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Trata-se de suspensão, pois pela dicção legal pode-se inferir que o prazo já
decorrido será considerado quando voltar a correr normalmente. Nesse sentido, Zelmo
Denari (Código de Defesa do Consumidor, comentado pelos autores do Anteprojeto,
Forense Universitária, São Paulo, 1991), considerando as expressões "até a resposta
negativa", "até seu encerramento", pondera: "Resta saber se esses dois eventos
(reclamação e inquérito civil), que o Código qualifica como obstativos da decadência,
têm efeitos suspensivos ou interruptivos do seu curso. ... parece intuitivo que o
propósito do legislador não foi interromper, mas suspender o curso decadencial. Do
contrário, não teria estabelecido um hiato, com previsão de um termo final (dies ad
quem) mas, simplesmente, um ato interruptivo."
É possível uma vez que a boa-fé deve estar presente em todas as fases do
contrato, inclusive na fase pré e pós contratual. A responsabilidade, nesses casos,
fundamenta-se nos deveres anexos aos contratos. Portanto, mesmo sem a violação de
qualquer cláusula expressamente prevista no contrato é possível a responsabilização do
causador do dano, quando viole cláulas implícitas, mas garantidas pela boa-fé. A
doutrina convencionou em chamar esses casos como violação positiva do contrato. É o
que ocorre, por ex., quando o nubente desmancha desmotivadamente no noivado,
causando prejuízos pré-contratuais ao outro nubente.