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Espaço Linear sobre um corpo k(R ou C)

1. Definição e exemplos

Seja V o conjunto de vectores do plano aplicados na origem. Um vector


u ∈ V é caracterizado por uma direcção, um sentido e um comprimento.
A soma de vectores u e v de V é, geometricamente, dada pela regra do
paralelogramo. Para o produto, dado α ∈ R, αu é o vector com direcção de
u, comprimento igual ao produto de |α| pelo comprimento de u e o sentido
é o de u se α > 0 e o contrário ao de u se α < 0. A adição definida é
uma operação associativa, comutativa, tem elemento neutro, que é o vector
0, e ainda cada u ∈ V tem neste conjunto um simétrico que é −u. Para a
multiplicação escalar anterior verifica-se α(u+v) = αu+αv, e (α +β)u =
αu + βv, para α, β ∈ R e u, v ∈ V ; mais ainda α(βu) = (αβ)u para
α, β ∈ R, u ∈ V e 1u = u, para u ∈ V .
Ao conjunto V com as duas operações definidas chama-se Espaço Linear
(ou vectoria) sobre R.

Formalizemos agora este conceito:

Um conjunto não-vazio V é um espaço linear se lhe estão associadas duas


operações, uma adição de elementos de V e uma multiplicão de números
reais por elementos de V , com as seguintes propriedades:

(a) Fecho da adição: a soma de qualquer par de elementos de V pertence


aV;
(b) Comutatividade da adição: x + y = y + x, para x, y ∈ V ;
(c) Associatividade da adição: (x + y)+ z = x +(y + z), para x, y, z ∈ V ;
(d) Existência de zero: Existe um elemento de V , designado por 0 (zero),
tal que x + 0 = x, para x ∈ V ;

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(e) Existência de simétrico: Qualquer que seja o elemento x ∈ V existe
um elemento y ∈ V a que se chama simétrico de x , tal que x + y = 0;
(f) Fecho da multiplicação por números reais: o produto de qualquer
número real por qualquer elemento de V pertence a V ;
(g) α(βx) = (αβ)x para α, β ∈ R, x ∈ V ;
(h) α(x+y) = αx+αy, e (α+β)x = αx+βx, para α, β ∈ R e x, y ∈ V ;
(i) 1x = x, para x ∈ V .

2. Observação Os elementos de V são designados vectores e os elementos de


K, que pode ser R ou C, escalares ou números; o elemento neutro para a
adição é designado por zero de V e é denotado por 0V ; se K = R então V
diz-se um espaço vectorial real e V diz-se um espaço vectorial complexo se
K = C.

Exemplo 1. Consideremos no conjunto Mm×n (R) de todas as matrizes


m × n com entradas em R a adição de matrizes e o produto de um elemento
de R por uma matriz. Estas operações conferem a Mm×n (R) a estrutura de
espaço vectorial sobre R.

Exemplo 2. Seja I um intervalo real e consideremos o conjunto A de to-


das as aplicações definidas de I em R. Consideremos as operações f + g
definida por
(f + g)(x) = f (x) + g(x)
e αf definida por
(αf )(x) = αf (x)
O conjunto A é um espaço linear real para as duas operações definidas.

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3. Propriedades

Proposição 0.1 Seja V um espaço vectorial sobre um corpo K. Para quais-


quer α, β ∈ K e u, v ∈ V , tem-se:

(a) 0K u = 0E
(b) α0E = 0E
(c) (−α)u = α(−u) = −αu
(d) α(u − v) = αu − αv
(e) (α − β)u = αu − βu
(f) αu = 0E se e só se α = 0K ou u = 0E .

4. Subespaços lineares

Em muitas situações convém considerar espaços lineares que são subcon-


juntos de outros espaços lineares.

Definição 0.2 Dado um espaço linear V sobre um corpo K, diz-se que S é


um subespaço de V se S é um subconjunto não vazio de V , e se S é espaço
linear para as operações que conferem a V a estrutura de espaço linear.

Apesar de um subespaço linear ter de satisfazer todas as propriedades referi-


das na definição de espaço linear, não é necessário verificá-las todas.

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Teorema 0.3 Um subconjunto não vazio S de um espaço linear V é um
subespaço de V se e só se satisfaz os dois axiomas de fecho, isto é:

∀u, v ∈ S u+v ∈S

∀α ∈ K, ∀v ∈ S αv ∈ S

Exemplos

(a) O conjunto de todas as matrizes 3 × 3 de componentes reais e triangu-


lares inferiores é um subespaço do espaço linear de todas as matrizes
3 × 3 com componentes reais, considerado com a adição de matrizes
e a multiplicação de números reais por matrizes usuais.

(b) Dada uma matriz m × n A de componentes reais, o conjunto dos vec-


tores coluna b ∈ Rm tais que o sistema de equações lineares represen-
tado por Au = b tem pelo menos uma solução u, é um subespaço do
espaço linear Rm com as operações usuais.

(c) Dada uma matriz m × n A de componentes reais, o conjunto das


soluções u do sistema Au = 0 (sistema homogéneo), é um subespaço
do espaço linear Rn a que se chama núcleo ou espaço nulo de A.

(d) F = {(x, y, z, w) : x + y = 2z − w = 0} é um subespaço de R4 .

Uma maneira de obter subespaços de um espaço linear é à custa de combinações


lineares de vectores do espaço. É mesmo possı́vel usar esta ideia para iden-
tificar o menor subespaço que contém um dado conjunto de vectores S.

Definição 0.4 Seja S um subconjunto não vazio de um espaço linear V .

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Diz-se que um vector x ∈ V é combinação linear finita dos elementos de
S se existe um número finito de elementos de S x1 , . . . , xk e de escalares
c1 , . . . , ck tais que
Xk
x= ci x i .
i=1

Ao conjunto de todas as combinações lineares finitas de elementos de S


chama-se expansão linear de S, que se designa também por L(S). Se S é o
conjunto vazio, define-se L(S) = {0}.

Teorema 0.5 Seja S um subconjunto de um espaço linear V . A expansão


linear L(S) de S é o menor (em termos de inclusão) subespaço de V que
contém S. Por isso também se designa L(S) por espaço gerado por S
ou subespaço gerado por S. Diz-se que S gera L(S). Também é usual
designar-se o espaço ou subespaço gerado por S por hSi

Dada uma matriz m × n A de componentes reais, o subespaço de Rm dos


vectores b ∈ Rm tais que o sistema de equações lineares representado por
Au = b tem pelo menos uma solução, é gerado pelas colunas de A.
É o Espaço das Colunas da matriz A.

 
 x 
     
1 2 3 0  b 1 1 2
y 
Exemplo:  2 −1 2 1  
 z  = b2 x 2 + y −1 +
      
0 1 1 2 b3 0 1
w

     
3 0 b1
z  2  + w  1  =  b2 .
1 2 b3

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Analogamente temos o Espaço das Linhas da matriz A - é o subespaço de Rn
gerado pelas linhas de A.

Exercı́cios

1. No espaço linear real dos polinómios de grau igual ou inferior a 2, R2 [x],


escreva 3 + x + 2x2 como combinação linear de 1 + x, 1 + x + x2 , x + x2 .

2. Mostre que
R3 = h(1, 1, 1), (1, 1, 0), (1, 0, 0)i.

3. Mostre que

R3 = h(0, 1, 1), (1, 0, 1), (1, −1, 0), (0, 1, −1)i.

4. Defina, por uma condição, o subespaço linear de R4

G = h(1, 1, 1, 1), (0, 1, 0, −1i.

5. Determine um conjunto de geradores do subespaço linear de R3

F = {(x, y, z) : x − y = 0, x − 2y + z = 0}.

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