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QUESTÕES DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

PROF° PAULO SCARTEZZINI

1) Quais as principais diferenças entre o instituto do erro e o do vício


redibitório?

O erro diz respeito ao desconhecimento ou falso conhecimento de algum


elemento essencial ou não da relação contratual. É a incorreta percepção de
algum elemento objetivo ou subjetivo daquela relação, que acaba por viciar a
plena manifestação da vontade. É aplicável a qualquer contrato e, quando
comprovado, sua consequência é a nulidade do negócio jurídico realizado, ou,
também alteração do negócio, na parte em que houve o erro. Por sua vez, o vício
redibitório só vale nos contratos comutavos, ou seja, aquele em que se
presumem equivalentes as prestações. Nesse caso, não existe subjetivamente um
erro, mas total ignorância sobre um defeito oculto do bem adquirido. O
comprador pensar comprar um produto íntegro, quando, na verdade, obtém um
produto com vício oculto. Sua consequência pode ser a substituição da coisa, o
abatimento do preço ou a nulidade do negócio.

2) Qual o valor do silêncio como manifestação de vontade?

Em regra o silêncio não tem qualquer valor no âmbito jurídico. Em verdade,


quem se cala não consente, não diz que sim, nem que não, tão somente silencia.
Contudo em determinada hipótese, de aplicação restrita, é possível a produção de feitos,
a partir do silêncio. É que o CC dispõe que quando os usos e costumes recomendarem, o
siêncio importa anuência, desde que não seja necessário a manifestação expressa de
vontade

3) Qual a diferença entre fraude contra credores e fraude à execução?

Fraude contra os credores é fraude que visa o dilapidação prematura do


patrimônio do devedor, em regra insolvente, para que não haja bens bastantes à garantia
da satisfação no caso de eventual execução. Assim dispõe o CC: Os negócios de
transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já
insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser
anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
Ao passo que fraude à execução, em regra, é a fraude processual. Ou seja,
quando no bojo do processo o executado: I - quando sobre eles pender ação fundada em
direito real; II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor
demanda capaz de reduzi-lo à insolvência; III - nos demais casos expressos em lei.

4) Como se verifica se um prazo é prescricional ou decadencial?

Os prazos prescricionais aplicam-se às ações condenatórias, ou seja a quando o


direito for violação e para a sua tutela imponha-se que a pretensão seja tutelada por esse
meio. A prazo decadencial, por sua vez, aplica-se aos direitos potestativos, ou seja, as
ações constitutivas. Por fim, afirma-se que as ações meramente declaratórias não estão
sujeitas à prescrição ou decadencia.
5) O que se entende por obstar o prazo, previsto no art. 26 do CDC? Trata-se de
interrupção do prazo ou suspensão?

Trata-se de suspensão, pois pela dicção legal pode-se inferir que o prazo já
decorrido será considerado quando voltar a correr normalmente. Nesse sentido, Zelmo
Denari (Código de Defesa do Consumidor, comentado pelos autores do Anteprojeto,
Forense Universitária, São Paulo, 1991), considerando as expressões "até a resposta
negativa", "até seu encerramento", pondera: "Resta saber se esses dois eventos
(reclamação e inquérito civil), que o Código qualifica como obstativos da decadência,
têm efeitos suspensivos ou interruptivos do seu curso. ... parece intuitivo que o
propósito do legislador não foi interromper, mas suspender o curso decadencial. Do
contrário, não teria estabelecido um hiato, com previsão de um termo final (dies ad
quem) mas, simplesmente, um ato interruptivo."

6) O que seria a responsabilidade objetiva com base no risco da atividade?

Na sociedade moderna é impossível conviver sem certos riscos. Considerando


esse afirmação admite-se que, embora algumas atividades por natureza sejam perigosas,
prefere-se conviver com esses riscos à exclusão ou eliminação dessas atividades,
consideradas muitas vezes fundamentais. Nesse panorama, é que o ordemamento
jurídico precisa se enquadrar. A responsabilidade com base no risco surge como forma
de proteger àqueles que se sujeitam ao perigo causado por atividade alheia. Desse
modo, pretende transfeir o risco da atividade aos que dela tiram proveito, facilitando
responsabilização do causador do dano, caso o risco se efetive. O modo encontrado para
esse fim foi a atribuição de respontabilidade objetiva aos que exerçam atividades que,
por sua natureza, causem riscos a terceiros, prescindido, portanto, da prova de culpa.

7) Há diferença, no CDC, entre a responsabilidade civil contratual e a


extracontratual?

No CDC, como norma principiológica de proteção integral ao


consumidor considerado hipossuficiente, a proteção é a mesma, pois até
aqueles que não fazem parte da relação de consumo são equiparados a
consumidor quando vítimas de dano causado em virtude de relação
consumerista.

8) É possível se falar em responsabilidade pré-contratual? Em que


hipóteses?

É possível uma vez que a boa-fé deve estar presente em todas as fases do
contrato, inclusive na fase pré e pós contratual. A responsabilidade, nesses casos,
fundamenta-se nos deveres anexos aos contratos. Portanto, mesmo sem a violação de
qualquer cláusula expressamente prevista no contrato é possível a responsabilização do
causador do dano, quando viole cláulas implícitas, mas garantidas pela boa-fé. A
doutrina convencionou em chamar esses casos como violação positiva do contrato. É o
que ocorre, por ex., quando o nubente desmancha desmotivadamente no noivado,
causando prejuízos pré-contratuais ao outro nubente.

9) Qual o prazo legal para a propositura de uma ação de indenização em


decorrência do vício de qualidade em um produto? Justifique sua resposta.

O prazo legal, segundo o CDC, 30 dias: para reclamar de vícios aparentes e de


fácil constatação no fornecimento de serviços e produtos não duráveis e 90 dias, na
mesma hipótese, para serviços e produtos duráveis. Contudo, importante doutrina
advoga a tese de que segundo o diálogo das fontes, é prossível utilizar as regras do CC
para ensejar maior proteção ao consumidor, aumentanto, desse modo, sensivelmente o
prazo prescricional previsto no CDC.

10) Podemos falar em dano coletivo em caso de


publicidade abusiva? Justifique sua resposta, dando um exemplo.

É possível falar em dano coletivo, quando por exemplo alguma propaganda na


televisão fere os direitos da criança com mensagens subliminares, fazendo com que a
criança se torne dependente daquele protudo determinado. Em casos como este, o dano
pode ser considerado coletivo, pois uma coletividade, ainda que determinada de
consumidores, será atingida.

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