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INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina Educação para a Cidadania, leccionada pelo docente


Ramiro Marques foi-nos proposto a realização de um trabalho teórico-prático, onde
seleccionamos como tema a Segurança Rodoviária.
Escolhemos este tema afim despertar na criança em idade Pré-Escolar a
curiosidade sobre a Educação para a Cidadania, mais especificamente a virtude da
prudência, bem como para alertar as crianças para os perigos que as rodeiam no dia-a-dia,
nomeadamente no caminho para a escola. Ainda que os acompanhemos sempre para toda a
parte, é de supor que muito rapidamente começarão a sair sós e necessitarão de saber como
circular pelas ruas em segurança (onde atravessar a rua, que fazer diante de um sinal
vermelho, etc.).
Ao longo do trabalho, pretendemos de forma sucinta, que a criança se dê conta
da importância das medidas e precauções que este tema acarreta, trabalhando de forma
indirecta a virtude da prudência. No entanto, o tema não consta nas Orientações
Curriculares para a Educação do Pré-Escolar.
A prudência é ter a capacidade reflectir entre o que está bem e mal, sendo este o
ponto fundamental desenvolvido no nosso trabalho, indirectamente. Pois não
explicamos às crianças o que é a prudência, mas sim o que é a Segurança Rodoviária. E
através do que sabemos sobre o tema e das actividades propostas tentamos desenvolver
o respeito pela aprendizagem, o contacto com o tema e a compreensão do mesmo.
A Segurança Rodoviária pretende minimizar os perigos com que a criança se
depara. O respeito pelos outros e pelos seus direitos, as regras que devemos ter em atenção
para vivermos em segurança, pois só assim se formam cidadãos respeitadores e respeitados.
Enquanto futuras profissionais na área da educação ser-nos-á benéfico a
execução deste trabalho, pois ao longo da nossa vida iremos precisar dele, e pode servir
de base para muitos outros que ainda iremos realizar.
Para atingir estes objectivos, recorremos a uma bibliografia e a conhecimentos
adquiridos anteriormente.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA

1.1. Vulnerabilidade das crianças na Via Pública

As crianças são dos utentes mais vulneráveis da via pública, tendo ainda
capacidades que não se encontram desenvolvidas, como:

• Uma apreciação insuficiente das distâncias, das velocidades e do tempo;


• Um reconhecimento difícil do perigo;
• Uma grande impulsividade e espontaneidade;
• Um campo de visão limitado pela sua pequena estatura.

Segundo Rivara, as crianças nos primeiros anos da idade escolar parecem


apresentar uma “janela de vulnerabilidade” na qual as expectativas e demandas dos
adultos em relação às crianças são maiores do que as habilidades que estas podem
introjetar para realizar uma travessia com segurança. As crianças acima dos 5 anos
estariam, de certa forma, “mais soltas” e expostas a acidentes.
Há vários factores que diferenciam a criança do adulto no que concerne a
competência daquelas como usuários do trânsito. Tais factores podem ser classificados
sob três rótulos mais abrangentes: o factor físico, o factor perceptual-cognitivo e o
factor socio-atitudinal. O primeiro refere-se a menor estatura, que limita o campo visual
da criança e, por outro lado, sua detecção por parte dos condutores. Por serem menores,
as crianças também estão sujeitas a certas modalidades de lesão, como as que atingem a
cabeça, as regiões pélvica e abdominal.
Em relação às diferenças perceptuais entre adultos e crianças, Sendels aponta a
limitação destas para julgar a origem/direcção dos sons dos veículos que se aproximam
(habilidade ainda em desenvolvimento nos primeiros 12 anos de vida), bem como
menor acuidade visual: apenas 1/3 da visão periférica do adulto e menor percepção de
profundidade (habilidades que se aperfeiçoam nos primeiros dez anos de vida).
Relativamente aos aspectos cognitivos Malek, Guyer e Lescohher afirmam que as
habilidades fundamentais como julgar relações espaciais, distância e velocidade para
estimar o tempo de aproximação de um veículo são também bastante precárias nas
crianças. Aquelas com idade abaixo de cinco anos, particularmente, têm dificuldades em
dividir a sua atenção entre as várias actividades motoras e visuais requeridas; alto grau
de distracção; desconhecimento e/ou pouca experiência da dinâmica do trânsito. A
perspectiva piagetiana assume, por sua vez, haver um desenvolvimento gradual da
criança, partindo-se de uma visão egocêntrica do mundo para uma outra, mais social, de
modo que somente a partir do sétimo ou oitavo ano de vida a criança passa a poder
assumir o ponto de vista de outras pessoas, com mais facilidade. Por outro lado, é
também importante notar que a habilidade do adulto em assumir a perspectiva da
criança pode estar longe de ser adequada.
Quanto aos aspectos sócio-atitudinais, Sheehy, advoga constatar a impulsividade
“natural” da criança como factor de risco, simplificando por demais a questão e endossa
uma imagem romântica da criança naturalmente alheia à realidade adulta. No seu ponto
de vista, há muito de directrizes educacionais, socialização e práticas estimuladas
determinando tal impulsividade. Sheehy ressente-se ainda, na maior parte das
investigações sobre atropelamentos de crianças, da tendência de ignorarem-se as
limitações da criança em adoptar a perspectiva dos outros, pré-requisito fundamental
para a apreensão/interacção na dinâmica do trânsito.

1.2. Cuidados a ter em conta por parte dos adultos (Educação de pais)

As características enunciadas no ponto anterior, originam comportamentos


imprevistos, para os quais os condutores devem estar prevenidos, adaptando
particularmente a velocidade e prevendo as eventuais ocorrências de modo a que, numa
situação potencialmente perigosa, possam agir com segurança sem pôr em risco a vida
de uma criança, devendo ter sempre em atenção que:
• Atrás de uma bola pode aparecer uma criança!
• Antes de iniciar uma marcha atrás deverá certificar-se, saindo do veículo se
necessário, de que nenhuma criança está por detrás dele.
• Se deve reduzir a velocidade onde existam crianças, particularmente perto de
escolas, parques infantis e zonas residenciais.
• Com chuva, os peões, e, sobretudo as crianças, têm tendência para andar mais
depressa ou mesmo correr, levar o chapéu-de-chuva muito inclinado ou a cabeça
baixa o que lhes dificulta a visibilidade.
• Ao cruzar ou ultrapassar um veículo de transporte público parado, para saída ou
entrada de passageiros, se deve reduzir a velocidade, pois pode surgir um peão a
atravessar inadvertidamente por trás ou pela frente do veículo.
• Ao levar as crianças à escola se possível deve-se parar junto à entrada, se isto
não for possível a criança deve ser acompanhada por um adulto no acto de
atravessar a rua.

1.3. Comportamentos a transmitir às crianças

Os adultos são responsáveis por:

• Ensinar as crianças a atravessar correctamente a rua e a fazê-lo nas


passadeiras sempre que estas existam;
• Explicar o significado dos sinais luminosos;
• Ao transportar crianças nos seus carros, certificar-se de que a crianças
utilizam o cinto de segurança ou o sistema de retenção adequado ao seu
tamanho e peso.
• As crianças com menos de 12 anos não podem ser transportadas no
banco da frente, salvo se o veículo não tiver bancos atrás. Podem, porém, ser
transportadas no banco da frente, desde que seja utilizado um sistema de
retenção adequado.

1.4. Importância da Educação Rodoviária

Os traumatismos, ferimentos e lesões resultantes de acidentes rodoviários


são a maior causa de morte e incapacidade temporária e definitiva nas crianças e
jovens em quase todos os países do mundo desenvolvido. Infelizmente, Portugal
não é excepção. Muito pelo contrário somos, a este respeito, o pior país da União
Europeia com taxas de mortalidade equivalentes ao dobro da média europeia.
Por cada morte, estima-se ainda que outras 5 crianças fiquem incapacitadas
permanentemente. São ainda milhares os feridos graves e ligeiros que são todos
os anos atendidos nas urgências dos hospitais.
2. SEGURANÇA RODOVIÁRIA NO PRÉ-ESCOLAR

Abordou-se o tema de acordo com as seguintes Linhas de Orientação Educativa do


Pré-Escolar:
• Promover a qualidade da educação através da rentabilização dos recursos
existentes na instituição.
• Apostar na socialização, no desenvolvimento/aprendizagem da criança;
• Favorecer a comunicação e a cooperação;
• Valorizar atitudes – o respeito pelo outro, a valorização do trabalho, o
civismo, a cidadania;
• Respeitar as diferenças e as capacidades individuais, tendo por base o
diagnóstico precoce das dificuldades e assegurar uma rápida correcção e
recuperação das mesmas;
• Contribuir para que as crianças se transformem em cidadão críticos,
participativos e activos.

2.2 Objectivos gerais para a Educação Pré-escolar:

• Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, com base em


experiências de vida numa perspectiva da educação para a cidadania;
• Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas
características individuais, incluindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diferenciadas;
• Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens
múltiplas como meio de relação, de informação, de sensibilização estética e de
compreensão do mundo;
• Despertar a curiosidade e o pensamento crítico.
• Desenvolver qualidades de carácter, como o sentido da responsabilidade,
sentido de justiça, autodomínio e prudência.
3. POSSÍVEIS METODOLOGIAS UTILIZADAS NO PRÉ-ESCOLAR COM CRIANÇAS DE
5 ANOS PARA ABORDAR A

SEGURANÇA RODOVIÁRIA DURANTE UMA SEMANA

1º DIA
No primeiro dia a Educadora fará uma exposição oral sobre o conteúdo a
Segurança Rodoviária para tal apoiar-se-á num fantoche, começando por pedir ao
grande grupo ajuda, no sentido de “ensinar” ao fantoche algumas regras de prevenção
rodoviária.
Esta abordagem terá como objectivo explicar às crianças quais serão as regras de
segurança que deveremos ter.
Depois deste momento de diálogo a Educadora fará algumas questões às
crianças questões, essas que levaram as crianças a pensar se as regras ditas
anteriormente na ajuda ao fantoche serão as mais correctas.
• Quando andamos na rua onde devemos andar? De frente ou de costas para os
carros?
• Para que serve as passadeiras? E os semáforos para os peões?
• Quando entramos num carro o que devemos fazer?
• Que cuidados devemos ter quando brincamos na rua?
• Outras questões que surjam no decorrer da conversa.
Estas questões têm como objectivo avaliar as concepções alternativas dos alunos,
fazendo uma avaliação diagnóstica dos conhecimentos prévios dos mesmos sobre o
tema exposto.
A Educadora pedirá às crianças para realizar uma grelha de KWL (Know, Want
e Learn), na qual elas devem explicitar através de desenhos e de diálogos o que sabem e
o que querem aprender sobre o tema em estudo. No terceiro dia actividades, as crianças
irão completar a última coluna da grelha, explicitando o que aprenderam sobre o tema
através de uma ilustração e de um registo escrito feito em conjunto com a Educadora.

2º DIA
Este segundo dia iniciará com uma visita de estudo a um parque de segurança
rodoviária. Esta visita será guiada por um profissional especializado na área da
Segurança Rodoviária que conduzirá e explicará às crianças as características dos sinais
da estrada e de algumas regras de segurança que se devem ter, mas também
proporcionando às crianças situações onde passaram por peões e por condutores.
No período da manhã, as crianças visitarão o parque e conviverão com o meio
tendo oportunidade de experimentarem situações nele existentes.
Consoante os tópicos idealizados pelas crianças no primeiro dia de actividades,
estes terão de registar na tabela as suas observações e as informações proporcionadas
pela educadora e pelo guia do parque.
As crianças terão ainda possibilidade de realizar actividades, tais como:
• Jogo tradicional de estafetas de triciclos cumprindo as regras de
segurança.

• Peddy Papper, no qual as crianças têm de seguir algumas pistas para


chegar ao final do jogo, relacionado com a Segurança Rodoviária.

Estas actividades serão realizadas no período da tarde, entre as 13h30 e as 16


horas. Após o desfecho das actividades, o guia fará uma breve síntese da visita,
requerendo a participação das crianças.

3º DIA
A Educadora iniciará o terceiro dia estabelecendo um diálogo com as crianças
sobre a visita de estudo. Seguidamente, a Educadora pedirá às crianças para
apresentarem aos colegas as suas grelhas (desenhos) de KWL e depois os seus registos
da visita de estudo para seleccionar a informação necessária para o trabalho seguinte.
Esta informação será organizada na grelha de KWL, respectiva ao Learn. A Educadora
terá um papel fulcral nesta organização pois é ela que irá filtrar a informação cedida
pelas crianças, escrevendo-a no quadro.
De seguidas as crianças em conjunto deveram fazer um cartaz que para eles
simbolize a Segurança Rodoviária, colocando uma Grelha geral com a síntese de todas
as grelhas KWL e com a respectiva ilustração das crianças.

4º DIA
O quarto dia de actividades será iniciado com um diálogo, na perspectiva de
perceber na ideia das crianças, quais são os materiais necessários para construir um
parque de Segurança Rodoviária.
Depois desse diálogo a educadora divide aleatoriamente o grupo de crianças em
cinco grupos de quatro. Seguidamente, a educadora explicará às crianças que no jardim-
de-infância não têm espaço suficiente para construir um parque mas que irão construir
uma “maquete”de um possível parque a implementar no futuro no seu Jardim-de-
infância. Assim, distribui várias tarefas específicas para cada grupo, ao primeiro grupo
cabe-lhe a construção de sinais rodoviários; ao segundo a construção das estradas e das
passadeiras; ao terceiro a tarefa de fazer peões; ao quarto a construção de condutores; ao
quinto grupo a tarefa de fazer um autocarro com todas as crianças no interior incluindo
todas as regras que acham importantes, por último cabe a todos os grupos montar a
“maquete”. É importante referir que as crianças já realizaram outras “maquetes”,
encontrando-se familiarizados com este tipo de actividade.

5º DIA
No último dia para consolidar os conteúdos leccionados, a educadora fará um
breve jogo semelhante ao Trivial Persuit (perguntas, mímica e desenho) sobre o tema,
fazendo novamente grupos aleatoriamente.
O jogo realizar-se-á da seguinte forma: um elemento de cada grupo retirará um
cartão de um saco e consoante a tarefa, executá-la-á para que os seus companheiros
consigam adivinhar. Para responderem à tarefa, o grupo dispõe apenas de 30 segundos
(medido através de uma ampulheta). Caso não respondam correctamente, a questão
passa para o grupo seguinte. Os restantes grupos devem prestar atenção porque caso o
grupo que esteja a responder erre, podem ser eles os próximos a responder. Para
seleccionar o grupo que responde (se o grupo que está a responder errar) atribuem-se
números aos mesmos, de forma a seguir uma ordem (exemplo: se o grupo um errar
passa a vez ao grupo dois, e assim sucessivamente). Cada resposta certa equivale a um
ponto e o grupo que conseguir mais pontos ganhará o jogo.
No que diz respeito, aos trabalhos em grupo, a educadora avaliará as relações
entre as crianças (comportamento, respeito pelas regras instituídas pela educadora, a
dinâmica de grupo, entre outros).
Por fim, a educadora fará uma avaliação sobre o tema tratado através dos
registos elaborados, da observação directa e de registos fotográficos.

CONCLUSÃO

A elaboração deste trabalho foi muito enriquecedora, uma vez que contribuiu
para aprofundar e alargar o nosso conhecimento acerca da importância de ensinar
algumas regras de Segurança Rodoviária nas primeiras idades, mas o mais importante
neste trabalho foi a descoberta de como trabalhar a Educação para a Cidadania, mais
especificamente a virtude da prudência com outros temas.
Ao realizar este trabalho, apreendemos que é importante tentar perceber o nível
de cada criança sobre o tema, por isso é importante a nota introdutória que a Educadora
dá em cada actividade, pois temos sempre que partir do que a criança já sabe sobre o
tema.
Na nossa opinião, como futuras educadoras/professoras devemos ter em
consideração a globalidade do desenvolvimento da criança e ter em atenção para não
exigir mais do que aquilo que sabemos que a criança não é capaz.
Em suma, ficamos sensibilizadas com a realização deste trabalho, uma vez que
nos despertou a curiosidade e a vontade de aprender mais sobre como abordar
correctamente a Educação para a Cidadania com crianças.
Assim sendo, esperemos ter atingido todos os objectivos que no inicio nos
propusemos.
BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA

Rivara, F. P. Child Pedestrian Injuries in the United States. AJDC – Vol.144, June 1990,
p.693;

Malek. M., Guyer, B. and Lescohher. The Epidemiology and Prevention of Child
Pedestrian Injury. Accident Analysis and Prevention. Vol. 22, No 4 1990. MIMEO.
p.305;

Sendels, S. Children in Traffic. London: Elek apud Sheehy, N. P. Accidents and the
Social Environment Environment. In: Chapman A. J. Foot H.C., Wade F.M .(eds).
Pedestrian Accidents. Chinchester , England: John Wiley & Sons Ltd. 1982. p.224;

Malek. M., Guyer, B. and Lescohher. The Epidemiology and Prevention of Child
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Sheehy, N. P. Accidents and the Social Environment In: Chapman A. J. Foot H.C.,
Wade F.M .(eds). Pedestrian Accidents. Chinchester, England: John Wiley & Sons Ltd.
1982. p.305.

Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar

http://home.fmh.utl.pt/~pnoriega/mestrpnoriega.pdf

http://seguranca-pessoas-bens.blogspot.com/2008/11/segurana-rodoviria.html

http://www.junior.te.pt/servlets/Gerais?P=Pais&ID=293

http://www.apsi.org.pt/conteudo.php?mid=24101112

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