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Aula 03 - Moléculas, células e tecidos

Biologia p/ ENEM 2017 (Com videoaulas)


Professor: Daniel dos Reis Lopes

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Biologia para o ENEM
Prof. Daniel Reis Aula 03

AULA 03: Aspectos bioquímicos das estruturas


celulares. Origem e evolução das células.
Estrutura e fisiologia celular: membrana,
citoplasma. Aspectos gerais do metabolismo
celular.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares 01
2. Origem e evolução das células. 24
3. Estrutura e fisiologia celular: membrana 30
4. Estrutura e fisiologia celular: citoplasma 39
5. Aspectos gerais do metabolismo celular 46
6. Questões comentadas 50
7. Bibliografia consultada 63

1. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares

E aí, jovens alunos do Estratégia ENEM! Estamos de volta com mais


uma aula e agora mudaremos de área de estudo dentro da Biologia. Vamos
falar de Moléculas, Células e Tecidos. Para isso, vamos precisar passear
um pouco pela química orgânica para ver quais são os blocos que constroem
os organismos do nosso planeta. Acompanha comigo!
Uma das características fundamentais dos seres vivos é possuir
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constituição química diferente da matéria não-viva. Essa diferença é


garantida pela capacidade da célula de manter o meio intracelular diferente
do meio extracelular. Isso vai se refletir nos tipos e nas quantidades de
substâncias que compõem os organismos.
Existem alguns elementos químicos que são particularmente mais
abundantes nos seres vivos: C (Carbono), H (Hidrogênio), O (Oxigênio), N
(Nitrogênio), P (Fósforo) e S (Enxofre). Suas iniciais formam uma
palavrinha que é utilizada para memorizá-los: “CHONPS”. Esses elementos

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se combinam para formar os mais diversos compostos, sendo que os


principais grupos de substâncias são:
 Substâncias inorgânicas
a) Água
b) Sais minerais
 Substâncias orgânicas
a) Carboidratos
b) Lipídeos
c) Proteínas
d) Ácidos nucleicos
e) Vitaminas

Veremos, a seguir, cada um desses componentes.

1.1 SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS

Água
Como vimos na aula 01, a água tem papel importante nos ecossistemas
através do seu ciclo que atua não só nos processos bioquímicos, mas
também tem um fator preponderante nas características climáticas do
planeta, além de corresponder a 75% da superfície terrestre.
No que diz respeito aos seres vivos, a água é a molécula mais
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abundante presente nos organismos. Alguns podem ter mais de 90% de


sua estrutura corporal composta por água. Ela representa entre 70 e 95%
da composição das células e possui algumas características que fazem dela
tão especial.
Sua molécula, formada por 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de
oxigênio (H2O), apresenta polaridade, já que sua configuração espacial
dispõe os átomos de hidrogênio formando um polo de carga elétrica parcial
positiva e o átomo de oxigênio formando outro polo de carga elétrica parcial
negativa. Assim, as moléculas de água atraem-se umas às outras através
de ligações chamadas pontes de hidrogênio que ocorrem entre os átomos
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de hidrogênio e os átomos de oxigênio de moléculas vizinhas, já que as


cargas elétricas opostas se atraem.

Fig. 01: Configuração espacial da molécula da água e suas interações com outras moléculas
iguais.

Essas pontes (ou ligações) de hidrogênio são responsáveis pela


chamada coesão que nada mais é do que a força de atração entre as
moléculas da água. Essa força é responsável pela chamada tensão
superficial da água, que permite, por exemplo, que alguns insetos
repousem ou se movam sobre sua superfície sem que se molhem. A tensão
superficial também permite a formação de gotas de água. Além disso, existe
também a atração entre as moléculas da água e as do local onde ela está
contida, como um recipiente de vidro ou os vasos condutores de seiva dos
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vegetais. Essa força se chama adesão.

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Fig. 02: Artrópode se movendo sobre a superfície da água graças à tensão superficial. Repare como
as patas deformam a água superficialmente, mas não rompem a película formada.

A ação conjunta entre a coesão e a adesão possibilitam o fenômeno


da capilaridade, quando a água consegue subir em vasos muito finos
(capilares), contra a ação da gravidade. Um exemplo disso acontece no
transporte de água dentro dos vasos condutores das plantas. Quanto mais
fino for o vaso onde está a água, mais moléculas estarão aderidas às suas
paredes, fazendo com que ela suba maiores distâncias.

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Fig. 03: Experiência mostrando como a espessura de um tubo influencia na capilaridade.

A água também tem um papel importante na moderação da


temperatura dos seres vivos. Devido ao seu alto calor específico, ela precisa
ganhar muita energia para se aquecer e também perder muita energia para
se resfriar. Assim, pelo fato dela ser uma molécula muito abundante nos
seres vivos, isso faz com que não ocorram variações muito bruscas nas
temperaturas corporais, o que seria fatal para os organismos. Se o nosso

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corpo tivesse grande quantidade de metais, por exemplo, com baixo calor
específico, aqueceríamos rapidamente quando expostos ao sol. Além disso,
em mamíferos, a água tem outro papel na regulação da temperatura
corporal, pois é eliminada na forma de suor, fazendo com que o organismo
libere grande quantidade de energia térmica e se resfrie, para manter-se
dentro dos níveis aceitáveis de temperatura.
Normalmente, quanto menor for a temperatura de uma substância,
mais próximas ficam suas moléculas e sua densidade aumenta. É isso que
faz com que o ar frio desça (mais denso) e o ar quente suba (menos denso).
Seguindo essa lógica, como é possível então que o gelo flutue na água
líquida? Bom, o que acontece é que durante o seu resfriamento, a água vai
ficando mais densa até chegar a cerca de 4°C. A partir daí, suas moléculas
começam a se arranjar em uma configuração cristalina que faz com que sua
densidade diminua e ela então muda de estado físico e vira gelo. Isso faz
com que um lago congele de cima para baixo, afinal o gelo por ser menos
denso, se concentra na superfície. Essa camada de gelo acaba atuando
como um isolante térmico e possibilita que a água que está abaixo dele
continue abrigando os organismos que ali vivem. Está aí mais uma
característica da água super favorável à vida!
Por fim, a água tem a capacidade de atuar como solvente de uma
grande quantidade de substâncias. É, por isso, chamada de solvente
universal. Um solvente tem a capacidade de dissolver um soluto,
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formando uma solução. Calma que eu explico: quando você coloca sal na
água e mistura, em algum tempo você para de enxergar o sal. Isso acontece
porque ele foi dissolvido pela água formando uma solução em que a água é
o solvente e o sal é o soluto. Isso é de extrema importância para o
transporte de substâncias nas células e nos organismos como um todo. O
sangue, por exemplo, transporta várias substâncias dissolvidas como o gás
carbônico e a glicose. Falaremos mais sobre solubilidade quando
estudarmos a estrutura da membrana plasmática.

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Fig. 04: Esquema mostrando como a água dissolve o sal de cozinha.

Sabemos que a vida na Terra surgiu na água e é por isso que a


presença dessa substância em outros planetas é sempre vista como uma
condição fundamental para que existam formas de vida por lá também.

Sais Minerais
Os sais minerais podem aparecer dissolvidos como íons formando
soluções aquosas, combinados com moléculas orgânicas ou ainda na forma
de cristais como é o caso do carbonato de cálcio presente nos ossos. Veja
no quadro abaixo alguns desses sais e suas funções nos seres vivos.
ELEMENTOS FUNÇÕES FONTES
Componente de ossos e dentes,
Cálcio Verduras e leite
atua na contração muscular
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Importante no equilíbrio hídrico


Cloro Sal de cozinha
das células
Fígado, gema de ovo,
Ferro Componente da hemoglobina
feijão
Componente do DNA e do ATP.
Fósforo Também presente nos ossos e Leite e carnes
dentes.
Importante no equilíbrio hídrico
Leite, cereais,
Potássio das células em ação conjunta
verduras
com o sódio

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Papel importante nos impulsos


Sódio nervosos e no equilíbrio hídrico Sal de cozinha
celular

Outros elementos químicos também são encontrados em sais minerais


nos organismos, como o magnésio, iodo, flúor, manganês e cobre, porém
em menores quantidades do que os expostos no quadro acima.

1.2 SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS

Os compostos químicos formados principalmente por átomos de


carbono, são historicamente chamados de compostos orgânicos. Eles
também apresentam grandes quantidades de átomos de hidrogênio e são
notadamente encontrados como componentes dos seres vivos. O carbono,
por ser um elemento tetravalente, ou seja, ser capaz de realizar quatro
ligações simples com outros átomos diferentes, é extremamente versátil no
que diz respeito à formação de diferentes compostos. As moléculas
orgânicas podem ser simples e pequenas como o metano (CH4) ou grandes
e complexas como proteínas com milhares de átomos em sua composição.
As principais moléculas orgânicas presentes nos seres vivos incluem os
carboidratos, os lipídeos, as proteínas, os ácidos nucleicos e as vitaminas.
Deixaremos os ácidos nucleicos para a próxima aula quando estudarmos o
núcleo celular e o código genético.
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Carboidratos
Os carboidratos, glicídios ou açúcares são biomoléculas cuja
principal função nos seres vivos é a de servir como fonte de energia para
os processos metabólicos. Alguns podem também ter função estrutural,
como por exemplo na formação da parede celular vegetal.

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Fig. 05: Alimentos ricos em carboidratos.

Os alimentos de origem vegetal, como frutas, pães, massas e grãos,


são as principais fontes de carboidratos para nossa alimentação. Esses
alimentos são rapidamente digeridos e seus açúcares são disponibilizados
para o fornecimento de energia às células. É por isso que antes de
atividades físicas recomenda-se fazer refeições com base nesses tipos de
alimentos.
Existe uma grande variedade de carboidratos, indo desde pequenas
moléculas com poucas dezenas de átomos até grandes cadeias de polímeros
com estruturas químicas diversas. De acordo com o tamanho, eles podem
ser classificados em:
 Monossacarídeos: Açúcares simples que não são quebrados na
digestão. 33320407821

 Dissacarídeos: Formados pela união de dois monossacarídeos.


 Oligossacarídeos: Formados por 3 a 20 monossacarídeos ligados.
 Polissacarídeos: Grandes polímeros formados por centenas a
milhares de monossacarídeos.

Os monossacarídeos possuem como fórmula geral Cn(H2O)n, onde


“n” pode ser substituído por valores de 3 a 7. Essa fórmula mantém a
proporção na quantidade de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio fixa

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em 1:2:1. De acordo com o número de carbonos, podemos classificar os


monossacarídeos dessa forma:
- 3 carbonos: triose  C3(H2O)3  C3H6O3
- 4 carbonos: tetrose  C4(H2O)4  C4H8O4
- 5 carbonos: pentose  C5(H2O)5  C5H10O5
- 6 carbonos: hexose  C6(H2O)6  C6H12O6
- 7 carbonos: heptose  C7(H2O)7  C7H14O7
Como exemplos de pentoses temos a ribose e a desoxirribose,
ambas componentes dos ácidos nucleicos. Entre as hexoses podemos citar
a glicose, a frutose e a galactose, de função energética.
A união de dois monossacarídeos forma os dissacarídeos, como é o
caso da sacarose (açúcar comum) formada pela união de uma glicose e
uma frutose, e também a lactose (açúcar do leite) formada pela união de
uma glicose e uma galactose.

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Fig. 06: O leite é rico em lactose, um dissacarídeo formado pela união entre uma glicose e uma
galactose. Já o açúcar comum, chamado sacarose, é formado pela ligação de uma glicose com uma
frutose.

Os polissacarídeos são macromoléculas formadas por longas cadeias


de monossacarídeos. Possuem importante função como reservas de energia
e também nas estruturas dos organismos. Vamos ver os 4 principais
polissacarídeos presentes nos seres vivos: amido, glicogênio, celulose e
quitina.

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AMIDO
As moléculas de amido formam grandes cadeias ramificadas formadas
por unidades de glicose ligadas umas às outras covalentemente. O amido é
a principal reserva de energia dos vegetais e algas e a base da alimentação
humana. Alimentos como batata, arroz, pães e massas são ricos nesse
glicídio. Apresentam-se na forma de grãos no interior das células vegetais
e são visíveis em imagens de microscopia óptica como a da figura 07.

Fig. 07: Grãos de amido (mais escuros) em células vegetais.

GLICOGÊNIO
Também é um polímero formado por unidades de glicose. No entanto,
sua estrutura macromolecular é muito mais ramificada do que a do amido,
devido a diferenças na forma como as glicoses se ligam umas às outras.
Sua função é de reserva energética em animais e fica armazenado
principalmente no fígado e nos músculos onde pode ser rapidamente
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quebrado para liberar glicose necessária para obtenção de energia. Assim,


o glicogênio tem papel importante na manutenção dos níveis de glicose no
sangue e o fígado atua nesse controle, convertendo a glicose em glicogênio
ou fazendo o contrário, dependendo da sua concentração circulante.
Contudo, ele só representa pequena parte da reserva energética animal, já
que a maior parte dela é armazenada na forma de lipídeos.

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Fig. 08: Em rosa, depósitos de glicogênio no fígado humano.

CELULOSE
A celulose é o composto orgânico mais abundante da Terra, pois está
presente na parede celular das células vegetais. Tem, portanto, função
estrutural. Para formar a celulose, as moléculas de glicose se organizam
linearmente, o que dá origem às chamadas fibras vegetais. Essa
organização linear dificulta a ação de enzimas e confere à celulose boa
resistência. Os seres humanos não são capazes de digerir a celulose dos
alimentos. É por isso que recomenda-se comer alimentos ricos em fibras
para manter o correto funcionamento do intestino, já que essas moléculas
aumentam e umedecem o bolo fecal. Animais com a dieta baseada em
gramíneas, como as vacas, também não são capazes de digerir a celulose
sozinhos. No entanto, possuem protozoários e bactérias mutualistas em seu
sistema digestório que realizam esse processo liberando glicose. Isso ocorre
também com os cupins que se alimentam de madeira.
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Fig. 09: Fibras de celulose na parede celular vegetal.

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QUITINA
A quitina é o único dos 4 polissacarídeos aqui citados que não é
formada por cadeias de glicose. Na verdade, suas unidades são
monossacarídeos nitrogenados derivados da glicosamina. A quitina é o
principal componente do exoesqueleto de artrópodes e também aparece na
parede celular dos fungos.

Fig. 10: Exemplos de artrópodes apresentando suas carapaças formadas principalmente por
quitina.

Lipídeos
Os lipídeos, que incluem óleos e gorduras, são moléculas insolúveis em
água com importante função de reserva energética em animais. Por isso,
suas fontes alimentares apresentam-se principalmente em alimentos de
origem animal, apesar de também seres encontrados em alguns frutos e
sementes como o abacate, o amendoim e as nozes.
As reservas de gordura em animais, além de reserva energética,
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também apresentam outras funções como: isolamento térmico e


proteção contra choques mecânicos. Além disso, os lipídeos são
componentes fundamentais das membranas plasmáticas de todas as
células e também formam alguns hormônios e vitaminas. São
classificados em glicerídeos, fosfolipídeos, esteroides e ceras.

GLICERÍDEOS
São os óleos e as gorduras e atuam como reservas de energia,
principalmente em animais. Os óleos são glicerídeos líquidos em
temperatura ambiente (20°C) e as gorduras são sólidas à mesma
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temperatura. São formados por um álcool chamado glicerol, ligado a ácidos


graxos, que podem formar longas cadeias carbônicas responsáveis pelo
caráter apolar, ou seja, hidrofóbico dessas moléculas.

Fig. 11: Representação gráfica de um triglicerídeo. Em cinza o glicerol e em laranja os três ácidos
graxos.

As cadeias carbônicas dos ácidos graxos é que definem o grau de


fluidez de um glicerídeo. Se as ligações entre os seus carbonos forem todas
simples, dizemos que ele é de cadeia saturada, que toma configuração
espacial linear e contribui para o empacotamento das moléculas. Cadeias
de ácidos graxos com ligações duplas entre seus carbonos são chamadas
de insaturadas e isso ocasiona dobras nessas moléculas diminuindo o seu
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grau de empacotamento. Os glicerídeos de origem animal normalmente


apresentam mais ácidos graxos de cadeia saturada, o que faz com que
sejam sólidos à temperatura ambiente (gorduras), como por exemplo a
manteiga. Já os glicerídeos de origem vegetal apresentam mais ácidos
graxos de cadeia insaturada, o que faz com que sejam líquidos à
temperatura ambiente (óleos), como por exemplo o azeite de oliva.

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Fig. 12: A manteiga é formada por glicerídeos de cadeia saturada.

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Fig. 13: O azeite possui ácidos graxos de cadeia insaturada em sua composição.

Existe um motivo para as reservas de energia animais serem


principalmente lipídicas enquanto que as vegetais são principalmente
formadas por amido. O que acontece é que a gordura consegue armazenar
mais do que o dobro de energia por unidade de volume do que os
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carboidratos. Assim, para organismos que se locomovem ativamente, a


gordura mostra-se mais vantajosa em termos de relação volume/energia
fornecida do que os carboidratos. Resumindo, se fôssemos carregar a
mesma quantidade de energia armazenada em carboidratos, teríamos que
ter mais do que o dobro de volume em reservas energéticas.

FOSFOLIPÍDEOS
Os fosfolipídeos assemelham-se aos triglicerídeos, mas no lugar de um
dos ácidos graxos há um composto contendo fosfato. Esse fosfato apresenta
carga elétrica negativa, ou seja, é polar. Por outro lado, os 2 ácidos graxos
são apolares. Isso fornece uma característica muito importante aos
fosfolipídeos pois eles apresentam uma “cabeça” polar e duas “caudas”
apolares. As “cabeças” são hidrofílicas, ou seja, atraem moléculas de água.
As caudas, por sua vez, são hidrofóbicas e repelem moléculas de água.
Devido a essa natureza em que uma parte da molécula é polar e outra
apolar, os fosfolipídeos são chamados de moléculas anfipáticas ou
anfifílicas. Quando colocados na água, eles assumem uma configuração
de bicamada onde as regiões polares estão em contato com a água e as
regiões apolares não.

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Fig. 14: Estrutura química de um fosfolipídeo e a maneira como eles se arranjam em meio aquoso.

Essa propriedade estrutural dos fosfolipídeos é de grande importância


para a estrutura e a fisiologia da membrana plasmática, da qual eles são os
principais componentes. Falaremos sobre a membrana mais à frente nessa
aula.

ESTEROIDES
Muitas pessoas, ao ouvir falar de esteroides, lembram logo de
anabolizantes, que são produtos utilizados com o objetivo de ganhar massa
muscular. Realmente os anabolizantes esteroides são produzidos a partir
de hormônios sexuais sintéticos. Isso ocorre justamente porque esse
grupo de lipídeos é utilizado na produção de hormônios como a
testosterona. Além disso, o colesterol é um esteroide. Apesar de sua má
fama, ele é importante componente da membrana plasmática animal e,
além de ser usado na síntese dos hormônios sexuais, também forma os
sais biliares, que auxiliam na digestão dos lipídeos e participa na
composição da vitamina D, através de um de seus derivados. Falaremos
mais sobre o colesterol e os problemas associados ao seu consumo
excessivo quando estudarmos o sistema circulatório humano.

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Fig. 15: Exemplos de esteroides.

CERAS
As ceras são moléculas altamente hidrofóbicas devido à sua natureza
apolar. São formadas por um ácido graxo de longa cadeia saturada ligado
a um álcool também de longa cadeia saturada. De aparência brilhosa, têm
função impermeabilizante em organismos como plantas e cobrem as penas
de aves aquáticas para evitar que elas se molhem. O brilho do cabelo
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humano também é resultado da cera produzida em células do couro


cabeludo. Os favos que as abelhas produzem nas colmeias também são
produzidos a partir das ceras.

Proteínas
As proteínas constituem o principal componente estrutural dos seres
vivos. Por isso é que elas somente serão utilizadas como fonte de energia
após o esgotamento de todas as outras reservas, como o glicogênio e os
lipídeos, no caso dos animais. Além da função estrutural, muitas proteínas

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possuem função enzimática, hormonal e ainda como moléculas de defesa


no sistema imunológico de animais chamadas anticorpos.
São formadas por unidades básicas chamadas aminoácidos, que na
natureza ocorrem em 20 tipos. Os aminoácidos possuem, em sua
composição química, um carbono central chamado carbono (alfa) ligado
a um grupo amino (-NH2), a um grupo carboxila (-COOH), a um átomo de
hidrogênio (H) e a um radical variável R.

Fig. 16: Estrutura de um aminoácido.

Os vinte tipos de aminoácidos, portanto, só diferem entre si pelo radical


que pode, por exemplo, ser um simples átomo de hidrogênio, como no
aminoácido glicina. Os outros 19 aminoácidos são: arginina, histidina, lisina,
ácido aspártico, ácido glutâmico, serina, treonina, asparagina, glutamina,
tirosina, cisteína, prolina, alanina, isoleucina, leucina, metionina,
fenilalanina, triptofano e valina.
As plantas são capazes de produzir todos os aminoácidos que
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necessitam utilizando os nitratos fornecidos pelas bactérias nitrificantes que


atuam no ciclo do nitrogênio, como vimos na aula 01. Já os animais,
conseguem sintetizar apenas alguns tipos de aminoácidos, sendo que os
demais precisam ser obtidos através da alimentação. Os aminoácidos que
o ser humano não consegue sintetizar sozinho são chamados essenciais e
os outros são chamados naturais.

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LIGAÇÃO PEPTÍDICA
Os peptídeos são formados pelas ligações entre os aminoácidos. Dois
aminoácidos ligados formam um dipeptídeo, três formam um tripeptídeo,
muitos formam um polipeptídeo. As proteínas são formadas por longas
cadeias polipeptídicas. A ligação que ocorre entre os aminoácidos é sempre
entre a carboxila de um e o grupo amino do vizinho. Nessa reação
ocorre a liberação de uma molécula de água.

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Fig. 17: Ligação peptídica. A repetição dessa reação liga muitos aminoácidos em um polipeptídeo.
(Obs: Os aminoácidos da imagem estão na forma ionizada)

ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS


Estrutura primária: Corresponde à sequência de aminoácidos. Os tipos
de aminoácidos e a sua ordem é que vão determinar as diferenças entre as
proteínas. Além disso, a estrutura primária influencia diretamente na forma
da proteína e, consequentemente, na sua função.

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Estrutura secundária: A espiralização ou o pregueamento das cadeias


polipeptídicas dão origem à estrutura secundária das proteínas. Na
espiralização a cadeia forma uma estrutura que parece um fio de telefone.
Essas interações dependem da formação de pontes de hidrogênio entre
diferentes partes das moléculas de proteína.

Estrutura terciária: É determinada pelas dobras e pela curvatura que a


estrutura secundária sofre. Isso gera uma estrutura tridimensional que é
específica para cada proteína e determina a sua função.

Estrutura quaternária: Existem proteínas que apresentam não só uma


cadeia polipeptídica, mas duas ou mais, formando subunidades. Cada
subunidade tem sua própria estrutura terciária. Como exemplo disso temos
a hemoglobina que é formada por 4 subunidades e a insulina que é formada
por 2 subunidades.

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Fig. 18: Níveis de estruturação das proteínas.

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DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS


Existem situações em que as proteínas podem ter sua estrutura
terciária alterada, modificando sua forma e, por consequência, sua função.
Quando isso acontece, dizemos que elas foram desnaturadas. A
desnaturação de uma proteína pode acontecer por alguns fatores como:
 Aumento da temperatura
 Alterações no pH
 Substâncias capazes de alterar a polaridade do meio

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Na maioria das vezes, a desnaturação é um processo irreversível, como


quando fritamos um ovo e, por isso, a albumina (proteína presente na clara
do ovo) é desnaturada pela ação da temperatura. Pelo mesmo raciocínio,
doenças que provoquem febres muito altas podem ser fatais, pois podem
provocar a desnaturação de proteínas presentes no organismo.
Em alguns casos, no entanto, uma proteína desnaturada pode sofrer a
renaturação e recuperar suas propriedades. Isso acontece, normalmente,
quando a desnaturação foi causada por alguma outra substância que é
então retirada do meio e possibilita que a proteína retorne à sua forma
original.

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Fig. 19: Esquema mostrando a desnaturação e a renaturação de uma proteína.

Vitaminas
Vitaminas são substâncias que controlam várias atividades das células
e funções do corpo. São necessárias em pequenas quantidades e podem
ser obtidas através de uma alimentação equilibrada e diversificada. Atuam
em conjunto com as enzimas e pequena parte delas é eliminada pela urina
ou destruída pelas células. Quando uma pessoa não ingere quantidades
adequadas desses nutrientes, ele desenvolve as avitaminoses.

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De acordo com suas características químicas, existem dois grupos de


vitaminas: as lipossolúveis, que dissolvem-se bem em lipídeos e, por isso,
serão encontradas em alimentos que possuem esse tipo de compostos; e
as hidrossolúveis, que se dissolvem na água. Abaixo segue um quadro
com as vitaminas, suas funções e as principais fontes na alimentação.

Natureza
Vitamina Função Fontes
Química
Manteiga, leite,
Atua sobre a pele, a retina dos gema de ovo,
olhos e as mucosas; aumenta a fígado, espinafre,
A
resistência aos agentes chicória, tomate,
infecciosos. mamão, batata,
cará, abóbora.
Fixa o cálcio e o fósforo em
Óleo de fígado de
dentes e ossos e é muito
peixes, leite,
D importante para crianças,
manteiga, gema de
Lipossolúveis gestantes e mães que
ovo.
amamentam.
Germe de trigo,
Antioxidante; favorece o
nozes, carnes,
E metabolismo muscular e auxilia a
amendoim, óleo,
fertilidade.
gema de ovo.
Essencial para que o organismo
produza protombrina, uma Fígado, verduras,
K
substância indispensável para a ovo.
coagulação do sangue.
Auxilia no metabolismo dos
Carne de porco,
carboidratos; favorece a absorção
B1 ou cereais integrais,
de oxigênio pelo cérebro;
tiamina nozes, lentilha,
equilibra o sistema nervoso e
soja, gema de ovo
assegura o crescimento normal
Fígado, rim, lêvedo
B2 ou Conserva os tecidos,
de cerveja,
riboflavina principalmente os do globo ocular
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espinafre, berinjela
Carnes de boi e de
B6 ou Permite a assimilação das porco, fígado,
piridoxina proteínas e das gorduras cereais integrais,
batata, banana
Hidrossolúveis Colabora na formação dos Fígado e rim de boi,
B12 ou
glóbulos vermelhos e na síntese ostra, ovo, peixe,
cobalamina
do ácido nucléico aveia
Limão, laranja,
Conserva os vasos sangüíneos e
abacaxi, mamão,
os tecidos; ajuda na absorção do
C ou ácido goiaba, caju, alface,
ferro; aumenta a resistência a
ascórbico agrião, tomate,
infecções; favorece a cicatrização
cenoura, pimentão,
e o crescimento normal dos ossos
nabo, espinafre
Fígado e rim de boi,
H ou Funciona no metabolismo das gema de ovo,
biotina proteínas e dos carboidratos batata, banana,
amendoim

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Carnes, fígado,
leguminosas,
Atua na formação dos glóbulos
Ácido fólico vegetais de folhas
vermelhos
escuras, banana,
melão
B3, PP ou
Lêvedo, fígado, rim,
niacina Possibilita o metabolismo das
coração, ovo,
(ácido gorduras e carboidratos
cereais integrais
nicotínico)
Fígado, rim, carnes,
B5 ou Ácido gema de ovo,
Auxilia o metabolismo em geral
pantotênico brócolis, trigo
integral, batata
Carnes, fígado,
Ácido
Estimula o crescimento dos leguminosas,
paramino-
cabelos vegetais de folhas
benzóico
escuras
B7 ou Gema de ovo, soja,
Auxilia no crescimento
Colina miolo, fígado, rim
Existe em todas as
Inositol Age no metabolismo do colesterol células animais e
vegetais

2. Origem e Evolução das Células

Como vimos na aula 00, os primeiros seres vivos surgiram há mais de


3 bilhões de anos, quando as condições primitivas do planeta permitiram
que a matéria inorgânica se organizasse de forma cada vez mais complexa
para dar origem às primeiras células. Os coacervados, que seriam um passo
anterior ao surgimento da célula, já possuíam uma característica
determinante para qualquer ser vivo: a individualização do meio interno em
relação ao meio externo. Com a incorporação de uma molécula capaz de
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realizar cópias de si mesma e a partir de processos metabólicos simples


capazes de disponibilizar energia para essa replicação, foi possível que as
primeiras células surgissem nos oceanos primitivos.
Assim, as primeiras células eram muito simples, contendo material
genético muito provavelmente feito de RNA e sem organelas
membranosas. Eram organismos procariontes e heterotróficos, pois as
vias metabólicas para os processos de fotossíntese ou quimiossíntese são
muito complexas para terem se originado primeiro. Dessa forma,
alimentavam-se da matéria orgânica disponível na água e também de
outras células. Não realizavam respiração aeróbica, pois praticamente não
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havia gás oxigênio disponível na atmosfera. A glicólise, processo de quebra


da glicose, com liberação de energia, deve ter sido por muito tempo a
principal forma de metabolismo energético.
Com o aumento no tamanho das células, é possível que algumas delas
tenham desenvolvido dobras em suas membranas plasmáticas,
possibilitando o aumento da superfície de contato com o meio externo e
facilitando as trocas de substâncias e reações metabólicas. Essas dobras ou
invaginações provavelmente deram origem ao sistema de
endomembranas característico das células eucarióticas.

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Fig. 20: Surgimento da célula eucariótica a partir de um ancestral procarionte.

A escassez de matéria orgânica disponível devido à reprodução


crescente dos organismos fez com que células capazes de produzir suas
próprias moléculas orgânicas fossem selecionadas, surgindo assim os
primeiros organismos autotróficos. Bactérias fotossintetizantes passaram
a liberar grandes quantidades de gás oxigênio na atmosfera. Isso

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possibilitou o surgimento da respiração aeróbica, muito mais eficiente na


produção de energia para as células do que processos que não usam gás
oxigênio como a fermentação. Por outro lado, isso também provocou a
morte de grande quantidade de células intolerantes ao gás oxigênio.
Em algum momento, bactérias capazes de realizar respiração aeróbica
foram fagocitadas por células eucariotas primitivas, mas não foram
digeridas. Passaram, no entanto, a viver em simbiose dentro das células
que as fagocitaram. Essas bactérias aeróbicas deram origem então às
mitocôndrias das células eucarióticas, organelas responsáveis pela
respiração celular. Algumas dessas células sofreram ainda outro evento de
endossimbiose ao incorporarem uma bactéria capaz de realizar
fotossíntese que passou também a viver no seu interior.

Fig. 21: Sequência de eventos que levaram à origem das principais linhagens de seres vivos atuais.
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O esquema acima é um resumo dos acontecimentos que levaram à


diversificação dos grandes grupos de seres vivos atuais:
1. Primeiras protocélulas se formam nos oceanos.
2. O ancestral procarionte unicelular de todos os seres atuais surge.
3. Separação entre Bacteria e Archaea.
4. O domínio Eukarya se separa de Archaea.
5. Bactérias aeróbicas entram em células eucarióticas primitivas e dão
origem às mitocôndrias.

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6. Bactérias fotossintetizantes entram em células eucarióticas primitivas


e dão origem aos cloroplastos.
7. A multicelularidade surgiu independentemente em diferentes
linhagens eucarióticas.

UMA VISÃO GERAL DAS CÉLULAS ATUAIS


A célula é considerada a unidade morfofisiológica dos seres vivos e está
presente em todos os organismos (com exceção dos vírus, caso sejam
considerados seres vivos).
Os seres vivos apresentam dois tipos básicos de células: a
procariótica ou (procariota) e a eucariótica ou (eucariota). Os
organismos procariontes são unicelulares (com apenas uma célula),
representados pelas bactérias e árqueas. Já os eucariontes podem ser
unicelulares ou pluricelulares (com mais de uma célula) e incluem os
protoctistas, os fungos, as plantas e os animais.
Estudaremos, em aulas futuras, as características de cada grupo de
organismos citados. Pra já, vamos ver as diferenças entre as células
procarióticas e as eucarióticas.

Material Organelas
Carioteca Citoesqueleto
genético membranosas

Disperso no
Procariontes Ausente Ausentes Ausente
citoplasma
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Armazenado
Eucariontes Presente Presentes Presente
no núcleo

Todas as células possuem membrana plasmática e citoplasma.


Todas as células possuem, eu seu citoplasma, organelas chamadas
ribossomos, que são responsáveis pela síntese de proteínas. Apenas as
células eucarióticas possuem núcleo delimitado por sua membrana
chamada carioteca.

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Fig. 22: Uma visão geral da célula procariótica.

As células eucarióticas são, didaticamente, divididas em 2 tipos: as


células animais e as células vegetais. Elas compartilham a maior parte de
suas estruturas e organelas mas possuem algumas que são exclusivas de
cada tipo celular. Somente a célula animal possui centríolos e lisossomos,
e somente a célula vegetal possui parede celular, vacúolo e
cloroplastos, tendo estes últimos sido obtidos através do segundo
processo endossimbiótico citado anteriormente nesta aula.
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Fig. 23: Célula eucariota animal.

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Fig. 24: Célula eucariota vegetal.

Estudaremos, a seguir, cada estrutura e organela presentes nas


imagens de maneira mais detalhada.
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3. Estrutura e Fisiologia Celular: Membrana Plasmática

A membrana plasmática está presente em todas as células de todos os


organismos do nosso planeta. Podemos dizer que ela possui três funções
muito importantes:
 Delimitar o conteúdo citoplasmático
 Regular o fluxo de entrada e saída de substâncias na célula
 Reconhecer e identificar outras células e substâncias
Essa estrutura permite, portanto, que o meio intracelular seja
individualizado do meio extracelular. Essa é uma condição fundamental
para o funcionamento de um organismo, pois possibilita que as células
apresentem composição química diferenciada da matéria não-viva e fornece
o meio necessário para que as reações metabólicas ocorram.

A COMPOSIÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA


A composição da membrana plasmática é, em sua maioria, formada
por fosfolipídeos, que se organizam em uma bicamada. Lembre-se que os
fosfolipídeos possuem natureza anfipática e, por isso, suas regiões
hidrofílicas ficam voltadas tanto para fora quanto para o interior da célula,
onde há água. Já suas caudas hidrofóbicas arranjam-se voltadas umas para
as outras.

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Fig. 25: Arranjo dos fosfolipídeos na membrana plasmática.

Intercaladas entre os fosfolipídeos aparecem proteínas, que podem


ser integrais, caso atravessem a membrana de lado a lado, ou
periféricas, que ocorrem ligadas a uma das extremidades das proteínas
periféricas. Essas proteínas são capazes de se movimentar entre os
fosfolipídeos como se formassem um mosaico de moléculas em um fluido.
Por isso, esse modelo proposto para a membrana plasmática é chamado de
Mosaico-Fluido. As proteínas de membrana podem desempenhar
diferentes funções como:

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Atuam no transporte de algumas substâncias, formando canais;


 Atuam como enzimas catalisando reações químicas;
 Realizam a ancoragem de fibras do citoesqueleto;
 Em conjunto com glicídios, fazem o reconhecimento de
substâncias e outras células.
As células animais possuem, na face externa de suas membranas
plasmáticas, glicídios aderidos aos fosfolipídeos (menor quantidade) e às
proteínas (maior quantidade), formando as glicoproteínas. O conjunto
dessas moléculas é chamado glicocálix e atua no reconhecimento entre as
células. Células cancerosas, por exemplo, podem apresentar danos no

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glicocálix impedindo que elas reconheçam outras células, o que faz com que
elas se reproduzam indefinidamente, formando os tumores.
A fluidez da membrana plasmática depende do grau de saturação das
caudas apolares dos fosfolipídeos. Quanto mais saturadas elas forem, mais
compacta será a membrana e, consequentemente, menos fluida também.
No caso das células animais, moléculas de colesterol também são capazes
de aumentar a fluidez das membranas.

Fig. 26: Modelo do mosaico-fluido evidenciando a composição química da membrana plasmática.

O TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA


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A propriedade mais importante da membrana plasmática é a chamada


Permeabilidade Seletiva. Esse é o nome que se dá à capacidade da
membrana de permitir a passagem de algumas substâncias e impedir ou
dificultar a de outras. É dessa forma que ela regula o fluxo de moléculas
entre o meio intracelular e o extracelular. Assim ela consegue manter o que
é importante no seu interior, e eliminar no meio extracelular tudo aquilo
que estiver em excesso ou for prejudicial ao seu funcionamento correto.
Antes de mais nada devemos lembrar que os líquidos que preenchem
tanto o meio intracelular quanto o extracelular são soluções, ou seja, são

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compostos por um solvente (água) e pelos diversos solutos que são as


substâncias dissolvidas.
Quando comparamos duas soluções de acordo com as suas
concentrações de soluto usamos os termos:
 Solução hipertônica: significa “mais concentrada do que”
 Solução hipotônica: significa “menos concentrada do que”
 Soluções isotônicas: de igual concentração
Por exemplo: se uma célula estiver mais concentrada do que o meio
extracelular, dizemos que a célula é hipertônica em relação ao meio ou que
o meio é hipotônico em relação à célula. Observe o esquema abaixo. A
membrana plasmática está em azul e o soluto está representado pelas
bolinhas amarelas.

Observação: A concentração de uma solução é medida pela divisão entre


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a massa do soluto e o volume do solvente.

Existem dois tipos básicos de transporte de substâncias pela


membrana:
 Transporte passivo: uma substância move-se de uma região
onde está mais concentrada para outra onde está menos
concentrada, sem gasto de energia. O transporte ocorre,
portanto, a favor do gradiente de concentração.

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 Transporte ativo: uma substância move-se de uma região onde


está menos concentrada para outra onde está mais
concentrada, com gasto de energia na forma de ATP. O
transporte ocorre, portanto, contra o gradiente de
concentração.

São três as modalidades do transporte passivo: Difusão simples,


Osmose e Difusão Facilitada. Vamos ver esses tipos de transporte com
mais detalhes.

Difusão Simples
Na difusão simples, ocorre o movimento de um soluto através da
membrana plasmática sem gasto de energia, já que esse movimento é a
favor do gradiente de concentração. Isso quer dizer que o soluto sai de onde
ele está mais concentrado (solução hipertônica) para onde ele está menos
concentrado (solução hipotônica). Esse movimento tende a equilibrar as
concentrações das soluções.

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Fig. 27: Esquema representando a difusão simples através da membrana plasmática.

Na difusão simples, o soluto passa entre os fosfolipídeos. Isso


acontece porque são moléculas pequenas e apolares como por exemplo os
gases oxigênio e dióxido de carbono.

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Difusão Facilitada
A difusão facilitada também envolve o movimento de soluto a favor do
gradiente de concentração e sem gasto de energia. Contudo, o que a
diferencia da difusão simples é que nela as substâncias atravessam a
membrana utilizando uma proteína integral que pode formar um canal ou
um portão. Isso acontece com moléculas maiores e/ou polares como a
glicose e certos íons.

Fig. 28: Diferença entre a difusão simples e a difusão facilitada. Na difusão facilitada o soluto é
transportado através de proteínas integrais.
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Osmose
A osmose ocorre quando a membrana plasmática é pouco ou nada
permeável a algum soluto e por isso quem vai ser transportado é na verdade
o solvente (água). Esse tipo de transporte também não consome energia,
e a água vai se movimentar a partir da solução hipotônica em direção à
solução hipertônica. Isso acontece, pois a tendência é que as concentrações
das soluções sejam equilibradas. Já que não é possível movimentar o
soluto, o jeito é movimentar o solvente para diluir a solução em que o soluto
está mais concentrado.

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Vou usar um exemplo do cotidiano para facilitar o seu entendimento.


Quando vamos colocar chocolate em pó no leite e sem querer colocamos
demais, deixando assim a solução muito “forte” (mais concentrada),
adicionamos mais leite para que ela fique mais “fraca” (menos
concentrada).

Fig. 29: Esquema representando o processo de osmose.

Assim, de acordo com a concentração do meio extracelular as células


sofrerão diferentes efeitos da osmose, que podem inclusive leva-las à
morte. As células animais, por exemplo, ficam em condições ideais quando
a concentração do meio extracelular é isotônica à da célula. Quando
colocadas em meio hipertônico, por outro lado, elas perdem água por
osmose e ficam enrugadas em um fenômeno denominado crenação. Caso
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sejam colocadas em meio hipotônico, elas absorvem água por osmose e


podem sofrer a chamada plasmoptise, que é rompimento da membrana
plasmática devido ao excesso de água.

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Fig. 30: Hemácias expostas a soluções com diferentes concentrações.

As células vegetais, por sua vez, possuem parede celular rígida, o que
as impede de arrebentar quando colocadas em meio hipotônico. Nessa
situação elas ficam túrgidas. Contudo, quando colocadas em meio
hipertônico, a perda de água por osmose faz com que o citoplasma diminua
de volume e a membrana plasmática descole da parede celular em vários
pontos, fenômeno chamado de plasmólise.

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Fig. 31: Células vegetais expostas a soluções com diferentes concentrações.

Transporte Ativo
O transporte ativo é caracterizado pelo consumo de ATP (energia) para
que ocorra o transporte de substâncias contra o gradiente de
concentração. Isso permite que a célula conserve substâncias importantes
em concentrações maiores do que as do meio extracelular e elimine
substâncias prejudiciais. O transporte ativo, portanto, não leva ao equilíbrio
das concentrações entre as soluções.

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O exemplo mais comum de transporte ativo é a bomba de sódio-


potássio. A célula utiliza uma proteína de membrana para bombear íons
sódio para fora, contra o gradiente de concentração e bombear íons potássio
para dentro, também contra o gradiente de concentração e com gasto de
ATP. Observe o esquema abaixo.

Fig. 32: Esquema da bomba de sódio-potássio mostrando como o transporte é feito contra o
gradiente de concentração e com o uso de ATP.

Transporte em Massa pela Membrana Plasmática


Moléculas muito grandes, vírus e até mesmo outras células podem ser
englobadas através da membrana plasmática num processo chamado
endocitose. Caso o material endocitado seja sólido, trata-se de uma
fagocitose; caso seja líquido trata-se de pinocitose. Na fagocitose ocorre
a formação de prolongamentos citoplasmáticos chamados pseudópodes
que envolvem a partícula a ser fagocitada.
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Fig. 33: Esquema representando o processo de fagocitose e imagem de microscopia eletrônica


mostrando uma bactéria sendo fagocitada por uma ameba (protozoário).

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Já na pinocitose o que ocorre é a invaginação da membrana (dobra


para o interior), que engloba o líquido a ser pinocitado.

Fig. 34: Esquema representando o processo de pinocitose e imagem de microscopia eletrônica


mostrando uma célula com várias vesículas de pinocitose indicadas pelas setas.

O processo inverso à endocitose, é a exocitose, quando a célula


elimina material de volume muito grande para passar por outros
mecanismos de transporte. Isso ocorre quando a célula secreta
substâncias para o meio extracelular ou ainda ao eliminar resíduos da
digestão intracelular.

4. Estrutura e Fisiologia Celular: Citoplasma

Vamos ver agora as principais organelas e estruturas celulares


presentes no citoplasma.

Ribossomos
Estão presentes em todos os organismos e são formados por RNA
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ribossomal e proteínas. Sua função é a síntese proteica. Podem estar livres


no citoplasma ou associados ao retículo endoplasmático nas células
eucariotas.

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Fig. 35: Imagem de microscopia mostrando ribossomos livres no citoplasma e aderidos ao retículo
endoplasmático.

Núcleo
O núcleo, presente apenas nas células eucariotas, é o centro de
comando e controle das atividades celulares. Armazena as informações
genéticas nos cromossomos. Possui uma membrana dupla chamada
carioteca que é perfurada por vários poros que permitem a passagem de
substâncias. A carioteca é contínua com o retículo endoplasmático, que
é outra organela. Pode apresentar uma ou mais áreas mais escurecidas no
seu interior chamadas nucléolos, devido à grande concentração de RNA
ribossomal.
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Fig. 36: Desenho esquemático e imagem de microscopia eletrônica do núcleo, evidenciando suas
estruturas.

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Retículo Endoplasmático
Pode estar associado a ribossomos (Retículo Endoplasmático Rugoso)
ou não (Retículo Endoplasmático Liso). O retículo endoplasmático rugoso é
responsável pela síntese de proteínas para secreção e pela produção de
membranas celulares. O retículo endoplasmático liso atua na síntese de
lipídeos, no metabolismo de carboidratos e nos processos de desintoxicação
das células. Um exemplo de substância tóxica que é metabolizada por essa
organela é o álcool.

Fig. 37: Desenho esquemático e imagem de microscopia eletrônica do retículo endoplasmático,


evidenciando seus dois tipos.

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Complexo de Golgi
O complexo de Golgi tem importante papel na modificação e no
empacotamento de substâncias para secreção, oriundas do retículo
endoplasmático. Além disso, atua na síntese de carboidratos.

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Fig. 38: Esse esquema ilustra a interação entre diferentes organelas com o objetivo de produzir e
secretar proteínas para o meio extracelular. As vesículas de secreção são liberadas pelo Complexo
de Golgi.

Lisossomo
Os lisossomos são liberados pelo complexo de Golgi e possuem
enzimas digestivas. Eles se fundem às vesículas fagocíticas e atuam na
digestão do material que foi fagocitado. Não estão presentes em células
vegetais. Atuam também no processo de autofagia em que algumas células
acabam de autodigerindo. Esse processo acontece, por exemplo, no
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desenvolvimento dos girinos até sapos adultos. A perda da cauda é


realizada através da autofagia de suas células.

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Fig. 39: Esquema da produção e do funcionamento dos lisossomos na digestão intracelular.

Vacúolos
Os vacúolos são organelas com função de armazenar substâncias no
interior da célula. Existem diferentes tipos de vacúolos como o vacúolo de
suco celular, exclusivo das células vegetais, o vacúolo contrátil,
característico de protozoários de água doce e o vacúolo alimentar,
presente em células que se alimentam por fagocitose.
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Fig. 40: Imagem de microscopia eletrônica mostrando uma célula vegetal com seu vacúolo de suco
celular.

Cloroplasto
Organela exclusiva de vegetais e algas que realizam fotossíntese. Foi
incorporada às células eucariontes através de um processo endossimbiótico.

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Fig. 41: Imagem de microscopia eletrônica e esquema mostrando um cloroplasto e suas estruturas.

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Mitocôndria
Organela responsável pela respiração celular e a consequente
produção de ATP. As mitocôndrias e os cloroplastos possuem DNA próprio
e têm capacidade de se autoduplicarem. Isso fortalece a teoria
endossimbiótica da origem dessas organelas.

Fig. 42: Imagem de microscopia eletrônica e esquema mostrando uma mitocôndria e suas estruturas.
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Centríolos
Possuem forma cilíndrica e aparecem organizados aos pares. Atuam
durante a divisão celular organizando o fuso mitótico das células animais.
Não estão presentes na maioria das plantas e nem nos fungos. Também
têm papel importante na formação de cílios e flagelos, que são estruturas
locomotoras das células.

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Citoesqueleto
É uma rede de fibras que dão forma, sustentação e mobilidade às
células. Atuam também no processo de divisão celular da célula eucariota.
Está ausente nos seres procariontes.

5. Aspectos gerais do metabolismo celular

O metabolismo é o conjunto de todas as reações que acontecem dentro


de um organismo para mantê-lo vivo. Essas reações são divididas em 2
tipos: as reações anabólicas ou anabolismo e as reações catabólicas ou
catabolismo. O anabolismo envolve as reações de síntese de matéria
orgânica a partir de moléculas menores. Quando, por exemplo, o seu
organismo produz massa muscular, isso é um exemplo do anabolismo em
ação. É por isso que os hormônios utilizados com esse objetivo são
chamados de anabolizantes. Em situações de jejum, o seu organismo
quebra moléculas complexas e libera a energia contida nelas para a
realização de outras reações químicas. Essas reações compõem o
catabolismo. Quando em um organismo, as reações anabólicas prevalecem,
ele ganha massa e aumenta de volume. Por outro lado, quando as reações
catabólicas prevalecem, o organismo perde massa e diminui de volume.
Quando as reações estão em equilíbrio, o organismo não perde nem ganha
massa e diz-se que ele está em homeostase.
Devemos pensar nos organismos como grandes conjuntos de sistemas
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que recebem entrada de matéria, através da alimentação e da respiração,


e liberam os resíduos desses processos, na outra ponta do sistema. Tudo
que acontece no meio desses processos tem como principal objetivo a
obtenção de energia. Vimos na aula 01 que, na natureza nada se cria e
nada se perde, tudo se transforma. Assim, os organismos são grandes
usinas de transformação de energia. A energia não é criada e nem
destruída. Ela é transformada. Assim, a energia luminosa que vem do sol e
é captada pelos vegetais durante a fotossíntese é convertida em energia
química aprisionada nas moléculas orgânicas produzidas. Essa energia está

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apta a percorrer os diversos níveis das teias alimentares. A oxidação dessas


moléculas durante a respiração celular faz com que a sua energia passe
para outras moléculas chamadas ATP, que nada mais são do que a moeda
energética das células. O ATP pode então ser usado em diversos processos
celulares, como por exemplo o transporte ativo de substâncias. Como
nenhum sistema é 100% eficiente, também ocorrem perdas dessa energia
química na forma de energia térmica, por exemplo, que é liberada no meio
ambiente como calor.
Algumas moléculas possuem grande importância nas reações
metabólicas, como é o caso das enzimas, que estudaremos a seguir.

ENZIMAS
“Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima”.
Essa é uma frase muito repetida nas aulas de Biologia para que os alunos
nunca esqueçam da natureza proteica das enzimas. Dessa forma, elas são
proteínas especiais que atuam como catalisadores biológicos. Para
entendermos qual o papel desses catalisadores, precisamos antes abordar
algumas coisas. As reações químicas que acontecem em um organismo,
compondo o chamado metabolismo são reações que, teoricamente,
podem ocorrer espontaneamente. No entanto, o tempo que levaria para a
maior parte delas ocorrer em temperaturas viáveis seria incompatível com
a duração da vida. Assim, existem moléculas capazes de acelerar essas
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reações, diminuindo a chamada energia de ativação necessária para que


elas ocorram. Essas moléculas são os catalisadores biológicos, como as
enzimas.

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Fig. 43: Diferença entre uma reação não-catalisada, em azul, que precisa de energia de ativação
(Ea) alta, e uma reação catalisada, em vermelho, que precisa de energia de ativação mais baixa.

Os reagentes aos quais uma enzima se liga durante uma reação por
ela catalisada são chamados de substratos. As enzimas são altamente
específicas em relação aos seus substratos e isso ocorre principalmente
devido à sua estrutura tridimensional (estrutura terciária da proteína). A
esse tipo de interação chamamos de modelo chave-fechadura em que
somente os substratos corretos (chaves) serão capazes de se ligar ao sítio
ativo da enzima específica (fechadura).

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Fig. 44: As enzimas possuem um sítio ativo onde um ou mais substratos se ligam.

Como exemplo de uma reação enzimática podemos citar a ação da


amilase salivar (ptialina), que é uma enzima presente na saliva humana
e que quebra moléculas de amido em moléculas de maltose (um
dissacarídeo formado por 2 glicoses). Posteriormente, no intestino delgado
outra enzima chamada maltase vai quebrar as maltoses liberando glicose.
As taxas de conversão substrato  produto em uma reação catalisada
por uma enzima dependem de 2 fatores: a concentração de substrato e a
quantidade de enzimas disponíveis. Dessa forma, o aumento na

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concentração de substrato aumenta a taxa de reação até o momento em


que todas as enzimas estarão sendo utilizadas, fenômeno que chamamos
de saturação enzimática. Do mesmo modo, o aumento na quantidade de
enzimas disponíveis aumenta a taxa de reação enquanto houver substrato
disponível para reagir. É importante lembrar que a enzima, enquanto está
ligada a um substrato não consegue se ligar a outro, mas tão logo desfaça
essa ligação, ela pode ser novamente utilizada.
A atividade enzimática é afetada pelo pH e pela temperatura. Cada
enzima possui uma faixa de temperatura e de pH onde ela opera, sendo
que para esses parâmetros existe um ponto em que ela atinge sua taxa
máxima de atividade. Falamos assim de pH ótimo e de temperatura
ótima. Lembre-se que valores muito altos de temperatura e variações
muito grandes no pH são capazes de desnaturar uma enzima.

Fig. 45: Cada enzima apresenta temperatura e pH ótimos.

Algumas substâncias podem inibir a ação de enzimas por ligarem-se a


elas. Existem inibidores naturais, produzidos pelos próprios organismos, e
outros artificiais, como na forma de medicamentos. Os inibidores
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irreversíveis ligam-se permanentemente ao sítio ativo da enzima


causando a sua inativação. Já os inibidores reversíveis podem ligar-se
ao sítio ativo de uma enzima competindo com o substrato, o que diminui a
taxa de reação. Esse tipo de inibição reversível é chamado inibição
competitiva. O outro tipo de inibição reversível é a não-competitiva, na
qual os inibidores se ligam à enzima em locais diferentes do sítio ativo,
fazendo com que ela sofra modificação na sua forma e fique impedida de
se ligar ao substrato.

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Fig. 46: Dois tipos de inibição reversível. a) Inibição competitiva e b) Inibição não-competitiva.

As rotas metabólicas são compostas por diversas reações iniciais,


intermediárias e finais, cada uma catalisada por suas enzimas específicas
atuando sobre seus substratos e gerando produtos que poderão ser
substratos de outras reações. A velocidade dessas reações ou passos
metabólicos é regulada pelas células num processo chamado feedback em
que o excesso de produtos pode se ligar às enzimas de forma não-
competitiva, diminuindo as taxas de reação e impedindo que a célula gaste
energia para produzir metabólitos que já estão em quantidades adequadas.

Vamos ficando por aqui em mais uma aula! Na próxima


continuaremos falando sobre metabolismo e também daremos
ênfase aos mecanismos de divisão celular e expressão das
informações genéticas. Até a próxima e bom estudo!

6. QUESTÕES COMENTADAS
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1. (ENEM – 2002 Amarela Q17) O milho verde recém-colhido tem um


sabor adocicado. Já o milho verde comprado na feira, um ou dois dias depois
de colhido, não é mais tão doce, pois cerca de 50% dos carboidratos
responsáveis pelo sabor adocicado são convertidos em amido nas primeiras
24 horas.
Para preservar o sabor do milho verde pode-se usar o seguinte
procedimento em três etapas:

1º descascar e mergulhar as espigas em água fervente por alguns minutos;


2º resfriá-las em água corrente;
3º conservá-las na geladeira.

A preservação do sabor original do milho verde pelo procedimento descrito


pode ser explicada pelo seguinte argumento:
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(A) O choque térmico converte as proteínas do milho em amido até a


saturação; este ocupa o lugar do amido que seria formado
espontaneamente.
(B) A água fervente e o resfriamento impermeabilizam a casca dos grãos
de milho, impedindo a difusão de oxigênio e a oxidação da glicose.
(C) As enzimas responsáveis pela conversão desses carboidratos em amido
são desnaturadas pelo tratamento com água quente.
(D) Microrganismos que, ao retirarem nutrientes dos grãos, convertem
esses carboidratos em amido, são destruídos pelo aquecimento.
(E) O aquecimento desidrata os grãos de milho, alterando o meio de
dissolução onde ocorreria espontaneamente a transformação desses
carboidratos em amido.

2. (ENEM – 2003 Amarela Q18) Na embalagem de um antibiótico,


encontra-se uma bula que, entre outras informações, explica a ação do
remédio do seguinte modo:

O medicamento atua por inibição da síntese proteica bacteriana.

Essa afirmação permite concluir que o antibiótico:


(A) impede a fotossíntese realizada pelas bactérias causadoras da doença
e, assim, elas não se alimentam e morrem.
(B) altera as informações genéticas das bactérias causadoras da doença, o
que impede manutenção e reprodução desses organismos.
(C) dissolve as membranas das bactérias responsáveis pela doença, o que
dificulta o transporte de nutrientes e provoca a morte delas.
(D) elimina os vírus causadores da doença, pois não conseguem obter as
proteínas que seriam produzidas pelas bactérias que parasitam.
(E) interrompe a produção de proteína das bactérias causadoras da doença,
o que impede sua multiplicação pelo bloqueio das funções vitais.

3. (ENEM – 2004 Amarela Q58) Nas recentes expedições espaciais que


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chegaram ao solo de Marte, e através dos sinais fornecidos por diferentes


sondas e formas de análise, vem sendo investigada a possibilidade da
existência de água naquele planeta. A motivação principal dessas
investigações, que ocupam frequentemente o noticiário sobre Marte, deve-
se ao fato de que a presença de água indicaria, naquele planeta,
a) a existência de um solo rico em nutrientes e com potencial para a
agricultura.
b) a existência de ventos, com possibilidade de erosão e formação de
canais.
c) a possibilidade de existir ou ter existido alguma forma de vida semelhante
à da Terra.
d) a possibilidade de extração de água visando ao seu aproveitamento
futuro na Terra.

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e) a viabilidade, em futuro próximo, do estabelecimento de colônias


humanas em Marte.

4. (ENEM – 2005 Amarela Q11) A obesidade, que nos países


desenvolvidos já é tratada como epidemia, começa a preocupar
especialistas no Brasil. Os últimos dados da Pesquisa de Orçamentos
Familiares, realizada entre 2002 e 2003 pelo IBGE, mostram que 40,6% da
população brasileira estão acima do peso, ou seja, 38,8 milhões de adultos.
Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Várias são as dietas e
os remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos. Há
alguns anos foi lançado no mercado brasileiro um remédio de ação diferente
dos demais, pois inibe a ação das lipases, enzimas que aceleram a reação
de quebra de gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo
intestino, e parte das gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como
os lipídios são altamente energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No
entanto, esse remédio apresenta algumas contraindicações, pois a gordura
não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diarreias. Além
do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas lipossolúveis,
como as A, D, E e K, pois
(A) essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam
de lipídios para sua absorção.
(B) a ausência dos lipídios torna a absorção dessas vitaminas
desnecessária.
(C) essas vitaminas reagem com o remédio, transformando-se em outras
vitaminas.
(D) as lipases também desdobram as vitaminas para que essas sejam
absorvidas.
(E) essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com
eles.

5. (ENEM – 2010 Azul Q60) A lavoura arrozeira na planície costeira da


região sul do Brasil comumente sofre perdas elevadas devido à salinização
da água de irrigação, que ocasiona prejuízos diretos, como a redução de
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produção da lavoura. Solos com processo de salinização avançado não são


indicados, por exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água
do solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes são
superiores às forças com que a água é retida no solo.
WINKEL, H.L.;TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: salinização de solos em cultivos de arroz.
Disponível em: http://agropage.tripod.com/saliniza.hml. Acesso em:25 jun.2010 (adaptado).

A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a


absorção de água pelas plantas, o que provoca o fenômeno conhecido por
seca fisiológica, caracterizado pelo(a):
(A) aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma concentração
de sais maior que a das células das raízes das plantas, impedindo, assim,
que a água seja absorvida.
(B) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível muito baixo de
água, e as plantas não têm força de sucção para absorver a água.

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(C) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas não


têm força de sucção, fazendo com que a água não seja absorvida.
(D) aumento da salinidade, que atinge um nível em que as plantas têm
muita sudação, não tendo força de sucção para superá-la.
(E) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas ficam
túrgidas e não têm força de sudação para superá-la.

6. (ENEM – 2011 Azul Q59) A cal (óxido de cálcio, CaO), cuja suspensão
em água é muito usada como uma tinta de baixo custo, dá uma tonalidade
branca aos troncos de árvores. Essa é uma prática muito comum em praças
públicas e locais privados, geralmente usada para combater a proliferação
de parasitas. Essa aplicação, também chamada de caiação, gera um
problema: elimina microrganismos benéficos para a árvore.
Disponível em: http://superabril.com.br. Acesso em: 1 abr. 2010 (adaptado).

A destruição do microambiente, no tronco de árvores pintadas com cal, é


devida ao processo de:

(A) difusão, pois a cal se difunde nos corpos dos seres do microambiente e
os intoxica.
(B) osmose, pois a cal retira água do microambiente, tornando-o inviável
ao desenvolvimento de microrganismos.
(C) oxidação, pois a luz solar que incide sobre o tronco ativa
fotoquimicamente a cal, que elimina os seres vivos do microambiente.
(D) aquecimento, pois a luz do Sol incide sobre o tronco e aquece a cal, que
mata os seres vivos do microambiente.
(E) vaporização, pois a cal facilita a volatização da água para a atmosfera,
eliminando os seres vivos do microambiente.

7. (ENEM – 2012 Branca Q76) Quando colocados em água, os


fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas formadas por uma
bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa
estrutura tende a se reorganizar em um novo lipossomo.
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Disponível em: http://course1.winona.edu. Acesso em: 1 mar.2012 (adaptado).

Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídios apresentarem


uma natureza:

(A) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.


(B) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.
(C) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e bases.
(D) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua estrutura.
(E) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

8. (ENEM – 2012 Branca Q84) Osmose é um processo espontâneo que


ocorre em todos os organismos vivos e é essencial à manutenção da vida.
Uma solução 0,15 mol/L de NaC (cloreto de sódio) possui a mesma pressão
osmótica das soluções presentes nas células humanas.

A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L de NaC tem,
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como consequência, a:

(A) adsorção de íons Na+ sobre a superfície da célula.


(B) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula.
(C) diminuição da concentração das soluções presentes na célula.
(D) transferência de íons Na+ da célula para a solução.
(E) transferência de moléculas de água do interior da célula para a solução.

9. (ENEM – 2013 Branca Q76) Uma indústria está escolhendo uma


linhagem de microalgas que otimize a secreção de polímeros comestíveis,
os quais são obtidos do meio de cultura de crescimento. Na figura podem
ser observadas as proporções de algumas organelas presentes no
citoplasma de cada linhagem.

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Qual é a melhor linhagem para se conseguir maior rendimento de polímeros


secretados no meio de cultura?

(A) I
(B) II
(C) III
(D) IV
(E) V

10. (ENEM – 2014 Azul Q47) Na década de 1940, na Região Centro-


Oeste, produtores rurais, cujos bois, porcos, aves e cabras estavam
morrendo por uma peste desconhecida, fizeram uma promessa, que
consistiu em não comer carne e derivados até que a peste fosse debelada.
Assim, durante três meses, arroz, feijão, verduras e legumes formaram o
prato principal desses produtores.
O Hoje, 15 out. 2011 (adaptado).

Para suprir o déficit nutricional a que os produtores rurais se submeteram


durante o período da promessa, foi importante eles terem consumido
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alimentos ricos em:

(A) vitaminas A e E.
(B) frutose e sacarose.
(C) aminoácidos naturais.
(D) aminoácidos essenciais.
(E) ácidos graxos saturados.

11. (ENEM – 2014 Azul Q73) Segundo a teoria evolutiva mais aceita hoje,
as mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela produção de ATP em
células eucariotas, assim como os cloroplastos, teriam sido originados de
procariontes ancestrais que foram incorporados por células mais
complexas.
Uma característica da mitocôndria que sustenta essa teoria é a:

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(A) capacidade de produzir moléculas de ATP.


(B) presença de parede celular semelhante à de procariontes.
(C) presença de membranas envolvendo e separando a matriz mitocondrial
do citoplasma.
(D) capacidade de autoduplicação dada por DNA circular próprio semelhante
ao bacteriano.
(E) presença de um sistema enzimático eficiente às reações químicas do
metabolismo aeróbio.

12. (ENEM – 2015 2ª Aplicação Azul Q60) A remoção de petróleo


derramado em ecossistemas marinhos é complexa e muitas vezes envolve
a adição de mais sustâncias ao ambiente. Para facilitar o processo de
recuperação dessas áreas, pesquisadores têm estudado a bioquímica de
bactérias encontradas em locais sujeitos a esses tipos de impacto. Eles
verificaram que algumas dessas espécies utilizam as moléculas de
hidrocarbonetos como fonte energética, atuando como biorremediadores,
removendo o óleo do ambiente.
KREPSKY, N.; SILVA SOBRINHO, F.; CRAPEZ, M. A. C. Ciência Hoje, n. 223, jan.-fev. 2006
(adaptado).
Para serem eficientes no processo de biorremediação citado, as espécies
escolhidas devem possuir
(A) Células flageladas, que capturem as partículas de óleo presentes na
água.
(B) altas taxas de mutação, para se adaptarem ao ambiente impactado pelo
óleo.
(C) enzimas, que catalisem reações de quebra das moléculas constituintes
do óleo.
(D) parede celular espessa, que impossibilite que as bactérias se
contaminem com o óleo.
(E) capacidade de fotossíntese, que possibilite a liberação de oxigênio para
a renovação do ambiente poluído.

13. (ENEM – 2016 2ª Aplicação Branca Q60) O petróleo é um tipo de


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combustível fóssil, de origem animal e vegetal, constituído principalmente


por hidrocarbonetos. Em desastres de derramamento de petróleo, vários
métodos são usados para a limpeza das áreas afetadas. Um deles é a
biodegradação por populações naturais de microrganismos que utilizam o
petróleo como fonte de nutrientes. O quadro mostra a composição química
média das células desses microrganismos.
Elemento Composição média celular (%)
Carbono 50
Hidrogênio 7
Nitrogênio 11
Fósforo 2
Outros 30

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Para uma efetiva biodegradação, a região afetada deve ser suplementada


com
a) nitrogênio e fósforo.
b) hidrogênio e fósforo.
c) carbono e nitrogênio.
d) carbono e hidrogênio.
e) nitrogênio e hidrogênio.

14. (ENEM – 2016 2ª Aplicação Branca Q66)


Companheira viajante
Suavemente revelada? Bem no interior de nossas células, uma clandestina
e estranha alma existe. Silenciosamente, ela trama e aparece cumprindo
seus afazeres domésticos cotidianos, descobrindo seu nicho especial em
nossa fogosa cozinha metabólica, mantendo entropia em apuros, em ciclos
variáveis noturnos e diurnos. Contudo, raramente ela nos acende, apesar
de sua fornalha consumi-la. Sua origem? Microbiana, supomos. Julga-se
adaptada às células eucariontes, considerando-se como escrava – uma
serva a serviço de nossa verdadeira evolução.
McMurray, W. C. The traveler. Trends in Biochemical Sciences, 1994 (adaptado).
A organela celular descrita de forma poética no texto é o(a)
a) centríolo.
b) lisossomo.
c) mitocôndria.
d) complexo golgiense.
e) retículo endoplasmático liso.

15. (UFSC) A maior parte dos seres vivos é composta de água. No corpo
humano, a porcentagem de água pode variar de 20%, nos ossos, a 85%
nas células nervosas; nas medusas (animais marinhos), a porcentagem de
água chega a mais de 95%. Assinale as afirmativas que indicam
corretamente a importância da água nos seres vivos.
01. A maioria dos elementos químicos presentes nos seres vivos
necessita de um meio aquoso para se dissolver e reagir uns com os
outros.
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02. A água atua no transporte e na remoção dos produtos do


metabolismo.
04. A grande capacidade da água de absorver calor protege o material
vivo contra súbitas mudanças térmicas.
08. A água atua como lubrificante, estando presente nos líquidos
corporais, entre um órgão e outro.
Dê como resposta a soma dos números associados às alternativas corretas.

16. (Faap-SP) A celulose é um carboidrato, um polissacarídeo de origem


vegetal e com função estrutural. É um componente presente em todos os
alimentos de origem vegetal. Os seres humanos não são capazes de digerir
as fibras de celulose, porém elas são importantíssimas, pois:
a) fornecem energia para o corpo.
b) formam estruturas esqueléticas importantes.
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c) são fontes de vitaminas.


d) facilitam a formação e a eliminação das fezes.
e) são importantes para o crescimento.

17. (UFPE) Amido, sacarose e glicogênio são polissacarídeos que, apesar


de serem constituídos pelas mesmas unidades (moléculas de glicose),
apresentam diferença quanto ao tipo de ligação entre as glicoses e à
conformação espacial das moléculas. Na figura abaixo, 1, 2 e 3 indicam,
respectivamente, locais onde são encontrados os polissacarídeos.

a) amido, celulose e glicogênio.


b) celulose, amido e glicogênio.
c) celulose, glicogênio e amido.
d) glicogênio, amido e celulose.
e) glicogênio, celulose e amido.

18. (UECE) Nas Olimpíadas de Pequim, atletas brasileiros competiram e


trouxeram medalhas para o nosso país. Para realizar atividades físicas
dessa natureza, os atletas gastam muita energia. Assim, antes das
competições, os atletas devem consumir preferencialmente alimentos ricos
em
a) sais minerais.
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b) proteínas.
c) carboidratos.
d) vitaminas.

19. (Unaerp-SP) Os itens I, II, III e IV da tabela a seguir correspondem,


respectivamente, a:
Polissacarídeo Função Localização
I energética fígado e músculos (mamíferos)
II energética raízes de plantas
III estrutural parede de células vegetais
IV estrutural carapaça de insetos

a) glicogênio, amido, celulose e quitina.

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b) glicogênio, amido, quitina e celulose.


c) glicogênio, celulose, amido e quitina.
d) amido, glicogênio, celulose e quitina.
e) celulose, amido, glicogênio e quitina.

20. (Unifor-CE) Atribuíram as seguintes funções aos lipídios, grupo de


substâncias sempre presentes nas células:
I. Como substâncias de reserva são exclusivos de células animais.
II. Podem ter função energética, ou seja, fornecem energia para as
atividades celulares.
III. Têm função estrutural, uma vez que entram na composição das
membranas celulares.

É correto o que se afirma somente em:


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

21. (PUC-RJ) Em relação às enzimas, podemos afirmar que:


a) não podem ser reutilizadas, pois reagem com o substrato, tornando-se
parte do produto.
b) são catalisadores eficientes por se associarem de forma inespecífica a
qualquer substrato.
c) seu poder catalítico resulta da capacidade de aumentar a energia de
ativação das reações.
d) atuam em qualquer temperatura, pois sua ação catalítica independe de
sua estrutura espacial.
e) sendo proteínas, por mudança de pH, podem perder seu poder catalítico
ao se desnaturarem.

22. (Uece) Quando uma proteína é desnaturada, podendo ser renaturada


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quando voltar às suas condições ótimas de funcionamento, ela perde:


a) as ligações peptídicas entre os aminoácidos.
b) sua estrutura primária.
c) o grupo amina da extremidade que o contém.
d) sua estrutura terciária.

23. (Vunesp-SP) Os procariontes diferenciam-se dos eucariontes porque


os primeiros, entre outras características:
a) não possuem material genético.
b) possuem material genético como os eucariontes, mas são anucleados.
c) possuem núcleo, mas o material genético encontra-se disperso no
citoplasma.
d) possuem material genético disperso no núcleo, mas não em estruturas
organizadas denominadas cromossomos.
e) possuem núcleo e material genético organizado nos cromossomos.
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24. (UFPB) Os componentes celulares que estão presentes tanto em


células de eucariontes como de procariontes são:
a) membrana plasmática e mitocôndrias.
b) mitocôndrias e ribossomos.
c) ribossomos e lisossomos.
d) lisossomos e membrana plasmática.
e) membrana plasmática e ribossomos.

25. (UNESP 2008) No início da manhã, a dona de casa lavou algumas


folhas de alface e as manteve em uma bacia, imersas em água comum de
torneira, até a hora do almoço. Com esse procedimento, a dona de casa
assegurou que as células das folhas se mantivessem
a) túrgidas, uma vez que foram colocadas em meio isotônico.
b) túrgidas, uma vez que foram colocadas em meio hipotônico.
c) túrgidas, uma vez que foram colocadas em meio hipertônico.
d) plasmolizadas, uma vez que foram colocadas em meio isotônico.
e) plasmolizadas, uma vez que foram colocadas em meio hipertônico

26. (Fuvest -SP) Para a ocorrência de osmose, é necessário que:


a) as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam iguais.
b) as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam diferentes.
c) haja ATP disponível na célula para fornecer energia ao transporte de
água.
d) haja um vacúolo no interior da célula no qual o excesso de água é
acumulado.
e) haja uma parede celulósica envolvendo a célula, o que evita sua ruptura.

27. (UERGS-RS) Quando o feijão é cozido em água com sal, observa-se


que ele murcha, pois:
a) o grão perde água por osmose.
b) os sais do grão passam para a água por difusão.
c) o calor estimula o transporte das proteínas da água para o grão.
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d) o transporte passivo das proteínas ocorre do grão para a água.


e) o grão perde proteínas por osmose.

28. (Fatec-SP) É prática comum salgarmos os palitos de batata após


terem sido fritos, mas nunca antes, pois, se assim for, eles murcharão.
E murcharão porque:
a) as células dos palitos de batata ficam mais concentradas que o meio
externo a elas e, assim, ganham água por osmose.
b) as células dos palitos da batata ficam mais concentradas que o meio
externo a ela e, assim, ganham água por transporte ativo.
c) as células dos palitos da batata ficam mais concentradas que o meio
externo a elas e, assim, perdem água por transporte ativo.
d) o meio externo aos palitos da batata fica mais concentrado que as células
deles, que, assim, perdem água por osmose.

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e) o meio externo aos palitos de batata fica menos concentrado que as


células deles, que, assim, ganham água por pinocitose.

29. (UFBA) As células de nosso organismo utilizam a glicose como fonte


de energia, queimando-a através de reações de oxidação. Para tanto, o
consumo de glicose é grande, e já se observou que, frequentemente, a
célula absorve essa substância, mesmo quando a sua concentração
intracelular é maior que a extracelular; portanto, contra um gradiente de
concentração. Isso, porém, exige algum dispêndio de energia pela célula –
uma espécie de investimento de energia.
Identificamos nesse enunciado um caso de:
A. difusão simples.
B. equilíbrio osmótico.
C. transporte ativo.
D. transporte passivo.
E. absorção direta pela membrana plasmática

30. (UFMG) A doença de Tay-Sachs é hereditária e provoca retardamento


mental grave e morte do paciente na infância. Essa doença é devida à
incapacidade das células de digerir uma substância cujo acúmulo é
responsável pelas lesões no sistema nervoso central. Com base nessas
informações, pode-se afirmar que a organela celular cuja função está
alterada nessa doença é
a) a mitocôndria.
b) o complexo de Golgi.
c) o lisossomo.
d) o retículo endoplasmático rugoso.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

1. O sabor doce é característico de carboidratos mais simples do que o


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amido, como a sacarose e a frutose. A conversão desses dissacarídeos em


amido é catalisada por enzimas, que por sua vez, não suportam altas
temperaturas, pois sua estrutura terciária é danificada e elas sofrem
desnaturação. Assim, a fervura das espigas de milho desnatura as enzimas
responsáveis pelo processo de conversão e conserva o sabor adocicado do
alimento. Alternativa C.

2. A inibição da síntese proteica bacteriana nada mais é do que o


impedimento da bactéria de produzir suas próprias proteínas. Como as
proteínas são o principal componente estrutural das células, sem elas, as
bactérias acabam morrendo. Alternativa E.

3. Sabemos que uma condição fundamental para a vida como nós a


conhecemos é a presença de água no estado líquido. Além disso foi na água
que os primeiros seres vivos surgiram no nosso planeta. Sendo assim, a
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presença de água em Marte indicaria a possibilidade de existir ou ter


existido alguma forma de vida semelhante à da Terra. Alternativa C.

4. Como o nome já diz, as vitaminas lipossolúveis se dissolvem nos lipídeos.


Assim, para que sua absorção aconteça, isso deve ocorrer junto com a
absorção dos lipídeos, o que fica dificultada pela ação do remédio citado no
enunciado da questão. Alternativa E.

5. Se o solo está com grande concentração de sais, isso aumenta a pressão


osmótica nesse local, o que atrai a água por osmose. Lembre que nesse
processo a água é transportada na direção do meio hipertônico, nesse caso,
o solo. Assim, as raízes não conseguem absorver água pois o solo está
hipertônico em relação a elas. Alternativa A.

6. O óxido de cálcio reage com a água e forma hidróxido de cálcio que, por
sua vez se dissocia em íons cálcio e hidroxilas. Isso aumenta a pressão
osmótica do meio extracelular fazendo com que as bactérias não consigam
se desenvolver por não conseguirem obter água. Alternativa B.

7. Os fosfolipídeos apresentam em sua estrutura química uma região polar


hidrofílica e outra apolar hidrofóbica. Isso provoca a sua organização em
meio aquoso em uma bicamada onde as regiões polares ficam voltadas para
onde há água e as regiões apolares ficam em contato umas com as outras.
Isso caracteriza sua natureza anfipática ou anfifílica. Alternativa E.

8. Se uma solução a 0,15 mol/L tem a mesma pressão osmótica das


soluções presentes nas células, isso quer dizer que essa é a concentração
das soluções das células também. Assim, uma solução a 0,20 mol/L
constitui um meio hipertônico em relação às células. Dessa forma, seria
possível que houvesse a difusão de soluto para o interior da célula. No
entanto, a alternativa B menciona a difusão rápida de íons para o interior
da célula. Devemos lembrar que íons não passam facilmente pela
membrana plasmática pois são carregados eletricamente e precisam de
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proteínas de membrana para auxiliar sua passagem. Assim, a consequência


mais direta seria a perda de água da célula por osmose no intuito de
equilibrar as concentrações das 2 soluções. Alternativa E.

9. As atividades de secreção estão diretamente relacionadas ao complexo


de Golgi e, por isso, a linhagem de algas mais adequada é aquela que possui
maior quantidade dessa organela. Linhagem I, Alternativa A.

10. Os aminoácidos essenciais são aqueles que o organismo não consegue


produzir e precisa obter através da alimentação. Alternativa D.

11. As mitocôndrias e os cloroplastos possuem DNA próprio e têm


capacidade de se autoduplicarem. Isso fortalece a teoria endossimbiótica
da origem dessas organelas. Alternativa D.

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12. Para que as bactérias sejam capazes de remover o óleo do ambiente e,


ao mesmo tempo, utilizar os hidrocarbonetos para obter energia, é
necessário que elas promovam alterações químicas nesses compostos. Isso
só se torna viável com a presença de enzimas que atuem sobre essas
substâncias e as quebrem. Alternativa C.

13. Como o petróleo é um hidrocarboneto, ele já é rico em carbono e


hidrogênio. Sendo assim, a região deve ser suplementada com os demais
elementos, especificamente nitrogênio e fósforo. Alternativa A.

14. A grande dica para a resposta dessa questão é a origem microbiana da


organela. Sabemos que as mitocôndrias e os cloroplastos, muito
provavelmente, foram incorporados às células eucariontes através da
fagocitose de células procariontes, que passaram a atuar no interior das
primeiras de maneira endossimbiótica. A fornalha citada no texto refere-se
ao processo de respiração celular, que se assemelha a uma reação de
combustão liberando gás carbônico e energia na forma de ATP. Alternativa
C.

15. A água tem a propriedade de dissolver um grande número de


substâncias, facilitando assim as reações químicas entre elas e auxiliando
no transporte e na remoção dos produtos do metabolismo. Além disso, seu
alto calor específico faz com que ela atue na manutenção das temperaturas
corporais em níveis adequados. Ela não está presente entre os órgãos do
corpo.
01 + 02 + 04 = 7

16. Como os seres humanos não conseguem digerir as fibras da celulose,


elas não serão usadas para o fornecimento de energia nem de vitaminas e
não formarão estruturas esqueléticas nem são importantes para o
crescimento. As fibras de celulose, na verdade, auxiliam a umedecer e a
eliminar as fezes no intestino grosso. Alternativa D.
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17. O número 1 indica as folhas, que não possuem tecidos de


armazenamento de energia, mas são ricos em celulose. O número 2 indica
a banana que é rica em amido, por constituir uma estrutura de
armazenamento de energia. O número 3 indica o fígado humano, órgão
responsável pela síntese e armazenamento de glicogênio. Alternativa B.

18. Os alimentos que mais rapidamente e facilmente disponibilizam


nutrientes para a obtenção de energia são os carboidratos. Alternativa C.

19. I – armazenamento energético em animais (glicogênio); II –


armazenamento energético em vegetais (amido); III – polissacarídeo
estrutural das células vegetais (celulose); IV – polissacarídeo estrutural do
exoesqueleto de artrópodes (quitina). Alternativa A.

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20. I – existem estruturas vegetais como sementes e frutos que utilizam


lipídeos como substâncias de reserva energética (F); II – após a diminuição
das reservas de carboidratos, as células passam a usar os lipídeos para
obter energia (V); III – os fosfolipídeos são os principais componentes das
membranas plasmáticas (V). Alternativa E.

21. As enzimas são proteínas com função catalítica de alta especificidade


em relação aos substratos, pois diminuem a energia de ativação necessária
para a reação acontecer. Elas podem ser reutilizadas após a reação
catalisada e, por serem proteínas são sensíveis a altas temperaturas e
mudanças de pH, capazes de desnaturá-las. Alternativa E.

22. A desnaturação de uma proteína altera a sua estrutura terciária,


modificando a sua forma e fazendo com que ela perca sua função.
Alternativa D.

23. A principal diferença dos seres procariontes para os eucariontes é a


ausência de núcleo individualizado. No entanto, assim como os eucariontes,
eles também possuem material genético, que está, no caso deles, disperso
no citoplasma. Alternativa B.

24. Os seres procariontes não possuem organelas membranosas e, por isso,


não apresentam mitocôndrias e lisossomos. Eles possuem, assim como
qualquer outra célula, membrana plasmática e ribossomos. Alternativa E.

25. A água da torneira tem concentração de sais menor do que as células


vegetais e, por isso, é hipotônica em relação às células. Isso faz com que,
por osmose, as células absorvam água, ficando túrgidas. Alternativa B.

26. A osmose, assim como qualquer transporte passivo, depende da


diferença de concentrações entre o meio intracelular e o meio extracelular,
pois ela tende a igualar essas concentrações. Alternativa B.
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27. A água com sal constitui meio hipertônico em relação às células do


feijão, o que faz com que ele perca água por osmose. Alternativa A.

28. A água com sal constitui mais concentrado (hipertônico) em relação às


células da batata, o que faz com que elas percam água por osmose.
Alternativa D.

29. A modalidade de transporte pela membrana plasmática que consome


energia pois acontece contra o gradiente de concentração é o transporte
ativo. Alternativa C.

30. A digestão intracelular é realizada pelos lisossomos. Alternativa C.

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6. Bibliografia consultada

 AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia. São Paulo: Editora Moderna,
2010, Vol.3.

 CAMPBELL, NEIL. Biologia, Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.

 LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. São Paulo:


Editora Ática, 2014, Vol. 3.

 PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A


ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002, Vol. 2.

 STARR; EVERS; STARR. Biology Concepts and Applications


Without Physiology. Stamford. Cengage Learning, 2013.

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