Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Contudo, sabemos que não basta colocar um aluno com NEE numa sala do
ensino regular, sobretudo se ele tiver uma problemática grave, para se poder
afirmar que ele está incluído. Ele só estará de facto, se tiver condições físicas e
humanas, se existir empenho e disponibilidade por parte dos agentes
educativos, se lhe forem criadas oportunidades para interagir com os seus
pares sem problemas, partilhando os mesmos espaços e proporcionando-lhe
estímulos que facilitem o seu processo de ensino/aprendizagem. Por
conseguinte, incluir alunos com NEE requer uma intervenção educativa que
possibilite o seu progresso na escola, o que, dependendo da problemática,
implica alterações a nível do currículo, das estratégias e dos recursos, que, por
vezes, não são fáceis de concretizar se a sala de aula continuar tradicional.
1
Desta forma, compete à escola inclusiva criar as condições e proporcionar os
meios adequados, para que todas as crianças se possam desenvolver o mais
harmoniosamente possível, independentemente das suas necessidades
específicas.
Desta definição entende-se que o aluno com NEE é aquele que no processo de
ensino-aprendizagem carece de demandas exclusivas para aprender o que é
esperado para o seu grupo de referência e que necessita de formas de
interacção pedagógica diferenciadas no período da formação.
2
que consideravam os deficientes possuidores do Demónio, pelo que eram alvo
de sentimentos e actos de rejeição. Esta maneira de encarar a deficiência
estendeu-se por toda a Idade Média e o Renascimento.
3
conjunto de serviços a todas as crianças, com base nas suas necessidades de
aprendizagem.
Assim, Lima (2006, p.24) entende a inclusão como aquela que considera as
necessidades educacionais dos sujeitos como problema social e institucional,
procurando transformar as instituições.
De um modo geral, dir-se-ia que para haver inclusão deverá haver primeiro a
integração. Os alunos com NEE devem ser integradas, ou seja, devem
compartilhar o mesmo espaço, através de acções, de políticas, para depois, em
função do sentimento de pertença, haver a inclusão como parte do grupo, da
escola e da sociedade.
4
Experiências de vários países apontam a integração como uma acção política
de iniciativa das instituições públicas. É o Estado que deve garantir a
interacção no mesmo espaço de todos os cidadãos, devendo estes usufruírem
dos mesmos direitos e deveres.
Estas alterações e mudanças permitem que o aluno com NEE possa estar no
processo formal de educação, ao lado de outros alunos, na mesma escola e
sala, em alguns casos, aprender ou obter os conhecimentos necessários para
desempenhar as mesmas funções, com as mesmas competências de seus
colegas, ainda que em salas ou escolas especiais.
O exposto produziu duas correntes: uma que defende a inclusão das crianças
com NEE nas salas regulares. Posição defendida por Madeleine Will, no final
da década de 80, quando exercia as funções de Secretária de Estado para a
Educação Especial do Departamento de Educação do EUA. Afirmara na
oportunidade de que “a adaptação da classe regular de forma a tornar possível
ao aluno a aprendizagem nesse ambiente” (Will citada por Correia, 2013, p.
24).
5
CONCLUSÕES
A inclusão escolar de alunos com NEE não é tarefa fácil, mas acreditamos que
é a melhor resposta, desde que as escolas do ensino regular lhes garantam
respostas adequadas, já que aprendem a interagir com os seus pares,
partilhando experiências. No entanto, para que exista uma efectiva inclusão, tal
como nos diz Mcghie-Richmond e cols. (cit. por Alexandrino, 1999), não basta
frequentar a escola, é preciso que estes alunos participem activamente nas
actividades, nas rotinas e na vida social da escola.
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Correia, J.A. (1998). Para uma teoria crítica em educação. Porto: Porto Editora.