no período em que se
encontram, serão, respectivamente,

(A) à morte – a esse país – as normas da língua padrão.


(B) à morte – a esse país – às normas da língua padrão.
(C) a morte – a esse país – as normas da língua padrão.
(D) a morte – à esse país – às normas da língua padrão.
(E) à morte – à esse país – às normas da língua padrão.

GABARITO
01.A 02.D 03.A 04.B 05.D 06.B 07.D 08.E
09. B 10.A 11.B 12.A 13.B 14.A 15.C 16.C
17.D 18.B 19.B 20.D 21.C 22.B 23.E 24.C
25.B 26.D 27.C 28.D 29.B 30.D 31.C 32.B
33.D 34.D 35.E 36.B 37.A 38.E 39.B 40.B

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Exercícios
1. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário.
a) Chegamos a ideia de que a regra não se refere a pessoas jovens.
b) A todo momento, damos sinais de que nos apegamos a vida.
c) Ela elevou-se as alturas.
d) Os alunos davam valor as normas da escola.
e) As duas horas as pegaríamos a frente da escola.
f) Ele veio a negócios e precisa falar a respeito daquele assunto.
g) Foi a Bahia, depois a São Paulo e a Porto Alegre.
h) Eles tinham a mão as provas que eram necessárias.
i) Graças a vontade de um companheiro de trabalho, reformulamos a agenda da semana.
j) Refiro-me a irmã do colega e as cunhadas, mas nada sei sobre a mãe dele.
k) Aderiu a turma a qual todos aderem.
l) A classe a qual pertenço é a única que não fará a visita aquela praia.
m) Não podemos ignorar as catástrofes do mundo e deixar a humanidade entregue a própria
sorte.
n) Somos favoráveis as orientações dos professores.
o) O ser humano é levado a luta que tem por meta a resolução das questões relativas a
sobrevivência.
p) Sou a favor da preservação das baleias.
q) Fique a espera do chefe, pois ele chegará as 14h.
r) A situação a que me refiro tornou-se complexa, sujeita a variadas interpretações.
s) Após as 18h, iremos a procura de auxilio.
t) Devido a falta de quorum, suspendeu-se a sessão.
u) As candidatas as quais foram oferecidas as bolsas devem apresentar-se até a data
marcada no prospecto.
v) Dedicou-se a uma atividade beneficente, relacionada a continuidade do auxílio as
camadas mais pobres da população.
w) Se você for a Europa, visite os lugares a que o material turístico faz referência.
x) Em relação a matéria dada, dê especial atenção aquele caso em que aparece a crase.
y) Estaremos atendendo de segunda a sexta, das 8h as 19h.
z) A pessoa a quem me refiro dedica-se a arte da cerâmica.

2) As frases com crase indevida são


( ) Há muito tempo o Estado do Acre foi anexado à nossa Republica.
( ) Nunca entreguei tanto dinheiro à alguém que não seja de confiança.
( ) Essa é a turma à qual pertenço.
( ) A tua informação diz respeito à nossas vizinhas.
( ) Queria poupar à Helena desse desgosto!
( ) Nada sei sobre às nossas colegas.
( ) A situação à que aspiras não é aceitável.
( ) As herdeiras às quais se fazia referência no testamento estavam desaparecidas.

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GABARITO

1. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário.


a) Chegamos À ideia de que a regra não se refere a pessoas jovens.
b) A todo momento, damos sinais de que nos apegamos À vida.
c) Ela elevou-se ÀS alturas.
d) Os alunos davam valor ÀS normas da escola.
e) ÀS duas horas as pegaríamos a frente da escola.
f) Ele veio a negócios e precisa falar a respeito daquele assunto.
g) Foi À Bahia, depois a São Paulo e a Porto Alegre.
h) Eles tinham À mão as provas que eram necessárias.
i) Graças À vontade de um companheiro de trabalho, reformulamos a agenda da semana.
j) Refiro-me À irmã do colega e ÀS cunhadas, mas nada sei sobre a mãe dele.
k) Aderiu À turma À qual todos aderem.
l) A classe À qual pertenço é a única que não fará a visita Àquela praia.
m) Não podemos ignorar as catástrofes do mundo e deixar a humanidade entregue À própria
sorte.
n) Somos favoráveis ÀS orientações dos professores.
o) O ser humano é levado À luta que tem por meta a resolução das questões relativas À
sobrevivência.
p) Sou a favor da preservação das baleias.
q) Fique À espera do chefe, pois ele chegará ÀS 14h.
r) A situação a que me refiro tornou-se complexa, sujeita a variadas interpretações.
s) Após as 18h, iremos À procura de auxilio.
t) Devido À falta de quorum, suspendeu-se a sessão.
u) ÀS candidatas ÀS quais foram oferecidas as bolsas devem apresentar-se até a data
marcada no prospecto.
v) Dedicou-se a uma atividade beneficente, relacionada À continuidade do auxílio ÀS
camadas mais pobres da população.
w) Se você for À Europa, visite os lugares a que o material turístico faz referência.
x) Em relação À matéria dada, dê especial atenção Àquele caso em que aparece a crase.
y) Estaremos atendendo de segunda a sexta, das 8h ÀS 19h.
z) A pessoa a quem me refiro dedica-se À arte da cerâmica.

2) As frases com crase indevida são


( ) Há muito tempo o Estado do Acre foi anexado à nossa Republica.
(X) Nunca entreguei tanto dinheiro à alguém que não seja de confiança.
( ) Essa é a turma à qual pertenço.
(X) A tua informação diz respeito à nossas vizinhas.
(X) Queria poupar à Helena desse desgosto!
(X) Nada sei sobre às nossas colegas.
(X) A situação à que aspiras não é aceitável.
( ) As herdeiras às quais se fazia referência no testamento estavam desaparecidas.

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